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GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 Com o fim da oposição capitalismo X socialismo, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto por Cuba, China e Coréia do Norte, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo, o capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90. À fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do séc. XX, resultando na chamada nova ordem mundial. As origens dessa nova ordem estão no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, no momento em que os Estados Unidos assumiram a supremacia do sistema capitalista. A supremacia dos EUA se fundamentava no segredo da arma nuclear, no uso do dólar como padrão monetário internacional, na capacidade de financiar a reconstrução dos países destruídos com a guerra e na ampliação dos investimentos das empresas transnacionais nos países subdesenvolvidos. Durante a Segunda Guerra, os EUA atravessaram um período de crescimento econômico acelerado. Assim, quando o conflito terminou, sua economia estava dinamizada, e esse país assumia o papel de maior credor do mundo capitalista. Além disso, a conferência de Bretton Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da economia mundial, determinou que o dólar substituiria o ouro como padrão monetário internacional. Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente. A ascensão da economia japonesa foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico. Aceleração econômica e tecnológica A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção. O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países. Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia. A internacionalização do capital Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio. No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias. Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos. Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo. A globalização Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força. Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção. Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido. Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações. O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo. Embora a globalização seja mais intensana economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais. De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais: FÁBRICA GLOBAL A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece. ALDEIA GLOBAL Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países. Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 ECONOMIA MUNDO Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo. INTERDEPENDÊNCIA No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais. As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países. PAÍSES EMERGENTES Alguns países, mesmo que subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em fase de industrialização; por isso, oferecem boas oportunidades para investimentos internacionais. Entre os países emergentes destacam-se a China, a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, esse grupo representa um atraente mercado consumidor, devido ao volume de sua população. Apesar disso, são países que oferecem grandes riscos, se for considerada sua instabilidade econômica ou política. Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, os países emergentes tentam se adequar aos padrões da economia global. Para isso, têm sempre em vista os critérios utilizados internacionalmente por quem pretende selecionar um país para receber investimentos: cultura compatível com o desenvolvimento capitalista; governo que administra bem os seus gastos; disponibilidade de recursos para crescer sem inflação e sem depender excessivamente de recursos externos; estímulo às empresas nacionais para aprimorarem sua produção; custo da mão-de-obra adequado à competição internacional; existência de investimentos para educar a população e reciclar os trabalhadores. Regionalização: uma face da globalização Aos agentes da globalização – as grandes corporações internacionais – interessa a eliminação das fronteiras nacionais, mais precisamente a remoção de qualquer entrave à livre circulação do capital. Por outro lado, ao Estado interessa defender a nacionalidade, cujo sentimento não desaparece facilmente junto à população; em muitos casos, inclusive, ele permanece forte. Por isso, embora enfraquecidos diante do poder do grande capital privado, os Estados resistem à idéia de perda do poder político sobre o seu território. Os resultados desse jogo de interesses, face à acirrada competição internacional, é a formação de blocos, cada qual reunindo um conjunto de países, em geral, vizinhos ou próximos territorialmente. Os blocos ou alianças, constituídos por acordos ou tratados, representam pois uma forma conciliatória de atender aos interesses tanto dos países quanto da economia mundo. A formação de blocos econômicos significa uma forma de regionalização do espaço mundial Etapas da integração econômica A integração de economias regionais obtém- se pela aproximação das políticas econômicas e da pertinente legislação dos países que fazem parte de uma aliança. Com isso, pretende-se criar um bloco econômico que possibilite um maior desenvolvimento para todos os membros da associação. Vejamos a seguir cada etapa do processo: Primeira etapa: zona de livre comércio – criação de uma zona em que as mercadorias provenientes dos países membros podem circular livremente. Nessa zona, as tarifas alfandegárias são eliminadas e há flexibilidade nos padrões de produção, controle sanitário e de fronteiras. Segunda etapa: união aduaneira – além da zona de livre comércio, essa etapa envolve a negociação de tarifas alfandegárias comuns para o comércio realizado com outros países. Terceira etapa: mercado comum – engloba as duas fases anteriores e acrescenta a livre circulação de pessoa, serviços e capitais. Quarta etapa: união monetária – essa fase pressupõe a existência de um mercado comum em pleno funcionamento. Consiste na coordenação das políticas econômicas dos países membros e na criação de um único banco central para emitir a moeda que será utilizada por todos. Quinta etapa: união política – a união política engloba todas as anteriores e envolve também a unificação das políticas de relações internacionais, defesa, segurança interna e externa. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4 Os pólos de poder na economia globalizada Na nova ordem mundial, a bipolaridade representada por Estados Unidos e União Soviética foram substituídas pela multipolaridade. Os pólos de poder econômico são União Européia, Nafta e Apec; os de importância secundária, Mercosul e Asean. Apesar de a economia globalizada ser definida como multipolar, os principais dados referentes ao desempenho econômico internacional demonstram que existem três grandes pólos que lideram a economia do mundo: o bloco americano, o asiático e o europeu, que controlam mais de 80% dos investimentos mundiais. O bloco americano, liderado pelos Estados Unidos, realiza grande parte de seus negócios na América Latina, sua tradicional área de influência: o bloco asiático, liderado pelo Japão, faz mais de 50% de seus investimentos no leste e no sudeste da Ásia: e a União européia concentra dois terços de sua atuação econômica nos países do leste europeu. Pode-se observar, portanto, que a economia globalizada é, na verdade, tripolar. A influência econômica está nas mãos dos países que representam as sete maiores economias do mundo: Estados unidos, Japão, Alemanha,França, Itália, Reino Unido e Canadá. Por sua vez, no interior desses países são principalmente as grandes empresas transnacionais que têm condições de liderar o mercado internacional. A NOVA GEOPOLÍTICA NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO Este é um tempo de esperanças e de angústias. A atualidade está grávida do futuro, como classicamente se notou. Afloram novas tendências - a chamada geo-economia, por exemplo - enquanto reafirmam-se políticas permanentes, como a de poder mundial. Após décadas de repúdio, voltam a ser utilizadas antigas ferramentas de análise, como parece ser o caso da geopolítica. Poder, geo-economia e geopolitica compõem o campo contemporâneo da segurança internacional. Com o fim da guerra fria, propagou-se a percepção superficial de que, doravante, as diferenças internacionais se confinariam ao campo comercial e financeiro (daí a voga da geo- economia) e que as manifestações de poder político e militar passavam a ser apenas marginais. As questões de segurança internacional formam um contexto político específico e integrado. Os processos de globalização e regionalização econômica não existem isoladamente, pois se amparam na articulação da ordem política mundial, a qual, por seu turno, é condicionada por considerações de poder que concretamente condicionam. Durante muito tempo, imaginou-se que a geopolítica e sua pesada tradição histórica - colonial, belicista e expansionista - estavam para sempre sepultadas. Este anúncio era obviamente precipitado. Na verdade, nem se devem separar as concepções geopolíticas das geo-econômicas, nem se poderia realmente omitir a questão do poder da análise político-estratégica. Nesta fase, registra-se uma espécie de renascimento da geopolítica. A Europa se reorganiza com base em uma geometria flexível, ainda a ser precisada nos campos político, econômico e militar. Na África, expande-se uma inquietante zona de instabilidades que engloba Ruanda, Burundi e Zaire (Congo). Não há sinais de que esse processo, seus fluxos de refugiados e as rivalidades tribais, regionais e globais, nele subjacentes, já estejam sob controle. No Oriente Médio, as conhecidas oposições de forças entre árabes e israelenses se radicalizam, ao mesmo tempo em que persistem tensões no Golfo. A Bacia do Cáspio aparece como um área de dura disputa, em que considerações políticas e econômicas - petróleo - aparecem combinadas. A Ásia central está em transição estratégica. Na Ásia oriental, persiste o jogo de poder que envolve as principais potências com presença regional. Mesmo em nossa região, muito menos tensa, se relança o tema, há tanto tempo em hibernação, da compra de armamentos sofisticados e, à raiz da negociação da ALCA, volta-se a tratar do tema da hegemonia hemisférica. A novidade é que agora a geopolítica não incorpora apenas esses componentes pesados e tradicionais de planejamento para o conflito, disputas e violências. É verdade que a nova geopolítica continua a preocupar-se com categorias fundamentais do entendimento político-estratégico, que estão nos manuais: o território, sua localização, distribuição espacial, interrelação e complexidade dos fenômenos e das forças em presença. Mas apresenta também facetas inéditas. Pelo menos três dimensões profundamente inovadoras se incorporam à geopolítica: a construção de espaços regionais, como, por exemplo, a América do Sul e o Mercosul; o dramático despontar do espaço digitalizado mundial, no qual sobressaem a Internet e a televisão; e a expansão de um espaço econômico que se pretende virtualmente desterritorializado, mas que se materializa em fluxos de capital e investimentos diretos. Em nosso entorno imediato, a nova geopolítica regional rompe com o modelo antigo, consagrado em livros afinal relegados ao fundo das estantes. Desaparece o modelo de desunião e diferenças, baseado no predomínio do desconhecimento recíproco ou nas relações de rivalidade. Concretizam-se os interesses comuns, via GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 cooperação e, sobretudo, integração. Muda, pois, a visão e o destino da América do Sul. Todos saem amplamente ganhadores, ao findar o velho jogo de soma-zero. Os desafios da globalização nos levam a articular um futuro em que a região sul-americana funcione como um todo efetivo e harmônico, em benefício de cada um de nossos países. Abre-se, por outro lado, um horizonte eletrônico e cibernético global, um novo espaço geopolítico que aproxima os povos e países e no qual nossa região joga sua identidade em formação. A Internet, a televisão, a nova telefonia são as facetas mais visíveis desse bravo novo mundo digitalizado. Seu avesso está nas possibilidades de dominação cultural, - propaganda, interferência eletrônica e criação de discriminação a excluir os que não têm acesso aos meios avançados de informação. Vivemos uma época em que prioridade crescente será dada à segurança das comunicações - à proteção tecnológica da privacidade assegurada pela Constituição e à proteção dos legítimos segredos comerciais e financeiros. É necessário afirmar presença brasileira na Internet e ampliar a democratização do acesso maciço dos usuários potenciais à rede. Dessa forma, evitaremos ser apenas consumidores de um produto cultural, científico e tecnólogico alheio. A procura crescente estimulará fortemente a ampliação da oferta local de material informativo, na rede, o que já vem ocorrendo. Mais transparência é hoje um ingrediente fundamental da democracia. Em segundo lugar, devemos buscar não a rivalidade e a separação entre o português e o espanhol na rede, mas o reforço mútuo, a firme cooperação na divulgação de ambos os idiomas e a disponibilidade ampla de home pages e de grupos de discussão bilingues. Finalmente, o processo expansão e globalização dos fluxos financeiros induz uma nova geopolítica mundial de investimentos. O mundo do capital está em transformação, novas tendências, novas possibilidades de ganho e novas pressões se estão desatando. Segundo dados do Banco Mundial, o fluxo líquido de capital privado em direção aos países em desenvolvimento aumentou 5,5 vezes nos seis últimos anos, alcançando $ 244 bilhões de dólaresenquanto os recursos oficiais passam de uma fase de estagnação para uma de declínio, sendo agora de $ 41 bilhões. A Ásia- Pacífico absorveu, no ano passado, $ 109 bilhões, dos quais apenas a China ficou com $ 52 bilhões (ou seja 21% do total mundial) e a América Latina - Caribe outros $ 74 bilhões. Acirra-se a competição pela entrada de capitais privados, envolvendo, na mesma faixa que o Brasil ($ 15 bilhões, cifra provavelmente subestimada) e a Argentina ($ 11 bilhões) - como as mais fortes economias do Mercosul - países como o México ($ 28 bilhões), Indonésia ($ 18 bilhões), Malásia ($ 16 bilhões) e Tailândia ($ 13 bilhões), o que aconselha um tratamento para a questão que vá muito além da vocação descritiva da geografia econômica. No novo contexto competitivo mundial, é flagrante a necessidade do melhoramento da coleta, processamento e difusão de informações econômicas, a defesa contra a intrusão por meios eletrônicos e do esforço no campo vital da segurança e privacidade das comunicações. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 1. Principais problemas ambientais no mundo e no Brasil É possível dividir os problemas ambientais do mundo em três níveis: a) Alterações climáticas Os efeitos de El Niño e LaNiña São fenômenos que se manifestam nas águas oceânicas do Pacífico ocasionando alterações no clima do planeta Terra e interferências nas variações de temperatura e na regularidade das chuvas. Geralmente seguido do El Niño ocorre a La Niña, porém com efeitos contrários. O aumento dos ventos alísios carrega as águas quentes superficiais para a Ásia, e as águas frias seguem a direção inversa, chegando à superfície aos arredores do litoral peruano. Degelo no Mundo O degelo é um dos efeitos do aquecimento global que vem ocorrendo em diversas partes do planeta. As grandes cordilheiras mundiais estão tendo suas massas de gelo e neve reduzidas. De acordo com os especialistas no assunto, até o ano de 1997 a região Ártica já tinha 14% de sua área reduzida, e a Antártica possuía 3000 Km 2 de degelo. b) formas distintas de poluição Poluição do ar É causada principalmente pela queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) que aumenta a concentração de CO 2 (dióxido de carbono) na atmosfera terrestre. Poluição da água As águas são contaminadas pelo lançamento de materiais poluentes nos mares, rios, lagos e represas. Lixo, produtos químicos e esgoto sem tratamento são os principais poluentes das águas e a despoluição das águas é um processo bastante trabalhoso. Poluição do solo É causada pelos lixos que são jogados em locais impróprios e que demoram se decompor, e por componentes químicos. Principais poluentes do solo GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7 Poluição sonora Ocorre principalmente nos grandes centros urbanos devido às buzinas, ruídos de motores e escapamentos, máquinas, e pessoas falando ao mesmo tempo, prejudicando o sistema auditivo. Poluição visual É provocada por placas, propagandas, outdoors, pichações dispostos em ambientes urbanos, que além de poluir o visual das cidades, tiram a atenção dos motoristas contribuindo para os acidentes de trânsito. c) extinção de espécies e desmatamento Muitas florestas estão sendo derrubadas para o comércio de madeira, ou sendo queimadas para a formação de pastos e para o crescimento urbanização. Animais estão sujeitos à caça e pesca predatória para a comercialização de sua pele e carne. Com isso, muitas espécies de plantas e animais correm sérios riscos de entrar em extinção. Importância das florestas As florestas são muito úteis para a vida na terra, é o habitat mais diversificado do planeta. A importância das florestas está relacionada a alguns fatores: . Conservam o equilíbrio entre os gases presentes na atmosfera. . Mantêm o equilíbrio da temperatura. . Protegem os rios, diminuindo as chances de assoreamento. . Protegem os solos da água da chuva, evitando que ela passe pelo tronco e infiltre no subsolo. . Favorece a existência de animais de várias espécies, fornecendo alimento à eles. Portanto, a destruição das florestas representa um grande risco ambiental. O selo verde O Conselho de Manejo Florestal (FSC), uma ONG ambientalista internacional, representa o selo verde que apóia os produtos de origem florestal de maneira sustentável. O lixo Com o crescimento populacional, a quantidade de lixo produzido também tem aumentado. A decomposição é uma forma de controlar o lixo urbano, porém grande parte desse lixo não é biodegradável, portanto, não se decompõe causando a poluição. O lixo das cidades pode ser levado para os lixões, aterros sanitários ou passam pelos processos de incineração ou compostagem. Lixão Os Lixões são extensos terrenos a céu aberto para onde os lixos urbanos são levados. Neste local o lixo não recebe tratamento adequado, causando grandes problemas ambientais como a reprodução de moscas e a produção do chorume através da decomposição do lixo, substância altamente tóxica que contamina os lençóis freáticos e o solo. Aterros Sanitários O aterro sanitário é um local onde o lixo é enterrado em camadas alternadas de lixo e terra, evitando-se assim o mau cheiro e a proliferação de insetos. Na execução de um aterro sanitário, é importante impermeabilizar sua base para evitar a contaminação do subsolo e construir canais de drenagem para os gases e líquidos (chorume) que se formarão. O lixo que vai para o aterro sanitário são os não-recicláveis, no entanto, é comum encontrar materiais recicláveis nos aterros, pois a coleta seletiva ainda não é realizada adequadamente. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 Incineração Incineração é um processo que consiste em queimar o lixo em câmaras de incineração, reduzindo o número de resíduos e destruindo os microorganismos causadores de doenças. Compostagem Compostagem é um processo na qual o lixo passa por uma triagem e é divido em três partes: material orgânico, materiais não-aproveitáveis e materiais recicláveis. O material orgânico passa por um tratamento biológico, onde é produzido um composto que é usado como adubo para a fertilização do solo. Os materiais não-aproveitáveis são levados para os aterros sanitários. Os materiais recicláveis são direcionados para determinados locais onde ele será reaproveitado para fazer novos produtos. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 RELEVO O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma: - Planalto: formado a partir de erosões eólicas (pelo vento) ou pela água - Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas. As principais planícies brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal e Litorânea - Depressões: resultado de erosões CLIMA São todas as variações do tempo de um lugar. Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, oceânicas e continentais. Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região. Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente. No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar: - MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida - MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida - MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida - MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca - MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida OS CLIMAS DO BRASIL Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e úmido - pouca variação de temperatura durante o ano - compreende a Amazônia brasileira - é um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem Clima Litorâneo Úmido - influenciado pela mTa - compreende as proximidades do litoral desde o RioGrande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo. Clima Tropical (alternadamente úmido e seco) - é o clima predominante na maior parte do Brasil - é um clima quente e semi-úmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno) Clima Semi-Árido - sertão do nordeste - clima quente mais próximo do árido - as chuvas não são regulares e são mal distribuídas Clima Subtropical - abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio. - Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais - Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão HIDROGRAFIA Características da Rede Hidrografia Brasileira - Rica em rios e pobre em lagos - Os rios brasileiros dependem das chuvas para se ―alimentarem‖. O Rio Amazonas embora precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce - A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente) GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 - As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo - A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para navegação. BACIAS HIDROGRÁFICAS É a área compreendida por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. Principais Bacias Hidrográficas do Brasil: - Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma área de 6 milhões de km. - Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada inteiramente dentro do território brasileiro. - Bacia do São Francisco: também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do Tocantins. - Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção de usinas hidrelétricas, dentre elas, Furnas, Marimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – Itaipu – (entre o Brasil e Paraguai). - Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos destacar as usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinheiro e Machadinho. - Bacias secundárias: formada por rios que não pertencem a nenhuma bacia principal, porém foram reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a sua localização: - Bacia do Norte-Nordeste - Bacia do Leste - Bacia do Sudeste-Sul VEGETAÇÃO Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da vegetação de um dado local. A Floresta Amazônica - milhares de espécies vegetais - não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde - é dividida em 3 tipos de matas: Igapó, Várzea, Terra Firme - vive do seu próprio material orgânico - a fauna é rica e variada - espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a onça-pintada - Desmatamento da Amazônia A Mata Atlântica - é menos densa que a Floresta Amazônica - quase 100% dela já foi destruída, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da Mata Atlântica). - os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pintada são originários da Mata Atlântica, porém estão ameaçados de extinção vivem ainda na mata, os gambás, tamanduás, preguiça, mas estão fora do perigo das extinção. - Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área ainda permaneça. Caatinga - vegetação típica do clima semi-árido do sertão nordestino - vegetação pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para suportar o longo período de estiagem - arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna) também fazem parte da paisagem Mata de Araucária - corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês - Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave) Cerrado Típica da região centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Há também o predomínio de arbustos com galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, para ajudar a suportar o período de seca. Quase 50% da vegetação dos cerrados foi destruída devido o crescimento da agropecuária no Brasil. O cerrado é cortado por 3 grandes bacias hidrográficas (Tocantins, São Francisco e Prata) contribuindo muito para a biodiversidade da região que é realmente surpreendente, por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies de répteis e mais de 190 mamíferos. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 Pantanal Vegetação heterogênea: plantas higrófilas (em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas. O Pantanal sofre a influência de vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais. Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano, encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tucanos e tuiuiú. Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. Durante um período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terra ―firmes‖ ocupando todas as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo de floração. Quando as chuvas começam a parar (entre junho e setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo. Os Campos - é uma vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil - a paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados) - predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras) De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais importante, devido a riqueza do seu solo. Vegetações Litorâneas São características das terras baixas e planícies do litoral. Formam vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas. Distribuição e Estrutura da População Brasileira Ao divulgar os primeiros resultados do Censo 2000, o IBGE revelou a existência de um novo Brasil, tantas foram as mudanças verificadas na dinâmica da população brasileira, notadamente na última década do século XX.As transformações da dinâmica e da distribuição da população brasileira, que se iniciaram com o processo de industrialização, acompanharam as mudanças do modelo econômico do país. O país rural, com grandes vazios demográficos no interior e uma população fortemente concentrada nas regiões litorâneas, há muito tempo já ficou para trás. O Censo 2000 revela um novo Brasil. Por isso, precisamos conhecer seus resultados para entender melhor quantos somos, onde e como vivemos (campo, cidade e tipos de moradia).A demografia, estudo dos vários aspectos da população, nosrevela muito sobre as mudanças políticas, sociais e econômicas sofridas pelo país através de sua história. Nossas cidades, estados e regiões podem ser "radiografados" através do estudo das principais características de sua população. O conhecimento dos dados demográficos de um país é fundamental para que ele seja bem administrado. Programas de saúde, educação, construção de estradas, usinas de energia elétrica. produção de alimentos têm de ser adequados ao perfil da população nacional. Um país com muitos jovens necessita de grandes investimentos em educação. Quando o número de idosos é maior, é preciso uma boa estratégia de previdência social. Esses são apenas exemplos da necessidade de se conhecer bem a população de um país. Produção, consumo, emprego, habitação são itens indispensáveis para o planejamento das condições de vida de seus habitantes. A população brasileira começa a se desconcentrar. A principal característica do perfil demográfico brasileiro sempre foi a concentração populacional determinadas áreas do país, sobretudo no Sudeste, no Sul e nas áreas metropolitanas. O Censo 2000 revelou que quase a metade da população brasileira vive em apenas 244 dos 5.507 municípios do país. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 A ocupação do território brasileiro é extremamente desigual: ao mesmo tempo que temos municípios com menos de l hab./km2, como Atalaia do Norte (Amazonas), há outros, como São João do Meriti (Rio de Janeiro), com 12 897,8 hab./km2. Mas já é possível notar uma pequena modifícação quanto às áreas de grande concentração populacional. A região Sudeste possui hoje 41,989 dos habitantes do país. Em 1991, representava quase 44% desse total. Nessa mesma região revela-se o crescimento maior das cidades médias do interior em relação às capitais de estados. Não podemos falar, ainda, em interiorização, mas a tabela 2 comprova os primeiros sinais dessas mudanças. As cidades médias (de 50 mil a 500 mil hab.) foram as que tiveram maior aumento populacional. Durante a década de 1990, 30 milhões de pessoas mudaram-se para as cidades médias do Sudeste. As grandes cidades (metrópoles), como São Paulo (0,85%). Rio de Janeiro (0,73%) e Belo Horizonte (1,13%), já estão saturadas e apresentaram crescimento abaixo da média nacional. Salvador (BA) e Fortaleza (CE) continuam como pólos atrativos na região Nordeste. As áreas metropolitanas que mais ganharam população estão Fora do Sudeste. Brasília, Florianópolis, Goiânia, São Luís, Curitiba. Como somos e como vivemos Éramos um país de jovens. Estamos envelhecendo. Essa é a grande novidade da última década. O brasileiro vive mais e a taxa de fecundidade caiu. Há muito tempo (desde 1970) não somos mais um Brasil rural. Melhoramos nossos indicadores sociais, mas, assim como a desigualdade da distribuição caracteriza nossa população, uma outra desigualdade torna nosso povo mais pobre - a concentração de renda nas mãos de uma pequena parcela.Apesar de serem maioria na população, nem por isso a situação das mulheres é melhor que a dos homens. O Brasil é das mulheres, mas o poder é dos homens. Como vive a mulher brasileira no início do século XXI? Vamos conhecer todas essas características do povo brasileiro através dos levantamentos demográficos da última década e de sua comparação com dados anteriores. Crianças, jovens, adultos e idosos A população brasileira vem alterando o seu perfil quanto à composição etária da população. Segundo o IBGE, a população de O a 6 anos, no Brasil, diminuiu 3,4%nadécadadel990.De23,9milhõeseml991,há 23,1 milhões de meninos e meninas cm 2001. O número da PEA (população economicamente ativa), no Brasil, deverá atingir 32 milhões em 2020 - cerca de 63% do total. Também a faixa acima dos 60 anos deverá atingir 15,5%, o dobro da porcentagem atual. O Rio de Janeiro é a cidade que possui o maior número de idosos (12,1 %) em nosso país. O Censo 2000 revelou que há 24 576 brasileiros com mais de 100 anos de idade. Desse total, 57,5% são mulheres. A pirâmide etária do Brasil Como vimos anteriormente, a pirâmide etária é o gráfico que expressa a composição por sexo e idade de uma população. As taxas de crescimento vegetativo no Brasil estão mais baixas. Isso resultou na mudança do perfil da pirâmide etária da população brasileira. A idade mediana do brasileiro (idade que separa os 50% mais jovens dos 50% mais velhos) é de 24,2 anos, isto é, metade da nossa população está abaixo dessa faixa etária. Homens e mulheres De modo geral, a população brasileira sempre apresentou uma ligeira superioridade numérica de mulheres em relação aos homens. Pela Sinopse Preliminar do Censo 2000, há 96,87 homens para cada 100 brasileiras. A população feminina ultrapassa a masculina em mais de 2,6 milhões. Sabendo que nascem mais meninos do que meninas, essa diferença pode ser explicada pelas taxas de mortalidade, mais altas entre os homens. Foram recenseadas 86 223 155 mulheres e 83 576 815 homens. Apenas na região Norte o número de homens ultrapassa o de mulheres. A ultima década do milênio consolidou as conquistas femininas de igualdade de direitos. Balanço divulgado na véspera do dia internacional da mulher pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as mulheres já representam 40,3% da população ocupada (contra 38,8% em 1992) e 26% das famílias brasileiras são chefiadas por elas. A comparação dos números tios últimos dez anos mostra outra mudança: o percentual de homens que trabalham e também se ocupam de afazeres domésticos passou GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 de 35,8% para 51,2%. Um aumento maior, no entanto, ocorreu no número de mulheres responsáveis por suas famílias. Elas eram 18,1% em 1991 e passaram a ser 24.9% em 1999. Condições de vida No período 1992-2000, tivemos uma significativa melhora nos índices de educação e saúde. Entretanto a excessiva concentração de renda prejudica o desempenho geral do país que está classificado em 69" lugar, com um IDH médio (0,750), no Relatório do desenvolvimento humano da ONU. Os melhores Indicadores sociais estão no Distrito Federal e os piores, no estado do Maranhão. Pobreza e favelização Entre 1998 e 1999, a proporção de brasileiros vivendo com menos de l dólar por dia (abaixo da linha de pobreza) passou de 5, l % para 9%. Essa situação se reflete nas condições de moradia do brasileiro. Caiu o número de moradores por domicílio - de 4,15 pessoas para 3,75 -e aumentou a favelização, O número de favelas passou de 3188, em 1991, para 3 905, em 2000, crescendo 22,5%. Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Brasil é de 190.755.799 habitantes. Esse elevado contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo. O Brasil ocupa hoje o quinto lugar dentre os mais populosos, sendo superado somente pela China (1,3 bilhão), Índia (1,1 bilhão), Estados Unidos (314 milhões) e Indonésia (229 milhões). A população brasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente povoadas e outras com baixa densidade demográfica. A população brasileira estabelece-se de forma concentrada na Região Sudeste, com 80.364.410 habitantes; o Nordeste abriga 53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 milhões. As regiões menos povoadas são: a Região Norte, com 15.864.454, e o Centro-Oeste, com pouco mais de 14 milhões de habitantes.A irregularidade na distribuição da população fica evidente quando alguns dados populacionais de regiões ou estados são analisados. Somente o estado de São Paulo concentra cerca de 41,2 milhões de habitantes, sendo superior ao contingente populacional das regiões Centro-Oeste e Norte juntas. A população brasileira está distribuída em um extenso território, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Em