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Proteção de Bens Culturais no Brasil

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Prévia do material em texto

REVISAR ENVIO DO TESTE: TESTE AULA 08 
 
 
Curso 1802-CULTURA E DESENVOLVIMENTO 
Teste Teste Aula 08 
Iniciado 18/09/18 00:57 
Enviado 18/09/18 01:53 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
10 em 10 pontos 
Tempo decorrido 56 minutos 
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, 
Comentários 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Leia o trecho a seguir e depois escolha a alternativa correta. 
 
 
“Entre os projetos mais importantes [da BASF] para encontrar alternativas 
para a disposição de resíduos sólidos está o Demarchi+Ecoeficiente Zero 
Aterro, implementado no Complexo Industrial de Tintas e Vernizes, 
localizado em São Bernardo do Campo (SP). [...] 
 
 
A iniciativa considerou resíduos de jardinagem, restaurante, construção civil 
(entulho), borracha, esferas de moagem, vidro, papel toalha e papel 
higiênico, além de lodo da estação de tratamento de efluentes e resíduos 
gerados por atividades administrativas. 
 
 
Como resultado, em 2016, 76 toneladas de resíduos deixaram de ser 
dispostos em aterro e foram recuperados.” 
 
 
Fonte: MARCONI, Bruna. BASF celebra os 25 anos no “Atuação 
Responsável”. TEM Sustentável. [s.d.]. Disponível em: 
<http://www.temsustentavel.com.br/basf-celebra-25-anos-atuacao-
responsavel/>. Acesso em: 3 dez. 2017. 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A iniciativa da BASF pode ser enquadrada na ideia de ecoeficiência, que 
significa o máximo de produção com o mínimo de utilização de recursos 
naturais e de emissão de resíduos. 
Respostas: a. 
A iniciativa da BASF, desenvolvida em 2016, é a única da empresa na 
área da sustentabilidade. Pelo fato de se tratar de uma indústria 
química, ela não teria alternativas de ação nas áreas social ou cultural. 
 
b. 
Uma empresa como a BASF do Brasil reaproveitar seus resíduos sólidos 
não traz impactos para o desenvolvimento sustentável, já que este é 
um desafio planetário e global. 
 
c. 
A iniciativa da BASF pode ser enquadrada na ideia de ecoeficiência, que 
significa o máximo de produção com o mínimo de utilização de recursos 
naturais e de emissão de resíduos. 
 
d. 
A iniciativa da BASF é uma ilustração do que pode ser chamado de 
sustentabilidade cultural, já que alguns dos resíduos provêm de 
restaurantes e outros da jardinagem. 
 
e. 
Os resultados obtidos com o programa da BASF não são relevantes para 
o país. Ter algumas toneladas de lixo a mais nos aterros não faria 
diferença, já que tais espaços são criados justamente para essa 
finalidade. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa correta é a “c”. A iniciativa da BASF pode ser 
enquadrada na ideia de ecoeficiência. O conceito de 
ecoeficiência foi mencionado no capítulo 8 do livro e é uma 
espécie de abordagem empresarial pragmática da 
sustentabilidade. A alternativa “a” está equivocada porque a BASF 
possui muitos outros projetos de sustentabilidade, é uma referência nessa 
área. O aluno não tem obrigação de saber disso, mas o próprio título da 
matéria sugere 25 anos de atuação. Da mesma forma, a primeira linha do 
texto citado menciona projetos no plural. Além disso, é mentira que pelo 
fato de se tratar de uma indústria química ela não teria alternativas de ação 
nas áreas social ou cultural; a BASF, aliás, costuma investir em projetos 
sociais e educacionais. 
 
http://www.temsustentavel.com.br/basf-celebra-25-anos-atuacao-responsavel/
http://www.temsustentavel.com.br/basf-celebra-25-anos-atuacao-responsavel/
A alternativa “b” não está correta porque, apesar de o desenvolvimento 
sustentável constituir um desafio planetário e global, cada ação singular 
importa, e a soma das boas práticas locais tem, sim, impactos na 
sustentabilidade do planeta. Não existe o global sem o local, e cada um 
deve fazer sua parte, em vez de esperar grandes ações “de cima”. A 
alternativa “d” está errada, uma vez que a origem dos resíduos (restaurante 
e jardinagem) nada tem a ver com a noção de sustentabilidade cultural. 
Reciclar resíduos sólidos é claramente uma ação ambiental. Por fim, a 
alternativa “e” está errada porque faz, sim, diferença ter toneladas de lixo a 
mais nos aterros do país, sobretudo porque boa parte dos aterros não 
funciona em condições adequadas, como se aborda no capítulo 8. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Após ler o trecho a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
 
“[...] A proteção de bens culturais de excepcional valor histórico e artístico, 
em nome do interesse público, é prática social consolidada no Brasil há 
mais de cinquenta anos. Essa prática, inaugurada pelo Serviço do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), não costumava, até os 
anos 1970, suscitar maiores dúvidas quanto aos princípios que norteavam a 
aplicação do único instrumento legal disponível: o tombamento. As 
dificuldades e resistências encontradas pelos pioneiros do SPHAN 
decorriam sobretudo de protestos à limitação do direito de propriedade e de 
uso dos bens tombados. [...] 
 
 
 
Somente a partir de meados da década de setenta os critérios adotados 
pelo IPHAN começaram a ser objeto de reavaliações sistemáticas, que 
levaram à proposta de uma nova perspectiva para a preservação de bens 
culturais. [...] Entre outras mudanças, foi introduzida no vocabulário das 
políticas culturais a noção de “referência cultural”, e foram levantadas 
questões que, até então, não preocupavam aqueles que formulavam e 
implementavam as políticas de patrimônio. Indagações sobre quem tem 
legitimidade para selecionar o que deve ser preservado, a partir de que 
valores, em nome de que interesses e de que grupos, passaram a pôr em 
destaque a dimensão social e política de uma atividade que costuma ser 
vista como eminentemente técnica. 
 
 
Entendeu-se que o patrimônio cultural brasileiro não devia se restringir aos 
grandes monumentos, aos testemunhos da história “oficial”, em que 
sobretudo as elites se reconhecem, mas devia incluir também 
manifestações culturais representativas para os outros grupos que 
 
compõem a sociedade brasileira – os índios, os negros, os imigrantes, as 
classes populares em geral. [...]” 
 
 
Fonte: INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO 
NACIONAL (IPHAN). Inventário Nacional de Referências Culturais: manual 
de aplicação. Brasília: IPHAN/MinC, 2000, p. 11. Disponível em: 
<http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Manual_do_INRC.pdf>. 
Acesso em: 8 out. 2017. 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Essa abertura que se iniciou na década de 1970, no campo do 
patrimônio cultural, foi crescendo gradualmente. Ela foi fortalecida pela 
criação do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial, em 2001, que 
tem registrado bens culturais populares, indígenas e afro-brasileiros, 
entre outros. 
Respostas: a. 
O texto se refere à década de 1970, momento em que foi criado o 
Programa Nacional de Patrimônio Imaterial. É um paradoxo que um 
governo militar tenha criado um programa tão avançado. 
 
b. 
A importância dos anos 1970, destacados no texto, é que foi nesse 
contexto, durante a ditadura militar, que foi criado o primeiro órgão 
federal dedicado à preservação do patrimônio cultural. 
 
c. 
A abertura para a inclusão, no rol do patrimônio cultural brasileiro, de 
práticas culturais de índios, negros, imigrantes e classes populares durou 
apenas três décadas, tendo sido encerrada em 2001, com a criação do 
Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. 
 
d. 
Desde 2001, foi encerrado o tombamento de bens culturais materiais 
sólidos e duradouros, como conjuntos residenciais coloniais, igrejas 
barrocas e fazendas de café. Ele foi substituído pelo registro de bens 
culturais imateriais. 
 
e. 
Essa abertura que se iniciou na década de 1970, no campo do 
patrimônio cultural, foi crescendo gradualmente. Ela foi fortalecida pela 
criação do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial, em 2001, que 
tem registrado bens culturais populares, indígenas e afro-brasileiros, 
entre outros. 
 
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Manual_do_INRC.pdfFeedback 
da 
resposta: 
A resposta correta é a alternativa “e”). A alternativa “a” está errada porque 
o Programa Nacional de Patrimônio Imaterial foi criado em 2001, já no 
século XXI. Ele nada tem a ver com governos militares. A alternativa “b” 
está equivocada porque o primeiro órgão federal dedicado à preservação 
do patrimônio cultural, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional (SPHAN), foi criado em 1937, no governo de Getúlio Vargas. 
Depois ele mudou de nome para IPHAN, e continua existindo até hoje. 
A alternativa “c” não está certa porque a abertura para a inclusão, no rol 
do patrimônio cultural brasileiro, de práticas culturais de índios, negros, 
imigrantes e classes populares começou timidamente nos anos 1970 e foi 
crescendo com o tempo. Não durou apenas três décadas. Aliás, só se 
intensificou mesmo no século XXI. A alternativa “d” também está 
equivocada porque a criação do Programa Nacional de Patrimônio 
Imaterial, que realmente aconteceu em 2001, não substituiu o 
tombamento de bens materiais; pelo contrário, o número de tombamentos 
de bens culturais materiais continua sendo maior e crescendo mais rápido 
do que o de bens culturais imateriais. 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
A produção artística contemporânea dialoga com as transformações que 
ocorrem na sociedade como um todo. É influenciada pelas condições 
políticas, econômicas, sociais e ambientais e, ao mesmo tempo, também as 
influencia. Vivemos em uma época em que as organizações tendem a 
funcionar como redes flexíveis e temporárias, em que convivemos com 
incertezas, na qual ocorrem fluxos acelerados de produtos, tecnologias, 
imagens e conhecimentos em várias direções e em que formas 
colaborativas vêm sendo exploradas. Nesse cenário, trabalhos de dança, 
teatro, música, literatura e artes visuais podem apresentar certas tendências 
ou características recorrentes. Assinale a seguir a alternativa que se aplica 
às artes de um mundo global e digital. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Estão presentes em cada vez mais trabalhos artísticos: interatividade; 
incorporação de especificidades locais como matéria-prima; uso de 
novas tecnologias nos processos de criação; interdisciplinaridade; 
permeabilidade de fronteiras entre arte e cotidiano. 
Respostas: a. 
As novas tecnologias levaram à destruição de muitas linguagens 
artísticas, como a literatura, já que os livros praticamente não são mais 
impressos em papel, e as artes cênicas, já que as pessoas preferem 
assistir shows de música e espetáculos de dança pela internet. 
 
