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Modelo IS/LM e Macroeconomia Aberta

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Prévia do material em texto

O modelo IS/LM
MÓDULO 1
 Introdução ao modelo IS/LM;
 A curva IS;
 A curva LM;
 Equilíbrio entre as curvas IS e LM e a gestão de política econômica.
MÓDULO 2
 Casos especiais do modelo IS/LM;
 Transações com o exterior e o modelo IS/LM.
MÓDULO 3
 O modelo Mundell – Fleming: IS/LM/BP: uma apresentação introdutória;
 Taxa de câmbio �xo com perfeita mobilidade de capital;
 Taxa de câmbio �exível com perfeita mobilidade de capital.
MÓDULO 4
MÓDULO 4
 Modelo LS/LM/BP e a Política cambial.
Objetivos
 Analisar a representação do modelo IS/LM
 Examinar o modelo IS/LM na medida em que a discussão exprime as transações econômicas com o mercado de bens e
serviços no exterior.
 Examinar o modelo Mundell-Fleming
 Discutir a política cambial (bem como a política comercial) no âmbito dos diversos movimentos de capital.
Definição
O conteúdo de Macroeconomia Aberta é interdisciplinar e permeia uma enorme gama de atividades, principalmente da área de
comércio exterior e economia internacional, no âmbito do setor privado ou público.
Os problemas discutidos em um contexto de economia globalizada, incrementam a demanda por pro�ssionais que detenham esse
conhecimento.
MÓDULO1
 Analisar a teoria de Keynes
 Introdução
Analisaremos o modelo IS/LM, também chamado de síntese neoclássica, pois discute as condições do modelo da teoria keynesiana, bem
como os argumentos das condições da teoria clássica.
Introdução ao modelo IS/LM
O Modelo IS/LM é também chamado de modelo keynesiano generalizado, pois é uma
ampliação do chamado modelo keynesiano simples.
O modelo supõe desemprego de recursos de produção, ou seja, a economia está abaixo do pleno emprego, e o nível de preços também é
suposto constante, isto é, signi�ca que todas as variáveis são consideradas em termos reais (excluindo qualquer variação dos preços).
Após a publicação em 1936 do livro Teoria Geral do Juro, do Emprego
e da Moeda, de Keynes, ocorreu um intenso debate no campo da
macroeconomia, com destaque para os trabalhos de outro importante
autor, john hicks <> , que construiu, em 1937, a partir do trabalho de
Keynes, o chamado modelo IS/LM.
John Hicks
Baseou-se em argumentos teóricos e relações de causalidade especí�cas para chegar aos seus resultados. Hicks reconhece a importância
da “doutrina da preferência pela liquidez” e discute os efeitos do investimento sobre a renda (multiplicador) e da renda sobre o investimento
(acelerador). Além disso, Hicks atribuiu à taxa de juros um papel fundamental em sua teoria e isto acabou ajudando a esclarecer os motivos
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
I
Investimento autônomo.
ß
Coe�ciente que mede a sensibilidade juros do investimento.
r
Taxa de juros.
( ) , j p p j
do sucesso da chamada “síntese neoclássica” que mistura a teoria de Keynes, com a teoria Neoclássica.
O modelo IS/LM parte das mesmas funções consumo, poupança e importações desenvolvidas pelo modelo keynesiano simples. Entretanto,
há uma distinção fundamental entre os modelos que se encontram na forma da função investimento. Melhor colocando, no modelo
keynesiano simples, a função investimento considera que o investimento é autônomo (I ), enquanto no modelo IS/LM o investimento é
uma função inversamente relacionada com a taxa de juros (r), descrita da seguinte forma:
aut
aut
O que a equação anterior pode informar?
Tal equação demonstra que há uma relação inversa <> entre o investimento e a taxa de juros, pois os impactos das variações da taxa de
juros sobre esse investimento são medidos por ß, ou seja, a sensibilidade ou elasticidade juros do investimento. Nesse sentido, quanto:
relação inversa
Quanto maior a taxa de juros, menor o investimento; quanto menor a taxa de juros, maior o investimento.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
Maior ß, maior o impacto de alterações da taxa de juros sobre o investimento.
Menor ß, menor o impacto de alterações da taxa de juros sobre o investimento.
A curva is <>
A curva IS, segundo Vasconcellos e Lopes (2018), é o lugar geométrico dos pontos formados pelas combinações entre taxa de juros e renda
que equilibram o mercado de bens (e serviços). Nesse sentido, entende-se por equilíbrio no mercado de bens (e serviços) a igualdade entre
a oferta (OA) e a demanda (DA) agregadas. Lembrando que, nessa situação de equilíbrio, temos a seguinte equação:
IS
Em inglês, signi�ca Investiment-Saving, ou, em português, Investimento-Poupança.
A curva IS nada mais é do que as combinações de juros e renda que fazem com que ocorra o contexto em que OA = DA. A partir daí,
precisamos entender a relação entre taxa de juros e renda no mercado de bens (e serviços). Para isso, conforme colocado no item (1),
sabemos que o investimento (I) no modelo IS/LM é inversamente relacionado com a taxa de juros (r), isto é, quanto maior a taxa de juros
menor será o nível de investimento e, portanto, menor a renda da economia. Há, dessa forma, uma relação inversa no mercado de bens (e
serviços) entre a taxa de juros e o nível de renda.
As combinações existentes entre a taxa de juros e o nível de renda que equilibram o mercado de bens (e serviços), isto é, a curva IS, são
marcadas pela ocorrência de uma relação inversa entre a taxa de juros e o nível de renda. Gra�camente, a seguir, tem-se uma curva IS
negativamente inclinada.
Y = C + I + G + (X – M)
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
O grá�co torna claro o signi�cado da curva IS. Melhor colocando, cada ponto (E1, E2) que forma a curva IS é uma combinação de juros e
renda em que se veri�ca uma situação de equilíbrio no mercado de bens (e serviços), ou seja, OA = DA.
Além disso, observando atentamente o mesmo grá�co, tem-se que, quanto maior a taxa de juros, menor o investimento e, portanto, menor
a renda. E, quanto menor a taxa de juros, maior o investimento e, por conseguinte, maior a renda.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
A curva lm <>
De acordo com Vasconcellos e Lopes (2018), a curva LM é o lugar geométrico das combinações de taxa de juros (r) e nível de renda (Y) que
equilibram o mercado monetário. Nesse contexto, entende-se por equilíbrio no mercado monetário a situação em que a oferta monetária
(M) é igual à demanda por moeda (L).
A oferta monetária (M) é determinada exclusivamente pelo Banco Central (BC). A demanda por moeda (L) é uma função da taxa de juros (r)
e do nível de renda (Y), descrita da seguinte maneira:
L
Demanda por moeda.
k
Sensibilidade (ou elasticidade) renda da demanda por moeda.
Y
Nível de renda.
δ
Sensibilidade (ou elasticidade) juros da demanda por moeda.
r
Taxa de juros.
LM
Em inglês, signi�ca Liquid Money, ou, em português, Títulos - Moeda.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
A equação nos mostra que a demanda por moeda (L) dos agentes é uma função positivamente relacionada com o nível de renda. Dessa
forma, quanto maior o nível de renda maior será a necessidade dos agentes por moeda para realizar suas transações, isto é: Y↥ L↥. No
entanto, quanto menor o nível de renda menor a necessidade de moeda, ou seja: Y↧ L↧.
Destaca-se que o impacto das variações na renda sobre a demanda por moeda dos agentes depende da sensibilidade ou elasticidade renda
da demanda por moeda, ou seja, de k. Dada essa informação, quanto maior k maior o impacto das variações da renda sobre a demanda por
moeda.
A demanda por moeda é inversamente relacionada com a taxa de juros. Nesse sentido, quanto maior a taxa de juros menor a demanda por
moeda, isto é: r↥ L↧. Entretanto, quanto menor a taxa de juros maior a demanda por moeda, ou seja: r↧ L↥.
Os impactos da taxa de juros sobre a demanda por moeda são medidos pela sensibilidade ou elasticidade juros da demanda por moeda (δ).
Logo, quanto maior δ, maior o impacto de alterações nas taxas de juros (r) sobre a demanda por moeda (L).

