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Modular 1 - Cultura e Sociedade

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· Aula 1 – CONCEITOS POLISSÊMICOS
CONCEITOS POLISSÊMICOS
No dicionário: po-lis-se-mi-a (Francês polysémie) 
substantivo feminino
1. [Linguística]
Propriedade de uma palavra ou locução que tem vários sentidos.
2. [Linguística] 
Conjunto dos vários sentidos de uma palavra ou locução. 
“A ciência social será sempre uma ciência subjetiva e não objetiva como as ciências naturais, tem de compreender os fenômenos sociais a partidas das atitudes mentais e do sentido que os agentes conferem às suas ações, para o que é necessário utilizar métodos de investigação e mesmo critérios epistemológicos diferentes das correntes nas ciências naturais.” (Boaventura Santos)
Nas Ciências Sociais – É bastante comum encontrarmos conceitos polissêmicos.
Ônus
- Pode ser pensado como imprecisão – principalmente se compararmos com os métodos das ciências exatas ou naturais.
Bônus
- Flexibilidade – alargamento das perspectivas.
“Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.”
Portanto, conceitos como Sociedade e Cultura não seriam diferentes.
Reflexão importante
Anthony Giddens – “Dupla hermenêutica” das Ciências Sociais.
A sociologia reinterpreta os sentidos das ações dos agentes sociais a partir dos seus conceitos; não só constrói um saber sobre a vida social, mas muitos de seus conceitos são incorporados na linguagem cotidiana. 
CONCEITOS DE CULTURA
SOBRE O CONCEITO DE CULTURA
“É conhecida a inexorável ambiguidade do conceito de cultura. Bem menos notória é a ideia de que essa ambiguidade provém nem tanto da maneira como as pessoas definem a cultura quanto da incompatibilidade das numerosas linhas de pensamento que se reuniram historicamente sob o mesmo termo.”
Cultura como Conceito Hierárquico
- Cultura pensada como “cultivo” – busca de um “ideal” cultural;
Na antiguidade: O ideal seria o homem capaz de desempenhar seus deveres cívicos; 
Na modernidade: Ideal – civilização europeia.
-Evolucionismo.
Cultura como Estrutura
- Sociedades desenvolvem estruturas sociais – que organizam suas ações a longo prazo – estruturas – religiosa, familiar, administrativas.
Questão: Relação indivíduo / estrutura – Não há espaço para transformação?
Sociedade: Simples reprodução?
Cultura como Conceito Práxis
Cultura: O que dá sentido à ação. (Comportamentos ligados ao sentido dado pela cultura);
Questão: Não há estruturas?
CULTURA
“Sendo assim, na proposição de Bauman, a cultura é especificamente humana, no sentido que só o homem, como espécie, é capaz de desafiar sua realidade e produzir novos significados para sua vida. Seja no plano individual ou no coletivo somente o homem pode conquistar a liberdade para criar.”
FINALIZANDO
- A Polissemia como uma característica marcante dos conceitos nas Ciências Humanas – historicidade/ambiente/mediação.
- Cultura Conceito Polissêmico. 
Complementos:
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Leia os seguintes textos:
· Cotanda, Fernando Coutinho. A POLISSEMIA DOS CONCEITOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A SOCIOLOGIA: OS USOS DO TERMO “SISTEMA”. In: Soc., Campinas, v. 35, nº. 128, p. 629-996, jul.-set., 2014. P 830 (http://www.scielo.br/pdf/es/v35n128/0101-7330-es-35-128-00829.pdf (Links para um site externo.))
· Espinosa, Lara. O conceito de cultura em Bauman. In: revista Fronteiras - estudos midiáticos. Vol. VII Nº 3 - setembro/dezembro 2005 (ps 240-42)
· Pontes, Matheus Mesquita. ZYGMUNT BAUMAN E O CONCEITO DE CULTURA. In: OPSIS, Catalão-GO, v. 14, n. 2, p. 425-429 - jul./dez. 2014. https://revistas.ufg.br/Opsis/article/view/30731/18072#.WmuDyK6nHIU (Links para um site externo.)
· Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto e discutido em aula e das leituras neste roteiro de estudos.
· Aula 2 – SOCIEDADE
SOCIEDADE
Durkheim
- Coesão social – Solidariedades;
Weber
- Reciprocidade – Tipos de ação social.
Marx
- Trabalho – Alienação – Luta de classes.
