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1 Rafaela Bilhão 07/06/2022 TOXICOLOGIA TESTES TOXICOLÓGICOS – AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO → A evolução da Farmacologia levou as agências regulatórias dos países desenvolvidos a formularem suas expectativas quanto aos estudos científicos a serem realizados pelo fabricante de um novo medicamento sob a forma de Diretrizes → Recomendações da Agência Regulatória sobre a realização dos estudos toxicológicos para avaliar os riscos que esses compostos podem implicar aos seres humanos e ao meio ambiente → 1 – Estudos Pré-clínicos: • Estudos Pré-clínicos químico- farmacêuticos • Estudos Pré-clínicos fármaco-toxicológicos → 2 – Estudos Clínicos: • Ensaio de Fase I (realizar uma avaliação preliminar de segurança e obter dados iniciais sobre o perfil farmacocinético e farmacodinâmico no homem) • Ensaio de Fase II (demonstrar a atividade e avaliar segurança do novo ingrediente ativo a curto prazo e em um número limitado de pacientes sofrendo a doença) • Ensaio de Fase III (demonstrar a eficácia e segurança a médio e longo prazo) • Ensaios de Fase IV (Estudos de fármaco- vigilância, após comercialização) ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS FÁRMACO-TOXICOLÓGICOS → Objetivos: • Obter o perfil toxicológico que possibilite a 1ª administração a seres humanos (Fase I) • Complementar estudos clínicos de segurança que não seriam éticos em humanos (ex: reprodução, carcinogenicidade) • Esclarecer mecanismos de ação do novo produto TESTES DESCRITIVOS DE TOXICIDADE EM ANIMAIS → Princípios em que se baseiam esses testes: 1. Os efeitos produzidos por um composto em animais de laboratório, são aplicáveis a humanos ➢ Por área de superfície ➢ Por peso corporal ➢ Carcinógenos 2. A exposição experimental de animais a altas doses é um recurso necessário e válido para descobrir possíveis perigos humanos ESTUDOS TOXICOLÓGICOS RECOMENDADOS • Toxicidade aguda • Toxicidade de doses repetidas (sub-aguda, sub-crônica e crônica) • Toxicidade genética • Carcinogenicidade • Toxicocinética • Toxicidade reprodutiva TOXICIDADE AGUDA → Toxicidade que resulta de uma única dose ou de administração fracionadas em um período de 24h → Delineamento do Estudo: • Via de administração: 1 preconizada para o uso clínico e 1 alternativa • Espécie: 1 roedor e 1 não-roedor • Sexo: machos e fêmeas • Período de observação: 2 semanas (14 dias) • Desfechos: morte (latência e modo) e efeitos não-letais • Determinações: relação dose-efeito e estimativa de dose letal (𝐷𝐿50 𝑜𝑢 𝐷𝐿𝐴) TOXICIDADE AGUDA DÉRMICA • Em coelhos • O local de aplicação é raspado e a substância é aplicada e fica em contato por 24h • Após esse período o plástico é tirado e a pele é limpa com a finalidade de retirar qualquer substância restante • Os animais são observados por 14 dias, e a DL50 é calculada • Se não for observada toxicidade com 2g/kg, outros testes de toxicidade aguda dérmica não são realizados 2 Rafaela Bilhão 07/06/2022 TOXICIDADE AGUDA INALATÓRIA • São realizados da mesma forma dos outros estudos agudos, porém a via de exposição é inalatória • A duração da exposição é de 4h • Embora os valores de DL50 e CL50 tenham significado limitado, estudos de letalidade aguda são essenciais para caracterizar os efeitos tóxicos dos químicos e o seu prejuízo para humanos • A principal informação desses testes vem da observação clínica e do exame pós- morte dos animais IRRITAÇÕES NOS OLHOS E NA PELE • A capacidade de químicos irritar a pele e os olhos após uma exposição aguda é determinada em coelhos • No teste de irritação dérmica (teste de Draize), coelhos são preparados pela remoção de pêlo, o químico é aplicado na pele e protegido com gaze por 4h • Após isso observa-se o grau de dano a pele, que pode ser: eritema, escara, edema e corrosão • Para determinar o grau de irritação ocular, o químico é instilado em um dos olhos do coelho e o outro serve de controle. Os olhos são examinados em vários períodos de tempo SENBILIZAÇÃO • Informações sobre o potencial de um químico sensibilizar a pele são necessárias além do teste de irritação para todos os