b. 
Os artistas, criadores, agentes, marchands, editores, etc., concordaram 
em abrir mão de seus direitos autorais em nome da visibilidade e da 
fama que o compartilhamento gratuito pode lhes trazer. 
 
 
c. 
Os espetáculos do Cirque du Soleil contrastam com os demais 
espetáculos contemporâneos, porque não combinam cultura popular e 
de massa, não aliam valor estético e valor comercial, nem conjugam 
artesanato do corpo com altas tecnologias. 
 
d. 
Estão presentes em cada vez mais trabalhos artísticos: interatividade; 
incorporação de especificidades locais como matéria-prima; uso de 
novas tecnologias nos processos de criação; interdisciplinaridade; 
permeabilidade de fronteiras entre arte e cotidiano. 
 
e. 
A organização em redes tem a desvantagem de deixar menos claro de 
quem são as responsabilidades por cada tarefa. Por esse motivo, no 
campo da cultura, não se observa a formação de redes, cooperativas e 
coletivos, como ocorre em outros setores. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa correta é a “d”. Como foi desenvolvido na aula narrada do 
capítulo 6, em um mundo globalizado e conectado pelas novas tecnologias, 
as interações se tornam matéria-prima da arte. O público é convidado a 
interagir, em vez de ser simples espectador. Instalações específicas para os 
espaços expositivos – chamadas de site specific – passam a ser 
encomendadas aos artistas visuais. Companhias como o Teatro da 
Vertigem dedicam-se à criação de peças que dialogam diretamente com a 
cidade – seja o rio Tietê, uma antiga prisão ou um hospital desativado – e 
que exigem que o público se desloque, entre no barco, suba escadas, 
atravesse as ruas, circule em bairros populares. Além disso, as fronteiras 
entre as diversas disciplinas e as linguagens artísticas ficam mais 
permeáveis, cada vez há mais diálogos entre elas. A companhia de dança 
francesa Montalvo-Hervieu, por exemplo, põe no palco bailarinos de carne 
e osso contracenando com imagens filmadas em tamanho real, 
obtendo um resultado impressionante. 
O brasileiro Eduardo Kac criou uma coelha fosforescente chamada Alba, 
que brilhava no escuro por possuir genes de água-viva. As próprias 
fronteiras entre arte e cotidiano começam a ser apagadas. O músico 
brasileiro Loop B compõe para instrumentos tão inusitados como uma 
furadeira e um escapamento de carro. A dupla britânica Gilbert e George 
expôs a si própria, em um pedestal de uma galeria londrina, com o título 
“Living Sculptures” (“Esculturas Vivas”). E haveria ainda muitos outros 
exemplos. A alternativa “a” está errada porque as novas tecnologias não 
levam ao fim de linguagens artísticas, levaram, talvez, à sua transformação. 
É mentira que livros não são mais impressos, e os shows de música 
continuam lotando, inclusive por causa da divulgação na internet. A 
alternativa “b” está equivocada porque a questão dos direitos autorais e 
dos direitos de imagem ainda é um grande problema. A facilidade em 
escanear ilegalmente fotos e textos, em baixar canções e vídeos, e assim 
por diante, coloca em risco a forma tradicional de remuneração dos artistas 
e das indústrias culturais, que antes recebiam uma porcentagem das 
vendas e reproduções de suas obras. Novas maneiras de remuneração 
estão surgindo, mas a questão está longe de ser pacífica e bem resolvida. 
Isso não é desenvolvido em detalhes, mas é mencionado no capítulo 6. A 
alternativa “c” está completamente errada. O Cirque du Soleil é, sim, um 
exemplo emblemático da produção cultural contemporânea. Seus 
espetáculos misturam elementos da cultura popular, erudita e de massa, 
combinam práticas antigas e tradicionais com novas tecnologias e 
linguagens, têm finalidade de lucro, mas também pesquisa estética 
apurada. A alternativa “e” erra ao afirmar que não se observa, na área 
cultural, “a formação de redes, cooperativas e coletivos, como ocorre em 
outros setores”. Ora, na videoaula do capítulo 5, foram citadas a 
Cooperativa Paulista de Teatro e a Cooperativa de Músicos do Estado de 
São Paulo, grandes e consolidadas. Na aula narrada do capítulo 6, são 
mencionados um coletivo editorial e uma cooperativa cultural na periferia. 
O financiamento coletivo de produções culturais também se faz cada vez 
mais frequente. 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
O historiador francês Serge Gruzinski, estudioso do México colonial, 
emprega o termo “mestiçagem” para se referir às misturas ocorridas em 
solo latino-americano, desde o século XVI, entre seres humanos (e seres 
imaginários) provenientes de diferentes civilizações e regiões, como 
Europa, África e Ásia. Para as misturas que se processaram dentro de uma 
mesma sociedade ou de um mesmo contexto histórico, o autor reserva o 
termo “hibridação”. Tanto nos processos de mestiçagem como nos 
processos de hibridação, notam-se contradições, tensões e acomodações 
entre elementos heterogêneos. 
 
 
 Fonte: GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2001. 
 
 
O antropólogo argentino Néstor García Canclini, por sua vez, aponta: “[...] 
A expansão urbana é uma das causas que intensificaram a hibridação 
cultural. O que significa para as culturas latino-americanas que países que 
no começo do século tinham aproximadamente 10% de sua população nas 
cidades concentrem agora 60 ou 70% nas aglomerações urbanas? 
Passamos de sociedades dispersas em milhares de comunidades rurais 
com culturas tradicionais, locais e homogêneas, emalgumas regiões com 
fortes raízes indígenas, com pouca comunicação com o resto de cada 
nação, a uma trama majoritariamente urbana, em que se dispõe de uma 
oferta simbólica heterogênea, renovada por uma constante interação do 
local com redes nacionais e transnacionais de comunicação”. 
Fonte: CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar 
e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1998. 
A partir das duas afirmações, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Ambos os processos descritos pelo historiador francês e pelo 
antropólogo argentino pressupõem que as culturas e as identidades 
culturais são dinâmicas, transformando-se de acordo com os contextos 
históricos e conforme os grupos com que têm contato. 
Respostas: a. 
Ambos os processos descritos pelo historiador francês e pelo 
antropólogo argentino pressupõem que as culturas e as identidades 
culturais são dinâmicas, transformando-se de acordo com os contextos 
históricos e conforme os grupos com que têm contato. 
 
b. 
A umbanda, que combina o espiritismo de origem francesa, o ritmo dos 
atabaques e os transes dos cultos afro-brasileiros e divindades cristãs, 
não pode ser considerada nem um exemplo de mestiçagem nem de 
hibridação, pois é fruto do sincretismo religioso. 
 
c. 
O multiculturalismo é uma forma de mestiçagem na qual as tensões 
entre os elementos que compõem a mistura são eliminadas pela 
convivência próxima entre os grupos de uma mesma sociedade. 
 
d. 
A chave de análise proposta por Serge Gruzinski só pode ser aplicada ao 
caso mexicano. Da mesma forma, a reflexão de Canclini é inspirada por 
sua experiência particular enquanto argentino. Tais autores não servem 
para pensar no contexto brasileiro. 
 
e. 
As afirmações de Gruzinski e Canclini são contraditórias, pois, para 
Canclini, não podem ocorrer processos de mestiçagem e hibridação 
antes do advento das grandes cidades. 
Feedback 
da 
resposta: 
A resposta correta é a alternativa “a”. É verdade que as culturas e as 
identidades culturais são dinâmicas, transformando-se de acordo com os 
contextos históricos e conforme os grupos com que têm contato. Um dos 
principais objetivos do capítulo 1 do livro foi deixar isso claro, combatendo 
noções essencialistas e estáticas de cultura. 
Na alternativa “b”, o que está errado é que o sincretismo religioso é uma 
das formas de mestiçagem e hibridação cultural. Não são fenômenos 
excludentes, um engloba o outro. Na alternativa “c”, há mais de um 
elemento problemático: em primeiro lugar, tensões nunca são totalmente 
eliminadas nos processos de mestiçagem, são no máximo acomodadas e 
harmonizadas; em segundo lugar, o multiculturalismo costuma ser 
apontado como um paradigma oposto à mestiçagem e ao hibridismo, já 
que prega a coexistência de grupos socioculturais paralelos e relativamente 
voltados para si próprios. A alternativa “d” está equivocada ao sugerir que 
teorias e interpretações desenvolvidas por autores de um país não podem 
ajudar a iluminar realidades de países vizinhos ou com constelações 
 
históricas análogas. É verdade que não podemos apenas importar métodos 
e conceitos, é muito importante termos conhecimento de nossa realidade 
local. Porém, a ciência é toda construída em cima do acúmulo de 
conhecimento coletivo, de analogias, teorizações genéricas, comparações 
transnacionais. Seria muito provinciano nos fecharmos a autores 
internacionais que refletem sobre processos culturais similares aos nossos. 
A alternativa “e” radicaliza demais, distorce o argumento de Canclini. O 
autor argumenta que a convivência nos centros urbanos intensifica o 
contato com a diversidade e as trocas entre grupos e pessoas, mas não se 
pode deduzir daí que, no campo, não haja também processos de 
mestiçagem e hibridação. 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto com atenção e depois assinale a alternativa correta. 
A antropofagia como metáfora da identidade brasileiro 
O “Manifesto Antropófago”, publicado em 1928 pelo poeta modernista 
paulistano Oswald de Andrade, é um texto curto, irônico e ao mesmo tempo 
filosófico, que utiliza o termo “antropofagia” – sinônimo de canibalismo – 
para se referir à cultura e sociedade brasileiras. 
 
