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Controle e prevenção da poluição sonora4

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Prévia do material em texto

Controle e prevenção da poluição sonora
Profª. Vanessa Riccioppo de Moraes
Descrição
O controle e a prevenção da poluição sonora a partir do entendimento de suas fontes, características, efeitos,
requisitos legais, técnicas e métodos relacionados.
Propósito
Conhecer a fonte, caracterizar os aspectos ambientais relacionados, identificar as melhores formas de
prevenção e controle da poluição sonora para atendimento dos requisitos legais, mitigando impactos, é de
suma importância para uma eficiente atuação profissional e para a melhoria da qualidade de vida da
sociedade como um todo.
Objetivos
Módulo 1
Poluição sonora: conceitos e legislação
Identificar as fontes, as características da poluição sonora e a legislação aplicável.
Módulo 2
ódu o
Efeitos da poluição sonora na saúde e no meio ambiente
Descrever os efeitos na saúde e no meio ambiente causados pela poluição sonora.
Módulo 3
Como prevenir e controlar a poluição sonora
Listar as técnicas e os métodos de prevenção e controle da poluição sonora.
Na concepção jurídica, de acordo com o art. 3°, inciso III da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, a
poluição “consiste na degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou
indiretamente:
1. Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.
2. Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas.
3. Afetem desfavoravelmente a biota.
4. Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.
5. Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”.
Mas é importante saber que nem toda emissão ou lançamento de poluentes, contaminantes,
materiais ou energias no ambiente gera poluição. Ou seja, apenas quando as emissões ou
lançamentos estão em desacordo com os padrões ambientais e/ou causam efeitos adversos ao meio
ambiente ou a saúde humana que é caracterizada a poluição.
Nesse sentido, este conteúdo vem ensinar a importância de se identificar as fontes e os efeitos da
poluição sonora, por meio de sua caracterização, com o levantamento dos principais requisitos legais
aplicáveis ao tema. Veremos também as técnicas e os métodos empregados no controle e na
prevenção desse tipo de poluição.
Orientação sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e
a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir
o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
Introdução
1 - Poluição sonora: conceitos e legislação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as fontes, as características da poluição
sonora e a legislação aplicável.
A poluição e a atmosfera
Neste módulo, entenderemos a importância de se identificar as fontes e ter consciência dos efeitos causados
pela poluição sonora, por meio de sua caracterização e do levantamento dos requisitos legais aplicáveis ao
tema.
Antes de caracterizar a poluição sonora, é preciso falar de poluição atmosférica. Sim! Se você já estudou
esse conteúdo, vai perceber que a poluição sonora é como se fosse parte da poluição atmosférica.
A poluição atmosférica se caracteriza comumente como a presença de matéria ou energia na atmosfera, de
forma a torná-la imprópria ou causar prejuízos aos usos que lhe são dados. Já o poluente atmosférico é
considerado como toda e qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade,
concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos pela legislação, e que
tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público,
danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo de propriedades e às
atividades normais da comunidade.
Poluição do ar pelas chaminés da usina.
Daí chegamos à conclusão que os “poluentes” da poluição sonora, os quais também chamamos de agentes,
sendo essa uma “parte” da poluição atmosférica são:
Ruído
Vibração
Caracterização da poluição sonora
Agora que já vimos a relação entre a poluição atmosférica e poluição sonora, vamos
definir e caracterizar a segunda?
De maneira geral, a poluição sonora consiste na contaminação do ambiente acústico pelo excesso de ruído,
vozes ou sons, em circunstâncias que provoquem prejuízos ao descanso, lazer ou desempenho das pessoas
no estudo e no trabalho, levando a problemas de saúde como estresse, desequilíbrio emocional, alterações
do sono etc.
Assim como não é toda contaminação que gera poluição, não é toda emissão de ruído ou vibração que gera
poluição sonora! Apenas quando está em desacordo com os limites legais e leva a danos ambientais e à
saúde humana que essa emissão é considerada poluição.
Monitoramento de ruído usando medidor de nível de som em área de queima de uma refinaria.
Saiba mais
De acordo com o Environmental noise guidelines for the european region ou Diretrizes sobre o ruído
ambiental para a região europeia, da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2018), os ruídos do ambiente,
conhecidos como poluição sonora, estão entre os principais causadores de problemas de saúde, sendo o
segundo tipo de poluição que causa mais doenças, ficando atrás apenas da atmosférica. Embora os dados
coletados tenham sido na Europa, a OMS (em inglês, World Health Organization, WHO) afirma que os dados
devem ser aplicados para qualquer região do mundo. Ainda, tais diretrizes mostram dados confirmando que
ações preventivas contra a poluição sonora trazem resultados efetivos de proteção à saúde.
Agente som: ruídos
A pressão sonora é o fenômeno físico do som, de sua deturpação em ruídos e seus efeitos sobre o ser
humano. O som é uma onda mecânica produzida por um sistema oscilante, que se propaga com
deformações provocadas pela diferença de pressão em um meio material elástico qualquer.
Como podemos conceituar som e ruído?
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2017), o conceito de som
é associado à sensação auditiva humana, já o termo ruído é usualmente associado a sons que
Explicação 
possam causar incômodos, ser indesejáveis ou não inteligíveis. Ambos, som e ruído, têm a mesma
natureza física, porém o primeiro se refere ao fenômeno físico e o segundo ao efeito indesejado.
O som se propaga na forma de ondas mecânicas, que são perturbações instantâneas das partículas
transmitidas por um meio físico qualquer (sólido, líquido ou gás). O som transmite energia, mas não
matéria. No caso das ondas sonoras perceptíveis pelo homem, essas perturbações se refletem em
variações locais da pressão atmosférica que causam o deslocamento das moléculas do ar em um
movimento de vai e vem.
Ainda de acordo com a CETESB (2017), qualquer fenômeno físico que gere perturbações sensíveis no
ar gera sons. Os mecanismos mais comuns de geração de som são a vibração da superfície de um
objeto qualquer em contato com o ar, a interação de um fluxo de ar com uma aresta fixa (turbulência)
e o fluxo de ar com alta velocidade (jato). A partir do ponto onde o som é gerado, ele se propaga pelo
meio, podendo atingir longas distâncias. Em um ambiente aberto, o som se propaga como uma onda
esférica, o que implica um decaimento natural à medida que o observador se afasta da fonte sonora.
Além disso, o ar também absorve parte da energia da onda sonora, transformando-a em calor. Com
isso, a onda sonora acaba evanescendo ao percorrer longas distâncias.
Em geral, o som se propaga melhor e com maior velocidade em meio sólido e líquido, e menor no gasoso. O
som não se propaga no vácuo, pois necessita das partículas do meio para transportar energia. Além disso, a
amplitude da pressão sonora sofre redução à medida que a distância da fonte ao receptor é aumentada, em
virtude da existência de perdas na transmissão do som num meio elástico qualquer. Também, se a frente de
onda é uma superfície emexpansão, a energia se conserva e a intensidade cai com o aumento da área.