materiais que entram em contato com a pele repetidamente • Procedimentos desenvolvidos para determinar o potencial das substâncias químicas induzirem reação de sensibilização em humanos TOXICIDADE DE DOSES REPETIDAS (SUB-AGUDA, SUB- CRÔNICA E CRÔNICA) → Toxicidade de doses repetidas: avaliar os efeitos adversos que resultam de várias doses → Objetivos: • Identificar órgãos-alvo para ação tóxica • Estabelecer relação dose-efeito • Determinar o NOAEL • Fornecer indícios de mecanismo de ação • Seleção de doses para estudos subsequentes → Delineamento do Estudo: • Via de administração: 1 preconizada para o uso humano • Espécies: 1 roedor e 1 não-roedor • Sexo: machos e fêmeas → Duração do Tratamento: • Sub-aguda: 02 a 04 semanas • Sub-crônica: < 06 meses • Crônica: ≥ 06 meses → O que avalia: • Sinais de Toxicidade: ganho de peso, consumo ração • Hematologia: leucócitos, hemácias, hemoglobina • Bioquímica do sangue e urina: glicose, creatinina • Peso de órgãos: fígado, rins, testículos, ovário, baço • Histopatologia: fígado, rins, bexiga, baço, timo → Também pode observar efeitos sobre o sistema imune, enzimas microssomais, níveis sanguíneo de metabólitos TOXICIDADE GENÉTICA → Se uma substância química é capaz de produzir alterações do material genético, contido em células germinativas ou somáticas, implicando em risco genético potencial para as gerações futuras e risco potencial de câncer para a geração atual, respectivamente CARCINOGENICIDADE (CARNCINOGÊNESE QUÍMICA) → Capacidade de substâncias químicas ou outros fatores ambientais de induzir o aparecimento de neoplasias malignas TOXICOCINÉTICA → Estudo do movimento de substâncias químicas no organismo 3 Rafaela Bilhão 07/06/2022 → ADME: ➢ Absorção ➢ Distribuição ➢ Metabolismo ➢ Eliminação → Parâmetros: Cmax, Tmax, AUC0- (biodisponibilidade), Clearance, T1/2, Vd → Metabolismo: • Metabólitos: sangue e urina • Enzimas envolvidas na biotransformação ❖ Reação de Fase I do Metabolismo - Isoenzimas citocromo P450 ❖ Reação de Fase II do Metabolismo - Conjugação • Polimorfismo – substância é substrato para enzimas polimórficas? TOXICIDADE REPRODUTIVA → Efeitos adversos sobre o processo reprodutivo, incluindo a fertilidade, o acasalamento, o desenvolvimento embrio-fetal, o parto e o desenvolvimento pós-natal dos descendentes até a maturidade reprodutiva → É uma das áreas mais complexas da Toxicologia Preditiva → O ciclo reprodutivo prolonga prolonga-se por grande parte da vida do indivíduo, iniciando-se com a produção dos gametas nos pais (ainda no período pré-natal), seguindo pela fertilização e desenvolvimento embrio-fetal, nascimento e desenvolvimento pós-natal até a maturidade sexual, quando o descendente adulto torna se capaz de procriar TOXICOLOGIA X AVALIAÇÃO DE RISCO → Toxicologia: Estudos dos efeitos danosos de substâncias químicas em organismos vivos. Fornece a base de dados científicos na qual se apoia a avaliação de risco de efeitos adversos para a saúde → Avaliação de risco: É o processo de se estimar a probabilidade que um composto químico apresenta de vir a produzir efeitos adversos numa dada população, em determinadas condições de exposição AVALIAÇÃO DE RISCO → Estabelece a relação entre o risco e os benefícios de produtos e serviços de saúde ou de interesse da saúde. → É uma atividade de caráter estatístico, realizada em diversas etapas. Na maioria das vezes, é um processo, complexo, de alto custo, e que envolve pessoal altamente qualificado, metodologias específicas e equipamentos sofisticados → Por tudo isso, a avaliação do risco é quase inviável nos países mais pobres. Nos países ricos, é realizada sob a supervisãodas agências regulatórias, como a FDA, nos Estados Unidos, ou a Anvisa, no Brasil Qualidade dos dados toxicológicos ↓ Precisão da Avaliação do Risco → Risco Subestimado: Medidas de proteção não serão usadas adequadamente, e consequentemente uma alta incidência de efeitos adversos será observada na população exposta → Risco Superestimado: Aumento no custo do gerenciamento de risco → Avaliação do risco: ➢ Identificação da periculosidade ➢ Avaliação da relação dose-efeito ➢ Avaliação da