 
Pesquisas posteriores ao “Manifesto Antropófago” mostraram que a prática 
canibal realmente existiu entre povos indígenas da América, não com 
finalidade alimentar, mas como mecanismo ritual de apropriação do Outro, 
de vingança do inimigo, do guerreiro valente, que havia devorado seus avós 
no passado. A antropofagia perdura até hoje nos mitos de muitos povos 
indígenas que vivem no Brasil. 
 
 
Do ponto de vista dos colonizadores europeus, o canibalismo talvez tenha 
sido a diferença cultural mais radical encontrada no Novo Mundo. 
Curiosamente, a mesma prática que serviu para condenar a suposta 
“selvageria” dos nativos inspirou a metáfora usada depois por intelectuais e 
artistas brasileiros. 
 
 
Ao transpor a metáfora da antropofagia do universo indígena para a 
sociedade brasileira como um todo, Oswald de Andrade sugeriu que, nos 
processos de incorporação cultural, podemos selecionar os elementos que 
nos interessam, que fazem sentido em nosso contexto, descartando os 
demais. Em vez de fazer a apologia de raízes “autênticas”, regionais e 
 
“puras”, Oswald concebia a cultura brasileira como um processo dinâmico 
em constante movimento criativo – e um tanto caótico. 
 
 
Dois outros momentos em que a metáfora da antropofagia – muito próxima 
à ideia de hibridismo cultural – veio à tona na produção cultural brasileira 
foram a Tropicália, lançada por Caetano Veloso e Gilberto Gil, entre 1968 e 
1969, e a 24ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1998. Na 
Tropicália, rompeu-se o tabu então existente em relação à cultura pop, à 
cultura de massa, à guitarra elétrica e aos materiais industrializados, relidos 
por artistas que nem por isso deixaram de se interessar por ritmos 
tradicionais, paisagens locais e questões nacionais. Não por acaso, entre os 
títulos de suas canções estava “Geleia Geral”! 
Já na Bienal da Antropofagia, como ficou conhecida a mostra internacional 
de 1990, obras de períodos e estilos muito diferentes foram aproximadas 
para se “contaminarem”, como disse o curador na época. Destacavam-se 
pinturas de Albert Eckhout, do século XVII, retratando o cotidiano de índios 
canibais, telas de modernistas próximos a Oswald de Andrade, como Tarsila 
do Amaral, e trabalhos de Hélio Oiticica, artista cuja instalação “Tropicália”, 
de 1967, deu nome ao movimento. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
O modo como Oswald de Andrade pensava a identidade cultural 
brasileira é bastante atual, pois admite transformações, incorporações 
de elementos alheios e contatos com outras culturas e sociedades. 
Trata-se de uma visão dinâmica de identidade cultural, não essencialista. 
Respostas: a. 
O fato de os tropicalistas, nos anos 1960, e depois a Bienal Internacional 
de São Paulo, na década de 1990, terem copiado a ideia de antropofagia 
que já estava presente no Manifesto de 1928 revela a falta de 
criatividade dos brasileiros, que se apegam sempre às mesmas ideias. 
 
b. 
O modo como Oswald de Andrade pensava a identidade cultural 
brasileira é bastante atual, pois admite transformações, incorporações 
de elementos alheios e contatos com outras culturas e sociedades. 
Trata-se de uma visão dinâmica de identidade cultural, não essencialista. 
 
c. 
A metáfora da antropofagia para pensar na cultura e sociedade 
brasileiras oferece um grande perigo: admite a intromissão de 
elementos estrangeiros em nosso repertório nacional, o que ameaça as 
tradições folclóricas locais e as identidades tradicionais. 
 d. 
 
A metáfora da antropofagia para pensar na cultura e sociedade 
brasileiras enaltece uma prática bárbara que deveríamos combater com 
veemência e não popularizar: o consumo de carne humana, crime 
hediondo. 
 
e. 
A metáfora da antropofagia não tem nada a vercom o hibridismo 
cultural, ao contrário do que afirma o texto. O hibridismo cultural 
propõe que os grupos étnicos coexistam organizados em blocos 
separados, sem trocas, enfatizando e respeitando as diferenças entre 
eles. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa certa é a “b”. O modo como Oswald de Andrade pensava a 
identidade cultural brasileira é mesmo bastante atual, por admitir 
transformações, incorporações de elementos alheios e contatos com outras 
culturas e sociedades. No capítulo 2, trabalhamos justamente com essa 
visão dinâmica de identidade cultural, não essencialista, não engessada, 
não definitiva, que se transforma no contato com o Outro. A alternativa “a” 
está errada porque os tropicalistas, nos anos 1960, e depois a Bienal 
Internacional de São Paulo, na década de 1990, não copiaram 
simplesmente a ideia de antropofagia do Manifesto de 1928. Eles 
revisitaram, releram essa ideia, criaram suas próprias versões, com novos 
elementos. Além disso, a recorrência de uma ideia não revela 
necessariamente a falta de criatividade dos brasileiros; pode sugerir, ao 
contrário, que aquela ideia é cara àquela sociedade, que traduz uma 
questão importante. 
A alternativa “c” representa um pensamento conservador típico dos 
folcloristas dos anos 1950 e 1960, que pregavam a preservação de 
tradições e raízes supostamente puras e genuínas. Ora, não existem povos 
isolados e não existem complexos culturais homogêneos e parados no 
tempo. Essa é uma visão idealizada, romântica e ingênua. Sempre houve e 
haverá “intromissão de elementos estrangeiros em nosso repertório”, 
sempre haverá trocas e influências. As identidades culturais vão se 
reinventando e se adaptando aos novos elementos, sempre que possível. A 
alternativa “d” oferece uma visão concreta demais da metáfora da 
antropofagia. Na verdade, trata-se de um conceito, de uma analogia 
abstrata, não de convencer ninguém que consumir carne humana é 
saboroso ou bom para a saúde. Aliás, essa prática cultural já foi combatida 
com veemência pelo colonizador, tanto que desapareceu. A alternativa “e” 
está errada porque a metáfora da antropofagia tem muito a ver, sim, com a 
noção de hibridismo cultural, proposta por Néstor Canclini, entre outros 
autores. O pensamento que propõe que os grupos étnicos coexistam 
organizados em blocos separados, respeitando as diferenças entre eles, é o 
multiculturalismo, não o hibridismo cultural. O hibridismo cultural resulta 
do encontro de tradições e pessoas distintas, que dão origem a novos 
valores e práticas. 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
É difícil separar o que é natural do que é cultural no comportamento 
humano. Comer, por exemplo, é uma necessidade natural orgânica, mas 
 
comer sentado em uma cadeira, apoiado em uma mesa, com talheres, sem 
falar de boca cheia – e de preferência sem arrotar –, é algo imposto pela 
cultura ocidental (os japoneses comeriam sentados no chão, com 
pauzinhos, e alguns árabes arrotariam para mostrar que saborearam). O 
que a antropologia vem enfatizando desde o início do século XX é que, nos 
seres humanos, necessidades e motivações culturais interagem sempre 
com as naturais – e, geralmente, se sobrepõem a elas. A cultura, inclusive, 
é parte indissociável da própria evolução da espécie. 
 
 
“Enquanto as baleias precisaram de milhares de mutações genéticas para 
desenvolverem cauda, nadadeira e um pulmão especial para viverem na 
água, os seres humanos construíram barcos e submarinos; se as aves 
evoluíram durante milhões de anos até voarem, os homens inventaram 
aviões. A espécie humana pode não ter a acuidade visual do lince, a 
velocidade do antílope ou a força do tigre, mas consegue adaptar-se a 
qualquer ambiente, sem quaisquer modificações anatômicas, e é capaz, 
também, de acumular e repassar esses conhecimentos às próximas 
gerações.” 
 
Fonte: KROEBER, Alfred L.; KLUCKHOHN, Clyde; UNTEREINER, 
Wayne. Culture: a critical review of concepts and definitions. Cambridge, 
Mass.: Harvard University, 1952. 
 
 
A contrapartida disso é que, ao contrário de outros animais, o ser humano 
não é completo sem ser lapidado por uma cultura. Uma formiga nasce 
geneticamente programada para saber como se comportar e como 
sobreviver, o que comer, quais são seus predadores, e assim por diante. Já 
uma criança precisa aprender, com seus semelhantes, regras de 
convivência, o uso de ferramentas, a preparação de alimentos e mesmo a 
organização e expressão de seus sentimentos e pensamentos. No nosso 
caso, entre o que o corpo diz – informação genética – e o que ele deve 
saber para funcionar bem, existe um vácuo a ser preenchido por 
informações fornecidas pela cultura. 
 
Pois bem, essa é uma noção muito ampla de cultura, que, recentemente, 
tem migrado da antropologia para áreas de conhecimento vizinhas, inclusive 
as políticas culturais e os estudos culturais. 
 
Em uma tentativa de síntese, podemos afirmar que o conceito antropológico 
de cultura abrange objetos, práticas e símbolos – valores, crenças, normas, 
conhecimentos, modos de fazer – criados e transmitidos por determinado 
grupo de seres humanos, que viabilizam e dão sentido à sua vida social. Vai 
além da chamada cultura erudita, está no sotaque, nas formas de 
solidariedade, nas festas, nas receitas, na construção e na decoração da 
casa, no grafite, no funk, na batucada, no artesanato, no repente, na 
sabedoria das parteiras e dos curandeiros. Esse imenso manancial constitui 
matéria-prima para a construção das identidades culturais e da memória. 
Nessa concepção abrangente, a cultura se encontra difusa no cotidiano, 
sendo internalizada ao longo de nossa socialização. 
 
