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Livro GEO1

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Prévia do material em texto

G
eo
gr
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ia 1
GeoGrafia
1º ano
ensino 
médio 
Organizadora: 
edições sm
Obra coletiva concebida, 
desenvolvida e produzida 
por Edições SM.
editor responsável: 
Flávio Manzatto de Souza
Bianca Carvalho Vieira
Carla Bilheiro Santi
Carlos Henrique Jardim
Fernando dos Santos Sampaio
Ivone Silveira Sucena
SER_PROTAGONISTA_GEO_1_PNLD2018_CAPA_INSCRICAO.indd 1 5/20/16 9:50 AM
3a edição 
São Paulo
2016
Organizadora: 
Edições SM
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM.
Editor responsável: 
Flávio Manzatto de Souza 
•	 Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da 
Universidade de São Paulo (USP).
•	 Licenciado em Geografia pela Faculdade de Educação da USP.
•	 Editor de livros didáticos.
Bianca Carvalho Vieira
•	 Bacharela em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
•	 Mestra e Doutora em Ciências – Geografia pela UFRJ.
•	 Professora no Ensino Superior.
Carla Bilheiro Santi
•	 Bacharela e Licenciada plena em Geografia pela UFRJ.
•	 Mestra em Ciências – Geografia pela UFRJ.
•	 Especializada em Políticas Territoriais do Estado do Rio de Janeiro pela Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
•	 Professora no Ensino Médio e Superior.
Carlos Henrique Jardim
•	 Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
•	 Licenciado em Geografia pela Faculdade de Educação da USP.
•	 Mestre em Ciências – Geografia Física pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 
da USP.
•	 Doutor em Ciências – Análise Ambiental e Dinâmica Territorial pela Universidade Estadual de 
Campinas (Unicamp-SP).
•	 Professor no Ensino Superior.
Fernando dos Santos Sampaio
•	 Doutor em Ciências – Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências 
Humanas da USP.
•	 Professor no Ensino Superior.
Ivone Silveira Sucena
•	 Licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
•	 Professora no Ensino Fundamental e Médio.
Geografia
1 GEoGrafia1º anoEnSino Médio 
SP_GEO_1_PNLD2018_FRONTIS.indd 1 5/20/16 4:01 PM
Edições SM Ltda.
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55
Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
edicoessm@grupo-sm.com
www.edicoessm.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vieira, Bianca Carvalho
Ser protagonista : geografia, 1° ano : ensino médio / Bianca 
Carvalho Vieira ... [et al.] ; organizadora Edições SM ; obra 
coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições 
SM ; editor responsável Flávio Manzatto de Souza. – 3. ed. 
– São Paulo : Edições SM, 2016. – (Coleção ser 
protagonista)
Outros autores: Carla Bilheiro Santi, Carlos Henrique
Jardim, Fernando dos Santos Sampaio, Ivone Silveira 
Sucena
Suplementado pelo manual do professor.
Bibliografia.
ISBN 978-85-418-1363-1 (aluno)
ISBN 978-85-418-1364-8 (professor)
1. Geografia (Ensino médio) I. Vieira, Bianca Carvalho. 
II. Santi, Carla Bilheiro. III. Jardim, Carlos Henrique. IV. 
Sampaio, Fernando dos Santos. V. Sucena, Ivone Silveira. 
VI. Souza, Flávio Manzatto de. VII. Série. 
16-02550 CDD-910.712
Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino médio 910.712
3ª edição, 2016
 Ser protagonista – Geografia – 1
 © Edições SM Ltda. 
 Todos os direitos reservados
 Direção editorial Juliane Matsubara Barroso
 Gerência editorial Roberta Lombardi Martins
 Gerência de design e produção Marisa Iniesta Martin
 Edição executiva Flávio Manzatto de Souza
 Edição: Ana Carolina F. Muniz, Andrea de Marco Leite de Barros, Daniella Almeida Barroso, 
 Felipe Khouri Barrionuevo, Gisele Manoel, Stela Kuperman Pesso
 Colaboração técnico-pedagógica: Beatriz Simões Gonçalves, Felipe Azevedo de Souza Mattos, 
 Maíra Fernandes, Maria Izabel Simões Gonçalves, Michelle Maria Biajante, Simone Affonso da Silva
 Coordenação de controle editorial Flavia Casellato
 Suporte editorial: Alzira Bertholim, Camila Cunha, Fernanda D’Angelo, Giselle Marangon, 
 Mônica Rocha, Silvana Siqueira, Talita Vieira
 Coordenação de revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
 Preparação e revisão: Ana Paula Ribeiro Migiyama, Berenice Baeder, Eliana Vila Nova de Souza, 
 Eliane Santoro, Fátima Carvalho, Lu Peixoto, Mariana Masotti, Sâmia Rios, Vera Lúcia Rocha 
 Marco Aurélio Feltran (apoio de equipe)
 Coordenação de design Rafael Vianna Leal
 Apoio: Didier Dias de Moraes
 Design: Leika Yatsunami, Tiago Stéfano
 Coordenação de arte Ulisses Pires
 Edição executiva de arte: Melissa Steiner
 Edição de arte: Pablo Braz
 Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
 Pesquisa iconográfica: Bianca Fanelli, Susan Eiko, Caio Mazzilli
 Tratamento de imagem: Marcelo Casaro
 Capa Didier Dias de Moraes, Rafael Vianna Leal
 Imagem de capa Marcos André/Opção Brasil Imagens
 Projeto gráfico cldt
 Editoração eletrônica Setup Bureau Editoração Eletrônica
 Ilustrações Adilson Secco, Estúdio Pingado, Setup Bureau, Thiago Lyra
 Fabricação Alexander Maeda
 Impressão 
SP_GEOGRAFIA_1_PNLD2018_CREDITOS.indd 1 5/22/16 6:52 PM
Apresentação
3
É no espaço geográfico que caminha a vida, ensinou o geógrafo brasi-
leiro Milton Santos. 
Nesse espaço existem rios e montanhas, ruas, edifícios e plantações; 
há também técnicas e práticas de trabalho, laços familiares, manifestações 
religiosas, relações de igualdade ou de desigualdade entre pessoas, grupos 
e nações. Nos múltiplos espaços da superfície terrestre estão representa-
dos, em íntima associação, elementos naturais e sociais, que se constroem e 
reconstroem o tempo todo.
Nesta coleção, o espaço geográfico é estudado em seus múltiplos 
aspectos, sem separar a natureza da dinâmica social. Assim, a população, 
os aspectos econômicos, os problemas ambientais ou as questões geopolí-
ticas são analisados, em seus respectivos contextos históricos e naturais, de 
forma integrada.
Desse modo, o estudo de Geografia feito nesta obra oferece ferramen-
tas para entender a realidade em que estamos mergulhados e, dessa forma, 
apreender o lugar de cada um. Mais ainda, possibilita refletir e atuar sobre 
essa realidade. 
É este o principal objetivo da coleção: contribuir para a formação crí-
tica de indivíduos capazes de entender o lugar em que vivem e agir nele de 
forma responsável. Cidadãos que possam atuar verdadeiramente no espaço 
em que caminha a vida.
Equipe editorial
SP_GEO1_LA_PNLD18_INICIAIS_003A005_APRES_ORGANICACAO.indd 3 02/05/16 16:12
A organização do livro
4
Páginas de abertura
Apresentação dos conteúdos
capítulo
Não escreva no livro.
4 A inserção do Brasil na economia mundial
Franz Post, Vista da cidade Maurícia e do Recife ,1653. Óleo sobre madeira, 48,2 cm � 83,6 cm.
O artista holandês fez parte da comitiva de Maurício de Nassau ao Brasil (1637-1644).
o que você 
vAi estudAr
Formação 
do território 
brasileiro.
Industrialização 
do Brasil. 
Características 
regionais do 
Brasil e a divisão oficial proposta 
pelo IBGE.
Desigualdades 
regionais.
Outras 
regionalizações 
do Brasil.
Desmundo. Direção de 
Alain Fresnot, Brasil, 
2003, 100 min.
O filme mostra 
aspectos da sociedade colonial brasileira 
e a submissão 
das mulheres no 
século XVI.
 Assista 
Para muitos autores, a conquista e a colonização territorial, a partir do século XVI, 
podem ser consideradas empreendimentos capitalistas, pois os colonizadores objetivavam 
o lucro no comércio dos bens produzidos nas colônias. Nesse período, as atividades eco-
nômicas desenvolvidas no Brasil estiveram estreitamente associadas às potencialidades 
naturais do território e, dependentes do capital da Metrópole, visavam atender apenas aos 
interesses dos europeus. 
Esse cenário começou a ser estruturado no início no século XVI, quando os colonizado-
res, sobretudo os portugueses, organizaram feitorias no litoral brasileiro para a exploração 
do pau-brasil. A partir de meados desse século, empreenderam o cultivo de cana-de-açú-
car por meio do sistema de plantation,caracterizado pela monocultura voltada para a ex-
portação, produção em grandes propriedades e exploração de mão de obra escrava. Além 
de instituir a escravidão, que fez milhões de vítimas por mais de três séculos, dizimando 
numerosos povos indígenas e subjugando os africanos trazidos à força, a formação desses 
espaços de produção foi realizada a partir do desmatamento e de outras alterações que 
hoje identificamos como problemas ambientais. Em diferentes momentos ao longo da história, os espaços foram organizados no Brasil 
para atender ao mercado mundial, que demandava produtos agrícolas ou minerais. A im-
plantação de várias atividades exportadoras explica a forma de ocupação do Brasil e a 
construção de suas diferenças regionais.
1. Identifique na representação de Franz Post elementos citados no texto como caracterís-
ticos do início da formação do território brasileiro e da inserção do Brasil na economia 
mundial. 
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SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C04_044A051.indd 44
4/28/16 10:57 AM
Essa coleção organiza-se a partir de quatro pilares, cada qual com objetivo(s) próprio(s):
contextuAlizAção e 
interdisciPlinAridAde comPromisso visão críticA iniciAtivA
Relacionar o estudo dos 
conteúdos de Geografia ao de 
outras disciplinas, áreas do 
conhecimento e temas atuais, 
construindo, assim, uma 
visão ampla e integrada dos 
fenômenos estudados.