exposição ➢ Caracterização do risco IDENTIFICAÇÃO DA PERICULOSIDADE → A exposição a uma dada substância química causa efeitos adversos à saúde? Modelo Animal x Homem ➢ Modelo Animal ➢ Diferença entre espécies ➢ Exposição única ➢ A priori ➢ Homem ➢ Fator de incerteza menor ➢ Habitat natural ➢ A posteriori 4 Rafaela Bilhão 07/06/2022 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO → Qual o nível de exposição está sendo vivenciado (ou pode ser previsto) pela população, em diferentes condições de exposição? → Parâmetros importantes: • Vias de exposição (água, ar, solo, alimento) • Duração da exposição • No de indivíduos expostos • Degradação biótica ou abiótica • Persistência e acumulação no meio ambiente • Absorção pela pele • Bioacumulação na cadeia alimentar etc → Diferentes Cenários e.g.questões sócio- econômicas (diferenças nutricionais, exposição ocupacional, uso ilícito de etc.) → Qual a relação entre a dose e a incidência de reações adversas no homem? (NOAEL e LOAEL) • NOAEL: “No Observed Adverse Effect Level”, ou nível máximo de dose em que não observa-se efeito adverso • LOAEL: Lowest Observed Adverse Effect Level”, ou o menor nível de dose em que observa-se efeito adverso CARACTERIZAÇÃO DO RISCO → Qual a incidência estimada de efeitos adversos em uma determinada população, sob determinadas condições de exposição? FATORES ARBITRÁRIOS DE INCERTEZA (OU SEGURANÇA) JECFA: x 10 = Sensibilidade entre espécies (extrapolação dos resultados obtidos em animais para o homem) x 10 = Heterogenicidade da população humana (extrapolação dos resultados obtidos entre indivíduos) INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL → É o nível de ingestão diária, expresso em mg/kg de peso corpóreo, de um dado agente químico, em que não se observa risco apreciável à saúde, levando-se em consideração que a exposição ocorra por toda a vida do indivíduo. WHO,196 → IDA = NOAEL / FI • IDA incondicional • IDA não especificada • IDA temporária • IDA não alocada • IDA de grupo INGESTÃO DIÁRIA TOLERÁVEL → Para poluentes ambientais, e.g. TCDD, utiliza-se o termo IDT, partindo-se do princípio de que a adição do composto no alimento não ocorre intencionalmente → IDT = NOAEL / FI INGESTÃO SEMANAL TOLERÁVEL TEMPORÁRIA → Os efeitos adversos de algumas substâncias químicas, e.g. metais pesados, são medidos de acordo com os níveis encontrados no soro sanguíneo, ao invés da dose ingerida → É o nível de ingestão semanal, cujo balanço entre ingestão e eliminação é alcançado, não ocorrendo então acumulação AVALIAÇÃO DE RISCO → Risco/Benefício (Gerenciamento de Risco) → Avaliação x Gerenciamento de risco ➢ Avaliação: exercício científico ➢ Gerenciamento de risco: Julgamento Subjetivo, depende de condições culturais 5 Rafaela Bilhão 07/06/2022 e sócio-econômicas e por isso difere enormemente entre países GERENCIAMENTO → Depois de avaliado, o risco precisa ser administrado e monitorado. É preciso tomar decisões sobre o controle do risco, confrontando confrontando-se os dados técnicos da avaliação com inúmeros fatores conjunturais de ordem cultural, econômica e política. É nesse momento que a VISA deve decidir se precisa atuar com maior ou menor rigidez COMUNICAÇÃO DO RISCO → É obrigação dos órgãos de VISA divulgar informações que melhorem a consciência sanitária do setor regulado e da população → A comunicação do risco aumenta a capacidade de os cidadãos escolherem, dentre as opções existentes, aquela que oferece menores riscos; exigirem seus direitos; e atuarem como parceiros do poder público no âmbito da VISA MONITORAMENTO AMBIENTAL E APLICAÇÃO DE BIOINDICADORES EM ESTUDOS TOXICOLÓGICO MONITORAMENTO AMBIENTAL → Definição: “É a medida e a avaliação de agentes no ambiente para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde por comparação dos resultados com referências apropriadas.” → A monitoramento ambiental, entretanto, ao estimar a intensidade da exposição, não é inteiramente satisfatória para evitar o risco decorrente da exposição ocupacional ou ambiental a xenobiótico → Objetivos: • Verificar se as concentrações dos agentes químicos determinados em amostras ambientais