 
Partindo dessas considerações a respeito da concepção abrangente de 
cultura, proposta pela antropologia, assinale a alternativa correta. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
A criação do Programa Cultura Viva esteve ligada à ampliação da 
concepção de cultura, já que os Pontos de Cultura abrigam iniciativas 
das mais variadas, inclusive práticas minoritárias, tradicionais, 
populares, indígenas, etc. 
Respostas: a. 
Os elementos que fazem parte do conceito mais restrito de cultura, 
como as belas-artes, as ciências, as letras e o patrimônio histórico 
oficial, são incompatíveis com essa visão mais abrangente de cultura, 
por isso foram deixados de lado pelas políticas culturais recentes. 
 
b. 
A criação do Programa Cultura Viva esteve ligada à ampliação da 
concepção de cultura, já que os Pontos de Cultura abrigam iniciativas 
das mais variadas, inclusive práticas minoritárias, tradicionais, 
populares, indígenas, etc. 
 
c. 
Não é possível planejar nem gerir projetos, programas e políticas 
culturais se levarmos a sério a concepção antropológica de cultura, pois 
ela é espontânea e está em toda a parte. 
 
d. 
A cultura, em sua acepção antropológica, não está presente nos templos 
de fruição artística, como teatros, cinemas e museus. 
 
e. 
Embora o termo “raça” não seja usado nas ciências atualmente, as 
heranças genéticas dos grupos têm grande impacto nas práticas 
culturais e nos valores dos grupos sociais. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
A resposta correta da questão 1 é a alternativa “b”. Efetivamente, o 
Programa Cultura Viva, criado na gestão de Gilberto Gil à frente do 
Ministério da Cultura, foi um dos reflexos mais diretos do desejo de Gil de 
estimular a vida cultural em suas formas mais plurais e diversas, atingindo 
as camadas socioeconômicas menos privilegiadas e os territórios mais 
distantes, as práticas culturais comunitárias menos comerciais e menos 
visíveis. 
A alternativa “a” está errada porque os elementos que fazem parte do 
conceito mais restrito de cultura, como as belas-artes, as ciências, as letras 
e o patrimônio histórico oficial, não são incompatíveis com essa visão mais 
abrangente de cultura, e não foram deixados de lado pelas políticas 
culturais recentes. A alternativa “c” está errada porque é possível, sim, 
planejar e gerir projetos, programas e políticasculturais. Não é possível 
nem desejável administrar a cultura como um todo, mas iniciativas 
culturais com recortes, objetivos e públicos-alvos delimitados podem ser 
geridas, avaliadas, etc. A alternativa “d” está errada porque a cultura, em 
sua acepção antropológica, também está presente nos templos de fruição 
artística, como teatros, cinemas e museus, seja na maneira de falar dos 
funcionários, seja nas formas de o público reagir aos eventos, na 
arquitetura do local, nos temas abordados nos espetáculos e exposições, e 
assim por diante. Por fim, a alternativa “e” está totalmente errada, porque 
só existe uma raça humana. As diferenças genéticas são insignificantes 
entre os grupos sociais e étnicos. Mesmo o gênero já se sabe que é uma 
noção construída. Enfim, na visão das ciências sociais e dos estudos 
culturais contemporâneos, questões genéticas não têm qualquer poder 
explicativo. 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Leia as afirmações a seguir a respeito das pesquisas que permitem aferir 
indicadores, avaliar políticas e programas. Depois, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
I – Não é possível medir, comparar e avaliar experiências subjetivas por 
meio de indicadores. Apenas volumes, quantias e aspectos palpáveis e 
objetivos podem dar origem a indicadores. 
 
 
II – O ideal é que índices e indicadores sejam atualizados regularmente, 
para permitir enxergar a evolução ou involução das diversas dimensões do 
desenvolvimento em cada país, região ou mesmo em nível internacional. 
III – Quando se trata de uma população numerosa, nem sempre é possível 
ouvir todas as pessoas. Em muitos casos, calcula-se a amostra necessária 
para chegar a um resultado confiável com baixa margem de erro. 
 
Normalmente ela não passa de 2 mil pessoas – com exceção do Censo do 
IBGE e da PNAD. 
Resposta Selecionada: c. 
As afirmações II e III estão corretas. 
Respostas: a. 
As três afirmações estão corretas. 
 
b. 
As afirmações I e II estão corretas. 
 
c. 
As afirmações II e III estão corretas. 
 
d. 
As afirmações I e III estão corretas. 
 
e. 
Nenhuma afirmação está correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa certa é a “c”. As afirmações II e III estão corretas. A afirmação 
I está errada porque aspectos abstratos e experiências subjetivas podem, 
sim, ser medidos por indicadores e avaliados. É só transformar as respostas 
em elementos passíveis de tabulação. Por exemplo: atribuir uma nota de 0 
a 10 para seu grau de satisfação com o serviço de saúde de seu bairro; dizer 
a frequência mensal com que encontra amigos e familiares para momentos 
de lazer; dar um conceito (péssimo, regular, bom, ótimo) para as opções 
culturais e artísticas em sua cidade, etc. A afirmação II está certa porque, 
de fato, um indicador como o PIB ou um índice como o IDH medidos 
apenas uma única vez não permitirão saber como o país está na década 
seguinte nem como estava na década anterior. 
A construção de séries históricas é importante para perceber curvas 
ascendentes e descendentes e tentar compreender os fatores que 
influenciam nas variações, a fim de não repetir erros e continuar com 
acertos em termos de políticas públicas ou investimentos em determinadas 
áreas. A alternativa III é verdadeira porque é inviável ouvir todos os 
cidadãos de um país ou mesmo todos os moradores de uma cidade. 
Fórmulas estatísticas revelam que 2 mil respondentes é um bom número, 
oferecendo uma margem de erro de apenas 2% nas pesquisas. No entanto, 
o Censo do IBGE e a PNAD, no Brasil, ouvem muito mais gente. O Censo 
chega a visitar um terço da população brasileira, e o PNAD trabalha com 
mais de 3 mil respondentes – isso porque não querem tendências gerais 
representativas, querem respostas exatas e individualizadas. Cerca de 90% 
dessas informações se encontra em um quadro “Na prática” no capítulo 5. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Leia o trecho a seguir e depois assinale a alternativa correta. 
 
 
“Criada em 2003, a Cooperativa de Música tem sede em São Paulo, 
congrega mais de 2.250 associados e atua com a proposta coletiva de 
reunir profissionais (músicos, técnicos, diretores, produtores e professores) 
numa pessoa jurídica de prestação de serviços e criação de produtos, que 
surgiu da necessidade de uma plataforma econômica e negocial para abrir 
canais de comercialização e circulação de produtos musicais, no mercado 
nacional e internacional, tendo em vista a diversidade e a qualidade dos 
trabalhos de inúmeros artistas do Estado de São Paulo. É uma associação 
voltada para a música e para defesa sócio-econômico-cultural dos seus 
associados proporcionando condições para o exercício de suas atividades e 
seu aprimoramento profissional, promovendo a difusão da doutrina 
cooperativista. [...] 
 
 
A Cooperativa de Música é uma empresa democrática administrada pelos 
próprios sócio-cooperados. Representa músicos na contratação de shows, 
disponibiliza atendimento jurídico e mantém uma estrutura de escritório 
funcionando diariamente para orientar o cooperado. A Cooperativa pretende 
também ser um espaço de livre discussão dos músicos associados. Um 
lugar em que se possa tratar democraticamente de política cultural, 
produção artística e representação jurídica, entre outros assuntos. 
 
 
Celebra contratos com pessoas físicas e jurídicas de direito público ou 
privado, ministra cursos, oficinas e seminários para aperfeiçoamento e 
aprimoramento técnico-profissional de seus associados. Incentiva e 
promove, juntamente com órgãos públicos ou privados o intercâmbio cultural 
entre seus associados e grupos, artistas ou entidades de outra localidade, 
através de shows, cursos, oficinas, palestras, debates, festivais e mostras 
de música, em sua área de ação ou em lugares onde haja interesse pela 
produção musical cooperativada.” 
 
 
 
Fonte: COOPERATIVA DE MÚSICA. Quem somos? [s.d.]. Disponível em: 
<http://www.cooperativademusica.com.br/blog/?page_id=2>. Acesso em: 3 
nov. 2017. 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Dentre as vantagens de um artista ou profissional da cultura se cooperar 
estão a possibilidade de emitir nota fiscal com o CNPJ da cooperativa, a 
assessoria jurídica na hora de fechar contratos e a possibilidade de 
conhecer e selar parcerias com outros profissionais da mesma área. 
 
http://www.cooperativademusica.com.br/blog/?page_id=2
Respostas: a. 
O fato de a Cooperativa de Música ser gerida democraticamente pelos 
próprios sócios é uma exceção que chama a atenção do leitor, já que, 
normalmente, é o presidente da cooperativa, juntamente aos acionistas, 
que toma as decisões de gestão. 
 
b. 
O fato de a Cooperativa de Música ter finalidades econômicas faz com 
que devesse ser enquadrada em outra categoria de organização: a 
associação. Enquanto a associação pode desenvolver atividades 
econômicas, a cooperativa só tem papel de representação social. 
 
c. 
Dentro do sistema cooperativista brasileiro, a Cooperativa de Música, 
assim como a Cooperativa de Teatro, se enquadra no ramo crédito, já 
que os músicos, atores e produtores emprestam dinheiro junto à 
cooperativa para realizar seus trabalhos. 
 
d. 
A Cooperativa de Música é a única cooperativa na área da cultura no 
Brasil. Aliás, o próprio cooperativismo, como um todo, é praticamente 
ausente no território nacional. Trata-se de um modelo mais frequente 
na Europa, que ainda não foi regulamentado na legislação brasileira. 
 
