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Membranas Estrutura proteica e transporte 2 A membrana celular é um mosaico fluído. Apresenta permeabilidade seletiva, controlando a entrada e a saída de substâncias de acordo com a necessidade celular. Os lipídios possuem dois sítios distintos ou polos, um hidrofóbico e outro hidrofílico, o que permite a formação de uma fina camada lipídica. Nessa camada há proteínas que podem ser de canal, transportadoras ou receptores. 3 A molécula de fosfolipídio possui uma característica bioquímica essencial para formar uma bicamada estável, ainda que fluida ela é uma molécula anfipática, pois possui uma região hidrofílica (polar) e duas caudas hidrofóbicas (apolares). A molécula de fosfolipídio possui uma característica bioquímica essencial para formar uma bicamada estável: É uma molécula anfipática, pois possui uma região hidrofílica (polar) e duas caudas hidrofóbicas (apolares). 4 Fluidez A fluidez da membrana é controlada por diversos fatores físicos e químicos. A temperatura influencia na fluidez: quanto mais alta ou baixa, mais ou menos fluida será a membrana, respectivamente. O número de duplas ligações nas caudas hidrofóbicas dos lipídios também influencia a fluidez: quanto maior o número de duplas ligações, mais insaturada a cauda e mais fluida se torna a membrana, pois menor será a possibilidade de interação entre moléculas vizinhas. Também a concentração de colesterol influencia na fluidez: em geral, quanto mais colesterol, menos fluida. Entretanto, o colesterol, por ser menor e mais rígido, interage mais fortemente com os lipídeos adjacentes, diminuindo sua capacidade de movimentação, o que poderá vir a comprometer a fluidez se a concentração aumentar. 5 6 A Lei de difusão de Fick é obedecida nas membranas celulares; Área da superfície [ A resistência da membrana é determinada pela composição lipídica, pelo tamanho e pala solubilidade lipídica da molécula que está se difundindo. Espessura da membrana 7 DIFUSÃO E LEI DE FICK 8 Os mesmos princípios aplicam-se ao movimento de substâncias através das membranas plasmáticas com uma diferença: a substituição, na Lei de Fick, do coeficiente de difusão pelo Coeficiente de Permeabilidade membranar (P, cm2/s), uma vez que a espessura da membrana celular pode ser considerada uma constante: J = D x A x ∆C/ ∆x J = P x ∆C Uma vez que a permeabilidade é uma propriedade da membrana, diferentes tipos de células têm diferentes constantes de permeabilidade para a mesma substância. BARREIRA: As moléculas lipídicas constituem 50% da massa da maioria das membranas de células animais, sendo o restante, constituído de proteínas. A bicamada lipídica atua como barreira, permitindo que a célula mantenha as concentrações de solutos no citossol, que são diferentes do meio extracelular. VENCENDO A BARREIRA: A membrana desenvolveu mecanismos de transporte (proteínas carregadoras e de canal). 9 A barreira semipermeável é seletiva: 10 Funções: permeabilidade seletiva, reconhecimento celular, transporte ativo e passivo. Interação : ancoradas, periféricas ou transmembrana (integrais). Regiões polares e apolares, sendo também anfipáticas. Proteínas 11 5 e 6 Periféricas ligadas à membrana por interações com outras proteínas. Disposição das Proteínas na Membrana Plasmática 1 e 2 Transmembrana 3 e 4 Periféricas ligadas ou ancoradas. 12 Difusão simples é um processo de transporte de substâncias denominado de passivo, pois não há gasto de energia para transportar o soluto, e se caracteriza pela movimentação de soluto, eletricamente neutro, de uma região de maior concentração para uma de menor concentração até que o equilíbrio seja alcançado. A velocidade da movimentação transmembrana é proporcional ao gradiente de concentração. Difusão facilitada Também é um processo passivo de transporte porém as moléculas atravessam a membrana celular com o auxilio de proteínas transportadoras especificas, sem gasto de energia. Difusão simples 13 14 SEM GASTO ENERGÉTICO DIFUSÃO OSMOSE TRANSPORTE ATIVO COM GASTO ENERGÉTICO Exclusivamente ÁGUA Transporte de pequenas moléculas; SIMPLES: sem carreador FACILITADA: com carreador Transporte através de Membranas 16 Os sistemas transportadores diferem no número de solutos (substratos) transportados e na direção em que ele é transportado. Observe que esta classificação não diz respeito a dependência de energia. 