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@nutri.natallia Nutrição Esportiva Metabolismo energético Como as células obtêm energia? → BIOENERGÉTICA? ∘ Capacidade de converter nutrientes (CHO, PTN e LIP) em energia biologicamente utilizável ∘ Quando ocorre uma incapacidade de gerar essa energia, ocorre uma limitação do desempenho nas atividades de resistência → SUBSTRATOS ENERGÉTICOS ∘ A partir deles geramos ATP ⦁ Carboidratos ⦁ Proteínas ⦁ Lipídeos ⦁ Creatina fosfato → ATP (TRIFOSFATO DE ADENOSINA) ∘ Fonte imediata de energia para a contração muscular ∘ Doador universal de energia ∘ Acopla a energia liberada pela quebra dos nutrientes numa forma de energia utilizável necessária a todas as células ∘ ADP + fosfato inorgânico = ATP Metabolismo Energético: Glicose → GLICÓLISE: Glicose → Piruvato – quando estamos em demanda energética → GLICOGÊNESE: Glicose → Glicogênio (polímero de glicose) @nutri.natallia → GLICOGENÓLISE: Glicogênio → Glicose – quando necessitamos de energia → GLICONEOGÊNESE: ⦁ Lactato → Glicose ⦁ Aminoácidos → Glicose ⦁ Glicerol → Glicose Metabolismo Energético: Lipídeos → LIPÓLISE: TAG → DAG + AG (AG livre que vai suprir a demanda da célula que necessita energia) → LIPOGÊNESE: Acetil CoA → Ácido graxos (triacilglicerol – reserva de gordura corporal) → BETA-OXIDAÇÃO: Ácido graxo (oxidação) → Acetil CoA Metabolismo Energético: Proteínas ∘ Destino primário é construção de tecidos ∘ Dependendo da situação, pode ser direcionado para energia também ∘ Composto de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (grupo amina) Vias Metabólicas de Produção de ATP → PRODUÇÃO NA MITOCÔNDRIA ∘ Aeróbico (com O2) – CHO, PTN e LIP como substrato ∘ Produção de energia é mais lenta, porém é mais rentável ∘ Necessita de demanda de O2 adequada ∘ No entanto há condições em que essa via está inacessível, e vamos precisar da via anaeróbica → PRODUÇÃO NO CITOPLASMA ∘ Anaeróbico (sem O2) – CHO e CP (creatina fosfato) como substrato ∘ Produção de energia é mais rápida, porém é pouco rentável ⦁ Degradação do fosfato de creatina (ATP-CP) * ⦁ Degradação da glicose ou do glicogênio = glicólise * ⦁ Formação oxidativa ** * Não envolvem a utilização de O2: vias anaeróbias @nutri.natallia ** Envolve a utilização de O2: via aeróbia → INTENSIDADE DO EXERCÍCIO ∘ É a variável que condiciona a via metabólica → UTILIZAÇÃO DO OXIGÊNIO ∘ É um processo complexo, em determinada intensidade de exercício não é possível suprir a demanda ∘ Respiração → captação de O2 → pulmão → alvéolos → sangue → hemoglobina → células musculares → mitocôndrias → última cadeia de elétrons → recebe hidrogênio e vira água ∘ Em repouso o consumo de oxigênio atende à demanda da célula ∘ Um indivíduo começa a correr e fica ofegante na tentativa de captar mais O2 para as células → o coração começa a bombear mais forte para circular o sangue com o mesmo objetivo (atender as demandas das células e a fazer com que as mitocôndrias recebam O2) ∘ No entanto, as variáveis cardiorrespiratórias são limitadas → não seria possível suprir a demanda energética pela produção aeróbica a partir de um dado momento e intensidade ∘ Tendo assim, em determinadas situações o predomínio de via metabólica anaeróbica ∘ Assim, há exercícios que o indivíduo consegue manter mais tempo, e outros que por poucos minutos → DEMANDA ENERGÉTICA ≤ APORTE DE O2 ∘ Aeróbica – atividade longa duração → DEMANDA ENERGÉTICA > APORTE DE O2 ∘ Anaeróbio – minutos depois de atingir o VO2 máximo ou pico, entra em fadiga, curta duração O que é NAD e FAD? ∘ São moléculas transportadoras → NAD @nutri.natallia ∘ Nicotinamida adenina dinucleotídeo – vitamina B3 → FAD ∘ Flavina adenina dinucleotídeo – vitamina B2 Sistema ATP-CP → SISTEMA ATP-CP ∘ Formação de ATP pela degradação do fosfato de creatina (PC) ∘ Método mais simples e mais rápido de produção de ATP, sendo utilizada uma única enzima ∘ Células musculares são capazes de armazenar somente pequenas quantidades de fosfato de creatina → a quantidade total de ATP formado é limitado ∘ Metabolismo anaeróbico alático ∘ Via muito rápida, de urgência de energia – exemplo: corrida de 50m, salto em altura, levantamento rápido de peso ∘ Alta intensidade e curta duração – fornece energia < de 5 a 12 segundos ∘ Não precisa de investimento de energia → CREATINA ∘ Produzimos (rins, fígado e pâncreas) ∘ Arginina, glicina (aa não essencial), metionina (aa essencial) – carnes, peixes → EXEMPLO DA VIA ATP-CP ∘ Um indivíduo em repouso resolve dar um tiro → intensidade muito alta → demanda celular de O2 superior à sua capacidade de captar → predomínio anaeróbico @nutri.natallia ∘ Se o indivíduo quiser manter o exercício, terá que diminuir a intensidade OU continuar em alta intensidade (mas não máxima) ∘ Sistema ATP-CP ficará limitado → predomina-se a via glicolítica → ENZIMA CPK ∘ Conforme esforçamos a fibra além do que ela pode suportar, a rompemos, e extravasa o conteúdo interno ∘ Alguns marcadores dosados no sangue podem mostrar danos celular como a CPK: enzima com alta concentração no musculo ∘ Em exercício intenso pode extravasar → dosagem aumentada no sangue ∘ Valores muito excessivos: provavelmente não está dando conta do músculo se recuperar ∘ Outros fatores também elevam a CPK – exemplo: infarto ∘ Referência é baseada em individuo de repouso, é normal praticantes de exercícios terem valores acima, porém não 3 ou 4x mais que a referência Glicólise ∘ Degradação da glicose ou glicogênio → 2 ácidos pirúvicos ∘ Via anaeróbia (lática) ∘ Complexo (12 reações) – exercícios de 30 a 60 segundos ∘ Há investimento de energia → PRODUÇÃO: ⦁ 2 moléculas de ATP quando glicose é o substrato ⦁ 3 moléculas de ATP quando glicogênio é o substrato @nutri.natallia ∘ Quanto mais íons H+ na solução mais ácido o meio ∘ Enzima fosfofrutoquinase 1 (PFK - 1) depende de PH ótimo, se for inibida, bloqueia via glicolítica → MECANISMO DE RETARDAR A FADIGA POR ACIDOSE: ∘ Doando o H+ e restabelecendo o NAD (que poderá participar de outra via glicolítica), evitando a acidificação do meio e fadiga ∘ Porém, se o indivíduo continua mantendo alta intensidade, a produção de NADH+H+ continua, e em algum momento terá acidose muscular → fadiga → FASE 1 ∘ Investimento de energia → FASE 2 ∘ Geração de energia → VIA GLICOLÍTICA ∘ Se o indivíduo quiser manter o exercício – deve reduzir a intensidade para que consiga entrar na utilização predominante da via aeróbica e gerar mais ATP, antes de entrar em fadiga Formação oxidativa de ATP ∘ Produção aeróbia ∘ Interação de 2 vias cooperativas: ⦁ 1) Ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico) ⦁ 2) Cadeia de transporte de elétrons → PROCESSO COM 3 ESTÁGIOS ⦁ 1°) Geração de 1 molécula de Acetil-Coa – que pode ser derivado de CHO, PTN ou LIP ⦁ 2°) Oxidação do Acetil-Coa no CK @nutri.natallia ⦁ 3°) Processo de fosforilação oxidativa (ou formação de ATP) na cadeia de transporte de elétrons (cadeia respiratória) ∘ O piruvato formado pela glicólise entrará na mitocôndria e será convertido em Acetil CoA e este entrará no CK ∘ Objetivo do CK: extrair componentes e oxidar a fim de obter o máximo de potencial energético deles e dispensar o CO2, extrair H+ e elétrons para o próximo passo ∘ O NADH+H+ produzido no CK entra na cadeia de elétrons e passa de bomba em bomba ∘ Na 4ª bomba, o O2 se encontra com o H+ e vira H2O ∘ Os H+ acumulados só conseguem passar pela ATP-SINTASE – quando essa corrente de elétrons passa, as moléculas de fósforo (P) e ADP estarão