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1 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE AFECÇÕES CARDIO 1 Sumário Sumário .......................................................................................... 1 o INTRODUÇÃO ............................................................................ 3 1.1- METODOLOGIA .................................................................. 9 1. 2- SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE AFECÇÕES CARDIOVASCULARES ( INSUFICIÊNCIA CARDÍACA) ................................................................... 10 2. 5- CONCLUSÃO.................................................................... 30 3. 6- REFERÊNCIAS ................................................................. 32 2 FACUMINAS A história do InstitutoFACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 o INTRODUÇÃO O cuidado prestado às pessoas com doenças cardiovasculares é complexo e requer que seja executado com qualidade e sem gerar danos desnecessários ao indivíduo. Apenas enfermeiros que conhecem as melhores práticas relativas ao cuidado cardiovascular podem garantir um resultado excelente a essas pessoas.1 O termo “melhores práticas” refere-se às práticas de enfermagem que são baseadas na melhor evidência disponível a partir de pesquisas em enfermagem. Seu objetivo é aplicar as intervenções de enfermagem mais recentes, relevantes e úteis, baseadas nas pesquisas e nas práticas diárias.2 O entendimento a respeito das melhores práticas pode possibilitar aos enfermeiros um pensar e agir mais efetivo, dando subsídios para sistematizar sua prática de trabalho, tornando-a clara, definida e com legibilidade, para garantir uma prática segura com consequente qualidade e satisfação do paciente. 3 Por estarem constantemente prestando cuidado direto ao paciente, os enfermeiros, juntamente com a equipe de enfermagem, são os elementos chave no processo de evitar erros, impedir decisões ruins e também de assumir um papel de liderança no avanço e no uso de estratégias para promover a qualidade do cuidado e segurança do paciente. 4 A expressão “segurança do paciente” faz referência aos fatores que influenciam as instituições a empregar a cultura de segurança, levando-se em consideração as melhores práticas.5 Nas instituições de saúde, as pessoas com doença cardiovascular contam com os cuidados do profissional enfermeiro e da equipe de enfermagem nas mais diversas ordens, desde os atendimentos de emergências até os procedimentos invasivos. 4 Esses cuidados muitas vezes podem gerar eventos adversos, os quais provêm de erros ou falhas na realização dos cuidados de enfermagem ou nos processos assistenciais, podendo colocar em risco a segurança do paciente. Neste contexto, o Ministério da Saúde em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) lançou, a partir de 2013, a série “Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde”, sendo composta por seis manuais e seis protocolos básicos na temática de segurança do paciente. Através destes manuais e protocolos, é possível a atualização do conhecimento com as melhores práticas apresentadas, a redução e a mitigação de riscos e atos inseguros, e a melhora da qualidade do cuidado prestado nas instituições de saúde.4 Melhores práticas de liderança do enfermeiro “Assistência integral ao paciente”, o enfermeiro além de ser líder de uma equipe e realizar a gestão da unidade, é responsável também por prestar cuidado direto ao paciente. Para os enfermeiros, assistência integral ao paciente, seja aquela realizada somente pelo enfermeiro ou pelos membros da equipe de enfermagem, é considerada como melhor prática no cuidado seguro. Através da assistência integral, é possível conhecer o paciente por completo, não somente os aspectos físicos, identificando suas potencialidades e necessidades de cuidado. “Comunicação como prática segura de cuidado” evidenciou-se a importância da comunicação entre as equipes para a prevenção de eventos adversos. Salientam o registro dos cuidados na evolução e a passagem de plantão de forma verbal e escrita, já que há na instituição um protocolo para passagem de plantão. Diante da importância dos registros, a “Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)” foi considerada como uma prática relevante para garantir o cuidado seguro ao paciente. 5 Inicia-se com o histórico de enfermagem, onde é possível identificar os riscos e as necessidades de cuidados, seguido pela realização de um plano de cuidado. Diariamente os enfermeiros preenchem as escalas assistenciais, como Braden, Stratify, Escala Assistencial de Complexidade e de Flebite, as quais auxiliam os enfermeiros a avaliar o dimensionamento de pessoal, o grau de risco dos pacientes, assim como a avaliação das intervenções a partir da evolução e prescrição de enfermagem, possibilitando a gestão do cuidado. “As relações de trabalho na equipe” foram evidenciadas como uma facilidade para reduzir os eventos adversos e garantir um cuidado seguro, através da comunicação, troca de experiência, ajuda mútua, cooperação e bom relacionamento entre os membros da equipe. A subcategoria “Orientação como prática de cuidado seguro” está relacionada à orientação que deve ser realizada junto aos pacientes, familiares e equipe de enfermagem. Além de se configurar como uma ação de liderança do enfermeiro, garante também a resolutividade das dúvidas, norteia o cuidado da equipe de enfermagem, empodera o familiar e paciente, e estimula a participação no cuidado, reduzindo os eventos adversos e garantindo um cuidado seguro. Proposições para o aprimoramento das melhores práticas Os enfermeiros elencaram que existem possibilidades e necessidades no aprimoramento das melhores práticas para o cuidado seguro à pessoa com doença cardiovascular, apresentados através de sete subcategorias. Na “Administração segura de medicamentos”, os enfermeiros elencaram a necessidade de implementar a dupla checagem dos medicamentos também no momento da administração ao paciente, assim como qualificar o registro dos profissionais após a administração do medicamento e justificar os casos que o paciente não o aceitou. Na subcategoria “Capacitação dos profissionais”, foi sustentado que através da qualificação e a atualização dos conhecimentos, os profissionais 6 se sentem mais valorizados e motivados, exercendo um cuidado com mais segurança. A presença da educação permanente nos setores é considerada uma melhor prática para alcançar a redução dos eventos adversos. A participação do enfermeiro nessa prática é essencial para identificar as necessidades de treinamentos e organizar esses momentos com a sua equipe. Na subcategoria “Dimensionamentoadequado de pessoas e retenção de profissionais”, verificou-se que para os enfermeiros há a necessidade de desenvolver estratégias para diminuir a rotatividade e rever o dimensionamento dos profissionais. A alta rotatividade (tanto de técnicos de enfermagem quanto de enfermeiros) e o dimensionamento inadequado das equipes acarretam em sobrecarga do trabalho, com risco do cuidado ser realizado rapidamente e com pouca atenção, podendo ocasionar ações inseguras e eventos adversos. As melhores práticas elencadas neste estudo corroboram com as “Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente” da Organização Mundial da Saúde e com os protocolos básicos definidos pela portaria nº529/2013 do Ministério da Saúde(8). http://revistas.ufpr.br/cogitare/ CogitareEnferm. 