Susane-Conforto Ambiental

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: CONFORTO AMBIENTAL II
 SUSANE RANGEL DEBOSAN DA FONSECA
ATIVIDADE 01 – A INFLUÊNCIA DO CONFORTO AMBIENTAL NA CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA
NATAL - RN 
2020
A INFLUÊNCIA DO CONFORTO AMBIENTAL NA CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA
Introdução:
A questão dos aspectos de conforto ambiental está cada vez mais presente nos estudos para projetar um ambiente. A procura de aumentar a qualidade de produção tem sido grande,mas há dificuldade desses métodos com o processo de criação em arquitetura com a natureza dos conceitos de conforto ambiental. E é no projeto arquitetônico que se tem o desafio no sentido de harmonizar critérios de conforto na busca da melhor solução. Do ponto de vista do conforto exige-se do profissional análise dos aspectos da iluminação,conforto térmico e acústico. A capacidade no desenvolvimento construtivo tem no projeto de arquitetura um de seus importantes determinantes. É primordial que se compreenda a relação da produtividade e da qualidade de vida com o conforto da arquitetura.
Concepção de projeto:
A concepção é a etapa fundamental,a base do projeto,onde se compõe uma ideia,um esquema para aquilo que se deseja,seja para melhorar algo que já existe ou criar algo novo. É nessa etapa que se estabelece as metas e objetivos,verificando os recursos disponíveis e necessários,tendo um foco na possibilidade do projeto para produção de uma proposta para desenvolvê-lo. O propósito dessa etapa é adquirir a concordância de todas as partes interessadas sobre a finalidade do projeto,estabelecer elementos de riscos e deliberar a continuação ou término do projeto.
Objetivos específicos da etapa de concepção: 1.Determinar a perspectiva,a finalidade e seus limites.Constatar quem são os interessados,suas razões e influência de conflitos. 2. Identificar as principais funcionalidades do projeto e decidir quais requisitos são mais críticos. 3. Estabelecer pelo menos uma resposta possível,com pelo menos uma arquitetura pretendente e sua acessibilidade. 4.Planejar o custo,o cronograma e os riscos associados ao projeto. 
Conforto ambiental:
O conceito atual de conforto basea-se em um estado de satisfação do ser humano em um determinado espaço. Um espaço adequado as necessidades de conforto ambiental foi e é um tema de pesquisas científicas ao longo dos anos,e como resultado tem-se hoje parâmetros de qualidade tendo em conta a satisfação. Estar em uma ambiente em conforto ambiental significa que o espaço oferece boas condições visuais,acústicas,qualidade de ar,psicológicas...para a atividade de um afazer humano,seja de descanso,lazer,trabalho,estudo...
Um dos principais critérios na arquitetura, é prever espaços e edificações com condições satisfatórias para o conforto ambiental,ou seja, um ambiente que permita a melhor relação entre o homem e o espaço. A ferramenta que o ser humano possui para identificar seu estado de conforto é o sistema sensorial,que através das relações de sinestesia dos sentidos consegue perceber o ambiente. 
No conforto visual,são previstos na iluminação,aspectos de níveis de luminosidade,sombreamento,ofuscamento,intervenção da iluminação na percepção das cores e também a respeito a estética e psicologia. Uma iluminação inadequada causa fadiga visual,desconforto,redução da eficiência visual,ofuscamento,dores de cabeça,acidentes... Com isso, é de responsabilidade do arquiteto projetar um ambiente com boa iluminação, sendo capaz de aumentar a produtividade,gerar um ambiente agradável e gerar outros benefícios.
No conforto térmico, a arquitetura deve oferecer condições térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam quais forem as condições climáticas externas. As principais variáveis do conforto térmico são temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. O conhecimento dessas variáveis, aliado ao dos mecanismos de trocas de calor e do comportamento térmico dos materiais, permite uma intervenção consciente da arquitetura, de modo a aproveitar o que o clima apresenta de agradável e ameniza seus aspectos negativos. Um ambiente com desconforto térmico pode provocar irritabilidade, sudorese, pressão baixa entre outras, de modo diferente, o conforto térmico é capaz de gerar benefícios como concentração, aprendizado, motivação equilíbrio físico e mental, aumento do desempenho intelectual e entre outras coisas a mais. 
Sobre o conforto acústico, há cerca de alguns anos tem se tomado conhecimento das possíveis interferências dos ruídos e da poluição sonora sobre a saúde humana,não só sob o ponto de vista como o ponto de vista psicológico.Para que essas interferências negativas não aconteçam 
o arquiteto deve compreender as possibilidades de atuação no ambiente construído considerando as necessidades de adequação ao condicionamento e isolamento acústico necessário.A qualidade acústica interna depende de quão bem as fontes de sons são controladas. Existe uma grande variedade de materiais disponíveis,tais como painéis acústicos de parede e forro que são uma excelente maneira de reduzir os reflexos sonoros. A acústica é um elemento fundamental em todos os tipos de construção,desde residências,locais de trabalho,hospitais até centros esportivos e música,cada um desses ambientes terá seu próprio requisitos acústicos e é por isso que o estudo preliminar é essencial para o arquiteto.
