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1 ADM_Texto_Base_Metodologia_do_Estudo_1

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TE
X
TO
 
B
A
SE
Profª M.e Chafiha Maria Suiti Laszkiewicz
METODOLOGIA 
 DO ESTUDO E 
DA PESQUISA 
UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
Portal: www.uscs.edu.br
Tel.: (11) 4239-3200
Av. Goiás, 3400 – São Caetano do Sul – SP – CEP: 09550-051
Rua Santo Antônio, 50 – São Caetano do Sul – SP – CEP: 09521-160
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por 
qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação 
e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a 
permissão por escrito da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.
EQUIPE TÉCNICA EDITORIAL
Gestão da EAD: Prof. Dr. Elias Estevão Goulart
Professor conteudista: Profª M.e Chafiha Maria Suiti Laszkiewicz
Revisão: Marialda Almeida
Projeto gráfico e capa: Renata Kuba, Luana Santos do Nascimento, 
Juliana Pereira Alves e Wallace Campos de Siqueira
Diagramação: Henrique Siqueira
DÚVIDAS? FALE CONOSCO!
 eadsuporte@uscs.edu.br
 (11) 4239-3351
 ead.uscs.edu.br
METODOLOGIA 
DO ESTUDO E DA 
PESQUISA 
Profª M.e Chafiha Maria Suiti Laszkiewicz
PLANEJAMENTO DA VIDA UNIVERSITÁRIA
INTRODUÇÃO ...............................................10
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS ....................10
Gerenciamento de tempo................................................... 11
Definição de conteúdos a serem estudados: grau de 
dificuldade ........................................................................ 13
Compreender .................................................................... 13
Local de estudo ................................................................. 14
Técnica de leitura .............................................................. 14
LEITURA .......................................................15
Texto científico: conteúdo e raciocínio ............................... 18
Leitura seletiva .................................................................. 20
Análise textual: abordagem e compreensão do texto ......... 22
Leitura analítica: compreensão da mensagem ................... 25
Leitura interpretativa: considerações e posicionamento a 
respeito do texto................................................................ 28
REFERÊNCIAS ..............................................32
Unidade 1
INTRODUÇÃO
Bem-vindo à primeira unidade da disciplina de Metodologia do 
Estudo e da Pesquisa. Esperamos que nossa proposta de trabalho 
seja produtiva e que o auxilie a desenvolver suas atividades acadê-
micas de modo mais sistemático e, portanto, mais eficiente, já que o 
ingresso na universidade exige do estudante uma nova postura em 
relação à organização dos estudos e, consequentemente, da leitura 
e da escrita. Desse modo, nesta unidade, trataremos de algumas 
técnicas de estudo e de leitura que poderão auxiliá-lo a conduzir 
melhor suas atividades e prepará-lo para a realização mais adequa-
da de seus trabalhos acadêmicos, suas pesquisas e projetos, bem 
como seu futuro exercício profissional na área de conhecimento es-
colhida.
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS
Constantemente, estudantes queixam-se de passarem horas e 
horas ou mesmo finais de semana inteiros estudando e, na hora da 
avaliação, as ideias parecem sumir, é como se nada tivessem es-
tudado ou aprendido. Isso já aconteceu com você, estudar já se 
tornou sinônimo de ansiedade e estresse?
Atualmente, apesar dos infinitos recursos tecnológicos, vivemos 
a necessidade de memorizar dados e conhecimentos teóricos se 
quisermos terminar adequadamente um curso superior ou mesmo 
alcançar um cargo a que tanto aspiramos.
Quando você for buscar uma vaga no mercado de trabalho a 
criticidade, a capacidade de comunicação e de compreensão do 
mundo serão atributos importantes nessa concorrência. Lembre-
se disso na hora de planejar seus estudos (RUSSO, 2004, p.15).
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
10
Unidade 1
Para resolver esse problema, é preciso saber que estudar requer 
organização, autoconhecimento e técnica, a fim de driblar o maior 
inimigo da modernidade: o tempo.
Nosso objetivo é, portanto, propor algumas ações que podem aju-
dá-lo nessa tarefa. A ideia é que você aprenda a gerenciar seu tem-
po e a diminuir sua ansiedade diante de avaliações para que possa 
demonstrar todo seu conhecimento.
GERENCIAMENTO DE TEMPO
O primeiro passo para a organização dos estudos é definir de 
modo realista de quanto tempo se dispõe semanalmente para estu-
dar. Sim, semanalmente, pois a primeira lição é não estudar apenas 
às vésperas das provas.
O estudo é um processo contínuo. Em geral, os conteúdos são di-
daticamente apresentados em sequência, uns como pré-requisitos 
de outros, assim, se um conteúdo não for assimilado, certamente, 
será difícil compreender integralmente o conteúdo seguinte.
Desse modo, vale a regra de ouro: aula dada, aula estudada. Mas, 
e o tempo? Bem, voltemos à questão do gerenciamento: estudar 
uma aula não significa debruçar horas e horas sobre cadernos e 
livros; mas reler suas anotações e as atividades propostas naquela 
aula, isso toma em geral muito menos tempo de que se imagina. 
Conteúdos recém-lidos estão muito claros na memória.
No caso de cursos em EaD, rever os fóruns, analisar os comen-
tários de colegas e o fechamento das atividades propostas pelos 
tutores não toma tanto tempo assim, deve ser rotina adotada por es-
tudantes de cursos a distância. Trata-se de uma leitura que cristaliza 
conceitos já compreendidos e que nos permite identificar conceitos 
ainda não tão claros e que merecem revisão.