DURKHEIM
Entende a sociedade pela perspectiva do consenso – ou coesão.
O QUE CAUSA COESÃO SOCIAL? – SOLIDARIEDADE
Portanto – dois tipos de solidariedade – mecânica ou orgânica;
Solidariedade mecânica – sociedades simples – pouco indivíduo – muito coletivo – pouca diferença entre os indivíduos. – Mantêm a coesão social; 
Solidariedade orgânica – sociedades complexas – muito indivíduo – diferenças individuais – interdependência mantem a coesão social. 
MAX WEBER
Entende a sociedade pela perspectiva do consenso – reciprocidade.
A sociedade para Weber é um conjunto de indivíduos que praticam ações partindo dos outros, ou seja, á Ação Social. – as ações são reciprocamente definidas. (tem intenções/sentidos que são reconhecidos pelos outros indivíduos do grupo).
Tipos Puros
- Simplificação e generalização da realidade.
Modelo
É possível analisar diversos fatos reais como desvios do ideal: Tais construções (...) permitem-nos ver se, em traços particulares ou em seu caráter total, os fenômenos se aproximam de uma de nossas construções, determinar o grau de aproximação do fenômeno histórico e o tipo construído teoricamente. Sob esse aspecto, a construção é simplesmente um recurso técnico que facilita uma disposição e terminologia mais lúcidas.
WEBER – Tipos puros de ação social
Afetiva
- Motiva pela emoção – vingança, paixão, medo, inveja;
Tradicional
- Costumes ou hábitos tradicionais (rituais) (comer bolo no aniversário) – (essas duas são irracionais);
Racional relativa a afins
- Busca atingir um objetivo – o fim (racionalmente definido) a partir disso se definem as estratégias para atingir esse fim.
Racional relativa a valores
- O valor (ético, religioso, estético, político) e não o fim orienta a ação.
KARL MARX
Capitalismo – trabalho alienado – ser humano afastado (alienado, não consciente) de seu processo produtivo – e do produto desse trabalho.
No capitalismo – tudo é mercadoria – até mesmo o trabalho se torna uma mercadoria a ser vendida e comprada no mercado.
Sociedade dividida entre proprietários (capitalistas – donos dos meios de produção) e proletários (vendedores de força de trabalho). Apropriação privada dos meios de produção – aliena os seres humanos.
- Propriedade privada – Causa as desigualdades sociais – final da propriedade – revolução.
FINALIZANDO
Polissemia sempre presente;
Sociedade pode ser entendida de várias formas.
- Coesão - Solidariedade
- Consenso - reciprocidade
- Conflito – luta de classes.
Complementos:
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Agora é sua vez
· Leia o texto de: Mourão, Wagner Francisco. Coesão social e individualização: análises e interpretações da obra de Emile Durkheim - da divisão do trabalho social. In: Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais n. 22 (2017) http://seer.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/10552/6855 (Links para um site externo.) para saber um pouco mais sobre as solidariedades em Durkheim.
· Leia no livro Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber.  (QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002) os capítulos referentes a Karl Marx e Max Weber https://wp.ufpel.edu.br/franciscovargas/files/2015/03/Livro-Um-Toque-de-Cl%C3%A1ssicos.-Durkheim-Marx-e-Weber.pdf
· Aula 3 – O ILUMINISMO E SUAS PROMESSAS
O LIBERALISMO E O PENSAMENTO MODERNO
Iluminismo – movimento filosófico.
Antecedentes – ascensão da burguesia – questionamentos aos fundamentos religiosos da organização social.
Ideais marcantes
- Razão como norteadora das ações humanas – a utilização da razão levaria a humanidade maturidade, emancipação e autonomia.
Viabilidade do ser humano
- “Ser humano é bom por natureza” – em oposição a posturas contrárias anteriores – como, por exemplo – Hobbes.
ILUMINISMO
Ideia de progresso na história – a humanidade tem uma linha ascendente de progresso em seu desenvolvimento.
Pensamento científico
- Ciência e tecnologia resolveriam todos os problemas que
a humanidade enfrentava.
Ruptura com os padrões de sociabilidade anterior
- Sociedade rural, pautada em estamentos – orientada pelo pensamento religioso.
Formulação dos liberalismos 
- Tanto político como econômico.
Ruptura com os entraves ao desenvolvimento do capitalismo.
