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TUTORIA P1 - MT3 - GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

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1 – Entender os fatores de risco da gravidez na adolescência para a mãe (anemia).
Os fatores de risco mais citados na literatura são:12 1. O desenvolvimento biológico: puberdade mais precoce ou mais tardia que a média dos adolescentes sugere comportamento de risco para a gravidez precoce. 2. A baixa escolaridade: várias pesquisas demonstram que há relação entre baixa escola- ridade e gravidez precoce; além disso, vale ressaltar que a gravidez também é motivo de saída da escola. 3. Casamento e união consensual: nos dias de hoje, verifica-se que o casamento ocorre mais tardiamente, assim, há um aumento da prática sexual antes do casamento. No Brasil, há uma relação importante entre matrimônio e maternidade; contudo, ainda não existem dados que relacionam se a maternidade é eminentemente marital, pois não se sabe se esses arranjos matrimoniais ocorreram antes ou depois da gravidez ou devido a ela. 4. Fatores familiares: a) Família uniparental: observa-se que a gravidez pode ser uma resposta à perda de um dos pais, real ou simbólica; ainda, a relação sexual pode estar muito mais relacionada à busca de aceitação, carinho e amor do que ao prazer sexual. b) Antecedentes familiares de gravidez na adolescência: estudos demonstram que filhas de mulheres que foram mães na adolescência ou jovens que tiveram irmãs que engravidaram precocemente têm mais risco de serem mães adolescentes. c) Moradia fora da família: muitos autores detectaram a importância da supervisão familiar para a inibição da gravidez adolescente, o que não ocorre se o adoles- cente não estiver vivendo com a família. 5. Religião: não há consenso entre os estudiosos a respeito dessa relação, porém, há hi- póteses de que religiões mais rígidas quanto à prática sexual pré-marital podem levar os jovens a começar sua vida sexual mais tardiamente ou de forma escondida. 6. Falta de informação sexual: nesse fator, o mais importante é a abordagem da educa- ção sexual, uma vez que estudos encontram pouca relação entre o conhecimento e a mudança de comportamento. 7. Experiência sexual e contracepção: entre adolescentes, verifica-se um baixo uso de contraceptivos, início da vida sexual em idade precoce, não aceitação da vida sexual pela família e a falta de planejamento. Além disso, como já descrito anteriormente, só a informação não garante o uso do método contraceptivo.
Embora as adolescentes grávidas tenham uma média mais alta de complicações da gravidez, a maioria das adolescentes tem gestações sem grandes complicações médicas, dando à luz bebês saudáveis. As mães adolescentes têm taxas mais baixas de doenças crônicas, como diabete, e de gravidez ge- melar. No entanto, o risco de nascimento de recém-nascido com baixo peso e prematuro é maior. A mãe adolescente também tem uma taxa maior de anemia, hipertensão e ganho de peso insuficiente, este último muito relacionado ao pré-natal tardio. Elas também têm maiores ta- xas de doenças sexualmente transmissíveis, quando compara- das a mulheres mais velhas sexualmente ativas. As adolescentes têm taxas mais altas de violência durante a gravidez. A violência está associada a traumas e morte, bem como a partos pré-termos, baixo peso ao nascimento, abuso de drogas e baixa adesão ao pré-natal. 
Depois do parto, podem ocorrer sintomas depressivos em 40 a 50% das mães adolescentes norte-americanas. A depres- são pode ser maior quando há estressores sociais adicionais e pouco apoio social. A maioria das mães adolescentes que abusa de drogas di- minui esse uso durante a gravidez, porém o uso começa a au- mentar em torno de 6 meses após o parto, o que leva a uma di- ficuldade na criação de seu filho e retorno à escola. Aproximadamente 30% das mães adolescentes engravi- dam novamente nos dois primeiros anos após o parto. A assis- tência pré-natal também é negligenciada nessa segunda gravi- dez. 
■ Situações de Risco para a Gestante Físicas ● ● Hipertensão: as situações de pré-eclâmpsia e eclâmpsia são resultados de controle pré-natal insuficiente ou au-sente ou de outros fatores intervenientes e agravantes5; anemias: encontradas em situações de pobreza, subnu-trição e desnutrição crônicas5; ● maior índice de cesárea
lacerações perineais envolvendo vagina e períneo; infecções urinárias e genitais; mortalidade materna: o risco aumenta quanto menor for a idade cronológica e com gestações sucessivas e em intervalos curtos; ● aborto clandestino levando a complicações e morte; intervalo gestacional pequeno.
