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1 
 
Definição 
 
Paliativo vem da palavra latina Palium 
 
Paliativo: Camada extra de proteção para atenuar, aclamar ou abrandar 
temporariamente um mal. 
Paliar – aliviar o sofrimento. 
 
Histórico: CP moderno, década 60 – hospedaria, casa de repouso – ST 
christophers hospice 
Inglaterra – origem dos CP 
 
Definição – OMS 2012 – “CP consistem na assistência promovida por 
uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do 
paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio 
da prevenção e alivio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação 
impecável e tto de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos espirituais. 
 
OMS 2018 – É uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos 
pacientes (adultos ou cça) e de seus familiares que enfrentam problemas 
associados a doenças que ameaçam a vida. Previne e alivia sofrimento por meio 
da investigação precoce, avaliação correta e tto da dor e de outros problemas 
físicos, psicossociais ou espirituais. 
 
IAHPC – international association for hospice e palliative care – CP sao 
cuidados holísticos ativos, ofertados a pessoas de todas as idades que encontram-
se em intenso sofrimento relacionados a sua saúde, proveniente de doença 
grave, especialmente aquelas que estão no final da vida. O Objetivo dos CP é, 
portanto, melhorar a qualidade de vida dos pctes, de suas famílias e de seus 
cuidadores. 
 
9 Princípios: 
 
1. Propiciar alívio da dor e outros sintomas que provoquem 
sofrimento; 
2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural; 
3. Não adiantar nem prolongar a morte; 
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais na assistência ao pcte; 
5. Oferecer um sistema de apoio para ajudar os pctes a viverem o mais 
ativamente possível até sua morte; 
6. Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a 
doença do pcte e com seu próprio luto; 
7. Usar uma abordagem de equipe para atender as necessidades dos 
Pctes e suas famílias; 
8. Melhorar na qualidade de vida e influenciar passivamente o curso 
da doença; 
9. Iniciar os cuidados ao dx, em conjunto com outras terapias 
modificadoras de doença e prolongadoras de vida, incluindo as investigações 
necessárias para entender e gerenciar melhor as complicações clinicas. 
 
“A morte so pode provocar pavor aqueles que não sabem como preencher 
o tempo que é dado para viver.” Viktor Frankl. 
 
 
 
NÃO é CP 
 
Limitações terapêuticas – a arte de suspender medidas; 
Eutanásia; 
Não ter mais o que fazer – nuca diga isso; 
Abandono terapêutico – mistanásia; 
Limitação a cuidados de fim de vida; 
Mandar para ‘morrer em casa’; 
Só dar analgésicos; 
Sinônimo de cuidado humanizado. 
 
O que é CP 
 
Abordagem para olhar de cuidados proporcionais e adequados 
Dignidade e respeito a valores 
Respeito aos princípios da bioética: beneficência, justiça, não mal eficiência, 
autonomia. 
Melhoria da percepção de qualidade de assistência 
Experiencia do pcte e familiares 
Cumprimento da legislação: resoluções COFEN – 564/2017; código de 
ética de enfermagem e diversas resoluções de regionais – COREN; resoluções 
CFM sobre ortotanásia, recusa terapêutica e diretivas antecipadas de vontade e 
testamento vital. 
 
E por isso não existe 
 
Despaliar; 
Pq CP não significa limitação terapêutica, mas alivio do sofrimento; 
Despaliar significaria – deixar sofrer; 
Investir como sinônimo de invadir 
Investir sim – em tratar o sofrimento, trazer conforto e qualidade de vida; 
Invadir muitas vezes traz sofrimento adicional e prolongamento do 
processo de morte e não é um “investimento”. 
 
Conceitos Importantes 
 
Proporcionalidade: cuidados adequados. 
 
Cuidado adequado é definido como um cuidado individualizado que 
otimiza saúde e bem-estar ao proporcionar o que é necessário, desejado e 
clinicamente efetivo, de maneira acessível, equitativa e responsável quanto a 
alocação de recursos. 
A tendencia é compreender o processo entre o que é apropriado e 
inapropriado como um contínuo em que numa ponta estão serviços 
universalmente benéficos e na outra os que são claramente inefetivos ou que 
expõem os pacientes a tantos riscos que nunca deveria ser realizado. 
As preferencias e os valores dos pctes precisam ser consideradas sempre e 
em especial na área cinzenta, se tornam fundamentais para apoiar a definição 
do que faz ou não sentido. 
Zona cinzenta de serviços – benefício crescente – serviços efetivos 
Zona cinzenta de serviços – dano crescente – serviço ineficaz 
Refletir que em alguns cenários escalonar medidas não é a melhor 
assistência para o pcte. 
 