E estudar para as provas? Essa é outra questão. Como dissemos, 
é preciso determinar de quanto tempo se dispõe por semana para 
se dedicar aos estudos, a fim de que se possa destinar – e cumprir 
- o tempo adequado a cada uma das disciplinas, módulos ou conte-
údos, no caso do EaD.
Planejamento da Vida Universitária
11
Unidade 1
Independentemente da modalidade de ensino em que se esteja 
inserido, é importante saber que não se deve chegar à exaustão. É 
preciso estabelecer um tempo de descanso. Estudos apresentam 
tempos diferentes de dedicação ao estudo e ao descanso; o bom 
senso nos diz que pessoas também têm capacidade de concentra-
ção diferente. Nossa sugestão é que a cada 90 minutos de estudo, 
20 minutos de descanso. Nos minutos de descanso, levante-se, ca-
minhe, converse um pouco, coma algo, tome um suco, mas lembre-
-se em outro ambiente! O local de estudo deve destinar-se apenas 
a esta atividade.
Em virtude de os universitários brasileiros, na sua grande maio-
ria, disporem de pouco tempo para seus cursos e exercerem 
funções profissionais concomitantes ao curso superior, exige-
-se deles organização sistemática do pouco tempo disponível 
para o estudo em casa, indispensável para um aproveitamento 
mais inteligente do seu curso de graduação(...) o essencial é 
aproveitar sistematicamente o tempo disponível, com uma or-
denação de prioridades. Feito o levantamento do tempo dis-
ponível, predetermina-se um horário para o estudo em casa. 
E uma vez estabelecido o horário, é necessário começar sem 
muitos rodeios e cumpri-lo rigorosamente, mantendo um ritmo 
de estudo. Quando o período de estudos ultrapassar duas ho-
ras, faz-se regra geral um intervalo de meia hora para alteração 
do ritmo de trabalho. Esse intervalo também precisa ser segui-
do à risca (SEVERINO, 2000, p. 31).
De volta do descanso, antes de retomar os estudos, relaxe por 
alguns instantes, respire profundo, suavemente... e bom trabalho!
1 A MENTE É MARAVILHOSA. 3 técnicas simples para estudar e render mais. Dispo-
nível em: <http://amenteemaravilhosa.com/3-tecnicas-simples-estudar-render>. Acesso 
em: 24 ago. 2015.
Uma boa técnica para descan-
sar é olhar “durante 10 minutos 
para alguma coisa que esteja 
a uma distância de 2 ou mais 
metros (...) depois relaxe os 
músculos da sua cabeça, ele-
ve suas sobrancelhas umas 
cinco vezes, mantendo-as al-
guns segundos tensionadas, 
depois relaxe.”(A MENTE É 
MARAVILHOSA, 20161).
 Você sabia ?
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
12
Unidade 1
DEFINIÇÃO DE CONTEÚDOS A SEREM ESTUDADOS: GRAU DE 
DIFICULDADE
Um dos benefícios de estabelecer uma técnica constante de es-
tudo é a possibilidade de definir qual conteúdo vai requerer maior 
dedicação. Nossa tendência é dedicar mais tempo àquilo que com-
preendemos melhor e que nos dá mais prazer, pois o grau de difi-
culdade quase não existe, o que garante a sensação prazerosa do 
‘sei tudo’!
Mas é preciso ser racional e dedicar um tempo maior a conteúdos 
que nos são menos familiares. Isso não significa repetir listas e listas 
de exercícios, por exemplo. Sugere-se que se inicie pelo conceito, 
pela busca de textos que possam esclarecer teoricamente esses 
conteúdos. Textos complementares são sempre bem-vindos, a lin-
guagem e a organização de raciocínio de autores diferentes pode 
auxiliar nesse processo.
COMPREENDER
A compreensão do conteúdo é que garante a memorização. O 
ser humano tem grande capacidade de memorização, mas também 
tem facilidade para o esquecimento de ideias não significativas; é o 
uso, a possibilidade de aplicação que mantém as informações em 
nosso cérebro. 
Quando estudamos, nossa intenção é aprender e o que se apren-
de não se esquece. Para isso, é preciso compreender e dar signifi-
cado aos conceitos estudados. 
Estabelecer relação entre conteúdos, refletir sobre sua possibilida-
de de aplicação em situações concretas vai transformando a informa-
ção de modo a instaurá-la definitivamente nos “arquivos” cerebrais.
Planejamento da Vida Universitária
13
Unidade 1
LOCAL DE ESTUDO
É muito importante que o local de estudo seja destinado apenas 
a essa atividade. O ideal é um ambiente silencioso e, claro, em que 
você possa dispor todos os materiais necessários, seus cadernos, 
livros e computador.
Desse modo, parece claro que é preciso estar longe do movimen-
to da casa, da televisão ou do celular, reserve um espaço em sua 
casa que garanta condições de estudar. Estudo exige concentração 
e silêncio!
A assimilação desses elementos (teóricos) é feita através do 
ensino em classe propriamente dito, nas aulas, mas é garan-
tida pelo estudo pessoal de cada estudante. E é por isso que 
precisa ele dispor dos devidos instrumentos de trabalho que, 
em nosso meio, são fundamentalmente bibliográficos. Ao dar 
início a sua vida universitária, o estudante precisa começar a 
formar sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamente, mas 
de maneira bem sistemática, os livros fundamentais para o de-
senvolvimento de seu estudo. Essa biblioteca deve ser espe-
cializada e qualificada (SEVERINO, 2000, p. 24).
TÉCNICA DE LEITURA
Todo estudo se dá pela leitura, portanto saber como ler é essen-
cial!
É preciso entender a leitura como a ferramenta fundamental do 
estudante. Frequentemente, ouvem-se queixas de alunos que não 
gostam de ler, ou que não compreendem o que leem. Se essa é uma 
verdade, como estudar? E o ensino a distância como pode aconte-
cer?