e. 
Dentre as vantagens de um artista ou profissional da cultura se cooperar 
estão a possibilidade de emitir nota fiscal com o CNPJ da cooperativa, a 
assessoria jurídica na hora de fechar contratos e a possibilidade de 
conhecer e selar parcerias com outros profissionais da mesma área. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa correta é a “e”. Ela está correta porque, 
realmente, o artista ou produtor cultural que se torna cooperado 
adquire a possibilidade de emitir nota fiscal com o CNPJ da 
cooperativa ou participar de editais que só aceitam pessoajurídica, além de receber assessoria jurídica na hora de fechar 
contratos ou em relação a direitos autorais, por exemplo, e 
poder conhecer e selar parcerias com outros profissionais da 
mesma área. 
A alternativa “a” está errada porque o fato de a Cooperativa de 
Música ser gerida democraticamente pelos próprios sócios não 
é de forma alguma uma exceção. Trata-se de um princípio 
internacional do cooperativismo, que pode ser chamado de 
autogestão ou gestão democrática e transparente. Além disso, 
uma cooperativa não tem acionistas e todas as decisões 
importantes têm que ser votadas em assembleias. A alternativa 
“b” está errada porque são as cooperativas que, segundo a 
legislação brasileira, podem desenvolver atividades 
econômicas; as associações, ao contrário do que afirma a 
alternativa “b”, é que só têm papel de representação social. A 
alternativa “c” está errada por dois motivos. Em primeiro lugar, 
essa informação sobre empréstimos não é fornecida no texto. 
Em segundo lugar, o ramo crédito do cooperativismo equivale a 
bancos comunitários, ao passo que uma cooperativa de 
músicos se encaixa no ramo trabalho, assim como as outras 
cooperativas culturais. A alternativa “d” está totalmente errada, 
porque há outras cooperativas na área da cultura no Brasil, 
como a Cooperativa Paulista de Teatro, que é a maior e mais 
antiga de todas. Ademais, o cooperativismo é bastante forte no 
Brasil. Ele foi regulamentado por uma lei já em 1969. Existem 
13 diferentes ramos do cooperativismo no Brasil. O ramo 
agropecuário é responsável por um quarto das exportações 
brasileiras. No ramo saúde, há empresas famosas, como a 
Unimed. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia as afirmações a seguir e depois assinale a alternativa correta. 
 
 
I – No Brasil, temos bens culturais tombados como patrimônio material e, 
desde 2001, bens culturais registrados como patrimônio imaterial. Alguns 
fazem parte de uma lista da Unesco que compila os patrimônios culturais 
da humanidade. 
II – O IPHAN atua em nível federal, no registro e na preservação do 
patrimônio cultural, mas existem outras instâncias dedicadas à identificação 
e à promoção do patrimônio cultural nos estados e municípios brasileiros. 
III – A Unesco produz documentos a respeito do tema patrimônio cultural 
destinados principalmente a países que não possuem entidades, políticas e 
legislações próprias. 
IV – Um grupo que ainda está sub-representado no campo do patrimônio 
cultural brasileiro é dos imigrantes – italianos, libaneses, judeus, alemães, 
japoneses, entre outros. 
 
Resposta Selecionada: a. 
Somente as afirmações I, II e IV estão corretas. 
Respostas: a. 
Somente as afirmações I, II e IV estão corretas. 
 
b. 
Todas as afirmações estão corretas. 
 
c. 
Somente as afirmações III e IV estão corretas. 
 
 
d. 
Somente a afirmação I está correta. 
 
e. 
Somente a afirmação II está correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
A resposta correta é a alternativa “a”. A afirmação III está errada porque 
pesquisas, manuais, declarações e convenções produzidos pela Unesco a 
respeito do tema patrimônio cultural não são destinados principalmente a 
países que não possuem entidades, políticas e legislações próprias. Pelo 
contrário, normalmente, os países procuram alinhar suas ações e 
programas nacionais com as orientações da Unesco. Isso invalida as 
alternativas “b” e “c”. 
Quanto às alternativas “d” e “e”, elas não podem ser assinaladas porque 
ambas deixam de fora a afirmação IV, que é verdadeira. Ela é apresenta nos 
últimos parágrafos do capítulo 4. Desde a criação do SPHAN, em 1937, uma 
certa visão de que a cultura genuinamente brasileira é fruto da mestiçagem 
entre brancos portugueses e negros africanos se difundiu. Isso fez com que 
o elemento indígena ficasse esquecido na representação da nação e na 
construção de nossos símbolos nacionais. Fez também com que bens 
culturais indígenas não fossem patrimonializados ao longo do século XX – 
fato que se reverteu um pouco no século XXI, quando foram registrados 
bens culturais imateriais indígenas, como a boneca de cerâmica Karajá e o 
grafismo do povo Wajãpi. Entretanto, em relação ao apagamento das 
tradições culturais dos diversos imigrantes que vieram ao Brasil entre os 
séculos XIX e XX, a lacuna continua grande. 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Leia o trecho retirado de um artigo acadêmico sobre a ilha fluvial de 
Parintins, na Amazônia. Em seguida, assinale a alternativa com 
comentários sobre o texto que não contém erros. 
 
 
“A pacata cidade transfigura-se anualmente, quando recebe cerca de 50 mil 
visitantes, para abrigar uma festa espetacular: o Festival dos Bois-Bumbás. 
O festival acontece nas três últimas noites do mês de junho e organiza-se 
em torno da competição entre dois grupos folclóricos, assim representados: 
Boi Garantido, considerado o boi do ‘povão’, cujas colorações 
emblemáticas são o vermelho e o branco; e Boi Caprichoso, percebido 
pelas pessoas como o boi da elite, simbolizado nos tons preto e azul. O 
espetáculo acontece na arena folclórica denominada de Bumbódromo, 
onde desfilam figuras saídas do imaginário caboclo. Tudo é preparado 
cuidadosamente, durante meses, para ser revelado em três espetáculos 
completamente diferentes, em dias consecutivos, fazendo a glória dos 
habilidosos artistas locais. A festa, de estrutura rígida, em que as lendas e 
rituais indígenas e figuras regionais são quesito obrigatório, mostra a 
riqueza da cultura e do folclore amazônico. 
 
 
 
Tanto o Boi Garantido como o Boi Caprichoso foram criados por pessoas 
humildes da região, como Lindolfo Monte Verde, fundador do Garantido, 
primeiro amo e tirador de toadas que fez nascer um boi de brinquedo pelos 
idos de 1913. A ideia de fazer um folguedo surgiu das lembranças que tinha 
do avô, ex-escravo que saiu do Maranhão e aportou em Parintins, 
provavelmente no período da borracha. No começo, a função era realizar 
uma folia que matasse a saudade e divertisse os adultos e crianças das 
vizinhanças, entretanto tendo sido ferido ao servir o Exército, Lindolfo fez 
promessa a São João Batista para recuperar o ânimo e a saúde. Atendido o 
voto, veio a obrigação de todos os anos honrar o santo com o folguedo. 
Lindolfo Monte Verde, e com ele Luiz Pereira, conservaram a tradição até 
1980, quando foram afastados do evento por uma diretoria empresarial rica 
e poderosa. As famílias Monte Verde e Pereira vivem hoje de forma 
miserável, assistindo, a distância, à luxuosa festa da qual foram criadores. 
[...] 
Diversos são os produtos comerciais oferecidos pelos vendedores 
ambulantes e os donos das barraquinhas de artesanato, entre outras 
atividades comerciais do período. É importante registrar o fato de que parte 
significativa desses produtos não é produzida no município de Parintins e 
vem dos municípios circunvizinhos. Na evolução dos bumbás, ressalta-se a 
participação da mídia, da indústria cultural e do turismo, de agências 
governamentais e amplas camadas da sociedade. 
 
 
[...] O ritual dos bumbás realiza a síntese metafórica dos aspectos 
simbólicos da realidade de Parintins e, consequentemente, da cultura local. 
Originário do Maranhão, mostra a lenda de dois trabalhadores rurais: Pai 
Francisco e Mãe Catirina. Conta a lenda que Mãe Catirina, grávida, deseja 
comer a língua do boi mais bonito da fazenda onde trabalhava com o 
marido. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o 
boi de estimação do patrão. Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é 
preso. Para salvar o boi, e consequentemente o casal infrator, um padre e 
um médico são chamados (o pajé, na tradição indígena) e o boi ressuscita. 
Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados pelo patrão e há uma grande 
comemoração. 
 
 
As lendas e mitos amazônicos que enriquecem o sentido do ritual dos bois 
são: 
 
 
- os guardiões e protetores da floresta – curupira, boitatá, caipora, 
muiraquitã; 
 
 
- os envolvidos em questões afetivas/pessoasque se transformam em 
elementos da natureza – Cunhã Poranga, boto, açaí, guaraná, tamba-tajá, 
vitória-régia, uirapuru, mandioca, peixe-boi, lua, rios, sol, cobra Norato, 
ceuci, pirarucu; 
 
 
- os ameaçadores – matinta perêra, quem-te-dera, mapinguari; 
 
 
- origem e morte da vida, dos rios e lugares – cobra-grande, eldorado, 
amazonas, entre outros. [...]”. 
 