virtude disso, a população relativa é modesta, com cerca de 22,4 hab./km². O dado apresentado classifica o país como pouco povoado, apesar de ser populoso diante do número da população absoluta. O Sudeste é a região mais populosa do país por ter ingressado primeiramente no processo de industrialização, encontrando-se hoje bastante desenvolvido industrial e economicamente. O surgimento da indústria no Sudeste foi primordial para a urbanização e a concentração populacional na região, pois se tornou uma área de atração para trabalhadores de diversos pontos do país. Em relação à densidade demográfica, a região Sul ocupa o segundo lugar. As causas dessa concentração devem-se principalmente pelo fato de a região ser composta por apenas três estados e pela riqueza contida neles, o que proporciona um elevado índice de urbanização. O Nordeste é a segunda região mais populosa, no entanto, a densidade demográfica é baixa, proveniente da migração ocorrida para outros pontos do Brasil, ocasionada pelas crises socioeconômicas comuns nessa parte do país. O Centro-Oeste ocupa o quarto lugar quando se trata de população relativa. Isso é provocado pelo tipo de atividade econômica vinculada à agropecuária e que requer pouca mão de obra. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 O Brasil é a maior economia da América Latina (e a segunda da América, atrás apenas dos Estados Unidos), a sétima maior economia do mundo a taxas de mercado de câmbio e a sétima maior em paridade do poder de compra (PPC), de acordo com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O seu PIB (PPC) per capita é de 12 181 dólares, colocando o Brasil na posição 75ª posição de acordo com dados do Banco Mundial.3 O país tem grandes e desenvolvidos setores agrícola, minerador, manufatureiro e de serviços, bem como um grande mercado de trabalho. As exportações brasileiras estão crescendo, criando uma nova geração de magnatas.253 Os principais produtos de exportação incluem aeronaves, equipamentos elétricos, automóveis, álcool, têxtil, calçados, minério de ferro, aço, café, suco de laranja, soja e carne enlatada O país tem vindo a expandir a sua presença nos mercados financeiros internacionais e mercados de commodities e faz parte de um grupo de quatro economias emergentes chamadas de países Bric Entre as empresas mais conhecidas do Brasil estão: Brasil Foods, Perdigão, Sadia e JBS (setor alimentício); Embraer (setor aéreo); Havaianas e Calçados Azaleia (calçados); Petrobras (setor petroleiro); Companhia Vale do Rio Doce (mineração); Marcopolo e Busscar (carroceiras); Gerdau (siderúgicas); Organizações Globo (comunicação). O Brasil é visto por muitos economistas como um país com grande potencial de desenvolvimento, assim como a Rússia, Índia e China, os países BRIC. Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro. De acordo com dados do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per capita de 49.759 dólares, tornando-se a quarta maior economia do planeta. A economia brasileira é diversa, abrangendo a agricultura, a indústria e uma multiplicidade de serviços. Atualmente o país tem conseguido impor sua liderança global graças ao desenvolvimento de sua economia. A força econômica que o país tem demonstrado, deve-se, em parte, ao boom mundial nos preços de commodities e de mercadorias para exportação, como a carne bovina e a soja. As perspectivas da economia brasileira têm melhorado ainda mais graças a descobertas de enormes jazidas de petróleo e gás natural na bacia de Santos.263 Potência mundial na agricultura e em recursos naturais, o Brasil desencadeou sua maior explosão de prosperidade econômica das últimas em três décadas. A agricultura e setores aliados, como a silvicultura, exploração florestal e pesca contabilizaram 6,1% do PIB em 2007, um desempenho que põe o agronegócio em uma posição de destaque na balança comercial do Brasil, apesar das barreiras comerciais e das políticas de subsídios adotadas pelos países desenvolvidos. Em relatório divulgado em 2010 pela OMS, o Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia.249 A indústria de automóveis, aço, petroquímica, computadores, aeronaves e bens de consumo duradouros contabilizam 30,8% do produto interno bruto brasileiro.265 A atividade industrial está concentrada geograficamente nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza. O país responde por três quintos da produção industrial da economia sul-americana e participa de diversos blocos econômicos como: o Mercosul, o G-22 e o Grupo de Cairns. O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: União Europeia (com 26% do saldo); Mercosul e América Latina (25%); Ásia (17%) e Estados Unidos (15%). Um setor dos mais dinâmicos nessa troca é o de agronegócio, que mantém o Brasil entre os países com maior produtividade no campo. Dono de sofisticação tecnológica, o país desenvolve de submarinos a aeronaves, além de estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo um Centro de Lançamento de Veículos Leves e sendo o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir, no seu território, as dez maiores empresas montadoras de automóveis. Turismo O turismo é um setor crescente e fundamental para a economia de várias regiões do país. O Brasil recebeu 5,1 milhões de visitantes estrangeiros em 2010, o que o torna o segundo principal destino turístico na América do Sul e o terceiro na América Latina, depois de México e Argentina. As receitas de turistas internacionais atingiu 5,9 bilhões de dólares em 2010, uma recuperação da crise econômica de 2008-2009. Os registros históricos de 5,4 milhões de visitantes GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 internacionais e 6,775 bilhões de dólares em receitas foram atingidos em 2011. Entre os destinos mais procurados estão a Floresta Amazônica, praias e dunas na região nordeste, o pantanal no centro-oeste, praias no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, turismo cultural e histórico em Minas Gerais e viagens de negócios em São Paulo. A maioria dos visitantes internacionais que chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), dos Estados Unidos (11,5%) e do Uruguai (5,0%), sendo o Mercosul e os países vizinhos da América do Sul os principais emissores de turistas. O turismo interno é um segmento de mercado fundamental para a indústria, uma vez que 51 milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005. Infraestrutura Educação UniversidadeFederal do Paraná (UFPR), uma das mais antigas instituições de ensino superior do país, fundada em 1912. A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação. Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa de literacia da população brasileira foi de 90,4%, significando que 13 milhões (9,6% da população) de pessoas ainda são analfabetas no país; já o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da população. O analfabetismo é mais elevado no Nordeste, onde 19,9% da população é analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual de pessoas na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etária de 6 a 14 anos e de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 anos, enquanto o tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 10 anos foi, em média, de 6,9 anos. O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós- graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, desde que o aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou auditiva Saúde O sistema de saúde pública brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do governo, sendo o maior sistema do tipo do mundo.280 Já os sistemas de saúde privada atendem um papel complementar.281 Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 camas hospitalares para cada 1000 habitantes. Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes por 1000 nascimentos). O número de mortes por doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 habitantes) e câncer (72,7 mortes por 100 000 habitantes) também têm um impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência e suicídio causaram 14,9% de todas as mortes no país. Energia O Brasil é o décimo maior consumidor da energia do planeta e o terceiro maior do hemisfério ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá. A matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis, sobretudo a energia hidrelétrica e o etanol, além de fontes não-renováveis de energia, como o petróleo e o gás natural. A Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, é a maior usina hidrelétrica do planeta por produção de energia. Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-de- açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos flex", que funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o consumidor possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol. Os países com grande consumo de combustível, como a Índia e a China, estão seguindo o progresso do Brasil nessa área. Além disso, países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para ajudar GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo de Quioto. O Brasil possui a segunda maior reserva de petróleo bruto na América do Sul e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos. O país é um dos mais importantes do mundo na produção de energia hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts (MW), a energia hídrica é responsável por 66.000 MW (74%). A energia nuclear representa cerca de 3% da matriz energética do Brasil. O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na Bacia de Santos. Transportes Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sendo 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar Dutra.298 O presidente Juscelino Kubitschek (1956–61), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz, BMW, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística. Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque.296 O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.296 300 O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais. O país possui uma extensa rede ferroviária de 28 857 km de extensão, a décima maior rede do mundo. Atualmente, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, um trem-bala que vai ligar as duas principais metrópoles do país. Há 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O país também possui 50 000 km de hidrovias. Ciência e tecnologia O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os padres Bartolomeu de Gusmão, Roberto Landell de Moura e Francisco João de Azevedo, além de Alberto Santos Dumont, Evaristo Conrado Engelberg, Manuel Dias de Abreu, Andreas Pavel e Nélio José Nicolai. A ciência brasileira é representada por nomes como César Lattes, Mário Schenberg, José Leite Lopes eFritz Müller. Entre os profissionais e pesquisadores da área de medicina, destacam-se os brasileiros Ivo Pitanguy, Mayana Zatz, Adib Jatene, Adolfo Lutz, Emílio Ribas, Vital Brasil, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e Silva e Euryclides Zerbini. A produção científica brasileira começou, efetivamente, nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real e a nobreza portuguesa, chefiadas pelo Príncipe-regente Dom João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invasão do exército de Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até então, o Brasil era uma colônia portuguesa (ver colônia do Brasil), sem universidades e organizações científicas, em contraste com as ex-colônias americanas do império espanhol, que apesar de terem uma grande parte da população analfabeta, tinham um número considerável de universidades desde o século XVI. A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz e Butantã, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, estado de São Paulo, o único acelerador de partículas da América Latina. O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de satélites.326 Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasileira assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para a ISS.327 Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta. O urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende a demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nuclear do país. O Brasil também é um dos três países da América Latina com um laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das ciências dos materiais e da biologia. Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de tecnologia da informação. Mídia e comunicações A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais ou livros. A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente Dom João.334 A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e publicações das editoras Abril e Globo. A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 1922,339 sendo a primeira transmissão um discurso do então presidente Epitácio Pessoa, porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro". Na década de 1930 começou a era comercial do rádio, com a permissão de comerciais na programação, trazendo a contratação de artistas e desenvolvimento técnico para o setor. Com o surgimento das radionovelas e da popularização da programação, na década de 1940, começou a chamada era de ouro do rádio brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade brasileira semelhante ao que a televisão produz hoje. Com a criação da televisão o rádio passa por transformações, os programas de humor, os artistas, as novelas e os programas de auditório são substituídos por músicas e serviços de utilidade pública. Na década de 1960 surgiram as rádios FMs que trazem mais músicas para o ouvinte. A televisão no Brasil começou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi. Desde então a televisão cresceu no país, criando grandes redes como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a televisão representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. A televisão digital no Brasil teve início às 20h30 de 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de