Ah, mas aí ficou um linguajar muito próximo da Física, complicou? Não. Pense comigo: se alguém ligar um
secador de cabelo no banheiro em que você está escovando o dente fica um barulho enorme, não é mesmo?
Agora, imagine que o banheiro, que era todo fechado, não tenha mais paredes, isso já dispersa um pouco o
ruído, certo? Pense na pia que você estava escovando os dentes bem mais distante do secador. Percebeu e
visualizou que a amplitude da pressão sonora foi diminuindo? A Física fica mais fácil quando a
visualizamos no nosso dia a dia.
Atenção!
Via de regra, diz-se que o nível de pressão sonora (NPS) decai 6 decibéis (dB) cada vez que o observador
dobra sua distância em relação à fonte sonora. Essa relação de decaimento do NPS com a distância é muito
importante para se ter uma ideia da ordem de grandeza da área de influência de uma fonte sonora qualquer
no seu entorno, possibilitando estimar até em que distância é possível haver algum impacto ou violação
ambiental.
Vamos falar sobre as medidas?
Veja a seguir as três medidas referentes ao som.
Veremos mais detalhes sobre medidas e parâmetros em requisitos legais e na parte de técnicas de controle
do módulo 2.
Agente vibração
A vibração é um movimento periódico, ou seja, é a oscilação de uma partícula, de um sistema de partículas
ou de um corpo rígido em torno de uma posição de equilíbrio. As vibrações mecânicas podem ser medidas
da seguinte forma, considerando as unidades do Sistema Internacional (SI):
Decibel (db)
É a unidade logarítmica que indica a proporção de uma quantidade física (geralmente energia
ou intensidade) em relação a um nível de referência especificado ou implícito.
Nível de ruído contínuo equivalente (Leq)
É o nível de pressão sonora (ruído) de um sinal contínuo dentro de um intervalo de tempo. A
unidade usualmente utilizada nos requisitos legais e pelas normas atuais é um intervalo de
tempo de 15 minutos.
Nível de ruído ambiente (Lra)
É o nível de ruído existente no local, na ausência daquele gerado pela fonte sonora.
Aceleração
Medida em metros por
segundo ao quadrado (m/s2).
Velocidade
Medida em metros por
segundo (m/s).
Deslocamento
Medida em metros (m).
As oscilações podem ser periódicas, como o movimento de um pêndulo, ou aleatórias, como o de um pneu
em uma estrada de cascalho.
Assim como os sons, as vibrações podem ser desejáveis, como no movimento de um diapasão, na palheta
em um instrumento de sopro ou gaita e no telefone celular. Porém, em muitas situações elas são
indesejáveis, desperdiçando energia e criando sons indesejados. Por exemplo, os movimentos vibratórios de
motores a combustão ou elétricos e de qualquer dispositivo mecânico em operação são normalmente
indesejados. Terremotos ou vibrações causadas em estruturas civis pela passagem de veículos pesados
também podem ser apenas incômodas ou até representar grandes riscos para as pessoas.
Vibrações podem ser causadas por desequilíbrios em peças rotativas, fricção irregular ou falhas dos dentes
de engrenagens, bem como por impactos provenientes de explosões e de máquinas pesadas.
Dica
Os estudos do som e da vibração estão intimamente relacionados. O som, como onda de pressão, é gerado
por estruturas vibratórias, como as cordas vocais. Essas ondas de pressão também podem induzir a
vibração de estruturas, por exemplo, o tímpano dos nossos ouvidos. Portanto, as tentativas de reduzir o ruído
geralmente estão relacionadas a problemas de vibração.
Importante saber que as vibrações forçadas são aquelas com as quais nos preocupamos. Elas ocorrem
quando existe uma perturbação variável no tempo, como carga, deslocamento ou velocidade, aplicada a um
sistema mecânico. Essas perturbações (ou excitações) podem ser:
Periódicas
Pode ser, por exemplo, uma máquina de lavar sacudindo devido ao desbalanceamento.
Transientes
Pode ser causada por um veículo passando por uma via irregular.
Aleatórias
Pode ser aquela imposta a um edifício durante um terremoto, por exemplo.
Fontes da poluição sonora
Quando você pensa em ruído e vibração, imagina o quê?
São muitas as fontes como bares, restaurantes, shows, igrejas, rodovias, ferrovias, atividades de mineração,
industriais e outras, como comércio. Dentro da indústria, ainda é possível dividir por tipo de atividade mais
ou menos ruidosa.
Devido às suas características, as atividades industriais são consideradas perigosas e expõem os
trabalhadores a variados riscos ocupacionais, além de oferecem riscos ao meio ambiente, sendo
normalmente fiscalizadas pelos órgãos ambientais. Contudo, as outras fontes citadas, como bares e shows,
por exemplo, só são fiscalizadas a pedido e normalmente do poder judiciário.
Além da poluição sonora advinda das atividades industriais, há também outras mais controversas, como as
de torneio de canto de passeriformes, ordem que agrupa mais de 5 mil espécies de aves com características
singulares. O torneio de canto de passeriformes pode ser considerado gerador de poluição sonora e tem seus
impactos avaliados e fiscalizados pelos órgãos ambientais. Vamos conhecer mais no vídeo a seguir.
Poluição sonora em torneio de canto de passeriformes
Neste vídeo, a especialista Vanessa Riccioppo de Moraes traz uma reflexão sobre as atividades de torneio de
canto de passeriformes e seu impacto como poluição sonora.
Legislação relacionada à poluição sonora
Como vimos na introdução deste tema, o art. 3° da Lei n° 6.938/1981 define a poluição como a degradação
da qualidade ambiental resultante de atividades diversas que, direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
afetem de forma desfavorável a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Algumas normas, tanto instrumentos legais como técnicos, regem a questão da poluição sonora. Aqui
vamos falar das principais para que você possa explorar mais em seus estudos.

Requisitos legais e técnicos sobre ruído
As ações municipais e estaduais de fiscalização de ruído dependem de suas leis, decretos e normas técnicas
específicas, utilizando o disposto de que se deve sempre atender ao critério de melhores tecnologias e
práticas disponíveis, além de não causar impacto à população circunvizinha às atividades causadoras de
poluição sonora.
Os estados da Federação e os municípios possuem suas normas técnicas e legais relacionadas às seguintes
questões:
Poluição sonora
Ruído
Vibrações
Os municípios, principalmente, possuem arcabouço legal específico que define o uso e a ocupação do solo
em seu território, estabelecendo limites sonoros em função do zoneamento urbano (esses valores locais
sempre devem ser considerados). Mas, no geral, os requisitos da NBR 10151:2019 (para ruídos, por exemplo)
são mais restritivos. E não se esqueça: sempre os critérios mais restritivos devem prevalecer!