Despertar a consciência da 
responsabilidade e incentivar 
a reflexão e o entendimento do 
mundo, para que você se torne 
um cidadão responsável.
Contribuir para que você seja 
capaz de entender a realidade 
que o cerca e refletir sobre 
seu papel nessa realidade, 
desenvolvendo, dessa maneira, 
sua visão crítica.
Incentivar a atitude proativa 
diante de situações-problema, 
contribuindo para que você 
tome decisões e participe 
de forma ativa em diversos 
contextos sociais.
As seções e os boxes que se propõem a trabalhar esses eixos estão indicados pelos ícones que os representam.
Abertura da unidade 
Elaborada em página dupla, apresenta um texto 
introdutório da temática da unidade articulado a uma 
imagem para levantar seus conhecimentos prévios. 
Em Questões para refletir você é convidado a pensar 
e a se manifestar sobre o tema. 
Abertura do capítulo
Texto, imagens e questões se relacionam e 
introduzem o assunto específico do capítulo.
Pilares da coleção
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Não escreva no livro.
Protecionismo agrícola e abertura comercial 
Um dos entraves ao comércio mundial tem sido a ques-
tão do protecionismo agrícola. Esse protecionismo tem nos 
subsídios agrícolas seu principal ponto de sustentação. 
Os subsídios são um volume de capital ou de bens mate-
riais fornecidos pelo Estado aos produtores rurais com o 
objetivo de auxiliá-los a manter baixos os preços dos pro-
dutos agrícolas (tornando-os mais competitivos no mer-
cado). Consequentemente, isso permite que a agricultura 
continue a ser um ramo rentável.
A interferência do Estado tem sido observada prin-
cipalmente nos países desenvolvidos, sendo, portanto, 
os produtores desses países os maiores beneficiários dos 
subsídios. Em geral, a defesa dos subsídios baseia-se em 
vários argumentos. O primeiro está relacionado à rela-
tiva fragilidade do setor agrícola: mesmo dispondo de 
técnicas modernas, a agricultura depende de fatores na-
turais que podem comprometer a produção, gerando 
crises de abastecimento e colocando em risco a segu-
rança alimentar. O subsídio seria uma proteção ao pro-
dutor. Outro argumento relaciona-se à manutenção da 
atividade rural. 
Na União Europeia, por exemplo, os subsídios che-
gam aos agricultores por meio da Política Agrícola Comum 
(PAC), e países como a França e a Alemanha estão entre os 
que mais defendem os respectivos setores agrícolas.
A Rodada de Doha 
Em 2001, em Doha, capital do Catar (país do Orien-
te Médio), ocorreu uma reunião que envolveu mais de 
uma centena de países-membros da OMC. Entre os obje-
tivos dessa reunião, que ficou conhecida como Rodada de 
Doha, estava o de obter maior liberalização do comércio 
mundial, ou seja, conseguir que os fluxos de mercadorias 
pudessem ocorrer entre vendedores e compradores sem 
barreiras alfandegárias ou protecionismos.
Ao longo dos anos, após a Rodada de Doha, foram rea- 
lizadas outras reuniões em várias partes do mundo. No 
entanto, o impasse continua, pois os países desenvolvidos 
não aceitam remover suas barreiras a produtos agrícolas 
exportados pelos países em desenvolvimento. Estes, por 
sua vez, fazem restrições à abertura de seus mercados pa-
ra os produtos manufaturados e os serviços exportados 
pelos paí ses desenvolvidos.
A União Europeia destina quase metade de seu orçamento para 
subsidiar a agricultura. Silo localizado em Lorrez le Bocage, França. 
Foto de 2013. 
Agricultores contam com a PAC
A Política Agrícola Comum foi idea lizada depois 
do término da Segunda Guerra Mundial, período 
marcado por uma grande escassez de alimentos. 
Em 1962, ela foi formalizada, dando aos produto-
res rurais uma renda estável e, aos consumidores, 
preços baixos.
Mesmo após a recuperação no pós-guerra, a PAC 
manteve-se e, atualmente, representa quase metade 
da despesa anual da União Europeia.
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O Brasil no comércio internacional
Na atualidade, de acordo com dados da Associação 
de Comércio Exterior do Brasil, a participação do país 
na economia mundial é de apenas 3%. Ao mesmo tem-
po, o Brasil faz parte do G-20, um fórum de discus-
são criado para promover a discussão e a negociação 
sobre temas relevantes para a economia mundial. Em 
2015, além do Brasil, integravam o G-20: África do 
Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, 
Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Indoné-
sia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Coreia do Sul, 
Rússia, Turquia e União Europeia. Juntos, esses inte-
grantes concentram cerca de 90% do PIB e dois terços 
da população mundial. Nas últimas décadas, o Brasil 
se destacou como um dos países em desenvolvimento 
que exigem maior e mais justa participação no comér-
cio mundial.
1. Reúna-se com os colegas para discutir a seguinte questão: O Brasil tem condições de liderar as propostas co-
merciais do G-20? Justifiquem suas respostas.
CONeXÃO
38
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C03_036A043.indd 38 4/28/16 10:57 AM
 informe
Não escreva no livro.
As nações e o nacionalismo no novo século
A dialética das relações entre a globalização, a identidade nacional e a xenofobia é enfatica-
mente demonstrada pela atividade pública que combina esses três elementos: o futebol. Graças 
à televisão global, esse esporte universalmente popular transformou-se em um complexo indus-
trial capitalista de categoria mundial (embora de tamanho modesto, em comparação com outras 
atividades de negócios globais). […]
Praticamente desde que adquiriu um público de massa, esse esporte tem sido o catalisador de 
duas formas de identificação grupal: a local (com o clube) e a nacional (com a seleção nacional, 
composta com os jogadores dos clubes). No passado, elas eram complementares, mas a transfor-
mação do futebol em um negócio mundial e sobretudo o surgimento extraordinariamente rápi-
do de um mercado global de jogadores nas décadas de 1980 e 1990 […] criaram uma crescente 
incompatibilidade entre os interesses empresariais, políticos e econômicos, nacionais e globali-
zados, e o sentimento popular. Essencialmente, o negócio global do futebol é dominado pelo im-
perialismo de umas poucas empresas capitalistas com nomes de marcas também globais – um 
pequeno número de superclubes baseados em alguns países da Europa. […]. Seus jogadores são 
recrutados em todo o mundo. Com frequência apenas uma minoria […] dos jogadores tem a na-
cionalidade do país onde se situa o clube. A partir da década de 1980, eles provêm cada vezmais 
de países não europeus, especialmente da África […].
Esses desenvolvimentos tiveram um efeito triplo. Do ponto de vista dos clubes, provocaram 
um considerável enfraquecimento da posição de todos aqueles que não estão no circuito das su-
perligas internacionais e dos supertorneios e em especial nos clubes dos países exportadores de 
jogadores, notadamente nas Américas e na África. […] Na Europa, os clubes menores mantêm-se 
em competição com os gigantes em grande medida comprando jogadores baratos […] na esperan-
ça de revendê-los como estrelas já descobertas aos superclubes.
O segundo efeito está em que a lógica transnacional da empresa de negócios entrou em con-
flito com o futebol como expressão de identidade nacional, tanto pela tendência a favorecer 
torneios internacionais entre superclubes, em detrimento dos torneios tradicionais das copas 
e dos campeonatos nacionais, quanto porque os interesses dos superclubes competem com 
os das seleções nacionais, que são as portadoras de toda a carga política e emocional da iden-
tidade nacional e que têm de ser formadas por jogadores que tenham o passaporte do país. 
Ao contrário dos superclubes, […] [as seleções] não são permanentes. Hoje elas tendem a ser 
conjuntos de jogadores, muitos dos quais – a maioria, em casos extremos como o do Brasil – 
jogam em clubes estrangeiros, que perdem dinheiro a cada dia que eles se ausentam, […] para 
que treinem e joguem com suas seleções. Do ponto de vista dos superclubes e dos superjoga-
dores, o clube tende a ser mais importante do que o país. No entanto, os imperativos não eco-
nômicos da identidade nacional têm tido força suficiente para afirmar-se […] e mesmo para 
impor […] a Copa do Mundo, como o elemento principal e mais poderoso da presença econô-
mica global do futebol.
O terceiro efeito pode ser visto na crescente proeminência do comportamento xenofóbico e 
racista entre os torcedores […]. Eles ficam divididos entre o orgulho que sentem pelos superclu-
bes e pelas seleções nacionais (o que inclui seus jogadores estrangeiros ou negros) e a crescente 
importância que competidores provenientes de povos há tanto tempo considerados inferiores 
alcançam nos seus cenários nacionais. [...]
Hobsbawm, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 92-95.
Dialética: 
debate em que 
um argumento 
é defendido e 
criticado, visando 
ao aprimoramento 
do conhecimento, 
tomado como 
sempre transitório.
Xenofobia: 
sentimento e 
atitude de aversão 
aos estrangeiros.
1. O que significa a transnacionalização do futebol?
2. Como o autor relaciona globalização e identidade nacional no futebol?
3. Atualmente, quando é feita a escalação da Seleção Brasileira de Futebol, muitos dos jogadores 
convocados jogam no exterior. Quais são as consequências desse fato?
 PARA DisCuTiR 
39
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C03_036A043.indd 39 4/28/16 10:57 AM
O texto didático é 
complementado por 
imagens (ilustrações, 
fotos, mapas) e 
boxes variados, a fim 
de estimular a sua 
participação e facilitar 
a compreensão.
Cada volume da coleção 
traz infográficos, em 
páginas duplas, com 
riqueza de imagens 
(fotografias, mapas, 
gráficos) e pequenos 
textos que auxiliam na 
compreensão do 
fenômeno representado.
 A rede mundial de transportes 
3130
De acordo com a ONU, cerca de 10 bilhões de 
toneladas em mercadorias são transportadas por via 
marítima todos os anos. As principais são produtos 
primários exportados em navios-tanque ou a granel 
(nos porões dos navios, sem embalagem especial), 
como minério de ferro, carvão, grãos, bauxita, 
fosfato, petróleo e gás natural. As mercadorias 
transportadas por via aérea correspondem a menos 
de 1% do volume global transportado, no entanto, 
são muito mais caras e pagam fretes bem maiores.