Atenção
A explicaçãopara a relação inversa entre a taxa de juros e a demanda por moeda é simples. No mercado monetário, os agentes todo o
tempo estão escolhendo entre aplicar sua moeda em títulos no mercado �nanceiro, o que lhes fornece como rendimento a taxa de juros, ou
reter a sua moeda, o que não lhes fornece nenhum rendimento.
Torna-se evidente que, quanto maior a taxa de juros, maior o custo de se reter moeda, isto é, menor a demanda dos agentes por moeda e,
consequentemente, maior a demanda por títulos no mercado �nanceiro. Da mesma forma, quanto menor a taxa de juros, menor o custo de
se reter moeda, e, portanto, maior a demanda dos agentes por moeda. Nesse contexto, o grá�co a seguir demonstra o comportamento do
mercado monetário.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
O grá�co anterior re�ete uma análise bastante fundamental. Vamos imaginar uma situação em que haja um aumento no nível de renda (Y↥).
Com uma renda maior, os agentes precisarão de mais moeda para realizar suas transações. Em função disso, ocorrerá um aumento na
demanda por moeda de L1 para L2. Esse aumento na demanda por moeda, dada uma oferta monetária constante (M), provocará uma
elevação da taxa de juros de r1 para r2. Dessa forma, chega-se, portanto, a uma importante conclusão:
No mercado monetário, existe uma relação positiva entre a taxa de juros e o nível de renda. E a curva LM expressa esse tipo de relação,
conforme podemos ver a seguir.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Se relacionarmos os dois grá�cos anteriores do mercado monetário, temos:
 Fonte: Autor.
Os grá�cos tornam claro o signi�cado da curva LM. Na medida em que há uma elevação da renda, consequentemente. ocorre um aumento
da demanda por moeda, e isso faz com que haja automaticamente um aumento da taxa de juros para que possa haver um novo equilíbrio
no mercado monetário.
Assim, cada ponto que forma a curva LM é uma combinação de juros e renda em que se veri�ca uma situação de equilíbrio no mercado
monetário, ou seja, M = L.

