Buscar

Fanerogamas - Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

57
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Unidade II
5 MORFOLOGIA FLORAL
As angiospermas contam com cerca de 25 mil espécies, em uma enorme diversidade de formas. 
Trata-se do grupo mais representativo de seres vivos em número de espécies, sendo superado apenas 
pelos insetos, com cerca de 1 milhão de espécies já descritas. As angiospermas apresentam distribuição 
ampla e dominam todos os ambientes, exceto as florestas de coníferas e a tundra, com predomínio 
de liquens e musgos. Elas variam desde ervas menores até ervas maiores, abrangendo lianas, epífitas, 
arbustos e grandes árvores. 
 Observação
Durante os processos evolutivos das plantas, a flor surgiu como 
novidade, revolucionando o mundo dos vegetais. Essa estrutura representou 
um avanço evolutivo: no grupo de plantas em que elas estão presentes, os 
óvulos e as sementes não mais estão expostos diretamente ao meio externo, 
mas incluídos num ovário, que tem origem no dobramento e na soldadura 
do carpelo. Tudo indica que o carpelo corresponda a folhas modificadas.
A unidade reprodutiva de uma angiosperma é a flor, que é formada basicamente por quatro tipos de 
estruturas, quando se trata de uma flor completa ou hermafrodita: as sépalas, cujo conjunto é o cálice, 
e as pétalas, que constituem a corola, cujo conjunto forma o perianto, considerado parte estéril da 
flor. As estruturas reprodutivas da flor são representadas pelos estames, formando o androceu, e pelos 
carpelos, constituindo o gineceu. 
 Saiba mais
Você sabia que já existiu uma linguagem das flores?
Para saber mais, leia:
LUCIRIO, I. A linguagem das flores. Agência Fapesp, São Paulo, nov. 
2013. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a_linguagem_das_
flores/18211/>. Acesso em: 10 jun. 2015. 
A flor começa o seu desenvolvimento da mesma forma que as folhas, ou seja, por divisões periclinais 
de células meristemáticas situadas abaixo das camadas externas do ápice da gema. Por crescimento 
58
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
contínuo e diferenciação das protuberâncias formadas, os vários órgãos florais são formados. A flor é 
um órgão constituído por um eixo caulinar de crescimento limitado (receptáculo), que apresenta partes 
estéreis (sépalas e pétalas) e partes férteis (estames e carpelos). O receptáculo é geralmente plano ou 
modificado. A flor é sustentada pelo pedúnculo, que é um eixo caulinar que nasce na axila de uma ou 
mais brácteas (Figura 57). 
 
Carpelos
Estames
Pétalas
Pendúculo floralReceptáculo 
floral
Sépala
Figura 57 – Desenho esquemático mostrando o aspecto geral de uma flor, com as suas partes principais 
Os apêndices florais mais externos são estéreis e constituem o perianto, formado pelas sépalas e 
pétalas (MENEZES et al., 2004).
O conjunto das sépalas forma o cálice, que é geralmente verde e envolve, nos estágios iniciais, as 
outras partes do botão floral. As sépalas podem ser livres entre si, situação em que o cálice é denominado 
dialissépalo, ou podem ser unidas entre si, sendo o cálice então gamossépalo (MENEZES et al., 2004).
Internamente ao cálice, forma-se a corola, que pode ser definida como o conjunto das pétalas 
(MENEZES et al., 2004). Estas geralmente têm textura mais delicada que a das sépalas e apresentam 
diferentes cores. Pouquíssimas espécies possuem pétalas verdes ou negras. Os diferentes formatos e 
cores da corola estão muito relacionados aos diferentes polinizadores das angiospermas. Conforme 
Menezes et al. (2004), da mesma forma que o cálice, a corola pode apresentar as pétalas livres entre si 
(corola dialipétala – Figura 58), ou as pétalas unidas (corola gamopétala – Figura 59). As pétalas podem 
apresentar diferentes arranjos, determinando diversas formas de corola que podem variar nas famílias e 
nos gêneros das angiospermas. 
 Lembrete
A tendência à fusão dos elementos levou ao aparecimento de flores com 
cálice gamossépalo e com corola gamopétala. Estas tendências evolutivas 
provavelmente ocorreram em resposta às pressões seletivas para aumentar 
a variedade de mecanismos de polinizadores especializados. 
59
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Figura 58 – Detalhe de corola dialipétala 
Figura 59 – Detalhe de corola gamopétala 
Na corola das angiospermas pode ser traçado mais de um plano de simetria, sendo a flor então 
denominada actinomorfa (Figura 60). 