Enquanto o frete dos minérios e grãos 
transportados por navio, calculado por peso, atinge 
um valor expresso em centavos, bens enviados 
por avião – de flores a equipamentos eletrônicos – 
tendiam a valer ao menos US$ 16 por quilo em 
2013, segundo estudos da indústria aérea Boeing. 
As cargas comerciais aéreas respondem por 35% do 
valor movimentado pelo comércio internacional.
A maior parte do fluxo internacional de 
mercadorias se dá por navios. No entanto, 
é comum que as cargas de maior valor 
agregado sejam transportadas por aviões.
Este mapa mostra que nas 
décadas recentes o 
movimento de navios 
cresceu em todos os 
mares. Na costa da 
Somália, porém, a mancha 
azul escura indica redução 
no tráfego marítimo – 
resultado do temor 
causado pelo ataque de 
piratas na área.
Fonte de pesquisa: Tornandre/Laboratoire d’Océanographie Spatiale.
Fontes de pesquisa: BOEING COMPANY. World Air Cargo Forecast 
2014-2015. Seattle: Boeing Co., 2015; UNCTAD. Review of 
Maritime Transport 2014. Genebra: ONU, 2014; TOURNADE, 
J. Anthropogenic pressure on the open ocean. Geophys. 
Res. Lett./41, p.7924-7932, 2014. 
180oO 150oO 120oO 90oO 60oO 30oO 0o 30oL 60oL 90oL 120oL 150oL 180oL
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10o S
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Evolução do tráfego marítimo (1992-2012) 
As rotas marítimas 
pelo oceano Índico e 
Extremo Oriente 
apresentam a maior 
evolução, 
estimulada pelo 
desenvolvimento 
econômico da 
região. Nota-se 
também um 
aumento do tráfego 
marítimo na costa 
do Brasil.
Variação na ocorrência 
de navios (em %)
-200 0 200 400
O espaço aéreo europeu é um dos mais congestionados 
do mundo. No entanto, se considerarmos o total dos 
fluxos no continente, os voos transportam mais 
passageiros do que mercadorias. Pouco mais da metade 
do comércio internacional da União Europeia ocorre 
entre países do bloco e serve-se principalmente de 
modais terrestres, como rodovias e ferrovias.
Maior exportador de bens 
industrializados, a China foi responsável 
por 40% das importações mundiais de 
grãos e por 2/3 das de minério de ferro 
e bauxita em 2013 . Neste ano, a maior 
parte das exportações minerais do Brasil 
e Austrália foi direcionada à China.
Os Estados Unidos e a União 
Europeia são os principais destinos 
dos navios que carregam contêineres 
com produtos industrializados da 
Ásia – como celulares, computadores, 
roupas, veículos e bens de capital.
Tráfegos globais
Esta imagem representa as milhares de viagens anuais 
de aviões e navios no início deste século. A National 
Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), órgão 
do governo dos Estados Unidos que pesquisa assuntos 
relacionados aos oceanos e atmosfera, reuniu dados 
de GPS de milhares de veículos comerciais para criar 
essa representação de suas rotas, usando imagens 
noturnas da Terra feitas por satélite.
Transporte internacional de mercadorias (2013)
O fluxo de mercadorias por via aérea é reservado para o 
transporte de bens leves ou perecíveis de alto valor.
Via marítima:
9,5bilhõesde toneladas
Via aérea:
42 milhõesde toneladas
Tráfego marítimo
Tráfego aéreo
Vias terrestres
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 0 4 164 8 328 km
Não escreva no livro.
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C03_028A035.indd 30 4/28/16 10:56 AM
 A rede mundial de transportes 
3130
De acordo com a ONU, cerca de 10 bilhões de 
toneladas em mercadorias são transportadas por via 
marítima todos os anos. As principais são produtos 
primários exportados em navios-tanque ou a granel 
(nos porões dos navios, sem embalagem especial), 
como minério de ferro, carvão, grãos, bauxita, 
fosfato, petróleo e gás natural. As mercadorias 
transportadas por via aérea correspondem a menos 
de 1% do volume global transportado, no entanto, 
são muito mais caras e pagam fretes bem maiores.
Enquanto o frete dos minérios e grãos 
transportados por navio, calculado por peso, atinge 
um valor expresso em centavos, bens enviados 
por avião – de flores a equipamentos eletrônicos – 
tendiam a valer ao menos US$ 16 por quilo em 
2013, segundo estudos da indústria aérea Boeing. 
As cargas comerciais aéreas respondem por 35% do 
valor movimentado pelocomércio internacional.
A maior parte do fluxo internacional de 
mercadorias se dá por navios. No entanto, 
é comum que as cargas de maior valor 
agregado sejam transportadas por aviões.
Este mapa mostra que nas 
décadas recentes o 
movimento de navios 
cresceu em todos os 
mares. Na costa da 
Somália, porém, a mancha 
azul escura indica redução 
no tráfego marítimo – 
resultado do temor 
causado pelo ataque de 
piratas na área.
Fonte de pesquisa: Tornandre/Laboratoire d’Océanographie Spatiale.
Fontes de pesquisa: BOEING COMPANY. World Air Cargo Forecast 
2014-2015. Seattle: Boeing Co., 2015; UNCTAD. Review of 
Maritime Transport 2014. Genebra: ONU, 2014; TOURNADE, 
J. Anthropogenic pressure on the open ocean. Geophys. 
Res. Lett./41, p.7924-7932, 2014. 
180oO 150oO 120oO 90oO 60oO 30oO 0o 30oL 60oL 90oL 120oL 150oL 180oL
70o N
50o N
30o N
10o N
10o S
30o S
50o S
Evolução do tráfego marítimo (1992-2012) 
As rotas marítimas 
pelo oceano Índico e 
Extremo Oriente 
apresentam a maior 
evolução, 
estimulada pelo 
desenvolvimento 
econômico da 
região. Nota-se 
também um 
aumento do tráfego 
marítimo na costa 
do Brasil.
Variação na ocorrência 
de navios (em %)
-200 0 200 400
O espaço aéreo europeu é um dos mais congestionados 
do mundo. No entanto, se considerarmos o total dos 
fluxos no continente, os voos transportam mais 
passageiros do que mercadorias. Pouco mais da metade 
do comércio internacional da União Europeia ocorre 
entre países do bloco e serve-se principalmente de 
modais terrestres, como rodovias e ferrovias.
Maior exportador de bens 
industrializados, a China foi responsável 
por 40% das importações mundiais de 
grãos e por 2/3 das de minério de ferro 
e bauxita em 2013 . Neste ano, a maior 
parte das exportações minerais do Brasil 
e Austrália foi direcionada à China.
Os Estados Unidos e a União 
Europeia são os principais destinos 
dos navios que carregam contêineres 
com produtos industrializados da 
Ásia – como celulares, computadores, 
roupas, veículos e bens de capital.
Tráfegos globais
Esta imagem representa as milhares de viagens anuais 
de aviões e navios no início deste século. A National 
Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), órgão 
do governo dos Estados Unidos que pesquisa assuntos 
relacionados aos oceanos e atmosfera, reuniu dados 
de GPS de milhares de veículos comerciais para criar 
essa representação de suas rotas, usando imagens 
noturnas da Terra feitas por satélite.
Transporte internacional de mercadorias (2013)
O fluxo de mercadorias por via aérea é reservado para o 
transporte de bens leves ou perecíveis de alto valor.
Via marítima:
9,5bilhõesde toneladas
Via aérea:
42 milhõesde toneladas
Tráfego marítimo
Tráfego aéreo
Vias terrestres
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 0 4 164 8 328 km
Não escreva no livro.
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SP_GEO1_LA_PNLD18_INICIAIS_003A005_APRES_ORGANICACAO.indd 4 04/05/16 18:13
5
Não escreva no livro.
1. Explique quais são os fatores naturais e os de origem antrópica citados no texto que ameaçam a 
preservação dos sítios arqueológicos do Parque Nacional da Serra da Capivara.
2. Identifique o período geológico em que a América Central se formou e explique como sua formação 
interferiu na fauna do continente americano.
 atividades 
Fundação Museu do 
Homem Americano 
(Fumdham)
Fundação criada 
para a preservação 
do patrimônio 
histórico e natural 
do Parque Nacional 
da Serra da 
Capivara. No site, 
há importantes 
informações sobre a 
história geológica, 
humana, da fauna e 
da flora da região. 
Disponível em: 
<http://linkte.me/
fumdham>. Acesso 
em: 16 mar. 2016.
 Navegue 
A ilustração mostra o Eremotherium rusconii, um mamífero herbívoro que pesava mais de cinco toneladas e que 
foi extinto há cerca de 10 mil anos.
Fundação Museu do Homem Americano. Disponível em: <http://www.fumdham.org.br/fauna_extinta.html>. Acesso em: 25 nov. 2015. 
Paleontologia
As pesquisas paleontológicas na serra da Capivara 
iniciaram-se em 1991 com os paleontólogos france-
ses dr. Claude Guérin, da Universidade Claude Ber-
nard – Lyon I, e a dra. Martine Faure, da Univer-
sidade Lumière – Lyon 2. Em suas pesquisas, eles 
identificaram uma rica fauna composta por animais 
viventes e extintos, propondo que alguns destes últi-
mos ocorriam exclusivamente na serra da Capivara. 
Segundo as datações disponíveis até o momento, os 
mamíferos de grande porte, chamados de megafauna, 
habitaram a região desde o final do Pleistoceno até o 
início do Holoceno. [...]
a megafauna pleistocênica 
da região do Parque 
Nacional da serra da Capivara
Há cerca de 60 milhões de anos, a América do Sul 
era uma ilha, assim como é hoje a Austrália. Mudan-
ças geológicas geraram alterações dramáticas no rele-
vo terrestre, como a elevação da cordilheira dos Andes, 
iniciada há cerca de 35 milhões de anos, e a formação 
de uma ponte intercontinental, a América Central, que 
comunicou as Américas do Norte e do Sul por volta de 
1,8 [...] [milhão] de anos.