2016 v. 21 n. esp: 01-09 07 A identificação do paciente é a primeira meta internacional de segurança, considerada um dos principais fatores para monitorar a segurança do paciente, especialmente por agir como protetor de eventos adversos. 9 Além da pulseira, a instituição utiliza também a identificação no leito como mais uma prática de prevenção ao evento adverso. Para a administração segura dos medicamentos, identificou-se como necessidade de aprimoramento a implementação da dupla checagem e qualificação do registro profissional após a administração das medicações. Durante a internação hospitalar, os pacientes com doenças cardiovasculares utilizam diariamente os medicamentos de alta vigilância, os 7 quais possuem risco maior de provocar danos significativos aos pacientes caso ocorra falha no processo de utilização10; por isso a importância de utilizar a dupla checagem na dispensação, preparo e administração dos medicamentos de alta vigilância, bem como seu registro adequado, que podem potencializar o monitoramento sobre o paciente e avaliação terapêutica. A equipe de enfermagem tem um papel importante na identificação dos fatores de risco dos pacientes e do ambiente, os quais contribuem para a prevenção de eventos adversos, como a queda e úlcera por pressão. O perfil dos pacientes com risco de queda abordados neste estudo está em consonância com a literatura.5,11 Devido a este perfil, é importante reforçar a necessidade da reavaliação diária do risco de desenvolvimento da úlcera por pressão, já que esta prática permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades do paciente. A participação da equipe multiprofissional junto à equipe de enfermagem na prevenção da úlcera de pressão é fundamental, já que poderão ser necessários ajustes nutricionais, intervenções para auxiliar a mobilização ou mobilidade dos pacientes, entre outras medidas.12 A prática do cuidado sistematizado a pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, além de melhorar a qualidade da assistência, contribui para o reconhecimento da importância das ações de enfermagem em qualquer nível de assistência.13 A SAE vem sendo implementada na prática assistencial, e confere maior segurança aos pacientes, melhora a qualidade da assistência e a autonomia aos profissionais de enfermagem, por organizar o trabalho quanto ao método, número de pessoas e adequação de instrumentos, além de viabilizar a operacionalização do Processo de Enfermagem.14 8 Neste contexto, a utilização da SAE garante um cuidado humano, individualizado e centrado nas necessidades humanas básicas, além de garantir um plano de cuidado ao paciente e nortear as ações do enfermeiro e equipe de enfermagem. O enfermeiro, ao gerenciar o processo de cuidado e no exercício da gerência da unidade, como líder da equipe de enfermagem, está inserido no ponto central do processo de capacitação e desenvolvimento da sua equipe, devendo ficar atento às necessidades de treinamento, bem como implementando estratégias de ensino-aprendizagem. 15 Assim, a presença da educação permanente é considerada pelos participantes como uma melhor prática no intuito de desenvolver conhecimentos, habilidades e práticas, possibilitando um cuidado qualificado e seguro ao paciente. A orientação e o treinamento de pessoal são considerados importantes não apenas na socialização e no processo de formação, como também para garantir o clima motivacional da equipe e partilhar responsabilidades de forma integrada. 16 Neste sentido, ressalta-se a importância da comunicação como instrumento de liderança do enfermeiro para o cuidado seguro. A passagem de plantão implica em um processo de comunicação entre os profissionais, assim como a transferência de responsabilidade do cuidado. A complexidade do tipo de informação transmitida, os meios de comunicação adotados e as características dos profissionais da equipe tem impacto na efetividade e eficiência da passagem das informações e consequentemente na segurança do paciente. 17 Além da comunicação entre os membros da equipe, é importante considerar a comunicação entre profissionais e os pacientes/ acompanhan- tes. Esta deverá desenvolver-se de forma adaptada ao paciente e sua situação, ou seja, o enfermeiro deverá considerar as especificidades culturais 9 e linguísticas do paciente, bem como o seu grau de desenvolvimento cognitivo. 15 Diante deste contexto, os enfermeiros precisam valorizar a comunicação com o paciente e acompanhante, buscando viabilizar sua participação ativa no cuidado e consolidar-se como referência para o cuidado. Outro fator importante para garantir o cuidado seguro é o dimensionamento adequado da equipe de enfermagem, já que a manutenção de número reduzido de enfermeiros pode comprometer a supervisão do serviço, a qualidade do cuidado e igualmente coloca em risco a segurança do paciente.18 Revisão integrativa de literatura identificou que há relação entre o quantitativo de enfermagem subestimado e o aumento das taxas de infecções, mortalidade, quedas, pneumonia associada à ventilação mecânica, extubação acidental e tempo de internação.19 As instituições que apresentam dimensionamento adequado de enfermagem, que se preocupam com a capacitação e a retenção de enfermeiros, permitem uma assistência de enfermagem com foco na qualidade, favorecendo a prevenção e detecção precoce de possíveis eventos adversos.20 Por fim, deve-se evoluir com a cultura de segurança na Instituição, já que uma cultura de segurança positiva está associada à adoção de comportamentos seguros e diminuição de eventos adversos, diretamente relacionados à segurança do paciente. 