Atenção
Com os grá�cos, torna-se ainda mais evidente a relação entre a taxa de juros e o nível de renda no mercado monetário. Quanto maior o nível
de renda maior a demanda por moeda (L), o que, dada a oferta monetária constante, eleva a taxa de juros. Quanto menor a renda menor a
demanda por moeda, o que, dada a oferta monetária, reduz a taxa de juros.
Equilíbrio entre as curvas IS e LM e a gestão de política econômica
Equilíbrio entre as curvas IS e LM
Veja a �gura geométrica a seguir:
Esta marca d'água se aplica a fundos escuros
 Fonte: Autor.
O signi�cado do ponto E é importante. Melhor colocando, esse ponto indica a combinação da taxa de juros (r) e o nível de renda (Y) que
equilibra simultaneamente o mercado de bens e serviços (OA = DA) com o mercado monetário (M = L).
A gestão de política econômica
Clique nos botões para ver as informações.
Durante os anos 1950 e 1960, o modelo IS/LM constituiu-se como instrumental básico dos gestores de política econômica no que
tange à manipulação das políticas �scal  e monetária .
Segundo Vasconcellos e Garcia (2018), a política �scal diz respeito a todo e qualquer instrumento de que o governo dispõe para
arrecadação de tributos (política tributária) e controle dos gastos públicos (política de gastos). Conforme Vasconcellos e Garcia
(2018), a política monetária refere-se à atuação do governo, por meio das autoridades monetárias (Banco Central), sobre a quantidade
de moeda, de crédito e da taxa de juros na economia.
Vasconcellos e Garcia (2018) a�rmam que a política monetária refere-se à atuação do governo, por meio das autoridades monetárias
(Banco Central), sobre a quantidade de moeda, de crédito e da taxa de juros na economia.
Pequena contextualização introdutória 
A gestão da política �scal pode ser feita, basicamente, de duas maneiras: Por meio de uma política �scal expansionista ou através de
uma política �scal contracionista.
Uma política �scal expansionista, que tem como objetivo principal aumentar o produto (ou a renda) da economia, é aquela que
promove o aumento dos gastos públicos; diminuição da carga tributária, estimulando despesas de consumo e investimentos;
estímulos às exportações, elevando a demanda externa pelos produtos nacionais; e tarifas e barreiras às importações, bene�ciando a
produção nacional.
Já uma política �scal contracionista, que tem como objetivo principal reduzir o produto (ou a renda), em geral, para poder combater a
in�ação, é a política econômica que promove uma diminuição dos gastos públicos; elevação da carga tributária sobre os bens de
consumo, desencorajando esses gastos; e elevação das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras.
Em termos de modelo IS/LM, uma política �scal expansionista, tal como uma elevação nos gastos públicos (G), promove uma
alteração no equilíbrio do mercado de bens (e serviços), pois G é um dos componentes da demanda agregada. Promove-se, a partir
daí, uma alteração na posição da curva IS, que se desloca para cima e para a direita (de IS1 para IS2), conforme podemos ver no
grá�co a seguir.
Atenção: Note no grá�co que o resultado fundamental da política �scal expansionista é o de uma elevação do nível de renda (Y1 para
Y2) e da taxa de juros (de r1 para r2) .
É importante colocar que uma política �scal expansionista pode causar dé�cits públicos. E isso pode tornar-se um grande problema
se estes dé�cits saírem do controle do governo. Quando um país começa a acumular muitas dívidas, os credores passam a exigir
juros maiores para emprestar os seus recursos. Quando estes juros sobem, como podemos ver pelo próprio deslocamento da IS, o
custo da dívida aumenta. Isso torna o orçamento do governo ainda mais de�citário, pois ele precisa incorrer em mais gastos. Tal
situação, se perpetuada, pode se tornar uma bola de neve, e se mostrará insustentável ao longo do tempo.
A gestão da política �scal 
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Agora, uma política �scal contracionista, tal como uma redução dos gastos do governo, também promove uma alteração no equilíbrio
do mercado de bens (e serviços). Dessa vez, no entanto, o que se procede é uma redução do nível de produto (ou de renda) da
economia, conforme podemos ver no grá�co a seguir.
Em termos grá�cos, tem-se um deslocamento da IS para baixo e para a esquerda (de IS1 para IS2). Podemos notar que o resultado
fundamental de uma política �scal contracionista gera uma redução da renda (de Y1 para Y2) e também uma queda da taxa de juros
(de r1 para r2).
Segundo Froyen (2015), há fatores que afetam a inclinação ou a declividade da curva IS. Entre estes, destacam-se a função poupança,
ou seja, a propensão marginal a poupar e a declividade da função investimento, isto é, a elasticidade do investimento em relação à
taxa de juros.
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Fonte: Autor.
javascript:void(0);
A gestão da política monetária
Vejamos agora os efeitos das alterações na política monetária. No modelo IS/LM, a política monetária é entendida apenas com
alterações realizadas na oferta monetária (M) e sob controle exclusivo das Autoridades Monetárias, ou seja, do Banco Central.
Assim como na gestão da política �scal, o gerenciamento da política monetária pode ser feito, basicamente, de duas maneiras: Por
meio de uma política monetária expansionista (PE) ou através de uma política monetária contracionista (PC).
Uma PE é formada pelo aumento da oferta monetária, o que, dada a demanda por moeda constante, tem como efeito reduzir a taxa de
juros. Já a PC é constituída pela redução da oferta monetária, o que, mantida a demanda por moeda constante, tem como
consequência a elevação da taxa de juros.
Tanto uma política monetária expansionista quanto uma política monetária contracionista alteram o equilíbrio no mercado monetário.
No caso de uma PE, tem-se o deslocamento da curva LM para baixo e para a direita. A promoção desse tipo de política reduz a taxa de
juros e faz com que haja um aumento dos investimentose, por conseguinte, do próprio nível de renda da economia.
De acordo com o grá�co a seguir, nota-se que o resultado fundamental de uma política monetária expansionista ocorre na medida em
que há um acréscimo positivo na renda (de Y para Y ) e uma redução da taxa de juros (de r para r ).
No caso de uma política monetária contracionista, ao reduzir a oferta monetária, a taxa de juros tem um aumento e acaba
promovendo uma redução do nível de investimento e, também, da própria renda da economia. Gra�camente, a PC é representada por
um deslocamento da LM para cima e para a esquerda; em virtude desse deslocamento, podemos notar, assim, que há uma queda da
renda (de Y para Y ) e uma elevação da taxa de juros (de r para r ).
A gestão da política monetária 
1 2 1 2
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Fonte: Autor.
1 2 1 2
javascript:void(0);
Conforme Froyen (2015), há elementos que afetam a inclinação da curva LM. Entre eles, destacam-se a declividade da demanda por
moeda por transações e precauções e a declividade da moeda por especulação (isto é, a elasticidade da demanda por moeda em
relação à taxa de juros).
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Fonte: Autor.
Verificando o aprendizado
1. Dado o modelo IS/LM, uma elevação dos gastos autônomos do governo provoca deslocamento para a:
a) Direita e para cima da curva IS.
b) Direita e para baixo da curva IS.
c) Esquerda e para cima da curva IS.
d) Direita e para cima da curva LM.
javascript:void(0);
2. Leia atentamente as considerações a seguir sobre o modelo IS/LM.
I: A curva IS tem inclinação negativa devido à relação inversa entre o investimento e a taxa de juros e tal relação se faz também entre essa
taxa de juros e a renda da economia.
II: A curva LM tem inclinação positiva devido à relação direta entre a renda da economia e a taxa de juros. Pois, quanto maior a renda, maior
a demanda por moeda, e, como a oferta de moeda supõe-se constante, a taxa de juros aumenta para gerar o equilíbrio do mercado
monetário.
III: Tanto a curva IS quanto a curva LM têm uma inclinação negativa. Se ocorre um aumento da taxa de juros, tanto o investimento quanto a
demanda por moeda têm uma queda e, consequentemente, a renda da economia se reduz.
De acordo com as informações anteriores, marque a a�rmativa correta.
a) I, II e III são verdadeiras.
b) I, II e III são falsas.
c) Somente I é falsa.
d) Somente I e II são verdadeiras.
MÓDULO2
 Examinar o modelo IS/LM na medida em que a discussão exprime as transações econômicas com o
mercado de bens e serviços no exterior.
 Introdução
Analisaremos os casos especiais que dizem respeito às curvas IS e LM que evidenciam diferentes condições dos comportamentos
alternativos do mercado de bens e serviços e do mercado monetário, introduzindo as relações econômicas com o exterior.
Casos especiais do modelo IS/LM
O modelo IS/LM apresenta três casos especiais que iremos analisar. Segundo Vasconcellos e Lopes (2018), o primeiro caso diz respeito ao
comportamento do mercado de bens (e serviços), ou seja, da curva IS. Os outros dois referem-se ao comportamento do mercado
monetário, isto é, da curva LM. A seguir, as discussões sobre estes assuntos.
 Comportamento de cada um dos componentes da demanda agregada
 Clique no botão acima.
A curva IS do modelo keynesiano simples
Segundo o que foi estudado anteriormente, o equilíbrio do mercado de bens (e serviços), indicado no modelo pelo comportamento
da curva IS, revela a existência de uma relação inversa entre o nível da renda e a taxa de juros.
Tal condição se revela pelo fato de que o modelo considera a existência de uma relação oposta entre o investimento e a taxa de
juros. Objetivamente, quanto maior a taxa de juros menor o gasto com investimento e, portanto, menor a renda (ou menor o
produto) da economia.
O parâmetro ß, a sensibilidade-juro da demanda por investimento, indica qual o impacto de uma alteração na taxa de juros sobre o
investimento. Neste sentido, quanto maior ß, maior o impacto de uma alteração na taxa de juros sobre a decisão de investir. Essa é
a con�guração padrão que permite estabelecer uma curva IS negativamente inclinada.
Dadas as informações anteriores, destaca-se que existe um caso especial do equilíbrio no mercado de bens (e serviços). Este caso
é denominado como a curva IS do modelo keynesiano simples. Este modelo apresenta o agregado investimento sendo um gasto
autônomo (I = I ) e não há nenhuma relação entre o investimento e a taxa de juros. Consequentemente, portanto, não se tem
nenhuma relação entre a taxa de juros e a renda da economia. Em termos objetivos, é como se o parâmetro ß fosse igual a zero (ß
= 0).
Em uma situação como essa, não há relação entre o equilíbrio no mercado de bens (e serviços) e a taxa de juros. A curva IS para o
modelo keynesiano simples tem um per�l totalmente vertical, indicando a inexistência de uma relação entre a taxa de juros e o
equilíbrio no mercado de bens (e serviços), segundo o grá�co a seguir.
Percebe-se que, de acordo com a �gura anterior, a IS do modelo keynesiano simples é totalmente vertical, ou seja, o mercado de
bens (e serviços) é totalmente insensível à qualquer mudança da taxa de juros; por isso, a sensibilidade-juro da demanda por
investimento (ß) é igual a zero.
aut
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