Figura 60 – Flor actinomorfa, com mais de um plano de simetria 
60
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
Traçando-se um só plano de simetria, a flor é zigomorfa (Figura 61), por exemplo, as flores de 
orquídeas.
Figura 61 – Flor zigomorfa, com apenas um plano de simetria 
 Observação
Nas orquídeas, a arquitetura da inflorescência é responsável por seu 
sucesso evolutivo. O ovário da flor das orquídeas tem numerosos óvulos, 
e o pólen é agregado em polínias; como resultado, tais plantas produzem 
numerosas sementes geneticamente semelhantes, que resultam da 
fertilização do grande número de óvulos pelos numerosos grãos de pólen 
de uma única polínia, a qual é oriunda de uma única flor de outro indivíduo 
e trazida pelo polinizador.
Existem também aquelas que são assimétricas, por exemplo, a cana-da-índia (Figura 62). 
 
Figura 62 – Flor assimétrica, sem plano de simetria 
61
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Em geral existe um número fixo de elementos do cálice e da corola. Assim, existem flores dímeras, 
quando a corola apresenta duas pétalas; flores trímeras, quando apresentam três pétalas (Figura 63); 
flores tetrâmeras, quando apresentam quatro pétalas (Figura 64) ou em número múltiplo de quatro; 
e flores pentâmeras, quando apresentam cinco pétalas (Figura 65) ou em número múltiplo de cinco. 
Raramente são encontradas flores hexâmeras, que possuem seis pétalas. Enquanto as flores trímeras 
ocorrem principalmente nas monocotiledôneas, as flores dímeras, as tetrâmeras e as pentâmeras são 
mais comuns nas eudicotiledôneas (MENEZES et al., 2004). 
 
Figura 63 – Aspecto geral de uma flor trímera 
 
Figura 64 – Aspecto geral de uma flor tetrâmera Figura 65 – Aspecto geral de uma flor pentâmera 
Quando se analisa o perianto das angiospermas, verifica-se que nem sempre cálice e corola estão 
presentes na mesma flor, e tal fato recebe nomes específicos. Se a flor não possui cálice nem corola, é 
uma flor aclamídea, apenas com as estruturas de reprodução; se possui somente o cálice, é uma flor 
monoclamídea; e se possui cálice e corola, é uma flor diclamídea (MENEZES et al., 2004). 
A flor jovem se encontra no estágio de botão floral. Nesta fase é possível a análise da prefloração 
do cálice e/ou da corola. A prefloração é a disposição que as sépalas ou pétalas tomam no botão floral 
(Figura 66). As sépalas podem apenas se tocar, constituindo a prefloração valvar do cálice, ou uma sépala 
pode recobrir a outra, tendo-se então uma prefloração imbricativa (MENEZES et al., 2004). Se cada sépala 
62
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
recobrir a seguinte e for recoberta pela anterior, a prefloração será imbricativacontorta, e se existir uma 
das sépalas totalmente interna e outra sépala totalmente externa e as restantes se recobrirem e forem 
recobertas, será uma prefloração imbricativa imbricada. Tal conjunto de denominações é válido também 
para a prefloração da corola (MENEZES et al., 2004). 
A B C D
Valvar Imbricada Imbricativa 
imbricada
Imbricativa 
contorta
Figura 66 – Diferentes tipos de prefloração 
De acordo com Menezes et al. (2004), internamente ao perianto, desenvolve-se o androceu, formado 
pelos estames, que se distribuem em um ou mais verticilos entre o perianto e o gineceu. 
O número de estames por flor é variável, desde flores com um só estame até flores com mais de cem 
estames. Apesar dessa variação, pode-se relacionar o número de estames com o de pétalas. Assim, temos 
as flores isostêmones, cujo número de estames é igual ao número de pétalas; as flores oligostêmones, 
cujo número de estames é menor do que o número de pétalas; e as flores polistêmones, cujo número de 
estames é maior do que o número de pétalas (MENEZES et al., 2004). 
Ainda conforme Menezes et al. (2004), individualmente, cada estame é formado por filete, antera 
e conectivo. O filete é a parte estéril do estame, geralmente, de forma alongada e com uma antera no 
ápice. A antera tem forma globosa e contém em seu interior os sacos polínicos, formando a teca em 
conjunto. A porção estéril que se situa entre as duas tecas é o conectivo (Figura 67). 