LIBERALISMO POLÍTICO
Liberalismo político
- Rompimento com o absolutismo – poder nas mãos de um único governante.
Pensamento filosófico
- Progressista, esclarecido, crítico com relação a igreja e ao clero, defesa da liberdade de expressão.
ROUSSEAU
- Bondade natural do homem, todos os homens nascem livres e iguais, acredita na democracia, propõe a divisão de poderes.
MONTESQUIEU
- Poder real limitado, divisão de poderes, conjunto de leis (constituição) ao qual todos estariam submetidos.
VOLTAIRE
- Defensor das liberdades civis (de expressão, religiosa e de associação), contrário a monarquia absolutista, crítico da igreja e do clero, defensor do livre comércio (contrário a intervenção do estado na economia).
LIBERALISMO ECONÔMICO
Liberalismo econômico 
- Acreditavam na não intervenção do Estado na economia (lembrar dos entraves ligadas as ligas de oficio e a administração absolutista), aposta no livre mercado, na livre iniciativa.
ADAM SMITH
- Mercado regido por leis próprias – mão invisível (oferta/procura), livre mercado e na sinergia causada pela procura por benefícios individuais.
THOMAS MALTHUS
- Preocupado com o crescimento populacional, afirmava que o Estado não deveria intervir criando legislações protetivas aos mais pobres, necessidade de deixar a natureza atuar no equilíbrio – trabalhadores deveriam receber apenas o suficiente para cobrir despesas básicas, assim diminuiriam a tendência a procriação exagerada.
DAVID RICARDO
- Incentiva a produção industrial (a verdadeira produtora de riquezas de uma nação). A agricultura já recebia incentivos ligados diretamente ao aumento da população. (mais pessoas = necessidade de mais alimentos).
FINALIZANDO
Iluminismo – Pensamento filosófico – questionador – ligado a quebra do pensamento religioso a ascensão da burguesia.
Mudanças – do teocentrismo para o antropocentrismo.
Uso da razão – ciência e tecnologia como solucionadoras de todos os problemas.
Liberalismos – político e econômico.
Complementos:
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Leia o texto: PRZEWORKI, Adam. Nota sobre o Estado e o Mercado. In: Revista de Economia Política, vol.16. n 3 (63) julho – setembro/96 http://www.rep.org.br/pdf/63-7.pdf (Links para um site externo.)
Leia o texto: Ferraro, Alceu Ravanello.  Neoliberalismo e políticas sociais: a naturalização da exclusão.  In: Estudos Teológicos, v. 45, n. 1, p. 99-117, 2005. http://est.com.br/periodicos/index.php/estudos_teologicos/article/view/532/493
· Aula 4 – EM BUSCA DO ESPAÇO PÚBLICO
EM BUSCA DO ESPAÇO PÚBLICO
Nesta aula, vamos estudar, inicialmente, a necessidade de construção de um espaço público onde possam ser discutidas e definidas as questões relativas à construção coletiva do bem comum – princípio orientador dos estados modernos democráticos. Para tanto, citar a participação dos primeiros movimentos sociais ligada às questões trabalhistas será de fundamental importância. No final desta unidade, você terá condições de reconhecer como as sociedades burguesas (pós-revoluções burguesas) tiveram a necessidade da criação de espaços para a definição das “prioridades” na construção do bem comum, bem como verificar a participação dos movimentos sociais nesse processo.
- Idade Média Europeia: Junção entre as esferas pública e privada na figura de senhor feudal.
- A autoridade do senhor feudal: poder privado sobre a família e seus vassalos e controle publico sobre a área de seu domínio.
- Capitalismo: Início da troca de mercadorias e de informações.
- Primeiras cidades ou burgos: Queda de poder dos senhores feudais – Maior concentração de poder – As monarquias absolutistas.
- Nova camada social: A da burguesia – Posição de protagonista do processo histórico.
- Esfera pública burguesa: A compreendida como uma instancia de sujeitos reunidos em público.
- Os burgueses são pessoas privadas: Não exercem funções públicas – Pressão da burguesia contra o estado.
- Trata-se da sociedade que se diferencia do estado e vai cobrar, principalmente, a não interferência deste nas questões privadas. Os burgueses são críticos ao principio de dominação do estado.
- Institui-se uma polarização entre o setor privado (Constituído pela sociedade civil) e a esfera do poder público (O estado).