Concepção de projeto e conforto ambiental:
Quando se trata em proporcionar o máximo de satisfação possível ao usuário,o conforto ambiental é tido como um dos principais objetivos na arquitetura. Visando esse objetivo é que o arquiteto começa a concepção de projeto. Todo arquiteto deve ser capaz de projetar considerando as especificidades climáticas do local,da luz natural,ventilação... como parâmetros de um bom projeto arquitetônico. Na concepção de projeto existe a necessidade de resolução de problemas técnicos e cientifico do conforto ambiental.Nesse contexto,deve existir um espaço de solução de projeto alcançado pelo arquiteto.
Quando planejado na fase de concepção de projeto o conforto ambiental se torna mais eficiente e mais barato,podendo chegar a uma economia de 70%.
Estratégias de projeto para um bom nível de conforto: 1.Controlar os ganhos de calor, minimizando a energia solar que entra pelas aberturas; minimizando a energia solar absorvida pelas paredes externas;colocar isolantes térmicas nas superfícies mais castigadas pelo sol. 2.Aumentar a dissipação de energia, aumentando a ventilação;removendo a umidade em excesso e movimentar o ar; promover o uso da iluminação natural sem permitir a entrada da radiação direta. 3.Controlar ruídos, com uso de elementos que dificultem sua transmissão; desenvolver projetos integrados de iluminação (natural e artificial); buscando além de conforto,a conservação de energia.
Ganhos e desafios:
 
Para que as orientações de conforto ambiental sejam inseridos num projeto arquitetônico é essencial que muitos deles sejam levados em consideração ainda na fase de concepção de projeto. Porém,nessa etapa as referências são falhas e muitas decisões são tomadas com base na experiência do arquiteto,que não utilizam nem tempo,nem mecanismos práticos e eficientes para tomada de decisão. A conclusão não é adequado ao ser humano,nem ao meio ambiente. 
A qualidade de projeto é medida pelas formas criadas e seu conjunto. Existe uma insistência de que a criatividade seja integro no projeto,o que torna um desafio,pois estas não conseguem representar com profundidade suficiente o comportamento de projeto no conforto ambiental. A comunicação visual é uma das dificuldades enfrentadas pelo arquiteto,sendo uma comunicação de grande importância para sustentar o projeto.
Sendo assim,o desafio é desenvolver projetos de boa qualidade ambiental sem prejudicar o usuário,tendo ganhos nos aspectos sociais,físicos e psicológicos. Sendo assim, o bem estar proporcionado pelo meio ambiente construído é um fator fundamental a ser levado em conta no projeto arquitetônico.Concepções arquitetônicas elaboradas dando importância ao conforto ambiental:
- Clínica Escola da Faculdade Vale de Salgado 
Centros Educacionais 
Local: CE, Icapuí,Brasil
Ambiente e Aplicações: Cobogós e Muxarabis /Escadas internas /Áreas de convivência /Piscinas /Jardins internos /Jardins verticais /
Diferenciais técnicos: Eficiência Térmica e Conforto ambiental
Materiais predominantes: Concreto / Vidro 
Arquiteto: Lins Escritório de Arquitetura
- The Line Softs 
 Edifícios residenciais
 LO, Los Angeles,Estados Unidos
Ambiente e Aplicações: Dormitórios /Recepção /Fachadas de edifícios 
Diferenciais técnicos: Conforto ambiental 
Materiais predominantes: Vidro  Edifícios residenciais 
Arquiteto: SPF ARCHITECTS
- 2ª Unidade do Juizado Especial Cível e Criminal - UniLeão
Edificações Governamentais 
Local: CE, Juazeiro,Brasil
Diferenciais técnicos: Conforto e Eficiência Térmica 
Materiais predominantes: Concreto / Vidro 
Arquiteto: Lins Escritório de Arquitetura
- Restaurante Ancho - Unidade Anchieta
Restaurante e Lanchonetes
Local: MG, Belo Horizonte,Brasil
Ambiente e Aplicações: Pergolados /Jardins verticais /Pé-direito 
Diferenciais técnicos:Conforto Ambiental e Eficiência Térmica
Materiais predominantes: Madeira / Tijolos / Vidro 
Arquitetos: Aptar Arquitetura
- Pavilhão de Meditação 
Residência
Local: SP, Ibiúna,Brasil
Ambiente e Aplicações: Vistas e paisagens /Bem-estar e spa /Estruturas de madeira /
Diferenciais técnicos: Conforto Ambiental
Materiais predominantes: Madeira / Vidro 
Arquiteto: DT, Estúdio
-Bloco Didático- Campus Avançado UFC
Universidade
CE, Crateús, Brasil
Ambiente e Aplicações: brise-soleils /Fachadas de edifícios 
Diferenciais técnicos: Conforto ambiental e eficiência energética
Materiais predominantes:Alumínio / Concreto / Tijolos 
Arquitetos: Croquis Projetos e Rede arquitetos
Fontes de pesquisa:
KOWALTOWSKI, Doris C. C. K.(1) LABAKI, Lucila C. (2); PINA, Silvia Mikami G. (3), BERTOLLI, Stelamaris R. (4);
https://administradores.com.br/artigos/as-fases-de-um-projeto
https://www.trt9.jus.br/pds/pdstrt9/guidances/concepts/fase_concepcao_39CABA2B.html
BOLLNOW, Otto Friedrich. O homem e o espaço. Curitiba: Editora UFPR, 2008. p. 16-. 20. 6. BOLLNOW, 2008, p. 20. 7. BOLLNOW, 2008, p. 16-20. 8
Livro Manual de conforto térmico .Anesia Barros(1); Frota(2); Sueli Ramos Schiffer(3);