Pólen
Antena
Conectivo
Estame
Filete
Figura 67 – Estrutura de um estame 
Os estames podem ser livres entre si ou unir-se pelos filetes formando um ou vários grupos. Os 
estames podem estar inseridos no receptáculo, sendo então estames livres desde a base, ou inseridos 
nas pétalas (MENEZES et al., 2004). 
63
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Várias outras características derivadas adicionais desenvolvem-se, como as anteras rimosas, que 
apresentam deiscência longitudinal; ou as anteras valvares (válvulas) e as poricidas, com aberturas em 
poros. 
Os grãos de pólen encontram-se normalmente livres nos sacos polínicos. Eles podem apresentar 
morfologia distinta entre os diferentes grupos de plantas, por isso muitas vezes são utilizados 
como caracteres taxonômicos dos grupos vegetais. As aberturas são áreas delimitadas no grão de 
pólen, geralmente de parede fina. As eudicotiledôneas têm pólen com três aberturas, enquanto nas 
monocotiledôneas predomina uma só abertura. 
Internamente ao androceu, há o gineceu, formado pelos carpelos. Segundo a literatura o carpelo é 
derivado de uma folha fértil, que possui óvulos na margem. As margens dobraram-se para dentro unindo-
se entre si, ficando os óvulos encerrados no lóculo, que é o espaço no interior do carpelo (MENEZES et 
al., 2004). Morfologicamente, o gineceu é formado por ovário, estilete e estigma (Figura 68). 
Estilete
Ovário
Estigma
Óvulo Gineceu
Figura 68 – Estrutura do gineceu 
O gineceu consiste de um ou mais carpelos. Neste último caso, eles podem estar livres ente si, 
constituindo o gineceu apocárpico, ou unidos entre si, no todo ou em parte, constituindo o gineceu 
sincárpico (MENEZES et al., 2004). 
A cavidade onde estão encerrados os óvulos é denominada lóculo. Tanto os óvulos quanto os lóculos 
podem variar em número nos diferentes grupos de plantas. 
Outra importante característica é a posição do ovário na flor, podendo ser súpero ou ínfero. A posição 
do ovário na flor está intimamente associada à presença ou não do hipanto na flor. Hipanto pode ser 
definido como uma estrutura em forma de urna ou taça que circunda o ovário. 
Na maioria das angiospermas, as flores são produzidas em agrupamentos denominados 
inflorescências, embora ocorram também flores isoladas. Morfologicamente, uma inflorescência é 
um ramo ou um sistema de ramos caulinares que portam flores (MENEZES et al., 2004). Os diversos 
tipos de inflorescências são usados nas classificações dos diferentes grupos de planta. A arquitetura da 
64
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
inflorescência e seu funcionamento afetam diretamente a polinização e a frutificação, que representam 
passo crucial no ciclo vital das plantas e, portanto, na manutenção da espécie. 
 Lembrete
O girassol tem suas flores agrupadas numa inflorescência denominada 
capítulo, que apresenta flores inseridas em um receptáculo em forma de 
disco e protegido por brácteas. No girassol há tipos de flores diferentes na 
inflorescência. 
 Saiba mais
Você sabia que os pigmentos de flores fluorescentes podem ter aplicação 
clínica?
Para saber mais, leia a matéria: 
TOLEDO, K. Pigmentos de flores fluorescentes podem ter aplicação 
clínica. Agência Fapesp, São Paulo, 20 fev. 2015. Disponível em: <http://
agencia.fapesp.br/pigmentos_de_flores_fluorescentes_podem_ter_
aplicacao_clinica/20684/>. Acesso em: 10 jun. 2015. 
6 DA POLINIZAÇÃO À FORMAÇÃO DE SEMENTES E FRUTOS 
Diferentemente dos animais, as plantas são seres imóveis, embora algumas delas tenham um 
considerável poder de propagação vegetativa ou de dispersão por meio de seus polens e sementes. A 
maioria das angiospermas apresenta uma larga gama de opções reprodutivas disponíveis para seleção. 
Elas podem aparecer continuamente mediante variações genéticas ou intermitentemente por meio de 
mutações que ocorrem na maioria das populações de plantas.
 Saiba mais
Não deixe de ler: 
FIORI, A. M. Sem bichos, a floresta morre. Pesquisa Fapesp, São Paulo, 
v. 62, p. 38-42, mar. 2001. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.
br/2001/04/01/sem-bichos-a-floresta-morre/>. Acesso em: 10 jun. 2015. 