2 
Compreender que a discussão sobre proporcionalidade de medidas apoia a 
alocação adequada de recursos. 
A discussão sobre proporcionalidade de medidas deve incluir aspectos 
técnicos do quadro e tbm a escuta ativa do pcte/família. 
A tomada de decisão compartilhada é o caminho ético para a definição de 
como proceder. 
 
Ortotanásia 
 
Significa morte correta, no tempo correto, com alívio adequado dos 
sintomas, sem adiantar ou atrasar a morte, ou seja, a morte pelo processo 
natural e com sofrimento paliado. 
Foco: proporcionar conforto ao pcte com doença em fase terminal que, 
diante do inevitável, terá uma morte menos dolorosa e mais digna. 
 
Distanásia 
 
É a prática pela qual se prolonga, através de meios artificiais e 
desproporcionais, a vida de um enfermo incurável, com sofrimento. Também 
pode ser conhecida como “obstinação terapêutica”. A distância é uma questão 
bioética pois representa o prolongamento não da vida, mas do processo de 
morte. 
A obstinação terapêutica a superlotação de UTI e unidades de urgência e 
emergência, com aumento de custos em atendimento de baixa qualidade, 
percebida por pctes e seus familiares. Além disso, cada vez mais evidencias 
corroboram que a distanásia, além de ser cara e sofrida, resulta em piores 
desfechos clínicos, como redução de sobrevida. 
 
Eutanásia 
 
É o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para 
aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. É realizada 
por um profissional de saúde mediante pedido expresso da pessoa doente. 
Não tem nada a ver com CP 
 
Suicídio assistido 
 
É quando o próprio doente, tomando medicamento letais prescritos por 
um médico, põe fim a sua vida. 
 
Mistanásia 
 
Quando um indivíduo vulnerável socialmente é acometido de uma morte 
precoce, miserável e evitável como consequência da violação de seu direito a 
saúde. Na maioria dos casos, a mistanásia atinge indivíduos excluídos do seio 
social que dependem das políticas públicas de saúde na garantia de sua 
dignidade, e mesmo assim, são expostos a situações de risco, em razão da 
burocracia exagerada, má gestão hospitalar, financeira e governamental, além 
da omissão estrutural, Abandono terapêutico 
 
O sofrimento humano so é intolerável quando ngm cuida – Cicely 
Saunders. 
 
Quando, onde e por quem? 
 
Existe um momento que o paciente PASSA PARA CUIDADO 
PALIATIVO? 
Cuidado Paliativo é só na enfermaria? 
Quem faz cuidado Paliativo dever ser apenas o paliativista? 
Qndo começa? 
 
Todas as medidas adequadas, proporcionais e que aliviam o sofrimento, 
respeitando os valores do pcte são ações paliativas! 
O cuidado paliativo é contínuo no cuidado e caminha junto com o tto 
modificador de doença 
CP soma e não subtrai. 
 
 
A família ou o pcte precisa autorizar CP? 
 
Não -não é preciso autorização para cuidar, para aliviar o sofrimento ou 
fazer o que é nosso dever ético e moral. 
A família não precisa ACEITAR cuidados paliativos, ela precisa 
ENTENDER qual é o OBJETIVO de cuidado adequado e nos ajudar com 
parceria a identificar isto. 
 
Onde é feito CP? 
 
Hospitalar: enfermarias, UTI, day hospital, urgência e emergência 
Hospice 
Ambulatorial: clínica e consultórios 
Domiciliar 
 
Anualmente, mais de 100 milhões de pessoasnecessitarão de CP, 
entretanto menos de 8% terão acesso a esses serviços, segundo Palliative Care 
aliance world. 
Paliativista; especialistas: onco, geriatrias, estomaterapeutas, intensivistas; 
profissionais generalistas; assistência primaria a saúde: UBS. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Indicações 
 
Doenças não oncológicas 
Doença crônica degenerativas 
Doenças cardiológicas -IC 
Doenças renais, hepáticas, neurológicas, infecciosas 
 
Doenças oncológicas 
 
Toda doença que ameace a vida tem indicação de cuidados paliativos, de 
preferência desde o diagnóstico. Para os pacientes oncológicos este cuidado deve 
ser ofertado inicialmente pela equipe que assiste o paciente, seu oncologista, 
enfermeiro, cirurgião e demais profissionais da saúde. 
Quando a doença e agressiva toma-se metastática, esgotam-se os recursos 
terapêuticos de tratamento, ou ainda os sintomas provocam sofrimento, nessas 
situações especialmente o paciente deve ser acompanhado por uma equipe de 
cuidados paliativos. 
 
