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ISO 14000
Pedro G. Fernandes da Silva
A ISO 14000 é uma forma abrangente e holística de administrar o meio ambiente que inclui regulamentos, prevenção de poluição, conservação de recursos e proteção ambiental, como a manutenção da camada de ozônio e o tratamento do aquecimento global (UPADHYAY apud 
HARINGTON; KNIGHT, 2001, p. 21).
Desde a 1.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Estocol-
mo em 1972, o meio ambiente passou a ter um papel de preocupação mais destacado nas atividades 
humanas, reconhecido pelos governos como indispensável o cuidado ambiental, sob pena de esgotar-
mos os recursos naturais.
Uma das formas encontradas para o adequado gerenciamento dos recursos naturais é a apli-
cação das Normas ISO 14000, que estabelecem um sistema de gerenciamento ambiental (SGA) para 
todo e qualquer tipo de empreendimento.
O que é uma Norma?
É um documento ou conjunto de regras estabelecidos em consenso e aprovados por um organis-
mo reconhecido, para uso comum e repetitivo em atividades (ou seus resultados), visando à obtenção 
de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto (JARDIM et al., 2001, p. 259).
Podem ser normas de uso obrigatório ou facultativo. Exemplos: classificação de resíduos sólidos 
(NBR 10004) – obrigatório; adoção da Norma ISO 14000 – facultativo.
Exemplos de organismos:
Internacional – ISO (International Standardization Organization – Organização Internacional 
de Normalização);
Nacional – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Existe uma particularidade relacionada aos direitos autorais das normas de forma que, para se 
saber todo o procedimento e particularidades, as normas devem ser adquiridas. No Brasil, podem ser 
adquiridas através da ABNT, em seu site <www.abnt.org.br> ou em seus escritórios regionais.
A maneira de implantação das normas mais utilizada é a contratação de consultores e/ou audito-
res, credenciados para a instalação das normas, de forma a poupar tempo e maiores gastos, em relação 
a tentativas de implantação por “conta própria”. Além do mais, a implantação por “conta própria” não 
garante a certificação pelos órgãos competentes.
A ISO 14000
É uma forma de administrar o meio ambiente, definindo elementos de um sistema de gestão 
ambiental (SGA), auditoria de um SGA, avaliação de desempenho ambiental, rotulagem ambiental e 
análise de ciclo de vida. Para exemplificar:
77
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
ISO 14000
78
 SGA – utilização de recursos ambientais, destinação de resíduos etc.;
 auditoria – verificação, de forma independente, do andamento dos itens 
propostos em um SGA;
 totulagem ambiental – informações sobre origem, processamento, en-
tre outros, de um produto (madeira certificada, organismos transgênicos 
etc.);
 ciclo de vida – quanto tempo dura um determinado produto (principal-
mente embalagens), que tipo de elementos libera na sua degradação etc.
Cada um dos itens exemplificados acima é analisado com o objetivo de ava-
liação sobre o tipo de impacto ambiental que possa ser causado.
Família ISO 14000
A Norma ISO 14000 é composta por 19 documentos principais, listados na 
tabela a seguir. Ela apresenta o número da norma e a sua atual situação (status), 
que significa o estágio em que a norma se encontra. Uma vez que as Normas ISO 
14000 estão sendo constantemente atualizadas e criadas, muitas delas encontram- 
-se ainda em fase de discussão, como a ISO 14025, cujo status é o de documento 
de trabalho. Quando uma norma já está em vigor, seu status é o de publicada; 
quando falta apenas a aprovação final pela ISO, seu status é o de final de projeto; 
quando está no estágio inicial de elaboração, seu status é de documento de estudo, 
e quando está em estágio inicial de discussão, seu status é o de anteprojeto.
A coluna Título da tabela a seguir indica o assunto que a norma trata. O item 
Guia 64 é um manual auxiliar que se propõe a sugerir novos aspectos ambientais 
e produtos a serem incluídos em futuras normas.
Número de 
série ISO Status Título
14001 Publicada
Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e 
diretrizes para uso.
14004 Publicada
Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre 
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
14010 Publicada Diretrizes para autoria ambiental – Princípios gerais.
14011 Publicada
Diretrizes para autoria ambiental – Procedimentos de 
autoria – Auditoria de sistemas de gestão ambiental.
14012 Publicada
Diretrizes para autoria ambiental – 
critérios de qualificação para auditores.
14015 Anteprojeto Avaliação ambiental de locais e organizações.
14020
Final de projeto 
Norma Internacional
Rótulos e atestados ambientais – 
princípios gerais.
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Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
ISO 14000
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Número de 
série ISO Status Título
14021 Projeto Norma Internacional
Rótulos e atestados ambientais – queixas 
autodeclaradas.
 Termos e definições (antiga 14021).