A reprodução nas fanerógamas inclui processos assexuados e sexuados. O processo sexuado envolve 
fusão e divisão e propicia combinações genéticas, que são a principal fonte de variações hereditárias 
65
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
e permitem às espécies responderem a condições ambientais heterogêneas ou em mudança. Em 
contrapartida, a reprodução assexuada é vantajosa em ambientes mais ou menos constantes, onde as 
espécies já estão bem-adaptadas. 
A reprodução assexuada nas fanerógamas envolve basicamente dois tipos, a vegetativa e a 
agamospermia. A reprodução vegetativa acontece por porções de estolhos (caules aéreos); porções de 
rizomas e tubérculos (caules subterrâneos), bulbos e cormos (caules subterrâneos); gemas adventícias 
formadas em caules cortados ou folhas caídas; e propágulos vegetativos. Na agamospermia, o indivíduo 
produz sementes viáveis contendo embrião, o qual não surgiu por fecundação. O embrião é originado de 
uma oosfera 2n, a qual provém: diretamente da célula-mãe de gimnósporos sem ocorrência da meiose; 
de outras células do saco embrionário; ou de outras partes do óvulo. 
O processo da fecundação (reprodução sexuada) nas fanerógamas é precedido pela polinização, e 
nas angiospermas essa etapa inclui: a liberação do pólen da antera, a transferência do pólen e o depósito 
deste no estigma. A organização floral tem um importante papel na polinização. O cálice tem função de 
proteção do botão floral; a corola serve para atração dos polinizadores; as anteras produzem o pólen; 
e o gineceu possui, no ápice, a parte receptiva (estigma). Na porção intermediária, o estilete guia o 
crescimento do tubo polínico até a base dos óvulos, onde se localiza a oosfera (Figuras 81 e 82). 
Tub
o p
olin
ico
Ovário
Estigmas
(aberturas dos 
estiletes)
Figura 69 – Aspecto do conjuntode pétalas como atração para os polinizadores 
Figura 70 – Grãos de pólen (em amarelo) aderidos ao estigma. Note como a superfície do estigma é recoberta por saliências 
grudentas (vilosidades) para capturar o pólen 
66
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
A transferência do pólen do local onde foi formado para uma superfície receptora é denominada 
polinização. Podem ser reconhecidos dois grupos de processos de polinização: polinização abiótica e 
polinização biótica.
A polinização abiótica é realizada por meio de dois agentes: vento (anemofilia – Figura 71) e água 
(hidrofilia).
 
Figura 71 – Aspecto geral da polinização pelo vento que ocorre no milho 
A polinização biótica é aquela realizada por meio de outros seres vivos. Esse tipo de polinização teve 
início durante o Cretáceo, quando os besouros e as moscas primitivas voavam de uma flor para a outra, 
alimentando-se de pólen, óvulos e partes das flores (principalmente pétalas), realizando a polinização 
e, provavelmente, provocando tanto benefícios quanto malefícios para as flores. Atualmente a situação 
é bastante diferente, pois se por um lado a planta se utiliza, para transporte do pólen, do serviço de 
diferentes tipos de animais, tais como insetos, pássaros, morcegos, formigas e mesmo macacos, por outro 
lado, esses animais desenvolveram estruturas eficientes para a extração e a utilização das recompensas 
– como a atração visual, o odor, o pólen, o néctar e o óleo – oferecidas pelas flores. 
A forma da corola está muito associada ao tipo de polinizador. De modo geral, as flores actinomorfas 
e abertas são visitadas por uma gama maior de polinizadores do que as flores tubulosas ou as zigomorfas. 
Além disso, existem casos especiais em que a forma da corola serve como atrativo sexual, por exemplo, 
a pétala em forma de labelo presente nas orquídeas. 
As fanerógamas constituem um grande grupo também conhecido como espermatófitas, ou seja, 
plantas com sementes. Nessas plantas, a fecundação da oosfera se dá sobre a planta-mãe, e aí ocorre o 
desenvolvimento parcial do esporófito jovem (embrião) dentro da semente. A semente provavelmente 
tenha sido o fator mais importante do rápido sucesso das plantas espermatófitas, pois garante maior 
chance de sobrevivência do que o esporo. A semente é o óvulo fecundado. Os detalhes estruturais do 
óvulo são, até certo ponto, preservados durante a sua transformação em semente. 
67
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Entre as fanerógamas, nas gimnospermas, a semente apresenta embrião, tegumento e o restante do 
megasporângio. Este tecido nutrirá o embrião. O tegumento da semente provém do tegumento ovular. 