 
Fonte: BRITO, Lydia Maria Pinto; RIBEIRO, Edinelza Macedo; SOUZA, 
Tereza de. Bois-bumbás de Parintins: síntese metafórica da 
realidade? Revista de Administração Pública – RAP. Rio de Janeiro, v. 44, n. 1, 
p. 7-30, jan./fev. 2010. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rap/v44n1/v44n1a02.pdf>. Acesso em: 11 set. 
2017. 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Trata-se de uma prática cultural híbrida, fruto do amálgama entre a 
cultura em sua dimensão antropológica, mais ampla, refletida nas 
histórias locais, e as indústrias culturais (Bumbódromo, pacotes de 
turismo, publicidade, televisão, CDs, etc.). 
Respostas: a. 
A festa do boi de Parintins exemplifica como a cultura popular tende a 
decair e perder suas verdadeiras raízes quando entra em contato com a 
indústria cultural e com o turismo. 
 
b. 
A festa do boi de Parintins funciona como um interessante amálgama 
entre as dimensões erudita e popular da cultura. 
 
c. 
A festa de Parintins gerou transformações significativas nas relações da 
pequena cidade com a região e o país, no plano da economia, da 
visibilidade e da atratividade turística, mas não alterou as relações 
sociais locais, nem os autores das músicas e dos bois, nem as lideranças, 
etc. 
 
d. 
Trata-se de uma prática cultural híbrida, fruto do amálgama entre a 
cultura em sua dimensão antropológica, mais ampla, refletida nas 
histórias locais, e as indústrias culturais (Bumbódromo, pacotes de 
turismo, publicidade, televisão, CDs, etc.). 
 
http://www.scielo.br/pdf/rap/v44n1/v44n1a02.pdf
 
e. 
Esse é um caso de apropriação cultural inautêntica, pois originalmente a 
história do boi vem do Maranhão. Trata-se de uma prática cultural fake, 
criada para enganar turistas. 
Feedback 
da 
resposta: 
A alternativa “d” está correta. Realmente, diversas dimensões se misturam 
e se combinam nessa grande festa. Ela tem forte componente étnico e 
regional, mas agrada turistas de todo o país e também estrangeiros. Ela é 
fruída por moradores da cidade e envolve artistas locais, mas vende espaço 
publicitário, patrocínio, espaços na TV, hits musicais e bugigangas de todo 
tipo em torno do evento. Esse evento mostra como é preciso analisar 
fenômenos culturais sob diversos ângulos simultaneamente e como não é 
possível procurar “pureza” na pós-modernidade. O que existem são 
reinvenções permanentes. 
A alternativa “a” está errada justamente porque sugere que a cultura 
popular se perde, entra em degradação ao ter contato com a cultura de 
massa. Essa é uma visão purista, isolacionista, talvez cara aos folcloristas da 
década de 1950, mas não funciona no século XXI. A cultura é dinâmica, ela 
se transforma, se adapta. Não precisa ser estática, sempre igual, congelada 
no passado, para ter valor. Justamente por isso a alternativa “e” não faz 
sentido: ela considera a festa de Parintins inautêntica por ter chegado do 
Maranhão, como se as tradições não fossem móveis e plásticas. A 
alternativa “b” está errada porque a cultura erudita não tem praticamente 
participação nessa hibridação. A alternativa “c” está errada porque houve, 
sim, alterações nas relações sociais de Parintins. Homens mais ricos 
expulsaram do comando da festa seus inventores, o que mostra que a 
entrada da lógica capitalista tem impactos negativos em nível local, e não 
apenas os impactos positivos mais evidentes, como aquecimento do 
turismo e geração de renda. 
 
 
REVISAR ENVIO DO TESTE: TESTE AULA 10 
 
 
Curso 1802-POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA 
Teste Teste Aula 10 
Iniciado 18/10/18 12:03 
Enviado 18/10/18 12:31 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
8 em 10 pontos 
Tempo decorrido 27 minutos 
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, 
Comentários 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
A Agenda 21 de Cultura define os governos locais como “agentes mundiais 
de primeira ordem”, por serem considerados essenciais para a valorização 
das culturas locais e diálogo com a sociedade civil. Essas tendências, que 
faz parte de um processo mundial, também aparece nas diretrizes culturais 
brasileiras. Nesse sentido, o Plano Nacional de Cultura estabelece metas no 
sentido de legitimar os governos e as organizações locais. Qual das 
alternativas abaixo apresenta a definição dessa tendência e qual das metas 
do PNC mais se refere a ela? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Política de descentralização – “Meta 1) Sistema Nacional de 
Cultura institucionalizado e implementado, com 100% das 
Unidades da Federação (UF) e 60% dos municípios com 
sistemas de cultura institucionalizados e implementados”. 
Respostas: a. 
Política Cultura Viva – “Meta 4) Política nacional de proteção 
e valorização dos conhecimentos e expressões das culturas 
populares e tradicionais implantada”. 
 
b. 
Política Nacional de Cultura – “Meta 11) Aumento em 95% 
no emprego formal do setor cultural”. 
 
c. 
Política de descentralização – “Meta 1) Sistema Nacional de 
Cultura institucionalizado e implementado, com 100% das 
Unidades da Federação (UF) e 60% dos municípios com 
sistemas de cultura institucionalizados e implementados”. 
 
d. 
Política de descentralização – “Meta 47) 100% dos planos 
setoriais com representação no Conselho Nacional de 
Política Cultural (CNPC) com diretrizes, ações e metas 
voltadas para infância e juventude”. 
 
e. 
Politica Nacional de Cultura – Meta 51) Aumento de 37% 
acima do PIB, dos recursos públicos federais para a cultura. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
c) Política de descentralização – “Meta 1) Sistema Nacional de 
Cultura institucionalizado e implementado, com 100% das 
Unidades da Federação (UF) e 60% dos municípios com 
sistemas de cultura institucionalizados e implementados”. 
Política de descentralização das políticas públicas é uma 
tendência mundial que coloca os governos locais como 
agentes de peso na elaboração das políticas culturais. No 
Brasil, a instituição do SNC, dos conselhos de cultura e a maior 
autonomia dos municípios são exemplos da repercussão dessa 
tendência política. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Sobre a avaliação no Ciclo das Políticas Públicas, qual alternativa está 
correta? 
Resposta : c. 
Podemos ter algumas referências comparativas, parâmetros 
para nos auxiliarem, tais como: metas, padrões históricos ou 
normativos (ideais). 
Respostas: a. 
A única alternativa para verificar uma avaliação é a econômica, 
ou seja, se o projeto gerou lucro ou não. 
 
b. 
A avaliação é realizada apenas após a implementação completa 
de determinada ação de política pública. 
 
c. 
Podemos ter algumas referências comparativas, parâmetros 
para nos auxiliarem, tais como: metas, padrões históricos ou 
normativos (ideais). 
 
d. 
A avaliação é uma fase que não precisa ser incluída no ciclo 
das políticas públicas. 
 
e. 
As avaliações são feitas essencialmente para averiguar o nível 
de eficiência dos stakeholders envolvidos. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: C) Podemos ter algumas referências 
comparativas, parâmetros para nos auxiliarem, tais como 
metas, padrões históricos ou normativos (ideais). 
 
Diversos parâmetros podem ser utilizados para a ajuda do 
estabelecimento de critérios de julgamento das avaliações. 
 
• Pergunta 3 
0 em 1 pontos 
 
Uma das principais funções da ANCINE é estabelecer políticas regulatórias 
para o campo audiovisual; essas políticas servem para que se estabeleça 
um entre a cadeia audiovisual, seu mercado, sem esquecer as diretrizes 
federais que englobam as políticas culturais também para esse segmento, 
como a proteção da produçãobrasileira, por exemplo. Marque qual destas 
alternativas representam uma medida regulatória instituída pela ANCINE: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
O apoio à participação de filmes brasileiros em festivais 
internacionais. 
Respostas: a. 
O apoio aprovado pelo Itamaraty a jovens talentos do 
audiovisual que desejam participar dos talent camps em 
festivais internacionais. 
 
b. 
O apoio à participação de filmes brasileiros em festivais 
internacionais. 
 
c. 
O apoio à participação de filmes estrangeiros em festivais 
regionais e do mercosul 
 
d. 
As leis municipais de incentivo à cultura. 
 
e. 
A lei da TV paga. 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: e) A lei da TV paga. 
A lei da TV paga instituída em 2011, como a Lei 12.485, institui 
que todos os canais de TV paga no Brasil devem exibir ao 
menos três horas e meia de produções independentes 
brasileiras; isso constitui uma medida regulatória que visa a 
proteger a produção nacional e, ao mesmo tempo, fomentar 
sua produção. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Qual dessas alternativas sobre os problemas públicos está correta? 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Um problema pode não ser considerado público em 
determinada época, mas, com o tempo e a mudança de 
mentalidade, pode vir a ser assim considerado. 
Respostas: a. 
Os problemas públicos são um dos principais pilares das 
agendas das instituições privadas. 
 
b. 
Cabe apenas ao Estado perceber e definir algo como um 
problema para que esse seja público. 
 
c. 
A falta de água em São Paulo (2014-2016) não foi um 
problema público. 
 
d. 
Um problema pode não ser considerado público em 
determinada época, mas, com o tempo e a mudança de 
mentalidade, pode vir a ser assim considerado. 
 
e. 
O que difere um problema público de outro problema é a 
atenção midiática que o ele recebe. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: d) Um problema pode não ser 
considerado público em determinada época, mas, com o 
tempo e a mudança de mentalidade, pode vir a ser assim 
considerado. 
Situações podem não ser consideradas problemas públicos 
em determinadas épocas, mas depois podem se tornar; por 
exemplo: a falta de acesso à cultura nem sempre foi 
considerada um problema público. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Em 2004 foi instituído um dos principais marcos das políticas culturais 
mundiais, em Barcelona, durante o IV Fórum de Autoridades Locais. O 
documento estabeleceu algumas diretrizes gerais para a elaboração das 
políticas culturais. Selecione, dentre as alternativas abaixo, aquela que 
contém as informações corretas sobre esse documento: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Agenda 21 de Cultura – considera a diversidade cultural o 
bem mais precioso da humanidade e foca boa parte de seus 
esforços na participação cidadã das políticas culturais. 
Respostas: a. 
Agenda 21 de Meio Ambiente – estabelecida durante a 
conferencia ECO 92 em Porto Alegre; estabelece diretrizes 
para as políticas culturais de governos locais. 
 
b. 
Agenda 21 de Cultura – considera a diversidade cultural o 
bem mais precioso da humanidade e foca boa parte de seus 
esforços na participação cidadã das políticas culturais. 
 