Atenção!
Nacionalmente, é a Resolução CONAMA 01/90 que define o uso dos critérios e níveis de ruído, os quais são
estabelecidos na Norma NBR 10151 da ABNT, cuja versão mais atual é de 2019 (sempre deve ser observada
a atualização das normas técnicas).
Em se tratando das questões ocupacionais (saúde do trabalhador) e não ambientais, temos que, para
estimar a exposição dos trabalhadores ao nível de pressão sonora (ruído) são realizadas dosimetrias de
ruído em trabalhadores durante atividades consideradas ruidosas, utilizando equipamentos calibrados de
acordo com as normas em vigor.
Mesmo com as limitações de representatividade dos períodos dosados face às variadas exposições do dia a
dia dos trabalhadores, os resultados devem ser interpretados de acordo com a Norma Regulamentadora 15,
da Portaria 3214/78 para exposição de 8 horas diárias a ruído intermitente (SESI, 2008), além da Norma de
Higiene Ocupacional NHO 01 - ProcedimentoTécnico: avaliação da exposição ocupacional ao ruído
(GIAMPAOLI; CUNHA, 2001). Veja nas tabelas a seguir a relação de tempo máximo diário de exposição com
nível de ruído.
Nível de ruído dB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn) (minutos)
Nível de ruído dB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn) (minutos)
80 1.523,90
81 1.209,52
82 960,00
83 761,95
84 604,76
85 480,00
86 380,97
87 302,38
88 240,00
89 190,48
90 151,19
91 120,00
92 95,24
93 75,59
94 60,00
95 47,62
96 37,79
97 30,00
98 23,81
Nível de ruído dB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn) (minutos)
99 18,89
100 15,00
101 11,90
102 9,44
103 7,50
104 5,95
105 4,72
106 3,75
107 2,97
108 2,36
109 1,87
110 1,48
111 1,18
112 0,93
113 0,74
114 0,59
115 0,46
Tabela: Tempo máximo de exposição ao ruído.
Extraida de: Norma de Higiene Ocupacional - NHO 01, 2001, p. 18.
Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissívelNível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Tabela: Tolerância para ruído contínuo ou intermitente.
Extraida de: Brasil, 2020, anexo 1, n. p.
Requisitos legais e técnicos sobre vibrações
Não existem normas universalmente aceitas para tratar da medição e avaliação de vibração em locais
habitados, nem tampouco há um consenso sobre os limites aceitáveis de vibração. Estes dependem do que
se pretende avaliar: incômodo, risco à saúde de pessoas, danos estruturais ou ainda possíveis interferências
em equipamentos sensíveis.
No Brasil, também não existe uma norma específica para o monitoramento de vibrações ambientais. Na
ausência de uma norma nacional para esse tipo de medição, a regulamentação criada pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) tem sido cada vez mais utilizada. Publicada na forma da
Decisão de Diretoria N° 215/2007/E de 7 de novembro de 2007, ela dispõe sobre a sistemática para a
avaliação do incômodo causado por vibrações geradas em atividades poluidoras, ou seja, fiscalizadas no
âmbito do licenciamento ambiental.
Veja no quadro a seguir um resumo das principais referências sobre a avaliação de vibração em áreas
habitadas e em edificações.
Documento Parâmetro Limites Condição de uso
Documento Parâmetro Limites Condição de uso
CETESB
Pico de velocidade de
partícula (componente
não definida)
0,3mm/s
0,5mm/s
Residências,
hospitais e áreas
industriais
ISO 2631-2
Aceleração RMS (Raiz
Média Quadrática)
ponderada. A RMS é
uma grandeza utilizada
para caracterizar a
gravidade da vibração.
0,315mm/s²
2mm/s²
Pouco ou nada
desconfortável
Extremamente
desconfortável
DIN 4150-2
Velocidade máxima
RMS ponderada
0,15mm/s
0,10mm/s
Incômodo em áreas
residenciais
Incômodo em áreas
sensíveis
DIN 4150-3
Pico de velocidade de
partícula (maior
componente)
3mm/s
5mm/s
Estruturas de
edificações
sensíveis
Edificações
residenciais
USDT Velocidade RMS
0,10mm/s
0,26 mm/s
Áreas residenciais >
70 eventos/dia
Áreas residenciais <
70 eventos/dia
SN 640312a
Pico de velocidade de
partícula (maior
componente)
3mm/s
6mm/s
Estruturas de
edificações
sensíveis
Estruturas de
edificações
normais
Quadro. Resumo sobre normas e regulamentações a respeito de vibrações transmitidas pelo solo.
Elaborado por: Vanessa de Moraes.
Entretanto, para se avaliar o incômodo causado aos usuários de edificações ou possíveis danos às
edificações, são recomendadas as normas em destaque a seguir.
Incômodo causado aos usuários de edi�cações
É recomendado o uso de uma norma internacional do Instituto Alemão para Normatização, a Norma
DIN 4150-2: Vibração em construção – Parte 2: Efeitos no homem dentro de edificações (Vibrations in
buildings - Part 2: Effects on persons in buildings).
Possíveis danos às estruturas das edi�cações
É recomendado o uso de outra norma internacional do Instituto Alemão para Normatização, a Norma
DIN 4150-3: Vibração em construção – Parte 3: Efeitos da Vibração em Estruturas (Structural Vibration
– Part 3: Effects of Vibration on Structures).
Atenção!
De forma a atender à regulamentação da CETESB, recomenda-se também avaliar os valores de vibração à
luz da Decisão de Diretoria nº 215/2007/E. Para este fim, deve-se usar as mesmas configurações de
aquisição dos sinais de vibração considerados nas normas DIN, no que diz respeito à faixa de frequência e à
taxa de aquisição dos sinais.
No próximo módulo, algumas normas acima serão retomadas, pois são base da prevenção e do controle da
poluição sonora. Ainda, as técnicas e os métodos de prevenção e controle que serão detalhados são muito
exigidos durante todas as fases do licenciamento ambiental. Vamos falar mais sobre isso?
Requisitos de licenciamento ambiental e poluição sonora: os famosos
ruídos
Dentro do planejamento de um empreendimento, na fase de licenciamento prévio, tanto a partir do Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e dos Estudos Ambientais Simplificados (EAS), em ordem decrescente de
complexidade e detalhamento, já se deve apresentar a previsão de ruído a ser incrementada pela
implantação do empreendimento por meio de um modelo de previsão. Esse modelo leva em consideração
não só o ruído a ser gerado pelo novo empreendimento, mas também o ruído já existente no local/região, a

topografia, a meteorologia, as edificações existentes e o potencial de novas fontes (cenário). Ainda, dentro
dessa modelagem matemática, há a possibilidade de simular a redução do ruído em função da medida de
mitigação proposta para aprovação prévia do órgão ambiental competente.