17 Os dois modelos de proteínas de transporte 18 Diagrama esquemático de um canal iônico. 1 - domínios de canal (normalmente são quatro por canal), 2 - vestíbulo exterior, 3 - filtro de seletividade, 4 - diâmetro do filtro de seletividade, 5 - lugar de fosforilação ou de outro controle interno, 6 - membrana celular. Os canais têm três propriedades importantes: Conduzem íons: Permitem a passagem de grande quantidade de íonS em curto intervalo de tempo (até 100.000.000 íons por segundo) Reconhecem e selecionam os íons; Abrem-se e fecham em resposta a estímulos elétricos, químicos ou mecânicos. PROTEÍNAS CANAIS 19 20 Seletividade dos canais iônicos Propriedades dos Canais Iônicos: Capacidade de abrir e fechar seletivamente. Cinética de saturação. Fluxo iônico no CANAL: O fluxo de íon por um canal iônico é Passivo. Presença de canais de vazamento (resting channels) Ficam abertos permanentemente. Canais com comportas Canais voltagem - dependentes Canais ligando - dependentes Canais mecano – dependentes Canais dependentes de fosforilação PROTEÍNAS CANAIS 22 23 Tipos de canais iônicos 1) sem comporta: estão permanentemente abertos 2) Com comporta: abrem-se mediante estímulos específicos Estímulos químicos Estímulos físicos Mecanismos de ativação de canais 25 Canal de sódio sensível ao ligante 26 CANAL DE SÓDIO SENSÍVEL À VOLTAGEM 27 28 29 30 Quando comparados, os canais de sódio, cálcio e potássio mostram grandes semelhanças, tanto na sequência quanto na estrutura. A sequência S4 é o sensor de voltagem em todos os canais, por exemplo. Inibição do Fluxo Iônico Saturação: ligação do íon com sitio específico no interior do canal; Inibição por bloqueio do canal. 31 Atuam no canal de sódio: Toxinas obtidas de Peixes, tetrodoxina ( fugu e baiacu); do Plancton, saxitoxinas; ou de Sapo, batractoxina. No canal de cálcio: Toxinas obtidas da Aranha: agatoxina e atracotoxinas Do Escorpião, a tityustoxina , possui componentes que atuam no canal de potássio e no canal de sódio. 32 Canais de sódio dependentes da voltagem podem existir em uma das três conformações diferentes: estado aberto, fechado ou repouso e estado inativado (refratário). Há uma sequência a ser obedecida: Canais no estado aberto não retornam diretamente para o estado fechado, sem entrar no estado inativado em primeiro lugar. Canais inativos não podem entrar no estado aberto, sem voltar para o estado fechado em primeiro lugar. Ativável Ativo NÃO ativável 33 Estado funcional do canal Repouso: canal fechado e ativável Ativo: canal aberto Refratário: canal fechado e não ativável 34 Doenças Miastenia gravis A miastenia grave é uma doença auto-imune caracterizada pelo funcionamento anormal da junção neuromuscular que acarreta episódios de fraqueza muscular. O sistema imune produz anticorpos que atacam os receptores localizados no lado muscular da junção neuromuscular. Os receptores lesados são aqueles que recebem o sinal nervoso através da ação da acetilcolina. Sintomas: fraqueza e fadiga inexplicável dos músculos voluntários. Piora com atividade física e esforço, melhora com repouso e drogas anticolinesterásicas. Esquema da junção neuromuscular normal. À esquerda, temos ao caso da miastenia gravis; À direita, temos os anticorpos ligados aos receptor Paralisia periódica hipercalemica: Defeito congênito dos canais de sódio voltagem dependentes. A paralisia periódica é entidade