acopladas à ATP- SINTASE e formarão ATP = ENERGIA @nutri.natallia ∘ Na via glicolítica a glicose gera piruvato, e agora na presença de O2, esse piruvato entrarádentro da mitocôndria ∘ Acetil CoA é como um ponto de encontro entre vários substratos energéticos, onde o metabolismo de aminoácidos e de gorduras se encontram ∘ Gerar NADH e FADH2, gera maior produção de ATP na cadeia de transporte de elétrons ∘ FADH2 possui menor potencial de formação energética (ATP) e só consegue bombar seus elétrons a partir da 3ª bomba, demora mais ∘ A partir do acúmulo de H+ no espaço intermembranoso (como uma bexiga), chega um momento que não há mais como acumular, e então esses H+ saem pela ATP- SINTASE → NA CADEIA DE ELÉTRONS: ⦁ NADH: gera 2,5 ATP ⦁ FADH: gera 1,5 ATP → GLICOSE ∘ Via anaeróbica: ⦁ Gera 2 ATP’s ∘ Via Aeróbia: ⦁ 2 ATP’s na formação do piruvato + 2 ATP’s no CK = 4 de forma direta ⦁ 10 NADH = 25 ATP’s ⦁ 2 FADH = 3 ATP’s ⦁ Saldo total: 32 ATP’s ⦁ Mais rentável e sustentável, mas é mais complexo e exige O2 → POR QUE A VIA AERÓBICA É MAIS RENTÁVEL E SUSTENTÁVEL? ∘ Gorduras participam na via da mitocôndria, gerando mais energia ⦁ 1 Ácido palmítico (16 carbonos) = mais de 100 moléculas de ATP ∘ Depois da Betaoxidação, gera Acetil CoA, NADH+H E FADH ∘ O Acetil CoA vai para o CK, NADH+H e FADH vão para a cadeia de elétrons @nutri.natallia ∘ Quando o organismo usa AGL, preserva mais glicose, e temos maior estoque de gorduras que de glicose ∘ Porém usar LIP é um processo mais lento, enquanto usar glicose é mais rápido → assim a célula muscular usa primeiramente glicose → EM JEJUM: ∘ Há aumento da mobilização de gorduras ∘ Quanto melhor treinado, mais capaz e eficiente é o uso de gorduras pela célula muscular ∘ Glicose é captada do glicogênio muscular, e após um tempo também do sangue (advinda do glicogênio hepático) ∘ O glicogênio é limitado: consumo de CHO influencia no estoque ∘ As reservas de gordura são abundantes e não há necessidade de consumo excessivo de gorduras para tal, a própria fisiologia do organismo propicia as reservas de adipócitos @nutri.natallia Nutrição Esportiva Metabolismo de macronutrientes no exercício físico Vias energéticas → EXERCÍCIOS DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO ∘ Predominância das vias ATP-CP e Glicólise anaeróbica (degradação de glicogênio muscular para lactato) ∘ As vias não atuam em tempos diferentes, são simultâneas, atuam por predominância – o que interfere é a intensidade e tempo de exercício ⦁ Exemplo: maratona – longa duração → predomínio aeróbico (deixam para aumentar intensidade da corrida ao final, mantendo o maior tempo em respiração e captação de oxigênio que atenda a demanda celular) @nutri.natallia ∘ A concentração muscular de ATP está geralmente reduzida em 30-50% após o exercício máximo, enquanto a concentração de PCr (creatina fosfato) pode ser completamente depletada após tal atividade ∘ Paralelamente, verifica-se a degradação do glicogênio muscular (inicialmente anaeróbica), uma vez que a reserva muscular de O2 (mioglobina) é pequena e a oferta de O2 pela circulação sanguínea não aumenta de forma imediata e proporcional à demanda muscular ∘ A degradação anaeróbica de glicose originada do glicogênio, que ocasiona a síntese de lactato, alcança o valor máximo 40-50s após o início do esforço muscular Captação de glicose pelo músculo ⦁ Aumenta intensidade ⦁ Necessidade de VO2 (DC, FR) ⦁ Atender a demanda celular ⦁ Aumenta VO2máx (consumo máximo de oxigênio) ⦁ Variáveis cardiorrespiratórias limitadas ⦁ Via anaeróbica → fadiga ∘ Durante o exercício, é necessária alta captação de glicose pelo @nutri.natallia músculo – precisa de GLUT4 e muita translocação deste transportador ∘ Quanto > a intensidade