Toda leitura destinada a aprendizagem deve passar pelos seguin-
tes estágios: seleção, exploração, anotação, análise, esquematiza-
ção e síntese.
Como esse tema é de fundamental importância, trataremos, a se-
guir, cuidadosamente de cada uma das etapas da leitura.
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
14
Unidade 1
LEITURA
Para iniciar os estudos sobre leitura, vamos considerar alguns 
pressupostos:
 � O ato de ler envolve motivação, contexto e sentido; 
 � A leitura é instrumento de interação entre o indivíduo e o conheci-
mento;
 � Do latim tardio, leitura (lectura) significa eleição, escolha.
De posse desses pressupostos, fica clara a possibilidade de, por 
meio da leitura, o indivíduo adquirir informações que o mantenham 
atualizado em relação aos fatos de seu cotidiano; “dialogar” com os 
nomes mais eminentes da história e mais, muito mais que isso, fa-
culta a seleção das informações ou conhecimentos que se pretende 
adquirir, descobrir ou aprofundar.
Até o Ensino Médio, em geral, são estudados textos de circulação 
social ou literários, na maioria das vezes, pautados pela imaginação 
ou pela experiência objetiva, aos quais o estudante se habitua, reco-
nhecendo a estrutura, a linguagem e o raciocínio. Sem dúvida, o es-
tudo desses aspectos auxiliará o desenvolvimento e aprimoramento 
da linguagem como suporte para novos e futuros estudos como os 
que você vem desenvolvendo nesta etapa de estudo.
Assim, é importante considerar que a entrada no ensino superior 
muitas vezes conduz por caminhos até então desconhecidos, ou-
tros gêneros textuais passam a fazer parte de seu universo: textos 
teóricos e científicos, cujas características são muito diversas da 
estudada até então. São textos de estrutura, linguagem e raciocínio 
elaborados de acordo com aspectos próprios de cada área da ciên-
cia o que pode dificultar a compreensão. 
Esse fato não pode, entretanto, ser causa de frustração do lei-
tor. No âmbito universitário, a leitura tem por objetivo a descober-
ta, o acréscimo de saber e o esclarecimento de dúvidas existentes. 
Sendo assim, a dificuldade encontrada diante de alguns textos não 
deve desanimar o leitor, ao contrário deve animá-lo, pois precisa ser 
Planejamento da Vida Universitária
15
Unidade 1
entendida como uma possibilidade de aprender mais, uma vez que 
foge de estruturas já internalizadas. 
O trabalho intenso e metódico baseado na observação, análise, 
reflexão e síntese são elementos que compõe técnicas de leitura 
que estudaremos com o intuito de desvendar as estruturas discursi-
vas e os raciocínios empreendidos nos textos científicos. 
Como você já deve saber, uma única leitura não é suficiente para 
a análise e compreensão dos textos. Evidentemente, quando se fala 
em estudar, nossa postura já é naturalmente diferente da postura de 
alguém que lê uma notícia ou um romance.
Levando em consideração essa postura e disposição diante de 
um texto que se vai estudar, propomos uma sequência de ações 
que o auxiliarão a selecionar, analisar, compreender e avaliar um 
texto. Sim, avaliar! Pois, ao estudar, vamos adquirindo conhecimen-
tos que permitem posicionamento diante de ideias e estabelecimen-
to de paralelos entre um estudo e outro, entre uma obra e outra.
Mas só a leitura atenta e criteriosa, aos poucos, vai nos conceden-
do essa possibilidade, como dissemos o trabalho é intenso – num 
primeiro momento – com a prática, essas técnicas vão sendo inter-
nalizadas, tornando-se habituais e simples de realizar.
DESAFIO
Para provar que é possível desvendar qualquer texto, propomos 
aqui a realização de um exercício aplicado quando se ensina um 
idioma instrumentalmente. 
Trata-se de um desafio, a leitura de um texto escrito em dinamarquês. 
Sim, é isso mesmo! E acreditamos que irá compreendê-lo. Vamos lá:
Figura 1 - CASINO 
AALBORG
Velkommen til Danmarks 
mest venlige kasino
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
16
Unidade 1
Ved Stranden, 14-16 Tlf. 98 10 15 50. Glaed dig til spaendende og 
morsomme timer i selskab med festlige mennesker i en international 
atmosfaere. Aben alle ugens dage fra kl. 20.00 – 04.00. Entré DKK 
50,00,-. Der er legitimationspligt i henhold til dansk lov. Ingen 
adgang for unge under 18 ar. 
(Exercício extraído de: Munhoz, Rosâsngela. Inglês Instrumental: 
estratégias de leitura. 2003, p.18)
Questões sobre o texto:
a) Qual é o horário de atendimento do cassino? 
b) Quanto custa o ingresso?
c) Qual é o telefone do cassino?
d) Quem pode frequentar o cassino?
e) Como é o ambiente do Cassino?
f) Qual é o endereço do cassino?
Certamente você conseguiu responder as questões.
Confira as respostas:
O horário de atendimento do cassino é das 20h às 04h.
O ingresso custa DKK 50,00.
O telefone do cassino é 9810 1550.
Maiores de 18 anos podem frequentar o cassino.
O cassino tem atmosfera festiva e ambiente internacional.
O endereço é Ved Stranden, 14-16.
As respostas estavam corretas? Com certeza sim! Mesmo sem 
falar dinamarquês,provavelmente as respostas estão corretas. Isso 
ocorre, pois foram realizados alguns raciocínios que possibilitaram 
a identificação das respostas:
 � Provavelmente o texto foi lido mais de uma vez;
 � Houve maior atenção às informações que eram procuradas;
 � As evidências tipográficas como a quantidade de algarismos que 
Planejamento da Vida Universitária
17
Unidade 1
compõem os números, bem como sua disposição e as siglas que 
os acompanham e a associação com as estruturas que trazemos 
internalizadas (números de telefone; endereços etc.)