21 1.1- METODOLOGIA Para a construção deste material, foi utilizada a metodologia utilizada de pesquisa bibliográfica, com o intuito de proporcionar um levantamento de maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados. 10 Através de pesquisa bibliográfica em diversas fontes, o estudo se desenvolve com base na opinião de diversos autores, concluindo que a formação e a motivação são energias que conduzem a atividade humana para o alcance dos objetivos de excelência na prestação de serviços públicos e podem também se converter nos principais objetivos da gestão de pessoas no setor público e no fundamento de sua existência. Segundo Gil, a pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações e conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados, colocando em diálogo diferentes autores e dados. Entende-se por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras fontes. 1. 2- SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE AFECÇÕES CARDIOVASCULARES ( INSUFICIÊNCIA CARDÍACA) Atualmente,devido aos avanços tecnológicos e inúmeras inovações na área da saúde, o enfermeiro precisa fundamentar suas ações em princípios 11 científicos e sistematizar a assistência de enfermagem a fim de legitimar conhecimentos e produzir evidências que subsidiem sua aplicação na prática assistencial. Desse modo, esse profissional poderá preconizar intervenções mais adequadas ao cuidado específico.22 Cabe ressaltar que a alta hospitalar constitui o momento pelo qual o cuidado ao paciente, a priori internado, é transferido e deve receber cuidados contínuos no ambiente extra-hospitalar e/ou a nível ambulatorial. Assim, torna-se necessária a avaliação criteriosa do estado clínico deste paciente com o objetivo de evitar reinternações. Tendo em vista tais considerações, é indispensável o planejamento adequado da assistência de enfermagem ao paciente que se encontra em iminência de alta hospitalar. Isto dar-se-á com a elaboração de um plano de cuidados de forma clara e objetiva que apresente as ações do enfermeiro e orientações que atendam às suas principais necessidades, assim como também permitir aos cuidadores e familiares a continuidade no domicílio da terapêutica pré-estabelecida. Com relação ao paciente com insuficiência cardíaca (IC), as orientações no processo de alta são fundamentais, uma vez que consta de uma síndrome complexa que apresenta alta prevalência, principalmente por pessoas com mais de 65 anos de idade. É dito que aproximadamente 10% dos pacientes com IC evoluem para formas mais graves da doença, constando que apesar do tratamento clínico implementado, estes pacientes continuam com evidências de progressão da doença, qualidade de vida inaceitável e alta taxa de mortalidade em um ano.23 Na literatura é evidenciado que a IC se torna cada vez mais um problema de saúde pública, cuja prevalência atual varia de 1% a 2% da população em alguns países desenvolvidos. Aproximadamente 23 milhões de pessoas no mundo têm IC e são diagnosticados cerca de dois milhões de novos casos anualmente. É a síndrome que mais cresce nos Estados Unidos devido ao aumento da 12 população idosa e a elevação dos índices de sobrevida de pessoas que apresentam infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial sistêmica.24 Já na Espanha, de 15 a 65% dos casos de reinternações de clientes com IC ocorrem por mau cumprimento das medidas terapêuticas. Tal situação decorre em conseqüência de fatores tais como falta de conhecimento sobre a doença, falta de motivação e apoio de familiares, número elevado de medicamentos a serem administrados e o não controle sobre os mesmos, assim como o déficit cognitivo do paciente e a presença de depressão, devido aos efeitos limitantes da doença cardiovascular.24 No Brasil, a IC é a principal causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) após os 60 anos de idade. Corresponde a 30% das internações relacionadas ao aparelho cardiovascular gerando custo anual de 200 milhões de reais.25 Desta forma, é imprescindível a orientação ao paciente sobre o tratamento farmacológico e não-farmacológico da doença, que deve ocorrer desde a admissão até a alta hospitalar. Por conseguinte, o enfermeiro tem papel fundamental em todo esse processo. Todavia, cuidados gerais e específicos que devem ocorrer durante a alta ainda merecem atenção, por necessidade de profissionais especializados ao manejo do paciente com IC uma vez que, após a alta, o paciente necessitará de acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para o atendimento em consulta ambulatorial. Cabe dizer que o alto custo das internações tem ajudado a minimizar o tempo de internação do paciente, assim como a fazer mais eficiente o planejamento da alta hospitalar. São estas as principais preocupações para assegurar a continuidade do tratamento. Todavia, alguns estudos apontam que as reinternações ocorrem principalmente pelo desconhecimento do cliente e familiares acerca dos cuidados a serem efetivados no domicílio.26 13 Tendo em vista tais considerações, como a alta precoce é atualmente incentivada pelos estabelecimentos de saúde a fim de minimizar os altos custos dos tratamentos, assim como para prevenir infecções, tende a recair sobre o próprio paciente e familiares ou cuidadores o compromisso da continuidade do tratamento. No intuito de contribuir com esta questão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que o planejamento da alta do paciente seja realizado imediatamente após a internação, para permitir uma transferência segura deste para o seu domicílio, minimizando possíveis dificuldades, reinternações, assim como para ter um controle maior dos altos custos de uma internação prolongada e desnecessária.27 Entretanto, a alta hospitalar necessita de planejamento com ênfase na multidisciplinaridade, em que o trabalho em equipe representará o diferencial na assistência ao paciente com IC. Além disso, podemos comentar que a prestação de cuidados básicos de enfermagem se realiza a qualquer clientela e em qualquer cenário, institucionalizado ou não. Quanto à arte de cuidar, esta se relaciona e se consolida no que os enfermeiros se ocupam no momento do encontro com seus clientes, em que são preconizados os cuidados básicos às pessoas e aos grupos humanos.30 De acordo com os depoimentos dos enfermeiros, podemos ressaltar que estes apresentaram conhecimento e interesse na temática em questão, descrevendo os cuidados de enfermagem que realizavam com os pacientes de IC com propriedade, referindo algumas outras considerações relevantes a respeito da assistência de enfermagem prestada por eles, assim como também, comentando a respeito da dinâmica e funcionamento do setor. Pelos depoimentos dos enfermeiros, o item de maior relevância e preocupação para o cuidado ao paciente de IC referiu-se às medicações. 