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Anatomia no Sistema Nervoso Central Profª Msc. Denise Balieiro Definição – Tronco encefálico • Estrutura que se interpõe entre a MEDULA e o DIENCÉFALO, situando-se anteriormente ao cerebelo. • Composto por: 1. Mesencéfalo 2. Ponte 3. Bulbo Definição – Tronco encefálico • A substância branca do tronco encefálico inclui TRACTOS que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro. • Dispersas nessa substância branca encontram-se massas de substância cinzenta denominadas NÚCLEOS, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sanguínea e a respiração. Definição – Tronco encefálico • Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. • Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. Vista PosteriorVista Postero-lateralVista Anterio Bulbo • Também chamado de Medula Oblonga. • Possui um formato de cone: • Extremidade menor (caudal) - contínua com a medula espinhal • Base maior (cranial) – limite com a ponte. • Não há limite inferior bem demarcado. Considera-se que o limite está em um plano horizontal que passa ao nível do forame magno. • O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal, chamado de SULCO BULBO- PONTINO. Sulco Bulbo-pontino Bulbo • A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos, os SULCOS LATERAIS paralelos que se continuam na medula. • Os sulcos delimitam áreas anterior, lateral e posterior do Bulbo e são uma continuação direta dos FUNÍCULOS DA MEDULA ESPINHAL. Funículos da medula espinhal Sulco lateral Bulbo • Entre os sulcos laterais anteriores, possui a FISSURA MEDIANA ANTERIOR, que termina cranialmente em uma depressão denominada FORME CEGO. • De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada PIRÂMIDE, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. • Este trato de fibras é chamado de TRACTO PIRAMIDAL ou TRACTO CÓRTICO- ESPINHAL. • Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem a DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES Sulco lateral Pirâmide Fissura média anterior Decussação das pirâmides Forame cego Bulbo • Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a OLIVA (substancia cinzenta). • Anteriormente à oliva, emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso. • Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo e o vago, além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz espinhal. Oliva Nervo glossofaríngeo (IX) Nervo vago (X) Nervo hipoglosso (XII) Nervo acessório (XI) Bulbo • A metade inferior do bulbo (porção fechada do bulbo) é percorrida por um estreito canal (continuação direta do canal central da medula), que se abre para formar o IV VENTRÍCULO, cujo assoalho é constituído pela metade superior ou porção aberta do bulbo. • O SULCO MEDIANO POSTERIOR termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. 4º ventrículo Sulco mediano posterior Bulbo • Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do FUNÍCULO POSTERIOR DA MEDULA, sendo que no bulbo, este é dividido em FASCÍCULO GRÁCIL e FASCÍCULO CUNEIFORME pelo sulco intermédio posterior. • Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os NÚCLEOS GRÁCIL E CUNEIFORME. Fascículo Grácil Fascículo CuneiformeSulco Mediano Posterior Bulbo • Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências: o TUBÉRCULO GRÁCIL (mais medial) e o TUBÉRCULO CUNEIFORME(mais lateral). • Com a presença do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um “V” e gradualmente continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Bulbo • IMPORTÂNCIA DO BULBO • No bulbo localiza-se o centro respiratório, fundamental para a regulação do ritmo respiratório. • Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. • Lesões neste órgão, em geral comprometem a pirâmide e o nervo hipoglosso. • Pirâmide: causa hemiparesia do lado oposto ao lesado e se atingir os tractos motores descendentes causará hemiplegia; • Lesão do hipoglosso: causa paralisia dos músculos da metade da língua situada do lado lesado. Ponte • Localiza-se entre o BULBO e o MESENCÉFALO. • Situada anteriormente ao cerebelo. • Possui uma base anterior que apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. • Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO, que se penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Ponte Pedúnculo Cerebelar Médio Ponte • No centro da ponte há uma depressão vertical denominada de SULCO BASILAR (que aloja a artéria basilar) • No limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) localiza- se a saída do nervo trigêmeo (V par craniano). Pedúnculo Cerebelar Médio Sulco Basilar Nervo Trigêmeo Ponte • A parte anterior da ponte é separada inferiormente do bulbo pelo SULCO BULBO-PONTINO. • A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do bulbo, constituindo ambas o ASSOALHO DO IV VENTRÍCULO. Núcleos da Ponte Núcleo Motor do Nervo Trigêmeo (V par craniano) - Está situado na margem lateral do quarto ventrículo. Núcleos Sensitivos do Nervo Trigêmeo (V par craniano) - Continuação cefálica da coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes. Núcleo do Nervo Abducente (VI par craniano) – Forma parte da substância cinzenta dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo facial. Núcleo do Nervo Facial (VII par craniano) - Está situado profundamente na formação reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior. Núcleo do Nervo Vestíbulococlear (VIII par craniano) - O núcleo da divisão vestibular ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear localiza- se na porção caudal da ponte. 