Com base nesses estudos, os empreendimentos devem estabelecer os controles necessários à prevenção e
redução da poluição e, quando não possível, compensação. Normalmente, dentro do Plano Básico Ambiental
(PBA) do empreendimento, são propostos planos e programas que devem atender às condicionantes
específicas sobre o tema poluição, as quais atendem aos requisitos legais, como descritos anteriormente.
Além disso, devem ser previstos controles e monitoramentos tanto para a fase de obras/implantação, quanto
para a fase de operação do empreendimento. Em cada fase, equipamentos/fontes diversas são acionadas e
utilizadas, sendo as atividades de controle e monitoramento específicas para cada fase/tipo de fontes.
Resumindo
Esses planos e programas viabilizam o constante monitoramento da qualidade dos recursos naturais, como
o ar, meio em que os ruídos se propagam, na região do empreendimento, com o objetivo de identificar
possíveis extrapolações aos limites previstos em legislação. Dessa forma, indicam a eficiência dos controles
aplicados ou então a necessidade da melhoria e aprimoramento deles, de forma a proteger o meio ambiente
e a saúde humana (tanto da população do entorno quanto dos trabalhadores da atividade ruidosa) contra os
efeitos da poluição sonora.
Dentro do PBA, apresentado na fase de implantação, deve ser apresentado o cronograma de estabelecimento
das medidas mitigadoras de ruído.
Já para a obtenção da licença de operação (LO), deve-se comprovar, por meio de medições, o atendimento
aos níveis de ruído estabelecidos para os receptores mais próximos.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Caracterização da poluição sonora
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Requisitos legais e técnicos sobre ruído
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sabemos que os diferentes tipos de poluição são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Entretanto,
muitasvezes, deixamos de lembrar de algumas poluições, como a causada quando o volume de
determinado som está acima dos padrões considerados normais. Analise as alternativas abaixo e marque o
nome desse tipo de poluição:
A Térmica
B Atmosférica
C Ruidosa
D Visual
E Sonora
Parabéns! A alternativa E está correta.
A poluição sonora afeta diretamente nossa audição e de outros seres vivos. Como exemplo de
poluição sonora, podemos citar o barulho causado por shows e fogos de artifício. O agente som
acima dos limites permitidos é o “poluente/contaminante” da poluição sonora.
Questão 2
Na Política Nacional do Meio Ambiente, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que, dentre outras coisas, direta ou indiretamente
A tragam benefícios à saúde, à segurança e ao bem-estar da população.
B criem condições favoráveis às atividades sociais e econômicas.
C afetem desfavoravelmente a biota.
D criem melhores condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.
E lancem matérias ou energia dentro dos padrões ambientais estabelecidos.
2 - Efeitos da poluição sonora na saúde e no meio
ambiente
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever os efeitos na saúde e no meio ambiente
causados pela poluição sonora.
Características do som prejudicial à saúde
Considera-se a ocorrência de poluição sonora quando há sons em um volume tal que seja superior aos níveis
considerados normais para os seres humanos, provocando efeitos danosos. Comparado a outros tipos de
Parabéns! A alternativa C está correta.
A alternatica C é parte do item da Lei da PNMA (6.938/81) que define poluição. As outras opções
também são partes da lei e deveriam conceituar o termo, todavia, estão dizendo o contrário do que
deveriam expor.

poluição, como hídrica, atmosférica ou de solos, a poluição sonora não deixa resíduo, o seu raio de ação é
menor e apenas um dos sentidos a percebe: a audição.
Esse conjunto de características faz com que os efeitos desse tipo de poluição sejam subestimados, mesmo
que possam causar graves danos à saúde humana e de outros animais. Ainda assim, os efeitos da poluição
sonora podem ser amplos e variáveis, seja para humanos como para outros animais que vivem em todos os
ambientes.
O som não precisa ser ruidoso para causar danos à saúde, e a perda da audição é o efeito que mais acomete
as pessoas. Esses efeitos danosos são causados por sons que possuem níveis elevados de pressão sonora,
isto é, aqueles que ultrapassem os limites de tolerância já estabelecidos por estudos científicos para o
ouvido humano, para a maioria das pessoas. Existem diversos estudos que nos mostram os limites de
tolerância, mediante a relação dos níveis de pressão sonora de sons, ruidosos ou não, e o tempo máximo de
exposição que uma pessoa pode ficar submetida a ele, sem que sofra lesões auditivas. Esses estudos, em
geral, são realizados de acordo com o ambiente a que determinados grupos de pessoas estão submetidas,
por exemplo:

Construção civil

Trânsito

Indústria (diferentes setores)
Usaremos como base o material da CETESB (2017), que lista alguns sons considerados como ruídos simples
do nosso dia a dia e seu nível sonoro em decibéis (dB). É importante considerar que o nível de pressão
sonora, a partir de 85dB, é potencialmente danoso aos ouvidos, assim como se o contato com esses sons,
sejam eles ruidosos ou não, durar mais que 480 minutos (8 horas). Veja:
1. O ruído de uma sala de estar chega a 40dB.
2. Um grupo de amigos conversando em tom normal chega a 55dB.
3. O ruído de um escritório chega a quase 64dB.
4. Um caminhão pesado em circulação chega a 74dB.
5. Em creches foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB.
�. O tráfego de uma avenida de grande movimento pode chegar aos 85dB.
7. Trios elétricos num carnaval fora de época têm em média de 110dB.
�. O tráfego de uma avenida com grande movimento em obras com britadeiras chega a 120dB.
9. Bombas recreativas podem proporcionar até 140dB.
10. Em discoteca a intensidade sonora chega até 130dB.
11. Um estádio cheio de vuvuzelas pode chegar até 140dB.
De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), por fonte de emissão de ruído,
há uma discriminação entre dia e noite, do nível máximo desejável, para que não cause danos. Vamos
conhecer:
Durante o dia, no máximo 53dB, acima causa diversos problemas de saúde. Enquanto durante a
noite, o máximo deve ser de 45dB, pois acima desse parâmetro causa distúrbios do sono.
Durante o dia, no máximo 54dB, acima pode causar diversos impactos na saúde. Enquanto durante a
noite, o máximo deve ser de 44dB, pois acima também pode trazer problemas ao sono.
Ruídos de tráfego 
Ruídos de ferrovia 
Ruídos de aeronaves 
Durante o dia, no máximo 45dB, acima também causa diversos problemas de saúde. Enquanto
durante a noite, o máximo deve ser de 40dB, pois acima pode causar doenças relacionadas ao sono.
A recomendação quanto às turbinas eólicas foi incluída no relatório de 2019, e por isso só há dados
consistentes para a exposição aos ruídos durante o dia, que deve ser, no máximo, de 45dB.
Consideram-se shows, fones de ouvido etc. Para que não prejudique à saúde, não devem ser
superiores a 70db, e devem ter parâmetros legislativos distintos para crianças e adultos.
