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vulvovaginites Processo inflamatório e/ou infeccioso que envolve a vulva, paredes vaginais e o epitélio escamoso estratificado do colo uterino. Os Lactobacillus acidophilus (bacilos de Döderlein), por produzirem ácido lático e outros ácidos orgânicos, são os grandes responsáveis pela acidez do pH da vagina. São as bactérias dominantes do conteúdo vaginal normal. A mucosa vaginal é a primeira barreira à entrada de patógenos. A lâmina basal da vagina é rica em macrófagos, linfocitos, células de Langerhans (derivadas da medula óssea e que atuam como apresentadoras de antígenos para os linfócitos CD4), plasmócitos, eosinófilos e mastócitos. Quadro clínico conteúdo vaginal aumentado, prurido e irritação, que podem estar associados a odor desagradável, a ardência e intenso desconforto. As 3principais causas de vulvovaginites infecciosas são: ● Vaginose bacteriana (VB) ● Candidíase Vulvovaginal ● Tricomoníase VAGINOSE BACTERIANA . É um distúrbio caracterizado por aumento da diversidade de espécies bacterianas (anaeróbios) e diminuição de lactobacilos Epidemiologia ● É a principal causa de corrimento vaginal. ● Ocorre com maior frequência em mulheres com vida sexual ativa. Fatores de risco Mulheres não brancas, gravidez prévia, múltiplos e parceiros, uso de DIU, uso de duchas vaginais, tabagismo. Quadro clínico ● 1/2 são assintomáticas. ● O sintoma mais típico é a queixa de odor fétido, semelhante a “peixe podre”(agrava durante a menstruação e durante o coito) ● O corrimento vaginal é fluido, homogêneo, branco acinzentado (mais comum) normalmente em pequena quantidade e não aderente, e pode formar microbolhas. ● A parede vaginal é de aparência normal e não eritematosa. Diagnóstico Uso de critérios clínicos (critérios de Amsel) ou pela coloração de Gram. Que critérios são esses? ● Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino. ● pH vaginal > 4,5 (ph alcalino→ diminuição dos lactobacilos e um crescimento polimicrobiano vulvovaginites ● Teste das Aminas (whiff test) positivo: aparecimento imediato de odor desagradável, pela liberação de aminas ● clue cells: no exame microscópico a fresco da secreção vaginal ( somente a presença delas não fecha o diagnóstico) Exame microscópico: ● Evidenciam-se escassez de lactobacilos e leucócitos e presença de clue cells. ● PO para o diagnóstico Tratamento ● Metronidazol ● Clindamicina CANDIDÍASE VULVOVAGINAL . É uma infecção da vulva e vagina causada por um fungo do gênero Candida. Epidemiologia ● segunda causa mais comum de corrimento vaginal. Fatores de risco Geralmente ocorrem sem fator desencadeante identificado. ● gravidez ● Uso de contraceptivos orais com altas dosagens de estrogênio. ● terapia hormonal somente com estrogênio ● diabetes Propiciam aumento na concentração de glicogênio vaginal, com consequente acidificação do meio e proliferação de levedura. O Protocolo IST do MS (2015) informa que as microabrasões no epitélio por micro-organismos colonizadores explica a maior frequência de CVV em mulheres sexualmente ativas. Quadro clínico Depende do grau de infecção e da localização do tecido inflamado. ● prurido vaginal ● queimação vulvovaginal ● disúria ● Corrimento branco ● Hiperemia e edema vulvar ● Fissuras e maceração da vulva. Diagnóstico Na maioria dos casos, o quadro clínico e o exame a fresco são suficientes para o diagnóstico. - O exame microscópico apresenta pseudohifas. Tratamento ● Cremes vaginais (miconazol, clotrimazol, tioconazol) ● Agentes orais (fluconazol 150 mg, itraconazol 100mg, cetoconazol 200 a 400mg/dia) ● Uso tópico (fenticonazol, miconazol, clotrimazol) Tricomoníase . É a infecção causada por um protozoário flagelado denominado Trichomonas vaginalis vulvovaginites A tricomoníase é uma DST, e sua via de transmissão é quase unicamente sexual. Epidemiologia ● Na maioria dos casos, a tricomoníase encontra-se associada a outras doenças de transmissão sexual, além de facilitar a transmissão do HIV. Fatores de risco ● relaciona com a prática da atividade sexual desprotegida. Quadro clínico Os homens são geralmente portadores assinto- máticos e, em linhas gerais, comportam-se como vetores. Entretanto, algumas vezes desenvolvem um quadro de uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite. As mulheres também podem ser assintomáticas, especialmente na pós-menopausa. A queixa mais comum é de corrimento, normalmente abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado (mais comum), mal cheiroso e bolhoso. Diagnóstico É realizado com base nos dados da anamnese, achados ao exame físico, medida do pH vaginal (>5), teste de whiff(+) e microscopia a fresco do fluido vaginal. A cultura em meio de Diamond era considerada o método padrão-ouro para o diagnóstico da tricomoníase. → O diagnóstico da tricomoníase é feito por meio da visualização dos protozoários móveis em material da ectocérvice, por exame bacterioscópico a fresco ou pela coloração de Gram, Giemsa, Papanicolaou, entre outras. Tratamento ● Metronidazol ● Tinidazol
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