Complicações gestacionais
 Hipertensão
 A incidência relatada entre adolescentes grávidas na literatura varia de 12 a 31%. As cifras mais baixas encontradas são decorrentes do cuidadoso controle dos fatores de risco. No outro extremo, números elevados de gestantes portadoras de pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia são resultado de controle pré-natal inadequado ou insuficiente.9 Ruptura prematura das membranas Os dados obtidos em diversos estudos são contraditórios, mas aparentemente não existem razões para atribuir à adolescência maior risco para essa intercorrência.10 Anemia A maior incidência dessa condição clínica entre adolescentes, apresentada em al- guns estudos, aparentemente se relaciona à espoliação materna, decorrente de con- dições nutricionais insatisfatórias. Não existem razões para supor que a adolescência seja um fator que atuaria isoladamente, predispondo à ocorrência de quadros anêmi- cos durante a gravidez.11 Mortalidade materna Admite-se que a gravidez aumenta o risco de mortalidade materna nas idades extremas do período reprodutivo. As cifras de mortalidade materna são altas para mulheres com menos de 19 anos de idade. Mesmo com a possibilidade de reduzir o risco de mortalidade materna controlando fatores socioeconômicos, como nutrição e cuidados pré-natais, o fator idade materna continua influindo sobre o risco de forma isolada e independente.12 Complicações do parto As características do parto da adolescente também merecem atenção, mediante a suposição de que a pelve óssea, nessa idade, não teria atingido o padrão adulto por ocasião do parto.13 As piores complicações do parto tendem a acometer meninas abaixo dos 15 anos e são piores ainda em menores de 13 anos. A mãe adolescente tem maior morbidade e mortalidade por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. A taxa de mortalidade é 2 vezes maior que entre gestantes adultas. 
2 – Compreender as complicações para o feto, bem como o retardo do crescimento.
● Prematuridade; ● ● abandono; ● ● mortalidade infantil: a taxa de mortalidade aumenta com a ordem e com a diminuição do intervalo de nas-cimento dos filhos; baixo peso ao nascer; aumento do índice de mortalidade infantil no 1o ano de vida; ● maior número de reinternações; ● violência. 
A diminuição do crescimento intra-uterino é 2 ve-zes maior em gestante adolescente tabagista do que nas não-fumantes7. A incidência de abortamento no 1o tri-mestre aumenta 2 vezes mais em gestante usuária do ta-baco7. Outra causa de conseqüência grave é o álcool, que interfere no desenvolvimento e na capacidade fun-cional do cérebro infantil. Para que ocorra síndrome al-coólica fetal, é necessário que a mãe consuma 8 ou mais copos de álcool por dia. 
Apresentação fetal Alguns estudos fazem referência a um predomínio de apresentação e posição anômalas entre adolescentes. Warman e colaboradores,14 por exemplo, apontaram porcentagem significativamente aumentada de apresentações pélvicas em adoles- centes e relacionaram esta observação à imaturidade da matriz uterina no meses se- guintes à menarca. Entretanto, a maioria dos trabalhos não faz referência especial ao predomínio das apresentações anômalas em adolesce
Parto pré-termo Trata-se de complicação muito referida, particularmente incidente entre grávidas adolescentes; alguns autores relacionam o risco para parto pré-termo com a incapa- cidadefuncional da matriz uterina em manter a gravidez até o termo. Entretanto, o parto pré-termo entre as adolescentes é determinado por uma combinação de fato- res que atuam de forma independente, gerando a ocorrência do mesmo.
