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Traumatologia forense

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Prévia do material em texto

Traumatologia forense 
- Ações traumáticas ou lesivas de natureza mecânica 
- Ações lesivas de natureza mecânica são as que se 
manifestam fisicamente através do movimento, 
causando lesão por transf. de energia cinética ao 
organismo 
- Formas: ação perfurante, cortante e contundente 
 
 
- Exercida por alguma extremidade pontiaguda do 
instrumento lesivo; 
- Atua no corpo sobre um ponto; 
 
 
- Se dá pelo gume de que seja provido o agente lesivo; 
- Atua no corpo sobre uma linha 
 
 
- Na típica, não há participação de gume ou de extremidade pontiaguda do agente 
- Atua no corpo geralmente sobre uma superfície 
 
 As ações mecânicas puras podem se combinar entre si para produzir a ação perfurocortante – capaz 
de perfurar e cortar os tecidos simultaneamente (como por adaga, por exemplo); a ação 
cortocontundente – capaz de cortar e contundir simultaneamente os tecidos; ação perfurocontundente – 
perfuração ocorre pela própria ação contundente, que mais intensa, consegue lacerar e vencer a 
resistência dos tecidos (ex: lesão por PAF) 
 
................................................................................................................... Ação contundente 
 
- Por pressão (contínua ou por impacto), tração, torção, atrição ou cisalhamento 
- Por pressão contínua – quando o agente contundente é 
provido de grande massa e alta energia cinética → 
esmagamento 
 
 Ec = m.v2/2 – energia cinética que o agente lesivo conseguir 
transmitir para o corpo será convertida em trabalho, 
traumatológicamente traduzido em lesão corporal 
 
- Pressão por impacto – exige a participação da massa e da 
velocidade do agente lesivo. Ex: taco de beisebol atingindo o 
Medicina Legal 
crânio em baixa velocidade → lesão irrisória se comparada á atuação do mesmo instrumento, 
brandido com alta velocidade 
- Avulsão traumática das unhas = contusão por tração 
- Contusão por torção – produz fratura em ossos longos 
- Por atrição na superfície corporal – produz escoriações; 
- Cisalhamento – oposição de forças paralelas sobre o corpo pode provocar o deslocamento 
tecidual em camadas, resultando, por vezes, em lesões bastante graves 
- Em consequência da inércia, a vigorosa movimentação imposta ao crânio pode ocasionar lesão 
encefálica tanto por contra-golpe, quanto por cisalhamento 
 
 
 Contragolpe = partes que se chocam com o crânio; cisalhamento – 
movimentação em sentidos opostos do parênquima cerebral 
 
- Nesses casos, as lesões macroscópicas do cisalhamento podem 
ser difusas, mas discretas 
- Síndrome do bebê sacudido – também pode resultar em lesões 
por inércia 
 
..................................................................................... Mecanismo de rubefação e tumefação 
- Um dos tipos de lesão mais simples da ação contundente é a rubefação (hiperemia decorrente da 
contusão); 
- Na maioria das vezes, essa será acompanhada de tumefação (edema decorrente da contusão – 
perceptível pela elevação da superfície contundida); 
 
.............................................................................................................. Lesão com assinatura 
 
 
 
- Lesão que reproduz o formato do instrumento que a produziu é 
reconhecida por lesão com assinatura → permite identificar o 
instrumento que provoca a lesão 
- Na imagem do slide, a rubefação com a silhueta de uma mão 
espalmada é um exemplo de lesão com assinatura; 
 
 
 
..................................................................................... Mecanismo de rubefação e tumefação 
 
- Mecanismo de produção da rubefação tem início na lesão tecidual com liberação de mediadores 
químicos vasodilatadores, que aumentam o aporte de sangue à área contundida, tornando-a 
avermelhada por transparência; 
- Dilatados, capilares e vênulas propiciam a saída parcial da fase líquida do sangue, levando à 
tumefação 
- Não há ruptura vascular e nem extravasamento de sangue; 
- Pressão da área rubefeita promove o esvaziamento da rede microvascular dilatada com 
deslocamento centrífugo do sangue, deixando o trecho pressionado, esmaecido por instantes; 
suspensa a compressão, o aspecto inicial da rubefação é recuperado 
- Cessada a ação vasodilatadora, o quadro se reverte em minutos ou horas 
- Rubefação requer urgência na perícia médico-legal em decorrência de sua fugacidade, sob pena 
de mão mais poder ser constatada sob exame de corpo de delito direto 
 
...................................................................................................................... Equimoses 
 
- Contusões também podem causar equimoses, que são 
infiltrações de sangue na malha dos tecidos, decorrente de 
ruptura vascular 
- Quando superficiais, são percebidas como manchas cutâneas 
que não esmaecem sob pressão → teste de vitropressão 
negativa 
 
 manobra de vitropressão é uma manobra de semiologia que 
consiste na pressão de uma lâmina de vidro, contra alguma lesão 
cutânea. O intuito de tal manobra é de verificar se a lesão é vascular ou 
não. 
- Durante a necrópsia, incisada a pele, ve-se o tecido subcutâneo 
infiltrado por sangue nos planos subjacentes à mancha 
equimótica 
- Formação de equimose é dependente da pressão sanguínea – 
não é produzida no cadáver; é lesão intravida; sua presença 
caracteriza reação vital do organismo 
- Podem se apresentar em 4 formas: 
 