Essa ligação entre as terras do norte e do sul possibi-
litou idas e vindas das faunas dos diferentes territórios, 
evento que ficou conhecido como Grande Intercâmbio 
Biótico Americano. Foi por esse caminho que chegaram 
até o nosso território animais como porcos-do-mato, 
lhamas, raposas, veados, onças, antas, entre outros. 
E, no caminho contrário, foram para o norte animais 
como preguiças, tamanduás, tatus e gambás.
Na região do Parque Nacional da Serra da Capivara, 
estão representados vertebrados da chamada megafauna 
sul-americana, caracterizada principalmente pelo gigan-
tismo de algumas formas, como preguiças, gliptodontes, 
toxodontes, mastodontes, entre outros. Esses grandes 
animais foram extintos na transição Pleistoceno/Holo-
ceno, há cerca de 10 000 anos. A causa dessa grande ex-
tinção é um tema bastante discutido pelos cientistas que 
ainda não possuem um consenso sobre o tema. Sabe-se 
que nesse período houve drásticas alterações climáticas 
em todo o continente e o crescimento das populações 
humanas, fatores que podem ter contribuído para o de-
clínio dessa fauna.
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 Atividades Não escreva no livro.
OCEANO
ATLÂNTICOOCEANO
PACÍFICO
40ºO60ºO
20ºS
Trópico de Capricórnio
0ºEquador
ARCO SUL
DO DESMATAMENTO
FRENTE NORTE
DO DESMATAMENTO
VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana 
Francesa (FRA)SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
EQUADOR
0 625 1 250 km
NENO
SESO
Área do polígono da seca
Área com risco de
deserti�cação e arenização
Arco do desmatamento
Faixa de maior intensidade
de desmatamento
Intensi�cação de
processos erosivos
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
40ºO60ºO
20ºS
Trópico de Capricórnio
0ºEquador
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VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana 
Francesa (FRA)
SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
0 550 1 100 km
NENO
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40
20
10
5
1
Parte da produção
do estado no total
do país (%)
Revendo conceitos
1. Qual é a principal característica do Brasil no que se 
refere a sua estrutura fundiária? Como essa caracte-
rística se consolidou?
2. O que foi a Lei de Terras de 1850 e qual sua im-
portância para a manutenção da estrutura agrária 
brasileira?
3. O que é latifúndio? Podemos dizer que toda grande 
propriedade é um latifúndio? Explique.
4. Qual foi o principal marco na estrutura agrária bra-
sileira nas últimas décadas?
5. Qual foi a característica da expansão da fronteira 
agrícola no período colonial e no período atual?
Lendo mapas e gráficos
6. Reúna-se com um colega e observem o mapa abai-
xo, que mostra, entre outras informações, alguns 
riscos ambientais decorrentes de atividades antró-
picas no território brasileiro.
Compare-o com o mapa de intensidadede ocupa-
ção pela agropecuária da página 149 e respondam 
às questões a seguir.
Área de soja por ano do desflorestamento 
Fonte de pesquisa: Moratória da soja: 7o ano do mapeamento 
e monitoramento do plantio de soja no bioma Amazônia. 
Abiove. Disponível em: <http://www.abiove.org.br/site/_FILES/
Portugues/12122014-105447-19.11.2014._relatorio_da_moratoria_da_
soja_-_7º_ano.pdf> Acesso em: 10 nov. 2015.
Os números das barras referem-se à área desmatada da Amazônia, 
em hectare, ocupada pelo cultivo da soja.
Fonte de pesquisa: Ferreira, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 
São Paulo: Moderna, 2013. p. 144.
Fonte de pesquisa: Simielli, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2013. p. 123.
a) Quais anos registram a maior taxa de área plan-
tada com soja em desflorestamento?
b) A soja é amplamente cultivada no país. Quais bio-
mas sofrem os impactos desse intenso cultivo?
8. O mapa a seguir traz informações sobre a produção 
de feijão em unidades federativas do Brasil. Analise-
-o identificando a distribuição dessa produção no 
Brasil. Escreva uma síntese com suas conclusões. 
Brasil – Produção de feijão (2012)
Brasil – Riscos ambientais (2012)
7. Analise o gráfico abaixo e responda às questões. 
8 876 (19%)
10 861 (23%)
3 547 (8%)
5 800 (12%)
6 308 (11%)
6 508 (14%)
6 128 (13%)2013
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Área de soja (ha)
2009
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2008
2007
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a) Em que regiões brasileiras há mais áreas onde 
ocorre a intensificação dos processos erosivos? 
b) Que relação é possível estabelecer entre a ativi-
dade agropecuária e a intensificação dos proces-
sos erosivos? Justifique sua resposta.
c) Pesquisem em livros e em sites da internet as 
causas do processo de desertificação e areniza-
ção. Escrevam suas conclusões no caderno.
154
Para incluir esta página 
no sumário, clicar + shift + 
command na caixa com texto 
transparente abaixo 
SP_GEO1_LA_PNLD18_U3_C11_152a155.indd 154 03/05/16 15:06
 Vestibular e Enem 
0 20 40 60 80 100
 %
de 100 a 1000 ha
mais de 1000 ha
até 10 ha
de 10 a 100 ha
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a ques-
tão agrária brasileira permitem afirmar que uma das 
causas que explicam a atual concentração fundiária 
no país é:
a) o modelo de uso do solo, predominantemente des-
tinado à pecuária bovina.
b) o avanço das fronteiras agrícolas na Amazônia 
durante a ditadura militar.
c) a rápida expansão do processo de modernização 
agrícola em todo o país.
d) o significativo êxodo rural que tem esvaziado sis-
tematicamente o campo.
e) a terra ser considerada reserva de valor, isto é, 
uma mercadoria.
8. (Enem) Na charge há uma crítica ao processo pro-
dutivo agrícola brasileiro relacionada ao:
5. (Enem)
Mas plantar pra dividir
Não faço mais isso, não.
Eu sou um pobre caboclo,
Ganho a vida na enxada.
O que eu colho é dividido
Com quem não planta nada.
Se assim continuar
vou deixar o meu sertão,
mesmo os olhos cheios d’água
e com dor no coração.
Vou pro Rio carregar massas
pros pedreiros em construção.
Deus até está ajudando:
está chovendo no sertão!
Mas plantar pra dividir,
Não faço mais isso, não.
Vale, J.; aquino, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994. 
(Fragmento.)
No trecho da canção, composta na década de 1960, 
retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com:
a) a distribuição desigual da produção.
b) os financiamentos feitos ao produtor rural
c) a ausência de escolas técnicas no campo.
d) os empecilhos advindos das secas prolongadas.
e) a precariedade de insumos no trabalho do campo.
6. (PUC-RJ) A partir da década de 1970, o Governo 
Federal passou a intervir, de forma mais decisiva, 
na Região Centro-Oeste. Programas e planos con-
templaram a região, concedendo incentivos e 
atraindo investidores para numerosos setores da 
sua economia. Assinale a alternativa que não 
apresente um objetivo desses programas e planos 
regionais.
a) O acirramento de conflitos pela posse da terra 
entre grandes proprietários e empresários 
agrícolas.
b) A execução de grandes projetos agropecuários 
com base em incentivos fiscais.
c) A ampliação da fronteira agrícola com a incorpo-
ração de novos espaços produtivos.
d) O aumento do rendimento agrícola graças à 
introdução de técnicas mais eficientes.
e) A ampliação da infraestrutura viária e a constru-
ção de hidrelétricas.
IBGE.
Brasil: Total da área ocupada pelos 
estabelecimentos agrícolas (%)
a) elevado preço das mercadorias no comércio.
b) aumento da demanda por produtos naturais.
c) crescimento da produção de alimentos.
d) hábito de adquirir derivados industriais.
e) uso de agrotóxicos nas plantações.
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7. (Unifor-CE) Observe o gráfico.
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Atenção: todas as questões foram reproduzidas das provas originais 
de que fazem parte. Responda a todas as questões no caderno.
e) ao aumento do interesse internacional por fontes 
renováveis de energia, em função do Protocolo 
de Kyoto.
12. (Unifesp) Observe o mapa.
9. (UFV-MG) No final dos anos [19]60 do século XX, o 
Brasil passou a vivenciar os impactos da Revolução 
Verde no desenvolvimento de uma agricultura mo-
derna e de grande eficiência econômica. No entan-
to, a Revolução Verde trouxe também efeitos per-
versos de ordem social, econômica e ambiental. Das 
alternativas abaixo, assinale a que não expressa um 
desses efeitos do processo de modernização da 
agricultura brasileira.
a) Ampliação do processo de concentração fundiá-
ria pela incorporação da chamada fronteira agrí-
cola à produção capitalista.
b) Formação de um amplo contingente de trabalha-
dores volantes, dependentes de um mercado de 
trabalho com grande sazonalidade.
c) Degradação das áreas remanescentes de Mata 
Atlântica do Rio de Janeiro e São Paulo para a im-
plantação da lavoura cafeeira.
d) Ampliação da dependência dos produtores ao 
mercado de sementes pela intensa utilização de 
híbridos.
e) Comprometimento dos recursos hídricos pelo 
assoreamento de cursos de água e contaminação 
por produtos químicos.
10. (UFPE) Existe, em diversos países do mundo, um 
sistema de criação que é feito em amplas áreas 
cercadas, onde o gado é solto para se alimentar da 
pastagem natural ou de restos de cultura, após a 
colheita das mesmas. Qual a denominação que é 
dada, em Geo grafia agrária, a esse sistema de 
criação?
a) Pecuária intensiva.
b) Pecuária ultraextensiva.
c) Pecuária ultraintensiva.
d) Pecuária nômade.
e) Pecuária extensiva.
11. (Fuvest-SP) No Brasil, o setor agroindustrial prevê 
aumento significativo da produção de cana-de-açú-
car para os próximos anos. Isso pode ser atribuído:
a) à maior flexibilidade da nova regulamentação 
ambiental, que implicará uma importante dimi-
nuição de custos.
b) ao atual acréscimo de subsídios governamen-
tais para a produção de álcool, chegando a valo-
res semelhantes aos do Proálcool na década de 
setenta.
c) à diminuição gradativa de áreas de produção da 
soja transgênica, aparecendo a cana como alter-
nativa econômica e ambientalmente viável.
d) à recente ampliação da demanda externa por to-
dos os subprodutos da cana devido à desvalori-
zação do real nos últimos dois anos.