A discussão da e�ciência da política econômica é o tema principal das análises dos casos especiais do modelo IS/LM. No que diz
respeito à IS do modelo keynesiano simples, a política monetária expansionista é incapaz de gerar um efeito de expansão da
renda, como podemos observar no grá�co a seguir.
A realização da política monetária expansionista, fazendo deslocar a curva LM para baixo segundo a �gura acima, é incapaz de
elevar o nível da renda (ou do produto) de equilíbrio.
Os casos do mercado monetário
A LM do modelo clássico
Nesse caso, assume-se que a sensibilidade-juro da demanda por moeda (δ) seja nula. Isso signi�ca que a demanda por moeda
depende exclusivamente da renda, ou seja, L = kY. Nesse sentido, o equilíbrio no mercado monetário independe da taxa de juros e,
portanto, a curva LM será totalmente vertical, tal como está apresentado a seguir.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Dado o grá�co acima, destaca-se que a realização de uma política �scal expansionista não provocaria nenhuma ampliação da
renda (ou do produto), ou seja, tal política acaba sendo ine�ciente, o que podemos veri�car no diagrama a seguir.
O único efeito da política �scal seria o de elevar a taxa de juros de r para r .
A armadilha da liquidez
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
1 2
Esse caso é considerado um caso extremo de funcionamento do sistema econômico, pois é característico de um momento de
profunda incerteza.
A armadilha da liquidez ocorre quando os agentes econômicos estão dispostos a demandar toda a oferta monetária que o Banco
Central está disposto a ofertar. Nessa situação, a sensibilidade-juro da demanda por moeda tende ao in�nito ( δ = ∞ ), e a curva LM
tem um per�l totalmente horizontal, como podemos ver a seguir.
Como os agentes econômicos estão dispostos a demandar toda a moeda ofertada pelo Banco Central, elevações na oferta de
moeda não modi�cam a taxa de juros e, assim, não afetam a renda. Nesse caso, a política monetária é incapaz de elevar a renda
(ou o produto), isto é, esta política é ine�ciente.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Transações com o exterior e o modelo IS/LM
A partir desse item, passaremos a estudar o modelo IS/LM introduzindo-o com as transações econômicas com o exterior. Inicialmente,
nesse momento, toda e qualquer discussão estará restrita apenas às transações relacionadas à balança comercial (e à de serviços). Dessa
forma, a equação expressa para tal discussão está constituída com o seguinte per�l:
X
Exportações de bens (e serviços).
M
Importações de bens (e serviços).
C + I + G + N
Demanda agregada (DA).
X
Exportações líquidas.A inserção das transações com o exterior em bens e serviços no modelo IS/LM irá afetar diretamente o equilíbrio expresso pela curva IS.
Dessa forma, precisamos analisar os elementos determinantes da balança comercial (e da balança de serviços <> ), ou seja, os
determinantes das exportações de bens (e serviços) e das importações de bens (e serviços).
balança de serviços
A balança de serviços diz respeito aos resultados com transportes; viagens internacionais; telecomunicação; computação e informações;
serviços de propriedade intelectual; aluguel de equipamentos; serviços de negócios; entre outros.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0315/tema3.html
Clique nos botões para ver as informações.
As exportações (X) são dependentes do comportamento veri�cado pela renda do resto do mundo (RM). Isso porque o RM irá
demandar mais bens (e serviços) de um dado país quanto maior for sua capacidade de gasto, isto é, quanto maior for a sua renda
externa (Y ). Por outro lado, as desvalorizações da moeda nacional (ou um aumento da taxa de câmbio - ε), ao tornarem mais
baratos os bens (e serviços) nacionais em moeda estrangeira, contribuem no sentido de elevar as exportações.
De forma sintética, dadas as considerações acima, temos a seguinte função das exportações, isto é: X = f(Y , ε) .
É importante destacar que as exportações são in�uenciadas não somente pela renda externa e pela taxa de câmbio, mas também por
outras variáveis, entre elas: Os preços internos em R$ e os subsídios e incentivos às exportações. Contudo, para simpli�carmos,
tomaremos como análise somente as variáveis renda externa e taxa de câmbio in�uenciando estas exportações.
No caso das exportações 
ext
ext
2
O volume de produtos a serem importados (M) no exterior depende fundamentalmente da capacidade interna de um país de gerar
gastos, ou seja, depende da sua renda interna (Y ). Contudo, além disso, as desvalorizações da moeda nacional (ou um aumento da
taxa de câmbio - ε), ao tornarem os produtos estrangeiros mais caros, acabam reduzindo a demanda dos residentes por produtos
importados.
De forma simpli�cada, dadas as informações acima, a função importação pode ser expressa por: M = f(Y , ε) .
É importante ressaltar que as importações são in�uenciadas não somente pela renda interna e pela taxa de câmbio, mas também por
outras variáveis, entre elas: Os preços internos e as tarifas e barreiras às importações. Entretanto, para sintetizarmos as explicações
desta aula, consideraremos unicamente as variáveis renda interna e a taxa de câmbio agindo sobre estas importações.
No caso das importações 
int
int
3
A balança comercial (e de serviços) depende do comportamento de três variáveis: Renda interna (Y ), renda externa (Y ) e taxa de
câmbio em dado país (ε). Em função disso, podemos derivar três resultados fundamentais apresentados a seguir:
1º. Um aumento da renda interna ao elevar os gastos com importações, tudo o mais constante, irá determinar uma contração (ou
mesmo uma piora) do resultado da balança comercial (e de serviços), e, por conseguinte, uma redução da demanda agregada (DA);
2º. Uma elevação na renda externa, permanecendo inalterados outros fatores, irá melhorar o resultado da balança comercial (e de
serviços), ou mesmo reduzir o seu saldo negativo e, consequentemente a isto, gerar um aumento da DA;
3º. Um aumento da taxa de câmbio, tudo o mais constante, melhora as condições do saldo da balança comercial (e de serviços),
bene�ciando a demanda agregada.
A ilustração a seguir representa a curva da balança comercial (e de serviços), também chamada de exportações líquidas, para uma
dada renda externa e para uma determinada taxa de câmbio, sendo determinada pelo comportamento da renda interna. A curva é
negativamente inclinada, uma vez que as importações aumentam com a elevação da renda doméstica da economia, reduzindo o
saldo observado para a balança comercial (e de serviços).
Vejamos agora como �ca uma curva IS com as informações complementares. Em um modelo keynesiano generalizado, a curva IS
determina que o volume de renda (Y) é uma função total dos gastos autônomos (A) e da taxa de juros (r), isto é: Y = f(A, r). Ao
incluirmos, agora, as variáveis renda interna, renda externa e taxa de câmbio, o equilíbrio do mercado de bens (e serviços) passa a ser
expresso com a seguinte expressão:
Y = f(A, r) + ƞ(Y , Y , ε)
Vamos a um exemplo para entendermos melhor o que essa nova função explica. Suponhamos que ocorra um aumento da renda
externa (Yext), permanecendo inalterados outros fatores. Este aumento provocará um deslocamento da curva BCS1 para BCS2, como
descrito no grá�co abaixo.
A curva IS constituída pela balança comercial (e pela balança de serviços) 
int ext
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
int ext
Esse aumento da renda externa provoca um aumento do saldo das exportações líquidas (NX), bem como uma elevação na demanda
agregada (DA) do país que será traduzida por um deslocamento para a direita e para cima da curva IS, como representado na
ilustração a seguir.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Em função do grá�co anterior, portanto, podemos notar que o deslocamento na curva IS ocorreu devido a um aumento da renda
externa, que teve como consequência a elevação nas exportações líquidas do país. Como resultado da elevação da renda externa,
houve um aumento da renda interna (Y para Y ) e da taxa de juros de equilíbrio (de r para r ).
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
1 2 1 2
Verificando o aprendizado
1. Leia atentamente as informações a seguir. A respeito da curva IS do modelo keynesiano simples:
I: Apresenta o agregado investimento sendo um gasto autônomo, signi�cando que não há nenhuma relação entre o agregado investimento
e a taxa de juros.
II: Não há relação entre o equilíbrio no mercado de bens (e serviços) e a taxa de juros.
III: A sensibilidade-juro da demanda por investimento (ß) é maior que zero.
Dadas as considerações acima, assinale a a�rmativa correta:
a) I, II e III são verdadeiras.
b) I, II e III são falsas.
c) Somente I é falsa.
d) Somente I e II são verdadeiras.
2. Leia atentamente as considerações a seguir.
I: Um aumento da taxa de câmbio, tudo o mais constante, melhora as condições do saldo da balança comercial (e de serviços), bene�ciando
a demanda agregada e deslocando a curva IS para cima e para a direita.
II: Quando a curva LM tem um per�l totalmente horizontal, isso demonstra que a sensibilidade-juro da demanda por moeda tende ao in�nito.
III: Um aumento da renda interna ao elevar os gastos com importações, tudo o mais constante, irá determinar uma melhora do resultado da
balança comercial (e de serviços), e, por conseguinte, uma elevação da demanda agregada (DA), deslocando a curva IS para baixo e para a
esquerda.
Dadas as colocações acima, assinale o item correto:
a) I, II e III são verdadeiras.
b) I, II e III são falsas.
c) Somente I e II são verdadeiras.
d) Somente I e III são verdadeiras.
MÓDULO3
 Examinar o modelo Mundell-Fleming.
 Introdução
Faremos uma introdução sobre as características do Modelo IS/LM/BP, mais conhecido como o Modelo Mundell-Fleming. Em seguida,
analisaremos as consequências no modelo em função da utilização das políticas �scal e monetária com câmbio �xo e �utuante em
decorrência da perfeita mobilidade de capitais.
O modelo Mundell-Fleming: IS/LM/BP: uma apresentação
introdutória
Segundo Gonçalves (2016), o modelo Mundell-Fleming ou modelo IS/LM/BP, desenvolvido por Robert Mundell e por Marcus Fleming,
constitui-se numa ampliação do modelo IS/LM para uma economia aberta. Nesse modelo, leva-se em consideração não apenas o resultado
da conta de transações correntes, mas também os �uxos de capital entre fronteiras contabilizados na conta capital e �nanceira no balanço
de pagamentos.
De acordo com Vasconcellos e Lopes (2015), esse modelo é um
instrumental de avaliação da eficiência das políticas fiscal e monetária,
levando em consideração os impactos dessas políticas sobreos fluxos
de capitais nos regimes de câmbio fixo e de câmbio flexível ou
flutuante.
A seguir, estudaremos o contexto da perfeita mobilidade de capital com os regimes de taxa �xa de câmbio e taxa �utuante de câmbio, cujas
políticas monetária e �scal serão desenvolvidas apresentando cenários que expliquem o comportamento da Economia sobre a renda e a
taxa de juros.
No que diz respeito aos contextos da mobilidade nula de capital e da imperfeita mobilidade de capital com câmbio �xo e �utuante no
modelo Mundell-Fleming, tais discussões serão realizadas posteriormente.
Taxa de câmbio fixo com perfeita mobilidade de capital