1. Petéquias: pontilhado difuso 
2. Sugilação: pontilhado confluente 
3. Sufusão: aspecto difuso, em lençol 
4. Víbice: faixa. Costuma acontecer nas percussões produzidas por 
instrumento em forma de bastão (como os cassetetes) → nota-se 
duas faixas equimóticas separadas por uma faixa de pele íntegra 
e normal → essa distância corresponde aproximadamente ao 
diâmetro médio do instrumento lesivo. O sangue que preenche 
o vaso é deslocado em sentidos opostos, elevando subitamente 
a pressão intravascular nesses pontos distais à percussão, 
sofrendo ruptura → as colunas de vasos lesados dão origem a 
uma faixa de equimose 
 
 
- Equimose pode ser provocada pela diminuição da pressão extravascular, possibilitando a 
passagem por diapedese de células vermelhas para fora do vaso, sem que ocorra a ruptura 
vascular. Consequência comum do beijo massivo – importância no exame de corpo de delito dos 
crimes sexuais; 
 
....................................................................................................... Etiologia das equimoses 
 
- Podem ser traumáticas ou não traumáticas → distúrbios hematológicos e vasculares também 
podem produzir equimoses de etiologia não traumática 
 
...................................................................................... Evolução das equimoses superficiais 
 
- Espectro equimótico de Legrand du Saulle 
- Atribuída ao surgimento dos diversos derivados da 
degradação da Hb presente nas hemácias que, 
extravasadas, não mais retornam à circulação, sendo 
removidas dos tecidos pelos macrófagos, que a 
digerem. 
- Entre esses derivados destacam-se a bilirrubina e a 
biliverdina, que contribuem para a variação de cor da 
equimose → passa de avermelhada (1d) a arroxeada (2-
3d), azulada (4-6d), esverdeada (7-10d), amarelada (11-
15d) até o seu total desaparecimento 
- Uma equimose média leva cerca de 15 dias para passar por todas as fases do espectro, mas a 
maior ou menor quantidade de sangue derramado varia essa média; 
- Equimoses avermelhadas sempre apontam para a recentidade da sua origem; uma azulada, 
idade intermediária; uma predominantemente amarelada, fala de lesão em fim de evolução 
- Tudo isso precisa ser levado em consideração nas perícias médico-legais no tangente da 
cronologia de uma lesão 
 
 Equimoses subconjuntivais não passam por esse espectro cromático durante a sua evolução; elas 
apenas esmaecem. 
 
 Não necessariamente as equimoses surgem no ponto em que ocorreu a lesão, podendo surgir à 
distância. Na foto ao lado observa-se equimoses palpebrais sem a pré-existênciade contusões faciais, 
surgidas por migração de fratura de base do crânio; 
 
 Equimose visceral – equimose não é lesão exclusiva de pele; elas também ocorrem em vísceras, 
músculos, ossos, tecido nervoso, etc. 
 
...................................................................................................................... Hematoma 
 
- Se o sangue derramado por pressão não é 
completamente infiltrado, acumulando-se em uma 
neocavidade entre tecidos, forma-se um hematoma 
- Na foto observa-se um hematoma subungeal 
- A qualidade de um hematoma guarda relação direta coma 
sua localização 
 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... Hematoma intracraniano 
 
- Epidural, Subdural, Subaracnóide, intraparenquimatoso 
- Os dois primeiros normalmente são de etiologia traumática 
- Epidural: entre a calota craniana a e dura máter 
- Subaracnóide: costuma se espalhar pelos sulcos intergirais 
 
 
- Derivam da elevação da pressão intracraniana → herniação 
das amígdalas cerebelares determinando isquemia bulbar e 
morte; 
 
...................................................................................................................... Bossa 
 
- Lesão da série contusa caracterizada pelo 
abaulamento na superfície corporal resultante de 
intensa tumescência tecidual causada por 
distúrbio circulatório localizado 
- Seu surgimento depende da existência de um 
plano ósseo subjacente à pele da região 
contundida 
- Quando localizada no crânio é popularmente 
conhecida como galo 
 
........................................................................................ Bossa obstétrica ou tumor do parto 
 
- Durante o trabalho de parto com período expulsivo prolongado, o couro cabeludo do feto pode 
ser demoradamente garroteado pelo anel formado pelo colo uterino 
- A PA do feto consegue vencer esse garroteamento, mas a pressão venosa, de retorno, não, 
possibilitando o surgimento da bossa obstétrica ou tumor do parto 
- Isso não ocorre se, durante o período expulsivo, o feto não tiver mais vida 
- Se não houver outras complicações e evoluindo bem o RN, em poucos dias o quadro regride, 
com completa resolução da bossa. 
 