A semente nas angiospermas consta basicamente de três partes: embrião, endosperma (que às vezes 
está ausente) e tegumentos. O embrião e o endosperma são produtos da dupla fecundação, enquanto o 
tegumento seminal se desenvolve a partir do ovular. 
Nas gimnospermas, os óvulos são unitegumentados, enquanto nas angiospermas são bitegumentados. 
O tegumento tem também a função de proteger o embrião do ataque de microrganismos, da predação 
por animais, de danos mecânicos, dentre outros. No grupo das coníferas, forma-se o zigoto após a 
fecundação da oosfera por um único gameta. 
Nas angiospermas, a oosfera fecundada dá origem ao zigoto, e este, a um embrião que tem 
potencialidade para formar uma planta completa. Independentemente do modo de desenvolvimento, o 
embrião maduro geralmente possui uma raiz embrionária (radícula), um eixo caulinar (epi-hipocótilo) e 
um ou dois cotilédones (Figura 72). 
Semente
Radícula
(pré-raiz)
Radícula
Semente
Primeiras folhas
Casca da 
semente Cotilédones
Cotilédones
Solo
Raiz
Figura 72 – Desenho esquemático evidenciando a semente com o embrião, a radícula e os cotilédones 
O endosperma é um tecido característico das angiospermas, geralmente triploide, formado pela 
fusão de um dos gametas masculinos com os dois núcleos polares da célula central. O transporte 
de nutrientes para o novo esporófito é facilitado pela ocorrência de células de transferência, 
que podem estar presentes, por exemplo, nas epidermes interna e externa do endosperma. O 
endosperma maduro é formado por células compactamente arranjadas, de paredes finas ou 
espessadas, que contêm material de reserva, tais como grãos de amido, proteínas, lipídios, dentre 
outros. 
As funções da flor em todos os seus estágios são a produção de esporos, a fecundação do haplonte 
levando à embriogênese e a formação da semente e do fruto. Este, no sentido morfológico, é o ovário 
amadurecido de uma flor. Assim, o fruto representa a continuação de uma estrutura da flor, o ovário, 
que persiste após a antese e a polinização, transformando-se numa estrutura auxiliar de proteção e 
68
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
dispersão das sementes, as quais aparecem a partir dos óvulos fecundados. O fruto é uma estrutura 
exclusiva das angiospermas. 
 Lembrete
O pseudofruto é uma estrutura carnosa que não tem origem no ovário 
da flor, como os frutos verdadeiros, mas sim em outras partes florais. No 
caso do caju, por exemplo, ocorre desenvolvimento do pedúnculo da flor, 
por isso é considerado pseudofruto. No caju, a parte que consumimos 
na forma de suco é o pedúnculo desenvolvido, e o fruto verdadeiro é a 
castanha. 
O fruto protege o óvulo durante o seu desenvolvimento em semente. A semente é a unidade 
reprodutiva das fanerógamas e o elo entre gerações sucessivas. 
A grande diversidade na organização das flores das angiospermas, especialmente, a variação em 
número, arranjo, grau de fusão e estrutura dos carpelos que formam o gineceu, está refletida na ampla 
gama de frutos existentes. Não apenas as estruturas conhecidas popularmente como frutas, como uva, 
maçã, pera, dentre outras, mas também as conhecidas popularmente como legumes, por exemplo, 
pepino, abobrinha, pimentão, e muitos cereais, como trigo, milho dentre outros, são todos frutos, do 
ponto de vista botânico.
Os frutos são altamente constantes na estrutura e, portanto, muito importantes na classificação 
dos grupos de angiospermas. A partir da fecundação, inicia-se uma série de transformações 
no saco embrionário e em outros tecidos do óvulo que levam ao desenvolvimento da semente. 
Paralelamente, a parede do ovário transforma-se no pericarpo, a parede do fruto, na qual 
geralmente se distinguem três camadas: epicarpo, mesocarpo e endocarpo, conjunto chamado de 
pericarpo (Figura 73).
 
Endocarpo
Epicarpo
Semente
Mesocarpo
Baga
Simples sincárpico, 
carnoso indeiscente
Figura 73 – Desenho esquemático das partes de um fruto 
69
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Quando o fruto está maduro, as demais estruturas florais (estames, estilete, corola, cálice) 
podem continuar presentes (muitas vezes, secas) ou cair; o pedicelo da flor geralmente se espessa 
para sustentar o fruto. Frutos maduros, frequentemente, mostram a presença de óvulos pequenos ou 
sementes não desenvolvidos ao lado das sementes maduras; provavelmente se trate de óvulos que não 
foram fecundados. Normalmente o desenvolvimento do fruto depende da polinização e da fecundação, 
bem como da atividade de fitormônios; entretanto, alguns frutos, como a banana, formam-se sem 
fecundação prévia, tratando-se de frutos partenocárpicos,destituídos de sementes.