Veja o grá�co abaixo.
Política monetária expansionista
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Percebe-se que há uma promoção de política monetária expansionista. Tal política eleva a oferta de meios de pagamento, deslocando a
curva LM para a direita e para baixo, ou seja, de LM para LM . O resultado desse deslocamento é uma queda da taxa de juros, isto é, de r =
rext   para r . Em função disso, percebe-se que r é menor do que r = rext, o que fará com que os investidores retirem seu capital desta
Economia para aplicar seus recursos em outras economias no exterior.
1 2
2 2
Em um regime de taxa de câmbio �xo, isto é, em que a Autoridade Monetária tem o compromisso de manter �xa a taxa de troca entre a
moeda nacional (R$) e a moeda estrangeira (US$), essa fuga de capital para o exterior irá implicar, para manter �xo o câmbio, em uma
venda de divisas e, portanto, em uma compra pelo Banco Central (BC) de moeda nacional.

Atenção
Essa compra de divisas pelo BC constitui-se em uma política monetária contracionista que anula a política monetária expansionista
inicialmente realizada pelo Banco Central, fazendo com que a curva LM retorne a seu patamar inicial como demonstrado no grá�co anterior.
Em um regime de taxa de câmbio �xo sob perfeita mobilidade de capital, a política monetária expansionista é ine�caz, pois, ao tornar a taxa
de juros interna inferior à externa, essa política provoca uma fuga de capitais, cujo resultado �nal é a compra de moeda nacional e a venda
de divisas para manter o câmbio �xo e, consequentemente, um equilíbrio externo conjuntamente ao equilíbrio interno.

