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Um olhar integral sobre os estudantes AULA DO CURSO DE “METODOLOGIAS, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS” (MPPTE) UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) , EM PARCERIA COM O GOVERNO D O ESTADO DO CEARÁ, PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA E PREFEITURA MUNICIPAL DE SOBRAL. O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E COGNITIVAS ARTICULADAS AO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO Quem somos Edna Borges Mineira Mãe de 3 lindas mulheres e de um cachorro chamado Muri Entusiasma pela alegria de viver, aprender e se conhecer. Para acolher e inspirar “Aprende-se o que é significativo para o projeto de vida da pessoa. Aprende-se quando se tem um projeto de vida. Aprendemos a vida toda. Não há tempo próprio para aprender. E mais: é preciso tempo para aprender e para sedimentar informações. Não dá para injetar dados e informações na cabeça de ninguém. Exige-se também disciplina e dedicação. Como diz Paulo Freire: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Só aprendemos quando colocamos emoção no que aprendemos. Por isso é necessário ensinar com alegria.” Citação do livro Boniteza de um Sonho: ensinar-e-aprender com sentido – Moacir Gadotti, 2003 - pág. 49 Foto: Pixabay Free Para refletir Quais as relações que podemos fazer ao longo desse encontro entre essa pequena citação e os conteúdos que iremos trabalhar? Registre suas reflexões em um Diário de Bordo (que já deve estar acompanhando essa sua trajetória). Foto: Pixabay Free Contexto 2020 e 2021 Cenário de incerteza, medo, ansiedade, mudanças constantes, instabilidade e insegurança. Foto: Prefeitura de Barueri Novas formas de cuidar, relacionar e agir. Fotos: Freepik Free Imagens diversas de matérias Competências socioemocionais em tempos de Pandemia Além da EMPATIA como a prática de competências socioemocionais foi necessária e tem sido, nesse momento? Foto: Pixabay Free Criatividade e Abertura ao novo Organização Foco Pensamento crítico Resiliência Emocional Fotos: Pixabay Free Para além da empatia... Significar e colocar em prática documentos orientadores e norteadores Implementação de uma Política Pública de Educação Integral Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Currículos Municipais alinhados à BNCC Desenvolvimento Pleno Múltiplas dimensões 10 Competências Gerais Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Dialoga com a realidade local pág. 011 O papel do educador na educação integral Mudança de transmissor para mediador do processo ensino e aprendizagem. Considera: • a importância dos conhecimentos prévios dos estudantes; • a conexão dos conteúdos com o mundo e o cotidiano; • a interação e a experiência como elemento central na construção dos saberes. O compromisso da escola amplia-se de uma formação moral e intelectual para uma formação humana mais completa e integrada. ©Pixabay Free Por que articular as competências sociemocionais às habilidades cognitivas essenciais, e seus objetos de aprendizagem, na formação das crianças, adolescentes e jovens? Para refletir ©Pixabay Free “...o desenvolvimento da educação integral é compromisso de todas as escolas, independente se sua jornada de trabalho é parcial ou integral. Esta concepção de educação deve estar explicitada no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição escolar e concretizar- se no assumir de todos os docentes, que precisam fazer de sua matéria de ensino um instrumento na construção dessa formação global. Todos os componentes curriculares, devem utilizar tratamento didático que explore o protagonismo do aluno, estimulando sua criatividade, iniciativa, curiosidade, senso de oportunidade, capacidade de pensar para resolver problemas e tomar decisões, fazer análise crítica de situações da realidade. Estes são procedimentos decisivos nessa nova empreitada educacional.” Educação Integral – Documento Curricular do Ceará Documento Curricular Referencial do Ceará - pág. 35 Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_ce.pdf Foco no desenvolvimento de competências “Com este enfoque, a BNCC estabelece que os(as) alunos(as) devem desenvolver conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, assim como, devem aprender a mobilizar esses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para agirem sobre situações complexas da vida cotidiana, Para tanto, define competências gerais e competências específicas que, conjuntamente, proporcionam a formação integral do(a) educando(a), com atenção, também, ao desenvolvimento socioemocional.” Documento Curricular Referencial do Ceará - pág. 35 Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_ce.pdf Desenvolvimento integrado e articulado Concebe que as aprendizagens essenciais que estão definidas devem contribuir para “assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.” (BRASIL, 2017, p. 8) Essas competências gerais contribuem para a formação humana integral e, por isso, não constituem um componente curricular em si. Não há uma aula específica para trabalhá-las. Ao contrário: elas devem ser tratadas de forma transdisciplinar, disseminadas por todos os componentes curriculares. Documento Curricular Referencial do Ceará - pág. 35 Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_ce.pdf O que é competência? Para a BNCC, competência é “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (BRASIL,2017, p. 8) Documento Curricular Referencial do Ceará - pág. 35 Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_ce.pdf Como articular as competências socioemocionais às habilidades cognitivas essenciais? Como colocar em prática ©Pixabay Free Estudo de Caso como oportunidade de resolução de problemas O estudo de casos, como estratégia formativa, tem como principal objetivo proporcionar reflexões que oportunizem a resolução de problemas, a partir da exposição a situações concretas (reais ou baseadas em situações reais). Ao estudar casos, conseguimos ter a oportunidade de estabelecer maior vínculo entre teoria e prática e construir pontes de reflexão que