200 400 km
(IBGE, 2002)
0
Fonte de pesquisa: IBGE, 2002.
O produto I é beneficiado no país e exportado. O 
produto II atende ao mercado interno. Identifique 
corretamente os produtos cultivados nas regiões 
I e II do mapa.
a) I – algodão; II – feijão.
b) I – laranja; II – arroz.
c) I – cana-de-açúcar; II – milho.
d) I – soja; II – mandioca.
e) I – café; II – uva.
13. (UFRN) Nos anos [19]90 do século passado, inten-
sificou-se no Brasil o crescimento da atividadeagroindustrial articulado aos vários setores indus-
triais, favorecendo a emergência do agronegócio, 
que tem como característica a:
a) constituição de cadeias produtivas atreladas à 
produção agrícola de caráter familiar, com uma 
gestão voltada para os mercados internacionais 
e regionais.
b) constituição de cadeias produtivas formadas por 
agentes econômicos integrados por diversos me-
canismos, como cooperativismo, associativismo 
e integração vertical.
c) forma de produção na qual predomina a intera-
ção entre gestão e execução do processo produti-
vo pelos agricultores familiares, com ênfase no 
trabalho assalariado.
d) forma de produção que privilegia o associativis-
mo e a formação de cadeias produtivas que ocor-
rem nas áreas de assentamentos rurais, onde 
predomina o trabalho da família.
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 Projeto
exposição: “As multinacionais brasileiras”
O que vocês vão fazer
Neste projeto, vocês vão reunir-se em grupos e desenvolver uma pesquisa sobre as multinacionais 
brasileiras. Com base nessa pesquisa, a classe vai organizar uma exposição que mostre, por meio de 
fotografias, mapas, recortes de jornais e outros documentos, a atuação de empresas brasileiras em 
outros países do mundo.
O objetivo é mostrar a participação do Brasil na economia mundial, identificando as principais 
empresas brasileiras que atuam internacionalmente e seus impactos na economia brasileira e nos 
países de destino. Conhecer a atuação das multinacionais brasileiras é uma forma de compreender 
melhor as relações que o país estabelece com o restante do mundo e o perfil de nossa economia, 
seus avanços, limites e desafios. 
1. Levantamento de dados
Para isso, a classe deve organizar-se em grupos de pelo menos quatro pessoas. Cada grupo 
obedecerá às etapas descritas a seguir.
 • Com ajuda do professor, 
pesquisem e façam uma lista 
das 10 maiores multinacionais 
brasileiras. Classifiquem as 
empresas de acordo com 
os segmentos de atuação: 
energético, alimentício, têxtil, 
tecnologia da informação, 
indústria cosmética, 
automobilística, aeronáutica, 
entre outros. O gráfico ao 
lado mostra a área de 
atuação das multinacionais 
brasileiras pesquisadas no 
documento “Ranking” FDC das 
multinacionais brasileiras 2015, 
elaborado pela Fundação Don 
Cabral. Observe que, de acordo 
com esse documento, 
em 2014, o setor industrial 
era predominante.
 • Cada grupo deve selecionar uma das multinacionais brasileiras listadas na etapa anterior, de forma 
que não haja repetições. Em seguida, vocês devem pesquisar: o contexto histórico da fundação 
da empresa, os países onde atua, quais são as principais atividades desenvolvidas nesses países, 
os investimentos aplicados no Brasil e no exterior, a quantidade de funcionários e de unidades no 
Brasil e no exterior. Para obter essas e outras informações, vocês podem acessar o site da empresa 
e consultar pesquisas jornalísticas. 
 • Busquem saber dos impactos econômicos, sociais e ambientais gerados pela empresa, tanto 
no Brasil como nos demais países onde ela atua, especialmente aqueles relativos à degradação 
ou à conservação ambiental, aos direitos trabalhistas, à contribuição ao desenvolvimento 
socioeconômico.
 • Comparem a multinacional brasileira escolhida pelo grupo com outras empresas nacionais e 
internacionais do mesmo ramo para saber se ela está bem posicionada em rankings mundiais.
Segmentos de atuação de algumas multinacionais brasileiras (2014)
Fonte de pesquisa: “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015. Fundação Dom Cabral. 
Disponível em: <https://www.fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/2015/ranking_fdc_
multinacionais_brasileiras2015.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016.
Siderurgia e
Metalurgia
Fabricação
 de veículos e
 aeronaves
Fabricação de
máquinas e
 equipamentos
Consultoria
Construção
Indústria
 química
Indústria de
não tecidos
Indústria
extrativa
Tecnologia da
 comunicação e
 Comunicação Cosméticos
Eletricidade
 e gás
Materiais de
construção
Papel e 
celulose
Calçados 
e têxteis
Alimentos
e bebidas
Bancos e 
Seguradoras
Autopeças
Fabricação de 
eletroeletrônicos
10%
13%
6%
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10%
10%
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2. Seleção e organização das informações e elaboração do cartaz
Agora, o grupo deve discutir as informações levantadas e selecionar quais são significativas para 
demonstrar a participação da empresa pesquisada no cenário internacional. 
Em seguida, vocês deverão elaborar um cartaz com essas informações. Para isso, considerem as 
etapas a seguir.
 • Identifiquem a empresa por meio de fotos de sua sede e unidades e da identidade visual 
(logotipo, marca).
 • Incluam informações sobre a localização da sede da empresa, a data de sua criação no Brasil e a 
data do início de sua internacionalização.
 • Elaborem mapas, gráficos e tabelas com as informações levantadas na pesquisa para representar a 
distribuição espacial da empresa pelo mundo e suas sedes no Brasil. Como exemplo, observem o gráfico 
abaixo, que mostra a distribuição das principais multinacionais brasileiras em várias regiões do mundo.
 • Utilizem trechos de matérias jornalísticas e fotos sobre os impactos positivos e negativos da atuação 
da empresa no Brasil e no mundo, destacando suas dimensões econômica, social e ambiental.
 • Usem dados comparativos com outras empresas multinacionais brasileiras e internacionais do setor. 
 • Incluam no cartaz uma pequena síntese com as conclusões do grupo sobre a atuação da empresa 
no Brasil e no mundo e sua importância no respectivo setor econômico.
Distribuição geográfica das multinacionais brasileiras no mundo*
Fonte de pesquisa: “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015. Fundação Dom Cabral. Disponível em: <https://www.
fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/2015/ranking_fdc_multinacionais_brasileiras2015.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016.
*Porcentagem das empresas pesquisadas no “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015 que possuem 
subsidiárias ou franquias nessas regiões.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
16,0%
21,0%
26,0%29,0%
33,0%36,0%
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Central e
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Médio
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3. Apresentação da pesquisa e montagem da exposição
Ao final da elaboração dos cartazes, cada grupo deverá fazer uma apresentação para os colegas na sala 
de aula, mostrando os resultados da pesquisa. Poderão ser utilizados também outros materiais obtidos 
durante a coleta de informações, tais como anúncios e filmes institucionais da empresa. 
Na apresentação, é importante destacar a importância da empresa para o desenvolvimento 
econômico do país, se a empresa faz parte de algum setor tradicional da economia brasileira ou se 
está inserida em um setor de desenvolvimento mais recente no país. Os impactos ambientais da 
empresa no Brasil e nos países em que atuam também devem ser destacados.
Após a elaboração dos cartazes, os grupos devem montar uma exposição em local acessível à 
comunidade escolar com todos os painéis confeccionados pela classe. 
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160
Não escreva no livro.
quilombolas: direito à terra e respeito ao modo de vida
Um quilombo representa a base para a sobrevivência 
física e cultural, o enraizamento social das pessoas que 
dele fazem parte em um território, e deve ser reconheci-
do pela sociedade como um patrimônio da cultura na-
cional. A presença de vários quilombos em todo o país 
ilustra algumas conquistas. A própria Constituição de 
1988 estabelece que:
Aos remanescentes das comunidades dos quilombos 
que estejam ocupando suas terras é reconhecida a pro-
priedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os 
títulos respectivos.
Brasil. Constituição,1988. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/
constituicao-federal>. Acesso em: 13 dez. 2015.
São atribuições do Instituto Nacional de Colonização 
e Reforma Agrária (Incra) o reconhecimento, a demar-
cação e a titulação das terras quilombolas. Esse é o pri-
meiro passo para a estabilização dessas comunidades.
No entanto, muitas terras quilombolas são alvo de 
empresas extrativistas ou do agronegócio que justificam 
a expropriação dessas áreas em nome do progresso, da 
modernidade e do crescimento da economia nacional. É 
bastante difundida a visão de que apenas formas “moder-
nas” de propriedade e de exploração do solo seriam capa-
zes de produzir comercialmente, estas representariam o 
progresso; as comunidades quilombolas, o atraso.
O modelo familiar de produção é vitimado pelo pre-
conceito, sendo em geral associado a baixos rendimen-
tos, baixa produtividade e agricultura de subsistência.
Esse tipo de reflexão tende a conduzir a opinião pú-
blica a apoiar o favorecimento da grande propriedade, 
na ilusão de que assim seriam ampliados a produção, o 
uso de técnicas avançadas, os rendimentos, os empre-
gos rurais, ao mesmo tempo barateando os alimentos. 
Propriedade coletiva e 
identidade cultural
A lei assegura a propriedade da terra às comunida-
des e não a indivíduos isolados. O direito à terra é com-
preendido como a conclusão do processo inacabado de 
abolição da escravidão, como reparação de uma dívida 
histórica existente. É conferido por ser a comunidade 
remanescente, isto é, por ter-se originado de um qui-
lombo e ter mantido traços culturais ainda identificáveis 
dessa origem. Por isso, o título da propriedade somen-
te pode ser coletivo e indivisível, o que diferencia da 
ideia de propriedade individual.
A preservação das formas de organização social das 
comunidades remanescentes de quilombos, assim como 
das terras indígenas, é importante para toda a socieda-
de brasileira. Essas formas de organização são concep-
ções, interpretações e maneiras de lidar com a natureza 
diferentes do padrão “moderno”. Podem mostrar outras 
maneiras de ser e apontar caminhos possíveis de mu-
dança, quando for necessário. 
