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A Nova Ordem Mundial e a Internacionalização do Capitalismo

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GEOGRAFIA 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
 
 
Com o fim da oposição capitalismo X 
socialismo, o mundo se defrontou com uma 
realidade marcada pela existência de um único 
sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto 
por Cuba, China e Coréia do Norte, que ainda 
apresentam suas economias fundamentadas no 
socialismo, o capitalismo é o sistema mundial 
desde o início da década de 90. 
À fragmentação do socialismo somaram-se 
as profundas transformações que já vinham 
afetando as principais economias capitalistas desde 
a segunda metade do séc. XX, resultando na 
chamada nova ordem mundial. 
As origens dessa nova ordem estão no 
período imediatamente posterior à Segunda Guerra 
Mundial, no momento em que os Estados Unidos 
assumiram a supremacia do sistema capitalista. A 
supremacia dos EUA se fundamentava no segredo 
da arma nuclear, no uso do dólar como padrão 
monetário internacional, na capacidade de financiar 
a reconstrução dos países destruídos com a guerra 
e na ampliação dos investimentos das empresas 
transnacionais nos países subdesenvolvidos. 
Durante a Segunda Guerra, os EUA 
atravessaram um período de crescimento 
econômico acelerado. Assim, quando o conflito 
terminou, sua economia estava dinamizada, e esse 
país assumia o papel de maior credor do mundo 
capitalista. Além disso, a conferência de Bretton 
Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da 
economia mundial, determinou que o dólar 
substituiria o ouro como padrão monetário 
internacional. 
Os EUA também financiaram a 
reconstrução da economia japonesa, visando criar 
um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse 
modo, também impedir o avançado socialismo no 
continente. 
A ascensão da economia japonesa foi 
acompanhada de uma expansão econômica e 
financeira do país em direção aos seus vizinhos da 
Ásia, originando uma região de forte dinamismo 
econômico. 
 
 
Aceleração econômica e tecnológica 
A tecnologia desenvolvida durante a 
Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo 
padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à 
modernização e a posterior automatização da 
indústria. Com a automatização industrial, 
aceleraram-se os processos de fabricação, o que 
permitiu grande aumento e diversificação da 
produção. 
O acelerado desenvolvimento tecnológico 
tornou o espaço cada vez mais artificializado, 
principalmente naqueles países onde o atrelamento 
da ciência à técnica era maior. A retração do meio 
natural e a expansão do meio técnico-científico 
mostraram-se como uma faceta do processo em 
curso, na medida que tal expansão foi assumida 
como modelo de desenvolvimento em praticamente 
todos os países. 
Favorecidas pelo desenvolvimento 
tecnológico, particularmente a automatização da 
indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez 
nos transportes e comunicações, as relações 
econômicas também se aceleraram, de modo que o 
capitalismo ingressou numa fase de grande 
desenvolvimento. A competição por mercados 
consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o 
avanço da tecnologia e o aumento da produção 
industrial, principalmente nos Estados Unidos, no 
Japão, nos países da União européia e nos novos 
países industrializados (NPI’s) originários do "mundo 
subdesenvolvido" da Ásia. 
A internacionalização do capital 
Desde que surgiu, e devido à sua essência - 
produzir para o mercado, objetivando o lucro e, 
conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o 
capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou 
seja, à incorporação do maior número possível de 
povos ou nações ao espaço sob o seu domínio. 
No princípio, a Divisão Internacional do 
Trabalho funcionava através do chamado pacto 
colonial, segundo o qual a atividade industrial era 
privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos 
às colônias. 
Agora, para escapar dos pesados encargos 
sociais e do pagamento dos altos salários 
conquistados pelos trabalhadores de seus países, as 
grandes empresas industriais dos países 
desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de 
apenas continuarem exportando seus produtos, 
também produzi-los nos países subdesenvolvidos, 
até então importadores dos produtos industrializados 
que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, 
graças ao emprego de mão-de-obra bem mais 
barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais 
etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, 
puderam praticar altas taxas de investimento e 
acumulação. 
GEOGRAFIA 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 
 
Grandes empresas de países 
desenvolvidos, também conhecidas como 
corporações, instalaram filiais em países 
subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um 
elenco cada vez maior de produtos. 
Por produzirem seus diferentes produtos 
em muitos países, tais empresas ficaram 
consagradas como multinacionais. Nesse contexto, 
opera-se pois, uma profunda alteração na divisão 
internacional do trabalho, porquanto muitos países 
deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e 
matérias-primas para o mercado internacional para 
se tornarem produtores e até exportadores de 
produtos industrializados. O Brasil é um bom 
exemplo. 
A globalização 
Nos anos 80, a maior parte da riqueza 
mundial pertencia às grandes corporações 
internacionais. Pôr outro lado, os Estados 
desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, 
depois de se mostrarem incapazes de continuar 
atendendo às onerosas demandas da sua 
população: aposentadoria, amparo à velhice, 
assistência médica, salário-desemprego, etc. Com 
o esgotamento do Estado do bem-estar Social 
(Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e 
força. 
Agora, a lucratividade tem de ser obtida 
mediante vantagens sobre a concorrência, para o 
que é necessário oferecer ao mercado produtos 
mais baratos, preferentemente de melhor 
qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de 
produção. 
Então, os avanços tecnológicos, 
particularmente nos transportes e comunicações, 
permitiram que as grandes corporações adotassem 
um novo procedimento - a estratégia global de 
fabricação - que consiste em decompor o processo 
produtivo e dispersar suas etapas em escala 
mundial, cada qual em busca de menores custos 
operacionais. A produção deixa de ser local para 
ser mundial, o que também ocorre com o consumo, 
uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à 
venda nos mais diversos recantos do planeta. Os 
fluxos econômicos se intensificam 
extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas 
grandes empresas, agora chamadas de 
transnacionais. A divisão internacional do trabalho 
fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o 
lugar em que determinado artigo industrial foi 
produzido. 
Após a derrocada do socialismo, a 
internacionalização do capitalismo atinge 
praticamente todo o planeta e se intensifica a tal 
ponto que merece uma denominação especial - 
globalização -, marcada basicamente pela 
mundialização da produção, da circulação e do 
consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução 
do capital. Nessas condições, a eliminação de 
barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, 
a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí 
o enfraquecimento do Estado, que perde poder face 
ao das grandes corporações. 
O "motor" da globalização é a 
competitividade. Visando à obtenção de produtos 
competitivos no mercado, as grandes empresas 
financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um 
acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica 
informatização de atividades e automatização da 
indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em 
conseqüência, o desemprego torna-se o maior 
problema da atual fase do capitalismo. 
Embora a globalização seja mais intensana 
economia, ela também ocorre na informação, na 
cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se 
pode pensar, contudo, que a globalização tende a 
homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é 
seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de 
pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do 
processo. Por esse motivo, a globalização tende a 
tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. 
Além disso, ela tem provocado uma imensa 
concentração de riqueza, aumentando as diferenças 
entre países e, no interior de cada um deles, entre 
classes e segmentos sociais. 
De qualquer modo, para se entender melhor 
o espaço de hoje, com as profundas alterações 
causadas pela globalização, é preciso ter presente 
alguns conceitos essenciais: 
FÁBRICA GLOBAL 
A expressão indica que a produção e o 
consumo se mundializaram de tal forma que cada 
etapa do processo produtivo é desenvolvida em um 
país diferente, de acordo com as vantagens e as 
possibilidades de lucro que oferece. 
ALDEIA GLOBAL 
Essa expressão reflete a existência de uma 
comunidade mundial integrada pela grande 
possibilidade de comunicação e informação. Com os 
diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa 
pode acompanhar os acontecimentos de qualquer 
parte do mundo no exato momento em que ocorrem. 
Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, 
uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de 
uma opinião pública mundial. Nesse contexto de 
massificação da informação é que surgiu a 
IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por 
computador que liga a quase totalidade dos países. 
Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de 
pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse 
sistema permite troca de informações, com a 
transferência de arquivos de som, imagem e texto. É 
possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar 
fotos e até fazer compras em qualquer país 
conectado. 
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ECONOMIA MUNDO 
Ao se difundir mundialmente, as empresas 
transnacionais romperam as fronteiras nacionais e 
estabeleceram uma relação de interdependência 
econômica com raízes muito profundas, 
inaugurando a chamada economia mundo. 
INTERDEPENDÊNCIA 
No sistema globalizado, os conceitos de 
conceitos descritos anteriormente envolvem a 
interdependência. Os países são dependentes uns 
dos outros, pois os governos nacionais não 
conseguem resolver individualmente seus principais 
problemas econômicos, sociais ou ambientais. 
As novas questões relacionadas com a 
economia globalizada fazem parte de um contexto 
mundial, refletem os grandes problemas 
internacionais, e as soluções dependem de 
medidas que devem ser tomadas por um grande 
conjunto de países. 
PAÍSES EMERGENTES 
Alguns países, mesmo que 
subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em 
fase de industrialização; por isso, oferecem boas 
oportunidades para investimentos internacionais. 
Entre os países emergentes destacam-se a China, 
a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, 
esse grupo representa um atraente mercado 
consumidor, devido ao volume de sua população. 
Apesar disso, são países que oferecem grandes 
riscos, se for considerada sua instabilidade 
econômica ou política. 
Com o objetivo de construir uma imagem 
atraente aos investidores, os países emergentes 
tentam se adequar aos padrões da economia 
global. Para isso, têm sempre em vista os critérios 
utilizados internacionalmente por quem pretende 
selecionar um país para receber investimentos: 
 cultura compatível com o 
desenvolvimento capitalista; 
 governo que administra bem os 
seus gastos; 
 disponibilidade de recursos para 
crescer sem inflação e sem depender 
excessivamente de recursos externos; 
 estímulo às empresas nacionais 
para aprimorarem sua produção; 
 custo da mão-de-obra adequado à 
competição internacional; 
 existência de investimentos para 
educar a população e reciclar os trabalhadores. 
 