14 De acordo com o tratamento farmacológico estabelecido no plano terapêutico dos pacientes de IC dos setores de clínica médica, foi ressaltada a importância da regularidade no uso e horários das medicações. A respeito da terapia farmacológica foi informado que devido ao grau de limitação e morbimortalidade nas formas avançadas de IC, assim como pelo aumento progressivo dos sintomas, o estabelecimento do tratamento medicamentoso adequado para estes pacientes representava um importante mecanismo para redução da capacidade do trabalho cardíaco, os efeitos de descompensação da IC e a redução de morte súbita, com consequente aumento da sobrevida dos pacientes. Destacou-se a utilização de fármacos como os betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) e antagonistas da aldosterona, que vêm reduzindo efetivamente nos últimos anos os índices de mortalidade por IC. 31 Objetivando a avaliação da qualidade da abordagem ao paciente e comparação com registros internacionais sobre o estabelecimento da terapia farmacológica preconizada para a alta hospitalar dos pacientes de IC, com base nas diretrizes da Associação Americana do Coração (American Heart Association), o Colégio Americano de Cardiologia (American College of Cardiology) e a Comissão Conjunta de Acreditação de Organizações de Saúde (Joint Commission on Accreditation of Healt care Organizations), é recomendado: a avaliação da função ventricular durante a internação; o uso de IECA, BRA e espironolactona, assim como o uso de anticoagulantes em pacientes com fibrilação atrial, sendo que o uso de IECA, BRA, betabloqueador e espironolactona é indicado apenas a pacientes com disfunção sistólica, com fração de ejeção de ventrículo esquerdo < 40%.32 Vimos que o conhecimento do enfermeiro acerca da terapia medicamentosa é de fundamental importância, além de estar inserida nos principais cuidados de enfermagem para o preparo do paciente para a alta hospitalar,principalmente devido ao risco de ocorrência dos efeitos colaterais 15 e adversos indesejados, assim como o surgimento concomitante de sinais de descompensação da IC. Destacamos deste modo que as orientações devem ser baseadas na prescrição proposta, enfatizando o nome correto das medicações, a dose adequada, o horário regular e a via correta de administração destas e suas principais indicações, reforçando, sempre que necessário, os possíveis efeitos adversos e colaterais que podem ocorrer, tais como: 1. Captopril (Capoten): tosse, hipotensão e taquicardia; hipotensão principalmente quando em uso concomitante com outras medicações anti- hipertensivas, antiarrítmicas e com diuréticos; 2. Carvedilol: tonturas, cefaléia, fadiga, alterações visuais e bradicardia; 3. Furosemida (Lasix): depleção de potássio, cálcio e magnésio; distúrbios eletrolíticos e tromboses pela depleção grave de fluidos; 4. Espironolactona (Aldactone): hipercalemia; cãimbras em membros inferiores; tonturas; e náuseas; 5. Digoxina: atentar para os efeitos de intoxicação digitálica, tais como: aparecimento de náuseas, vômitos, fraqueza, sudorese fria, desorientação, convulsões, hipotensão grave, bradicardia acentuada, parada cardior- respiratória e morte; avaliar o nívelsérico de digoxina a cada duas semanas em caso de insuficiência renal grave, devido à alteração no clearence de creatinina; evitar uso concomitante com diuréticos que levam à depressão de potássio e atentar para o uso concomitante com outras drogas anti- hipertensivas e antiarrítmicos.31,33 Então, de acordo com as principais atribuições dos enfermeiros no tocante aos cuidados gerais de enfermagem com a terapia medicamentosa, deve ser orientado aos pacientes, de preferência em conjunto com familiares, para: 16 Seguir corretamente e regularmente os horários prescritos das medicações; Explicar ao paciente para não fazer uso de drogas anti- hipertensivas, antiarrítmicas, diuréticos e digitálicos no mesmo horário, para não potencializar os efeitos destas drogas; Reforçar sobre a regularidade do uso das medicações e a importância em seguir adequadamente o plano terapêutico prescrito; Destacar o não uso de medicamentos sem prévia prescrição médica e orientações da equipe de saúde; Reforçar a explicação aos pacientes para não fazer uso de bebidas alcoólicas em conjunto com terapia farmacológica prescrita e/ou não parar de utilizar as medicações para fazer uso de bebidas alcoólicas. Diante do exposto, o cuidado de enfermagem significa zelo, solicitude, diligência e atenção, objetivando manter e restaurar o bem-estar físico e psicossocial dos indivíduos, ampliando suas possibilidades de viver e prosperar, revelando-se na prática assistencial como um conjunto de ações e valores, procedimentos e eventos com o propósito de assegurar aos pacientes a base para uma vida saudável.34 Deste modo, tanto Nightingale como Henderson destacam a importância da capacidade de observação que o enfermeiro deve ter para seus pacientes, assim como também saber identificar eficazmente os sinais e sintomas de sua doença e o reconhecimento dos sinais de descompensação e piora desta, buscando fornecer aos mesmos uma assistência de enfermagem integral e com orientações relevantes.35,26 Além da preocupação sobre a terapia farmacológica, foi possível identificar em alguns depoimentos dos enfermeiros orientações referentes ao reconhecimento dos principais sinais e sintomas da IC, sendo destacados os sinais de piora e descompensação da doença, para os quais preconiza-se o 17 fornecimento de orientações de forma simplificada, clara e objetiva, ou seja, que facilitem a compreensão dos pacientes sobre sua doença. Henderson ainda destaca que os cuidados de enfermagem que necessitam os indivíduos variam com a idade, o meio cultural, o equilíbrio emocional e com sua capacidade física e intelectual.36 Para se avaliar as condições crônicas em saúde, o enfermeiro deve conhecer as características dos pacientes, observando e reconhecendo seu estilo de vida e a maneira como ele age e se depara com as mudanças que são impostas pelas doenças, pois qualquer agravo à saúde, por mais imperceptível que seja, provoca alterações no modo de vida. A diferença entre uma doença qualquer e a crônica é que, nesta última, as mudanças geralmente serão permanentes.37 Quanto aos aspectos relevantes no contexto da alta hospitalar e sobre os cuidados que os enfermeiros devem ter com os pacientes, o que diferencia o cuidado de enfermagem de outras formas de cuidar é que este representa um momento de interação terapêutica. Isto exige não somente a competência técnica do enfermeiro, mas a sensibilidade deste para minimizar um estado de desconforto ou dor. Em esse momento do cuidado, o enfermeiro e o paciente são sujeitos principais que atuam como parceiros no processo de cuidar, sendo