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RESUMO COMPLETO - A ESCOLA CLÁSSICA - PRECURSORES

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A ESCOLA CLÁSSICA – PRECURSORES
A escola clássica começou em 1776, quando Adam Smith publicou seu trabalho A riqueza das nações, e teve fim em 1871, quando W. Stanley Jevons, Carl Menger e Leon Walras publicaram, independentemente, trabalhos expondo as teorias neoclássicas.
VISÃO GERAL DA ESCOLA CLÁSSICA
Duas "revoluções", uma relativamente madura e a outra apenas no inicio, foram especialmente significativas para o pensamento econômico clássico.
A revolução cientifica. Em 1687:
O impacto de Newton pode ser percebido nas ideias da escola clássica. De acordo com os Clássicos, as instituições feudais remanescentes e os controles restritivos do mercantilismo não Eram mais necessários. Para eles, a ciência newtoniana fez surgir uma natureza tão verdadeira quanto à vontade de Deus, anteriormente. Se a vontade divina tivesse criado um mecanismo que funcionasse harmoniosa e automaticamente sem interferência, o laissez-faire seria a forma mais alta de sabedoria nas questões sociais. As leis naturais guiariam o sistema econômico e as ações das pessoas.
A Revolução Industrial. Em 1776, a Revolução Industrial estava apenas começando, mas se intensificou durante o period° em que os economistas clássicos mais recentes escreveram. Eles estavam cientes do crescimento substancial da manufatura, do comercio e das invenções, alem da divisão do trabalho. Muitas práticas mercantilistas estavam acabando com o surgimento da atividade comercial que se espalhava em todas as direções.
PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA CLÁSSICA
A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico. Suas bases são liberdade pessoal, propriedade privada, iniciativa individual, empresa privada e interferência mínima do governo.
Envolvimento mínimo do governo. O primeiro princípio da escola clássica era que o melhor governo governa o mínimo. As forças do mercado livre e competitivo guiariam a produção, a troca e a distribuição.
Comportamento econômico de autointeresse. Os economistas clássicos supunham que o comportamento de autointeresse básico para a natureza humana.
Harmonia de interesses. Com exceção importante de Ricardo, os clássicos enfatizavam a harmonia natural de interesses em uma economia de mercado. Ao correr atrás de seus interesses individuais, as pessoas atendiam aos melhores interesses da sociedade.
Importância de todos os recursos e atividades econômicas. Os clássicos assinalavam que todos os recursos econômicos como as atividades econômicas contribuíam para a riqueza de uma nação.
Leis econômicas. A escola clássica deu grandes contribuições para a economia ao concentrar a analise em teorias econômicas explicitas ou "leis".
QUEM A ESCOLA CLÁSSICA BENEFICIOU OU PROCUROU BENEFICIAR?
No longo prazo, a economia clássica atendeu a toda a sociedade porque a aplicação de suas teorias promovia o acumulo de capital e o crescimento econômico. Ela dava respeitabilidade aos empresários, em um mundo que anteriormente tinha direcionado as honras e a renda para a nobreza e os abastados. Os mercadores e os industriais obtiveram um novo status e dignidade, como promotores da riqueza da nação, e os empresários estavam seguros de que, ao procurar o lucro, estavam atendendo a sociedade. 
COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA, ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA?
A economia clássica racionalizava as praticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores. A concorrência era um fenômeno crescente, e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável. Quando a industrialização estava começando, a maior necessidade da sociedade era concentrar recursos na máxima expansão possível da produção. A projeção do setor privado em relação ao setor público serviu a esse objetivo admiravelmente. Como os consumidores eram geralmente pobres e as oportunidades de investimento eram aparentemente ilimitadas, os capitalistas tinham um forte incentivo para reinvestir uma parte substancial de seus lucros.
QUAIS DOGMAS DA ESCOLA CLÁSSICA SE TORNARAM CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS?
Os dogmas que se tornaram contribuições duradouras incluem, mas não se limitam: (1) à lei de rendimentos decrescentes, (2) a lei da vantagem comparativa, (3) a noção de soberania do consumidor, (4) a importância do acumulo de capital para o crescimento econômico e (5) ao mercado como um mecanismo para reconciliar os interesses dos indivíduos com os interesses da sociedade.
“Exemplos incluem a lei da vantagem comparativa, a lei de rendimentos cada vez menores, a teoria da população de Malthus, a lei dos mercados (lei de Saw), a teoria da renda de Ricardo, a teoria quantitativa da moeda e a teoria do valor-trabalho. Os clássicos acreditavam que as leis da economia são universais e imutáveis”. 