 
Regionalização: uma face da globalização 
Aos agentes da globalização – as grandes 
corporações internacionais – interessa a eliminação 
das fronteiras nacionais, mais precisamente a 
remoção de qualquer entrave à livre circulação do 
capital. Por outro lado, ao Estado interessa defender 
a nacionalidade, cujo sentimento não desaparece 
facilmente junto à população; em muitos casos, 
inclusive, ele permanece forte. Por isso, embora 
enfraquecidos diante do poder do grande capital 
privado, os Estados resistem à idéia de perda do 
poder político sobre o seu território. 
Os resultados desse jogo de interesses, face 
à acirrada competição internacional, é a formação de 
blocos, cada qual reunindo um conjunto de países, 
em geral, vizinhos ou próximos territorialmente. Os 
blocos ou alianças, constituídos por acordos ou 
tratados, representam pois uma forma conciliatória de 
atender aos interesses tanto dos países quanto da 
economia mundo. 
A formação de blocos econômicos significa 
uma forma de regionalização do espaço mundial 
Etapas da integração econômica 
A integração de economias regionais obtém-
se pela aproximação das políticas econômicas e da 
pertinente legislação dos países que fazem parte de 
uma aliança. Com isso, pretende-se criar um bloco 
econômico que possibilite um maior desenvolvimento 
para todos os membros da associação. Vejamos a 
seguir cada etapa do processo: 
Primeira etapa: zona de livre comércio – 
criação de uma zona em que as mercadorias 
provenientes dos países membros podem circular 
livremente. Nessa zona, as tarifas alfandegárias são 
eliminadas e há flexibilidade nos padrões de 
produção, controle sanitário e de fronteiras. 
Segunda etapa: união aduaneira – além da 
zona de livre comércio, essa etapa envolve a 
negociação de tarifas alfandegárias comuns para o 
comércio realizado com outros países. 
Terceira etapa: mercado comum – engloba 
as duas fases anteriores e acrescenta a livre 
circulação de pessoa, serviços e capitais. 
Quarta etapa: união monetária – essa fase 
pressupõe a existência de um mercado comum em 
pleno funcionamento. Consiste na coordenação das 
políticas econômicas dos países membros e na 
criação de um único banco central para emitir a 
moeda que será utilizada por todos. 
Quinta etapa: união política – a união política 
engloba todas as anteriores e envolve também a 
unificação das políticas de relações internacionais, 
defesa, segurança interna e externa. 
 
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Os pólos de poder na economia 
globalizada 
Na nova ordem mundial, a bipolaridade 
representada por Estados Unidos e União Soviética 
foram substituídas pela multipolaridade. Os pólos 
de poder econômico são União Européia, Nafta e 
Apec; os de importância secundária, Mercosul e 
Asean. 
Apesar de a economia globalizada ser 
definida como multipolar, os principais dados 
referentes ao desempenho econômico internacional 
demonstram que existem três grandes pólos que 
lideram a economia do mundo: o bloco americano, 
o asiático e o europeu, que controlam mais de 80% 
dos investimentos mundiais. 
O bloco americano, liderado pelos Estados 
Unidos, realiza grande parte de seus negócios na 
América Latina, sua tradicional área de influência: o 
bloco asiático, liderado pelo Japão, faz mais de 
50% de seus investimentos no leste e no sudeste 
da Ásia: e a União européia concentra dois terços 
de sua atuação econômica nos países do leste 
europeu. 
Pode-se observar, portanto, que a 
economia globalizada é, na verdade, tripolar. A 
influência econômica está nas mãos dos países que 
representam as sete maiores economias do mundo: 
Estados unidos, Japão, Alemanha,França, Itália, 
Reino Unido e Canadá. Por sua vez, no interior 
desses países são principalmente as grandes 
empresas transnacionais que têm condições de 
liderar o mercado internacional. 
A NOVA GEOPOLÍTICA NA ERA DA 
GLOBALIZAÇÃO 
Este é um tempo de esperanças e de 
angústias. A atualidade está grávida do futuro, 
como classicamente se notou. Afloram novas 
tendências - a chamada geo-economia, por 
exemplo - enquanto reafirmam-se políticas 
permanentes, como a de poder mundial. Após 
décadas de repúdio, voltam a ser utilizadas antigas 
ferramentas de análise, como parece ser o caso da 
geopolítica. 
Poder, geo-economia e geopolitica 
compõem o campo contemporâneo da segurança 
internacional. Com o fim da guerra fria, propagou-se 
a percepção superficial de que, doravante, as 
diferenças internacionais se confinariam ao campo 
comercial e financeiro (daí a voga da geo-
economia) e que as manifestações de poder político 
e militar passavam a ser apenas marginais. 
As questões de segurança internacional 
formam um contexto político específico e integrado. 
Os processos de globalização e regionalização 
econômica não existem isoladamente, pois se 
amparam na articulação da ordem política mundial, 
a qual, por seu turno, é condicionada por 
considerações de poder que concretamente 
condicionam. 
Durante muito tempo, imaginou-se que a 
geopolítica e sua pesada tradição histórica - colonial, 
belicista e expansionista - estavam para sempre 
sepultadas. Este anúncio era obviamente precipitado. 
Na verdade, nem se devem separar as concepções 
geopolíticas das geo-econômicas, nem se poderia 
realmente omitir a questão do poder da análise 
político-estratégica. 
Nesta fase, registra-se uma espécie de 
renascimento da geopolítica. A Europa se reorganiza 
com base em uma geometria flexível, ainda a ser 
precisada nos campos político, econômico e militar. 
Na África, expande-se uma inquietante zona de 
instabilidades que engloba Ruanda, Burundi e Zaire 
(Congo). Não há sinais de que esse processo, seus 
fluxos de refugiados e as rivalidades tribais, regionais 
e globais, nele subjacentes, já estejam sob controle. 
No Oriente Médio, as conhecidas oposições de 
forças entre árabes e israelenses se radicalizam, ao 
mesmo tempo em que persistem tensões no Golfo. A 
Bacia do Cáspio aparece como um área de dura 
disputa, em que considerações políticas e 
econômicas - petróleo - aparecem combinadas. A 
Ásia central está em transição estratégica. Na Ásia 
oriental, persiste o jogo de poder que envolve as 
principais potências com presença regional. Mesmo 
em nossa região, muito menos tensa, se relança o 
tema, há tanto tempo em hibernação, da compra de 
armamentos sofisticados e, à raiz da negociação da 
ALCA, volta-se a tratar do tema da hegemonia 
hemisférica. 
A novidade é que agora a geopolítica não 
incorpora apenas esses componentes pesados e 
tradicionais de planejamento para o conflito, disputas 
e violências. É verdade que a nova geopolítica 
continua a preocupar-se com categorias 
fundamentais do entendimento político-estratégico, 
que estão nos manuais: o território, sua localização, 
distribuição espacial, interrelação e complexidade 
dos fenômenos e das forças em presença. Mas 
apresenta também facetas inéditas. 
Pelo menos três dimensões profundamente 
inovadoras se incorporam à geopolítica: a construção 
de espaços regionais, como, por exemplo, a América 
do Sul e o Mercosul; o dramático despontar do 
espaço digitalizado mundial, no qual sobressaem a 
Internet e a televisão; e a expansão de um espaço 
econômico que se pretende virtualmente 
desterritorializado, mas que se materializa em fluxos 
de capital e investimentos diretos. 
Em nosso entorno imediato, a nova 
geopolítica regional rompe com o modelo antigo, 
consagrado em livros afinal relegados ao fundo das 
estantes. Desaparece o modelo de desunião e 
diferenças, baseado no predomínio do 
desconhecimento recíproco ou nas relações de 
rivalidade. Concretizam-se os interesses comuns, via 
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cooperação e, sobretudo, integração. Muda, pois, a 
visão e o destino da América do Sul. Todos saem 
amplamente ganhadores, ao findar o velho jogo de 
soma-zero. Os desafios da globalização nos levam 
a articular um futuro em que a região sul-americana 
funcione como um todo efetivo e harmônico, em 
benefício de cada um de nossos países. 
Abre-se, por outro lado, um horizonte 
eletrônico e cibernético global, um novo espaço 
geopolítico que aproxima os povos e países e no 
qual nossa região joga sua identidade em 
formação. A Internet, a televisão, a nova telefonia 
são as facetas mais visíveis desse bravo novo 
mundo digitalizado. Seu avesso está nas 
possibilidades de dominação cultural, - propaganda, 
interferência eletrônica e criação de discriminação a 
excluir os que não têm acesso aos meios 
avançados de informação. Vivemos uma época em 
que prioridade crescente será dada à segurança 
das comunicações - à proteção tecnológica da 
privacidade assegurada pela Constituição e à 
proteção dos legítimos segredos comerciais e 
financeiros. 
É necessário afirmar presença brasileira na 
Internet e ampliar a democratização do acesso 
maciço dos usuários potenciais à rede. Dessa 
forma, evitaremos ser apenas consumidores de um 
produto cultural, científico e tecnólogico alheio. A 
procura crescente estimulará fortemente a 
ampliação da oferta local de material informativo, na 
rede, o que já vem ocorrendo. Mais transparência é 
hoje um ingrediente fundamental da democracia. 
Em segundo lugar, devemos buscar não a 
rivalidade e a separação entre o português e o 
espanhol na rede, mas o reforço mútuo, a firme 
cooperação na divulgação de ambos os idiomas e a 
disponibilidade ampla de home pages e de grupos 
de discussão bilingues. 
Finalmente, o processo expansão e 
globalização dos fluxos financeiros induz uma nova 
geopolítica mundial de investimentos. O mundo do 
capital está em transformação, novas tendências, 
novas possibilidades de ganho e novas pressões se 
estão desatando. Segundo dados do Banco 
Mundial, o fluxo líquido de capital privado em 
direção aos países em desenvolvimento aumentou 
5,5 vezes nos seis últimos anos, alcançando $ 244 
bilhões de dólaresenquanto os recursos oficiais 
passam de uma fase de estagnação para uma de 
declínio, sendo agora de $ 41 bilhões. A Ásia-
Pacífico absorveu, no ano passado, $ 109 bilhões, 
dos quais apenas a China ficou com $ 52 bilhões 
(ou seja 21% do total mundial) e a América Latina - 
Caribe outros $ 74 bilhões. 
Acirra-se a competição pela entrada de 
capitais privados, envolvendo, na mesma faixa que 
o Brasil ($ 15 bilhões, cifra provavelmente 
subestimada) e a Argentina ($ 11 bilhões) - como 
as mais fortes economias do Mercosul - países 
como o México ($ 28 bilhões), Indonésia ($ 18 
bilhões), Malásia ($ 16 bilhões) e Tailândia ($ 13 
bilhões), o que aconselha um tratamento para a 
questão que vá muito além da vocação descritiva da 
geografia econômica. 
No novo contexto competitivo mundial, é 
flagrante a necessidade do melhoramento da coleta, 
processamento e difusão de informações 
econômicas, a defesa contra a intrusão por meios 
eletrônicos e do esforço no campo vital da segurança 
e privacidade das comunicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Principais problemas ambientais no 
mundo e no Brasil 
É possível dividir os problemas ambientais 
do mundo em três níveis: 
a) Alterações climáticas 
Os efeitos de El Niño e LaNiña 
São fenômenos que se manifestam nas 
águas oceânicas do Pacífico ocasionando 
alterações no clima do planeta Terra e 
interferências nas variações de temperatura e na 
regularidade das chuvas. 
Geralmente seguido do El Niño ocorre a La 
Niña, porém com efeitos contrários. O aumento dos 
ventos alísios carrega as águas quentes superficiais 
para a Ásia, e as águas frias seguem a direção 
inversa, chegando à superfície aos arredores do 
litoral peruano. 
Degelo no Mundo 
O degelo é um dos efeitos do aquecimento 
global que vem ocorrendo em diversas partes do 
planeta. 
As grandes cordilheiras mundiais estão tendo suas 
massas de gelo e neve reduzidas. 
De acordo com os especialistas no assunto, 
até o ano de 1997 a região Ártica já tinha 14% de 
sua área reduzida, e a Antártica possuía 3000 Km
2
 