- A tarefa politica da esfera pública estava relacionada à regulamentação da sociedade civil.
- O privado também é entendido a partir de suas esferas: o privado ligado à ideia de mercado e o privado que remete ao ambiente íntimo e familiar.
- Ponto central defendido pela burguesia: Não intervenção do estado nos assuntos privados.
- Estado liberal de Direito: Garantia dos princípios jurídicos de proteção ao livre mercado. “O estado de Direito enquanto Estado burguês estabelece a esfera pública atuando politicamente como órgão do Estado para assegurar institucionalmente o vínculo entre lei e opinião pública”. (HABERMAS, 1984, p. 101)
- Os burgueses: Infiltram-se no estado para garantir os seus privilégios.
- A burguesia passou a privatizar o público: Apossar-se de bens públicos para atender a interesses privados.
- Por outro: Publicização do privado – Os líderes políticos são avaliados pelos seus atributos pessoais e não pelos atributos públicos.
- Entretanto, o espaço para a mediação estava posto – A esfera das discussões públicas estava posta.
- Imprensa: Passa a ser utilizada para “propaganda” de ideias – panfletos.
- Mudanças sociais: Novos sujeitos passam a usar esse espaço.
- Revolução Industrial: Movimentos operários.
- Necessidade de mediação nas relações de trabalho que se desenvolviam na sociedade.
- Liberalismo: Organizava essas relações.
- Pressões: Necessitavam de movimentos organizados – Conquistas de direitos.
- Movimentos tradicionais: Ligados à conquista de direitos civis – Voto, representação.
- Mudanças sociais da metade do último século: Movimentos ligados a identidades sociais, direitos humanos, problemas ambientais, etc.
FINALIZANDO
Sociedades Modernas: Ascensão da burguesia, urbanização, industrialização.
Estado e Sociedade: Necessidade de mediação – Criação de uma esfera pública – Discussão para organização das demandas.
Movimentos sociais.
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Leia o artigo de: COUTINHO, Carlos Nelson. CIDADANIA E MODERNIDADE. In: Perspectiva. São Paulo. 22: 41-59. 1999. http://piwik.seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/2087/1709
· Aula 5 – UMA SOCIEDADE, PROJETOS DIFERENTES
UMA SOCIEDADE, PROJETOS DIFERENTES
Em nossa aula de hoje na disciplina Cultura e Sociedade vamos estudar a necessidade da mediação entre dois “projetos” de sociedade que contemporaneidade nos apresenta – Um voltado cada vez mais a individualização e outro que aposta em coletividades organizadas; para tanto iremos refletir acerca da construção moderna da individualidade (pautada nas ideias liberais da busca individual e na meritocracia), como também sobre a constituição da politica como uma arena de disputa para a construção das prioridades sociais, ao final discutiremos rapidamente as práticas, cada vez mais comum, de judicialização e esvaziamento da esfera política.
- Refletir sobre a constituição do indivíduo como portador de direitos e na individualização desses mesmos direitos.
- Entender a constituição da politica e da participação social na construção das prioridades sociais.
- Refletir sobre as práticas contemporâneas de judicialização das questões sociais e do esvaziamento da esfera política como um campo de atuação social.
- Sociedade moderna: “Criação” do indivíduo – Sujeito portador de direitos.
- DUMONT: Indivíduo e pessoa.
- Pessoa: Ligado a sociedade holistas – A coletividade é mais importante que as partes.
- Indivíduo: Ser autônomo, independente – Ligado as sociedades ocidentais.
- Lembrar dos pensadores liberais já estudados – Sociedade = mercado – Homens
livres e iguais no mercado disputando “espaços” – Meritocracia*.
- Pensamento liberal orientou as práticas sociais durante muito tempo, entretanto o século XX conhece crises sociais cada vez mais graves, com as quais esse modelo não consegue administrar. (Lembrar que as politicas liberais orientavam as práticas politicas no período das duas grandes guerras).
- Estado liberal se vê forçado a assumir parte da responsabilidade social criando uma série de medidas com o objetivo de dar condições básicas de sobrevivência aos menos favorecidos e de garantir a paz social.
- Welfare State: (Lembrar – movimentos sociais atuando desde a Revolução Industrial).
- Garantia de direitos a todos os indivíduos – Desligamento da ideia de direito ao pressuposto de privilégios.
- Direitos sociais, econômicos, culturais e direitos civis e políticos – Direitos Humanos.