São Paulo, pelo padrão japonês. GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente por determinada ação ou atividade. Atualmente o planeta Terra enfrenta fortes sinais de transição, o homem está revendo seus conceitos sobre natureza. Esta conscientização da humanidade está gerando novos paradigmas, determinando novos comportamentos e exigindo novas providências na gestão de recursos do meio ambiente. Um dos fatores mais preocupantes é o que diz respeito aos recursos hídricos. Problemas como a escassez e o uso indiscriminado da água estão sendo considerados como as questões mais graves do século XXI. É preciso que tomemos partido nesta luta contra os impactos ambientais, e para isso é importante sabermos alguns conceitos relacionados ao assunto. Poluição é qualquer alteração físico- química ou biológica que venha a desequilibrar um ecossistema, e o agente causador desse problema é denominado de poluente. Como já era previsto, os principais poluentes têm origem na atividade humana. A Indústria é a principal fonte, ela gera resíduos que podem ser eliminados de três formas: Na água: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais cômoda, infelizmente os resíduos são lançados geralmente em recursos hídricos utilizados como fonte de água para abastecimento público. Na atmosfera: a eliminação de poluentes desta forma só é possível quando os resíduos estão no estado gasoso. Em áreas isoladas: essas áreas são previamente escolhidas, em geral são aterros sanitários. Classificação dos resíduos: Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e podem provocar a morte conforme a concentração, são rapidamente identificados por provocar diversas reações maléficas no organismo. Exemplos de geradores desses poluentes: indústrias produtoras de resíduos de cianetos, cromo, chumbo e fenóis. Resíduos minerais: são relativamente estáveis, correspondem às substâncias químicas minerais, elas alteram as condições físico-químicas e biológicas do meio ambiente. Exemplos de indústrias: mineradoras, metalúrgicas, refinarias de petróleo. Resíduos orgânicos: as principais fontes desses poluentes são os esgotos domésticos, os frigoríficos, laticínios, etc. Esses resíduos correspondem à matéria orgânica potencialmente ativa, que entra em decomposição ao ser lançada no meio ambiente. Resíduos mistos: possuem características químicas associadas às de natureza biológica. As indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de papel e borracha, são responsáveis por esse tipo de resíduo lançado na natureza. Resíduos atômicos: esse tipo de poluentecontém isótopos radioativos, é um lixo atômico capaz de emitir radiações ionizantes e altamente nocivas à saúde humana. Impactos sobre a Biodiversidade Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governamentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, particularmente nas regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos. Em anos recentes, a intervenção humana em habitats que eram estáveis aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados em diferentes escalas e velocidades: extensas áreas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais. Como resultado das pressões da ocupação humana na zona costeira, a Mata Atlântica, por exemplo, ficou reduzida a aproximadamente 7% de sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, são encontradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas dessas são árvores de grande porte, ainda não descritas pela ciência. Os principais processos responsáveis pela perda de biodiversidade são: • perda e fragmentação dos habitats; • introdução de espécies e doenças exóticas; • exploração excessiva de espécies de plantas e animais; GEOGRAFIA Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19 • uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento; • contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e • mudanças climáticas. As inter-relações das causas de perda de biodiversidade com a mudança do clima e o funcionamento dos ecossistemas apenas agora começam a ser vislumbradas. Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica. Primeiro, porque se acredita que a diversidade biológica é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo, porque se acredita que a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. Terceiro, porque se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, com aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas. O Princípio da Precaução, aprovado na Declaração do Rio durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD/Rio-92), estabelece que a ação deve ser imediata e preventiva. Gestão de Biotecnologia Artigo 19 da Convenção sobre Diversidade Biológica Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica. (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica. O potencial de utilização sustentável da biodiversidade é dependente da disponibilidade de matéria prima, tecnologia e mercado. Exemplificando, um parente silvestre do trigo originário da Turquia proporcionou genes resistentes a doenças para as variedades comerciais de trigo resultando em ganho anual de US$50 milhões, somente nos Estados Unidos. Uma variedade de cevada da Etiópia forneceu um gene que protege, atualmente, a cultura da cevada na Califórnia contra um vírus fatal, proporcionando economia de US$ 160 milhões. Nos Estados Unidos, 25% dos produtos famacêuticos receitados, atualmente, contêm ingredientes ativos derivados de plantas e existem mais de 3000 antibióticos derivados de microrganismos. A exploração farmacológica da biodiversidade brasileira está em seu início e, a julgar pelos resultados obtidos em outros países, acredita-se que exista um vastíssimo campo para a produção de fármacos ainda desconhecidos. Na área da agricultura o Brasil tem exemplos, de repercussão internacional, sobre o desenvolvimento de biotecnologias que geraram riquezas por meio do adequado emprego de componentes da biodiversidade. Este é o caso do programa de controle biológico, por meio de Baculovirus anticarsia utilizado no combate à lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), que gera economia da ordem de 200 milhões de dólares anuais, para os produtores brasileiros. Exemplo semelhante e já rotineiro na exploração de cana-de-açúcar é o uso de parasitas para controlar a cigarrinha (Diatraea saccharalis), prática que representa economia anual superior a 100 milhões de dólares. De importância estratégica para a produção de soja no Brasil, com reflexos diretos na nossa pauta de exportações, é a economia obtida com as pesquisas que possibilitaram a substituição de fertilizantes nitrogenados por associações simbióticas da planta com bactérias fixadoras de nitrogênio. Este trabalho científico liderado pela pesquisadora Dra. J. Dobereiner tem proporcionado uma economia à agricultura brasileira da ordem de 1,6 bilhões de dólares anuais. Outros exemplos poderiam ser ascrescentado
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