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ATIVIDADE 3

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ATIVIDADE 3 
HISTÓRIA DA AMÉRICA COLONIAL: SÉCULOS XV AO XVII 
 
 
 
Montezuma e Hernán Cortés são dois personagens centrais do processo de 
conquista espanhola que, embora estejam em lados opostos nesse evento, 
demonstraram o desejo de dominação. Tanto a sociedade espanhola quanto 
a asteca praticavam a subjugação de outros povos. Sendo assim, elas 
guardam muitas semelhanças entre si, mas também muitas diferenças. 
 
Enquanto “[…] para Montezuma, as diferenças entre astecas, tlaxcaltecas 
e chichimecas existem, é claro, mas são automaticamente absorvidas na 
hierarquia do mundo asteca: os outros são os subordinados, aqueles que 
podem ser - ou não - as vítimas do sacrifício. Porém, mesmo nos casos 
mais extremos, não há sentimento de estranheza absoluta: dos totonacas, 
por exemplo, os astecas dizem simultaneamente que falam uma língua 
bárbara e levam uma vida civilizada (CF, X, 29), ou seja, que pode parecer 
tal aos olhos dos astecas” (TODOROV, 1982, p. 69). 
 
Para os astecas, os outros povos que habitavam a região e não falavam sua 
língua, o nahuatl, eram considerados bárbaros e selvagens. Segundo 
Todorov (1982), de certa forma, eles partilham o desprezo que todos os 
povos têm por seus vizinhos, considerando que não serviam nem mesmo 
para serem sacrificados em seus rituais sagrados. TODOROV, T. A 
conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 
1982. 
 
 Já Cortés, um dos principais conquistadores espanhóis, relatou em seus 
diários, crônicas de viagem e em cartas para a Coroa sobre suas 
empreitadas e objetivos nas terras do Novo Mundo. Em um dos trechos 
para o príncipe espanhol, ele discorre: “[…] em outra relação, meu 
excelentíssimo Príncipe, disse à vossa majestade as cidades e vilas que até 
então para seu real serviço eu tinha sujeitado e conquistado [...] E certifico 
a vossa majestade que farei Montezuma, preso ou morto, súdito da coroa 
real de vossa majestade” (CORTÉS, 1986, p. 87). CORTÉS, H. A 
conquista do México. Porto Alegre: LPM, 1986. 
 
 Com base nas citações anteriores e nas discussões dessa unidade, 
apresente uma diferença e uma semelhança acerca das práticas de 
dominação asteca e espanhola. É preciso elaborar um pequeno texto 
que contenha, além da resposta, uma justificativa para ela. 
 
 
 
A civilização asteca, no século XII, constituía um dos diversos povos nômades, 
caçadores e guerreiros que viviam no norte do atual México. Em decorrência das difíceis 
condições climáticas da região, os astecas migraram para o Sul em busca de melhores 
condições de vida. Lá foram subjugados por povos tepanecas. A sujeição dos astecas aos 
tepanecas durou aproximadamente um século. No decorrer desse processo de subjugação, 
os astecas formaram uma sociedade complexa e assimilaram dos tepanecas e de outros 
povos conhecimentos técnicos, científicos, militares e políticos. 
 
No século XVI, uma grande leva de espanhóis chegou à América, mais 
precisamente em 1504. Nessa leva encontrava-se Hernán Cortez, o denominado 
conquistador da América. No ano de 1519, Cortez atravessou o golfo do México para 
conquistar o território asteca. Nesse empreendimento, levou consigo um contingente com 
mais de 600 homens, aproximadamente 30 cavalos e cerca de 10 canhões. Os espanhóis 
acreditavam existir ouro em abundância nas cidades astecas, o que foi a principal 
motivação da viagem. 
 
Quando os espanhóis desembarcaram nos territórios astecas (atual México), 
Cortez e sua tropa foram recepcionados por emissários enviados pelo imperador asteca 
Montezuma. De acordo com profecias astecas, naquele ano deveria chegar à região o deus 
Quetzalcátl, a serpente emplumada. Por isso, nos primeiros contatos entre astecas e 
espanhóis não aconteceram conflitos, pois os astecas pensaram que os europeus eram 
deuses. Assim, levaram para eles ouro como presente. 
 
No dia 8 de dezembro de 1519, Cortez e sua tropa se encontraram pela primeira 
vez com Montezuma. Já sabendo que os europeus não eram deuses, o imperador asteca 
recepcionou pacificamente os espanhóis. Alguns dias depois, Hernán Cortez aprisionou 
Montezuma. Porém, temendo as armas de fogo dos europeus e a morte de seu imperador, 
os astecas não reagiram. 
 
Cortez ausentou-se das terras astecas, mas deixou em seu lugar Pedro de Alvarado, 
que sem nenhuma razão massacrou cerca de 6 mil astecas no interior de um templo, onde 
os astecas celebravam uma festa. Ao retornar, Hernán Cortez encontrou um clima tenso 
entre espanhóis e astecas, que ficou ainda mais acirrado com a morte do imperador 
Montezuma, atingido por uma pedra na cabeça. Após esse fato, os espanhóis se retiraram, 
deixando todo o ouro para trás. 
 
Contudo, no ano de 1521, Hernán Cortez e suas tropas retornaram às terras 
astecas, ocuparam-na e arrasaram os astecas. Os espanhóis submeteram os territórios 
astecas a seu domínio, que passou a ser chamado de Nova Espanha." 
 
Feitas tais considerações, de se dizer que em relação às semelhanças, os astecas, 
assim como os espanhóis, eram uma civilização extremamente avançada e com uma 
organização social complexa. Foram uma das principais civilizações pré-colombianas. 
 
O poder dos astecas era baseado no controle militar, sendo certo que inúmeros 
povos subjugados eram obrigados a pagar pesados impostos. Sobre os subjugados, tal 
como os europeus, os astecas tinham domínio sobre os escravos, criminosos condenados, 
ou então pessoas que tinham dívidas e achavam que a escravidão era a melhor forma de 
sanar suas dívidas. 
 
Quanto à diferença, importante dizer que a vitória dos espanhóis foi vista com 
surpresa, pois, em termos de número, a força espanhola era muito menor que a asteca. No 
entanto, os historiadores atribuíram três razões, as quais podem ser vistas como diferenças 
no trato do povo espanhol com os dominados, e que ajudam a entender como foi 
construída a vitória deles para com os astecas: 
 
Superioridade armamentícia: os espanhóis possuíam armamentos muito 
superiores em comparação aos nativos. O destaque vai para os canhões, as balestras 
(também conhecidas como besta) e o cavalo (não existiam cavalos na América); 
 
Doenças contagiosas: o contato dos nativos com o espanhol trouxe aos nativos 
uma série de doenças para as quais eles não possuíam anticorpos. A varíola, em especial, 
foi a mais mortal e dizimou populações indígenas inteiras em várias partes da América; 
 
Alianças: a política de Cortés de aliar-se com outros povos indígenas inimigos 
dos astecas foi muito eficaz, pois fortaleceu suas fileiras de combatentes e permitiu-lhe 
conhecer o inimigo e a região. 
 
Eis as principais semelhanças e diferenças. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
CARVALHO, Leandro. "Astecas X Espanhóis"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/guerras/astecas-x-espanhois.htm. Acesso em 04 de junho 
de 2022. 
 
SILVA, Daniel Neves. "Hernán Cortés e a conquista dos astecas"; Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/hernan-cortes-conquista-dos-
astecas.htm. Acesso em 04 de junho de 2022.

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