este profissional um facilitador em essa relação.38 Para tal, as orientações de enfermagem aos pacientes com IC devem ser realizadas de forma clara, com linguagem simples, para que as informações venham a alcançar todos os níveis de educação apresentados pelos pacientes com IC. Dessa forma, o entendimento será satisfatório para todos. Além de preconizadas orientações de qualidade, que devem ser fornecidas de forma clara e objetiva aos pacientes, estas podem também abranger seus cuidadores ou familiares. Ambos precisam também receber preparo para a 18 alta hospitalar, sendo informados sobre questões relevantes a respeito do cuidado para com o paciente, para que seja assegurada a manutenção do cuidado pré-estabelecido no domicílio. Por causa das características específicas dos pacientes hospitalizados com IC, de acordo com as limitações de atividades diárias, em geral estes sofrem modificações em seus padrões de vida normal em virtude da incapacidade para executar determinadas tarefas cotidianas, decorrente dos sinais e sintomas da IC. Entre estes se encontram a dor ou desconforto precordial, dispnéia, ortopneia, fadiga e edema. Sendo assim, o enfermeiro deve estar preparado para prestar assistência de forma a atender não somente as necessidades biológicas dos pacientes, mas também as psicossociais, levando-o a superar limitações e adquirir mecanismos de enfrentamento dessas situações.39 Podemos afirmar então, que as readmissões hospitalares estão relacionadas a dois fatores principais, falhas no próprio sistema hospitalar e fatores comportamentais. A falta de adesão ao uso de medicação, dificuldade para modificação do estilo de vida, a demora em buscar atendimento regular em consultas ambulatoriais quando reconhecidos sinais de piora no quadro clínico, a falta de planejamento no tratamento e comprometimento da qualidade de vida predizem readmissões hospitalares no período de 30 a 60 dias.40 Ao mesmo tempo, outros fatores externos também estão relacionados com a falta de continuidade do tratamento após a alta hospitalar. Entre estes estão a estabilidade do peso corporal, a detecção precoce dos sinais de piora do estado clínico, o suporte social, a educação em saúde e a falta de capacidade em identificar os riscos individuais para readmissão hospitalar devido à falta de adesão ao tratamento terapêutico.40 Em relação aos aspectos descritos na Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica - 2012, no que tange ao tratamento não 19 farmacológico, esta destacou a importância da atuação de enfermeiros treinados nos programas de doenças crônicas, especificamente nas clínicas de IC, associadas com a educação em saúde e monitoração dos pacientes, resultando na melhor adesão ao tratamento proposto, minimização de dias de internação e hospitalizações, melhora na qualidade de vida e aumento do conhecimento destes pacientes sobre sua doençae autocuidado.31 Por conseguinte, os enfermeiros devem constantemente aprofundar seus conhecimentos sobre os pacientes que cuidam, com o reconhecimento fidedigno de suas necessidades, capacidades, limitações e dificuldades. Dessa forma, os pacientes serão conduzidos ao autocuidado e autonomia de forma ativa no processo de reabilitação e não apenas como meros expectadores, encaminhando-os no sentido da promoção e manutenção da vida, bem-estar e integridade da saúde.41 Relacionados aos demais aspectos que devem ser orientados e reforçados aos pacientes de IC, os enfermeiros contribuíram com comentários relevantes sobre a alimentação, ingesta de líquidos, sono, repouso e autocuidado. Sobre estes aspectos, foi dito ao paciente para: Observar a função renal... se está urinando de acordo com o que está bebendo.... A questão da dieta. Regularidade das refeições, da dieta que esse paciente vai passar a ter que fazer.... que ele precisa ter uma dieta pouco calórica, rica em fibras.... e precisa ter uma diminuição da ingesta de líquidos. Sobre a ingesta hídrica que deve ser reduzida... a medicação, pra não deixar de tomar.... não beber água além da conta...... observar a urina. O autocuidado, prestar atenção na alimentação, repouso e aos sinais de descompensação. A continuidade nas consultas ambulatoriais... em caso de dúvidas ele pode está retornando aqui e a gente vai reforçando qualquer dúvida. 20 Por ser a IC uma síndrome de alta complexidade de cuidados, observamos em este estudo que se requer um preparo do paciente para a alta hospitalar de forma individualizada, permanente e integral, desde o início da internação. Objetiva-se o fornecimento do cuidado de forma holística, sendo destacadas as ações educativas, nas quais o enfermeiro tem papel fundamental. Complementando esta reflexão, foi declarado que: eu acho que todos os pacientes, principalmente os idosos, precisam ter uma orientação para a alta hospitalar... e em todos os sentidos. Reforçando sobre a importância da terapia não farmacológica citada pelos enfermeiros, esta tem se mostrado útil para auxiliar o gerenciamento dos sintomas, reduzir o numero de reinternações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com IC. Entre os elementos associados ao desenvolvimento e à progressão do quadro de IC, os hábitos alimentares inadequados, a ingesta hídrica excessiva e o estado nutricional dos pacientes também merecem atenção especial. É ressaltado que o entendimento mais amplo dos fatores de risco implicados na IC pode aperfeiçoar os resultados do tratamento, minimizar complicações e garantir maior adesão às medidas terapêuticas propostas.42 Logo, no intuito de contribuirmos com a qualidade da assistência de enfermagem prestada, destacamos a importância da elaboração dos diagnósticos de enfermagem na internação dos pacientes com IC, que devem ser identificados a partir do julgamento clínico destes e as necessidades básicas de cuidados. É importante observar que o diagnóstico de enfermagem constitui a determinação da natureza e extensão dos problemas presentes nas situações de enfermagem, em que os enfermeiros atuam visando o alívio de sintomas, o atendimento das necessidades de cuidados da clientela e o controle de 21 fatores específicos que contribuem para o surgimento dos problemas de enfermagem. A metodologia apropriada à sistematização destes problemas provém de conhecimentos e experiências concretamente vivenciadas na prática profissional, especialmente durante prestação da assistência de enfermagem.43 Além disso, a Associação Norte-americana de Enfermagem (American Nurses Association) comenta que dentre os padrões para a prática profissional de enfermagem é destacada a qualidade do cuidado, descrevendo-a como a responsabilidade do enfermeiro em