 � A ilustração também foi observada;
 � A verificação de palavras semelhantes a conhecidas 
(palavras cognatas).
Essa atividade, com certeza, vai encorajá-lo a entrar no universo 
da leitura mais seguro e pronto para adotar as estratégias que serão 
propostas ao longo da unidade de estudo.
Lembre-se de que um texto em língua portuguesa, ainda que so-
bre temas que não dominamos ou de estrutura e vocabulário mais 
complexos podem ser lidos e compreendidos!
Segundo Bakhtin (2003), os gêneros são tipos relativamente 
estáveis de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da 
atividade humana. Assim, cada tipo de texto tem um estrutura e 
objetivo próprios para atender às necessidades comunicativas. 
Se analisarmos os textos com os quais lidamos diariamente 
veremos que seguem a definição acima, as notícias, por exemplo, 
são organizadas em torno de alguns elementos: O quê? Quem? 
Como? Onde? Por quê?
Assim os demais gêneros, uma rápida análise nos permite identificar 
qual a função dos textos - uma bula de remédio, um cheque, um 
recibo - exatamente pelos elementos que o compõem, pois são 
esses elementos que realizam a função social do enunciado em 
questão.
O mesmo ocorre com os textos acadêmicos e científicos, seguem 
determinadas estruturas justamente para poder realizar sua tarefa 
comunicativa. 
TEXTO CIENTÍFICO: CONTEÚDO E RACIOCÍNIO
São considerados textos científicos aqueles que apresentam re-
sultados de pesquisas e, como tais, são elaborados a partir de ra-
ciocínios mais rigorosos, ou seja, apresentam a exposição de dados 
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
18
Unidade 1
objetivos e fatos encontrados ao longo de pesquisas. Em razão dis-
so, seguem regras e técnicas próprias da área da ciência em que se 
inserem. Estão nessa modalidade também os textos pautados pelo 
raciocínio dedutivo que fazem exposições teóricas.
Os textos dessa modalidade visam ao aprendizado e vão exigir 
um trabalho intenso do estudante. Muitas vezes, é preciso recorrer 
a outros livros, enciclopédias, dicionários ou a um professor para 
compreender exatamente o que o autor pretende expor. Trata-se, 
portanto, uma leitura apoiada na razão reflexiva e na disciplina inte-
lectual, em que a imaginação e a experiência deixam de ser subsí-
dios únicos para a compreensão do texto. 
Sendo assim, uma leitura fácil e cômoda pode acabar sendo uma 
grande perda de tempo, pois em nada estaria contribuindo com o 
avanço do estudante no que diz à aquisição de novos conceitos e 
teorias. A fim de desenvolver essa nova maneira de ler e raciocinar, 
propomos a seguir alguns procedimentos que certamente vão au-
xiliá-lo nessa tarefa, levando-o a selecionar leituras e alcançar mais 
rápida e corretamente a análise e a compreensão dos textos.
O filósofo e matemático francês René Descartes (1596 – 1650), em 
sua obra Discurso sobre o método, afirma ser a razão o princípio 
absoluto do conhecimento humano. A partir de uma abordagem 
puramente racional, se propõe a criar um método que permita 
alcançar, longe de qualquer dúvida, a certeza que a matemática 
proporcionava. (Santos et al, 2000:26-27)
No método dedutivo, parte-se da generalização para o particular. É a 
partir do que já existe, do que já é lei ou norma para chegar à conclusão. 
Daí a lei fundamental do raciocínio dedutivo: a conclusão não 
pode ter extensão maior que a proposições.
O raciocínio silogístico regular é uma forma de raciocínio dedutivo 
que parte de uma premissa (proposição) maior e uma premissa 
menor que levam à conclusão particular. É a relação incondicional 
entre as premissas que leva à conclusão.
Planejamento da Vida Universitária
19
Highlight
Unidade 1
Quadro 1 - Estrutura do silogismo
Todos jovens (A) são alegres (B).
Carlos (C) é jovem (A).
Carlos (C) é alegre (B).
Se todo A é B e 
C é A, portanto
C é B.
Fonte: Elaborado pela autora
Assim, segundo Mezzaroba e Monteiro (2003), a questão que 
permeia o silogismo é a relação de lógica estabelecida entre 
as proposições, a fim de que a validade da conclusão não seja 
comprometida. 
LEITURA SELETIVA
Segundo Parra e Santos (2002:131) “[...] como todo pesquisador 
trava sempre uma luta contra o tempo, é importante que ele saiba 
separar o que deve e o que não deve ser lido em função da proposta 
de trabalho”.
Assim, “[...] o primeiro passo para diante de um livro é fazer uma 
leitura de reconhecimento, ou seja, deve-se “examinar sumariamen-
te o livro cujo título [...] interessa à primeira vista” (RUIZ, 2002, p. 35). 
Na fase inicial do trabalho, é preciso então proceder a uma leitura 
seletiva a fim de identificar se o livro aborda questões que podem 
contribuir com o trabalho. 
Tomando por base a proposta de Parra e Santos (2002), sugeri-
mos o seguinte roteiro de leitura para a seleção de obras, analise os 
seguintes aspectos:
Quadro 2 - Roteiro para leitura e seleção de obras.
Autores
Procure conhecer a qualificação e a área de 
atuação, essas informações muitas vezes 
se encontra na orelha dos livros.
Objetivos
A maioria das editoras apresenta os objeti-
vos fundamentais do trabalho na apresenta-
ção da obra.
