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Transporte através de membranas: Transporte passivo: →O transporte através da membrana celular, tanto diretamente, através da bicamada lipídica, como por meio de proteínas, ocorre por um de dois processos básicos: difusão ou transporte ativo. →Difusão: movimento molecular aleatório de substâncias, molécula a molécula, pelos espaços intramoleculares da membrana ou em combinação com proteína carreadora. →A energia causadora da difusão é a energia da movimentação cinética normal da matéria. →Já o transporte ativo é movimento dos íons ou de outras substâncias, através da membrana em combinação com uma proteína carreadora, de modo que a proteína faz com que a substância se mova em direção oposta à de um gradiente de energia, como passando de um estado de baixa concentração para um estado de alta concentração. Esse movimento requer uma fonte adicional de energia, além da energia cinética. Difusão: →Todas as moléculas e íons no corpo, inclusive as moléculas de água e as substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, estão em movimento. →A movimentação dessas partículas quanto maior a movimentação, maior a temperatura. →Quando a molécula em movimento, A, se aproxima da molécula estacionária, B, a força eletrostática e outras forças nucleares da molécula A repelem B, transferindo parte da energia do movimento da molécula A para B. →Consequentemente, B ganha energia cinética do movimento, enquanto A passa a se mover mais lentamente, perdendo parte de sua energia cinética. →Esse movimento contínuo de moléculas umas contra as outras, nos líquidos ou nos gases, é chamado difusão. Difusão simples: →O movimento cinético das moléculas ou dos íons ocorre através de abertura na membrana ou pelos espaços intermoleculares, sem interação com as proteínas carreadoras da membrana. →A intensidade da difusão é determinada pela quantidade de substância disponível, pela velocidade do movimento cinético, e pelo número e tamanho das aberturas na membrana, pelas quais as moléculas e os íons podem se mover. Difusão facilitada: →Requer a interação com uma proteína carreadora., através da membrana, por meio de ligação química com eles, transportando-os, em movimento de vaivém. A difusão simples pode ocorrer através da membrana celular por duas vias: (1) pelos interstícios da bicamada lipídica, no caso da substância que se difunde ser lipossolúvel; (2) pelos canais aquosos que penetram por toda a espessura da membrana, por meio de alguma das grandes proteínas transportadoras. A difusão facilitada difere da difusão simples porque: apesar da velocidade da difusão simples, através de um canal aberto, aumentar proporcionalmente à concentração da substância difusora, na difusão facilitada a velocidade da difusão tende a um máximo, designado como Vmáx, à medida que a concentração da substância difusora aumenta. →Essa figura mostra que, enquanto a concentração da substância difusora aumenta, a intensidade da difusão simples continua a aumentar proporcionalmente, mas na difusão facilitada a velocidade da difusão não pode aumentar acima do nível do Vmáx. →Essa figura mostra a proteína carreadora com poro grande para transportar a molécula específica, mostra também um “receptor” de ligação na parte interna da proteína carreadora. →A molécula a ser transportada entra no poro e se liga, então, ocorre alteração conformacional ou química na proteína carreadora, de forma que o poro a se abre para o lado oposto da membrana. →Em razão da ligação do receptor ser fraca, a movimentação térmica da molécula ligada faz com que esta se separe e seja liberada no lado oposto da membrana. →Um fator importante que determina quão rapidamente a substâncias e difunde pela bicamada lipídica é a lipossolubilidade dessa substância. →As lipossolubilidades do oxigênio, do nitrogênio, do dióxido de carbono e do álcool, por exemplo, são altas; assim, todas elas podem se dissolver diretamente na bicamada lipídica e se difundir através da membrana celular, do mesmo modo como ocorre a difusão para solutos hidrossolúveis nas soluções aquosas. →A velocidade de difusão de cada uma dessas substâncias através da membrana é diretamente proporcional à sua lipossolubilidade. →De modo especial, grandes quantidades de oxigênio podem ser transportadas dessa maneira; por essa razão, o oxigênio pode ser levado para o interior das células quase como se não existisse a membrana celular →Ainda que a água seja hidrossolúvel, ela passa com facilidade pelos canais das moléculas de proteínas que penetram por toda a espessura das membranas. →Muitas das membranas celulares do corpo contêm “poros” proteicos chamados aquaporinas que permitem, seletivamente, a passagem rápida de água através da membrana celular. →Outras moléculas insolúveis em lipídios podem passar pelos canais dos poros das proteínas do mesmo modo que as moléculas de água, caso sejam hidrossolúveis e suficientemente pequenas. →Substâncias podem se deslocar por difusão simples diretamente através desses canais de um lado ao outro da membrana. →Os poros são compostos de proteínas integrais da membrana celular que formam tubos abertos através da membrana e que ficam sempre abertos. →As aquaporinas são proteínas de canal de água que aumentam a permeabilidade da bicamada lipídica da membrana celular à água. →No entanto, o diâmetro do poro e sua carga elétrica fornecem seletividade que permite a passagem de somente algumas moléculas. →Ex:. poros proteicos, denominados