sistematicamente avaliar a qualidade e efetividade do cuidado prestado. Complementa informando que, como arte e ciência não absoluta, a enfermagem vem hoje procurando demonstrar resultados que a levem a evidenciar a importância do cuidado na assistência de saúde, seguindo em busca de melhorias para sua prática assistencial.44 Relacionado ao processo de cuidado que o enfermeiro deve aplicar na assistência aos seus pacientes, é ressaltado que este profissional precisa buscar o desenvolvimento de suas ações no embasamento técnico-científico, experiência, intuição e pensamento crítico. A assistência de enfermagem prestada deve preconizar cuidados integrais aos pacientes, a fim de possibilitar o retorno do equilíbrio biopsicossocial, espiritual e intelectual, constituindo um processo de evolução tanto para o ser que precisa de cuidados, como para a família.45 Reforçando esta concepção é instruído que a IC se constitui em um dos principais problemas de saúde pública no mundo inteiro apesar do avanço clínico e tecnológico nesta área nas últimas décadas. Verifica-se alto índice de internações bem como o aumento de reinternações que têm sido atribuídas à não adesão ao tratamento farmacológico e às medidas não farmacológicas. 22 O propósito do cuidado inclui estratégias de educação para subsidiar maior adesão ao tratamento e conseqüente bem-estar e qualidade de vida, possibilitando também a minimização das reinternações destes pacientes.46,27 Desta forma, reforçamos que as orientações aos pacientes e familiares sobre os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos da doença devem ocorrer desde a admissão até a alta hospitalar. Por conseguinte, na abordagem de ações não farmacológicas no tratamento de pacientes com IC é importante a orientação de dieta rica em nutrientes selecionados e com a ingestão habitual adequada de macro e micronutrientes, com a finalidade também de minimizar os efeitos do hiper- catabolismo característico desta afecção.48 É ressaltado ainda que uma dieta com redução da ingestão de sódio e água é amplamente defendida no manejo da IC durante as 24 horas, no intuito de minimizar o aparecimento de edemas e congestão pulmonar em estes pacientes. Porém, também é recomendado que a quantidade adequada e necessária de sal (dieta hipossódica) por dia poderá contribuir para a ocorrência de desnutrição, pois além dos pacientes já apresentarem falta de apetite pelo uso dos digitálicos, ainda são submetidos a dietas pouco atrativas.49 Logo, como orientações gerais para o paciente de IC, são importantes: Adesão ao tratamento medicamentoso; Restrição hídrica de 1,0 a 1,5 litros/dia; Restrição de sal de 2 a 3 gramas/dia; Controle do peso diário e pela manhã; Incentivo ao abandono do tabagismo e álcool em caso de consumo; Não uso de medicamentos sem prévia orientação da equipe e prescrição médica; 23 Reconhecimento dos sinais e sintomas de descompensação e piora da doença; Vacinação anti-influenza e pneumocócica; e controle permanente da pressão arterial e diabetes mellitus. Tendo em vista tais considerações, reforçamos que se faz indispensável o planejamento adequado da assistência de enfermagem ao paciente que se encontra em iminência de alta hospitalar com a elaboração de um plano de alta, com orientações descritas de forma clara e objetiva, direcionado à situação-problema de cada paciente, visando à adesão ao tratamento. O fornecimento de informações é a intervenção básica no preparo da alta hospitalar dos pacientes e seus familiares, em que estes devem ser capacitados para identificar suas principais necessidades de informações, estimulando-os ao autocuidado. Entretanto, a forma como as medidas educativas são realizadas e os recursos utilizados representa o diferencial na apreensão do conteúdo ofertado aos pacientes e familiares, favorecendo melhores resultados na implementação dos cuidados necessários para o bem-estar e alcance da qualidade de vida esperados.50 A educaçãocontinuada ao paciente e família, com enfoque nas ações multidisciplinares, é importante para a garantia de seu conforto e bem-estar. Sabe-se que um dos motivos de reinternações é a falta de preparo adequado do paciente e família para a alta hospitalar. Segundo estudiosos, a distância entre o planejamento e o processo de alta hospitalar realizado de forma não sistematizada, influencia negativamente na qualidade da assistência prestada. O enfermeiro, portanto, tem papel fundamental na coordenação do planejamento da alta, com a finalidade de tornar o paciente independente para seu cuidado.51 24 É também destacado que as ações de enfermagem precisam ser realizadas ao longo da internação. No momento da alta não deve ser esquecido que o paciente está em uma fase de restabelecimento e que deve ser permitido ao mesmo uma reflexão acerca de sua compreensão sobre os cuidados necessários no período pós-alta, a fim de que possa engajar-se adequadamente no planejamento da realização das ações necessárias para sua recuperação, manutenção e promoção da saúde, sempre com a ajuda do enfermeiro. 3- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)55 o Infarto Agudo do Miocárdio deve ser assim entendido quando há evidencias de isquemia miocárdica, num contexto clinico isquêmico característico acompanhado de elevações dos marcadores de necrose miocárdica. Ainda, o IAM ocorre quando há lesão isquêmica no músculo cardíaco, devido à inadequada oferta de oxigênio, por evento de redução do fluxo sanguíneo nas artérias coronariana, provocado pela oclusão da artéria por trombo formado por placa aterosclerótica ou embólico. 56 Seus sintomas por ser diversos e às vezes inespecíficos, faz com que o atendimento médico especializado seja retardado. Dentre a sintomatologia mais comum encontra-se a dor torácica, sudorese, dor na mandíbula, mal estar estomacal, falta de ar e formigamento nos braços. O tempo entre início da sintomatologia e o atendimento pode determinar o prognóstico, reduzir a mortalidade e o custo no tratamento da insuficiência isquêmica e suas sequelas. 53 Portanto um dos fatores para reduzir a mortalidade no IAM, está no rápido atendimento, e o profissional enfermeiro muitas das vezes é o primeiro contato quando o paciente dá entrada na unidade hospitalar, devendo ser responsável ao ofertar um atendimento com competência técnica, científica, 25 ética e humanista, de forma pré-estabelecida e sincrônica visando à eficiência, rapidez, prioridade, alta qualidade e contensão de custo. 