SIR DUDLEY NORTH
Sir Dudley North (1641-1691), que viveu durante o período áureo do mercantilismo, deu um duro golpe na essência da doutrina mercantilista. Ele era um mercador rico no comercio turco que posteriormente se tornou comissário da alfândega e, em seguida, funcionário do tesouro. North tem sido chamado o primeiro mercador proeminente a favor do livre-comércio. O breve tratado Discourses upon trade foi o único trabalho publicado de North, aparecendo anonimamente em 1691. North enfatizou que o comercio não é um beneficio unilateral para qualquer país que realize um excedente de exportações, mas um ato de vantagem mutua para os dois lados. Seu objetivo não é acumular espécie, mas trocar excedentes. Uma divisão de trabalho e comercio internacional promoveria a riqueza, mesmo se nenhum ouro ou prata existisse. Ele repudiou o conceito de que a riqueza deveria ser medida pelo estoque de metais preciosos de um país, também observou que o comercio entre nações distribui a oferta de dinheiro de acordo com as necessidades do comercio. Embora North acreditasse que o livre comércio ajudaria tanto os mercadores como o país, ele não professava uma harmonia de doutrina de rendimentos como a declarada por Ultimo por Smith. Na realidade, North via que muitos "negócios" especiais estavam sendo beneficiados custa do público, utilizando o poder do governo para adquirir privilégios especiais. Sua ideia de que as autoridades não deveriam, portanto, apoiar interesses privados limitados era muito contraria a doutrina mercantilista.
RICHARD CANTILLON
Richard Cantillon (1680? -1734) nasceu na Irlanda. Ele passou muitos anos em Paris, tornando-se um banqueiro rico e um bem-sucedido especulador em ações e moedas estrangeiras. Em 1734, Cantillon foi roubado e assassinado e sua casa foi queimada. Seu único livro, Essai sur la nature du commerce en general, foi escrito entre 1730 e 1734 e publicado em francês em 1755. Os empresários, Cantillon dizia, comprometem-se com pagamentos definidos, a espera de recebimentos incertos. Esse risco é remunerado pelo lucro, que a concorrência tende a reduzir para o valor normal dos serviços dos empresários. Cantillon desenvolveu uma teoria de valor e preço. Sua ênfase no papel da terra e do trabalho, na oferta e na demanda e nas flutuações do preço em torno do valor intrínseco o torna um precursor direto da economia clássica. Ele antecipou o pensamento da economia clássica de varias outras maneiras. Por exemplo, declarando: "Os homens se multiplicam como ratos em um celeiro, se tiverem meios ilimitados de subsistência". O economista clássico Thomas Malthus tinha um ponto de vista semelhante. Além disso, Cantillon analisava os juros como uma recompensa pelo risco corrido no empréstimo, com base nos lucros que os empresários podem auferir ao emprestar e investir. Alem disso, Cantillon concentrou-se na produtividade dos recursos de uma nação, dizia que nos países católicos ha muitos dias santos, "o que reduz o trabalho das pessoas em cerca de uma oitava parte do ano". Cantillon dizia que a descoberta e a exploração de ricas minas de ouro e prata elevariam os preços, os arrendamentos e os salários internos. Mas, se o aumento no dinheiro vier de um excedente de exportações de bens, ele enriquecera os mercadores e os empresáriose dará emprego aos trabalhadores.
DAVID HUME
David Hume (1711-1776) nasceu na Escócia 12 anos antes de seu compatriota e amigo Adam Smith. Ingressou na Universidade de Edimburgo aos 12 anos de idade e saiu aos 15, sem se formar. Mais tarde, como um filósofo eminente, Hume foi recusado duas vezes para uma cadeira de Filosofia em Edimburgo, por causa de seu espírito cético e pensamento não ortodoxo. Na realidade, Adam Smith, uma vez, quase foi expulso da Universidade de Oxford, porque uma copia do trabalho de Hume, A treatise of human nature, foi encontrada em sua sala. A maior contribuição de Hume como economista foi apresentar o que tem sido chamado, desde então, de mecanismo de preço-fluxo de moeda. Os mercantilistas queriam promover um excedente de exporta6es para acumular moeda. Na visão sombria de Cantillon, essa tática era contraproducente, pois se mais moeda estivesse disponível, os preços subiriam e as importações aumentariam. Mas, para pagar pelas importações, o dinheiro seria enviado ao exterior, provocando pobreza e falência atrás de si. Assim, portanto, o governo deveria impedir o excesso de dinheiro. 
Os fisiocratas estavam basicamente despreocupados com o comercio exterior, exceto que eles desejavam permitir o livre fluxo de grãos no exterior. Mas Hume, que, como Cantillon, aceitava a teoria de quantidade de dinheiro de John Locke (o nível da produção é determinado pela quantidade de dinheiro disponível, dadas a velocidade e a quantidade da produção), analisou o mecanismo do equilíbrio internacional que operaria sem intervenção do governo. Hume não acreditava que esse ajuste de nível de preço (para cima ou para baixo) ocorreria instantaneamente. Em "Of money" e em "Of interest", ele afirmou que as alterações no nível do preço inicialmente seriam inferiores as alterações no dinheiro. Por um tempo, um aumento no dinheiro elevaria os gastos, a produção e o emprego. Mas, finalmente, o fluxo de dinheiro seria completamente absorvido como um aumento no nível do preço. “Do mesmo modo, uma redução na oferta de dinheiro, inicialmente, reduziria os gastos, a produção e o emprego, antes de baixar o nível do preço”. 
Hume tratou de vários outros tópicos de interesse. Por exemplo, mostrou-se conhecedor do conceito de elasticidade de demanda, que não foi formalmente incorporado na análise econômica até muito tempo depois.

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