Em se tratando de efeitos das vibrações, busca-se proteger estruturas quanto a possíveis danos causados
por vibrações excessivas, mas também, e principalmente, proteger as populações expostas às vibrações. Os
efeitos das vibrações em estruturas e no corpo humano são medidos e avaliados de forma bem diferentes.
Esses efeitos estão diretamente associados à amplitude da excitação, sua frequência e da resposta do
sistema sujeito a elas. O sistema pode ser uma peça, uma máquina, uma estrutura ou mesmo o nosso corpo.
Efeitos na saúde
A exposição ao ruído pode causar diversos efeitos negativos especificamente à saúde humana, efeitos esses
que dependem das diversas características que podem ser encontradas em diferentes sons. Entre as
características de um ruído podemos destacar:
Ruídos de turbinas eólicas 
Ruídos recreativos 
É importante salientar que o sentido da audição tem uma função primordial de nos alertar quanto aos
perigos. Dessa forma, ruídos com altos níveis ou que se destacam (em nível ou em conteúdo) do ruído de
fundo, alertam ou chamam nossa atenção, causando efeitos fisiológicos mensuráveis.
O principal efeito ligado à condição de alerta é o aumento da adrenalina, provocando o aumento da pressão
sanguínea. A repetição de eventos também causa desconforto, com um efeito cumulativo nas pessoas
sujeitas aos ruídos.
Do ponto de vista da percepção humana, nossa capacidade de distinguir sons diferentes depende de vários
fatores como:
Nível
Frequência
Duração do evento
Variações do nível e da frequência ao longo do evento
Taxa de repetição ou intervalo entre eventos ao longo do dia
Número de eventos por dia
Nível de pressão sonora
Conteúdo de frequências
Variação temporal
O aumento de 3dB de um determinado som, sem variações temporais significativas e sem componentes
tonais distintos, é tido como o valor típico para suscitar a sensação de aumento de “volume” ou nível sonoro.
Nas mesmas condições, um ruído com 10dB abaixo do ruído existente em um local, teoricamente não pode
ser percebido. Porém, os ruídos com componentes em frequência que se destacam do ruído ambiente e
ruídos que possuem flutuações temporais específicas passam a ter uma assinatura facilmente identificável
pelo sistema auditivo humano. Esses sons passam então a ser percebidos muito facilmente.
O quadro a seguir apresenta um resumo simplificado da percepção humana à variação do nível sonoro.
Variação Sonora Percepção Humana
2 ~ 3dB Mal percebido
5dB Prontamente percebido
10dB Percebido como o dobro ou a metade do "volume" de som
Quadro. Percepção humana a variações sonoras.
Elaborado por: Vanessa de Moraes.
A imagem a seguir ilustra cenários sonoros típicose suas correspondências com a percepção auditiva e os
níveis de pressão sonora (NPS).
Escala de NPS.
Dentre os efeitos clássicos dos ruídos na saúde humana, vale destacar o incômodo de vizinhança, que é um
impacto indireto associado à geração de ruídos e, portanto, alteração dos níveis atuais, a partir da qual
sempre é esperada uma perda de qualidade ambiental para populações imediatamente vizinhas às áreas de
obras e aos acessos. Essas alterações não necessariamente representam perda significativa da qualidade
ambiental da área afetada, mas podem apresentar potencial para a geração de incômodo.
O aumento dos níveis de ruído emitidos pelos equipamentos e máquinas utilizados nas obras civis, por
exemplo, bem como pelos veículos pesados trafegando no local das obras e trajetos, podem causar
desconfortos com risco de gerar atrito com a comunidade. O incômodo causado por ruído se manifesta por
diversos efeitos como:
Efeitos dos riscos ocupacionais (foco na saúde do trabalhador)
Os efeitos à saúde relacionados à poluição sonora são, em sua maioria, riscos ocupacionais, aqueles
Interferência na comunicação oral
Interferência na habilidade em realizar tarefas
Interferência no sono
Sensação de incômodo no sentido geral
gerados na organização dos procedimentos, dos equipamentos ou máquinas, dos processos, dos ambientes
e das relações de trabalho, que podem comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores, dependendo
da natureza, da concentração, da intensidade e do tempo de exposição (SESI, 2008).
Em se tratando de saúde ocupacional, os ruídos e as vibrações são agentes classificados como riscos
físicos.
Saiba mais
De acordo com o Manual de Segurança e Saúde no Trabalho do SESI (2008), o ruído pode ocasionar danos
ao equilíbrio e ao sono, problemas psicológicos e sociais, alteração nos sistemas circulatório, digestório e
reprodutor, além do mais evidente, que é a perda auditiva induzida por ruído – PAIR. Na construção de
edificações, várias máquinas como escavadeira, bate-estaca, serra circular, furadeira, lixadeira,
esmerilhadeira, pistola finca-pino, vibrador de imersão, perfuratriz e betoneira geram ruído em diversas
atividades de todas as etapas.
Ainda de acordo com SESI (2008), no caso da vibração, esta pode gerar distúrbios osteomusculares,
labirintite, perda auditiva por condução óssea e a síndrome de Raynaud .
Na indústria da construção civil, atividades como compactação do solo, utilização dos marteletes e vibrador
de concreto expõem o trabalhador a esse risco.
É muito importante que as questões ambientais e de saúde relacionadas a ruído e vibração sejam
comunicadas tanto aos trabalhadores expostos quanto às comunidades vizinhas das atividades poluidoras,
pois sabe-se que os efeitos psicológicos do ruído e das vibrações podem ser consideravelmente reduzidos
com medidas simples e eficazes de comunicação, por exemplo.
Síndrome de Raynaud
Caracteriza-se pela alteração na circulação sanguínea das mãos e pés. A coloração da pele dessas regiões
varia bruscamente, ficando pálida e fria inicialmente, depois azulada e roxa, regressando à coloração normal
avermelhada.
Efeitos no ambiente
A poluição sonora também provoca problemas ambientais, especialmente na fauna, causando estresse,
prejudicando seus instintos relacionados à caça e à reprodução, e mesmo em sua comunicação.
Efeitos na fauna e na �ora
Os animais aquáticos são os principais prejudicados, visto que o som se propaga mais rapidamente no
ambiente subaquático. Dessa forma, ruídos subaquáticos decorrentes de atividades offshore, por exemplo,
dragagem e outras que usam motores, como navios, barcos, plataformas de petróleo, levam a alterações na
qualidade da água marinha, gerando respostas diferenciadas dos organismos marinhos como quelônios
(tartarugas) e cetáceos (golfinhos, baleias), que tendem a se afastar, refletindo-se na alteração da
produtividade natural do ambiente impactado.
Extração de petróleo causando alteração no meio aquático.