A classificação dos frutos baseia-se em: número de ovários envolvidos, natureza do pericarpo 
maduro, deiscência ou indeiscência do pericarpo, modo de deiscência e número de lóculos e sementes. 
Os frutos são considerados simples quando derivados de um único ovário, de uma flor. Podem ser secos 
ou carnosos. 
Os frutos agregados derivam de muitos ovários de uma única flor, mais ou menos fundidos (Figura 74). 
Figura 74 – Aspecto geral de um fruto agregado 
Os frutos múltiplos consistem em ovários amadurecidos de muitas flores de uma inflorescência, que 
concrescem mais ou menos juntas numa só massa, formando uma infrutescência, por exemplo, a amora 
e o abacaxi (Figura 75). 
Figura 75 – Aspecto geral de um fruto múltiplo 
70
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
Frutos deiscentes são aqueles que se partem em segmentos na maturação. Os segmentos podem ser 
deiscentes ou não. 
O fruto legume é derivado de um carpelo, abrindo-se na maturidade por duas fendas. Característico 
da maioria das leguminosas, como o feijão (Phaseolus) e a soja (Glycine) (Figura 76). 
 
Figura 76 –Fruto do tipo legume 
O fruto esquizocarpo é derivado de um gineceu sincárpico, mas cujos carpelos na maturidade 
separam-se inteiramente uns dos outros em frutículos livres, estes geralmente deiscentes, por exemplo, 
a mamona (Ricinus communis).
O fruto do tipo síliqua é característico das Brassicaceae e derivado de ovário bicarpelar, cujo pericarpo 
seco separa-se em duas valvas laterais deixando um eixo central, ao qual ficam presas as sementes, por 
exemplo, o fruto da mostarda.
Os frutos indeiscentes são aqueles que não se partem em segmentos na maturação. Um tipo de 
fruto indeiscente é o aquênio, de pericarpo seco, unilocular, de ovário súpero ou ínfero, contendo uma 
só semente ligada ao pericarpo por apenas um ponto, por exemplo, o girassol (Figura 77).
Figura 77 – Aspecto do fruto do girassol, denominado aquênio 
71
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Outro fruto indeiscente é o cariopse ou grão, típico das gramíneas. Apresenta o pericarpo seco unido 
à testa da única semente em toda a sua extensão, por exemplo, os grãos de milho (Zea mays) e os de 
trigo (Triticum).
Os frutos indeiscentes denominados sâmara têm o pericarpo seco com uma ou mais expansões 
laterais em forma de asa; conhecidos popularmente como sementes voadoras (Figura 78). 
Figura 78 – Fruto do tipo sâmara, evidenciando as expansões laterais em forma de asa 
O fruto é considerado baga quando apresenta o pericarpo carnoso, contendo uma ou várias sementes 
no interior, como a uva, o maracujá, o tomate ou o abacate.
Os frutos denominados drupa apresentam o pericarpo carnoso coriáceo ou fibroso, com o endocarpo 
endurecido envolvendo a semente e formando assim um caroço, a exemplo do pêssego (Figura 79).
Figura 79 – Detalhe da parte interna de uma drupa (pêssego) evidenciando o caroço presente no fruto
72
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo sexual das angiospermas, e seu aparecimento representou 
um importante fator no grande sucesso da evolução desse grupo. 
O grande sucesso das sementes como órgãos de disseminação planetária de espécies vegetais se 
deve a duas características. Uma delas é a dormência, que ocorre quando as sementes podem manter-
se “dormindo”, isto é, sem germinar, por muito, muito tempo. Em ambientes bem secos, as sementes de 
trigo podem durar anos ou séculos em estado de dormência e germinar logo após entrar em contato 
com a água. A outra é o mecanismo de dispersão, que pode ocorrer com auxílio de espinhos, pelos, asas, 
carapaças, dentre outros, que lhes permitem flutuar com os ventos, boiar nas águas ou aderir a animais 
que se movem. 
A vantagem da disseminação é que quanto maior for o território pelo qual uma planta dispersa suas 
sementes, maior será o número de seus descendentes. 
