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Modelo queixa crime

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1a VARA CRIMINAL DE NITERÓI - RJ
ENRICO, brasileiro, solteiro, portador da Cédula de Identidade RG de nº xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxxx telefone: xxxxx, residente e domiciliada na Rua
........Icaraí, Niterói/RJ, vem, por seu advogado in fine assinado e qualificado no instrumento procuratório em anexo, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar QUEIXA CRIME com base nos arts. 41 e 44 c/c o art. 30 do Código de Processo Penal e art. 100, §2º, do Código Penal, em face de HELENA, brasileira, solteira, profissão xxxx, portadora da Cédula de Identidade RG de nº xxxxx, inscrita no CPF sob o nº xxxxx, telefone: xxxx, residente e domiciliado em Rua Icaraí, Niterói/RJ, pelos motivos de fato e
de direito que passa a expor:
1. DOS FATOS
Aos dias 19 de abril de 2021, a QUERELADA proferiu ao QUERELANTE diversos termos ofensivos à sua honra, imagem e integridade moral, difamando e injuriando o QUERELANTE.
No dia em questão, Enrico, comemora e planejava uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
No cenário da ocasião, Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico.
A QUERELADA publicou na rede social diversas ofensas contra o QUERELANTE, a seguir transcritas:
“não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”
“ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal.
Vale expor que, o querelante ficou mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada.
Portanto, não satisfeito com as ofensas, requer que este juízo CONDENE A QUERELADA sob a pena dos arts. 139, 140 e 141, III, § 2º do Código Penal brasileiro, tendo em vista que as três testemunhas presentes confirmaram os fatos. Preenchido os requisitos legais, inclusive aos Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório, a fim de se evitar possíveis nulidades,
uma vez que o Judiciário, que deve à luz de cada caso concreto, agir com Justiça.
2. DO DIREITO
A querelada ao asseverar que, o querelado não passa de uma bêbado, ao chamá-lo de idiota, e os demais adjetivos supramencionados. Cabe requisito disposto no Código Penal, artigo 140, configurando pela ofensa a honra subjetiva do sujeito passivo: Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Cabe, também, Artigo 139 do Código Penal: Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Configurando ofensa a honra objetiva do quelerante.
Crimes cometidos por redes sociais majorar-se a pena, conforme estabelecido no Art. 141, § 2º: § 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena.
Darcy Arruda Miranda, a luz da lição de Nélson Hungria, define o crime de injúria como:
(...) O bem jurídico lesado é prevalentemente, a chamada honra subjetiva, isto é, o sentimento da própria honorabilidade ou respeitabilidade pessoal. E estabelecendo a distinção entre dignidade e decoro, acrescenta: "É sutil a diferença entre uma e outro: a dignidade é o sentimento da nossa própria honorabilidade pessoal. Assim, se um indivíduo chama a outro cachorro, canalha, invertido, está ofendendo a sua dignidade; se o chama ignorante, burro, sifilítico, ofende-lhe apenas o decoro. A insinuação mímica de que alguém é um ladrão constitui ofensa à dignidade; um adeus de mão fechada ou a esputação sobre alguém constituem ofensa ao decoro. Sem dúvida, a injúria pode também atingir a reputação (honra objetiva) do ofendido, desprestigiando-o perante a opinião de quantos tenham tido conhecimento dela; mas tal resultado é um epifenômeno indiferente à configuração do crime"
Ressalta-se, também, Aníbal Bruno, definindo o que é crime de injúria:
“Injúria é a palavra ou gesto ultrajante com que o agente ofende o sentimento de dignidade da vítima. O código distingue, um pouco ociosamente, dignidade e decoro. A diferença entre esses dois elementos do tipo é tênue e imprecisa, o termo dignidade podendo compreender o decoro. Entre nós costumava-se definir a dignidade como o sentimento que o indivíduo tem de seu próprio valor social e moral; decoro como a sua respeitabilidade...”
Hungria, disserta sobre a definição do crime de difamação:
“Consiste na imputação de fato que, embora sem revestir caráter criminoso, incide na reprovação ético-social e é, portanto, ofensivo à reputação da pessoa a quem se atribui. Segundo já foi acentuado, é estreita a sua afinidade com a calúnia. Como está, é lesiva da honra objetiva (reputação, boa fama, valor social da pessoa) e por isto mesmo, supõe necessariamente a comunicação a terceiro. Ainda mais: a difamação, do mesmo modo que a calúnia, está subordinada à condição de que o fato atribuído seja determinado. Há, porém diferenças essenciais entre uma e outra dessas modalidades de crime contra a honra: na calúnia, o fato imputado é definido como crime e a imputação deve apresentar-se objetiva e subjetivamente falsa; enquanto na difamação o fato imputado incorre apenas na reprovação moral, e pouco importa que a imputação seja falsa ou verdadeira.”