 Símbolos (antiga 14022).
 Teste e verificação (antiga 14023).
14024 Projeto Norma Internacional
Rotulagens e atestados ambientais – rotulagem 
ambiental tipo I.
14025 Documento de trabalho
Rotulagens e atestados ambientais – rotulagem 
ambiental tipo III.
14031 Projeto Norma Internacional Avaliação de desempenho ambiental.
14032 Documento de estudo
Avaliação de desempenho ambiental –
estudos de caso.
14040 Publicada Análise de ciclo de vida – princípios e diretrizes.
14041
Final de projeto 
Norma Internacional
Análise de ciclo de vida – 
definição de escopo e análise do inventário.
14042 Anteprojeto Análise de ciclo de vida – avaliação de impacto.
14043 Anteprojeto Análise de ciclo de vida – interpretação.
14050
Final de projeto 
Norma Internacional
Vocabulário de Gestão Ambiental.
Guia 64 Publicada
Guia para a inclusão de aspectos ambientais em normas 
sobre produtos.
ISO 14061 Publicada
Guia para orientar organizações florestais no uso das 
normas ISO 14001 e 14004.
A série ISO 14000.
Histórico
Fundamentalmente, a preocupação ambiental teve início na década de 1960, 
culminando com a Conferência da ONU, realizada em Estocolmo, em 1972; os 
resultados da Conferência de Estocolmo foram publicados em 1987, no relatório 
denominado “Nosso futuro comum”, também conhecido por “Relatório Brund- 
tland”, em virtude de a primeira-ministra da Noruega (Gro Harlem Brundtland) 
ter sido a presidente da comissão. Esse relatório consagrou a expressão desenvol-
vimento sustentável, estabelecendo o papel primordial que as empresas devem ter 
na gestão ambiental.
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mais informações www.iesde.com.br
ISO 14000
80
Em função da demanda de consumidores, leis de países etc., as empresas as-
cenderam a gestão ambiental a níveis hierárquicos mais altos, conforme o gráfico 
dos seis passos, apresentado a seguir.
Em caráter histórico, os passos apresentados no gráfico indicam os níveis 
de preocupação ambiental, adotado pelos diversos tipos de empreendimentos (por 
exemplo, indústrias e empresas), de acordo com Harington e Knight (2001, p. 28):
 baseada em artifícios – em resposta a uma questão ambiental, a orga-
nização encerra suas atividades e muda-se para outro local, onde não 
haja controles ambientais; se houver, que sejam menos rigorosos. Se-
guramente, para esses tipos de organizações, a questão ambiental é um 
prejuízo a ser evitado.
 baseada em respostas – a organização responde aos incidentes e regu-
lamentações ambientais, geralmente por meio de ações reguladoras para 
cada ocasião; paga as multas e espera que o incidente (ou algo parecido) 
não ocorra novamente. A questão ambiental também é vista como um 
foco de prejuízo.
 baseado na conformidade – a organização tem um programa para iden-
tificar os requisitos reguladores ambientais; adota medidas que os satis-
façam e controla o risco e a responsabilidadede acordo com a lei local. O 
ambiente também é visto como um custo, porém existe um planejamento 
para arcar com esse custo, podendo ser considerado uma vantagem ou 
desvantagem competitiva em relação às organizações competidoras.
 gestão ambiental – a organização gerencia sistematicamente suas ques-
tões ambientais, integrando-as à administração. Identifica os aspectos 
ambientais e os impactos de suas atividades, produtos e serviços, de-
senvolvendo políticas, objetivos e metas para administrá-los. Aloca os 
recursos necessários para uma implementação eficaz, medindo e ava-
liando o desempenho, revendo e examinando suas atividades, com vistas 
ao aperfeiçoamento. A gestão ambiental é tida como investimento, como 
uma forma de reduzir o custo das operações e aumentar a receita. Sendo 
uma organização transnacional, neste caso irá funcionar sempre com as 
mesmas normas de desempenho, independente da jurisdição onde se en-
contram suas diversas filiais.
 prevenção de poluição – tudo que a organização realiza é com vistas 
à preocupação ambiental, reduzindo o potencial do impacto ambiental 
na fonte desde a seleção da matéria-prima, levando em consideração as 
consequências da colheita ou extração. Os processos são os mais eficien-
tes possíveis para reduzir o desperdício. Além disso, procura utilizar os 
subprodutos como matéria-prima para outros produtos e processos e o 
ambiente passa a ser uma fonte de renda e uma vantagem competitiva.
 desenvolvimento sustentável – a organização considera o impacto so-
cial, ambiental e econômico de suas atividades, produtos e serviços. A 
questão ambiental é vista como responsabilidade social, moral e ética. É 
uma extensão do passo anterior, com a adição de intervenções na socie-
dade, com vistas à educação ambiental, para conscientização e preserva-
ção ambiental, focada como um bem comum.