Assim como a disseminação do pólen, a disseminação de sementes depende de vários agentes. 
Dentre esses agentes temos os ventos, que transportam as sementes pequenas e leves. Algumas possuem 
expansões, consideradas aladas, que aumentam a sua superfície, transformando-as em minúsculos 
planadores, outras possuem pelos que auxiliam na flutuabilidade (Figura 80).
 
Figura 80 – Detalhe dos pelos presentes nas sementes que auxiliam na sua dispersão 
Outro agente facilitador da dispersão é a água. Alguns frutos de vegetais aquáticos possuem 
cavidades cheias de ar, que os fazem flutuar nas correntes marinhas e nos rios, por exemplo, os frutos 
de muitas palmeiras, como o coco-da-baía.
Há também os animais, que auxiliam na dispersão. Algumas sementes são ingeridas por pássaros e 
outros bichos. Quando eles comem os frutos, as sementes passam intactas pelo tubo digestório e são 
eliminadas com suas fezes. Além disso, as cascas de muitas sementes, como o picão e o carrapicho, 
possuem espículas, dentículos, ganchos, dentre outros. Estes servem para prender as sementes na pele 
dos bichos que as transportam presas ao corpo. 
73
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Avaliando evolutivamente, nas primeiras angiospermas, menos derivadas, o fruto abre-se na própria 
planta, e a semente é a unidade de dispersão. Nos grupos mais derivados, a função de dispersão é 
transferida aos frutos, os quais interagem com o vento, a água ou os animais para facilitar a distribuição 
das sementes que estão contidas neles. Tais pressões seletivas levaram a uma grande diversidade de 
frutos e também a que outros tecidos próximos do ovário contribuíssem para a proteção da semente e 
a sua dispersão. A evolução do fruto pode ser vista como uma transferência de funções de proteção e 
dispersão da semente sozinha para o fruto e a semente juntos. 
 Lembrete
A dispersão é realizada por meio das unidades de dispersão, ou 
diásporos, que podem ser as sementes, os frutos, a planta inteira ou parte 
dela, ou a combinação desses. Uma vez maduras, as sementes precisam ser 
libertadas da planta-mãe e disseminadas de modo eficiente, para garantir 
a sobrevivência da espécie, evitando que haja acúmulo de descendentes em 
pequenas áreas.
 Resumo
Aprendemos inicialmente que a unidade reprodutiva de uma 
angiosperma é a flor, formada basicamente por quatro tipos de estruturas, 
quando se trata de uma flor completa ou hermafrodita: as sépalas, cujo 
conjunto é o cálice, e as pétalas, que constituem a corola, cujo conjunto 
forma o perianto, considerado parte estéril da flor. As estruturas reprodutivas 
da flor são representadas pelos estames, formando o androceu, e pelos 
carpelos, constituindo o gineceu. 
Vimos também que, individualmente, cada estame é formado por filete, 
antera e conectivo. Internamente ao androceu, há o gineceu, formado 
pelos carpelos. Morfologicamente, o gineceu é formado por ovário, estilete 
e estigma. O gineceu consiste de um ou mais carpelos. A cavidade em que 
estão encerrados os óvulos é denominada lóculo; tanto os óvulos quanto 
os lóculos podem variar em número nos diferentes grupos de plantas. Na 
maioria das angiospermas, as flores são produzidas em agrupamentos 
denominados inflorescências, embora ocorram também flores isoladas. 
Morfologicamente, uma inflorescência é um ramo ou um sistema de ramos 
caulinares que portam flores. 
Em seguida,vimos que a reprodução nas fanerógamas inclui processos 
assexuados e sexuados. O processo da fecundação nas fanerógamas 
é precedido pela polinização, e nas angiospermas essa etapa inclui: a 
liberação do pólen da antera, a transferência do pólen e o depósito deste 
74
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
no estigma. A organização floral tem um importante papel na polinização. 
O cálice tem função de proteção do botão floral; a corola serve para 
atração dos polinizadores; as anteras produzem o pólen; e o gineceu 
possui, no ápice, a parte receptiva (estigma). Na porção intermediária, o 
estilete guia o crescimento do tubo polínico até a base dos óvulos, onde 
se localiza a oosfera. 