Veja o grá�co a seguir.
Política fiscal expansionista
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
A promoção de uma política �scal expansionista, como, por exemplo, a elevação dos gastos do governo (G), provocará um deslocamento
para a direita e para cima da curva IS, isto é, de IS1 para IS2. Em função desse deslocamento, ocorre uma elevação da taxa de juros interna
(r’), superior à externa, provocando uma migração dos �uxos de capitais para a Economia em questão.
Essa entrada de capital estimula uma apreciação da taxa de câmbio. Entretanto, como o regime de câmbio está caracterizado pela adoção
de taxa de câmbio �xa, a Autoridade Monetária é obrigada a expandir os meios de pagamento da Economia (para poder manter �xa a taxa
de câmbio). Melhor colocando, a Autoridade Monetária é obrigada a realizar uma política monetária expansionista, gra�camente
representada por um deslocamento da curva LM para a direita e para baixo (de LM para LM ).
Percebe-se que o resultado �nal pode ser resumido da seguinte forma: a promoção de uma política �scal expansionista e um regime de taxa
de câmbio �xo e com perfeita mobilidade de capital, ao tornar a taxa de juros interna superior à externa, promove a entrada de capitais. Para
manter o câmbio �xo, o Banco Central é obrigado a emitir moeda nacional, ou seja, deve promover uma política monetária expansionista até
o ponto em que a igualdade entre juros interno e externo seja restabelecida.
1 2

Atenção
É importante destacar que, ao contrário da política monetária, em um regime de taxa de câmbio �xo e com perfeita mobilidade de capital, a
política �scal é capaz de elevar o produto (ou a renda) da Economia.
Taxa de câmbio flexível com perfeita mobilidade de capital