- Década de 70 (Século XX) – Questionamento desses direitos – Neoliberalismo – Retirada do Estado da mediação entre capital e trabalho – Retorno da ideia de que a sociedade deve ser pensada como um Mercado.
- Contemporaneamente – Garantia de direitos – Ligada à justiça – Necessidade de acionar os mecanismos jurídicos para acessar os direitos mais básicos – Judicialização das relações sociais.
- Esvaziamento e “satanização” da esfera do político.
- Criminalização dos movimentos sociais.
 
FINALIZANDO
Sociedades Modernas: Surgimento do indivíduo.
Liberalismo Econômico: Sociedade civil = mercado.
Liberalismo Político: Homens livres e iguais portadores de direitos.
Estado liberal – Crise – Guerras mundiais.
Judicialização das relações sociais.
Neoliberalismo: Retorno.
Welfare State: Estado como mediador da relação entre capital e trabalho – Direitos sociais, econômicos, políticos, civis – Direitos Humanos.
Esvaziamento da arena politica Criminalização dos Movimentos Sociais.
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Capítulo Norteador: Aguiar, Thais Florencio.  A judicialização da política ou o rearranjo da democracia liberal. In: ; ponto-e-vírgula, 2: 142-159, 2007. revistas.pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/view/14305/10454 (Links para um site externo.)
Leia o texto: Os direitos do homem hoje. (QUARTA PARTE) In: Bobbio, Norberto.  A era dos direitos.  Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Leia o texto: Individualidade (capitulo 2)   In: Bauman, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2001
· Aula 6 – NOVOS ATORES SOCIAIS
NOVOS ATORES SOCIAIS
Nessa aula da disciplina Cultura e Sociedade, vamos discutir acerca da construção de características de nossa sociedade que hoje quase temos como “naturais” e, no entanto, são construção socioculturais, quais seja, a democracia, cidadania, direitos e as resistências atuais a esse processo. Veremos como, a partir dessa construção, novos atores sociais surgiram juntamente com novas demandas sociais, e ao final, discutiremos a busca pela igualdade “em tempos virtuais”.
Ao final dessa unidade você terá compreendido como a sociedade contemporânea gestou algumas de suas características e a forma como essas características tem sido trabalhadas (mantidas ou não) cotidianamente.
REFLETIR:
- Sobre a construção moderna dos ideais democráticos da cidadania de direitos.
- Sobre o neoliberalismo.
- Identificar o surgimento de novos atores.
- Sobre os rumos da democracia em “tempos virtuais”.
- Construção da esfera pública: Espaço de organização de demandas e disputas.
- Welfare State: Estado é o agente que promove e organiza a vida social e econômica, proporcionando aos indivíduos bens e serviços essenciais durante toda sua vida. (Direitos sociais, econômicos, políticos, culturais, etc)
- Tradicionalmente: Movimentos trabalhistas – Pressão sobre o estado.
- Pouco a pouco: Minorias vão se organizando.
- Movimentos raciais, movimento feminista, movimento LGBT e afins.
- Reinvindicações: Pressão sobre o estado – Reconhecimento e expansão dos direitos para todo os indivíduos.
“Nas sociedades globalizadas, multiculturais e complexas, as identidades tendem a ser cada vez mais plurais e as lutas pela cidadania incluem, frequentemente, múltiplas dimensões do self: de gênero, étnica, de classe, regional, mas também dimensões de afinidades ou de opções politicas e de valores: pela igualdade, pela liberdade, pela paz, pelo ecologicamente correto, pela sustentabilidade social ambiental, pelo respeito à diversidade e às diferenças culturais, etc”.
- Garantia de participação de todos: Representatividade – Novos mecanismos de participação.
- Organizações Não-Governamentais (ONGs) o terceiro setor, fóruns da sociedade civil.
- Novos atores sociais: Novas demandas.
- Direitos Culturais: Reconhecimento e direito a culturas diversas – Liberdade de expressão cultural.
- Movimento ambiental: Demandas preservacionistas – Politicas de manejo.
- Questões: Limites para o Capitalismo?
- Subalternos podem falar? 
- Neoliberalismo: Diminuição do estado.
- Sociedade: Mercado “retração” da esfera pública. 
- Como se dá a mediação?
- Sociedade em rede: Espaço virtual – Lócus das demandas?