Ademais, importante revelar entendimentos.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
Pretensão de compensação por palavras e frases ofensivas postadas no "Facebook". Sentença de improcedência, sob fundamento de que se tratavam de "desabafo, lançado no contexto de desentendimento entre as partes, relativamente à possibilidade ou não de utilização de sobrenome político local". Apela a autora sustentando ter sido caluniada pelas rés, que a acusaram de ter se apropriado do veículo de uma delas e que devia dinheiro e respeito a todos da família; houve difamação quando as recorridas disseram que a apelante seria louca, desequilibrada, agonizante, aspirante à primeira dama entre outras ofensas imputadas; crimes contra a honra
praticados pela internet. Contrarrazões com preliminar de intempestividade. Cabimento do reclamo. Preliminar. Intempestividade. Insubsistência. Recurso protocolado no prazo legal. Publicação ocorre no dia útil seguinte à disponibilização no DJE. Início da fluência do prazo no dia útil posterior ao da publicação. Inteligência dos §§ 2º e 3º do art. 224 do CPC/2015. Preliminar rejeitada. Qualificação pejorativa da autora e em tom ameaçador contra os seus atributos personalíssimos. Revide desproporcional das rés na discussão iniciada pela autora quanto à utilização política de sobrenome. Insultos foram lançados não como uma mera retorsão imediata, mas para menoscabar a imagem da vítima perante familiares e terceiros, ante o desgosto pelo esclarecimento quanto ao político que estava utilizando do sobrenome comum. Ofensas lançadas na rede mundial de computadores com repercussão na cidadeem que residem. Obrigação de indenizar. A indenização do dano moral deve ser arbitrada por equidade, consideradas as circunstâncias do caso, em valor que sirva a um só tempo, de punição ao lesante e compensação ao lesado, sem que acarrete enriquecimento sem causa. Fixação em R$ 10.000,00. Aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Recurso provido para condenar as rés solidariamente a compensar danos morais no importe de R$ 10.000,00. Sucumbência invertida. Verba honorária arbitrada em 15% sobre o valor atualizado da condenação.
(TJ-SP 00016476220158260177 SP 0001647-
62.2015.8.26.0177, Relator: James Siano, Data de Julgamento: 05/08/2017, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 05/08/2017)
Caso de recebimento de queixa-crime:
QUEIXA CONTRA PREFEITO. CRIME DE DIFAMAÇÃO
E INJÚRIA. Apresentando-se formalmente perfeita a peça acusatória, nos termos do art. 41 do Código de Processo Penal, com a demonstração da materialidade dos delitos narrados, indícios suficientes de autoria, e não restando comprovada qualquer excludente de culpabilidade, atipicidade ou absolvição, impõe-se o recebimento da queixa. QUEIXA RECEBIDA.
(TJ-GO - AP: 726924420188090000, Relator: DES. JOAO
WALDECK FELIX DE SOUSA, Data de Julgamento:
05/11/2019, 2A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2877 de 03/12/2019).
Vale expor também:
APELAÇÃO. DIFAMAÇÃO E INJÚRIA. MANUTENÇÃO
DA SENTENÇA. O casuístico restou corretamente analisado no decisum de origem, não tendo as razões recursais capacidade para infirmar sua fundamentação. Mantida a condenação do apelante pelos crimes de difamação e injúria.APELO IMPROVIDO. UNANIMIDADE.
(TJ-RS - APR: 70078085974 RS, Relator: Paulo Augusto Oliveira Irion, Data de Julgamento: 03/09/2020, Segunda Câmara Criminal, Data de Publicação: 24/09/2020).
3. DOS PEDIDOS:
“Ex posittis”, requer:
A. A citação da querelada;
B. A designação da audiência preliminar ou de conciliação;
C. O recebimento da queixa-crime;
D. Depois de confirmadas judicialmente a autoria e materialidade do delito dos autos, SEJA A QUERELADA CONDENADA, julgando-se procedente a presente Queixa-Crime, nas penas cominadas no arts. 139, 140 e 141, III, § 2º do Código Penal brasileiro;
E. A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, IV, do CPP.
F. Seja fixado, na sentença penal condenatória, bem como sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas;
Nesses termos, pede e espera deferimento.
Niterói-RJ, data.
Advogada / OAB/UF ... Ass.
TESTEMUNHAS:
a) O querelante;
b) CARLOS;
c) MIGUEL;
d) RAMIREZ

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