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PROF . GEISON RICARDO DA SILVA VALENÇA •E S P E C I A L I S T A E M S A Ú D E C O L E T I C A – U F S •E S P E C I A L I S T A E M E D U C A Ç Ã O P R O F I S S I O N A L E M E N F E R M A G E M – F I O C R U Z •E N F E R M E I R O D A S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D E S A Ú D E D E A R A C A J U •D O C E N T E C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O E S T Á C I O S E R G I P E– C U R S O E N F E R M A G E M SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR 2 A U L A 1 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR 2 “Eu ouço e esqueço, eu vejo e recordo, eu faço e compreendo” (Confúcio) Conceitos Preliminares - Semiologia: deriva do grego semion + logia e significa o estudo dos sinais e sintomas das doenças. Inclui o levantamento dos dados durante a entrevista e exame físico. - Semiotécnica: é um campo de estudo onde estão inseridas as mais diversas técnicas de exame físico do paciente e procedimentos de enfermagem. 1.1 POSIÇÃO DO PACIENTE PARA O EXAME FÍSICO E DIVISÃO DA SUPERFÍCIE CORPORAL EM REGIÕES O enfermeiro é o profissional com maior facilidade para detectar as alterações nas condições físicas e do estado geral de uma pessoa, por ter maior tempo de contato e acompanhar o processo de resolução do problema de saúde dos pacientes. Para a coleta de dados por meio do exame físico, é necessário ao enfermeiro retomar conhecimentos de anatomia e fisiologia, assim como o desenvolvimento de habilidades de semiologia e semiotécnicas. DECÚBITO DORSAL EXAMES FRONTAIS EM ABDOMEN, CABEÇA, PESCOÇO, MEMBROS. POSIÇÃO DE REPOUSO MAIS CONHECIDA. POSIÇÃO DE FOWLER PACIENTE COM DIFICULDADE RESPIRATÓRIA, ALIMENTAÇÃO, PÓS OPERATÓRIO NASAL, TIREOIDECTOMIA, ETC.( 45 A 90 GRAUS) DECÚBITO LATERAL DLE - SIMS DLD CONVULSÃO, PREVENIR CONTRA ASPIRAÇÃO. LAVAGEM INTESTINAL, EXAMES E PROCEDIMENTOS RETAIS, POSIÇÃO GINECOLÓGICA POSIÇÃO LITOTÔMICA POSIÇÃO ORTOSTÁTICA POSIÇÃO GENUPEITORAL EXAMES COLO, RETO , SIGMÓIDE. POSIÇÃO SENTADA Posições Anatômicas Trendelemburg Trendelemburg Invertido ou Proclive Considerações anatômicas Áreas anatômicas: Linhas do tórax anterior Linha Médio-Esternal Linha Hemiclavicular Linha Axilar anterior Considerações anatômicas Áreas anatômicas do tórax: Linhas do tórax posterior Linha Médio-espinhal (Vertebral) Linha Escapular Linha Axilar Posterior Considerações anatômicas Áreas anatômicas do tórax: linhas verticais LINHAS VERTICAIS (LATERAL) Axilar anterior Axilar média Axilar posterior Anatomia segmentar do abdome Dor abdominal A aquisição de habilidades para realizar o exame físico está fundamentada em conhecimentos sobre as posições mais adequadas para melhor visualização e avaliação clínica, que subsidiarão o planejamento da assistência de enfermagem. 1 . 2 F U N D A M E N T O S T E Ó R I C O S D A P R O P E D Ê U T I C A D O E X A M E F Í S I C O A precisão de uma história clínica e de um exame físico influencia a escolha de terapias medicamentosas e, consequentemente, as reações frente aos tratamentos. Um exame rigoroso, entretanto, deve ser direcionado às necessidades atuais do paciente e, após uma melhora em seu quadro geral, realiza-se o exame físico para avaliar a sua evolução clínica e a resposta às terapêuticas e para definição de novas necessidades de intervenção. Objetivos • Auxiliar na coleta de dados sobre a história de saúde do paciente; • Confirmar, contestar ou complementar dados apurados durante a entrevista; • Contribuir na elaboração dos diagnósticos de enfermagem; • Auxiliar na avaliação do estado geral de saúde do paciente e na descrição de sua evolução clínica; • Contribuir para a reformulação de prescrições sobre ações de cuidado a serem implementadas. 