FINALIZANDO
Welfare State: Estado protetivo dos direitos fundamentais (Saúde, educação, segurança, trabalho).
Sociedades complexas: Diversidade demandadas.
Esfera pública: Espaço de mediação.
Espaço virtual: Novo espaço de organização social?
Complementos:
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Agora é sua vez
Interação: Neste ícone da rota apresenta a flexibilidade de ação do professor, uma vez que o aluno através das atividades síncronas (chat) e assíncronas (fórum) interage com o professor propiciando o feedback do seu aprendizado.
Leia o texto: Jackson B. A. de Cerqueira. UMA VISÃO DO NEOLIBERALISMO: SURGIMENTO, ATUAÇÃO E PERSPECTIVAS. In: Sitientibus, Feira de Santana, n. 39, p.169-189, jul./dez. 2008. http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/39/1.7_uma_visao_do_neoliberalismo.pdf (Links para um site externo.)
Leia o texto: Santos, Goiamérico Felício Carneiro dos. Ágora virtual e democracia: novas demandas sociais. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007. http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R2353-1.pdf (Links para um site externo.)
Leia o artigo: Especial Liberdade: Democracia e linchamento virtual, de Rodrigo de Lemos. Jornal Estadão. In: http://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/especial-liberdade-democracia-e-linchamento-virtual/
· Aula 7 – MODERNIDADE E PÓS-MODERNIDADE
MODERNIDADE E PÓS MODERNIDADE
Nesta aula da disciplina Cultura e Sociedade, relembraremos rapidamente dos projetos da modernidade e da crise vivida no pós-guerra e discutiremos a ideia de sua superação e do surgimento de uma pós-modernidade.
Assim, no final desta unidade, você será capaz de identificar as transformações socioculturais ocorridas nas ultimas décadas e a sua relação com o cenário atual.
- Identificar o projeto sociocultural da modernidade.
- Refletir acerca das transformações socioculturais das ultimas décadas.
- Identificar os elementos construtivos da pós-modernidade.
- Modernidade: Projeto de sociedade – Iluminismo – Ciência e progresso – Pressuposto organizativo – Razão.
- Problemas: Meados do século XX.
- Exacerbamento do individualismo.
- Evidencialização da tendência destrutiva do projeto moderno (duas grandes guerras).
- Avanço científico: Letalidade da ciência. 
- Utopias: Projetos de sociedades idealizadas. (Movimento hippie, maio de 68, primavera de praga)
- Distopias: Sociedades projetadas – Autoritárias e assustadoras (1984, de Orwel, Admirável Mundo Novo de Huxley)
- Nos projetos utópicos, as sociedades idealizadas são retratos paradisíacos de igualdade, fraternidade e liberdade. 
- Distopias: Obras apresentam a antítese das utopias – Os mesmos elementos apontados como emancipadores da humanidade – Ciência e racionalidade – São os pontos focais do desenvolvimento das distopias. 
- Hippies: Apostavam na paz como politica e no amor como instrumento de transformação.
- Opõe-se às tradicionais formas
de organização das instituições.
- Propriedades privadas impediam a humanidade de gozar a liberdade.
- Contrários às guerras.
Primavera de Praga – 1968, Tchecoslováquia
- Tropas soviéticas invadem a Tchecoslováquia – Reformas internas que desagradam a URSS.
- As tropas soviéticas – Recebidas nas ruas da capital Praga pela população de forma pacifica. 
Maio de 68 – Paris – Greve de Estudantes – Reformas urgentes na educação
- Greve geral na França: 10 milhões de trabalhadores entram em greve.
- Eleições legislativas, esvaziamento do movimento. 
- Reação violenta da polícia.
- Queda do muro de Berlim.
- Final do projeto alternativo.
- Final das grandes narrativas da sociedade – Não há uma única direção a seguir, mas...
- Para onde ir?
FINALIZANDO
Modernidade: Razão, ciência, antropocentro.
- Problemas: Personalidade, destrutiva (Duas grandes guerras). 
Final das utopias: Queda do muro de Berlim. Final das certezas.
Pós modernidade: Fluidez, mudanças rápidas, efemeridade. 
Complementos:
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Vá mais longe
Capítulo Norteador: Tempo/Espaço – In: Bauman, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. ps 107 – 149.
