APOSTILA PASTOR JOSÉ DE BARROS Apresentação

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Homilética 
1. Leitura e interpretação da Bíblia; 
2. Como extrair um sermão do texto; 
3. Apresentação do sermão para o público; 
4. Linguagem do pregador; 
5. Conhecimento geral e pesquisa; 
 
6. Testemunho pessoal do pregador; 
7. Indumentária, gesticulação e comportamento no púlpito; 
8. Tipos de sermões; 
A - Temático; 
B - Textual ou expositivo; 
 
C - Exegético; 
 
D - Histórico ou Biográfico; 
E - Cerimoniais: velório, inauguração, cerimônia de casamentos, inauguração; 
 
F - Testemunho ministerial ou experiências ministeriais. 
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 Homilética 
Homilética – A arte de pregar sermões religiosos, discursar em público (oratória). 
 A ORIGEM DA HOMILÉTICA 
 A homilética propriamente dita nasceu muito cedo na história humana, embora não como termo 
designativo “homilétikos” (arte de pregar sermão) e “homilia” (arte de falar elegantemente na oratória eclesiástica), 
mas como oratória pictográfica (sistema primitivo de escrita no qual as ideias são expressas por meio de palavras, 
desenhos das coisas ou figuras simbólicas). 
 Ela surgiu na Mesopotâmia há mais de 3000 anos a.C., para auxiliar a necessidade que os sacerdotes 
tinham de prestar contas dos recebimentos e gastos às corporações a que pertenciam e faziam suas prédicas em 
defesa da existência miraculosa dos deuses do paganismo. 
 O sistema sumeriano viria a ser o protótipo (primeiro tipo ou exemplo) de outros importantes sistemas de 
escrita, como o egípcio, por exemplo. 
Como termo designativo: 
 A homilética como termo designativo com suas técnicas, sistematização e adaptação às habilidades 
humanas, nasceu entre os gregos com o Nome de oratória, e, finalmente, para o mundo religioso com o nome de 
homilética. 
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 A retórica e a oratória tornaram-se sinônimos para identificar o discurso persuasivo (falar do profano). 
 A homilética, entretanto, passou a identificar o discurso sacro (religioso). 
A partir do século IV d.C: 
 A partir desta época os pregadores cristãos começaram a estruturar suas mensagens, seguindo as técnicas 
da retórica grega e da oratória romana. Com efeito, porém, desde o primeiro século da Era Cristã, esta influência 
estrutural da homilética já começava a ser sentida no seio do Cristianismo. 
 Não é de se surpreender, portanto, que a maioria dos teólogos cristãos primitivos compunha-se dos que 
aceitavam as teorias gregas e romanas, pois muitos deles eram filósofos neoplatônicos convertidos ao Cristianismo 
ou estavam sob a influência dessas ideias (conforme foi o caso de Justino Mártir, de Clemente de Alexandria, de 
Orígenes, de Agostinho, de Ambrósio e muitos outros) (Fonte STF). 
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Introdução: 
 
 Pregar é uma arte extraordinária como técnica muito louvável, mas quando falamos em pregar a palavra 
de Deus é um dom inefável, maravilhoso em sabermos que estamos sendo instrumentos, porta voz da mensagem 
de Deus. 
 Pregar é transferir, compartilhar da palavra viva (Bíblia) iluminada pelo Espírito Santo aos corações dos 
ouvintes. 
 O pregador é uma referência em sua arte, em sua homilia de alguém conhecedor e capacitado para 
tamanha responsabilidade de falar das verdades bíblicas. 
 Os seus exemplos, testemunho pessoal, ministerial, comportamento social, familiar, mostram realmente a 
idoneidade e responsabilidade por aquilo que ele está expondo em seu sermão. 
 A pregação precisa ser exposta com sinceridade, fidelidade, integridade, transparência e essência das 
verdades bíblicas. 
 Que Deus possa levantar nos últimos dias, pregadores que restaurem os púlpitos, os altares com amor, 
essência, verdade e singeleza de coração. Homens quebrantados e cheios do Espírito Santo de Deus. 
 