 
 
 
 
 
........................................................ Lesões esqueléticas produzidas por ação contundente 
 
- Fratura, luxação e entorse 
- Fratura: solução de continuidade do osso, no dente ou na cartilagem dura; se o foco de fratura 
não faz contato com o meio externo, guardado pela pele íntegra, a fratura é fechada; se alguma 
lesão da pele permite esse contato, a fratura é denominada exposta ; se a lesão divide o osso em 
vários fragmentos, a fratura é cominutiva. 
 
- Deslocamento permanente de superfícies articuladas constitui a luxação 
- Entorse - estiramento com ou sem rotura dos elementos ligamentares de uma articulação 
 
...................................................................................................................... Rotura visceral 
 
- É uma das lesões contusas quase sempre 
acompanhada de grande gravidade; 
- É a perda da integridade estrutural de uma víscera 
- O conteúdo pneumático passível de compressão torna 
algumas vísceras ocas menos vulvenáraveis à rotura do 
que as vísceras maciças 
- A rotura do útero gravídico acompanhada pela 
expulsão do concepto para a cavidade peritoneal 
ocasiona hemorragia, e em geral, leva à imediata 
morte fetal e, não raro, também da gestante. 
 
...................................................................................................................... Escoriação 
 
- Atuando por atrição sobre o corpo, o agente 
contundente pode produzir escoriação, que seria a 
avulsão mecânica da epiderme, em variada 
profundidade, deixando desnuda a derme subjacente 
- Da derme desnudada, surdem fluidos que, em contato 
com o ar, ressecam, dando formação à crosta protetora 
- Nas escoriações muito superficiais, sem 
comprometimento vascular, a crosta é apenas sérica; 
quando um pouco mais profundas, atingem alças 
capilares das cristas dérmicas, deixam surgir orvalho 
sanguinolento, produzindo crosta serossanguínea; se 
atingem os limites entre epiderme com a derme, ocasionam sangramento um pouco maior, 
provocando surgimento de crosta sanguínea 
- Após a reparação do tecido lesado, a crosta protetora se desprende espontaneamente, deixando 
visível um leito rosado (marca da escoriação), que, à medida que vai se pigmentando, tende a 
admitir a característica natural da pele; 
- Como a escoriação é resolvida por regeneração, não despertando o processo de cicatrização, 
não deixa cicatriz 
 
 
 
 
 
................................................................... Escoriações post-mortem sem formação de crosta 
 
 
 
 
 
- Nesses casos, a derme desseca e endure, adquirindo 
consistência apergaminhada 
 
 
 
 
 
 
..................................................................................... Formato e localização das escoriações 
 
- Podem dar contribuição valiosa à perícia médico-legal 
- Escoriações em faixas paralelas prolongadas dispostas longitudinalmente nas regiões dorsais 
falam em favor de arrastamento do corpo 
- Nos casos de atropelamento em que o veículo passa sobre o corpo, é possível ocorrer 
escoriações pela banda de rodagem dos pneus; essas escoriações as vezes se associam a 
equimoses, e são conhecidas como marcas pneumáticas de Simonin → podem ser úteis para 
identificação do veículo atropelador 
 
- Objetos empregados para contenção de pessoas, como 
algemas, por exemplo, podem produzir escoriação linear em 
torno dos punhos 
- Fios metálicos e braçadeiras de náilon podem produzir lesão 
semelhante 
- Mordeduras típicas deixam na pele escoriações arciformes (em 
formado de arco) geminadas (conjugadas), pareadas pela 
concavidade → pode-se identificar o autor da agressão através 
do confronto dos moldes de seus arcos dentários com as 
características da mordedura produzida na vítima 
- Bordas livres das unhas, quando não deslizam sobre a pele produzindo linhas, podem deixar 
lesões estigmáticas em formato côncavo-convexo; localizadas nos antebraços sugerem 
contenção; no pescoço, falam em favor de esganadura; em áreas erógenas, podem compor o 
corpo de delito de crimes sexuais 
 
...................................................................................................................... Ferida contusa 
 
- Se a ação contundente rompe todos os 
planos da pele e da mucosa, lacerando-os, 
fala-se em ferida contusa 
- Entre suas características marcantes estão: 
forma, bordas, vertentes e fundo irregulares; 
sangramento aquém (menor) do esperado 
para as dimensões da ferida (já que muitos 
vasos foram amassados em meio aos tecidos 
lesados); presença de pontes de tecido 
íntegro (indicativas de que a ferida não foi 
produzida por ação cortante) 
 
...................................................................................................................... Esmagamento 
 
 
 
- Reunião de diferentes lesões contusas em um 
mesmo local anatômico caracteriza 
conceitualmente o esmagamento 
- Aqui é possível perceber, por exemplo, 
escoriação, equimose, ferida contusa, fratura 
de arcos costais, rotura do pulmão → Em 
conjunto constituem esmagamento do tórax

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