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ISO 14000
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Gráfico dos seis passos
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9)
Vantagens da ISO 14000
De uma maneira relativamente simples, há sempre a necessidade de “con-
vencimento” de um empreendedor com relação ao “custo ambiental”; apenas apre-
sentar dados teóricos sobre conservação nem sempre é eficiente. Os principais 
pontos de vantagem da adoção da ISO 14000 (lembre-se que é uma norma facul-
tativa) podem ser, de acordo com Harington e Knight (2001, p. 35):
 acesso ao mercado – pré-condição para realizar um negócio. Em de-
terminados mercados, uma empresa só negocia com outra se essa for 
certificada. Exemplo: no Brasil, o comércio de móveis nobres, segundo 
a legislação, só pode ser efetuado com madeireiras certificadas, para a 
comprovação da origem da madeira;
 incentivos reguladores – instituições internacionais veem com mais in-
teresse empresas que adotam um SGA. Esses incentivos podem vir na 
forma de inspeções menos frequentes, atenuações de multas, menos rigor 
na exigência de relatórios etc.;
 redução de responsabilidade e risco – um SGA eficaz identifica e ad-
ministra mais eficazmente o risco e a responsabilidade ambiental. Impor-
tante para análise de competência, em caso de acidente;
 acesso a seguros – seguradoras reconhecem a implementação de um 
SGA eficiente, facilitando a aquisição do mesmo e podendo diminuir 
seus custos;
 acesso a capital de baixo custo – créditos com prazos mais longos, tem-
po de resposta mais rápido ao crédito, taxas iniciais de crédito mais bai-
xas etc.;
 melhoria na eficiência do processo – abordagem sistemática para iden-
tificar os aspectos e impactos ambientais leva, em geral, a uma produção 
mais eficiente;
 melhoria na gestão global – abordagem sistemática também contribui 
para outras questões-chave da empresa;
 redução de custos/aumento de receita – maior sistematização diminui 
os custos de produção, aumentando a receita e a lucratividade;
 relações com os clientes – com a maior influência dos consumidores 
sobre as questões ambientais, o produto da empresa tende a ser mais bem 
aceito no mercado, sobrepujando concorrentes.
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ISO 14000
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Implementação
Para a implementação da Norma ISO 14000 deve haver uma política am-
biental do empreendimento. É uma declaração da empresa a respeito de suas di-
retrizes de gestão ambiental, e a Norma ISO 14001 exige que a política inclua o 
compromisso com o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis.
Deve ser transparente, pública e oficial, comprometendo a empresa (ou em-
preendimento) à realização de seus objetivos e metas.
A ISO 14001 é baseada no Ciclo de Melhoria Contínua, ou PDCA – sigla, 
em inglês, para Plan (planejar), Do (executar), Check (verificar) e Act (agir corre-
tivamente), representados a seguir.
Ciclo de melhoria contínua no Sistema 
de Gestão Ambiental ISO 14000
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4.6. Análise crítica
4.3. Planejamento
4.3.1. Aspectos ambientais
4.3.2. Requisitos legais e outros 
requisitos
4.3.3. Objetivos e metas
4.3.4. Programa(s) de gestão 
ambiental
4.5. Verificação e ação 
corretiva
4.5.1. Monitoramento e medição
4.5.2. Não conformidade e ações 
corretivas e preventivas
4.5.3 Registros
4.5.4 Auditoria do sistema 
de gestão ambiental
4.4. Implementação e operação
4.4.1. Estrutura e 
responsabilidade
4.4.2. Treinamento, 
conscientização 
e competência
4.4.3. Comunicação
4.4.4. Documentação
4.4.5. Controle de documentos
4.4.6. Controle operacional
4.4.7. Preparação e atendimento 
a emergências
Política 
ambiental
Esse ciclo (PDCA) pode ser resumido da seguinte forma:
 o planejamento deve incluir os aspectos ambientais a serem potencial-
mente afetados, a legislação ambiental da área do empreendimento, quais 
os objetivos e metas de conservação ambiental que o empreendimento 
busca alcançar, quais os programas que o empreendimento adota em 
 termos de gestão ambiental.
Essa fase é o que poderíamos chamar de “primeira fase prática”, onde são 
observados os aspectos ambientais, requisitos legais, objetivos a serem alcançados 
e o(s) programa(s) de gestão ambiental.
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ISO 14000
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Por exemplo, avaliam-se os aspectos ambientais de uso de matéria-prima, 
energia, emissões atmosféricas, lançamentos em corpos hídricos, resíduos sóli-
dos, ruído, odor etc.
Vale a pena notar que aspectos ambientais não são a mesma coisa que im-
pactos ambientais: aspecto ambiental é uma interação com o ambiente; impacto 
ambiental é o efeito dessa interação (pode ser positivo ou negativo).