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1 - Leitura e interpretação da Bíblia 
 
 A pregação é uma comunicação verbal, o ato de repartir a sagrada escritura. 
 A palavra pregar – Euanggelizw – trazer as boas novas - anunciar alegres notícias. Romanos 10:14-17. 
 O pregador deve ter uma leitura contínua da Bíblia, ter um devocional para que seja sempre alimentado 
pela palavra e ter o conhecimento necessário para a sua pregação. 
 Dever ter um bom dicionário bíblico para que possa encontrar mais conhecimento e significados das 
palavras. 
 Deve ter um bom comentário bíblico dos textos para ter conhecimento: do tempo, do autor, como 
escreveu, a finalidade da escrita, qual o objetivo, o público alvo. 
 O pregador deve sempre falar com os textos e fazer perguntas tais: como, por que, onde? Isso ajudará o 
pregador a interpretar e pensar sobre os textos bíblicos. 
2 - Como extrair um sermão do texto: 
 O pregador além de ler constantemente a Bíblia deve ler também bons livros que o inspire assuntos sobre 
o sermão. Orar antes sobre o texto, buscar a direção espiritual, mover-se na unção que está em sua vida. 
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“O bom pregador deve ter na mesa em sua frente a Bíblia, do lado direito um bom livro e 
do lado esquerdo o jornal do dia”. (Martyn L. Jones). 
 Entenda sobre a função, alvo e objetivo do texto: sentimentos, emoções, intenções, paixões, 
ligação com o presente, motivação. 
3 - Apresentação do sermão para o público: 
 A convicção é a mãe da persuasão, quem quer persuadir com seu sermão dever ler muito mais, buscar 
mais conhecimento, estudar exaustivamente sobre o assunto que vai abordar. 
 Quando o pregador fala demonstrado conhecimento e convicção, ele prende a atenção dos ouvintes, 
prende as pessoas à palavra ministrada. 
 Pregador que não lê e busca conhecimento vira “papagaio de púlpito” que imita e nunca tem mais do que 
aquilo. 
“O pregador deve sempre ter um elemento surpresa, uma frase impactante”. (Charles Spurgeon). 
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4 - Linguagens do pregador: 
 A comunicação é fundamental na vida das pessoas e principalmente na vida do pregador. A forma que 
ele se comunica por meio de suas palavras demonstra o seu estado emocional, espiritual. 
 O pregador precisa conduzir seu sermão com uma linguagem de fácil interpretação, mesmo sendo 
eloquente deve usar uma linguagem que todos compreendam. 
 Seu sermão deve ter clareza, pureza, sinceridade e verdade no que fala. 
 Conhecer seu auditório, nível cultural e linguagem coloquial. 
 Precisa ter uma tonalidade de voz adequada, não irritante, não necessita gritaria, ou fraca, procurar 
técnicas de voz. 
 Se necessário procure um fonoaudiólogo para ajudar na sua tonalização de voz (rouquidão, estridente, 
grave demais, etc). 
 Evite brincadeiras inadequadas, exemplos que denigrem o sermão ou pessoas, pregue apaixonado pelo 
que está fazendo. 
 O pregador dever ler muito para que possa se expressar em suas palavras, usar bem os tempos de verbos e 
plurais. 
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5 - Conhecimento geral e pesquisa: 
 O pregador dever ser uma pessoa interessada em todos os tipos de assuntos. 
 Ler muito e de todos os assuntos possíveis, psicologia, sociologia, filosofia, antropologia, política e viver 
bem informado em notícias atuais do mundo. 
 Pesquisar sobre palavras e assuntos que surgem em seu ministério em oportunidades de fazer palestras. 
 Saber usar da tecnologia em seu favor, aproveitar do momento de revolução e inovações para informar, 
cuidar e prevenir os seus ouvintes de riscos eminentes. 
6 - Testemunho pessoal do pregador: 
 O pregador deve ser idôneo, uma pessoa em que seu testemunho pessoal testifique com aquilo que ele 
prega. 
 Tomar cuidado com as questões éticas, morais, familiares, sociais. 
 O pregador é uma pessoa muito imitada, enamorada, passa uma imagem de perfeição e isso exige muito 
do mesmo uma postura de alguém que honra a palavra que prega. 
 Tomar cuidado em suas expressões não se colocando como o melhor, o mais sábio, o mais santo, o 
perfeito porque pode gerar uma expectativa nos ouvintese que na primeira falha ou deslize não se perca a 
credibilidade de pregador. 
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 Cuidar da saúde física, emocional, espiritual. 
 Sempre peça ajuda e nunca ande sozinho. 
 Procure ajuda de pessoas amigas, cofiáveis, capazes de nos ajudar em todos os aspectos. 
7 – Indumentária, gesticulação e comportamento no púlpito: 
 O pregador deve tomar cuidado com as suas vestes. A forma como se veste define muito o seu caráter. 
 O púlpito é um lugar visado, imitado, desejado e todo cuidado é pouco quando pensamos na postura e 
como devemos nos portar. 
 A gesticulação é uma forma de linguagem muito boa quando bem usada, mas o seu exagero pode 
atrapalhar o sermão. 
 Exemplo: andar demais, (pregador ping pong), pular em todo tempo, alisar os cabelos constantemente, 
passar a mão em órgãos genitais, limpar o nariz. 
 O pregador deve tomar cuidado com o seu comportamento: não falar com agressividade, gritarias, 
testemunhos inadequados, imitação de outros, analogias com sentidos sensuais, falar mal de outros pregadores, 
falar mal de igrejas, falar nomes de pessoas em seu sermão referente ao testemunho ou assunto. 
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8 - Tipos de sermões: 
 