Parto operatório O maior número de cesarianas em adolescentes, motivadas principalmente pela maior taxa de desproporção cefalopélvica, tem sido referido por alguns autores. Quanto ao fórceps, a maioria dos estudos concorda que não há predomínio desse tipo de parto entre adolescentes quando comparadas a mulheres de outras idades, e que os números muitas vezes superiores devem-se, exclusivamente, à maior coinci- dência entre gravidez na adolescência e a nuliparidade, quando essa alternativa ins- trumental é mais utilizada.10
Complicações neonatais A relação entre a maternidade precoce e os agravos ao recém-nascido apresenta resultados discutíveis na literatura. As complicações neonatais, quando presentes, po- dem resultar de condições ambientais e psicossociais desfavoráveis, ou da associação multifatorial de eventos. A incidência de recém-nascidos de mães adolescentes com bai- xo peso é 2 vezes maior que em recém-nascidos de mães adultas, e a taxa de morte neonatal é 3 vezes maior. Entre adolescentes com 17 anos ou menos, 14% dos nascidos são prematuros, enquanto entre as mulheres de 25 a 29 anos a taxa é de 6%. A mãe ado- lescente também apresenta, com maior frequência, sintomas depressivos no pós-parto. 
Baixo peso ao nascer Muitos autores apontam incidência aumentada de baixo peso ao nascer entre fi- lhos de adolescentes. Sobre essa intercorrência atuam diversos fatores: condição so- cioeconômica, estado nutricional materno, tabagismo, paridade, qualidade da assis- tência pré-natal e presença de patologias maternas e/ou fetais associado
A restrição de crescimento intra-uterino ocorre quando o feto não atinge o tamanho esperado ou determinado pelo seu potencial genético, sendo identificada clinicamente quando o peso fetal está abaixo do percentil 10 para a idade gestacional.
A morbidade perinatal é cinco vezes maior para os fetos com RCIU, em decorrência da maior fre-qüência de hipoxia, aspiração de mecônio, hipo-glicemia, hipocalcemia, policitemia, hipotermia, hemorragia pulmonar e prejuízo no desenvolvi-mento neuropsicomotor. A restrição de crescimento intra-uterino influen-ciará o desenvolvimento do indivíduo no período pós-natal, repercutindo sobre o estado nutricional na infância13. Mais ainda, existem evidências que nascer pequeno para a idade gestacional está asso-ciado ao aumento de risco de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes na vida futura.
Considerando-se o fator causal, a idade gestacional em que ocorre a agressão e os órgãos acometidos, os recém-nascidos com RCIU são classificados em três tipos16: Tipo I – Simétrico ou intrínseco ou proporcional ou hipoplásico: ocorre em 20% dos casos, sen-do decorrente de fatores etiológicos que atuam no início da gravidez, na fase de hiperplasia celular, reduzindo o número de células dos órgãos. Tem evolução crônica e os principais fatores etiológi-cos são as infecções maternas (TORCH), as altera-ções cromossômicas e as malformações congêni-tas. Os fetos constitucionalmente pequenos tam-bém apresentam crescimento simétrico, ou seja, são proporcionalmente pequenos, o que pode di-ficultar o diagnóstico diferencial. Geralmente não apresentam hipóxia neonatal. Tipo II – Assimétrico ou desproporcional: ocorre em 75% dos casos, sendo geralmente decorren-te de insuficiência placentária. A agressão ocor-re desde o início do 3.º trimestre da gravidez, na fase de hipertrofia celular, determinando déficit no crescimento celular (hipotrofia). Como conse-qüência observa-se desproporção entre o cresci-mento do pólo cefálico e do tronco e membros. Essa desproporção resulta da redução da circunferência abdominal, uma vez que o fígado, princi-pal órgão afetado tem seu crescimento prejudica-do pelo maior consumo de glicogênio, caracteri-zando os fetos como magros, com estatura normal e pólo cefálico proporcionalmente grande. Nessa fase de hiperplasia ocorre redução da oferta de nu-trientes que determina redistribuição dos fluxos sanguíneos para privilegiar órgãos como cérebro, coração e supra-renais. Podem apresentar hipóxia e hipoglicemia.Tipo III – Intermediário ou misto: responde por 5% a 10% dos casos, sendo conseqüente a proces-sos de agressão tanto na fase de hiperplasia quanto na de hipertrofia do crescimento celular. Os prin-cipais fatores etiológicos são desnutrição mater-na e consumo de drogas ilícitas, álcool, fumo e cafeína. O diagnóstico clínico do tipo III é difícil, sendo geralmente os RN classificados como tipo I ou II.
A causa mais comum de RCIU (80% a 90% dos ca-sos), passível de ação preventiva e terapêutica no futuro, é o déficit de passagem de nutrientes e oxi-gênio através da placenta para o feto.