Saiba mais
Como os cetáceos fazem uso de ecolocalização para se comunicar e se orientar na água, o ruído emitido
pelas embarcações ao longo dos anos de uso constante em algumas áreas representa um impacto
significativo sobre esses organismos, podendo afastá-los para áreas menos antropizadas.
Rodovias contribuindo para a poluição sonora no meio ambiente.
No ambiente terrestre, as rodovias representam uma forte fonte de poluição sonora, trazendo prejuízos para
a fauna. Os prejuízos causados pelos ruídos de rodovias já são bem estudados e conhecidos para a maioria
das aves e anfíbios, que usam o canto como forma de comunicação para o acasalamento, demarcação de
território e mesmo para alertar sobre perigos. Entretanto, há um grupo de animais de hábito noturno que
usam as ondas sonoras para localização de presas, chamados de predadores sonoros, que também são
prejudicados por esse tipo de poluição, como as corujas e os morcegos.
Saiba mais
Para as corujas, foi observada que uma das estratégias é a mudança da área impactada por outra sem a
poluição sonora. Essa parece uma solução boa, mas na mudança de território fica configurada a perda de
hábitat pela espécie. Já os morcegos reduzem a área onde fazem as buscas por alimentos, em função da
presença de ruídos poluidores.
Então, de forma resumida, podemos citar alguns efeitos/impactos ambientais da geração de ruído:
1. Alteração no padrão de distribuição da fauna terrestre e interferências sobre processos ecológicos.
2. Interferência na comunicação de cetáceos e quelônios marinhos.
3. Afugentamento de cetáceos e quelônios etc.
Ainda não há estudos conclusivos que forneçam dados relacionando a poluição sonora com prejuízos
verificados na flora. Entretanto, há diversos estudos que apontam os benefícios de áreas verdes no ambiente
urbano para redução dos ruídos e mitigação dos efeitos negativos da poluição sonora nos seres humanos.
Para finalizar, vamos assistir a um vídeo que traz uma discussão básica, porém necessária, sobre poluição
sonora e seus prejuízos à saúde das pessoas.
Poluição sonora prejudica a saúde
Brigar por um ambiente silencioso não é capricho, mas sim uma questão de saúde. A poluição sonora pode
causar perda de audição, problemas com sono, entre outros. Neste vídeo, a especialista Vanessa Riccioppo
de Moraes explica um pouco sobre isso.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Efeitos dos riscos ocupacionais


Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Efeitos na fauna
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O que a poluição sonora pode causar no ser humano?
A Irritação, nervosismo, fadiga, insônia e outros.
B Cansaço, olhos vermelhos e pressão alta.
C Irritação, animação, fadiga, insônia e outros.
D Irritação, nervosismo, calma, insônia e outros.
E Cansaço, bronquite e pressão alta.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Olhos vermelhos e bronquite são efeitos de poluição atmosférica, animação não é efeito de
poluição sonora (incômodo), muito menos calma. São efeitos da poluição sonora a irritação, o
nervosismo, a fadiga e a insônia.
Questão 2
Encontramos um impacto negativo da geração de ruído ambiental
A na ecolocalização padrão de cetáceos e quelônios.
B nos processos ecológicos normais.
C na boa comunicação de cetáceos e quelônios marinhos.
D na alteração no padrão de distribuição da fauna terrestre.
E na alteração favorável da biota.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O ruído ambiental afeta a distribuição da fauna, que costuma fugir das áreas onde há poluição
sonora para áreas não atingidas.
3 - Como prevenir e controlar a poluição sonora
Ao �nal deste módulo, você será capaz de listar as técnicas e os métodos de prevenção e
controle da poluição sonora.
Técnicas e métodos de prevenção da poluição sonora
Basicamente, as exigências técnicas para prevenção e controle de emissãode ruído e vibração estão
vinculadas ao licenciamento ambiental em todas as suas fases, o que inclui novos empreendimentos e suas
novas fontes ou renovações de licenças de operação.
Os órgãos ambientais competentes, entretanto, também atuam a partir de reclamações ou denúncias por
parte da população, realizando avaliações de ruído e vibrações sempre no reclamante ou outro receptor mais
próximo.
As ações de prevenção requeridas pelos órgãos ambientais competentes são baseadas em avaliações e
estudos prévios à implantação de empreendimentos que podem requerer um Relatório Ambiental Preliminar
(RAP) ou Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), a depender do órgão, na fase de licenciamento prévio.

Agentes de fiscalização do IBAMA atuando após uma denúcia.
Assim como para a poluição atmosférica, modelos matemáticos que estimam o ruído a ser gerado por um
novo empreendimento ou nova fonte de emissão são ferramentas utilizadas no licenciamento e exigidos em
requisitos legais, o que permite uma gestão ambiental preventiva aos efeitos da poluição sonora.
Com base no resultado desses modelos que são estabelecidos no licenciamento ambiental, as técnicas e os
métodos de controle serão obrigatórios na instalação de novos empreendimentos ou mesmo na renovação
das licenças de operação das atividades já em funcionamento.
Saiba mais
A modelagem de ruído é uma simulação acústica para a previsão dos impactos associados ao aumento do
nível de ruído durante as obras e a operação do projeto, com o uso de um software, como por exemplo, o
SoundPLAN. O SoundPLAN é desenvolvido para a predição da propagação de ruído em ambientes externos.
Seus elementos de modelo consideram as características necessárias para a criação de um protótipo de
simulação compatível com a realidade, sendo seus resultados comprovadamente confiáveis, por conta da
sua certificação internacional. No Brasil, esse software vem sendo utilizado para dimensionar barreiras
acústicas e determinar o impacto acústico em estradas; usinas de energia; casas de espetáculo; plataformas
de petróleo; aeroportos; obras civis diversas; atividades de mineração; e outros. Esses trabalhos são
apresentados para órgãos como o IBAMA, CETESB, INEA, FEAM e Banco Mundial.
Como medidas diretas de controle de ruído e vibração, é possível citar:
É notório que eliminar a fonte de ruído ou se afastar dela constituem as formas mais eficazes e essas
sempre são consideradas durante o licenciamento de novas instalações.
Eliminação das fontes (ou
mudar a tecnologia)
Afastamento das fontes
(distância)
Uso de equipamento de
proteção individual - EPI
(controle no receptor)
Há também uma tendência de atuação mais preventiva com ênfase nos EPI. Todavia, os EPI são
complementos de medidas organizacionais, de engenharia e de proteção coletiva, e não uma alternativa para
substituir outras medidas.
Atenção!
O controle do ruído na fonte costuma ser o foco dos programas de gestão e controle, incidindo na concepção
e na manutenção dos equipamentos e instalações. Um bom exemplo é o uso de equipamentos e materiais
mitigadores e abafadores, que geram redução ativa do ruído, como os revestimentos de borracha.
De maneira geral, nas atividades industriais, normalmente são desenvolvidas as seguintes estratégias de
controle ambiental e monitoramento de ruídos:
1. Avaliação dos níveis de ruídos esperados, por meio de documentos de fabricantes das máquinas e
equipamentos.