efetivamente nos levem ao exercício de transposição didática e de generalização da aplicabilidade dos conhecimentos gerados. Mizukami, Maria da Graça Nicolletti, Casos de Ensino e Aprendizagem profissional da docência. In: ABRAMOWICS, A.: MELLO, R R. (Org.). Educação: pesquisas e práticas. Campinas, SP, Papirus, 2000. p.139-161. Estudo de caso – Referências conceituais Segundo a professora Maria das Graças Mizukami (UFSCAR), ao analisarmos os casos, passamos a entender a multiplicidade de perspectivas e problemas em situações educacionais específicas e a esboçar soluções para o enfrentamento das mesmas. Mizukami, Maria da Graça Nicolletti, Casos de Ensino e Aprendizagem profissional da docência. In: ABRAMOWICS, A.: MELLO, R R. (Org.). Educação: pesquisas e práticas. Campinas, SP, Papirus, 2000. p.139-161. O professor João Luiz, do 7º ano C, planejou uma atividade de língua portuguesa para contemplar, segundo a BNCC, o desenvolvimento da Habilidade específica (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectivade abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. O objetivo de aprendizagem da atividade é que os estudantes conheçam e explorem formas de investigar a veracidade das informações recebidas pelos vários canais midiáticos. Qualificando o processo de curadoria de conteúdos, diferenciando produções cuja finalidade são o humor e a brincadeira, de produções mal- intencionadas. Para isso, o professor propôs uma atividade de visitação/indicação de sites e canais que se dedicam a denunciar as notícias falsas. Explorando textualmente a leitura/audiência de notas de esclarecimentos e vídeos, buscando valorizar e acolher os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a cultura digital, dialogando sobre formas de escolher, investigar, e compartilhar as informações na internet. Estudo de Caso – Apresentação e leitura Perfil da turma: turma grande, alunos com baixa proficiência leitora e rendimentos quantitativos. Eles mesmos, em exercício orientado pelo professor de Projeto de Vida, se auto analisaram e diagnosticaram que passam muito tempo em redes sociais, compartilhando informações sem muita confiança nos conteúdos. Estudo de Caso – Apresentação e leitura Visualizando o cenário de perfil da turma e pensando na proposta de integração das competências cognitivas e socioemocionais, qual ou quais competências socioemocionais você acredita que poderiam ser priorizadas para a mobilização intencional? Reflita e busque justificar a intencionalidade pedagógica dessa escolha para o planejamento da atividade. Estudo de caso – Questão para refletir e interagir Estudo de caso – Escolha da Competência Responsabilidade: Capacidade de tomar para si um combinado, assumindo os compromissos de realizar as tarefas planejadas, mesmo diante de dificuldades. Significa prever as consequências de nossos atos em função do bem-estar coletivo. Definição retirada do Modelo Organizativo adotado pelo Instituto Ayrton Senna. Fonte: site do Instituto. Estudo de caso – Justificativa da escolha da Competência Nesta atividade, a escolha da competência socioemocional pode ser a responsabilidade, pois está alinhada diretamente com a competência específica da BNCC, item fundamental no ponto de partida do planejamento do professor. Outro ponto importante é o próprio perfil da turma, que “se auto analisaram e diagnosticaram que passam muito tempo em redes sociais, compartilhando informações sem muita confiança nos conteúdos.” Fazendo também a relação com um trecho da definição da competência: “...prever a consequência de nossos atos em função ao bem-estar coletivo.” Competências Gerais da BNCC 10 Responsabilidade e Cidadania Quais competências socioemocionais você acredita que pode potencializar ou mesmo favorecer o desenvolvimento previsto na habilidade seguinte? Vamos praticar mais um pouco Como articular a competência na prática Exemplo de uma habilidade Matemática para o 6º ano do ensino fundamental prevista no Currículo: (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. Competências Socioemocionais articuladas intencionalmente Podem ser escolhidas competências como: Curiosidade para Aprender: relacionada aos objetos de aprendizagem que envolvem essa habilidade; Foco: a capacidade de se envolver integralmente, de estar cognitivamente e afetivamente presente e disponível; Tolerância à frustração e Autoconfiança: no processo de tentativas e erros e a capacidade de se manter otimista. Competências Gerais da BNCC 8 Autoconhecimento e autocuidado Competências Socioemocionais articuladas intencionalmente Pontos fundamentais para escolha da competência socioemocional: • Ter clareza dos objetivos de aprendizagem (Planejamento Reverso); • Realizar análise prévia das atividades propostas ; • Tornar a prática da competência socioemocional consciente para os estudantes com o uso de metodologias ativas (SAFE). INTENCIONALIDADE PPP da Escola Plano de aula Metodologias ativas Não é aula de competência socioemocional Autorreflexão Autoconhecimento Autonomia Competências para a vida O que preciso cuidar para garantir a intencionalidade Uma trajetória compartilhada Professores Estudantes Comunidade Escolar Família Imagem: Pixabay Free Retomada da reflexão inicial “Aprende-se o que é significativo para o projeto de vida da pessoa. Aprende-se quando se tem um projeto de vida. Aprendemos a vida toda. Não há tempo próprio para aprender. E mais: é preciso tempo para aprender e para sedimentar informações. Não dá para injetar dados e informações na cabeça de ninguém. Exige-se também disciplina e dedicação. Como diz Paulo Freire: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Só aprendemos quando colocamos emoção no que aprendemos. Por isso é necessário ensinar com alegria.” Citação do livro Boniteza de um Sonho: ensinar-e-aprender com sentido – Moacir Gadotti, 2003 - pág. 49 Foto: Pixabay Free pág. 034 Reflexão final Quais as relações que conseguimos fazer ao longo desse encontro entre a pequena citação inicial e os conteúdos que exploramos ? Imagem: Pixabay Free pág. 035 Agradecimento e PARABÉNS PELO SEU DIA PROFESSOR (A) !