1
Política monetária expansionista
A promoção de uma política monetária expansionista, conforme apresentada no grá�co a seguir, como uma ampliação dos meios de
pagamento da Economia, provoca um deslocamento para a direita e para baixo da curva LM, isto é, de LM para LM . O resultado deste
deslocamento é uma redução da taxa de juros interna em relação à externa, tendo em vista que r é menor que r = r .
1 2
2 ext
 Fonte: Autor.
Essa redução da taxa de juros interna (isto é, abaixo da taxa de juros externa) tende a provocar uma fuga de capitais do país. Essa saída de
divisas irá forçar o Banco Central (BC) a vender a moeda estrangeira e comprar a moeda nacional.
Em um regime de taxa de câmbio �xa, o BC era obrigado a comprar moeda nacional e vender moeda estrangeira a um preço �xo. No
entanto, em um regime de taxa de câmbio �utuante ou �exível, quem determina a taxa de câmbio são as interações entre a oferta e a
demanda por divisas no mercado. Neste caso, essa pressão de venda da moeda nacional por divisas irá diminuir o valor da moeda nacional
medido em divisas; melhor colocando, veri�ca-se uma tendência à desvalorização da moeda nacional.
Por outro lado, como já estudado em aulas anteriores, uma desvalorização da moeda nacional provoca uma elevação das exportações
líquidas do país para o exterior, promovendo, segundo o grá�co a seguir, um deslocamento para a direita e para cima da curva IS, ou seja, de
IS1 para IS2. Tal deslocamento da IS, derivada da ampliação das exportações, irá se manter até que o equilíbrio no mercado monetário seja
restabelecido, isto é, até que a taxa de juros interna seja igual a externa (r = r ).ext
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.

Atenção
Podemos notar, portanto, que a política monetária expansionista, em um regime de câmbio �exível e com perfeita mobilidade de capital, é
e�ciente, já que é capaz de elevar o volume do produto (ou da renda) da Economia de Y para Y , o que não ocorre em um regime de taxa de
câmbio �xa.
1 2

2
Política fiscal expansionista
Segundo o grá�co a seguir, a adoção de uma política �scal expansionista, tal como uma elevação dos gastos do governo, tende a provocar
um deslocamento para a direita e para cima da curva IS, ou seja, de IS para IS . Este deslocamento eleva a taxa de juros interna de r = r
para r , isto é, acima da taxa de juros externa (r ).
1 2 ext
2 ext
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
O resultado desta elevação da taxa de juros interna é um aumento dos �uxos de capital do resto do mundo para a economia deste país.
Neste caso, veri�ca-se uma pressão de compra de moeda nacional e venda de divisa no mercado de câmbio, que se traduz em um regime
de taxa de câmbio �exível em uma sobrevalorização da moeda nacional em relação às divisas existentes.
Tal sobrevalorização irá determinar uma redução das exportações líquidas do país para o resto do mundo, o que tende a contrair o resultado
de sua balança comercial (e da balança de serviços), promovendo, de acordo com o grá�co a seguir, um deslocamento para a esquerda da
curva IS. Este processo irá se manter até que as taxas de juros, interna e externa, retornem ao equilíbrio, ou seja, r = r .
Logo, tem-se como resultado que a promoção de uma política �scal expansionista em um regime de taxa de câmbio �exível e com perfeita
mobilidade de capital é ine�caz no que tange à elevação do produto (ou da renda) da Economia.
ext
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Tem-se como resultado que a promoção de uma política fiscal expansionista em um regime de taxa de câmbio flexível e com perfeita
mobilidade de capital é ineficaz no que tange à elevação do produto (ou da renda) da Economia.
Verificando o aprendizado
1. Dada uma economia com plena mobilidade de capital:
I: A política monetária só tem efeito no caso do regime de câmbio �utuante. O compromisso da autoridade monetária (Banco Central) com a
defesa da taxa de câmbio impede que esta autoridade possa fazer uso de políticas monetárias.
II: Com taxa de câmbio �xo, a tentativa de �xaro câmbio obriga a autoridade monetária (Banco Central) contrair ou expandir a base
monetária, por ocasião das intervenções de compra e venda de moeda estrangeira.
III: A variação da base monetária difere do que acontece com o balanço de pagamentos.
De acordo com as informações acima, assinale a a�rmativa correta:
a) I, II e III são falsas.
b) I, II e III são verdadeiras.
c) Somente I e II são verdadeiras.
d) Somente I e II são falsas.
2. Supondo plena mobilidade de capital, no que diz respeito ao modelo Mundell-Fleming, leia as informações a seguir, isto é, as
consequências de uma política:
I: Monetária expansionista, sob o regime de taxas de câmbio �xas, referem-se à proposição de que não há efeitos sobre a renda e sobre as
exportações líquidas.
II: Fiscal expansionista, sob o regime de taxas de câmbio �xas, dizem respeito à proposição de que esta política é ine�caz na condição de
um equilíbrio interno com o externo.
III: Monetária expansionista, sob o regime de taxas de câmbio �utuantes, referem-se à proposição de que a renda e as exportações líquidas
aumentam e a taxa de câmbio se deprecia. 
IV: Fiscal, sob um regime de taxas de câmbio �utuantes, referem-se à proposição de que esta política é ine�caz no que tange à elevação do
produto (ou da renda) da Economia.
a) I, II, III e IV são falsas.
b) I, II, III e IV são verdadeiras.
c) Somente II, III e IV são verdadeiras.
d) Somente I, III e IV são verdadeiras.