estão de acordo com os padrões de segurança estabelecidos • Estabelecer a relação entre a concentração de agentes químicos no ambiente e o estado de saúde dos indivíduos expostos • Verificar a eficiência de medidas de controle dos agentes químicos contaminantes do meio • Determinar as fontes que veiculam substâncias tóxicas para organismos vivos • Avaliar a necessidade de controle de uma fonte específica de emissão • Determinar os problemas específicos de contaminação por substâncias químicas em diferentes regiões ESTUDO DE CASO – ATIVIDADE DE MONOOXIGENASES HEPÁTICAS COMO BIOINDICADOR DA POLUIÇÃO AQUÁTICA → Medições de mudanças biológicas induzidas por contaminação química podem ser muito úteis em programas de biomonitoramento para detectar a exposição à agentes químicos → As monooxigenages citocromo (CYP) P450 presentes em peixes são induzíveis por diversos poluentes ambientais, tais como: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), bifenilas policloradas (PCBs), hidrocarbonetos aromáticos halogenados planos (pHAH), TCDD, entre outros, o que os tornam potenciais biomarcadores para a avaliação da contaminação ambiental 6 Rafaela Bilhão 07/06/2022 → Objetivos: • Comparar as atividades das monooxigenases hepáticas de Tilápias do Nilo de ambos os sexos capturadas em 4 locais distintos • Procurar verificar, comparando as atividades de EROD (etoxiresorufina- O desetilase) e MROD (metoxiresorufina- O-desmetilase), se Tilápia do Nilo expressa as duas isoformas de CYP1A encontradas em mamíferos ou se possui apenas a isoforma híbrida, como já foi sugerido em outras espécies de peixes • A determinação das atividades dos citocromos P450 da Tilápia do Nilo dos diferentes locais estudados servirá como parâmetro para avaliar a contaminação local por substâncias indutoras destas enzimas, e comparar os efeitos dos diferentes tipos de poluição → Metodologia: → A Tilapia do Nilo é um peixe onívoro de água doce disseminado em rios, lagos e represas, e uma importante fonte de alimentação para populações ribeirinhas. É altamente resistente às variações ambientais, sobrevivendo em ambientes densamente poluídos e de alta salinidade, o que a torna interessante para ser usada como bioindicador da contaminação ambiental e em estudos de bioquímica comparada → Os peixes foram capturados: • Centro de Aqüicultura da Região Sul – EMATER –não poluída • Lago Açu da UFRRJ – alta contaminação por material orgânico (presença de aguapés) • Lago da estação de piscicultura (UFRRJ) – contaminado por material orgânico • Rio Guandu – subst poluidoras: metais pesados e PAHs → Os peixes foram sacrificados por decapitação, os fígados foram retirados, congelados e armazenados em nitrogênio líquido → Após degelo, foi feito um pool com fígados provenientes de três animais da mesma origem → Esse pool foi homogeneizado por centrifugação, o sobrenadante foi filtrado em gaze e novamente armazenado em nitrogênio líquido, até as análises enzimáticas e a determinação da concentração de proteínas → Determinação da concentração de proteínas – método colorimétrico → A medida das atividades enzimáticas foirealizada em cubetas de quartzo no espectrofluorímetro → Resultados: → Peixes Controle: Valores encontrados foram considerados basais, não sofreram nenhuma interferência do meio externo → Peixes Lago Açu: As atividades EROD e MROD estavam significativamente induzidas quando comparadas à média obtida para os animais controle → Peixes do Lago da Estação de Piscicultura: A atividade de EROD dos animais não foi alterada quando comparada com o controle, já a atividade da MROD houve uma discreta indução, porém significativa → Peixes Rio Guandu: As atividades EROD e MROD estavam extremamente induzidas quando comparadas com a atividade dos animais controle → Conclusões finais: 1. A Tilápia do Nilo é uma espécie adequada para o monitoramento da contaminação ambiental 2. As atividades EROD e MROD na fração sub- celular do peixe são biomarcadores eficientes da poluição aquática de origem industrial 3. A indução de EROD e MROD dos peixes do Lago Açu pode estar associada à presença de algum contaminante indutor