4º ventrículo • Situado posteriormente ao bulbo e ponte e anteriormente ao cerebelo. • Possui continuação caudal com o canal central do bulbo e cranial com o aqueduto cerebral. 4º ventrículo 4º ventrículo • Assoalho de IV ventrículo - formado pela parte dorsal da ponte e pela porção aberta do bulbo. • Tecto do IV ventrículo – formado pelo véu medular superior e inferior (lâmina de substância branca). Véu medula inferior Véu medula superior 4º ventrículo • No meio da metade inferior do tecto do IV ventrículo há uma abertura mediana do IV ventrículo denominada de FORAME DE MAGENDIE, ou forame mediano. • Por meio desta cavidade, o líquido cérebro- espinhal, que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnoideo. Forame de Magendie Mesencéfalo • Localizado entre a ponte e o cérebro. • É atravessado pelo AQUEDUTO CEREBRAL. • A parte posterior ao aqueduto é o TECTO DO MESENCÉFALO. • Na parte anterior tem-se os pedúnculos cerebrais, que se dividem em uma parte dorsal (tegmento) e outra anterior (base do pedúnculo). Mesencéfalo • Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a SUBSTÂNCIA NEGRA (nigra). • Junto à sustância negra existem dois sulcos longitudinais: • SULCO LATERAL DO MESENCÉFALO • SULCO MEDIAL DO PEDÚNCULO CEREBRAL • Estes sulcos marcam o limiteentre a base e o tegmento do pedúnculo cerebral. • Do sulco medial emerge o nervo oculomotor (III par craniano). Sulco lateral do mesencéfalo Sulco medial do pedúnculo cerebral Substância Negra Mesencéfalo • Tecto do mesencéfalo: possui quatro eminências arredondadas denominadas COLÍCULOS superiores e inferiores. • Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o CORPO GENICULADO, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o BRAÇO DO COLÍCULO. Colículo Braço do colículo Mesencéfalo • PEDÚNCULOS CEREBRAIS: • Os pedúnculos cerebrais aparecem com dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. • Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a FOSSA INTERPEDUNCULAR, limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares. • O fundo da fossa interpeduncular apresenta pequenos orifícios para a passagem de vasos. Denomina-se substância perfurada posterior. Pedúnculo cerebral Fossa interpendicular Pedúnculo cerebral Mesencéfalo • NÚCLEO RUBRO: • Ocupa grande parte do tegmento. • É uma massa em forma de oval que se estende do limite caudal do colículo superior até a região subtalâmica. É circular numa secção transversal. Núcleo Rubro Núcleos do mesencéfalo Núcleo da Raiz Mesencefálica do Nervo Trigêmeo (V par craniano) – Forma uma região dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que circunda o aqueduto. Núcleo do Nervo Troclear (IV par craniano) – Está ao nível do colículo inferior. Núcleo do Nervo Oculomotor (III par craniano) - Aparece numa secção transversal. Estende-se até o colículo superior. Cerebelo • Órgão do sistema nervoso supra segmentar, originado do metencéfalo. • Possui particularidades semelhantes ao CÉREBRO. • Possui um córtex de substância cinzenta envolvendo uma massa de substância branca. Cerebelo • Difere do cérebro por apresentar-se em NÍVEL INVOLUNTÁRIO e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora. • Função = equilíbrio e coordenação. Cerebelo • Localizado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do TECTO DO IV VENTRÍCULO. • Posiciona-se sobre a FOSSA CEREBELAR do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada TENDA DO CEREBELO. Cerebelo • PEDÚNCULO CEREBELAR INFERIOR Ligação com Medula e ao bulbo. • PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO E SUPERIOR Ligação com ponte e mesencéfalo. Pedúnculo Cerebelar Superior Pedúnculo Cerebelar Inferior Pedúnculo Cerebelar Médio Cerebelo • Formado por: • VÉRMIS = porção ímpar e mediana • HEMISFÉRIOS CEREBELARES = massas laterais OBS: O vérmis é um pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais. Vérmis Hemisférios cerebelares Face Superior do cerebelo Cerebelo • Apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas FOLHAS DO CEREBELO. • Existem também sulcos mais pronunciados, as FISSURAS DO CEREBELO, que delimitam LÓBULOS, cada um deles podendo conter várias folhas. Cerebelo • Percebe-se: • Centro de substância branca (corpo medular do cerebelo), de onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta (córtex cerebelar). • O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de “ÁRVORE DA VIDA”. Cerebelo • No interior do campo medular existem quatro pares de NÚCLEOS CENTRAIS DO CEREBELO: • Denteado • Emboliforme • Globoso • Fastigial. Cerebelo • Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios. • Língula - está quase sempre aderida ao véu medular superior. • Folium - consiste em apenas uma folha do vérmix. • Flóculo - situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. • Tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo. Cerebelo • Fissuras do Cerebelo: • – Depois da língula temos a fissura pré-central. • – Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar. • – Depois do cúlmen temos a fissura prima. • – Depois do declive temos a fissura pós-clival. • – Depois do folium temos a fissura horizontal. • – Depois do túber temos a fissura pré-piramidal. • – Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal. • – Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.
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