do exercício, > a necessidade de translocação de GLUT4 pra suprir essa demanda de glicose ∘ A translocação do GLUT4 no tecido muscular pode ser estimulada pela insulina ou pela contração muscular, sendo que ambos atuam por vias distintas ∘ No estado pós-absortivo, em indivíduos saudáveis, a glicose sanguínea representa apenas de 15- 30% dos substratos fornecidos para o metabolismo oxidativo do músculo em atividade durante um exercício leve a moderado (cerca de 30% do consumo máximo de O2) ∘ A captação de glicose aumenta desproporcionalmente com o aumento da intensidade do exercício, principalmente em intensidades superiores a 50% da captação máxima de O2 ∘ Tem sido proposto que isso ocorra devido à maior dependência de ATP derivado da glicólise durante o exercício intenso, o qual primariamente utiliza carboidratos como substrato energético @nutri.natallia ↳ Tempo de exaustão foi 3x maior no indivíduo com maior consumo de carboidratos, comparado ao com dieta pobre ⦁ Com uma dieta rica em CHO, o tempo de endurance aumenta → DURANTE O EXERCÍCIO AERÓBICO INTENSO ∘ A vantagem da dependência seletiva do metabolismo dos CHO é que sua transferência energética é 2x mais rápida do que a transferência das LIP ou PTN ∘ Pois, a degradação de CHO e LIP utiliza vias idênticas para a oxidação da Acetil CoA e desse modo, os processos metabólicos que precedem o CK (β-oxidação, ativação dos AG e transporte intracelular e mitocondrial) provavelmente contribuem de modo importante para a taxa relativamente lenta de oxidação dos LIP em relação aos CHO Metabolismo de CHO e LIP durante o exercício ∘ Processos que limitam potencialmente a magnitude da oxidação das gorduras durante o exercício aeróbico: ∘ O EN é muito importante: @nutri.natallia ∘ Os músculos treinados aerobicamente apresentam uma capacidade mais elevada de oxidação de CHO do que os músculos não treinados ∘ Consequentemente, quantidades consideráveis de piruvato se movem pelas vias energéticas aeróbicas durante o exercício intenso de endurance após o treinamento ∘ A capacidade oxidativa mitocondrial aumentada do músculo treinado e o aumento do armazenamento de glicogênio ajudam a explicar sua capacidade elevada de degradação de carboidratos ∘ Durante o exercício submáximo, o músculo treinado em endurance exibe uma dependência diminuída do glicogênio muscular e da glicose sanguínea como fontes energéticas e um uso maior de gordura ↳ Essa adaptação induzida pelo treinamento representa uma resposta desejável, porque conserva as reservas limitadas do glicogênio corporal → O TREINAMENTO AUMENTA O CATABOLISMO DAS GORDURAS ∘ Durante o exercício prolongado e de carga constante, a energia proveniente da oxidação das gorduras aumenta significativamente com o treinamento aeróbico ↳ Enquanto ocorrem diminuições correspondentes na degradação dos CHO (*em branco) ∘ As adaptações de economia de CHO podem ocorrer de dois modos: ⦁ Liberação de AG pelos depósitos de tecido adiposo (aumenta por @nutri.natallia uma redução dos níveis sanguíneos de lactato) ⦁ Aumento dos depósitos intramusculares de gordura no músculo treinado em endurance ∘ Indivíduos obesos e com diabetes tipo 2 tem prejuízo em seu uso → POR QUE INDIVÍDUOS TREINADOS OXIDAM MAIS GORDURA? ∘ Adaptações queimadoras de gordura induzidas pelo treinamento aeróbico: ⦁ Facilitação da taxa de lipólise e de reesterificação dentro dos adipócitos ⦁ Proliferação dos capilares nos músculos treinados para a geração de uma quantidade total e de uma densidade maior desses microvasos ⦁ Melhora do transporte de AGL através do sarcolema da fibra muscular ⦁ Aumento do transporte de AG dentro da célula muscular pela ação da carnitina e da carnitina aciltransferase ⦁ Aumento do tamanho e da