1 . 3 I N S T R U M E N T A I S P A R A R E A L I Z A Ç Ã O D O E X A M E F Í S I C O Equipamentos Estetoscópio; Esfignomanômetro; Lanterna; Balança; Espátula; Termômetro; Fita métrica; Algodão e agulha; Otoscópio; Outros Para realização do exame físico, devemos utilizar nossos sentidos (visão, audição, olfato e tato) de forma mais organizada e, ainda, recorrer às quatro semiotécnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. A percussão é utilizada para: • mapear a localização e as dimensões de um órgão através do som emitido em suas bordas; • indicar a densidade de uma estrutura (ar, líquido ou sólido); • encontrar massas anormais de localização superficial; • provocar dor na presença de inflamação; • promover reflexo tendinoso profundo. Ausculta Preparação do paciente para realização do exame físico É necessário assegurar uma preparação adequada do paciente, com um ambiente propício e equipamentos adequados e em perfeito estado de funcionamento para impedir interrupções durante a realização do exame físico, além de reduzir a ocorrência de erros e resultados incompletos. Portanto, é importante assegurar os seguintes passos: • Utilizar equipamentos de proteção-padrão garante a segurança do profissional e impede a proliferação de micro-organismos com a infecção cruzada e a disseminação de patógenos pelo ambiente hospitalar. O uso de luvas pode prejudicar a realização de algumas semiotécnicas, mas a política de controle de infecção hospitalar deverá ser seguida rigorosamente. • O ambiente deve oferecer privacidade, conforto, iluminação e temperaturas adequadas, além de ser livre de fontes de ruídos. • Os equipamentos devem estar limpos, disponíveis e acessíveis durante o exame. • O paciente deve utilizar o sanitário e esvaziar a bexiga antes de iniciar o exame e, se necessário, neste momento deve ser realizada a coleta de exames de fezes e urina. Como vestimenta, para facilitar os procedimentos, o paciente deve usar um roupão simples ou uma camisola, pois favorece a realização do exame físico em razão de sua fácil remoção para expor somente a área em avaliação. Ao final, posicionar-se na maca de exames. O enfermeiro deve: • comparar ambos os lados do corpo analisando a simetria; • em pacientes com maior comprometimento clínico, iniciar o exame físico pelo sistema que envolve maior risco ou apresente maiores alterações; • nunca provocar a exaustão, oferecendo ao paciente o tempo necessário para obter sua colaboração; • realizar os procedimentos dolorosos próximo ao final, para não ocasionar tensão ou estresse ao paciente. • o registro dos resultados do exame é imprescindível, por isso utilizar linguagem científica específica. • completar as anotações ao final do exame para não cansar o paciente ou ainda, causar a falsa impressão de descaso ou falta de interesse. Referências Buetto, Luciana Scatralhe Sistematização do cuidar II / Luciana Scatralhe Buetto ; Helena Megumi Sonobe. Rio de Janeiro : SESES, 2015. 144 p. : il. Carpenito, L.J. Manual de diagnósticos de enfermagem. 13 ed. Editora Artmed. 2012. p. 791. Jarvis, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Editora Elsevier. 2012. p. 912. NANDA International. Diagnósticos de enfermagem da NANDA – Definições e Classificação 2012 – 2014. Editora Artmed, 2012. p. 606. Potter, P.A.; Perry, A.G.; Stockert, P.A.; Hall, A. Fundamentos de enfermagem. 8 ed. Editora Mosby Elsevier. 2013. p. 1424.
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