 
 
 
 
 
 
O pcte como centro dos CP 
 
Cuidado centrado no pcte 
 
A avaliação em CP deve ser abrangente e integral, contemplando os 
aspectos multidimensionais, o que ajuda no reconhecimento da contribuição de 
diferentes aspectos na expressão dos sintomas do paciente e auxilia no 
planejamento de cuidados, 
O passo inicial consiste em COMPREENDER QUEM É A PESSOA 
DOENTE para além da identificação clássica. 
 BIOGRAFIA, VALORES E PREFERÊNCIAS. 
"'É mais importante conhecer a pessoa que tem a doenca do que a doença 
que a pessoa tem" Hipócrates 
 
Binômio paciente família: 
 
O processo de adoecimento envolve o entorno do paciente, as pessoas com 
quem existe vínculo afetivo e emocional, em um núcleo familiar com uma 
dinâmica de relações que pode ser impactado com as mudanças de papéis e 
necessidades, podendo gerar angústias, expectativas e conflitos. 
A equipe de CP atende o binômio envolvido, visando os cuidados, os 
impactos do adoecimento, lidando com o luto antecipatório e a atenção no óbito 
e os impactos do luto nos familiares que ficam. 
 
Abordagem Multidimensional 
 
 
4 
 
 
Aspectos do sofrimento humano 
 
Dores visíveis: ansiedade, medo, sintomas depressão, preocupação, 
irritabilidade, dificuldade de concentração 
 
Dores invisíveis: culpa, isolamento psíquico, luto antecipatório, perda de 
autonomia, sentimento de impotência, sentimento de dependência. 
 
Ferramentas 
 
As principais ferramentas dos CP são: 
Comunicação 
Trabalho em equipe 
Av. prognostica 
Recursos medicamentosos e não medicamentosos 
 
Comunicação 
 
É um dos pilares da prática paliativista. 
Ser competente em comunicação é essencial para o profissional de saúde, 
principalmente o que ata em CP: COMUNICAÇÃO DE NOTICIAS 
DIFICEIS, 
A comunicação vai muito além de transmitir informações, o diálogo 
envolve escuta ativa, comunicação não verbal, estratégia, clareza assertividade, 
visando estabelecer e manter conexão com pessoas em situações complexas. 
Comunicar-se envolve o verbal e o não verbal 
Comunicar-se consiste em falar e também ESCUTAR 
Escuta ativa: escutar atentamente o interlocutor, não só com os ouvidos, 
mas com TODOS OS SENTIDOS em alerta, 
Deixar o celular, não julgar. 
Atenção para expressões faciais de julgamento ou pressa 
 
Escuta compassiva: recurso terapêutico de escuta genuína acolhedora, 
profunda, apreciativa e acolhedora, cujo propósito é acolhimento e escuta 
sensível que contribua para a redução das aflições e ansiedades. 
 
Decisão técnica é com quem tem conhecimento técnico 
 
Nunca perguntamos à família diretamente sobre decisões e procedimentos 
técnicos, principalmente os que não são indicados! 
Portanto, a família não decide sobre intubação, hemodiálise, reanimação 
etc. Da mesma forma que não decide sobre qual antibiótico ou a técnica 
cirúrgica deve ser usada ou decide sobre realização de terapias que tecnicamente 
não tem indicação. 
 
Equipe Multiprofissional 
 
Abordagem fundamental da assistência em CP, sem a qual o cuidado pode 
se resumir apenas a ações paliativas isoladas, 
A abordagem multidimensional necessariamente exige profissionais de 
diversas áreas e especialidades para o cuidado demandado; 
Equipe Multi, Interdisciplinar e Transdisciplinar. 
 
Como trabalhar em equipe? 
Respeito 
Compartilhar – comunicação, diálogo 
Crescer e aprender junto 
Proatividade 
Flexibilidade 
Confiança 
 
Prognostico 
 
Diz respeito não somente ao tempo de vida do paciente, mas também sobre 
a antecipação da evolução da doença, das perdas envolvidas, complicações 
possíveis 
Ex paciente com síndrome demencial - faz parte do prognóstico conversar 
e antecipar com a família sobre as dificuldades de comunicação que surgirão 
(fala), perda da capacidade de deambular, risco de infecções e impossibilidade 
de alimentação oral no futuro. 
 
Ferramentas prognosticas: influencia o processo de tomada de decisão e a 
sinalização de prioridades. 
PPS 
KPS 
ECOG 
PaP Score 
PPi: pode ser utilizado em pacientes com câncer avançado (tumores 
sólidos) em cuidados paliativos que não têm mais programação de tratamento 
modificador de doença (Q7, RI, hormonioterapia, imunoterapia. 
Ele permite estimar sobrevida em 90, 61 e 12 dias com sensibilidade e 
especificidade de 79% e 77%, respectivamente. Esta é uma escala interessante, 
pois utiliza informações clínicas sem necessidade de exames complementares de 
alta complexidade. 
 
CP não é uma alternativa de tto e sim uma parte complementar e vital de todo 
acompanhamento do pcte. Cicely Saunders

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