Abordamos ainda que a forma da corola está muito associada ao tipo 
de polinizador. De um modo geral, as flores actinomorfas e abertas são 
visitadas por uma gama maior de polinizadores do que as flores tubulosas 
ou as zigomorfas. As fanerógamas constituem um grande grupo também 
conhecido como espermatófitas, ou seja, plantas com sementes. Nessas 
plantas, a fecundação da oosfera se dá sobre a planta-mãe, e aí ocorre 
o desenvolvimento parcial do esporófito jovem dentro da semente, ou 
embrião. A semente é o óvulo fecundado. Consta basicamente de três 
partes: embrião, endosperma (que às vezes está ausente) e tegumentos. 
O embrião e o endosperma são produtos da dupla fecundação. O fruto, 
no sentido morfológico, é o ovário amadurecido de uma flor. Assim, 
representa a continuação de uma estrutura da flor, o ovário, que persiste 
após a antese e a polinização, transformando-se numa estrutura auxiliar de 
proteção e dispersão das sementes, as quais aparecem a partir dos óvulos 
fecundados. O fruto é uma estrutura exclusiva das angiospermas. A partir 
da fecundação, inicia-se uma série de transformações no saco embrionário 
e em outros tecidos do óvulo que levam ao desenvolvimento da semente. 
Paralelamente, a parede do ovário transforma-se no pericarpo, a parede do 
fruto, na qual geralmente se distinguem três camadas: epicarpo, mesocarpo 
e endocarpo. A classificação dos frutos baseia-se em: número de ovários 
envolvidos, natureza do pericarpo maduro, deiscência ou indeiscência 
do pericarpo, modo de deiscência e número de lóculos e sementes. Os 
frutos são estruturas auxiliares no ciclo sexual das angiospermas, e seu 
aparecimento representou um importante fator no grande sucesso da 
evolução desse grupo. A evolução do fruto pode ser vista como uma 
transferência de funções de proteção e dispersão da semente sozinha para 
o fruto e a semente juntos.
 Exercício
Questão 1. (Unesp 2009) Leia o texto: “Nos últimos anos, o declínio mundial no número de 
polinizadores gerou grandes manchetes na agricultura. O colapso das populações de abelhas, que ainda 
não foi compreendido de maneira completa, atraiu mais atenção, mas existiam, também, de maneira 
mais ampla, indícios de declínio entre os demais polinizadores.”
Disponível em: <http://www.noticias.terra.com.br/ciencia de 23/10/2008>. Acesso em 14: de jun. 2015.
75
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
BOTÂNICA – FANERÓGAMAS 
Essa notícia, de fato, deve gerar preocupação na agricultura?
A) Sim, pois as gimnospermas, que são o grupo de plantas responsáveis pela maior produção de 
alimentos, necessitam de polinizadores como as abelhas para se reproduzirem.
B) Não, pois os alimentos produzidos na agricultura são provenientes de partes das plantas que não 
dependem da polinização para se desenvolverem.
C) Sim, pois os polinizadores são os principais responsáveis pela reprodução das angiospermas, que, 
por sua vez, são as maiores responsáveis pela produção de alimentos.
D) Sim, porque os polinizadores são os responsáveis pela dispersão das sementes, garantindo a 
reprodução das angiospermas.
E) Não, pois a maior parte da polinização nas gimnospermas ocorre pela ação do vento, garantindo 
a produção de seus frutos, que são muito usados na alimentação humana.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: os grupos que precisam de polinizadores são as angiospermas, por serem as responsáveis 
pela produção de alimentos.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a polinização das plantas pelos insetos é responsável por 75% da produção de alimentos. 
Sem os polinizadores, perderíamos diretamente 1/3 de nossa produção alimentar.
C) Alternativa correta.
Justificativa: a polinização é um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da 
biodiversidade na Terra, e somente após a polinização é que as plantas podem formar frutos e sementes, 
das quais dependem para sua reprodução.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: os polinizadores são os responsáveis pela dispersão não somente das sementes, mas 
principalmente dos frutos, que garantem não apenas a reprodução das angiospermas, como também 
dos alimentos, através dos frutos gerados.
76
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade II
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a maior parte da polinização das angiospermas ocorre pela ação dos insetos e dos 
pássaros. O vento é a principal ação direta, assim como a gravidade.
Questão 2. Com relação à reprodução das fanerógamas, são feitas as afirmativas:
I – A reprodução das fanerógamas é por geração alternante, ficando a fase gametofítica contida na flor.
II – O grão de pólen é o gameta masculino das fanerógamas.
III – O óvulo é o gameta feminino das fanerógamas.
Quais afirmativas estão corretas?
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I, II e III.
E) Somente uma está correta.
Resolução desta questão na plataforma.

Outros materiais