quantidade de mitocôndrias musculares ⦁ Aumento na quantidade das enzimas envolvidas com a Betaoxidação, com o metabolismo do CK e com a cadeia transportadora de elétrons dentro das fibras musculares especificamente treinadas Proteínas ∘ O papel essencial é o fornecimento de aminoácidos para a síntese tecidual∘ Estudos mostraram uma degradação mínima de proteínas durante o exercício de endurance, avaliada pela excreção urinária de nitrogênio ∘ Computações teóricas e evidências experimentais determinaram as necessidades proteicas para a síntese de tecido muscular com o treinamento de resistência @nutri.natallia ↳ Equilíbrio proteico e tempo de recuperação entre as sessões são importantes ∘ Desse modo, os protocolos de treinamento de força que não permitem ao menos 48 h de recuperação entre as sessões de treinamento podem acarretar um menor efeito sobre a hipertrofia muscular ∘ O exercício de força representa um estímulo potente para a hipertrofia do músculo esquelético em humanos ∘ A hipertrofia ocorre quando a taxa de síntese proteica muscular excede a taxa de degradação, de tal modo que o equilíbrio proteico muscular seja positivo → MODULAÇÃO DOS EFEITOS DO EXERCÍCIO PELOS MICRONUTRIENTES @nutri.natallia Nutrição Esportiva Fisiologia do exercício Conceito → FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO ∘ Estuda como as funções orgânicas respondem e se adaptam ao estresse imposto pelo exercício físico ∘ Estuda os efeitos agudos e crônicos do exercício físico sobre a estrutura e a função dos diversos sistemas orgânicos ∘ As pesquisas na área visam observar os efeitos do exercício em sistemas orgânicos específicos, tendo como os principais temas de investigação: ⦁ Metabolismo energético ⦁ Sistemas cardiorrespiratório, neuromuscular, imunológico e endócrino Sistema Neuromuscular → PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ⦁ 1) Chegada de um impulso nervoso à junção neuromuscular ⦁ 2) Liberação de acetilcolina no interior da fenda sináptica dessa junção devido ao potencial de ação do neurônio motor ⦁ 3) Ligação da acetilcolina aos receptores da placa motora, produzindo um potencial da placa motora ⦁ 4) Despolarização da célula muscular (excitação) ⦁ 5) Potencial de ação atingindo o retículo sarcoplasmático = liberação de Cálcio e sua difusão no músculo para se unir a troponina ⦁ 6) Ligação do cálcio liberado à troponina = mudança de posição da tropomiosina ⦁ 7) Sítios ativos da actina ficam descobertos = ligação forte da ponte cruzada de miosina com actina @nutri.natallia ⦁ 8) Sinal para interrupção da contração = ausência do impulso nervoso na junção neuromuscular (remoção do cálcio da troponina, movimento da tropomiosina para trás, cobrindo os sítios de ligação da molécula de actina, cessando a interação das pontes cruzadas) → CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES ∘ De acordo com as características estruturais e bioquímicas para exercer esforço de característica aeróbica ou anaeróbica: ⦁ Rápidas: diâmetro maior, enzimas e liberação rápida de energia (potência máxima) ⦁ Lentas: organizadas para resistência, geração de energia aeróbia, maior número de capilares → O QUE INFLUENCIA A % DE FIBRAS? ∘ A % de distribuição do tipo de fibra muscular varia entre as pessoas ⦁ Fatores genéticos ⦁ Treinamento específico → ATLETAS DE ALTA PERFORMANCE DIFERENCIAM NA % DE DISTRIBUIÇÃO ∘ Exemplos: ⦁ Atletas de endurance → > quantidade de fibras de contração lenta ⦁ Atletas velocistas → > quantidade de fibras de contração rápida ⦁ Atletas de potência → quantidade de fibras de contração lenta = a quantidade de fibras de contração rápida → FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA ⦁ Maior concentração de mioglobina ⦁ Mais