A - Temático: Desenvolvido em cima do tema apresentado e com o texto referente ao tema. 
 O pregador deve sempre fazer perguntas para o texto: como, quem, por quê? 
B- Textual: Desenvolvido em cima dos textos apresentados, com seus comentários e explicações. 
Usando sempre palavras chaves do mesmo. 
 Procurar uma tradução da Bíblia que seja mais compreensiva aos ouvintes. 
C - Exegético: Desenvolvido em conhecimento de cada texto e palavra: 
Quanto à época (tempo, data) da escrita. 
Quem escreveu (autor). 
 Endereçamento de povos e momentos. 
 Significados originais das palavras. (Grego, Hebraico, Latim). 
Analisar o contexto de lugar, alvos e objetivos da escrita. 
D - Histórico ou Biográfico: Desenvolvido com uma narrativa acessível ao entendimento dando ênfase aos 
protagonistas do sermão. 
 Ser fiel à história sem enfeitar ou colocar narrativas não existentes. 
 
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 Conhecer bem o protagonista do sermão para não confundir o teor. 
 
 Fazer a narração com a emoção que o sermão precisa. 
E - Cerimoniais: Velório, Inauguração, Cerimônia de casamento, Inauguração: 
 Sempre fazer uma leitura dos ouvintes, ambiente, sonorização. 
 Ter cuidado com o tempo de sua palavra ou palestra. 
Não sair do assunto proposto em sua palavra. 
 Respeitar o estado emocional das pessoas envolvidas com o evento (principalmente em velório). 
Vestimenta adequada para cada tipo de evento. 
F – Testemunhos ou experiências ministeriais: 
 Tomar cuidado com a apresentação do seu ministério ou igreja não colocando superior aos outros. 
 Tenha sempre um coração aprendiz, mesmo mostrando suas experiências. 
 Procure não se envolver em mudanças ministeriais ou pastorais onde for convidado para pregar. 
Não use comparações de pastores ou igrejas querendo que mudem seu jeito de ser (deixe as portas abertas). 
 Respeite sempre e honre sempre o lugar em que você está ministrando. 
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Bibliografias: 
Pregação&Pregadores – Jones, D. Martyn Lloyd. Ed. 
Fiel.1984. 
 
Sermão Eficaz – Crane, James D. Ed. Juerp.1994. 
Princípios de Interpretação Bíblica 
Berkhof, Louis. Ed.Cult. Cristã. 2000. 
O púlpito Criativo – Gonçalves, Jesus Silva. Ed. Juerp.1994. 
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