O respeito à diferença de costumes, à pluralidade de 
culturas, à diversidade de valores é um aspecto conside-
rado essencial em nossos dias para a prática democráti-
ca, sendo reafirmado pela Constituição brasileira. 
Não só a ideia de uso comum da terra caracteriza 
os membros das comunidades quilombolas atuais. Eles 
partilham muitos outros conhecimentos e práticas que 
os tornam portadores de uma cultura própria, que ain-
da guarda muitas influências de usos e costumes afri-
canos. Conforme comenta dona Luzia, da comunidade 
quilombola de Santa Luzia do Norte (Alagoas), na qual 
não raramente os idosos alcançam um século de vida:
Minha mãe, Maria Rosa, ganhou uma medalha da 
mulher mais velha de Santa Luzia, ela morreu com 
104 anos. Meu pai, Manuel Livino, e por isso me cha-
mam Luzia do Livino, morreu com 118 anos. […] Hoje 
em dia tem muito remédio, esses médicos não sabem 
de nada, dão remédio e a doença volta, antigamente 
gripe era hortelã batida e alho, e sempre comer direito. 
Veja só, antes, menino que ficava doente a gente fazia 
o seguinte: queimava a roupa que ele estava vestido e 
defumava o menino, depois dava um pouco das cinzas 
com água morna pra ele beber e pronto, estava curado.
CaBral, Marcelo. O Quilombo do Norte e a fonte da juventude. Disponível em: 
<http://www.overmundo.com.br/overblog/o-quilombo-do-norte-e-a-fonte-
da-juventude>. Acesso em: 4 nov. 2015.
Ainda que reconheçam aspectos positivos na forma 
como vivem os não quilombolas, dona Luzia e a gran-
de maioria dos integrantes das comunidades ainda hoje 
Presença da África
O modelo produtivo encontrado em muitas comunidades 
quilombolas é o da agricultura familiar de subsistência. Na foto, 
uma mulher quilombola prepara o beiju, feito a partir da mandioca, 
no Quilombo Maria Romana, Cabo Frio (RJ). Foto de 2015. 
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 Informe
Não escreva no livro.
ÁSIA
EUROPA
EGITO
LÍBIA
ERITREIA
SUDÃO
ANGLO-EGÍPCIO
ETIÓPIA
SOMÁLIA
BRITÂNICA
SOMÁLIA
FRANCESA
SOMÁLIA
ITALIANAUGANDA
ÁFRICA
ORIENTAL
BRITÂNICA
CONGO
BELGA ÁFRICA
ORIENTAL
ALEMÃ
MADAGASCAR
RODÉSIA
DO NORTE
RODÉSIA
DO SUL
ÁFRICA
ORIENTAL
PORTUGUESA
(MOÇAMBIQUE)
SUAZILÂNDIA
BASUTOLÂNDIA
UNIÃO
SUL-AFRICANA
BECHUANA-
LÂNDIA
BAÍA DE
WALVIS
ÁFRICA DO SUDOESTE
ANGOLA
RIO MUNI
CAMARÕES
NIGÉRIA
TO
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COSTA
DO OURO
COSTA
DO
MARFIM
LIBÉRIA
SERRA
LEOA
GUINÉ
PORTUGUESA
GÂMBIA
RIO DE OURO
SAARA
ESPANHOL
MARROCOS
MARROCOS
ESPANHOL
TUNÍSIA
ARGÉLIA
ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA
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NIASSALÂNDIA
OCEANO 
ATLÂNTICO OCEANO 
ÍNDICO
20°L20°O 40°L0°
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
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20°S
20°N
Mar Mediterrâneo
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elho
0°
França
Bélgica
Grã-Bretanha
Portugal
Alemanha
Itália
Estados independentes
Espanha
Domínio britânico 0 1090 2 180 km
NENO
SESO
A ocupação colonial na África
[…] A África só começou a ser ocupada pelas potências 
europeias exatamente quando a América se tornou inde-
pendente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando 
lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvi-
mento das economias mais dinâmicas, que se industriali-
zavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse 
momento foi criado um novo tipo de colonialismo, im-
plantado na África a partir do final do século XIX, depois 
da Conferência de Berlim, que em 1885 dividiu o conti-
nente africano entre Portugal, Espanha, Inglaterra, Fran-
ça, Alemanha, Itália e Bélgica [ver mapa ao lado].
A divisão, contudo, não foi feita de uma só vez. Se pen-
sarmos em termos amplos, em tempos longos, em pro-
cessos que passaram por muitas etapas, a ocupação da 
África por alguns países europeus teve as sementes lança-
das desde o início do comércio atlântico. Os acordos diplo-
máticos entre os países que participaram da Conferência e 
decidiram nas mesas de negociação europeias quem fica-
ria com que áreas estabeleceram que estas seriam defini-
das pelos pontos de ocupação já existentes na vasta costa 
africana. Assim, foi a partir desses pontos, nos quais atua- 
vam há séculos, que os países europeus começaram a to-
mar conta do continente.
Além das relações diplomáticas e comerciais que exis-
tiam entre chefes e comerciantes africanos e os euro-
peus desde o século XVI, outros fatores foram decisivos 
na ocupação colonial do continente africano. O primei-
ro deles foi a exploração do seu interior pelos europeus, 
que conheciam bem a costa, mas quase nada além dela. 
Os mapas anteriores ao século XIX mostram a geografia 
imaginária que eles construíram, feita de relatos fragmen-
tados e de induções a partir do que conheciam na costa. O 
aumento de interesse pelas matérias-primas que o conti-
nente poderia oferecer para alimentar as novas necessida-
des das indústrias levou os empresários da época de olho 
nos recursos naturais a investir em expedições de explo-
ração que uniam seus interesses à curiosidade de alguns 
cientistas e aventureiros.
Os percursos dos principais rios da África, como o Ni-
lo, o Senegal, o Níger e o Congo, só foram revelados aos 
europeus no século XIX, depois de várias expedições de 
exploração. Na maior parte das vezes elas eram bancadas 
por sociedades de geografia sediadas em Londres, Lisboa 
e Paris e a partir das quais se buscava ampliar o conheci-
mento sobre as regiões até então desconhecidas dos ho-
mens do Ocidente. Nessa época o exotismo, ou seja, a 
maneira de viver e as expressões de outras culturas, era 
valorizado na Europa, onde os estudiosos criavam mu-
seus para abrigar objetos que exploradores e conquistado-
res coletavam em terras longínquas. 
Além do interesse por matérias-primas e mercados, 
do maior conhecimento do interior do continente e suas 
rotas de penetração,da descoberta de que o quinino aju-
dava na cura da malária, um fator decisivo para a ocupa-
ção da África foi a invenção do rifle. [...] Esse conjunto de 
fatores pouco a pouco venceu a resistência africana, e os 
exércitos europeus abriram caminho à força para a pene-
tração dos comerciantes e dos administradores coloniais, 
agentes de poderes distantes que iam subjugando as so-
ciedades locais e impondo a sua dominação. [...]
1. Quais fatores levaram à partilha da África?
2. Além da conquista pelas armas, os colonizadores utilizaram-se da estratégia de ensinar a sua língua e a 
religião cristã aos africanos. O que se pretendia com isso? Explique.
 pArA DISCUTIr 
Mello e Souza, Marina de. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2007. p. 153-155.
Fonte de pesquisa: Philip’ s atlas of world history – concise edition. 2. ed. 
London: Philip’ s, 2007. p. 206.
A partilha da África (1885)
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Vestibular e Enem
A seção apresenta questões 
de vestibulares do país e de 
vários Enem (Exame Nacional 
do Ensino Médio) realizados 
até hoje, de acordo com o que 
foi estudado em cada unidade.
Atividades
Ao final dos capítulos, um 
conjunto de atividades 
possibilita a consolidação, 
a retomada, a análise, 
a síntese e a pesquisa 
dos assuntos abordados. 
Há três subseções nesse 
conjunto: Revendo 
conceitos, Lendo mapas, 
gráficos e tabelas e 
Interpretando textos 
e imagens.
Seções especiais
Atividades
Informe e Mundo Hoje
Seções destinadas ao desenvolvimento do 
senso crítico a partir, respectivamente, 
de textos científicos e textos jornalísticos, 
geralmente no final dos capítulos.
Geografia e...
Relaciona a Geografia com outras 
disciplinas do Ensino Médio, por meio 
de textos, imagens e propostas de 
atividades em comum.
Projeto
Propõe a resolução de uma 
situação-problema, que 
promove a iniciativa e o 
compartilhamento de seus 
estudos. São apresentados dois 
projetos por ano, estruturados 
em páginas duplas.
Em análise
Não escreva no livro.
180°135°L90°L45°L0°45°O90°O135°O180°
45°N
0°
45°S
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
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0 2 460 4 920 km
NENO
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0 1 195 km
560 058 334
200 000 000
100 000 000
50 000 000
20 000 000
menos de
1 000 000
Valores em milhares de dólares
Construir e interpretar mapas com círculos proporcionais 
Um mapa pode oferecer grande número de informa­
ções que permitem conhecer melhor as características 
de determinado espaço.
Alguns mapas podem apresentar o caráter quanti­
tativo de um fenômeno e sua localização no espaço. 
É esse o objetivo do mapa com figuras geométricas 
proporcionais (círculos, quadrados, etc.). Esse mapa 
é mais indicado para representar quantidades absolu­
tas, como o número de habitantes de um país. Cada 
figura no mapa tem um tamanho, que é determinado 
pela quantidade do que está sendo representado.
A figura mais comum para simbolizar quantidades é o 
círculo, que deixa bem clara a diferença entre os tama­
nhos. Para mostrar aspectos de um fenômeno, um círculo, 
representando determinado valor, é colocado no local on­
de esse fenômeno ocorre.
Um círculo representando um valor é obrigatoria­
mente colocado no local onde ocorre o valor do fe­
nômeno representado. Novos círculos com valores 
diferentes são aplicados em outros locais do mapa, con­
forme a proporcionalidade do que se quer representar. 