de degelo. 
b) formas distintas de poluição 
Poluição do ar 
É causada principalmente pela queima de 
combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) 
que aumenta a concentração de CO
2 
(dióxido de 
carbono) na atmosfera terrestre. 
 
 
Poluição da água 
As águas são contaminadas pelo lançamento 
de materiais poluentes nos mares, rios, lagos e 
represas. Lixo, produtos químicos e esgoto sem 
tratamento são os principais poluentes das águas e a 
despoluição das águas é um processo bastante 
trabalhoso. 
 
Poluição do solo 
É causada pelos lixos que são jogados em 
locais impróprios e que demoram se decompor, e por 
componentes químicos. 
 
Principais poluentes do solo 
 
 
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Poluição sonora 
Ocorre principalmente nos grandes centros 
urbanos devido às buzinas, ruídos de motores e 
escapamentos, máquinas, e pessoas falando ao 
mesmo tempo, prejudicando o sistema auditivo. 
Poluição visual 
É provocada por placas, propagandas, 
outdoors, pichações dispostos em ambientes 
urbanos, que além de poluir o visual das cidades, 
tiram a atenção dos motoristas contribuindo para os 
acidentes de trânsito. 
c) extinção de espécies e desmatamento 
Muitas florestas estão sendo derrubadas 
para o comércio de madeira, ou sendo queimadas 
para a formação de pastos e para o crescimento 
urbanização. Animais estão sujeitos à caça e pesca 
predatória para a comercialização de sua pele e 
carne. 
Com isso, muitas espécies de plantas e 
animais correm sérios riscos de entrar em extinção. 
Importância das florestas 
As florestas são muito úteis para a vida na 
terra, é o habitat mais diversificado do planeta. 
A importância das florestas está 
relacionada a alguns fatores: 
. Conservam o equilíbrio entre os gases 
presentes na atmosfera. 
. Mantêm o equilíbrio da temperatura. 
. Protegem os rios, diminuindo as chances 
de assoreamento. 
. Protegem os solos da água da chuva, 
evitando que ela passe pelo tronco e infiltre no 
subsolo. 
. Favorece a existência de animais de 
várias espécies, fornecendo alimento à eles. 
Portanto, a destruição das florestas 
representa um grande risco ambiental. 
 
 
 
O selo verde 
O Conselho de Manejo Florestal (FSC), uma 
ONG ambientalista internacional, representa o selo 
verde que apóia os produtos de origem florestal de 
maneira sustentável. 
O lixo 
Com o crescimento populacional, a 
quantidade de lixo produzido também tem 
aumentado. A decomposição é uma forma de 
controlar o lixo urbano, porém grande parte desse 
lixo não é biodegradável, portanto, não se decompõe 
causando a poluição. 
O lixo das cidades pode ser levado para os 
lixões, aterros sanitários ou passam pelos processos 
de incineração ou compostagem. 
 
 
 
Lixão 
Os Lixões são extensos terrenos a céu 
aberto para onde os lixos urbanos são levados. 
Neste local o lixo não recebe tratamento 
adequado, causando grandes problemas ambientais 
como a reprodução de moscas e a produção do 
chorume através da decomposição do lixo, 
substância altamente tóxica que contamina os lençóis 
freáticos e o solo. 
Aterros Sanitários 
O aterro sanitário é um local onde o lixo é 
enterrado em camadas alternadas de lixo e terra, 
evitando-se assim o mau cheiro e a proliferação de 
insetos. Na execução de um aterro sanitário, é 
importante impermeabilizar sua base para evitar a 
contaminação do subsolo e construir canais de 
drenagem para os gases e líquidos (chorume) que se 
formarão. 
O lixo que vai para o aterro sanitário são os 
não-recicláveis, no entanto, é comum encontrar 
materiais recicláveis nos aterros, pois a coleta 
seletiva ainda não é realizada adequadamente. 
 