Fatores maternos: idade, raça, altura, baixo ní-vel socioeconômico e cultural, má adaptação cardiovascular, transtornos do estado nutricional, baixo peso pré-gestacional ou ganho insuficiente de peso durante a gestação, altitude elevada, pa-ridade, duração da gestação, tabagismo, abuso de álcool, uso de drogas ilícitas ou teratogênicas, ci-rurgia bariátrica, hemoglobinopatias, anemias, do-enças hipertensivas, diabetes complicado por vas-culopatias, lúpus eritematoso sistêmico, doenças renais crônicas, trombofilias, cardiopatias cianóti-cas, doenças intersticiais pulmonares e irradiação.
Fatores fetais: o crescimento fetal é determina-do primariamente pelo potencial genético, que pode ser bloqueado, modificado ou desviado por um conjunto de fatores que atuam sobre o meta-bolismo fetal e o processo organogenético, redu-zindo a taxa de utilização de nutrientes por uni-dade de peso e diminuindo permanentemente o número de células. Isso ocorre nas condições ge-néticas como as síndromes de Down, de Edwards, de Patau, de Turner e nas triploidias, além das situações de mosaicismos placentários, doenças gênicas como a síndrome de Cornelia de Lange. Também estão relacionadas entre as causas fetais as infecções como toxoplasmose, rubéola, citome-galovírus, herpes, sífilis e malária.Fatores placentários: a insuficiência vascular ute-roplacentária diminui o fluxo e determina o RCIU por mecanismos como redução da pressão de per-fusão, aumento da resistência vascular placentá-ria e diminuição da superfície vascular de trocas. Pode ocorrer em condições como artéria umbi-lical única, anormalidade uterina (útero bicorno, septado), anormalidade do sítio de implantação (placenta prévia), placenta circunvalada, inserção velamentosa de cordão umbilical, tumores (corio-angioma), síndrome de transfusão fetal, mosaico placentário e infartos da placenta.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/etiologia_restricao_crescimento.pdf
Os médicos têm muitas maneiras de estimar o tamanho dos bebês durante a gravidez. Um dos mais simples e comuns é medir a distância do fundo do útero da mãe até a pube. Após a 20ª semana de gestação, a medida em centímetros geralmente corresponde ao número de semanas de gestação. Logo uma medida abaixo do esperado pode indicar que o bebê não está crescendo como deveria.
Outro método para verificar o crescimento fetal é a ultrassonografia. Com o intuito de teimar o peso fetal, o ultrassom pode ser usado para medir a cabeça, o abdome e o fêmur do bebê. Com estas medidas o médico pode estimar o peso do bebê e comparar o valor encontrado com curvas de referência. O ultrassom também pode ser usado para determinar a quantidade de líquido amniótico que está no útero. Uma baixa quantidade de líquido amniótico poderia sugerir uma restrição de crescimento intra-uterino.
Além do exame de ultrassom de rotina, o seu médico poderá também solicitar uma avaliação dopplerfluxométrica. O fluxo Doppler é uma técnica que utiliza ondas sonoras para medir a quantidade e a velocidade do fluxo sanguíneo dentro dos vasos sanguíneos. Os médicos podem usar este teste para verificar o fluxode sangue no cordão umbilical e vasos no cérebro do bebê.
3 – Indicar as alterações psicossociais da gravidez na adolescência. 
A gravidez na adolescência tem sido considerada um proble- ma de saúde pública pelas repercussões clínicas, emocionais e sociais que acarreta para essa faixa etária, particularmente quando ocorre abaixo de 15 anos. Realidade de uma sexarca mais precoce entre os jovens, com uma idade média de 16,9 anos para meninas e 15 anos para meninos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de- tectou uma diminuição no número de adolescentes grávidas entre 15 e 19 anos na pesquisa de 2012. Esse número vem se re- duzindo em todo o país, mas tem ocorrido de modo mais ace- lerado nas regiões Sul e Sudeste. Na região Norte, ainda há proporções relevantes de gestação nesse grupo etário, em tor- no de 20%. O levantamento do IBGE mostra que a gravidez entre 15 e 19 anos caiu no Brasil de 20,4% do total, em 2002, para 17,7% em 2012. Atualmente, a região Sudeste detém o menor índice (15,2%), e a região Norte (23,2%), o maior per- centual de gravidez nessa faixa etária.