c. 
Agenda 21 de Cultura – estabelece diretrizes para a 
instalação de políticas municipais, apenas, sobretudo em 
países da América Latina. 
 
d. 
Agenda 21 de Cultura – constitui um conjunto de 67 regras e 
metas obrigatórias para as políticas culturais de países e 
governos locais. 
 
e. 
Conselhos de Cultura – estabelecem os planos de cultura 
para governos locais, considerados principais agentes da 
diversidade cultural dentro do processo de formulação das 
políticas públicas para a cultura. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: b) Agenda 21 de Cultura – considera a 
diversidade cultural o bem mais precioso da humanidade e 
foca boa parte de seus esforços na participação cidadã das 
políticas culturais. 
A Agenda 21 de Cultura estabelece que o bem mais valioso 
da humanidade é a diversidade cultural. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Atualmente o Índice de Desenvolvimento Humano é medido pelo PIB, 
educação e saúde dos Estados. Alguns autores especialistas em cultura 
defendem a possibilidade de que o acesso à cultura e, consequentemente, 
seu fomento, possa ser uma das medidas a serem levadas em consideração 
para a formulação do IDH dos países. Qual das alternativas abaixo justifica 
essa possibilidade? 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A cultura, por sua característica transversal, toca diversos 
pontos importantes para o desenvolvimento 
multidimensional de países ou territórios. 
Respostas: a. 
A cultura ajuda o meio ambiente, por isso deve ser 
colocada como uma medida de aumento do IDH. 
 
b. 
A cultura é um direito fundamental, portanto deve ser 
considerada meio de desenvolvimento. 
 
c. 
Os países desenvolvidos consideram a cultura um meio de 
desenvolvimento, portanto deve fazer parte da política de 
aumento do IDH brasileiro. 
 
d. 
A cultura é um mecanismo importante de geração de 
empregos, portanto essencial para a economia e o 
desenvolvimento do Estado. 
 
e. 
A cultura, por sua característica transversal, toca diversos 
pontos importantes para o desenvolvimento 
multidimensional de países ou territórios. 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: e) A cultura, por sua característica 
transversal, toca diversos pontos importantes para o 
desenvolvimento multidimensional de países ou territórios. 
Atualmente, a ideia de desenvolvimento vai além do 
crescimento econômico do Estado; o desenvolvimento 
multidimensional enxerga fatores como a liberdade política, a 
economia, o meio ambiente e a qualidade de vida como fatores 
de desenvolvimento. Por sua transversalidade, a cultura atua 
em várias áreas (como a educação, a inclusão social, a 
economia) que englobam essa ideia de desenvolvimento, 
portanto podemos acreditar que a ampliação do acesso a ela 
aumentaria o IDH. 
 
 
• Pergunta 7 
0 em 1 pontos 
 
Um dos fatos mais marcantes da emergência das políticas culturais no 
mundo foi a fundação do Ministério da Cultura na França, em 1959. Nesse 
primeiro momento, o ministro francês da época, André Malraux estabeleceu 
uma primeira diretriz para as políticas culturais francesas: “tornar acessível 
 
as obras capitais da humanidade, iniciando pelas da França, ao maior 
número possível de franceses. 
” (http://www.cultura.pr.gov.br/arquivos/File/politica_cultural.pdf). Por obras 
capitais, entendem-se aquelas que se integram dentro das Belas Artes, da 
cultura clássica e erudita. Algum tempo depois, percebeu-se que essa 
cultura à política não atingia o público necessário. Qual das alternativas 
abaixo explica, de forma correta, uma das razões dessa situação e quais 
foram os próximos passos para a evolução da política francesa? 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Pela falta de cultura de boa parte população, havendo, por 
isso, o investimento em educação artística nas escolas, 
assim como a arteeducação nos museus. 
Respostas: a. 
Pela falta de acesso estrutural à cultura, a questão foi 
resolvida por meio da gratuidade dos museus franceses. 
 
b. 
Pela falta de cultura de boa parte população, havendo, por 
isso, o investimento em educação artística nas escolas, 
assim como a arteeducação nos museus. 
 
c. 
Pela concepção errônea de que bastaria a população ter 
acesso à arte legitimada até então pela elite, os estudos em 
relação ao comportamento e demanda de público 
começaram nesse momento. 
 
d. 
Pela falta de identificação, pois grande parte da população 
era imigrante ou não tinha estudo suficiente, daí as políticas 
de integração social francesas dentro das quais a cultura 
possui grande importância. 
 
e. 
Pela falta de construção de centros culturais próximos a 
periferias, após esse período o governo instituiu uma grande 
campanha de descentralização de seusaparelhos culturais. 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: c) Pela concepção errônea de que bastaria a 
população ter acesso à arte legitimada até então pela elite, os 
estudos em relação ao comportamento e à demanda de 
público começaram nesse momento. 
Primeiramente, a premissa parte de uma ideia bastante elitista 
de que a “boa cultura” é aquela clássica e legitimada pela alta 
sociedade, pelo meio erudito. Visto que boa parte do público 
 
não fora atingido, a França passa a estimular estudos de 
público e comportamento cultural, dentre eles aquele de Pierre 
Bourdieu (1969). 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Os mecanismos de incentivo à cultura possuem diversos formatos e atores 
públicos ou privados ativos no exercício do fomento à cultura. Entre as 
principais instituições fomentadoras, encontram-se bancos e organizações 
do Sistema S. Qual das alternativas abaixo representa, de forma correta, 
uma instituição extremamente representativa para o fomento ao campo 
cultural brasileiro e seus mecanismos de incentivo? 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
BNDES – patrocina diversas vias culturais: Patrimônio, 
Procult, economia criativa e eventos/ SESC – uma das 
maiores instituições culturais do mundo, utiliza o Sistema S 
de captação. 
Respostas: a. 
Banrisul – investe apenas em projetos audiovisuais/ SESI – 
maior representante do Sistema S em cultura. 
 
b. 
BNDES – patrocina diversas vias culturais: Patrimônio, 
Procult, economia criativa e eventos/ SESC – uma das 
maiores instituições culturais do mundo, utiliza o Sistema S 
de captação. 
 
c. 
Banco Bradesco – investimento direto/ SESC – uma das 
maiores instituições culturais do mundo, utiliza o Sistema S 
de captação. 
 
d. 
BNDES – investimento indireto/ SESI – maior representante 
do Sistema S em cultura. 
 
e. 
Banco Bradesco – investimento direto/ BNDES – 
investimento indireto. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: b) BNDES – patrocina diversas vias 
culturais: Patrimonio, Procult, economia criativa e eventos/ 
SESC – uma das maiores instituições culturais do mundo, 
utiliza o Sistema S de captação. 
 
O BNDES é uma das grandes instituições patrocinadoras de 
cultura no Brasil, fomentando a área em diversos nichos; 
enquanto o SESC é a instituição do Sistema S que mais 
promove a cultura. 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Um dos grandes desafios de se fazerem políticas públicas para a cultura no 
Brasil é a falta de estudos e informações sobre o campo cultural; por isso, o 
fomento ao levantamento de dados para a construção de informações e 
indicadores culturais podem ser considerados ações essenciais para o 
sucesso das políticas culturais de um país. Dentre as alternativas abaixo, 
qual aquela que representa uma diretriz nesse sentido? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Meta 6 do Plano Nacional de Cultura – “Meta 6) 50% dos 
povos e comunidades tradicionais e grupos de culturas 
populares que estiverem cadastrados no Sistema Nacional 
de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), atendidos 
por ações de promoção da diversidade cultural” 
Respostas: a. 
A meta 14 da Agenda 21 de Cultura – “14. A apropriação da 
informação e a sua transformação em conhecimento por 
parte dos cidadãos é um ato cultural. ” 
 
b. 
Meta 23 do Plano Nacional de Cultura – “Meta 23) 15 mil 
pontos de cultura em funcionamento, compartilhados entre o 
Governo Federal, as Unidades da Federação (UF) e os 
municípios integrantes do Sistema Nacional de Cultura 
(SNC)”. 
 
c. 
Meta 6 do Plano Nacional de Cultura – “Meta 6) 50% dos 
povos e comunidades tradicionais e grupos de culturas 
populares que estiverem cadastrados no Sistema Nacional 
de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), atendidos 
por ações de promoção da diversidade cultural” 
 
d. 
Plataforma CulturaDigital.Br – “Em julho de 2012, a 
plataforma inaugura uma nova fase, dedicada a reforçar os 
conteúdos hospedados na rede. Reforçar os blogs é uma 
diretriz. ” 
 e. 
 
Item 18 Agenda 21 de Cultura – “Apoiar e promover, 
mediante diferentes meios e instrumentos, a manutenção e 
ampliação dos bens e serviços culturais” 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: c) Meta 6 do Plano Nacional de Cultura – 
“Meta 6) 50% dos povos e comunidades tradicionais e grupos 
de culturas populares que estiverem cadastrados no Sistema 
Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), 
atendidos por ações de promoção da diversidade cultural” 
A construção de indicadores culturais é cada vez mais 
essencial para a elaboração de políticas públicas para a cultura 
eficientes e diretas às demandas dos diferentes públicos, em 
especial àqueles que, por muito tempo, ficaram distantes das 
políticas culturais. 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
O estudo das políticas públicas é algo complexo, sobretudo na área cultural, 
devido a diferentes motivos: presença de diversos atores provenientes de 
várias áreas, o próprio conceito de cultura possuindo várias dimensões, 
além de sua temática transversal (tangenciando várias áreas). As tipologias 
podem ajudar a organizar o pensamento para seu entendimento. Lowi é o 
primeiro a utilizar as tipologias, considerando 4 cenários: políticas 
distributivas, redistributivas, constitutivas e regulatórias. Qual das 
alternativas abaixo pode ser considerada uma política constitutiva? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A inserção da cultura como direito na Constituição de 
1988. 
Respostas: a. 
O fomento à adesão de livros didáticos por escolas 
públicas. 
 
b. 
A Conferência da UNESCO de 1982. 
 
c. 
A inserção da cultura como direito na Constituição de 
1988. 
 
d. 
A plataforma CulturaDigital. 
 
e. 
O viés antropológico da cultura previsto em programas 
de governo. 
 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: c) A inserção da cultura como direito na 
Constituição de 1988. 
As políticas constitutivas preveem mudanças legislativas, 
definindo jurisdições e elaborações políticas, funcionando 
dentro do sistema político. 
 