GEOGRAFIA 
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Incineração 
Incineração é um processo que consiste em 
queimar o lixo em câmaras de incineração, 
reduzindo o número de resíduos e destruindo os 
microorganismos causadores de doenças. 
Compostagem 
Compostagem é um processo na qual o lixo 
passa por uma triagem e é divido em três partes: 
material orgânico, materiais não-aproveitáveis e 
materiais recicláveis. 
O material orgânico passa por um 
tratamento biológico, onde é produzido um 
composto que é usado como adubo para a 
fertilização do solo. 
Os materiais não-aproveitáveis são levados 
para os aterros sanitários. 
Os materiais recicláveis são direcionados 
para determinados locais onde ele será 
reaproveitado para fazer novos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
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RELEVO 
O relevo brasileiro pode ser classificado da 
seguinte forma: 
- Planalto: formado a partir de erosões 
eólicas (pelo vento) ou pela água 
- Planície: como o próprio nome já diz são 
áreas planas e baixas. As principais planícies 
brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal 
e Litorânea 
- Depressões: resultado de erosões 
CLIMA 
São todas as variações do tempo de um 
lugar. 
Através do conceito de massas de ar, 
podemos entender todas as mudanças no 
comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois 
elas atuam sobre as temperaturas e índices 
pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem 
massas de ar polares, equatoriais, oceânicas e 
continentais. 
Existe uma certa movimentação de massas 
onde cada uma vai empurrando a outra, passando 
a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é 
responsável pelas alterações do tempo de uma 
determinada região. 
Quando duas massas de ar se encontram 
temos o que chamamos de frente. 
No território brasileiro ocorrem as seguintes 
massas de ar: 
- MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA 
(mEa): quente e úmida 
- MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL 
(mEc): quente e muito úmida 
- MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): 
quente e úmida 
- MASSA TROPICAL CONTINENTAL 
(mTc): quente e seca 
- MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e 
úmida 
OS CLIMAS DO BRASIL 
Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): 
quente e úmido 
- pouca variação de temperatura durante o 
ano 
- compreende a Amazônia brasileira 
- é um clima dominado pela mEc em quase 
toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte 
litorânea da Amazônia existe um pouco de influência 
da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente 
fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, 
ocasionando uma queda da temperatura chamada 
friagem 
Clima Litorâneo Úmido 
- influenciado pela mTa 
- compreende as proximidades do litoral 
desde o RioGrande do Norte até a parte setentrional 
do estado de São Paulo. 
Clima Tropical (alternadamente úmido e 
seco) 
- é o clima predominante na maior parte do 
Brasil 
- é um clima quente e semi-úmido com uma 
estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno) 
Clima Semi-Árido 
- sertão do nordeste 
- clima quente mais próximo do árido 
- as chuvas não são regulares e são mal 
distribuídas 
Clima Subtropical 
- abrange a porção do território brasileiro ao 
sul do Trópico de Capricórnio. 
- Predomina a mTa, provocando chuvas 
abundantes, principalmente no verão. No inverno há 
o predomínio das chuvas frontais 
- Apesar de chover o ano todo, há uma maior 
concentração no verão 
HIDROGRAFIA 
Características da Rede Hidrografia Brasileira 
- Rica em rios e pobre em lagos 
- Os rios brasileiros dependem das chuvas 
para se ―alimentarem‖. O Rio Amazonas embora 
precise das chuvas ele também se alimenta do 
derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde 
nasce 
- A maior parte dos rios é perene (nunca seca 
totalmente) 
GEOGRAFIA 
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- As águas fluviais deságuam no mar, 
porém podem desaguar também em depressões no 
interior do continente ou se infiltrarem no subsolo 
- A hidrografia brasileira é utilizada como 
fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para 
navegação. 
 
BACIAS HIDROGRÁFICAS 
É a área compreendida por um rio principal, 
seus afluentes e subafluentes. 
Principais Bacias Hidrográficas do 
Brasil: 
- Bacia Amazônica: considerada a maior 
do planeta, ela abrange na América do Sul, uma 
área de 6 milhões de km. 
- Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% 
do território nacional. É a maior bacia localizada 
inteiramente dentro do território brasileiro. 
- Bacia do São Francisco: também é 
totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do 
Tocantins. 
- Bacia do Paraná: essa bacia é usada na 
construção de usinas hidrelétricas, dentre elas, 
Furnas, Marimbondo e a maior hidrelétrica do 
mundo – Itaipu – (entre o Brasil e Paraguai). 
- Bacia do Uruguai: apesar de não ser 
muito usada para a fabricação de usinas 
hidrelétricas podemos destacar as usinas Garibaldi, 
Socorro, Irai, Pinheiro e Machadinho. 
- Bacias secundárias: formada por rios 
que não pertencem a nenhuma bacia principal, 
porém foram reunidas em 3 grupos de bacias 
isoladas devido a sua localização: 
- Bacia do Norte-Nordeste 
- Bacia do Leste 
- Bacia do Sudeste-Sul 
VEGETAÇÃO 
Vários fatores como luz, calor e tipo de solo 
contribuem para o desenvolvimento da vegetação 
de um dado local. 
A Floresta Amazônica 
- milhares de espécies vegetais 
- não perde suas folhas no outono, ou seja, 
está sempre verde 
- é dividida em 3 tipos de matas: Igapó, 
Várzea, Terra Firme 
- vive do seu próprio material orgânico 
- a fauna é rica e variada 
- espécies ameaçadas: mogno (tipo de 
madeira) e a onça-pintada 
- Desmatamento da Amazônia 
A Mata Atlântica 
- é menos densa que a Floresta Amazônica 
- quase 100% dela já foi destruída, porém, 
antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba 
e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da 
Mata Atlântica). 
- os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o 
tatu-canastra e a arara-azul-pintada são originários 
da Mata Atlântica, porém estão ameaçados de 
extinção 
vivem ainda na mata, os gambás, 
tamanduás, preguiça, mas estão fora do perigo das 
extinção. 
- Em razão da Mata Atlântica tenha sido 
muito utilizada no passado para a fabricação de 
móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área 
ainda permaneça. 
Caatinga 
- vegetação típica do clima semi-árido do 
sertão nordestino 
- vegetação pobre, com plantas que são 
adaptadas à aridez, são as chamadas plantas 
xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas 
possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes 
profundas para suportar o longo período de estiagem 
- arbustos e pequenas árvores (juazeiro, 
aroeira e braúna) também fazem parte da paisagem 
Mata de Araucária 
- corresponde às áreas de clima subtropical, 
é uma mata homogênea, pois há o predomínio de 
pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês 
- Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o 
garimpeiro (espécie de ave) 
Cerrado 
Típica da região centro-oeste do Brasil é 
formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas 
adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Há 
também o predomínio de arbustos com galhos 
retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, para 
ajudar a suportar o período de seca. 
Quase 50% da vegetação dos cerrados foi 
destruída devido o crescimento da agropecuária no 
Brasil. O cerrado é cortado por 3 grandes bacias 
hidrográficas (Tocantins, São Francisco e Prata) 
contribuindo muito para a biodiversidade da região 
que é realmente surpreendente, por exemplo, 
existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 
espécies de répteis e mais de 190 mamíferos. 
 
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Pantanal 
Vegetação heterogênea: plantas higrófilas 
(em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em 
áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas. 
O Pantanal sofre a influência de vários 
ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata 
Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de 
diferentes formações vegetais. 
Por causa da sua localização e também às 
temporadas de seca e cheia com altas 
temperaturas, o Pantanal é o local com a maior 
reunião de fauna do continente americano, 
encontramos jacarés, araraunas, papagaios, 
tucanos e tuiuiú. 
Quase todas as espécies de plantas e 
animais dependem do fluxo das águas. Durante um 
período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas 
aumentam o volume dos rios que inundam a 
planície, por esta razão muitos animais buscam 
abrigo nas terra ―firmes‖ ocupando todas as áreas 
que não foram inundadas, assim vários peixes se 
reproduzem e as plantas aquáticas entram em 
processo de floração. 
Quando as chuvas começam a parar (entre 
junho e setembro), as águas voltam ao seu curso 
natural, deixando no solo todos os nutrientes 
necessários que fertilizarão o solo. 
Os Campos 
- é uma vegetação rasteira e está localizada 
em diversas áreas do Brasil 
- a paisagem é marcada pelos banhados 
(ecossistemas alagados) 
- predomínio da vegetação de juncos, 
gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal 
para as várias espécies de animais (garças, 
marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e 
capivaras) 
De todos os banhados, o banhado do Taim, 
considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais 
importante, devido a riqueza do seu solo. 
Vegetações Litorâneas 
São características das terras baixas e 
planícies do litoral. 
Formam vários tipos de vegetação: 
mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a 
vegetação das dunas e a vegetação das restingas. 
 