Psicossociais ● ● Tensão emocional com maior probabilidade de desen-volver problemas físicos e mentais5; rejeição familiar5; ● perda da autonomia; ● vergonha; ● depressão que pode levar ao suicídio; ● baixo nível socioeconômico, que representa maiores chances de desnutrição materna e pode levar a maior incidência de patologias na gestação; ● ● baixa escolaridade associada ao baixo nível socioeconô-mico, causa de maior absenteísmo no pré-natal; sonhos interrompidos pelo despreparo para arrumar trabalho no futuro, com melhor remuneração; ● perda do companheiro.
Depressão. Ansiedade, ideia suicida (depressão, solteira e sem namorado).
4 – Entender as alterações corpóreas da gravidez na adolescência. 
Na etapa média (14 a 17 anos), o desenvolvimento puberal está completo ou quase completo, marcado pela menarca na menina e pela semenarca no menino. O comportamento se- xual costuma ser de natureza exploratória e egoísta, buscando tirar proveito das relações: encontros marcados, carícias e re- lações casuais acompanhadas de relações genitais ou extrage- nitais. O grande risco, nessa fase, é a negação das consequên- cias do comportamento sexual. O relacionamento amoroso (namoro ou o “ficar” com alguém) geralmente se inicia nessa fase. Já há uma aceitação maior das transformações físicas, re- sultando em um corpo adulto com capacidade reprodutiva. A sexualidade contribui com a autoestima e faz parte da forma- ção da identidade do indivíduo. É durante a adolescência que se define e se consolida a identidade sexual. Na etapa tardia (17 a 20 anos) a maturação física está com- pleta, o comportamento sexual costuma ser mais expressivo e menos exploratório, e as relações, mais íntimas e compartilha- das. Predomina a escolha de par com relação de afeto, maior consciência dos riscos e necessidade de proteção. Nessa etapa, a identidade sexual já está definida e a maior estabilidade afe- tiva favorece a busca de um objeto amoroso único.
5 – Compreender a ovulogênese.
Atividade mitótica das ovogonias ou período germinativo ou de proliferação: a ovogonia surge a partir de células primordiais. Vao passar por processos mitóticos e aumentam de tamanho e dá origem as linhagens gaméticas. Todas as divisões mitóticas das ovogonias completam-se e elas entram prófase meiótica durante a vida embrionária ou logo após. ovócito primário (meiose – prófase) e estaciona nesse estagio ate a femea atingir a maturidade sexual. A primeira divisão meiótica (reducional), que transforma ovócito primário em secundário, ocorre antes da ovulação. A segunda divisão meiótica (equacional), que converterá ovócito secundário em ovulo, só ocorre se houver fecundação. 
Nos humanos, os ovócitos permanecem no período de diplonema da prófase 1 até a puberdade, quando, então, a cada ciclo, um grupo continua a maturação, mas, em geral apenas um atinge a fase de ovócito de segunda ordem (cito II – metáfase), quando então é ovulado.
O crescimento do ovulo depende da quantidade de vitelo que tem função de nutrição (oligolécito). Pre-vitelogenese: lento crescimento do ovócito sem que haja acumulo do vitelo. Ocorre aumento das organelas e síntese rápida de acido nucleico. Vitelogenese: aumento do vitelo e alta atividade das organelas citoplasmáticas. 
Surge a zona pelúcida rica em glicoproteínas. Fica entre o ovócito e as células foliculares. Folículo de graaf. O lh libera o ovócito na ovulação com poucas células foliculares e forma a corona radiada. Após a ovulação, as células foliculares e as teca interna permanecem no ovário e dão origem ao corpo lúteo que produz a progesterona. 
