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Vias metabólicas utilizadas nos exercícios: Sistema anaeróbico alático: denominado sistema fosfagênio é utilizado para eventos de até curtos segundos de duração e de alta intensidade Trifosfato de adenosina e fosfato de creatina fornecem a energia prontamente disponível presente no interior do musculo Essa fonte de energia é bastante limitada, porém não depende de oxigênio e nem produz lactato O fosfato de creatina é uma reserva de ATP naturalmente presente no musculo esquelético que pode ser convertido em ATP para sustentar atividades de alta intensidade e curta duração Estima-se que a fosfocreatina e o ATP se esgotem nas fibras de contração rápida em 4 a 5 segundos ADP + PER ATP + Cr ADP = adenosina disfosfato PER = fosfocreatina (creatina ligada ao fosforo) Cr (Creatina livre) É o principal combustível utilizado para as atividades de alta intensidade e curta duração. Ex: levantamento de peso, saque e ataque no vôlei, sprints, salto em distância, salto em altura Sistema anaeróbico alático ou glicolítico: Uma vez que os estoques de PCR e consequentemente capacidade de fosforilar ADP, a produção de energia pelo sistema glicolítico passa a ter função importante O glicogênio constitui reserva energética importante ao organismo e está prontamente disponível para manter a via glicolítica funcionando Por outro lado, a geração de energia pela via glicolítica leva à produção de lactato, que ao se acumular no músculo, impede a manutenção do ritmo de trabalho muscular Sistema glicolítico: Determinadas modalidades necessitam de geração de ATP a partir das reações de transferência de energia anaeróbicas, como: Corridas de intensidade de até 200m, provas de 50 a 100m, aparelhos de ginástica Comparado ao sistema fosfagênico, o processo glicolítico é de menor potência e maior capacidade O que determina a melhor performance é a quantidade de glicogênio estocado no músculo, que é totalmente dependente da oferta de CHO e do treinamento físico Sistema anaeróbico alático ou glicolítico: Em situações de esforço realizado em alta intensidade, duração média e distancia mais elevadas, a ressíntese de ATP é dada por via glicolítica anaeróbica. Ex: provas de atletismo de 200m, 400m rasos Essa via ressintetiza 2 moléculas de ATP. (já via alática apenas 1 molécula de ATP) Lactato como fonte de energia: ciclo de Cori - O lactato produzido no músculo esquelético no exercício é transportado pelo fígado até o sangue - Ao ingressar no tecido hepático, o lactato é convertido em glicose pela gliconeogênese - Uma vez formada, essa nova molécula de glicose é liberada no sangue e transportada novamente ao musculo esquelético para ser usada como fonte de energia durante o exercício - O ciclo lactato-glicose entre músculos e fígado é denominado Ciclo de Cori Fator limitante: acúmulo de lactato no meio intracelular e na corrente sanguínea O lactato é formado quando duas moléculas de piruvato resultantes da glicose se unem a pares de hidrogênio que se encontram em excesso O lactato formado é reaproveitado pelo organismo por meio do ciclo de Cori, um mecanismo que ocorre no fígado, ressintetizando-o para glicose hepática Sistema aeróbico (oxidativo) Durante o exercício, a cadeia de fosforilação oxidativa é o principal sítio de produção de ATP para atender as demandas energéticas de órgãos e tecidos, principalmente o músculo esquelético Esse sistema é responsável pela maior transferência de energia em exercícios de tempo superior a 3 minutos Nessa condição, o glicogênio é preservado, havendo maior utilização dos ácidos graxos (AG) Os principais combustíveis utilizados nesta via oxidativa são: glicogênio muscular e hepático, triglicerídeos do tecido adiposo e do tecido intramuscular e do sangue, fígado e intestino Estes combustíveis utilizados na via glicolítica permitem sustentar eventos que duram mais de 3 minutos Atividades prolongadas como corridas de longa distância, maratona, meia-maratona, ciclismo de resistência, corridas de 1.500m Importante: Na ausência de reservas de carboidratos no organismo, ocorre utilização de aminoácidos provenientes do tecido muscular como combustível para a geração de energia Desta forma, é imprescindível a ingestão de carboidratos antes e em alguns casos durante o exercício aeróbico, bem como na recuperação A pratica de exercícios aeróbicos de moderada a alta intensidade em jejum não é recomendada como objetivo de obtenção de maior oxidação de gorduras
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