caracter Fraqueza muscular relacionadas com alterações do nível sérico dos íons. 35 Fibrose cística Defeito em canal de íons cloro de células epiteliais que não permite a saída desses íons. Desordem congênita Produção abundante de secreções epiteliais. Prejuízo da produção de enzimas e do balanço eletrolítico. A análise do suor mostra níveis de cloro e sódio muito elevados, existe a possibilidade da doença 36 Os defeitos no canal de cloreto regulado por AMPc (CTFR AMPc) são considerados a principal causa para a fibrose cística. O canal de cloreto, controla o fluxo do íon Cloreto, é formado por uma proteína denominada CF- transmembrana reguladora (CFTR). A abertura e o fechamento do canal são controlados pela ligação do grupo fosfato do ATP. Depende também de fosfoquinase, AMP cíclico, de um fosfoproteina (EBP50) 37 38 Certos terminais nervosos, ao receberem a capsaicina, abrem canais de sódio, gerando um impulso elétrico que é propagado ao longo do sistema nervoso. Sensação de queimadura causada pela pimenta. A exposição a uma fonte de calor, esta molécula é liberada e ativa o mesmo sistema de resposta. Em ambos os casos, o SNC tem a mesma interpretação: está quente! O mecanismo, ou seja, a linguagem utilizada pelos terminais nervosos é a mesma. As proteínas carreadoras ou transportadoras 39 Proteínas carreadoras O mecanismo responsável por limitar a velocidade da difusão facilitada pela proteína carreadora fundamenta-se no fato da substância transportadora ligar-se a uma parte específica da proteína transportadora (um sítio específico). Dessa forma, quando todos esses sítios estiverem "ocupados", não adianta aumentar a concentração da substância a ser transportada. 40 Difusão Facilitada O transporte por proteínas (canal ou carreadora) segue a cinética de saturação: Quando a concentração da substância a ser transportada é pequena, a intensidade do transporte aumenta, em proporção direta, com o aumento da concentração. Todavia, em concentrações muito elevadas, o transporte tende a um valor máximo. A saturação é causada pela limitação da velocidade com que as reações químicas de fixação, liberação e alterações conformacionais do carreador podem ocorrer. Nas proteínas canal há saturação na ligação do íon com sitio específico no interior do canal. 42 43 Um exemplo é a ATPase- sódio-potássio: Responsável: Manutenção das diferenças de concentração de sódio e de potássio; Estabelecer um potencial elétrico negativo no interior das células ; Estabelecer a diferença de carga elétrica entre os dois lados da membrana que é fundamental para as células musculares e nervosas ; Promover a entrada de aminoácidos e açúcares; Controlar o volume das células. Transporte ativo primário é executado pelas proteínas carreadoras do tipo bombas 44 Caráter eletrogênico: gera déficit positivo interno, ao descarregar 3 cargas no citoplasma e depositar apenas 2 cargas positivas no interior. 45 Bomba de sódio e potássio OUTRA ATPase: Ca+ ATPase 47 Transporte ativo secundário: Utiliza o gradiente do íon, normalmente o sódio, para promover a entrada de outro substrato. Depende de Na+/K+ ATPase . 48 49 Transporte ativo secundário 51 52 53 A anidrase carbônica catalisa a reação entre o dióxido de carbono e água para formar ácido carbônico. Este ácido imediatamente se dissocia em íons de hidrogênio e bicarbonato. Os íons hidrogênio deixam a célula através de H + / K + ATPase. -40 mV a -70 mV 54 http://www.youtube.com/watch?v=HcEh1Rjmbdg 55 56 57 [Na+]=15mM [Na+]=145mM ATP 3Na+ 2K+ ADP+Pi +++++++++++++++ ------------------------- A.A. Na+ H+ Na+ Ca2+ 3Na+ D-Gli Na+ 2Cl- Na+ K+ Nav ENaC Cl- Na+ OUTROS EXEMPLOS Carreadores simporte: Carreadores antiporte: Sódio-glicose Sódio-próton Sódio-aminoácidos Sódio-cálcio Sódio-potássio -2cloreto Sódio-sais biliares Sódio-colina Sódio-neurotransmissores
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