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Resumo do texto O Início do Tratamento - Freud (1913)

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Estudo Dirigido 
Isabella de Araújo Quintanilha – RA: 125111345824 
O início do tratamento – Freud (1913) (v.10 Cia das Letras) 
 
Neste texto escrito por Freud, o psicanalista recomenda várias “regras” e 
sugestões sobre como deve ser o início do tratamento com um paciente. O texto 
é de extrema importância para estudantes de psicanálise, com ele dá para 
adquirir muito conhecimento de como a prática clínica psicanalista realmente 
funciona para Freud. No início, Freud deixa claro que são recomendações, 
porém ele poderia ditar como regras, ele diz: “Mas farei bem em designá-las 
como “recomendações” e em não reivindicar sua obrigatoriedade.” 
A primeira recomendação que Freud nos traz é da primeira sessão que 
temos com um paciente, onde diz que nela, é importante deixarmos o paciente 
falar, e darmos apenas os esclarecimentos que forem indispensáveis à 
continuação de sua narrativa (Freud, 1913). O psicanalista diz que os pontos 
importantes para o começo da terapia são as estipulações em relação ao tempo 
e dinheiro. Freud (1913) explica que uma das perguntas mais comuns no 
primeiro encontro é “Quanto tempo vai durar o tratamento? Quanto tempo o 
senhor precisa para me livrar de meu sofrimento?”. E essa resposta é 
praticamente impossível de responder, entretanto o psicanalista diz que a 
psicanálise requer longos períodos, e deve-se dizer isso ao paciente antes de 
começar o tratamento. 
Eu me recuso a fazer os pacientes se comprometerem por um 
certo período com o tratamento, permito a cada um interromper a 
terapia quando lhe aprouver, mas não lhe escondo que uma ruptura, 
depois de um breve trabalho, não trará consigo nenhum êxito, e 
facilmente poderá deixá-lo num estado insatisfatório, como uma 
operação inacabada. (FREUD, 1913, p. 130) 
 Sobre dinheiro, Freud explica que os honorários e pagamentos devem ser 
decididos no começo do tratamento. “Poderosos fatores sexuais estão 
envolvidos na apreciação do dinheiro”, diz Freud (1913). Nesse momento, o texto 
explica que falar sobre o dinheiro deve-se ser algo natural, assim como falar 
sobre sexualidade. Outro ponto que Freud aponta é que quanto mais um 
paciente pagar pela terapia, mais ele vai se empenhar para a sua própria cura, 
mais ele vai querer o fim do tratamento. Para Freud (1913), o tratamento gratuito 
aumenta as resistências neuróticas, e isso não é vantajoso para ambas as 
partes. Quando se paga um bom valor para tratamento, vira algo realizador e de 
aquisição por ter tido uma terapia bem-sucedida, e assim, os pacientes podem 
dizer que fizeram um bom negócio. 
 No texto, também é abordado o assunto sobre o divã, muito famoso no 
tratamento psicanalítico. Freud (1913) diz que: “mantenho o conselho de fazer o 
paciente deitar sobre um divã, enquanto o analista fica sentado atrás dele, fora 
de sua vista.” O primeiro motivo para isso, é que ele não gosta de ser visto 
durante tantas horas por dia, e o segundo ponto é que Freud não quer que suas 
expressões faciais forneçam material para o paciente fantasiar e interpretar 
nada. Assim, suas expressões faciais não irão influenciar em nada do que o 
paciente tem para comunicar ao analista. 
 Para a primeira sessão, Freud explica que se deve permitir que o paciente 
fale e tudo deve ser levado em consideração, a história de vida, história da 
doença e as recordações da infância. “Não devemos atender à solicitação de 
indicar aquilo que devem falar, nem na primeira vez nem nas outras. É preciso 
não esquecer aquilo com que estamos lidando.” (FREUD, 1913). Contudo, a 
próxima questão que Freud aborda é de quando deve-se iniciar as comunicações 
ao analisando. Para o autor, deve-se iniciar essa comunicação após ter tido uma 
transferência produtiva e eficaz entre o analista e o analisando. 
 Freud finaliza seu texto falando sobre resistências que podem aparecer 
durante o tratamento. Ele cita um caso, onde, a doente manifestava resistência 
sobre um acontecimento, e chegou ter amnésia do que ocorreu, com o intuito de 
se proteger do que era comunicado. 
Os doentes sabem da vivência reprimida, em seu pensamento, mas 
falta a este a ligação com o lugar onde de algum modo se encontra a 
lembrança reprimida. Uma modificação pode ocorrer apenas quando o 
processo de pensar consciente penetra até esse lugar e supera as 
resistências da repressão. (Freud, 1913, p. 141)

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