2. Utilização de silenciosos em escapamentos.
3. Manutenção periódica dos veículos, equipamentos e máquinas, incluindo engraxe de eixos e rolamentos.
4. Utilização de protetores auriculares por maquinistas e operários.
5. Quando da ocorrência de alteração no cenário acústico local, exigência de medidas corretivas pertinentes.
�. Avaliação da rotatividade do uso de equipamentos com o mesmo nível de emissão sonora —
equipamentos com o mesmo nível de pressão sonora podem operar em períodos diferentes.
7. No caso de reclamações de partes interessadas, pode-se: registrar e investigar a fonte do ruído; fornecer
feedback ao autor da reclamação e implementar, se necessário, ações corretivas para mitigar a causa das
reclamações e ações preventivas para evitar que novas queixas ocorram.
Medida de controle indireta: o monitoramento
Monitoramento do nível de som como prevenção de impactos ambientais na fábrica da refinaria.
A principal medida de controle indireta é o monitoramento, o qual é estabelecido no âmbito dos Planos e
Programas do PBA do licenciamento ambiental. Tais planos e programas visam verificar, por meio de
medições de campo, se os níveis de pressão sonora e de vibração, emitidos pelas atividades inerentes às
etapas de instalação e operação dos empreendimentos, ultrapassarão os valores estabelecidos pelas
normas e legislação vigentes.
Esses programas também têm como objetivo proteger a população residente na região do entorno aos
empreendimentos, por intermédio de medidas de mitigação dos efeitos dos agentes físicos som e vibração.
Dentro do monitoramento temos as seguintes premissas:
De�nição dos pontos de monitoramento
A partir da observação de imagens de satélite da área do empreendimento, disponíveis na plataforma Google
Earth, por exemplo, é possível identificar os receptores potencialmente críticos (RPC). Os RPC são áreas
residenciais multifamiliares, residências isoladas, sítios, fazendas, hotéis, escolas, hospitais, templos
religiosos e qualquer outro local habitado que possa ser perturbado durante a implantação e operação de um
empreendimento.
Uma vez que as atividades nas etapas de implantação e operação de um empreendimento podem gerar
elevados níveis de pressão sonora e/ou vibração, devem ser selecionados como pontos de monitoramento
todos os locais presumivelmente habitados ou sensíveis, que se encontram a uma distância de até 300m do
limite da faixa de domínio do empreendimento/atividade e estruturas associadas à implantação dele.
Atenção!
A definição dos pontos de medição também segue a determinação da NBR 10151, mas é importante definir
critérios para escolha desses pontos, levando-se em conta a possibilidade de se registrar os diferentes
ambientes acústicos da região, bem como a possível identificação de fontes na maior área praticável. É
interessante ter a definição dos pontos em mapa georreferenciado e em relação a atividade licenciada,
comunidades, áreas preservadas etc.
Método de avaliação
No geral, o método de avaliação envolve as medições do nível de pressão sonora equivalente (LAeq), em
decibéis (dB) ponderados em “A” e tem como finalidade quantificar os níveis de ruído no local citado de
acordo com a norma NBR 10151:2019 - Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando ao
conforto da comunidade.
De forma mais completa possível, as medições podem se apresentar em tabelas com valores medidos tanto
diurnamente quando no período noturno, com as seguintes informações para cada ponto amostrado:
Data
Hora
Duração da medição
LAeq – dB (A)
L90 - dB (A)
Temperatura
Umidade relativa
Velocidade do vento
Direção do vento
Saiba mais
L90 representa o nível da pressão sonora excedido em 90% do tempo de medição.
Para a avaliação dos níveis de ruído, é feita uma comparação entre o nível de pressão sonora observado e o
nível de critério de avaliação (NCA), estabelecidos conforme as recomendações expressas na norma NBR
10151. O quadro a seguir reproduz a tabela da norma com os níveis de critério de avaliação segundo o tipo
de ocupação da área.
Tipos de áreas habitadas
Limites de níveis de pressão sonora (dB)
Período diurno Período noturno
Área de residências rurais 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de
hospitais ou de escolas
50 45
Área mista predominantemente residencial 55 50
Área mista com predominância de atividades
comerciais
60 55
Área mista com predominância de atividades
culturais, lazer e turismo
65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Quadro: Limites de níveis de pressãosonora em função dos tipos de áreas habitadas e do período conforme NBR 10151:2019.
Extraído de: NBR 10151:2019, adpatado por Vanessa de Moraes.
Atenção!
O Nível Critério de Avaliação (NCA) corresponde ao limite de ruído ambiental permitido para cada região, a
princípio é determinado pela legislação, mas pode ser corrigido quando o ruído ambiente (Lra) for superior ao
Ruídos observados (música, avião, pássaros, pessoas, veículos, vento etc.)
limite da lei, assim o NCA assume o resultado da medição ambiental.
Equipamentos para monitoramento de ruído
Decibelímetro, instrumento de monitoramento de ruído.
O monitoramento sonoro deve ser feito com equipamento específico denominado decibelímetro, ou
sonômetro, ou medidor de nível de pressão sonora (MNPS), podendo ser um medidor integrador de nível
sonoro ou sistema de medição de nível de pressão sonora. Esses equipamentos devem atender aos critérios
técnicos das normas internacionais da série IEC 61672 (todas as partes) e aos requisitos da NBR 10151.
Visando garantir que as medições sejam feitas em total acordo com as especificações das normas e da
legislação vigente, é necessário que os equipamentos utilizados sejam da Classe 1 ou Classe 2 e sejam
equipados com:
1. Filtros de 1/3 de oitava abrangendo pelo menos as bandas de 50Hz a 10kHz.
2. Protetor de vento para o microfone.
3. Sistema de gravação de áudio para a identificação, durante análise dos dados, de sons específicos e sons
intrusivos que se destacarem do som residual e do som total.
Também é necessário que sejam ajustados, com um calibrador sonoro acoplado ao microfone,
imediatamente antes de cada série de medições. Para tal, o calibrador deverá ser aquele recomendado pelo
fabricante do instrumento de medição.
Durante as campanhas de medição, é recomendável que sejam registrados também os dados de velocidade
do vento, temperatura do ar e pressão atmosférica, de modo a ser possível determinar a incerteza de
medição.
Dessa forma, é necessário que a equipe responsável pelas campanhas de monitoramento também disponha
de um:
Termo-higrômetro
Barômetro
A ô t
Anemômetro
Atenção!
Todos os instrumentos de medição devem ter certificados de calibração emitidos por laboratório acreditado,
conforme a Norma ISO 17025, a menos de um ano.
Acessórios como tripé, máquina fotográfica, sistema de GPS, lanterna e cones de sinalização também são
requeridos para a realização das medições com maior segurança e mais bem documentadas.