57 Estudos apontam a assistência de enfermagem a vítima do IAM, como primordial, na unidade emergencial, mas que para isso, este deve ser portador de conhecimento das patologias cardiovasculares, para distinguir a sintomatologia do infarto, desta forma ofertar uma assistência qualificada. Pois através dos primeiros cuidados realizados com eficácia ao paciente com IAM, poderá ser possibilitado melhor prognostico, e consequentemente minimizar complicações futuras. 56 Desta forma, todo estudo voltado para melhorar e agilizar a assistência ao infartado, pode ajudar a reduzir os números impactantes na atualidade, e contribuir para uma melhor qualidade de vida pós-infarto da população afetada. Segundo o código de ética aprovado pela Resolução COFEN 311/2007, nos art. 12 a 14, cabe ao profissional de enfermagem ser responsável em prestar uma assistência com competência técnica, cientifica e ética, livre de danos para o indivíduo decorridos de imperícia, negligência ou imprudência, bem como aprimorar seus conhecimentos em benefício à pessoa e ao desenvolvimento da profissão. 59 Desta maneira, refletir a dinâmica do IAM, permite a elaboração e planejamento da assistência de enfermagem que deve ser prestado ao paciente, tornando assim o procedimento dinâmico e eficiente. As doenças cardiovasculares, são estimadas como responsáveis por 40% dos óbitos em 2020, e o IAM representa 80% das doenças isquêmica do coração, sendo também a mais letal. O que contribui significantemente para a redução da mortalidade é o rápido atendimento, tendo em visto que a maior parte das mortes ocorre nas primeiras 24 horas. 60 O IAM é definido de várias formas, mas para Alves et al.9 nada mais é que a destruição da musculatura cardíaca, mediante necrose, como 26 consequência da redução do fluxo sanguíneo, levando ao desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio e nutrientes, devido a obstrução da artéria coronária, geralmente por acumulo anormal de lipídios que provoca uma resposta inflamatória na artéria,favorecendo a formação da placa de ateroma, ou ainda pode acontecer a obstrução por meio do trombo de origem aterosclerótica. Inúmeros fatores contribuem para a ocorrência do IAM,sendo que entre os nãos modificáveis estão faixa etária, hereditariedade e gênero, e entre os modificáveis estão inatividade física, tabagismo, hábitos alimentares, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete mellitus (DM), obesidade, estresse e doença não tratadas. 62 Quanto aos sintomas relacionados ao IAM, apesar de serem característicos, como a dor torácica, formigamento do membro esquerdo, dispnéia, náuseas, vômito, sudorese, palidez, em mulheres, idosos e diabéticos os sintomas podem ser inespecíficos. 62 Mendes e Miranda10 observaram ainda que os pacientes em 75% a 85% das vezes descrevem sua dor com irradiação para o membro esquerdo com duração superior a 20 minutos. Conforme os estudos, a dor no IAM tem início súbito, intermitente, de grande intensidade, prolongada que não tem alivio no repouso. Os pacientes a descreve como sendo constrictiva e opressiva, com sensação de esmagamento no peito5, 8 . Conforme estudos a dor pode ser responsável em elevar a pressão arterial, aumentar a frequência cardíaca, náuseas, vômitos, dispnéia, medo, agitação, ansiedade, fraqueza e diaforese, gerando desconforto, alterações fisiológicas e psicológicas, limitando o paciente. 63 Diante desta enfermidade o tempo é fator determinante do prognostico e consequência pós-infarto, sendo desta forma o atendimento extremamente importante na alteração da mortalidade e impacto na vida do paciente, porém 27 pesquisas destacam que a busca pela assistência ou seu retardo dependem da própria vítima que não valoriza os sintomas, não as reconhecendo como origem cardíaca e agem inapropriadamente, desta forma reforça a importância da educação para reduzir o tempo entre o aparecimento dos sintomas e a busca pela ajuda especializada. 64 4- O PAPEL DO ENFERMEIRO MEDIANTE AO IAM O Enfermeiro abrange sua assistência nos mais variados ambientes como ambulatório, hospital e domicilio contemplado desde a promoção, prevenção e reabilitação do indivíduo. Dentro desta linha de atuação Souza et al.4 em consenso com as recomendações da V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnível do segmento ST, citam que estudos destacam a importância da assistência pré-hospitalar na melhora do prognóstico na situação em que o infarto está presente, uma vez que pesquisas mostram que 25 a 35% das vítimas morrem antes de receberem atendimento médico. Neste contexto o enfermeiro capacitado com conhecimento teórico e prático pode ser o diferencial na assistência ao infartado, deste que seja atento e preparado para atuar nestas situações de emergência4 . Porém deve-se aqui destacar que a maioria das cidades brasileiras é desprovida de equipes de socorro intermediário como o SAMU. Diante deste fato estudos tem demonstrado que o enfermeiro muito pode contribuir para reduzir o tempo pela busca de assistência médica diante dos sintomas sugestivos de IAM, quando atuam como educadores, orientando a população de risco e seus familiarese amigos acerca da sintomatologia, do momento de solicitarem ajuda, aonde buscar assistência, e até mesmo treina-los para situação que necessita de manobra de ressuscitarão1 . Em acordo com o estudo de Mussi et al.1 , Sampaio et al.12 já havia constatado que Salus J Health Sci. 2016; 2(3): 1‐13 7 além das orientações 28 sobre os sintomas, o enfermeiro deveria diante da compreensão dos motivos pelo retardo na procura por ajuda especializada na presença dos sinais e sintomas do IAM, orientar sua clientela para os riscos dos procedimentos inadequados como automedicação, uso de chás e outro líquidos, tolerância a dor, e persistência em realizar esforço físico indevidos. Destaca ainda que a educação deve abranger não só os familiares, mais toda a comunidade em geral, incluindo escolas e empresas privadas. No âmbito da emergência da patologia instalada o enfermeiro quase sempre é o primeiro profissional a realizar contato com o paciente infartado. Sua atuação ocorre assim que o paciente a admitido em unidade hospitalar, iniciando a assistência imediatamente, portanto deve ser capacitado para reconhecer os sintomas do IAM, para direcionar adequadamente sua assistência emergencial, aumentado às chances de sobrevida do paciente enfartado13 . Segundo Bezerra et al.8 e Carvalho, Pareja e Maia13 as intervenções hemodinâmicas tem demonstrado ser eficazes na redução da mortalidade no IAM, porém deve ser realizado o mais breve possível, neste âmbito o enfermeiro deve ter um olhar diferencial para interpretar os sinais e sintomas e atuar com foco a antecipar e prevenir as complicações. Dentre as intervenções que cabe ao enfermeiro paralelo a assistência médica ou enquanto aguarda a mesma : o repouso ao leito que tende a reduzir a sobrecarga cardíaca, a oxigênioterapia por cateter nasal, monitoramento cardíaco continuo, acesso venoso, oximetria de pulso ou gasometria arterial, ainda para auxiliar na determinação do diagnóstico o exame de eletrocardiograma (ECG), deve ser realizado na admissão (em até 10 min.) e repetido após 6 horas. Cabe ainda ao enfermeiro agilizar a coleta laboratorial para acompanhar os marcadores bioquímicos de lesão cardíaca, também na admissão e com repetição após 6 a 9 horas10. 