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
20
Unidade 1
Prefácio
Em geral, o prefácio permite conhecer o 
conteúdo abordado no livro e também o 
ponto de vista adotado pelo autor.
Sumário
A análise do sumário permite verificar os te-
mas e subtemas abordados na obra. Muitas 
vezes um capítulo traz o que interessa ao 
leitor.
Índice remissivo
Quando presente na obra, o índice encon-
tra-se ao final do livro e traz os termos rele-
vantes para o entendimento do texto.
Leitura superficial
Folhear o livro, ler um ou outro parágrafo do 
texto permite identificar algumas ideias do 
autor e a forma como aborda, bem como a 
linguagem empregada.
Leitura da conclusão
A leitura das últimas páginas dá uma ideia 
do que há de mais significativo na obra, 
pois as conclusões sempre trazem a reto-
mada do que se discutiu na obra.
Refletir
Esse contato inicial permite avaliar se o livro 
pode ou não ser inserido na bibliografia a 
ser estudada.
Fonte: Adaptado de Parra (2000) e Severino (2007)
A leitura de artigos científicos contribui muito com o pesquisador. 
Atualmente, esses artigos podem ser encontrados não só em perió-
dicos disponíveis nas bibliotecas das universidades, mas também na 
internet em sites específicos como o Scielo e o Google Acadêmico.
Os artigos, as monografias e as teses também podem ser ampla-
mente utilizados em suas pesquisas, para selecioná-los sugerimos 
o roteiro a seguir:
Quadro 3 - Roteiro de leitura para seleção de artigos, monografias e teses.
Autores
No início dos textos, pode-se conhecer a 
qualificação, a área de atuação e a institui-
ção a que estão vinculados os autores, bem 
como sua linha de pesquisa.
De acordo com a ABNT (As-
sociação Brasileira de Normas 
Técnicas), o sumário (NBR 
6027) é a apresentação das 
seções ou divisões de um 
documento, apresentado no 
início do trabalho, oferecen-
do a sequência em que os 
conteúdos aparecem no tex-
to, ou seja, é a organização 
dos títulos e subtítulos e suas 
respectivas páginas. O índi-
ce (NBR 6034) apresenta, em 
ordem alfabética, ao final do 
documento, a enumeração de-
talhada  dos assuntos, nomes 
de pessoas, nomes geográ-
ficos, acontecimento,  com a 
indicação de sua localização 
no texto.
 Você sabia ?
Planejamento da Vida Universitária
21
Unidade 1
Palavras-chave
As buscas na internet se dão pelaapresen-
tação de palavras que permitem identificar 
o assunto, o tema e o recorte estabelecidos 
nos textos. Os textos acadêmicos apresen-
tam as palavras-chave logo em seguida do 
resumo.
Resumo
Os resumos dos artigos apresentam em 
poucas palavras o tema, o objetivo, o 
problema, a hipótese, a metodologia, os 
resultados e a conclusão a que chega o 
pesquisador.
Introdução
Uma breve leitura da introdução deixa claro 
o subsídio teórico utilizado pelo autor do 
texto e já norteia a leitura.
Discussão e conclu-
são
Essas seções do trabalho, como já foi dito, 
trazem uma retomada de todo o texto, indi-
cando se os objetivos do trabalho foram ou 
não alcançados.
Fonte: Adaptado de Parra (2000) e Severino (2007)
A partir desse estudo prévio, acredita-se que os materiais mais 
adequados a seu trabalho foram selecionados o que permite avan-
çar na análise dos textos.
Segundo Severino (2007) um texto pode ser estudado em três fa-
ses de leitura, por ele denominadas análise textual; análise temática 
e análise interpretativa.
ANÁLISE TEXTUAL: ABORDAGEM E COMPREENSÃO DO TEXTO
É sempre bom lembrar que toda leitura destinada ao estudo deve 
ser realizada pelo processo de análise e síntese. Para tanto, propõe-
-se que, de posse dos textos selecionados, sejam realizadas pelo 
menos duas leituras: uma primeira leitura integral do texto como se 
o leitor iniciasse uma conversa com o autor, em que precisam ser 
resolvidos problemas práticos como o vocabulário, por exemplo, e 
Assunto: ideia ampla, genéri-
ca abordada em um texto.
Tema: é a delimitação do 
assunto, o objeto de estudo, 
o fato ou as relações estuda-
das.
 Recorte: especificamente 
o que se deseja discutir, a 
perspectiva de abordagem 
do texto.
Tese: ideia defendida pelo 
autor.
Título: nome dado à obra, 
visa atrair a atenção do leitor. 
O ideal é que o título faça re-
ferência ao tema e recorte tra-
balhados pelo autor.
Palavras-chave: palavras re-
correntes no texto que situam 
o leitor na temática abordada; 
funcionam como trilhos que 
sustentam e mantém a obra 
na direção desejada pelo au-
tor. Em geral, são retomadas 
por sinônimos ou modifica-
das, mantendo a mesma raiz.
 Atenção
Vale lembrar que os textos 
podem e devem ser divididos 
em partes ou seções com uni-
dade de sentido. Essa divisão 
tem por objetivo a leitura re-
alizada em etapas: somente 
após a análise e a compre-
ensão de uma parte, inicia-se 
outra para que, ao final da 
leitura, seja possível compre-
ender globalmente a obra e 
elaborar uma síntese do con-
teúdo abordado.
 Atenção
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
22
Unidade 1
uma segunda leitura na qual o leitor questiona e o autor responde.