 
 
 
 
 
Distribuição e Estrutura da População 
Brasileira 
Ao divulgar os primeiros resultados do Censo 
2000, o IBGE revelou a existência de um novo Brasil, 
tantas foram as mudanças verificadas na dinâmica da 
população brasileira, notadamente na última década 
do século XX.As transformações da dinâmica e da 
distribuição da população brasileira, que se iniciaram 
com o processo de industrialização, acompanharam 
as mudanças do modelo econômico do país. 
O país rural, com grandes vazios 
demográficos no interior e uma população fortemente 
concentrada nas regiões litorâneas, há muito tempo 
já ficou para trás. 
O Censo 2000 revela um novo Brasil. Por 
isso, precisamos conhecer seus resultados para 
entender melhor quantos somos, onde e como 
vivemos (campo, cidade e tipos de moradia).A 
demografia, estudo dos vários aspectos da 
população, nosrevela muito sobre as mudanças 
políticas, sociais e econômicas sofridas pelo país 
através de sua história. 
Nossas cidades, estados e regiões podem 
ser "radiografados" através do estudo das principais 
características de sua população. 
O conhecimento dos dados demográficos de 
um país é fundamental para que ele seja bem 
administrado. 
Programas de saúde, educação, construção 
de estradas, usinas de energia elétrica. produção de 
alimentos têm de ser adequados ao perfil da 
população nacional. Um país com muitos jovens 
necessita de grandes investimentos em educação. 
Quando o número de idosos é maior, é preciso uma 
boa estratégia de previdência social. Esses são 
apenas exemplos da necessidade de se conhecer 
bem a população de um país. Produção, consumo, 
emprego, habitação são itens indispensáveis para o 
planejamento das condições de vida de seus 
habitantes. 
A população brasileira começa a se 
desconcentrar. 
A principal característica do perfil 
demográfico brasileiro sempre foi a concentração 
populacional determinadas áreas do país, sobretudo 
no Sudeste, no Sul e nas áreas metropolitanas. O 
Censo 2000 revelou que quase a metade da 
população brasileira vive em apenas 244 dos 5.507 
municípios do país. 
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A ocupação do território brasileiro é 
extremamente desigual: ao mesmo tempo que 
temos municípios com menos de l hab./km2, como 
Atalaia do Norte (Amazonas), há outros, como São 
João do Meriti (Rio de Janeiro), com 12 897,8 
hab./km2. 
Mas já é possível notar uma pequena 
modifícação quanto às áreas de grande 
concentração populacional. A região Sudeste 
possui hoje 41,989 dos habitantes do país. Em 
1991, representava quase 44% desse total. Nessa 
mesma região revela-se o crescimento maior das 
cidades médias do interior em relação às capitais 
de estados. 
Não podemos falar, ainda, em 
interiorização, mas a tabela 2 comprova os 
primeiros sinais dessas mudanças. 
As cidades médias (de 50 mil a 500 mil 
hab.) foram as que tiveram maior aumento 
populacional. 
Durante a década de 1990, 30 milhões de 
pessoas mudaram-se para as cidades médias do 
Sudeste. 
As grandes cidades (metrópoles), como 
São Paulo (0,85%). Rio de Janeiro (0,73%) e Belo 
Horizonte (1,13%), já estão saturadas e 
apresentaram crescimento abaixo da média 
nacional. Salvador (BA) e Fortaleza (CE) continuam 
como pólos atrativos na região Nordeste. 
As áreas metropolitanas que mais 
ganharam população estão Fora do Sudeste. 
Brasília, Florianópolis, Goiânia, São Luís, 
Curitiba. 
Como somos e como vivemos 
Éramos um país de jovens. Estamos 
envelhecendo. Essa é a grande novidade da última 
década. O brasileiro vive mais e a taxa de 
fecundidade caiu. 
Há muito tempo (desde 1970) não somos 
mais um Brasil rural. Melhoramos nossos 
indicadores sociais, mas, assim como a 
desigualdade da distribuição caracteriza nossa 
população, uma outra desigualdade torna nosso 
povo mais pobre - a concentração de renda nas 
mãos de uma pequena parcela.Apesar de serem 
maioria na população, nem por isso a situação das 
mulheres é melhor que a dos homens. O Brasil é 
das mulheres, mas o poder é dos homens. 
Como vive a mulher brasileira no início 
do século XXI? 
Vamos conhecer todas essas 
características do povo brasileiro através dos 
levantamentos demográficos da última década e de 
sua comparação com dados anteriores. 
Crianças, jovens, adultos e idosos 
A população brasileira vem alterando o seu 
perfil quanto à composição etária da população. 
Segundo o IBGE, a população de O a 6 anos, no 
Brasil, diminuiu 
3,4%nadécadadel990.De23,9milhõeseml991,há 23,1 
milhões de meninos e meninas cm 2001. 
O número da PEA (população 
economicamente ativa), no Brasil, deverá atingir 32 
milhões em 2020 - cerca de 63% do total. Também a 
faixa acima dos 60 anos deverá atingir 15,5%, o 
dobro da porcentagem atual. O Rio de Janeiro é a 
cidade que possui o maior número de idosos (12,1 
%) em nosso país. 
O Censo 2000 revelou que há 24 576 
brasileiros com mais de 100 anos de idade. Desse 
total, 57,5% são mulheres. 
A pirâmide etária do Brasil 
Como vimos anteriormente, a pirâmide etária 
é o gráfico que expressa a composição por sexo e 
idade de uma população. 
As taxas de crescimento vegetativo no Brasil 
estão mais baixas. 
Isso resultou na mudança do perfil da 
pirâmide etária da população brasileira. A idade 
mediana do brasileiro (idade que separa os 50% mais 
jovens dos 50% mais velhos) é de 24,2 anos, isto é, 
metade da nossa população está abaixo dessa faixa 
etária. 
Homens e mulheres 
De modo geral, a população brasileira 
sempre apresentou uma ligeira superioridade 
numérica de mulheres em relação aos homens. 
Pela Sinopse Preliminar do Censo 2000, há 
96,87 homens para cada 100 brasileiras. A 
população feminina ultrapassa a masculina em mais 
de 2,6 milhões. Sabendo que nascem mais meninos 
do que meninas, essa diferença pode ser explicada 
pelas taxas de mortalidade, mais altas entre os 
homens. Foram recenseadas 86 223 155 mulheres e 
83 576 815 homens. 
Apenas na região Norte o número de 
homens ultrapassa o de mulheres. 
A ultima década do milênio consolidou as 
conquistas femininas de igualdade de direitos. 
Balanço divulgado na véspera do dia 
internacional da mulher pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as 
mulheres já representam 40,3% da população 
ocupada (contra 38,8% em 1992) e 26% das famílias 
brasileiras são chefiadas por elas. A comparação dos 
números tios últimos dez anos mostra outra 
mudança: o percentual de homens que trabalham e 
também se ocupam de afazeres domésticos passou 
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de 35,8% para 51,2%. Um aumento maior, no 
entanto, ocorreu no número de mulheres 
responsáveis por suas famílias. Elas eram 18,1% 
em 1991 e passaram a ser 24.9% em 1999. 
Condições de vida 
No período 1992-2000, tivemos uma 
significativa melhora nos índices de educação e 
saúde. 
Entretanto a excessiva concentração de 
renda prejudica o desempenho geral do país que 
está classificado em 69" lugar, com um IDH médio 
(0,750), no Relatório do desenvolvimento humano 
da ONU. 
Os melhores Indicadores sociais estão no 
Distrito Federal e os piores, no estado do 
Maranhão. 
Pobreza e favelização 
Entre 1998 e 1999, a proporção de 
brasileiros vivendo com menos de l dólar por dia 
(abaixo da linha de pobreza) passou de 5, l % para 
9%. Essa situação se reflete nas condições de 
moradia do brasileiro. Caiu o número de moradores 
por domicílio - de 4,15 pessoas para 3,75 -e 
aumentou a favelização, O número de favelas 
passou de 3188, em 1991, para 3 905, em 2000, 
crescendo 22,5%. 
Conforme dados do Censo Demográfico de 
2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), a população total do 
Brasil é de 190.755.799 habitantes. Esse elevado 
contingente populacional coloca o país entre os 
mais populosos do mundo. O Brasil ocupa hoje o 
quinto lugar dentre os mais populosos, sendo 
superado somente pela China (1,3 bilhão), Índia 
(1,1 bilhão), Estados Unidos (314 milhões) e 
Indonésia (229 milhões). 
A população brasileira está irregularmente 
distribuída no território, pois há regiões densamente 
povoadas e outras com baixa densidade 
demográfica. A população brasileira estabelece-se 
de forma concentrada na Região Sudeste, com 
80.364.410 habitantes; o Nordeste abriga 
53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 
milhões. As regiões menos povoadas são: a Região 
Norte, com 15.864.454, e o Centro-Oeste, com 
pouco mais de 14 milhões de habitantes.A irregularidade na distribuição da 
população fica evidente quando alguns dados 
populacionais de regiões ou estados são 
analisados. Somente o estado de São Paulo 
concentra cerca de 41,2 milhões de habitantes, 
sendo superior ao contingente populacional das 
regiões Centro-Oeste e Norte juntas. 
A população brasileira está distribuída em 
um extenso território, com 8,5 milhões de 
quilômetros quadrados. Em virtude disso, a 
população relativa é modesta, com cerca de 22,4 
hab./km². O dado apresentado classifica o país como 
pouco povoado, apesar de ser populoso diante do 
número da população absoluta. 
O Sudeste é a região mais populosa do país 
por ter ingressado primeiramente no processo de 
industrialização, encontrando-se hoje bastante 
desenvolvido industrial e economicamente. O 
surgimento da indústria no Sudeste foi primordial 
para a urbanização e a concentração populacional na 
região, pois se tornou uma área de atração para 
trabalhadores de diversos pontos do país. 
Em relação à densidade demográfica, a 
região Sul ocupa o segundo lugar. As causas dessa 
concentração devem-se principalmente pelo fato de a 
região ser composta por apenas três estados e pela 
riqueza contida neles, o que proporciona um elevado 
índice de urbanização. 
O Nordeste é a segunda região mais 
populosa, no entanto, a densidade demográfica é 
baixa, proveniente da migração ocorrida para outros 
pontos do Brasil, ocasionada pelas crises 
socioeconômicas comuns nessa parte do país. 