aquaporinas ou canais de água, permitem a passagem de água através da membrana celular, mas excluem outras moléculas. O poro é muito estreito para permitir a passagem de qualquer outro íon hidratado →As proteínas canais são distinguidas por duas características importantes: (1) elas, em geral, são seletivamente permeáveis a certas substâncias; (2) muitos dos canais podem ser abertos ou fechados por comportas que são reguladas por sinais elétricos (canais dependentes de voltagem) ou químicos que se ligam a proteínas do canal (canais dependentes de ligantes). Muitas proteínas canais são altamente seletivas para o transporte de um ou mais íons ou moléculas específicas. →Essa seletividade resulta das características do canal propriamente dito, como seu diâmetro, sua forma, e a natureza das cargas elétricas e das ligações químicas ao longo de suas superfícies internas. →Canais de potássio permitem a passagem de íons potássio, através da membrana celular, aproximadamente 1.000 vezes mais facilmente do que permitem íons sódio. →Esse alto grau de seletividade não pode ser explicado inteiramente pelo diâmetro molecular dos íons, já que os íons potássio são levemente maiores do que os de sódio. →No topo do poro do canal existem alças que formam filtro de seletividade estreita. Revestindo o filtro de seletividade encontram-se oxigênios carbonílicos. →As comportas das proteínas canais fornecem meio para controlar a permeabilidade iônica dos canais. →Acredita-se que algumas comportas sejam extensões da molécula, como se fossem comportas, semelhantes às das proteínas transportadoras que podem ocluir a abertura do canal ou podem ser removidas dessa abertura por alteração da conformação da própria molécula de proteína. A abertura e o fechamento desses canais podem ser controlados por dois modos: 1. variações da voltagem., onde a conformação do canal ou das suas ligações químicas reage ao potencial elétrico através da membrana celular. *Por exemplo, no painel superior, uma forte carga negativa no lado interno da membrana celular, poderia presumivelmente fazer com que as comportas externas do canal do sódio permanecessem fechadas; 2. Por controle químico (por ligantes). Algumas comportas das proteínas canais dependemda ligação de substâncias químicas (ou ligante) com a proteína, que causa alteração conformacional da proteína ou de suas ligações químicas na molécula da proteína que abre ou fecha sua comporta. →Um importante exemplo de controle químico é o efeito da acetilcolina no chamado canal de acetilcolina. Osmose: →Osmose é um processo de difusão da água através de uma membrana semipermeável e ocorre da solução menos concentrada para a mais concentrada. →Esse processo é um tipo de transporte passivo, pois, durante a osmose, a célula não gasta energia. Transporte ativo: →Às vezes, é necessária grande concentração de uma substância no líquido intracelular, embora o líquido extracelular só a contenha em baixa concentração, por exemplo, para os íons potássio. →Assim, alguma fonte de energia deve causar maior deslocamento dos íons potássio para o interior da célula e deslocamento mais intenso dos íons sódio para fora das células. →Quando a membrana celular transporta as moléculas ou íons “para cima”, contra um gradiente de concentração (ou “para cima”, contra um gradiente elétrico ou de pressão), o processo é chamado de transporte ativo. →O transporte ativo primário usa uma fonte de energia química diretamente (por exemplo, o ATP) para mover as moléculas através da membrana contra seu gradiente. →O transporte ativo secundário (cotransporte), por outro lado, usa um gradiente eletro-químico - gerado pelo transporte ativo - como fonte de energia para mover as moléculas contra seu gradiente, e assim não requer uma fonte química de energia como o ATP. Transporte ativo primário: →Uma das bombas mais importantes das células animais é a bomba de sódio-potássio, que move Na+ para fora das células, e K- para dentro. →Como o processo de transporte usa ATP como fonte de energia, ele é considerado um exemplo de transporte ativo primário. →A bomba sódio-potássio não apenas mantém as concentrações apropriadas de Na+ e K+ nas células vivas, como também desempenha um papel importante na geração de voltagem através da membrana celular dos animais. →Bombas como esta, que estão envolvidas no estabelecimento e manutenção da voltagem das membranas, também são conhecidas como bombas eletrogênicas. A bomba eletrogênica primária das plantas bombeia íons de hidrogênio (H+ao invés de sódio e potássio) Transporte ativo secundário: →Os gradientes eletroquímicos instituídos pelo transporte ativo primário armazenam energia, que pode ser liberada conforme os íons movem-se novamente a favor de seu gradiente. →O transporte ativo secundário usa a energia armazenada nesses gradientes, para mover outras substâncias contra seus próprios gradientes. *Um exemplo: Temos uma grande concentração de íons de sódio intracelular (graças a bomba sódio-potássio). Se uma rota, como uma proteína de canal ou carreadora estiverem disponíveis, os íons de sódio irão se mover a favor de seu gradiente de concentração e retornar ao interior da célula. →No transporte ativo secundário, o movimento dos íons de sódio a favor do seu gradiente de concentração está associado ao transporte contra o gradiente de concentração de outras substâncias por uma proteína carreadora compartilhada (uma co-transportadora). Anotações:
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