Não basta ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores 
que deixam os olhos passarem pelas palavras, enquanto sua 
mente voa por esferas distantes. Esses leem apenas com os 
olhos. Só percebem que não leram quando chegam ao fim de 
uma página, um capítulo ou um livro. Então devem recomeçar 
tudo de novo porque de fato não aprenderam a ler. É preciso 
ler, mas, também é preciso saber ler. Não adianta orgulhar-se 
que leu um livro rapidamente em algumas dezenas de minutos, 
se ao terminar a leitura é incapaz de dizer sobre o que acabou 
de ler (GALLIANO, 1986, p. 70).
Para realizar a leitura textual e caminhar em direção à compreen-
são do texto, siga os seguintes passos:
 � 1º Passo: ler integralmente cada parte do texto
Essa primeira leitura vai colocar você em contato com o texto e o 
fará identificar a necessidade de usar o dicionário para sanar dúvi-
das de vocabulário, a necessidade de retomar algum fato histórico 
ou autor mencionado no texto. 
Não é aconselhável que, nessa primeira leitura, você faça qual-
quer outro tipo de anotação além do significado das palavras que 
não conhece, pois se ainda não conhece o texto todo, como pode 
julgar quais são as partes mais relevantes, não é mesmo? Então, 
vamos abandonar a prática de, na primeira leitura, já grifar todo o 
texto!
 � 2º passo - Releitura de seção ou capítulo:
Agora sim, na segunda leitura, você já pode sublinhar as infor-
mações que julgar importantes ou que estejam relacionadas a seu 
objetivo, procure desenvolver um código próprio para fazer essas 
marcações: grife com um traço ou dois, circule, utilize setas. Mas 
lembre-se de usar lápis, pois as canetas que iluminam os textos não 
podem ser apagadas e, além disso, numa futura leitura seus olhos 
Planejamento da Vida Universitária
23
Highlight
Unidade 1
estarão concentrados apenas naquilo que grifou e trechos importan-
tes podem passar novamente despercebidos!
Lembre-se de que um texto é dividido em seções e que cada uma 
delas tem função no texto, formando um todo organizado que 
constitui o raciocínio do autor, isso equivale a dizer que há inter-
relação entre os itens de uma obra, portanto, não se deve passar ao 
próximo capítulo ou item sem ter compreendido o anterior. 
A menor unidade do texto é o parágrafo e, em cada parágrafo, há 
uma frase que concentra a ideia central desenvolvida no trecho. 
É como se o texto fosse dividido em itens ou tópicos que são os 
parágrafos e que cada um deles tem uma frase-resumo que será 
exemplificada em seguida. Essas frases são chamadas de tópicos 
frasais.
Reconhecer e destacar os tópicos frasais ajuda muito na compreensão 
e fixação do conteúdo do texto e também na organização da síntese 
do texto, já que são as ideias-chave! Veja um exemplo:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Confederação é uma associação de Estados independentes e 
autônomos com fins determinados e explícitos. Entre eles, a defesa 
contra inimigo comum poderoso ou a defesa de interesses 
econômicos comuns, por exemplo. Na Confederação, cada Estado é 
um Estado-Nacional, porque mantém sua autonomia interna, tanto 
quanto a externa. Seu órgão central é um congresso, conhecido em 
alguns casos como Dieta, em que os países membros se 
representam e tomam decisões. As decisões tomadas são 
implementadas não por uma administração central, mas pelas 
administrações dos Estados membros, que assumem livremente a 
decisão tomada pela Dieta, por exemplo. Os confederados não têm 
um Parlamento, no sentido tradicional, mas funcionam como 
Assembleias, de que fazem parte os seus representantes 
geralmente plenipotenciários. O regime desta assembleia é definido 
quando se constitui a Confederação, operando sob unanimidade ou 
sob maioria qualificada, de algum modo caracterizando a vontade 
expressiva dos Estados. Desse modo, evidencia-se a manutenção 
da autonomia dos Estados que compõem uma Confederação. 
 
Tópico frasal 
Desenvolvimento 
Conclusão 
Figura 2 - Exemplo de 
estrutura de parágrafo 
Fonte: Adaptada de Gurgel 
(2015)
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
24
Unidade 1
Se quiser ressaltar trechos longos demais, utilize traços verticais 
ao lado do texto. Asteriscos podem evidenciar conceitos importan-
tes para a compreensão do texto; pontos de exclamação nas mar-
gens podem ressaltar ideias surpreendentes ou que merecem ser 
revistas. 
Numerar as afirmações a fim de confrontá-las à medida que apa-
recem no texto também é um bom artifício; fazer sínteses no rodapé 
da página também!
Utilizar tiras de papel ou papel adesivo com anotações referentes 
a dúvidas acerca da leitura de certos trechos é também grande es-
tratégia para garantir a eficiência e apreensão da leitura.
Bem, depois de realizado esse estudo em cada uma das partes 
do texto, você está pronto para a próxima fase.
LEITURA ANALÍTICA: COMPREENSÃO DA MENSAGEM
Depois de realizado todo o processo de análise, é possível abor-
dar o texto de modo geral, identificando exatamente o assunto, o 
tema e o recorte estabelecidos pelo autor para o desenvolvimento 
do trabalho. Além disso, todo texto parte de uma problematização 
que é a mola propulsora de todo estudo, ou seja, o questionamento, 
a inquietação que motivou a pesquisa apresentada no texto. 
A leitura cuidadosa realizada até então vai permitir quevocê con-
siga também identificar o que o autor traz como “resposta” a tal 
questionamento, o caminho argumentativo e o método que utilizou 
para alcançar os resultados e conclusões a que chegou.
Segundo Severino (2007), para realizar essa análise, há questões 
que devem ser respondidas por meio do texto. Vejamos:
 � Tema
De que trata o texto?
 � Problematização
Que pergunta o autor pretende responder?
Planejamento da Vida Universitária
25
Unidade 1
Qual dúvida desencadeou a pesquisa?
Qual problema precisa ser solucionado?