capilares envolvidos ⦁ Alta atividade mitocondrial ⦁ Grande capacidade de metabolismo aeróbio ⦁ Alta resistência à fadiga → FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA ⦁ N° relativamente pequeno de mitocôndrias @nutri.natallia ⦁ Capacidade limitada de metabolismo aeróbio ⦁ Menos resistentes à fadiga que as FCL ⦁ Ricas em enzimas glicolíticas ⦁ Grande capacidade anaeróbia → FADIGA MUSCULAR ∘ Declínio na capacidade de gerar força máxima ∘ Tanto os fatores metabólicos quanto uma deterioração da ativação neuronal parecem desempenhar algum papel na fadiga do músculo humano ∘ É maior quanto maior for o % e a área de fibras tipo II no músculo Sistema Cardiorrespiratório → EFEITOS AGUDOS ∘ Chamados de “respostas”, as alterações decorrentes da execução de uma sessão de exercício ∘ Essas respostas são subdivididas em dois tipos: ⦁ Respostas observadas durante o exercício (per exercício) ⦁ Respostas observadas após o exercício (também chamadas de subagudas ou pós-exercício) ∘ As pós-exercício podem ser divididas em: ⦁ Respostas imediatas, que ocorrem nas primeiras uma ou duas horas após o exercício ⦁ Respostas tardias, que são observadas ao longo de 24h pós- exercício → Exemplo de efeito agudo ∘ Elevação da frequência cardíaca, da ventilação pulmonar e sudorese – após o exercício, a FC demora para retornar ao valor pré-exercício ↳ 24 ou 48 horas (às vezes, até 72 horas) que se seguem a uma sessão de exercício: discreta redução dos níveis tensionais, especialmente nos hipertensos, na expansão do volume plasmático, na melhora da função endotelial, e na potencialização da ação e aumento da sensibilidade insulínica na musculatura esquelética → EFEITOS CRÔNICOS ∘ Chamados de “adaptações”, correspondem às alterações @nutri.natallia estruturais e funcionais decorrentes de um período prolongado de treinamento físico regular ∘ Resultam da exposição frequente e regular às sessões de exercícios ∘ Aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário → Exemplo de efeito crônico ∘ Bradicardia relativa de repouso, a hipertrofia muscular, o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo) ∘ O exercício também é capaz de promover a angiogênese, aumentando o fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos e para o músculo cardíaco ↳ Mais O2 aos tecidos = maior fluxo sanguíneo = aumento do débito cardíaco e redistribuição do fluxo sanguíneo → COMO OCORRE O AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO? ∘ Aumenta DC = aumenta volume sistólico e FC ↳ Nos não treinados, esse aumento é devido à elevação da FC apenas ∘ Se aumenta a idade = diminui o DC (em função da FC) ∘ Fórmula para o cálculo da FCmáx ↳ FCmáx = 220 – idade (anos) ↳ Fluxo sanguíneo muscular ⦁ Estímulos químicos e físico → Receptores das células endoteliais → Produção de óxido nítrico (NO) → Vasodilatação no exercício → Redistribuição do fluxo sanguíneo Desempenho esportivo @nutri.natallia → O sucesso no desempenho esportivo é causado por um conjunto de fatores: ↳ Todos esses + a composição de fibras musculares Benefícios das adaptações fisiológicas da atividade física regular ∘ Reduz os riscos de doença cardíaca, DM, HAS, alguns tipos de câncer, depressão ∘ Ajuda no controle do peso ∘ Ajuda a manter ossos, músculos e articulações saudáveis ∘ Ajuda os idosos a se fortalecerem e serem capazes de se movimentar →ASPECTOS ANTROPOMÉTRICOS ⦁ ↓ gordura → ASPECTOS METABÓLICOS ⦁ ↑ o volume sistólico ⦁ ↑ a potência aeróbica ⦁ ↑ a ventilação pulmonar ⦁ ↓ a PA ⦁ Melhora sensibilidade a insulina → ASPECTOS PSICOLÓGICOS ⦁ Melhora da autoestima, do autoconceito da imagem corpora ⦁ Socialização ⦁ ↓ estresse, a ansiedade e o consumo de medicamentos
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