29 No entanto, ao iniciar o atendimento o enfermeiro deve avaliar os sinais vitais, o que contribui na distinção entre o IAM e demais patologias, além das intervenções já citados anteriormente, deve ainda está atento e priorizar e a avaliação da dor torácica4 . Tal intervenção é justificável uma vez que a literatura a relaciona a demais manifestações como dispnéia, sudorese, agitação, além da hipertensão11 . Estudos apontam ainda que nem todo paciente apresentam os sintomas característicos do IAM, que por vezes se manifesta de forma inespecífica, como nas gestantes, idosos e diabéticos4 . Por tanto o enfermeiro deve ser capaz de interpretação dos exames principalmente o ECG, que auxilia da definição diagnostica, e desta forma instituir a terapia o mais breve possível. Portanto diante da patologia e sua predominância emergencial, o enfermeiro deve ainda ser dotado de habilidade, agilidade e tomada de decisão rápida, livre de imperícia e intuição que seria uma barreira na instituição de uma assistência adequada e eficaz10 . Pois, após o primeiro atendimento o portador de IAM deve ser criteriosamente monitorado, pois pode evoluir para importantes alterações vitais entre as quais está a hipotensão, depressão respiratória e alterações do ritmo cardíaco. Ressalta ainda a necessidade de o enfermeiro conhecer afinco as ações medicamentosas, pois o risco para o paciente depende da terapia como, por exemplo, os agentes trombolíticos podem desencadear uma hemorragia, enquanto que o sulfato de morfina tende a depressão respiratória9. Por tanto o paciente enfartado está sucessível nas primeiras 12h, se mantendo assim vigilância quanto à ocorrência de arritmias, persistência e intensidade da dor, Salus J Health Sci. 2016; 2(3): 1‐13 8 além dos sinais 30 vitais, balanço hídrico e o estado de consciência do indivíduo, ficando este cuidado a cargo do profissional de enfermagem. O enfermeiro deve ter diante do paciente uma atuação calma, de forma a tranquiliza-lo, orientando sobre os procedimentos, e fornecer condições para restauração emocional do paciente, demonstrando interesse por seus problemas. Na oportunidade por ter maior contato, pode dispensar educação em saúde esclarecendo dúvidas e transmitindo tranquilidade também a família10. 2. 5- CONCLUSÃO As práticas apresentadas estão em consonância com os protocolos do Ministério da Saúde e demais literaturas, consolidando-se como práticas relevantes para o cuidado seguro, atuais e adequadas à realidade estudada. A cultura da segurança deve ser internalizada pelos profissionais, sendo necessário ampliar as estratégias de educação permanente sobre o tema, melhorar os processos e condições de trabalho, adequar o dimensionamento dos profissionais e entender a presença dos familiares/ acompanhantes como coparticipantes do cuidado seguro. 31 Enfatizamos que todas as ações implementadas pelo enfermeiro, em conjunto com a equipe multidisciplinar, devem estar centradas na segurança e bem-estar dos pacientes com IC e IAM. Todo o cuidado prestado deve abranger orientações de relevância para o preparo contínuo, adequado e efetivo para a alta hospitalar. Enfatizamos que estas orientações, quando apropriado, devem ser realizadas junto com os familiares, de forma clara e objetiva. Isto permitirá a apreensão com qualidade e eficácia sobre os principais cuidados básicos e integrais preconizados para o sucesso e continuação do tratamento no ambiente domiciliar, principalmente com incentivo às mudanças no estilo de vida, tendo como base a autonomia e estímulo ao gerenciamento do próprio cuidado. Tendo em vista tais considerações, reforçamos que o planejamento da assistência de enfermagem ao paciente de IC e IAM deve ocorrer desde a admissão até o momento da alta hospitalar. As principais orientações preconizadas devem ser referentes às restrições dietéticas, atividades físicas recomendadas, ao uso correto e horário regular das medicações, ao peso e ao reconhecimento de piora de sinais e sintomas da doença. Estas orientações devem ser fornecidas ao paciente ou familiar pelo profissional da equipe multidisciplinar, sob coordenação do enfermeiro durante a internação. Diante do exposto, ressaltamos também que seja incentivado o permanente treinamento das equipes sobre aspectos fundamentais para o cuidado do paciente com IC e IAM na alta hospitalar. Ao mesmo tempo, as instituições de saúde devem incentivar a prestação de cuidados aos pacientes hospitalizados e em processo de alta hospitalar de forma integral, com participação ativa da equipe multidisciplinar e sempre em busca de resultados positivos para o bem-estar destes pacientes e de seus familiares. 32 Temos conhecimento que o processo de adoecer e a necessária hospitalização muitas vezes não representam um momento agradável para os pacientes e família. Neste sentido, como profissionais de saúde interessados em prestar uma assistência de enfermagem de qualidade, temos que ter consciência dos cuidados básicos de enfermagem e das necessidades reais dos pacientes de IC, com intuito de prestarmos uma assistência integral e efetiva aos mesmos. Deste modo, o restabelecimento da saúde dos pacientes será satisfatório e poderão continuar a realizar suas atividades de vida diárias, naturalmente, com qualidade e equilíbrio. Logo, enfatizamos a necessidade do planejamento da alta hospitalar de forma sistematizada, integral, organizada e flexível, destacando as ações da equipe multidisciplinar, com a coordenação dos cuidados pelosenfermeiros e que este planejamento inicie no momento da internação dos pacientes, perdurando por toda hospitalização destes e, se necessário, continuado também para o contexto familiar. 3. 6- REFERÊNCIAS 1. Springhouse. As Melhores práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidências. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed; 2010. 2. UniversityOf Iowa. College of Nursing [Internet]. Iowa: UniversityOf Iowa. Csomay Center – Best Practices for Healthcare Professionals; 2014 [acesso em 28 set 2014]. Disponível: http://www.nursing.uiowa.edu/hartford/best-practices-for-healthcare- professionals 3. 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