Os círculos podem chegar a cobrir uns aos outros. Para 
possibilitar a leitura, os menores sempre aparecem por 
cima dos maiores. 
Abaixo, damos um exemplo de tabela cujos dados es­
tão representados no mapa por meio de círculos propor­
cionais. Observe estes dados aplicados no mapa a seguir.
Maiores exportadores de alta tecnologia (2013)
País Valor (em milhares de dólares)
China  560 058 334
Alemanha 193 087 961
Estados Unidos 147 833 169
Cingapura 135 601 531
Fonte de pesquisa: Banco Mundial. Disponível em: <http://data.worldbank.
org/indicator/TX.VAL.TECH.CD/countries?display=default>. Acesso em: 11 
nov. 2015.
A leitura do mapa permite concluir que os países que 
têm maior volume de valores em exportações de alta 
tecnologia estão concentrados na América do Norte, 
Europa e Ásia.
Fonte de pesquisa: Banco Mundial. Disponível em: <http://data.worldbank.org/indicator/TX.VAL.TECH.CD/countries?display=default>. Acesso em: 
11 nov. 2015.
Mundo – Exportação de alta tecnologia (2013)
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 Mundo Hoje
Não escreva no livro.
1. Você conhece outros exemplos de participação das mulheres em lutas sociais no campo? Discuta com 
os colegas e escrevam um texto coletivo sobre a importância do aumento da participação das mulheres 
nessas lutas sociais.
 para elaborar 
Na foto, passeata da Marcha das Margaridas realizada em 12 de agosto de 2015, em Brasília (DF). O evento reúne trabalhadoras rurais do 
Brasil e de outros países latino-americanos. Na ocasião, as participantes apresentaram reivindicações em favor da reforma agrária, da 
igualdade de direitos entre homens e mulheres, além de defender práticas agroecológicas e sustentáveis no campo.
Trabalhadoras rurais protestam por políticas públicas 
e mais educação
Milhares de trabalhadoras rurais participaram da Mar-
cha das Margaridas em Brasília [agosto de 2015]. As mu-
lheres se reuniram nas ruas da capital federal para protestar 
por mais educação e políticas públicas para o campo.
Trabalhadoras rurais e pequenas agricultoras se con-
centraram no Estádio Nacional. […]
Elas cercaram o gramado da Câmara e do Senado para 
protestar contra a falta de incentivos à agricultura familiar. 
“As mulheres do campo são mais discriminadas do que as 
da cidade. Temos que ter agricultura familiar, temos que 
dar condições pra que elas também tenham condições de 
viver bem no campo”, diz Susineide de Medeiros, presiden-
te do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Essa é a quinta edição da marcha, que acontece a ca-
da dois anos em Brasília, sempre no dia 12 de agosto. A 
data marca o assassinato, em 1983, de Margarida Ma-
ria Alves, presidente de um sindicato de trabalhadores 
na Paraíba. O tiro foi disparado por um dono de terras 
naquele estado. Neste ano [2015], a marcha pediu o 
combate à violência contra a mulher e incentivos à pro-
dução da agroecologia.
“Quem garante a diversidade na mesa das pessoas é a 
agricultura familiar, é a produção das mulheres e nós vie-
mos às ruas exigindo mais fortalecimento com mais sus-
tentabilidade para o campo”, diz Alessandra Luna, [da] 
Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.
No começo da tarde da terça-feira (12) o Congresso fez 
uma sessão especial em homenagem às margaridas. “Nós 
queremos um país que avance nos direitos, que garanta a 
democracia e que garanta o direito nosso de virmos aqui 
nesse espaço e fazermos as denúncias necessárias para ga-
rantir vida digna para todas e todos os trabalhadores do 
nosso país”, diz Carmen Foro, vice-presidente da CUT.
De volta ao Estádio Nacional as margaridas se encon-
traram com a presidente Dilma Rousseff. No encontro, as 
trabalhadoras rurais entregaram um documento com to-
das as reivindicações da marcha que serão analisadas uma 
a uma pelo governo. […]
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Marsola, Flávia. G1, 13 ago. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/08/trabalhadoras-rurais-protestam-por-politicas-publicas-e-mais-
educacao.html>. Acesso em: 3 nov. 2015.
162
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Não escreva no livro.
 Geografia e Arte
1. Identifique no mapa:
a) o tipo de harmonia pelas cores. 
Justifique sua resposta.
b) se as cores utilizadassão primárias 
ou secundárias.
c) se as cores utilizadas são frias ou 
quentes.
 AtividAdeS 
 Fontes de pesquisa: Anatel. Disponível em: 
<http://www.anatel.gov.br/dados/index.php?option=com_
content&view=article&id=269>; IBGE. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/ 
index.php>. Acessos em: 30 nov. 2015.
As cores e seu uso em mapas
[…]
Todas as cores que impressionam nossas vistas são 
obtidas pela combinação do vermelho, amarelo e azul, 
que são chamadas de cores primárias. Elas não podem 
ser obtidas por mistura e por isso diz-se que são encon-
tradas puras na natureza. Quando elas são misturadas 
em quantidades iguais, duas a duas, dão origem às cores 
secundárias (laranja, verde e violeta). Da mistura das 
cores primárias com as secundárias, também em partes 
iguais e duas a duas, surgem as cores terciárias (abóbora, 
púrpura, anil, turquesa, limão e ouro). [...]
Cores frias e quentes
Cores frias são aquelas que vão do violeta ao verde na 
Rosa cromática. [Entre elas, estão o verde, o azul e o vio-
leta.] […]
Cores quentes são aquelas que vão do amarelo ao ver-
melho na Rosa cromática. [Entre elas, estão o amarelo, o 
laranja e o vermelho.] […]
A harmonia das cores
Quando da confecção dos mapas, devemos levar em 
consideração que as cores possuem um significativo efei-
to estético, prestando-se atenção no que podemos chamar 
de harmonia das cores.
 • Harmonia monocromática: quando usamos uma só 
cor, variando apenas sua tonalidade. Em geral, esta va-
riação serve para mostrar a intensidade de um fenôme-
no, em que cores fracas indicam valores fracos e cores 
mais escuras significam valores fortes, como acontece 
em mapas que representam temperatura do ar, pressão 
e precipitação.
 • Harmonia pelas cores vizinhas: é outra forma de se 
harmonizar as cores (vizinhas) da Rosa cromática, de-
vendo-se seguir um sentido anti-horário. […] Tanto a 
harmonia monocromática como pelas cores vizinhas 
servem para mostrar fenômenos que indicam hierar-
quia ou sequência.
 • Harmonia pelas cores opostas: é usada quando a in-
tenção é […] mostrar claramente que um fenômeno é 
diferente de outro. […] cor oposta é aquela que fica dia-
metralmente contrária a uma outra na Rosa cromática, 
como o verde, por exemplo, que se encontra no vértice 
contrário ao do vermelho e vice-versa. [...]
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Fonte de 
pesquisa: 
Duarte, Paulo A. 
Fundamentos de 
cartografia. 3. ed. 
Florianópolis: 
Ed. da UFSC, 
2006. p. 181.
Duarte, Paulo A. Fundamentos de cartografia. 3. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2006. p. 180-184.
Rosa cromática
amarelo
azul
Cores secundárias
laranja
violeta
verde
Cores primárias
amarelo
limão
verde
turquesa
azul
anil
violeta
púrpura
vermelho
abóbora
laranja
ouro
magenta
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
40ºO60ºO
20ºS
Trópico de Capricórnio
0ºEquador
AM
AC
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SC
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VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana Francesa (FRA)
SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
EQUADOR
0 665 1 330 km
NENO
SESO
de 10,1 a 15
de 5 a 10
mais de 20,1
de 15,1 a 20
até 5
Percentual de acessos
em relação ao total
da população
Brasil – Acesso à internet de banda larga fixa (2015)
S
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ID
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Síntese da Unidade
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
Equador
Trópico de Capricórnio 
20°S
0°
60°O 40°O50°O
10°S
60°O70°O
DF
RR
AM
RO
AC
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PB
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SC
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MS
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Planalto
Depressão
Planície
0 925 1850 km
NENO
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Movimentos da Terra Orientação Coordenadas geográficas Fusos horários
Mapa, carta e plantaComputadorSatélite, radar, fotografia aérea, GPS
Região do município de Barbacena (MG), 
2013.
Relevo do Brasil.
Fonte de pesquisa: Ross, Jurandyr L. Sanches 
(Org.). Geografia geral e do Brasil. São Paulo: 
Edusp, 2008. p. 53.
Monte Tabor na Chapada Diamantina, 
Palmeiras (BA), 2015. 
Representação de cadeia de montanhas. 
4
2
5
3
6
Belém (PA), 2016. Área planejada no Plano Piloto de 
Brasília (DF) e seu entorno, 2014.
1
 • Escreva frases com cada palavra-chave ou expressão abaixo, sintetizando as 
informações do capítulo. 
 • Há diversos tipos de representação cartográfica. Nomeie cada uma das 
representações apresentadas a seguir, resuma suas principais características e 
identifique sua finalidade. 
 • Explique, com base nas informações do capítulo e na sequência abaixo, 
a utilização de tecnologias modernas pela Geografia.
20
14
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Capítulo 15 Localização e orientação geográfica
Capítulo 16 Diferentes formas de representação do espaço
Capítulo 17 Novas tecnologias e suas aplicações
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Em análise
Traz atividades sobre a 
construção de procedimentos 
e conhecimentos geográficos, 
como a elaboração e 
interpretação cartográfica, no 
final de cada unidade.
Presença da África e 
Presença Indígena
Textos e atividades que 
valorizam a diversidade e 
combatem o preconceito 
e a discriminação ao longo 
dos capítulos.
Síntese da Unidade
Atividades esquemáticas que 
retomam conceitos básicos de 
cada capítulo.
A coleção conta com boxes para apresentar 
assuntos complementares aos temas (Saiba mais); 
sugerir filmes, livros e sites para ampliação dos 
estudos (Assista, Leia e Navegue); e destacar no 
texto didático glossários sobre termos que você 
talvez não conheça.