MEIOSE I Durante o desenvolvimento fetal inicial, cé- lulas nos ovários se diferenciam em ovogônias, que dão origem a células que se desenvolvem em ovócitos secun- dários (Fig. 23.8). Antes do nascimento, a maioria dessas células se degenera, mas algumas se desenvolvem em cé- lulas maiores chamadas ovócitos primários. Essas células começam a meiose I durante o desenvolvimento fetal, mas somente a completam após a puberdade. No nascimento, de 200.000 a 2.000.000 de ovócitos primários permancem em cada ovário. Desses, aproximadamente 40.000 permanecem na puberdade, mas apenas 400 continuam a amadurecer e ovulam durante a vida reprodutiva de uma mulher. O restante se degenera. Após a puberdade, hormônios secretados pela adeno-hipófise estimulam o recomeço da ovogênese mensalmente. A meiose I recomeça em vários ovócitos primários, embora em cada ciclo apenas um folículo normalmente alcance a maturidade necessária para ovu- lação. O ovócito primário diploide completa a meiose I, resultando em duas células haploides de tamanhos desiguais, ambas com 23 cromossomos (n), com duas cromátides cada uma. A célula menor produzida pela meiose I, chamada de primeiro corpo polar, é essen- cialmente um pacote de material nuclear descartado; a célula maior, conhecida como ovócito secundário, rece- be a maior parte do citoplasma. Assim que um ovócito secundário é formado, começa a meiose II, que em se- guida para. O folículo no qual esses eventos estão ocor- rendo – o folículo maduro (de Graaf) – logo se rompe e libera seu ovócito secundário, um processo conhecido como ovulação. MEIOSE II. Na ovulação, geralmente um único ovóci- to secundário (com o primeiro corpo polar) é expelido para dentro da cavidade pélvica e varrido para dentro da tuba uterina. Se um espermatozoide penetrar o ovócito secundário (fertilização), a meiose II recomeça. O ovó- cito secundário se divide em duas células haploides (n) de tamanhos desiguais. A célula maior é o óvulo, ou ovo maduro; a menor é o segundo corpo polar. Os núcleos do espermatozoide e do óvulo então se unem, formando um zigoto diploide (2n). O primeiro corpo polar também pode sofrer outra divisão para produzir dois corpos po- lares. Se isso ocorrer, o ovócito primário, finalmente, dá origem a um único óvulo haploide (n) e três corpos po- lares haploides (n). Desse modo, cada ovócito primário dá origem a um único gameta (ovócito secundário, que se torna um óvulo após a fertilização); em contrapartida, cada espermatócito primário produz quatro gametas (es- permatozoides). 
6 – Analisar os hormônios que atuam na gravidez.
O GnRH, secretado pelo hipotálamo, controla os ciclos ovariano e uterino (Fig. 23.12). Ele estimula a liberação do FSH e do LH, a partir da adeno-hipófise. O FSH, por sua vez, inicia o crescimento folicular e a secreção de es- trogênios pelos folículos em crescimento. O LH estimula o desenvolvimento posterior dos folículos ováricos e toda a sua secreção de estrogênios. Na metade do ciclo, o LH desencadeia a ovulação e, em seguida, promove a forma- ção do corpo lúteo, a razão para seu nome, hormônio lu- teinizante. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios,progesterona, relaxina e inibina. Estrogênios secretados pelos folículos ováricos têm várias funções importantes por todo o corpo: 􏰎 Promovemodesenvolvimentoeamanutençãodases- truturas genitais femininas, das características sexuais secundárias femininas e das glândulas mamárias. As características sexuais secundárias incluem a distri- buição do tecido adiposo nas mamas, no abdome, no monte do púbis e nos quadris, uma pélvis ampla e o padrão de crescimento capilar na cabeça e no corpo. 􏰎 Estimulamasíntesedeproteínas,agindojuntamente com fatores de crescimento semelhantes à insulina, com a insulina e com os hormônios tireoidianos. 􏰎 Reduzem o nível de colesterol no sangue, motivo pelo qual as mulheres com menos de 50 anos de idade têm um risco muito menor de doença arterial coronariana do que os homens de idade comparável. A progesterona, secretada principalmente pelas cé- lulas do corpo lúteo, atua juntamente com os estrogênios para preparar e manter o endométrio para a implantação de um óvulo, preparando as glândulas mamárias para a secreção de leite. Uma pequena quantidade de relaxina, produzida pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal, relaxa o útero, inibindo contrações do miométrio. Presume-se que a im- plantação de um óvulo fertilizado ocorra mais prontamen- te em um útero “calmo”. Durante a gravidez, a placenta produz muito mais relaxina e continua a relaxar o mús- culo liso uterino. Ao final da gravidez, a relaxina também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a dilatar o colo do útero, facilitando o parto do bebê. Inibina é secretada pelos folículos em crescimento e pelo corpo lúteo após a ovulação. Ela inibe a secreção de FSH e, em menor extensão, de LH.

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