O Centro-Oeste ocupa o quarto lugar quando 
se trata de população relativa. Isso é provocado pelo 
tipo de atividade econômica vinculada à agropecuária 
e que requer pouca mão de obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Brasil é a maior economia da América 
Latina (e a segunda da América, atrás apenas dos 
Estados Unidos), a sétima maior economia do 
mundo a taxas de mercado de câmbio e a sétima 
maior em paridade do poder de compra (PPC), de 
acordo com o Fundo Monetário Internacional e o 
Banco Mundial. O seu PIB (PPC) per capita é de 12 
181 dólares, colocando o Brasil na posição 75ª 
posição de acordo com dados do Banco Mundial.3 
O país tem grandes e desenvolvidos setores 
agrícola, minerador, manufatureiro e de serviços, 
bem como um grande mercado de trabalho. As 
exportações brasileiras estão crescendo, criando 
uma nova geração de magnatas.253 Os principais 
produtos de exportação incluem aeronaves, 
equipamentos elétricos, automóveis, álcool, têxtil, 
calçados, minério de ferro, aço, café, suco de 
laranja, soja e carne enlatada O país tem vindo a 
expandir a sua presença nos mercados financeiros 
internacionais e mercados de commodities e faz 
parte de um grupo de quatro economias 
emergentes chamadas de países Bric 
Entre as empresas mais conhecidas do 
Brasil estão: Brasil Foods, Perdigão, Sadia e JBS 
(setor alimentício); Embraer (setor aéreo); 
Havaianas e Calçados Azaleia (calçados); 
Petrobras (setor petroleiro); Companhia Vale do Rio 
Doce (mineração); Marcopolo e Busscar 
(carroceiras); Gerdau (siderúgicas); Organizações 
Globo (comunicação). O Brasil é visto por muitos 
economistas como um país com grande potencial 
de desenvolvimento, assim como a Rússia, Índia e 
China, os países BRIC. Alguns especialistas em 
economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam 
que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir 
estatisticamente o padrão de vida verificado em 
2005 nos países da Zona Euro. De acordo com 
dados do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 
um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per 
capita de 49.759 dólares, tornando-se a quarta 
maior economia do planeta. 
A economia brasileira é diversa, 
abrangendo a agricultura, a indústria e uma 
multiplicidade de serviços. Atualmente o país tem 
conseguido impor sua liderança global graças ao 
desenvolvimento de sua economia. A força 
econômica que o país tem demonstrado, deve-se, 
em parte, ao boom mundial nos preços de 
commodities e de mercadorias para exportação, 
como a carne bovina e a soja. As perspectivas da 
economia brasileira têm melhorado ainda mais 
graças a descobertas de enormes jazidas de 
petróleo e gás natural na bacia de Santos.263 
Potência mundial na agricultura e em recursos 
naturais, o Brasil desencadeou sua maior explosão 
de prosperidade econômica das últimas em três 
décadas. 
A agricultura e setores aliados, como a 
silvicultura, exploração florestal e pesca 
contabilizaram 6,1% do PIB em 2007, um 
desempenho que põe o agronegócio em uma posição 
de destaque na balança comercial do Brasil, apesar 
das barreiras comerciais e das políticas de subsídios 
adotadas pelos países desenvolvidos. Em relatório 
divulgado em 2010 pela OMS, o Brasil é o terceiro 
maior exportador de produtos agrícolas do mundo, 
atrás apenas de Estados Unidos e União 
Europeia.249 
A indústria de automóveis, aço, petroquímica, 
computadores, aeronaves e bens de consumo 
duradouros contabilizam 30,8% do produto interno 
bruto brasileiro.265 A atividade industrial está 
concentrada geograficamente nas regiões 
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, 
Curitiba, Campinas, Porto Alegre, Belo Horizonte, 
Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza. O país 
responde por três quintos da produção industrial da 
economia sul-americana e participa de diversos 
blocos econômicos como: o Mercosul, o G-22 e o 
Grupo de Cairns. 
O Brasil comercializa regularmente com mais 
de uma centena de países, sendo que 74% dos bens 
exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os 
maiores parceiros são: União Europeia (com 26% do 
saldo); Mercosul e América Latina (25%); Ásia (17%) 
e Estados Unidos (15%). Um setor dos mais 
dinâmicos nessa troca é o de agronegócio, que 
mantém o Brasil entre os países com maior 
produtividade no campo. 
Dono de sofisticação tecnológica, o país 
desenvolve de submarinos a aeronaves, além de 
estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo 
um Centro de Lançamento de Veículos Leves e 
sendo o único país do Hemisfério Sul a integrar a 
equipe de construção da Estação Espacial 
Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo 
em águas profundas, de onde extrai 73% de suas 
reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir, 
no seu território, as dez maiores empresas 
montadoras de automóveis. 
Turismo 
O turismo é um setor crescente e 
fundamental para a economia de várias regiões do 
país. O Brasil recebeu 5,1 milhões de visitantes 
estrangeiros em 2010, o que o torna o segundo 
principal destino turístico na América do Sul e o 
terceiro na América Latina, depois de México e 
Argentina. As receitas de turistas internacionais 
atingiu 5,9 bilhões de dólares em 2010, uma 
recuperação da crise econômica de 2008-2009. Os 
registros históricos de 5,4 milhões de visitantes 
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internacionais e 6,775 bilhões de dólares em 
receitas foram atingidos em 2011. 
Entre os destinos mais procurados estão a 
Floresta Amazônica, praias e dunas na região 
nordeste, o pantanal no centro-oeste, praias no Rio 
de Janeiro e em Santa Catarina, turismo cultural e 
histórico em Minas Gerais e viagens de negócios 
em São Paulo. 
A maioria dos visitantes internacionais que 
chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), 
dos Estados Unidos (11,5%) e do Uruguai (5,0%), 
sendo o Mercosul e os países vizinhos da América 
do Sul os principais emissores de turistas. O 
turismo interno é um segmento de mercado 
fundamental para a indústria, uma vez que 51 
milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005. 
Infraestrutura 
Educação 
UniversidadeFederal do Paraná (UFPR), 
uma das mais antigas instituições de ensino 
superior do país, fundada em 1912. 
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam 
que o Governo Federal, os Estados, o Distrito 
Federal e os municípios devem gerir e organizar 
seus respectivos sistemas de ensino. Cada um 
desses sistemas educacionais públicos é 
responsável por sua própria manutenção, que gere 
fundos, bem como os mecanismos e fontes de 
recursos financeiros. A nova constituição reserva 
25% do orçamento do Estado e 18% de impostos 
federais e taxas municipais para a educação. 
Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa 
de literacia da população brasileira foi de 90,4%, 
significando que 13 milhões (9,6% da população) 
de pessoas ainda são analfabetas no país; já o 
analfabetismo funcional atingiu 21,6% da 
população. O analfabetismo é mais elevado no 
Nordeste, onde 19,9% da população é analfabeta. 
Ainda segundo o PNAD, o percentual de pessoas 
na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etária de 6 
a 14 anos e de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 
anos, enquanto o tempo médio total de estudo entre 
os que têm mais de 10 anos foi, em média, de 6,9 
anos. 
O ensino superior começa com a 
graduação ou cursos sequenciais, que podem 
oferecer opções de especialização em diferentes 
carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo 
de escolha, os estudantes podem melhorar seus 
antecedentes educativos com cursos de pós-
graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para 
frequentar uma instituição de ensino superior, é 
obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação, concluir todos os níveis de ensino 
adequados às necessidades de todos os 
estudantes dos ensinos infantil, fundamental e 
médio, desde que o aluno não seja portador de 
nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou 
auditiva 
Saúde 
O sistema de saúde pública brasileiro, o 
Sistema Único de Saúde (SUS), é gerenciado e 
fornecido por todos os níveis do governo, sendo o 
maior sistema do tipo do mundo.280 Já os sistemas 
de saúde privada atendem um papel 
complementar.281 Os serviços de saúde públicos 
são universais e oferecidos a todos os cidadãos do 
país de forma gratuita. No entanto, a construção e a 
manutenção de centros de saúde e hospitais são 
financiadas por impostos, sendo que o país gasta 
cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 
2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 
camas hospitalares para cada 1000 habitantes. 
Apesar de todos os progressos realizados 
desde a criação do sistema universal de cuidados de 
saúde em 1988, ainda existem vários problemas de 
saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais 
pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de 
mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes 
por 1000 nascimentos). O número de mortes por 
doenças não transmissíveis, como doenças 
cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 
habitantes) e câncer (72,7 mortes por 100 000 
habitantes) também têm um impacto considerável 
sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, 
fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de 
carro, violência e suicídio causaram 14,9% de todas 
as mortes no país. 
Energia 
O Brasil é o décimo maior consumidor da 
energia do planeta e o terceiro maior do hemisfério 
ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá. A 
matriz energética brasileira é baseada em fontes 
renováveis, sobretudo a energia hidrelétrica e o 
etanol, além de fontes não-renováveis de energia, 
como o petróleo e o gás natural. A Usina Hidrelétrica 
de Itaipu, no Paraná, é a maior usina hidrelétrica do 
planeta por produção de energia. 