Os boxes vinculados aos pilares contribuem 
para articular o tema estudado ao cotidiano 
(Conexão); refletir sobre a construção da 
cidadania e o convívio social (Ação e cidadania); 
e associar os estudos a outras áreas do 
conhecimento (Geografia e...).
Não escreva no livro.
Planície aluvial
A planície aluvial (ou de inunda-
ção) consiste em uma área com bai-
xa altitude, plana e próxima a um 
curso de água que a inunda de acor-
do com seu regime fluvial. O mate-
rial sedimentar (argila, silte e areia) 
que se deposita na planície inunda-
da chama-se aluvião. 
As planícies aluviais, por apresen-
tarem terrenos férteis (devido à depo-
sição dos sedimentos aluvionares), ti-
veram grande importância na história 
da humanidade. Muitas civilizações, 
entre elas a da antiga Mesopotâmia, 
se desenvolveram com o aproveita-
mento agrícola dessas planícies. 
 saiba mais 
curso superior
curso médio
curso inferior
cânion
vale profundo 
de paredes 
abruptas. Tem 
um forte poder 
de desgaste. 
É um vale 
em garganta 
ou V fechado
rápido
catarata
queda-d’água devida a um 
desnível brusco do terreno
grande 
queda-
-d’água 
vale em V aberto
vale menos profundo onde o 
desgaste incide sobre as margens
afluente
rio que deságua noutro
meandros
curvas do rio
praia �uvial
acumulação 
de aluviões
delta
terreno triangular 
formado na desembocadura 
do rio pela acumulação de aluviões
planície aluvial
acumulação 
de aluviões com 
a aproximação 
da foz
vale em caleira aluvial
 vale pouco profundo, 
 em regiões planas, 
 onde o rio diminui 
 a velocidade 
 e acumula 
 aluviões
Esquema do curso de um rio
rios 
Os rios são de grande importância para a natureza e para a sociedade. 
Na natureza, eles são responsáveis por transportar sedimentos de um 
ponto para outro na paisagem e, dessa forma, são capazes de modificar 
o relevo. Para a sociedade, os rios, assim como os reservatórios subter-
râneos, representam fonte de água parao consumo.
O rio é uma corrente de água que deságua no mar, em um lago ou em 
outro rio. Nesse caso, o rio que deságua em outro é chamado afluente. 
O ponto de encontro entre cursos de água é denominado confluência.
Os rios podem se originar de diferentes formas: pela água das chuvas 
que escoa superficialmente, acumulando-se em áreas mais baixas do terre-
no, ou pela água das chuvas que, após se infiltrar no solo e na rocha, forma 
o lençol freático, atingindo depois a superfície e dando origem à nascente 
do rio. Os rios também podem ter origem na água de degelo das monta-
nhas, durante o período em que as temperaturas estão mais elevadas.
Tipos de rios
Os rios podem ser efêmeros, intermitentes ou perenes. 
 • Efêmeros: secos na maior parte do ano, comportam fluxo de água 
durante e imediata mente após uma chuva. 
 • Intermitentes: possuem água durante uma parte do ano e secam no 
período de estiagem. 
 • Perenes: apresentam água no decorrer de todo o ano. 
Regime fluvial é o termo que designa a média anual da variação da 
descarga de água em uma bacia hidrográfica. A quantidade de água que 
atinge os rios depende do tamanho da área ocupada pela bacia, das va-
riações pluviométricas e das perdas de água devido à evaporação e à in-
filtração no solo e na rocha. Dessa forma, a descarga final dos rios depen-
derá das variações sazonais de períodos úmidos (maiores descargas) e de 
períodos secos (menores descargas). Geralmente, quanto maior o núme-
ro de afluentes, maior a quantidade de água de um rio. Em regiões ári-
das, a perda por evaporação pode levar a um decréscimo desse volume.
Nas planícies aluviais, é possível 
identificar as áreas alagáveis durante os 
períodos de cheia. Na imagem, o rio 
Waimakariri e sua planície aluvial, Nova 
Zelândia. Foto de 2007.
Fonte de pesquisa: Secretaria da Educação do Paraná. 
Disponível em: <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/
modules/galeria/detalhe.php?foto=1514&evento=7>. 
Acesso em: 19 nov. 2015.
Representação esquemática fora de proporção de 
tamanho e distância e em cores-fantasia.
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Agência Nacional de Águas (ANA)
Nesta página é possível ter acesso a 
informações sobre a gestão dos recursos 
hídricos brasileiros. Disponível em: <http://
linkte.me/ana>. Acesso em: 18 abr. 2016.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) 
Site da agência vinculada ao Ministério de 
Minas e Energia, apresenta dados sobre 
geração, distribuição e consumo de energia 
elétrica no Brasil. Disponível em: <http://
linkte.me/aneel>. Acesso em: 18 abr. 2016.
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Não escreva no livro.
As Grandes Navegações
O extremo oriente do Mediterrâneo 
e parte do mar Negro, em mapa do 
Atlas-portulano veneziano, 
do cartógrafo francês 
Jean-François Roussin, 1673.
Em um cenário de efervescência comer-
cial e urbana, os capitais se acumulavam nas 
mãos dos burgueses. Outros acontecimen-
tos contribuíram, por sua vez, para a expan-
são do comércio na Europa e em outros lu-
gares do mundo.
Em termos geográficos, o reconhecimento 
da esfericidade da Terra significou uma gran-
de mudança pois, a partir de então, podia-se 
supor que, saindo da Europa e viajando sem-
pre na mesma direção, os navegadores dariam 
uma volta na Terra e retornariam ao lugar de 
origem, o que estimulou a expansão marítima.
As inovações tecnológicas 
e a cartografia
Em fins do século XIII, os europeus aper-
feiçoaram suas cartas náuticas, produzindo 
os portulanos (ver abaixo), mapas que re-
presentavam sobretudo a costa dos conti-
nentes e que traziam as rotas de viagem tra-
çadas com linhas no próprio mapa.
No século XIV, os árabes levaram para a 
Europa vários instrumentos que utilizavam 
na navegação, como a bússola, o astrolábio 
e o quadrante. Invenção chinesa, a bússola, 
por exemplo, permitia a definição de rumos 
em alto-mar.
No século XV, os portugueses desenvol-
veram a caravela, embarcação leve e ágil, 
com velas triangulares, que possibilitava a 
navegação sem vento a favor, uma grande 
conquista para a época.
Em 1453, quando os turcos ocuparam 
Constantinopla (atual Istambul, na Tur-
quia), passaram a dificultar a circulação de 
navios pelo mar Mediterrâneo, prejudican-
do o comércio entre a Europa e o Oriente. 
Para garantir o suprimento de mercadorias 
para o continente, os europeus procuraram 
descobrir novas rotas comerciais.
Os portugueses, com grande domínio 
das técnicas de navegação, chegaram então 
às ilhas dos Açores, da Madeira e de Cabo 
Verde e alcançaram o sul da África. Nave-
gando próximo à costa africana, foram es-
tabelecendo várias feitorias no continente.
No final do século XV, Cristóvão Colom-
bo, a serviço da Coroa espanhola, atingiu as 
Antilhas, na América Central e, em 1500, 
uma esquadra portuguesa chegou à costa do 
atual território brasileiro. A posse e a ocu-
pação das novas terras representaram uma 
importante medida para a consolidação da 
política mercantilista.
Era o início da colonização das terras que 
viriam a ser chamadas de Novo Mundo, 
processo feito à base da exploração dos re-
cursos naturais das colônias e do extermínio 
ou escravização dos povos nativos.
A colonização organizou espaços de pro-
dução e definiu o papel das novas colônias 
na economia mundial.
Feitoria: construção 
fortificada, em geral 
localizada na costa, 
para armazenamento 
dos bens da colônia 
que seriam 
embarcados em 
navios para serem 
comercializados na 
Europa.
Política 
mercantilista: 
política econômica 
desenvolvida pelos 
estados nacionais 
europeus entre os 
séculos XVI e XVIII, 
segundo a qual a 
riqueza de um Estado 
deveria ser medida 
pela quantidade de 
metais preciosos que 
este possuía.
1492: a conquista 
do paraíso. Direção 
de Ridley Scott, EUA, 
1992, 154 min.
O filme narra a 
viagem de Cristóvão 
Colombo à América.
 Assista 
África: terra, 
sociedades e 
conflitos, de Nelson 
Bacic Olic e Beatriz 
Canepa. São Paulo: 
Moderna, 2004. 
A obra traz 
informações sobre 
povos, etnias e 
tradições antigas 
do continente, 
além de descrever 
seu processo de 
colonização.
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Não escreva no livro.
desenvolvimento industrial e financeiro
A London Stock Exchange foi fundada em 1801 e, 
na atualidade, é a quarta maior bolsa de valores do 
mundo. À sua frente, estão a bolsa de Nova York, 
a Nasdaq (ambas nos Estados Unidos) e a bolsa de 
valores de Tóquio, no Japão. Foto de 2014.
A partir do século XVIII, o sistema de 
produção europeu passou por significati-
vas transformações. A Revolução Industrial, 
processo de profundas inovações tecnológi-
cas e de intensas mudanças econômicas e 
sociais, teve início na Inglaterra, país euro-
peu que obteve os melhores resultados com 
as políticas mercantilistas.
A Revolução Industrial deu novo impulso 
ao sistema capitalista, inaugurando a fase do 
capitalismo industrial. A começar pela In-
glaterra, esse sistema foi adotado pela maio-
ria dos países da Europa Ocidental e pelos 
Estados Unidos, estendendo-se para grande 
parte do mundo nos séculos XIX e XX.
A expansão do capitalismo foi realizada 
por meio da expansão imperialista, carac-
terizada pelo domínio territorial das nações 
economicamente mais fortes sobre outras. 
Nesse período, os países europeus formaram 
ou ampliaram seus domínios na África e na 
Ásia com o objetivo de conseguir mais maté-
rias-primas e novos mercados consumidores 
para as indústrias europeias. 
No final do século XIX, nos países mais 
industrializados, teve início a formação de 
monopólios: grandes empresas passaram 
por um processo de fusão com o objetivo de 
controlar o mercado. Era o nascimento das 
multinacionais (ou transnacionais). 
Novamente o sistema capitalista

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