 � Tese
Que ideia o autor defende?
O que o autor pretende demonstrar?
Que ideia é oferecida como resposta ao problema inicial?
 � Argumentação
Como o autor demonstra sua posição?
Como comprova sua tese?
Que elementos apresenta para demonstrar seu raciocínio?
 � Temas e subtemas
Que itens secundários são apresentados nas unidades?
Que ideias são apresentadas especificamente em uma unidade 
do texto? São indispensáveis para a organização do todo?
De posse das respostas a essas questões, tente elaborar um resu-
mo das ideias e do raciocínio empreendido pelo autor e verá como 
o texto nasce facilmente. E melhor que isso, irá realizar um resumo 
de verdade, pois certamente não vai trabalhar com trechos da obra, 
mas com suas palavras. Vale a pena tentar!
Esquematizando
Figura 3: Esquema de 
leitura analítica
Fonte Elaborado pela autora, 
2015 
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
26
Unidade 1
A organização de ideias em fluxogramas é excelente método de 
aprendizagem. Existe uma ferramenta que auxilia na organização 
de registros de estudo e leitura, tornando-os significativos e lógicos, 
trata-se da elaboração de mapas conceituais.
Na década de 70, o pesquisador Joseph Novak, com base na te-
oria da aprendizagem significativa, desenvolveu a teoria dos mapas 
conceituais em que os conceitos, representados por palavras-chave 
ou breves orações, são organizados em caixas e inter-relacionados 
por frases. Desse modo, fica claro que para criar os mapas é preciso 
ter compreendido os conceitos e ser capaz de reconhecer palavras-
-chave e criar frases-síntese correlacionais. A proposta de leitura até 
aqui apresentada possibilita a compreensão e, consequentemente, 
a elaboração dos mapas.
Há disponível, na internet, sites que permitem o acesso gratuito à 
ferramenta Cmap Tools, que auxilia na construção dos mapas con-
ceituais. Um deles é <http://www.baixaki.com.br/download/cmapto-
ols.htm>.
Para compreender melhor a utilização da ferramenta, o Centro In-
terdisciplinar de Novas Tecnologias da Educação, da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, oferece um tutorial completo do uso 
da ferramenta que pode ser acessado pelo endereço <http://pen-
ta3.ufrgs.br/tutoriais/Tutoria-CmapToolsV5/conteudo.htm>.
 Indicamos também a leitura do artigo Protótipos e estereótipos: 
aprendizagem de conceitos Mapas Conceituais: experiência em 
Educação a Distância, de Maria Suzana Marc Amoretti, também da 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, disponível em
<http://www.nuted.ufrgs.br/oficinas_2006/meta_cogni/prototipos_
estereotipos.pdf>.
Vale a pena conhecer e utilizar, pois esses mapas garantem a re-
tomada dos textos de modo imediato, otimizando o tempo e facili-
tando o estudo.
Planejamento da Vida Universitária
27
Unidade 1
LEITURA INTERPRETATIVA: CONSIDERAÇÕES E 
POSICIONAMENTO A RESPEITO DO TEXTO
Esta é a última etapa da leitura de análise de um texto e o leitor já 
está pronto para se posicionar em relação às ideias apresentadas 
pelo autor e dialogar com ele acerca dos conceitos de outras fontes 
de leitura que discutam a mesma questão.
Especificamente, o objetivo é compreender os pressupostos filo-
sóficos que permitiram ao autor desenvolver seu texto e, a partir 
disso, analisá-lo. Trata-se da atitude crítica do leitor, de um juízo de 
valor acerca da obra no que diz respeito a:
 � Relevância temática;
 � Eficácia do raciocínio;
 � Validade na demonstração da tese;
 � Coerência na argumentação;
 � Aprofundamento da análise do tema;
 � Validade dos procedimentos metodológicos;
 � Limitações, acertos e falhas metodológicas;
 � Fundamentação das discussões;
 � Aproveitamento dos resultados;
 � Solidez da conclusão.
À primeira vista, esse trabalho pode parecer muito complexo e, 
por vezes, impossível de ser realizado, pela falta de tempo ou de 
embasamento teórico. É justamente a prática de leitura e estudo 
constante que o levarão à maturidade intelectual e conhecimento 
que permitem empreender análises sólidas e fundamentadas.
Considere também que explanar sobre esses procedimentos os 
tornam aparentemente mais complexos de que a efetiva realização 
prática das técnicas. 
Veja agora um exemplo de texto trabalhado segundo a proposta 
apresentada:
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
28
Unidade 1
 � Na primeira leitura, resolver problemas de vocabulário, grifar e 
anotar;
 � Identificar as palavras chave - elaborar listas de palavras que se 
repetem ao longo do texto, em seguida, selecionar aquelas que 
possuem sentido mais amplo. Essas representam o assunto, o 
tema e os recortes;
 � Destacar os tópicos frasais;
 � Elaborar um fluxograma ou mapa conceitual;
 � Redigir um resumo.
Lembre-se de que estamos trabalhando um pequeno texto como 
exemplo, em artigos ou livros inteiros, basta ampliar as seções, ou 
seja, o trabalho realizado nos parágrafos será realizado nos capítu-
los ou seções do texto.
Vamos lá!
 O cientista é uma pessoa que pensa 
melhor do que as outras? 
 
//Antes de mais nada, é necessário acabar 
com o mito d e que o cientista é uma pessoa 
que pensa melhor do que as outras.// O fato de 
uma pessoa ser muito boa para j ogar x adrez 
não s ignifica q ue ela seja m ais inteligente do 
que o s não j ogadores. Você p ode ser um 
especialista em r esolver quebra cabeças. I sso 
não o torna mais capacitado na arte de pensar. 
