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Competência em razão da matéria JURISDIÇÃO – PODER LEGAL DO ESTADO COMPETÊNCIA – DELIMITAR A JURISDIÇÃO · Delimitação se dá por motivos práticos: a necessidade de dividir o trabalho dentro de um dado Estado por motivos territoriais, materiais e funcionais. DIVISÃO CONSTITUCIONAL 1. Justiça do Trabalho 2. Justiça Militar Especializadas 3. Justiça Eleitoral 4. Justiça Federal 5. Justiça Estadual Residual Justiça Militar Possui dois segmentos · Federal (Exercito, Aeronáutica e Marinha) – pertinência da matéria. Ela pode julgar um civil, quando atenta ao patrimônio das Forças Armadas · Estadual (Policia militar e Bombeiros militares) – pertinência de matéria + condição do acusado (necessidade dele ser militar) Não julga civis Bombeiros voluntários são julgados em justiça comum Justiça do Trabalho · ações do exercício do direito de greve; · ações sobre representação sindical (entre sindicatos, sindicatos e trabalhadores e sindicatos e empregadores); · ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho; · ações de penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos fiscalizadores (INSS, Receita Federal, Ministério do Trabalho e etc.); A competência é fixada em razão do pedido e da causa de pedir. Portanto, se o objeto de litígio possuir origem no vínculo empregatício entre as partes, tal como, regida pela CLT, a competência será atribuída a Justiça do Trabalho. Assim sendo, o que dita a competência material é a qualidade jurídica que os sujeitos do conflito ostentam, o empregado e o empregador. · Tema de ações penais Código Penal brasileiro capítulos dedicados aos crimes contra a organização do trabalho. Sendo eles decorrentes de uma relação trabalhista descumprida ou um direito trabalhista obstado, prejudicando um bem jurídico específico de um obreiro, numa relação penal-trabalhista Justiça eleitoral De acordo com art. 78, IV, do CPP, conjutamente ao art. 35, II, do Código Eleitoral, a Justiça Eleitoral (especializada) prepondera sobre a comum (Justiça Federal). Assim sendo, indica que sempre quando um crime eleitoral estiver vinculado a um crime comum, a Justiça Eleitoral terá competência para julgar ambas as situações (devido à junção). Tal entendimento está consolidado há mais de duas décadas na competência dos Tribunais Superiores, e recentemente foi reafirmado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Quarto Recurso Regimental no Inquérito n. 4.435/DF, por o relator Ministro Marco Aurélio, no qual teve a oportunidade de afirmar que os crimes eleitorais e conexos devem ser julgados pela justiça Eleitoral. Justiça Federal · Não se tem vinculação entre investigação da policia federal com justiça federal, e a mesma premissa com justiça estadual e policia estadual”. Art 109 da CF: · Crimes contra o patrimônio da União, autarquias, empresas públicas e fundações Não confundir com empresas de sociedade mista - BB · Crimes políticos (Lei 7170/83) – antiga lei segurança nacional – revogada- LEI Nº 14.197 – 2021 · Crimes contra bens tombados pela União · Moeda falsa – súmula 73 STJ Moeda falsa x estelionato : O crime de moeda falsa – art. 289 CPP, protege a fé publica que se deposita na moeda. Como a moeda é emitida por uma autarquia federal, quem julga é a JF. Se tiver uma falsificação ruim e não há crime contra a fé pública. Se alguém recebe esse dinheiro falso, o crime se torna estelionato que será julgado pela justiça comum. · Transmissão clandestina de internet · Crimes contra a organização do Trabalho – STJ – CC 95.707 · Falso testemunho na Justiça do Trabalho – Súmula 165 STJ · Crime praticado contra ou por funcionário público federal na função ou em razão dela – STF HC 79044 · Crimes ambientais – se afetar IBAMA ou ocorrer em área da União · Crime de uso de documento falso – órgão para qual ele foi apresentado – STJ Súmula 546 · Crime de falsificação do documento – órgão prejudicado · No estelionato, se a falsificação foi crime meio, a competência será firmada pelo sujeito passivo do crime patrimonial – STJ súmula 107 · Crimes previstos em tratados internacionais – prova de transnacionalidade · Trafico internacional de drogas – súmula 522 STF · Tráfico internacional de armas · Crimes contra o sistema financeiro (lei 7492) · Crimes praticados a bordo de navios (STJ – CC 118.503) e aeronaves (STJ HC 108.478) – art 89 e 90 do cpp · Navio: embarcação apta a viagens internacionais p/ STJ · Aeronaves: tanto em solo ou em voô · Crime de reingresso de estrangeiro expulso (art. 338 do CP) · Crimes de descaminho e contrabando (arts. 334 e 334-A do CP) · Violação de Direitos Humanos – STJ – IDCs n. 1/PA; 2/DF, 3/GO E 5/PE – Excepcionalidade: grave violação a direitos humanos + omissão ou incapacidade das autoridades responsáveis pela apuração dos ilícitos · Crime de latrocínio no qual vigilante terceirizado é morto, em agência da Caixa – STJ HC 397405 · Homicídio contra policiais militares em agência dos Correios – STJ CC 165.117 · Julgar prefeito por desvio de verbas sujeitas a prestação de contas federal – STJ súmula 208 Justiça Estadual Competência residual: um crime só será de competência da justiça comum estadual quando não for de competência de nenhuma das justiças especiais e nem da justiça comum federal Vale lembrar: em conflito entre a jurisdição estadual e a federal, esta prevalece – sumula 122 STJ Quanto à sua estrutura, a Justiça Estadual é organizada em duas instâncias. A de primeiro grau é composta por Tribunal do Júri, Juízes de Direito e os Juizados Especiais Criminais. Já a de Segundo Grau é constituída por Tribunais de Justiça · Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal – STJ Súmula 209 · Roubo em agência dos Correios sem prejuízo para a empresa pública – AgRg no CC 156.205 – Justiça Comum; · Crimes contra indígenas – STJ – Súmula 140 – Comum · Compete à justiça estadual comum processar e julgar o crime de falsa anotação de carteira de trabalho e Previdência Social, atribuído a empresa privada (Súmula 62, STJ). · Compete à justiça estadual processar e julgar crime praticado contra sociedade de economia mista (Súmula 42, STJ).
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