Ao longo das últimas três décadas o Brasil 
tem trabalhado para criar uma alternativa viável à 
gasolina. Com o seu combustível à base de cana-de-
açúcar, a nação pode se tornar energicamente 
independente neste momento. O Pró-álcool, que teve 
origem na década de 1970, em resposta às 
incertezas do mercado do petróleo, aproveitou 
sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos 
brasileiros utilizam os chamados "veículos flex", que 
funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o 
consumidor possa abastecer com a opção mais 
barata no momento, muitas vezes o etanol. Os 
países com grande consumo de combustível, como a 
Índia e a China, estão seguindo o progresso do Brasil 
nessa área. Além disso, países como o Japão e 
Suécia estão importando etanol brasileiro para ajudar 
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a cumprir as suas obrigações ambientais 
estipuladas no Protocolo de Quioto. 
O Brasil possui a segunda maior reserva de 
petróleo bruto na América do Sul e é um dos 
produtores de petróleo que mais aumentaram sua 
produção nos últimos anos. O país é um dos mais 
importantes do mundo na produção de energia 
hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração de 
eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts 
(MW), a energia hídrica é responsável por 66.000 
MW (74%). A energia nuclear representa cerca de 
3% da matriz energética do Brasil. O Brasil pode se 
tornar uma potência mundial na produção de 
petróleo, com grandes descobertas desse recurso 
nos últimos tempos na Bacia de Santos. 
Transportes 
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 
milhões de quilômetros, sendo 96 353 km de 
rodovias pavimentadas (2004), as estradas são as 
principais transportadoras de carga e de 
passageiros no tráfego brasileiro. 
Os primeiros investimentos na infraestrutura 
rodoviária deram-se na década de 1920, no 
governo de Washington Luís, sendo prosseguidos 
no governo Vargas e Gaspar Dutra.298 O 
presidente Juscelino Kubitschek (1956–61), que 
concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro 
incentivador de rodovias. Kubitschek foi 
responsável pela instalação de grandes fabricantes 
de automóveis no país (Volkswagen, Ford e 
General Motors chegaram ao Brasil durante seu 
governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los 
era, evidentemente, o apoio à construção de 
rodovias. 
Hoje, o país tem instalados em seu território 
outros grandes fabricantes de automóveis, como 
Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, 
Mercedes-Benz, BMW, Hyundai e Toyota. O Brasil 
é o sétimo mais importante país da indústria 
automobilística. 
Existem cerca de quatro mil aeroportos e 
aeródromos no Brasil, sendo 721 com pistas 
pavimentadas, incluindo as áreas de 
desembarque.296 O país tem o segundo maior 
número de aeroportos em todo o mundo, atrás 
apenas dos Estados Unidos.296 300 O Aeroporto 
Internacional de Guarulhos, localizado na Região 
Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais 
movimentado aeroporto do país, grande parte 
dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial 
e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga 
São Paulo a praticamente todas as grandes cidades 
de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos 
internacionais e 2 464 aeroportos regionais. 
O país possui uma extensa rede ferroviária 
de 28 857 km de extensão, a décima maior rede do 
mundo. Atualmente, o governo brasileiro, 
diferentemente do passado, procura incentivar esse 
meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o 
projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, 
um trem-bala que vai ligar as duas principais 
metrópoles do país. Há 37 grandes portos no Brasil, 
dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O país 
também possui 50 000 km de hidrovias. 
Ciência e tecnologia 
O Brasil também tem um grande número de 
notáveis personalidades científicas. Entre os 
inventores brasileiros mais reconhecidos estão os 
padres Bartolomeu de Gusmão, Roberto Landell de 
Moura e Francisco João de Azevedo, além de Alberto 
Santos Dumont, Evaristo Conrado Engelberg, Manuel 
Dias de Abreu, Andreas Pavel e Nélio José Nicolai. A 
ciência brasileira é representada por nomes como 
César Lattes, Mário Schenberg, José Leite Lopes eFritz Müller. Entre os profissionais e pesquisadores 
da área de medicina, destacam-se os brasileiros Ivo 
Pitanguy, Mayana Zatz, Adib Jatene, Adolfo Lutz, 
Emílio Ribas, Vital Brasil, Carlos Chagas, Oswaldo 
Cruz, Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e 
Silva e Euryclides Zerbini. 
A produção científica brasileira começou, 
efetivamente, nas primeiras décadas do século XIX, 
quando a família real e a nobreza portuguesa, 
chefiadas pelo Príncipe-regente Dom João de 
Bragança (futuro Rei Dom João VI), chegaram no Rio 
de Janeiro, fugindo da invasão do exército de 
Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até 
então, o Brasil era uma colônia portuguesa (ver 
colônia do Brasil), sem universidades e organizações 
científicas, em contraste com as ex-colônias 
americanas do império espanhol, que apesar de 
terem uma grande parte da população analfabeta, 
tinham um número considerável de universidades 
desde o século XVI. 
A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande 
parte realizada em universidades públicas e institutos 
de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos 
tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz 
e Butantã, o Comando-Geral de Tecnologia 
Aeroespacial, a Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA) e o Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE). 
Fotografia panorâmica do Laboratório 
Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, estado de 
São Paulo, o único acelerador de partículas da 
América Latina. 
O Brasil tem o mais avançado programa 
espacial da América Latina, com recursos 
significativos para veículos de lançamento, e 
fabricação de satélites.326 Em 14 de outubro de 
1997, a Agência Espacial Brasileira assinou um 
acordo com a NASA para fornecer peças para a 
ISS.327 Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu 
primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006 o Cel. 
Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se 
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transformou no primeiro astronauta brasileiro e o 
terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta. 
O urânio enriquecido na Fábrica de 
Combustível Nuclear (FCN), de Resende, no estado 
do Rio de Janeiro, atende a demanda energética do 
país. Existem planos para a construção do primeiro 
submarino nuclear do país. O Brasil também é um 
dos três países da América Latina com um 
laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo 
de pesquisa da física, da química, das ciências dos 
materiais e da biologia. Segundo o Relatório Global 
de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum 
Econômico Mundial, o Brasil é o 61º maior 
desenvolvedor mundial de tecnologia da 
informação. 
Mídia e comunicações 
A imprensa brasileira tem seu início em 
1808 com a chegada da família real portuguesa ao 
Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer 
atividade de imprensa — fosse a publicação de 
jornais ou livros. A imprensa brasileira nasceu 
oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 
1808, com a criação da Impressão Régia, hoje 
Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente Dom 
João.334 
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro 
jornal publicado em território nacional, começa a 
circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a 
imprensa escrita consolidou-se como um meio de 
comunicação em massa e produziu grandes jornais 
que hoje estão entre as maiores do país e do 
mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o 
Estado de S. Paulo, e publicações das editoras 
Abril e Globo. 
A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 
1922,339 sendo a primeira transmissão um 
discurso do então presidente Epitácio Pessoa, 
porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas 
em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio 
Sociedade do Rio de Janeiro". Na década de 1930 
começou a era comercial do rádio, com a 
permissão de comerciais na programação, trazendo 
a contratação de artistas e desenvolvimento técnico 
para o setor. Com o surgimento das radionovelas e 
da popularização da programação, na década de 
1940, começou a chamada era de ouro do rádio 
brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade 
brasileira semelhante ao que a televisão produz 
hoje. Com a criação da televisão o rádio passa por 
transformações, os programas de humor, os 
artistas, as novelas e os programas de auditório são 
substituídos por músicas e serviços de utilidade 
pública. Na década de 1960 surgiram as rádios FMs 
que trazem mais músicas para o ouvinte. 
A televisão no Brasil começou, oficialmente, 
em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis 
Chateaubriand que fundou o primeiro canal de 
televisão no país, a TV Tupi. Desde então a 
televisão cresceu no país, criando grandes redes 
como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a 
televisão representa um fator importante na cultura 
popular moderna da sociedade brasileira. A televisão 
digital no Brasil teve início às 20h30 de 2 de 
dezembro de 2007, inicialmente na cidade de São 
Paulo, pelo padrão japonês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Impacto ambiental é a alteração no meio 
ambiente por determinada ação ou atividade. 
Atualmente o planeta Terra enfrenta fortes sinais de 
transição, o homem está revendo seus conceitos 
sobre natureza. Esta conscientização da 
humanidade está gerando novos paradigmas, 
determinando novos comportamentos e exigindo 
novas providências na gestão de recursos do meio 
ambiente. 
 