 
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Curso 1802-POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA 
Teste Teste Aula 10 
Iniciado 18/10/18 12:33 
Enviado 18/10/18 12:44 
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8 em 10 pontos 
Tempo decorrido 10 minutos 
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Comentários 
• Pergunta 1 
0 em 1 pontos 
 
Identifique nas assertivas a seguir aquela que traz reflexão incorreta sobre 
termo politics e sobre os conceitos mais gerais em torno das políticas 
públicas: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Quando falamos sobre política pública (public policy), 
entendemos que ela é fator resultante de dois modos de 
conceber a política, sendo, por um lado, parte do que 
chamamos de atividade política ou politics. 
Respostas: a. 
 
As policies são diretrizes e ações que emergem da politics, 
programas ou ações governamentais ou de grupos de 
interesse. 
 
b. 
Quando falamos sobre política pública (public policy), 
entendemos que ela é fator resultante de dois modos de 
conceber a política, sendo, por um lado, parte do que 
chamamos de atividade política ou politics. 
 
c. 
Policies, politics e policy são termos que aparecem quando 
estamos estudandos os conceitos mais gerais sobre políticas 
públicas. 
 
d. 
A Política Cultura Viva e os Pontos de Cultura podem ser vistas 
como exemplos de politics que foram tomadas fora do contexto 
cultural, e, adotadas pelos governos recentes como forma de 
manter a estabilidade cultural nacional 
 
e. 
As políticas públicas (policies), podem ser vistas como 
outputs, resultantes das atividades política (politics). 
Feedback da 
resposta: 
Assertiva incorreta D 
A Política Cultura Viva e os Pontos de Cultura podem ser vistas 
como exemplos de politics que foram tomadas fora do contexto 
cultural, e, adotadas pelos governos recentes como forma de 
manter a estabilidadecultural nacional. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Uma das principais funções da ANCINE é estabelecer políticas regulatórias 
para o campo audiovisual; essas políticas servem para que se estabeleça 
um equilíbrio entre a cadeia audiovisual, seu mercado, sem esquecer as 
diretrizes federais que englobam as políticas culturais também para esse 
segmento, como a proteção da produção brasileira, por exemplo. Marque 
qual destas alternativas representam uma medida regulatória instituída pela 
ANCINE: 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A lei da TV paga. 
Respostas: a. 
O apoio aprovado pelo Itamaraty a jovens talentos do 
audiovisual que desejam participar dos talent camps em 
festivais internacionais. 
 
 
b. 
O apoio à participação de filmes brasileiros em festivais 
internacionais. 
 
c. 
O apoio à participação de filmes estrangeiros em festivais 
regionais e do mercosul 
 
d. 
As leis municipais de incentivo à cultura. 
 
e. 
A lei da TV paga. 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: e) A lei da TV paga. 
A lei da TV paga instituída em 2011, como a Lei 12.485, institui 
que todos os canais de TV paga no Brasil devem exibir ao 
menos três horas e meia de produções independentes 
brasileiras; isso constitui uma medida regulatória que visa a 
proteger a produção nacional e, ao mesmo tempo, fomentar 
sua produção. 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
A lei Rouanet foi elaborada nos anos 90 e, desde então, sofreu diversas 
modificações ao longo de sua existência. A última delas foi em 2017. Dentre 
as razões para as alterações recentes, está a melhoria para diferentes 
irregularidades pelas quais a lei é criticada. Qual destas alternativas sobre 
as alterações sofridas pela lei está correta? 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Uma das principais irregularidades que as modificações 
visam a melhorar é a descentralização de projetos, 
estimulando produções em regiões como Norte e Nordeste. 
Respostas: a. 
As revisões na lei visam a resolver problemas que envolvem 
apenas o aspecto burocrático da inscrição de projetos. 
 
b. 
Ao menos 20% do valor deve ser captado ainda na fase de 
admissibilidade do projeto. 
 
c. 
A prioridade das novas modificações é facilitar a inscrição 
de novos projetos culturais. 
 
 
d. 
O único limite para empresas é o valor de 40 milhões de 
reais, podendo ser gastos em quantos projetos decidirem 
incentivar. 
 
e. 
Uma das principais irregularidades que as modificações 
visam a melhorar é a descentralização de projetos, 
estimulando produções em regiões como Norte e Nordeste. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: e) Uma das principais irregularidades que 
as modificações visam a melhorar é a descentralização de 
projetos, estimulando produções em regiões como Norte e 
Nordeste. 
Uma das principais críticas a lei Rouanet é a centralização de 
projetos no Sudeste e no Sul do país, um dos pontos de suas 
modificações é o estímulo à produções em regiões como 
Norte e Nordeste. 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Conforme a cultura ganha espaço na sociedade brasileira e, portanto, em 
suas políticas públicas, o poder legislativo cria mecanismos para defendê-la 
e fomentá-la; alguns desses mecanismos são tão significativos que os 
consideramos marcos legais. Quais das alternativas abaixo pode ser 
considerada um marco legal da cultura? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Plano Nacional de Cultura. 
Respostas: a. 
Conselho Nacional de Políticas Culturais. 
 
b. 
Edital de Seleção Pública de Culturas Populares: Edição 
Leandro Gomes de Barros. 
 
c. 
Plano Nacional de Cultura. 
 
d. 
Prêmio SESC de Literatura. 
 
e. 
Programa RUMOS Itaú Cultural. 
 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: c) Plano Nacional de Cultura. 
O PNC constitui um dos principais marcos legais da cultura. 
Formulado em dezembro de 2010, instituído pela Lei 12.343, 
define metas a serem cumpridas até 2020. 
 
• Pergunta 5 
0 em 1 pontos 
 
Qual dessas alternativas sobre os problemas públicos está correta? 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Os problemas públicos são um dos principais pilares das 
agendas das instituições privadas. 
Respostas: a. 
Os problemas públicos são um dos principais pilares das 
agendas das instituições privadas. 
 
b. 
Cabe apenas ao Estado perceber e definir algo como um 
problema para que esse seja público. 
 
c. 
A falta de água em São Paulo (2014-2016) não foi um 
problema público. 
 
d. 
Um problema pode não ser considerado público em 
determinada época, mas, com o tempo e a mudança de 
mentalidade, pode vir a ser assim considerado. 
 
e. 
O que difere um problema público de outro problema é a 
atenção midiática que o ele recebe. 
Feedback da 
resposta: 
Alternativa correta: d) Um problema pode não ser 
considerado público em determinada época, mas, com o 
tempo e a mudança de mentalidade, pode vir a ser assim 
considerado. 
Situações podem não ser consideradas problemas públicos em 
determinadas épocas, mas depois podem se tornar; por 
exemplo: a falta de acesso à cultura nem sempre foi 
considerada um problema público. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
A articulação entre entes federados para o campo cultural mostra-se 
essencial para que as diretrizes e metas do Plano Nacional de Cultura seja 
bem-sucedido, daí a relevância do Sistema Nacional de Cultura e políticas 
específicas para os diferentes campos da cultura que articulem suas ações 
entre Federação, estados e municípios. No segmento das artes visuais, uma 
política foi bastante emblemática para a tentativa de renovação de diretrizes 
e democratização; essa ação se articula com os entes por meio de um 
pacto. Qual alternativa indica o nome dessa indicativa e de seu acordo ou 
pacto em questão? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Política Nacional das Artes - Pacto Federativo de 
Fomento às Artes. 
Respostas: a. 
Política Nacional das Artes - Acordo Voluntário de 
Cooperação Federativa. 
 
b. 
Plano Nacional de Cultura - Acordo Voluntário de 
Cooperação Federativa. 
 
c. 
Política Cultura Viva - Pacto Federativo de Fomento às 
Artes. 
 
d. 
Política Nacional das Artes - Pacto Federativo de 
Fomento às Artes. 
 
e. 
Política Cultura Viva – Plano Nacional da Cultura. 
Feedback 
da 
resposta: 
Alternativa correta: d) Política Nacional das Artes - Pacto 
Federativo de Fomento às Artes. 
A Política Nacional das Artes visa ao estabelecimento de uma 
renovação da FUNARTE e das políticas culturais das artes 
visuais, circo, teatro, música e dança. O pacto Federativo de 
Fomento à Cultura articularia diferentes agentes culturais. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
A Agenda 21 de Cultura define os governos locais como “agentes mundiais 
de primeira ordem”, por serem considerados essenciais para a valorização 
das culturas locais e diálogo com a sociedade civil. Essas tendências, que 
faz parte de um processo mundial, também aparece nas diretrizes culturais 
 
brasileiras. Nesse sentido, o Plano Nacional de Cultura estabelece metas no 
sentido de legitimar os governos e as organizações locais. Qual das 
alternativas abaixo apresenta a definição dessa tendência e qual das metas 
do PNC mais se refere a ela? 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Política de descentralização – “Meta 1) Sistema Nacional de 
Cultura institucionalizado e implementado, com 100% das 
Unidades da Federação (UF) e 60% dos municípios com 
sistemas de cultura institucionalizados e implementados”. 
Respostas: a. 
Política Cultura Viva – “Meta 4) Política nacional de proteção 
e valorização dos conhecimentos e expressões das culturas 
populares e tradicionais implantada”. 
 
b. 
Política Nacional de Cultura – “Meta 11) Aumento em 95% 
no emprego formal do setor cultural”. 
 
c. 
Política de descentralização – “Meta 1) Sistema Nacional de 
Cultura institucionalizado e implementado, com 100% das 
Unidades da Federação (UF)

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