Agora é sua vez
Leia o texto: ZUIN, J. C. S. A crise da modernidade no início do século XX. In: Estudos de Sociologia. 6, n. 11 (2001). http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/viewFile/412/1210
· Aula 8 – O FIM DAS UTOPIAS
O FIM DAS UTOPIAS
Nesta aula da disciplina Cultura e Sociedade, vamos estudar inicialmente o final das utopias que marca uma mudança radical das utopias e os projetos de sociedade que se constroem (ou não) na contemporaneidade.
Objetivos:
- Refletir sobre o final das utopias.
- Refletir sobre os projetos de sociedade pós-modernos.
Conteúdo:
- Final das utopias.
- Projetos de sociedade pós-modernos.
UM MUNDO SEM UTOPIAS
O final das utopias e o reforço das distopias marca o final do século XX. Há um desencanto com a sociedade – Para onde ir?
Vejamos:
- Economia: Anteriormente pensada como elemento interno de uma nação
- Esse cenário vem se alterando no último século.
- Crise econômica pós primeira guerra: Quebra do liberalismo.
- Década de 1970: Uma nova crise econômica, agravamento 1974/75 – Ligada às questões energéticas e aos conflitos no oriente.
- Críticas aos mecanismos de proteção, elogios a processos que favoreçam a livre circulação
- Mundialização da economia: Saída rápida do capital.
- Apoiadores: Mercado autônomo – Agora desvinculado da nação.
- Detratores: Garante a sobrevivência do capital em detrimento da economia local.
- Enfraquecimento do estado, nação – Neoliberalismo. 
NOVOS ATORES SOCIAIS
- Movimentos sociais: Organizam manifestações, passeatas, comícios, ocupações, qualquer tipo de evento que viabilize para o restante da população um tema, com o qual se identifiquem ou se contraponham.
- Diversidade dos movimentos sociais: Orientados por diferentes demandas – Podem ser culturais, econômicas, ambientais, conservadores, etc.
- Movimentos históricos: Os movimentos sociais surgem dentro de uma histórica e social dada, portanto isso “dá o horizonte” de suas reivindicações.
- Modernidade líquida.
- Fluidez, mudança rápida, ausência de “raízes”, são paradigmáticos desse momento.
- Para Bauman, ao nos libertarmos das “amarras” da sociedade, criamos indivíduos sem rumos, a questão que se coloca é “o que escolher quando posso ter tudo?”.
- Em detrimento do engajamento político, que orientava as práticas sociais da Modernidade – Marcados pelos grandes movimentos sociais – A contemporaneidade ou a modernidade líquida se organizava a partir da lógica do mercado e do consumo.
“Para a modernidade líquida, resta o mundo do descontrole, onde a individuação é a grande tônica. Dissolvem-se as identidades de grupos, afirmam-se as identidades individuais cada vez mais passageiras e construídas por meio do consumo que se torna o afirmador do self.”
FINALIZANDO 
Final do século XX: Final das certezas.
Crise econômica: Neoliberalismo – Exacerbamento do mercado.
Novos atores sociais: Movimentos sociais.
Disputa entre duas lógicas: Engajamento político X Lógica de mercado. 
Bauman: Modernidade líquida – Acabaram as certezas e o determinismo – E agora, para onde vamos?
Fluidez, rapidez, “Descartabilidade” – Até mesmo nas relações mais íntimas. 
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Agora é sua vez
Leia o texto. Cândido A. G., Liraii. A. Direitos humanos: utopia num mundo distópico? In: Revista Portuguesa de Educação, 2013, 26(2), pp. 159-178 2013 http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v26n2/v26n2a08.pdf (Links para um site externo.)
Leia o artigo.  Depois das utopias. Análise / Vladimir Safatle. In: # cartacapital. https://www.cartacapital.com.br/revista/865/depois-das-utopias-6583.html (Links para um site externo.)
Leia: BAUMAN, Z. Vida a crédito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010. Conversa 3. Uma coisa chamada “Estado, Democracia, soberania e direitos humanos”.
Leia o artigo.  Depois das utopias. Análise / Vladimir Safatle. In: # cartacapital. https://www.cartacapital.com.br/revista/865/depois-das-utopias-6583.html
· Aula 9 – AS EXPRESSÕES DA VIOLENCIA
· Aula 10 – VIOLENCIA COMO REPRESENTAÇÃO, VIOLENCIA COMO EXPRESSÃO
 
· Aula 11 – SEXUALIDADE E CONTEMPORANEIDADE
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