Tocar piano (como tocar qualquer instrumento) 
é extremamente complicado. O pianista tem de 
dominar u ma s érie d e técnicas d istintas – 
oitavas, s extas, t erças, t rinados, legatos, 
stacattos - e coordená-las, p ara que a 
execução ocorra de forma integrada e 
equilibrada. Imagine u m pianista q ue r esolva 
especializar-se ( ...) na técnica dos trinados 
apenas. O que v ai a contecer é que e le s erá 
capaz de fazer trinados c omo ninguém – só 
que e le não será capaz de executar nenhuma 
úi
Técnicas 
*Tese 
Palavra 
repetidas 
Figura 4: Exemplo de 
grifos e anotações para 
estudo de texto
Fonte Elaborado pela autora, 2015
Planejamento da Vida Universitária
29
Unidade 1
 /Cientistas são como pianistas que resolveram 
especializar-se numa técnica só./ Imagine as várias 
divisões da ciência – física, química, biologia, 
psicologia, sociologia – como técnicas 
especializadas. No início pensava-se que tais 
especializações produziriam, miraculosamente, uma 
sinfonia. Isso não ocorreu. O que ocorre, 
frequentemente, é que cada músico é surdo para o 
que os outros estão tocando. Físicos não entendem 
os sociólogos, que não sabem traduzir as afirmações 
dos biólogos, que por sua vez não compreendem a 
linguagem da economia, e assim por diante. 
/A especialização pode transformar-se numa 
fraqueza./ Um animal que só desenvolvesse e 
especializasse os olhos se tornaria um gênio no 
mundo das cores e das formas, mas se tornaria 
incapaz de perceber o mundo dos sons e dos odores. 
E isto pode ser fatal para a sobrevivência. 
/O que eu desejo é que você entenda o seguinte: 
a ciência é uma especialização, um refinamento de 
potenciais comuns a todos./ Quem usa um telescópio 
ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser 
vistas a olho nu. Mas eles nada mais são do que 
extensões do olho. Não são órgãos novos. São 
melhoramentos na capacidade de ver comum a 
quase todas as pessoas. Um instrumento que fosse a 
melhoria de um sentido que não temos seria 
totalmente inútil. Da mesma forma como telescópios 
e microscópios são inúteis para cegos, e pianos e 
violinos são inúteispara surdos. 
A ciência não é um órgão novo de 
conhecimento. A ciência não é a hipertrofia de 
capacidades que todos têm. Isso pode ser bom, mas 
pode ser muito perigoso. Quanto maior a visão em 
profundidade, menor a visão em extensão./A 
tendência da especialização é conhecer cada vez 
mais de cada vez menos./ 
Crescimento 
excessivo 
Tópico frasal 
Tópico frasal 
Tópico frasal 
Palavras 
repetidas 
Palavras 
repetidas 
Conclusão! 
É preciso organizar as palavras repetidas ou retomadas por asso-
ciação de sentido ao longo do texto, organizadas em grupos:
ciência especializasse conhecer capacitado
cientista especialização conhecimento capaz
especializada capacidade
Especializar-se
2 ALVES, Rubens. In: VIANA, Antônio Carlos et alii. Roteiro de redação: lendo e argu-
mentando. São Paulo, Scipione, 1998, p. 128-9
Figura 5 - Trata-se do 
mesmo texto da figura 4, 
foi dividido pela página
Fonte Adaptado de ALVES 
(1998)2
Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
30
Unidade 1
Das palavras que se repetem, devemos selecionar a de sentido 
mais amplo, assim, temos:
Ciência Especialização conhecimento capacidade
Se pensarmos no texto como um todo, percebe-se facilmente que 
essas palavras sustentam semanticamente o texto – palavras-cha-
ve. O autor discute a ciência vista como especialização não altera a 
capacidade do cientista, apenas lhe dá mais conhecimento especí-
fico. É isso?
Então poderíamos dizer que no texto:
- O assunto é a ciência;
- O tema é a especialização e
- Os recortes estabelecidos são conhecimento e capacidade.
 
 
 Capacidade 
Ciência Especialização 
 Conhecimento 
Se tomarmos agora as ideias centrais, ou seja, a tese, os tópicos 
frasais e a conclusão destacada no texto e as organizarmos em for-
ma de texto, teremos a síntese das ideias do autor:
Os cientistas não são mais inteligentes ou capazes que as demais pessoas, apenas 
aprofundam conhecimentos o que, de certa forma, pode ser prejudicial, pois passam a 
ter visão profunda de temas específicos sem, contudo, relacioná-los a outros elementos 
que poderiam oferecer uma visão mais ampla da realidade. Assim a não deve ser vista 
como uma capacidade nova, mas como potencializadora de capacidades comum a 
todas as pessoas.
A partir desse exemplo, esperamos que você possa desenvolver 
seus estudos e lembre-se de que todas as atividades propostas nas 
aulas de metodologia compõem técnicas imprescindíveis para a ela-
boração de trabalhos acadêmicos – sejam na graduação, sejam na 
Figura 6 - Fluxograma das 
ideias central do texto
Fonte Elaborado pela autora, 
2015
Planejamento da Vida Universitária
31
Unidade 1
pós-graduação, tais exercícios levam à prática e maturidade neces-
sárias a um estudante de ensino superior -, uma vez que compõem 
as formas de aplicação das estratégias dos métodos de trabalho e 
estudo!
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: 
Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2012.
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034: 
Informação e documentação – Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: 
2004.
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Metodologia do Estudo e da Pesquisa 
32
Unidade 1
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ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. 
VIANA, Antônio Carlos et alii. Roteiro de redação: lendo e argumentando. 
São Paulo, Scipione, 1998.
Planejamento da Vida Universitária
33

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