Um dos fatores mais preocupantes é o que 
diz respeito aos recursos hídricos. Problemas como 
a escassez e o uso indiscriminado da água estão 
sendo considerados como as questões mais graves 
do século XXI. É preciso que tomemos partido 
nesta luta contra os impactos ambientais, e para 
isso é importante sabermos alguns conceitos 
relacionados ao assunto. 
Poluição é qualquer alteração físico-
química ou biológica que venha a desequilibrar um 
ecossistema, e o agente causador desse problema 
é denominado de poluente. 
Como já era previsto, os principais 
poluentes têm origem na atividade humana. A 
Indústria é a principal fonte, ela gera resíduos que 
podem ser eliminados de três formas: 
Na água: essa opção de descarte de 
dejetos é mais barata e mais cômoda, infelizmente 
os resíduos são lançados geralmente em recursos 
hídricos utilizados como fonte de água para 
abastecimento público. 
Na atmosfera: a eliminação de poluentes 
desta forma só é possível quando os resíduos estão 
no estado gasoso. 
Em áreas isoladas: essas áreas são 
previamente escolhidas, em geral são aterros 
sanitários. 
Classificação dos resíduos: 
Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e 
podem provocar a morte conforme a concentração, 
são rapidamente identificados por provocar diversas 
reações maléficas no organismo. Exemplos de 
geradores desses poluentes: indústrias produtoras 
de resíduos de cianetos, cromo, chumbo e fenóis. 
Resíduos minerais: são relativamente 
estáveis, correspondem às substâncias químicas 
minerais, elas alteram as condições físico-químicas 
e biológicas do meio ambiente. Exemplos de 
indústrias: mineradoras, metalúrgicas, refinarias de 
petróleo. 
Resíduos orgânicos: as principais fontes 
desses poluentes são os esgotos domésticos, os 
frigoríficos, laticínios, etc. Esses resíduos 
correspondem à matéria orgânica potencialmente 
ativa, que entra em decomposição ao ser lançada no 
meio ambiente. 
Resíduos mistos: possuem características 
químicas associadas às de natureza biológica. As 
indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de papel e 
borracha, são responsáveis por esse tipo de resíduo 
lançado na natureza. 
Resíduos atômicos: esse tipo de poluentecontém isótopos radioativos, é um lixo atômico capaz 
de emitir radiações ionizantes e altamente nocivas à 
saúde humana. 
Impactos sobre a Biodiversidade 
Tanto a comunidade científica internacional 
quanto governos e entidades não-governamentais 
ambientalistas vêm alertando para a perda da 
diversidade biológica em todo o mundo, 
particularmente nas regiões tropicais. A degradação 
biótica que está afetando o planeta encontra raízes 
na condição humana contemporânea, agravada pelo 
crescimento explosivo da população humana e pela 
distribuição desigual da riqueza. A perda da 
diversidade biológica envolve aspectos sociais, 
econômicos, culturais e científicos. 
Em anos recentes, a intervenção humana em 
habitats que eram estáveis aumentou 
significativamente, gerando perdas maiores de 
biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados em 
diferentes escalas e velocidades: extensas áreas de 
vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do 
Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. 
É necessário que sejam conhecidos os 
estoques dos vários hábitats naturais e dos 
modificados existentes no Brasil, de forma a 
desenvolver uma abordagem equilibrada entre 
conservação e utilização sustentável da diversidade 
biológica, considerando o modo de vida das 
populações locais. 
Como resultado das pressões da ocupação 
humana na zona costeira, a Mata Atlântica, por 
exemplo, ficou reduzida a aproximadamente 7% de 
sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio 
de Janeiro, por exemplo, são encontradas áreas com 
mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas 
dessas são árvores de grande porte, ainda não 
descritas pela ciência. 
Os principais processos responsáveis pela 
perda de biodiversidade são: 
• perda e fragmentação dos habitats; 
• introdução de espécies e doenças 
exóticas; 
• exploração excessiva de espécies de 
plantas e animais; 
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• uso de híbridos e monoculturas na 
agroindústria e nos programas de reflorestamento; 
• contaminação do solo, água, e 
atmosfera por poluentes; e 
• mudanças climáticas. 
As inter-relações das causas de perda de 
biodiversidade com a mudança do clima e o 
funcionamento dos ecossistemas apenas agora 
começam a ser vislumbradas. 
Três razões principais justificam a 
preocupação com a conservação da diversidade 
biológica. Primeiro, porque se acredita que a 
diversidade biológica é uma das propriedades 
fundamentais da natureza, responsável pelo 
equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. 
Segundo, porque se acredita que a diversidade 
biológica representa um imenso potencial de uso 
econômico, em especial pela biotecnologia. 
Terceiro, porque se acredita que a diversidade 
biológica esteja se deteriorando, com aumento da 
taxa de extinção de espécies, devido ao impacto 
das atividades antrópicas. 
O Princípio da Precaução, aprovado na 
Declaração do Rio durante a Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (CNUMAD/Rio-92), estabelece 
que a ação deve ser imediata e preventiva. 
Gestão de Biotecnologia 
Artigo 19 da Convenção sobre Diversidade 
Biológica 
Biotecnologia significa qualquer aplicação 
tecnológica que utilize sistemas biológicos, 
organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar 
ou modificar produtos ou processos para utilização 
específica. (Artigo 2 da Convenção sobre 
Diversidade Biológica. 
O potencial de utilização sustentável da 
biodiversidade é dependente da disponibilidade de 
matéria prima, tecnologia e mercado. 
Exemplificando, um parente silvestre do trigo 
originário da Turquia proporcionou genes 
resistentes a doenças para as variedades 
comerciais de trigo resultando em ganho anual de 
US$50 milhões, somente nos Estados Unidos. Uma 
variedade de cevada da Etiópia forneceu um gene 
que protege, atualmente, a cultura da cevada na 
Califórnia contra um vírus fatal, proporcionando 
economia de US$ 160 milhões. Nos Estados 
Unidos, 25% dos produtos famacêuticos receitados, 
atualmente, contêm ingredientes ativos derivados 
de plantas e existem mais de 3000 antibióticos 
derivados de microrganismos. A exploração 
farmacológica da biodiversidade brasileira está em 
seu início e, a julgar pelos resultados obtidos em 
outros países, acredita-se que exista um vastíssimo 
campo para a produção de fármacos ainda 
desconhecidos. 
Na área da agricultura o Brasil tem exemplos, 
de repercussão internacional, sobre o 
desenvolvimento de biotecnologias que geraram 
riquezas por meio do adequado emprego de 
componentes da biodiversidade. Este é o caso do 
programa de controle biológico, por meio de 
Baculovirus anticarsia utilizado no combate à lagarta 
da soja (Anticarsia gemmatalis), que gera economia 
da ordem de 200 milhões de dólares anuais, para os 
produtores brasileiros. Exemplo semelhante e já 
rotineiro na exploração de cana-de-açúcar é o uso de 
parasitas para controlar a cigarrinha (Diatraea 
saccharalis), prática que representa economia anual 
superior a 100 milhões de dólares. De importância 
estratégica para a produção de soja no Brasil, com 
reflexos diretos na nossa pauta de exportações, é a 
economia obtida com as pesquisas que 
possibilitaram a substituição de fertilizantes 
nitrogenados por associações simbióticas da planta 
com bactérias fixadoras de nitrogênio. Este trabalho 
científico liderado pela pesquisadora Dra. J. 
Dobereiner tem proporcionado uma economia à 
agricultura brasileira da ordem de 1,6 bilhões de 
dólares anuais. Outros exemplos poderiam ser 
ascrescentado

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