Os requisitos legais compreendem a observância da legislação do local da 
empresa e, em vários casos, a empresa vai além do que a legislação observa.
Um objetivo é um alvo ambiental de nível elevado; uma meta é um requi-
sito ambiental mensurável. Ambos devem estar ligados à política da empresa, no 
que se refere ao SGA. Exemplo: um objetivo pode ser o de reduzir à metade, em 
dois anos, o resíduo sólido produzido; as metas necessárias podem incluir me-
didas como negociar o desenvolvimento e uso de embalagens reutilizáveis com 
fornecedores-chave em 12 meses, identificar compradores para 50% de sucata em 
12 meses, entre outras.
O programa de gestão ambiental deve incluir:
 atribuição de responsabilidades a cada função e nível relevante da orga-
nização, para o cumprimento dos objetivos e metas;
 meios e prazos em que devem ser atingidos.
A implementação e a operação devem ser adequadamente estruturadas 
(maquinário, infraestrutura etc.), com responsabilidades definidas e treinamento 
adequado de pessoal, para aquisição e/ou desenvolvimento de conscientizaçãoe 
competência.
Além do mais, deve haver eficiência na comunicação, documentação, con-
trole operacional e documental e preparação adequada para atendimento a emer-
gências (grupos especializados para cada potencial impacto ambiental que ocorra, 
como vazamento, incêndio etc.). Se um empreendimento já for certificado pela 
ISO 9000, essas etapas ficam sensivelmente facilitadas.
Os processos de verificação e ações corretivas são eficientemente conduzi-
dos se houver uma adequada monitoração, medição, registros (ou certificações, 
como a ISO 9000), bem como uma abertura para auditorias internas e externas. 
Todos esses processos funcionam como agentes reguladores para a adequada im-
plantação e acompanhamento da ISO 14000.
Como última etapa (porém sem haver uma “finalização”; o processo é sem-
pre contínuo), realiza-se uma análise crítica, verificando a adequação (ou não) das 
normas e procedimentos implantados. Se houver necessidade, inicia-se o ciclo 
desde o seu início (etapa de planejamento) novamente, modificando ou adaptando 
os aspectos inadequados. Se há uma conformidade adequada, pode-se pensar em 
processos de contínua melhoria.
A ISO 14001 normalmente deve vir acompanhada pela implementação da 
ISO 14004, que oferece sugestões para a implantação do SGA.
Um resumo da ISO 14004 contempla:
 objetivo e campo de aplicação;
 referências normativas;
 definições;
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ISO 14000
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 princípios e elementos de um SGA:
 comprometimento e política;
 planejamento;
 implementação;
 medição e avaliação;
 análise crítica e melhoria.
Cada um dos itens anteriores é acompanhado de uma série de subitens, com 
detalhes de exemplos e aplicações. Isto quer dizer que, para cada passo (etapa), há 
uma regulamentação específica, que busca otimizar os processos de implantação, 
certificação, auditoria etc., para a Norma ISO 14000.
Conclusão
A adoção e implementação da ISO 14000, mesmo sendo facultativa, é um 
poderoso instrumento relacionado à conservação ambiental. É uma forma de 
empreendimentos, dos mais variados tipos, utilizarem os recursos naturais de for-
ma racional, colaborando para o desenvolvimento sustentável e uma melhora da 
qualidade ambiental, que se reflete na qualidade de vida de populações do planeta 
inteiro. Ainda mais, pode agregar valor aos seus produtos, em um mercado consu-
midor cada vez mais preocupado com a questão ambiental.
Leia e discuta o seguinte texto:
PHILIPPI JÚNIOR, Arlindo; AGUIAR, Alexandre. Auditoria ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, Ar-
lindo; ROMÉRO, Marcelo A.; BRUNA, Gilda C. (Coord.). Curso de Gestão Ambiental. São Paulo: 
Manole, 2004.
ALMEIDA Josimar R.; MELLO, Claudia. S.; CAVALCANTI, Yara. Gestão Ambiental: planejamen-
to, avaliação, implantação, operação e verificação. Rio de Janeiro: Thex, 2000.
HARRINGTON, H. James.; KNIGHT, Alan. A Implementação da ISO 14000: como atualizar o 
sistema de gestão ambiental com eficácia. São Paulo: Atlas, 2001.
JARDIM, Nilza S. (Coord.) Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/
CEMPRE, 2001.
PHILIPPI JÚNIOR, Arlindo; AGUIAR, Alexandre. Auditoria ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, Ar-
lindo; ROMÉRO, Marcelo A.; BRUNA, Gilda C. (Coord.). Curso de Gestão Ambiental. São Paulo: 
Manole, 2004.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br

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