no esgoto doméstico 4. As atividades de EROD e MROD mostraram-se eficientes como biomarcadores da contaminação química por substâncias indutoras de CYP1A, tais como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos 7 Rafaela Bilhão 07/06/2022 5. O Rio Guandu oferece riscos reais para toda a sua comunidade biótica, bem como para a população que vive em suas margens (sobrevivendo da pesca) e para as pessoas que são abastecidas por suas águas através da rede pública de água potável MONITORAMENTO BIOLÓGICO → Definição: “A medida e avaliação de agentes químicos ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou alguma combinação desses, para estimar a exposição ou risco à saúde quando comparado com uma referência apropriada.” → Objetivo principal: • Verificar: • A quantidade do agente químico recentemente absorvido ou seus produtos de biotransformação • A quantidade armazenada num ou em vários compartimentos do organismo • Quantidade do agente químico ligado aos sítios de ação → Objetivos: • Complementar a avaliação ambiental • Fornecer dados para o estabelecimento de limites de tolerância • Estabelecer valores de referência dos Indicadores Biológicos de exposição para grupos específicos da população • Determinar o risco químico de agentes tóxicos e contaminantes ambientais para a saúde individual e coletiva • Avalia possíveis efeitos nocivos • Recomenda programa de atuação para a prevenção da exposição ocupacional • Avalia a eficiência destes programas INDICADOR BIOLÓGICO → O termo indicador biológico (ou biomarcador) é utilizado para representar qualquer medida que reflita uma interação entre um sistema biológico e um agente ambiental, quer este seja químico, físico ou biológico → No específico âmbito da exposição aos agentes químicos, consideram-se três diferentes tipos de Indicadores → Indicador biológico de exposição (ou dose interna): • Substância exógena ou seu metabolito, ou o produto da interação entre um xenobiótico e uma molécula-alvo ou célula, que é medido num compartimento orgânico - Importância: O parâmetro biológico da exposição (ou dose interna) está mais diretamente relacionado com os efeitos nocivos à saúde do que na monitoramento ambiental → Indicadores biológicos de exposição humana – Compreende todo e qualquer xenobiótico ou seu produto de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce cuja determinação nos fluidos biológicos, tecidos ou ar exalado avalie a intensidade da exposição ao agente químico contaminante ambiental ou ocupacional • Agentes exógenos não alterados (ex: metais pesados, solventes) • Agentes metabolizados (ex: fenol) • Moléculas produzidas endogenamente (ex: ALA-U para chumbo) • Alterações metabólicas (ex: acetilcolinesterase para organofosforados) • Alterações celulares ou teciduais (ex: mobilidade do esperma) → Indicadores de dose interna: Pode refletir a dose real da substância no sítio onde ela exerce a sua ação ou estimar, de forma indireta, o grau de exposição desde que o nível da substância no material biológico esteja correlacionada com a concentração ambiental → Indicador biológico de efeito: alteração bioquímica, fisiológica, comportamental, ou de outra natureza, quantificável, que, dependendo da magnitude, pode ser reconhecida como associada com uma possível alteração de saúde ou doença 8 Rafaela Bilhão 07/06/2022 → Essa alteração é considerada não nociva quando: • Ao ser produzida numa exposição prolongada, não resulta em transtornos da capacidade funcional nem da capacidade do organismo para compensar nova sobrecarga • É reversível e não diminui a capacidade do organismo manter sua homeostasia • Não aumenta a suscetibilidade do organismo aos efeitos indesejáveis de outros fatores de risco ambiental, tais como os químicos, os físicos, os biológicos ou sociais → Vantagem: Fornecem melhor informação sobre a quantidade do agente químico que interage com o sítio de ação → Indicador biológico de susceptibilidade: Indicador de uma capacidade inata ou adquirida de um organismo para responder ao impacto da exposição a uma substância xenobiótica
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