Equipamentos para monitoramento de vibração
Diferentemente do monitoramento de níveis de pressão sonora, que são feitos com equipamentos cujas
características são universalmente aceitas e bem definidas, as medições de vibração dependem do tipo de
avaliação que se pretende fazer. Além disso, dependendo da norma aplicada, a instrumentação será
diferente.
A principal questão relativa à instrumentação de medição de vibração é o tipo de sensor utilizado, visto que
algumas normas avaliam a aceleração e outras a velocidade de vibração.
Atenção!
Para se medir aceleração, utilizam-se acelerômetros, e para medir velocidade, utilizam-se sismômetros ou
“geofones”. Dependendo da norma utilizada, o instrumento de medição e análise também deve ser dotado de
filtros e algoritmos de processamento de sinais especiais. Seja qual for a grandeza a ser medida e avaliada,
as medições de vibração podem ser feitas por amostragens pontuais de curta duração, com equipamentos
portáteis, ou por meio de monitoramento por longos períodos com registradores contínuos (data loggers).
O sistema de medição (sensor e analisador) deve atender aos critérios técnicos das normas de referência e
possuir os respectivos certificados de calibração emitidos por laboratório acreditado, conforme a Norma ISO
17025, a menos de um ano.
Relatórios de monitoramento
Os relatórios de monitoramento de ruído devem conter todos os itens previstos no item 10 da Norma NBR
10151, como as características das fontes sonoras e do ambiente da medição e informações sobre a
instrumentação, o local, a data e o horário em que foram realizadas as medições.
Já a caracterização dos valores de vibração emitidos durante atividades de implantação pode ser feita por
meio de medições que atendam aos procedimentos dispostos nas:
Uma vez que os dados de medição deveriam englobar as métricas citadas em diferentes documentos de
referência, os relatórios de medição devem incluir todas as informações descritas no item 8 da Norma DIN
4150-2 e do Anexo A da Norma DIN 4150-3, além de apresentar o registro do pico de velocidade de partícula
(em nível global) de cada medição/amostragem para atender aos requisitos da CETESB.
Atividades causadoras de poluição sonora
Neste vídeo, a especialista Vanessa Riccioppo de Moraes aborda alguns exemplos de impactos por poluição
sonora e formas de controle.
Norma DIN 4150-2 Norma DIN 4150-3 Decisão de Diretoria da
CETESB

Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
De�nição dos pontos de monitoramento
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Relatórios de monitoramento
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
De maneira geral, nas indústrias, normalmente são desenvolvidas as seguintes atividades de controle
ambiental e monitoramento de ruídos:
A
Avaliação dos níveis de ruídos esperados, por meio de documentos de fabricantes das
máquinas e dos equipamentos.
B Avaliação de risco.
C Escavação.
D Remediação.
E Sucessão ecológica.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Em se tratando de monitoramento de ruídos, é uma prática comum a avaliação dos níveis de
ruídos esperados por meio dos documentos de fabricantes das máquinas e dos equipamentos. As
outras alternativas não são relacionadas à poluição sonora, mas à poluição do solo.
Questão 2
Qual o tipo de área habitada conforme NBR 10151:2019?
A Área não residencial
B Área longe de hospitais
C Área misturada
Considerações �nais
Neste conteúdo, vimos que já são conhecidas as possíveis fontes, os efeitos da poluição sonora e também já
se consegue apontar algumas das técnicas e métodos empregados no controle e na prevenção desse tipo de
poluição tão peculiar.
Aprendemos que, além de prejuízos à saúde humana, a poluição sonora traz problemas também para
diversas espécies de animais que têm, no som ou na sua percepção, a forma de sobrevivência para
acasalamento, alimentação e alerta de perigo. Vimos que os animais são afetados tanto no ambiente
aquático quanto no terrestre, e que ainda não há estudos que comprovem problemas às plantas causados
pela poluição sonora, mas que as áreas verdes são capazes de minimizar o efeito dos ruídos ambientais
prejudiciais.
Estudamos que a OMS elaborou um guia com orientações e parâmetros sobre a poluição sonora, que é
aplicável a qualquer região do planeta e que deve servir de material orientador para as políticas públicas. Ele
também afirma que a prevenção tem trazido resultados satisfatórios sobre a saúde das pessoas.
Por meio da caracterização da poluição sonora, em todos os seus aspectos, além do levantamento dos
principais requisitos legais e técnicos aplicáveis ao tema, é importante que o futuro profissional conheça as
normas apresentadas por completo, os diagnósticos de estudos de impactos ambientais e seus programas
de monitoramento e controle, se deparando com os exemplos práticos de tudo o que foi explicado neste
material. Assim, também terá base para se tornar um profissional capaz de identificar, analisar e propor as
D Área unificada
E Área predominantemente industrial
Parabéns! A alternativa E está correta.
Apenas a área predominantemente industrial enquadra-se na lista de áreas habitadas conforme a
norma. As outras opções não se enquadram em “área habitada”.

, p p p , p p
medidas mais eficientes de prevenção e controle da poluição sonora.
Podcast
Dentre todos os tipos de poluição,a poluição sonora acaba tendo menos destaque, assim como a visual,
enquanto as poluições atmosférica, do solo e das águas são as de maior preocupação tanto da sociedade
quanto dos fiscalizadores. Muitas vezes isso se dá pela falta de conhecimento, então, neste podcast, a
especialista Vanessa Riccioppo de Moraes apresenta um resumão para reforçar o conhecimento sobre a
poluição sonora. Confira!

Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 10151:2019 – Acústica – Medição e
avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas — Aplicação de uso geral.Rio de Janeiro: ABNT,
2019.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Consultado na internet em: 9 nov.
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Fundacentro, 2001.
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA. SESI. Manual de segurança e saúde no trabalho: Indústria da Construção
Civil – Edificações. São Paulo: SESI, 2008. v. 7.
UNITED STATES DEPARTMENT OF TRANSPORTATION. FTA-VA-90-1003-06: transit noise and vibration
impact assessment, may 2006.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. Environmental noise guidelines for the European region, 2018.
Consultado na internet em: 9 nov. 2021.
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Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo, pesquise:
1. As normas citadas no módulo 1, que podem ser acessadas pelo site do Conama e pelo site ABNT/NBR.
Como você pôde perceber, existem tanto requisitos legais quanto técnicos relacionados ao tema.
2. As normas relacionadas às questões ocupacionais, como NR-15 e NHO 01 da Fundacentro.
3. O site do órgão ambiental de seu estado e município, explorando mais as normas técnicas e legais
relacionadas à poluição sonora, ruídos e vibrações de sua região.
4. Ainda no site do órgão ambiental de seu estado e município, procure casos de fiscalização e
licenciamento ambiental relacionados a questões de poluição sonora, ruídos e vibrações de sua região,
para ver na prática todo o conhecimento aqui estudado.
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