Contexto de câmbio �xo
Antes de toda e qualquer informação, observe o grá�co a seguir.
MÓDULO4
 Discutir a política cambial (bem como a política comercial) no âmbito dos diversos movimentos de
capital.
 Introdução
Apresentaremos uma recapitulação do modelo IS/LM/BP, demonstrando, como complemento, os efeitos da política cambial (bem como da
política comercial) sobre este modelo.
Modelo IS/LM/BP e a Política cambial

Entende-se como política cambial, segundo Gonçalves (2016), uma série de mecanismos realizados pelo governo para evitar a evasão de
divisas e contribuir para o equilíbrio do balanço de pagamentos, tais como a �xação de taxas múltiplas de câmbio (câmbio turismo, câmbio
comercial, câmbio �nanceiro etc.), bem como lançar mão de instrumentos que favoreçam algum setor da economia: Manter a moeda
nacional arti�cialmente desvalorizada para estimular as exportações, por exemplo.
Análise inicial
Sem (ou nenhuma) mobilidade de capital
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
A ilustração mostra que, com uma desvalorização da moeda nacional, ou seja, um aumento da taxa de câmbio (ou mesmo com uma
política comercial restritiva, por exemplo, um aumento das tarifas sobre as importações), haverá um deslocamento da IS1 para a IS2, e da
BP1 para a BP2. Contudo, destaca-se que o deslocamento ocorrido com a BP é maior do que ocorreu com a IS e, desta forma, o ponto (2) se
refere a um contexto de superávit do balanço de pagamentos. Neste sentido, sob câmbio �xo, o novo equilíbrio tenderia a ser neste ponto
(2), mas, como deve haver um equilíbrio entre o mercado interno e externo, a longo prazo, a LM se desloca de LM1 para LM2, deixando,
portanto, o equilíbrio no ponto (3), aumentando a renda da Economia.
Contexto de câmbio �utuante
No grá�co a seguir, consideramos uma desvalorização da moeda nacional (ou um aumento da taxa de câmbio, ou até uma política
comercial restritiva através de um aumento de tarifas às importações), ocasionando um deslocamento da IS1 para a IS2, e da BP1 para a
BP2.

Esta marca d'água se aplica a fundos escuros
 Fonte: Autor.
A curva BP (ou BP = 0), conforme podemos observar, tem um deslocamento maior do que a curva IS e, desta forma, o ponto (2) é um ponto
de superávit do balanço de pagamentos. Com o câmbio �utuante, o BP deve estar em equilíbrio, mas este superávit implica em uma
apreciação da moeda nacional (ou uma queda da taxa de câmbio), o que fará com que tanto a IS quanto a BP retornem ao seu nível original,
que é justamente no ponto (1).
Imperfeita mobilidade de capital
Toda a discussão que se fará a partir de agora, que diz respeito à imperfeita mobilidade de capital, envolverá somente a curva BP (ou BP = 0)
acima da curva de LM, cabendo destacar que esta curva BP também pode estar abaixo da curva LM . Você pode, como exercício, deslocar a
curva IS e BP; esta última deve estar abaixo da curva LM, mostrando o que acontece com a renda e a taxa de juros.
Contexto de câmbio �xo
Observe atentamente o grá�co a seguir.
Contexto de câmbio �utuante
Averigue o grá�co a seguir.
Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
A �gura nos mostra que uma desvalorização da moeda nacional através de uma política cambial, ou mesmo uma política comercial
restritiva com objetivo de conter as importações, desloca a curva BP de BP1 para BP2, bem como a curva IS de IS1 para IS2, mas o
deslocamento da BP é maior do que o da curva IS. Tal deslocamento da BP acaba gerando um superávit no ponto de interseção entre a IS2
e a LM1.
Como a taxa de câmbio é �xa, o ponto da interseção IS2 e LM1 (ou melhor observando, o ponto (2)) seria o novo equilíbrio, mas, a longo
prazo, a LM se desloca de LM1 para LM2, �cando, portanto, o equilíbrio entre o mercado interno e externo no ponto (3).

Contexto de câmbio �xo
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
O grá�co nos mostra que há um deslocamento tanto da curva BP quanto da curva IS para a direita, sendo o deslocamento da BP maior do
que o deslocamento da IS, gerando um superávit no ponto de encontro entre IS1 e LM, ou seja, no ponto (2). Como o câmbio é �utuante, o
equilíbrio se dá no ponto inicial (1), já que a valorização da taxa de câmbio causada pelo superávit do balanço de pagamentos faz com que
IS e BP retornem aos níveis iniciais.
Perfeita mobilidade de capitais
Contexto do câmbio �utuante
A análise que se expressa neste item é, fundamentalmente, a mesma do que já foi estudado, ou seja, uma desvalorização da moeda
nacional (ou uma restrição comercial às importações) feita pela governo, deslocando a curva IS para a direita (isto é, de IS1 para IS2 ,
gerando um superávit no ponto de interseção entre a IS2 e a curva LM (ponto 2), de acordo com o grá�co a seguir).
 Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Como a taxa de câmbio é �xa, o ponto (2) seria o novo equilíbrio. Entretanto, a longo prazo, a curva LM se desloca para a direita até formar o
ponto (3) na interseção IS2 com a LM2 e a curva BP, demonstrando, segundo o grá�co, um aumento da renda da Economia.

De acordo com o grá�co a seguir, sob mobilidade perfeita de capital, a análise fundamentalmente é a mesma no que diz respeito aos itens
anteriores, isto é, uma desvalorização do câmbio (ou uma restrição às importações por meio de tarifas), deslocando a curva IS para a
direita. Tal deslocamento gera um ponto de interseção IS1 com LM, gerando um superávit do balanço de pagamentos (no ponto 2).
Como a taxa de câmbio é �utuante, o equilíbrio se dá no ponto inicial (ou seja, no ponto 1), pois a apreciação do câmbio, causada pelo
superávit do balanço de pagamentos, faz com que a curva IS volte ao nível inicial (isto é, no ponto 1 do grá�co), segundo a ilustração a
seguir.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Conclusão
Em função de tudo o que foi estudado neste item, podemos fazer as seguintes colocações no que diz respeito à utilização de uma política
cambial expansiva (assim como de uma política comercial restritiva):
Mobilidade de
Capital
Regime de
Taxa de
Câmbio
Política Cambial de Desvalorização
(ou Política Comercial Restrita)
Sem (ou Nenhuma)
Mobilidade de capital
Fixa Aumenta a renda
Flutuante Sem efeito
Perfeita (ou Total)
Mobilidade de Capital
Fixa Aumenta a renda
Flutuante Sem efeito
Perfeita (ou Total)
Mobilidade de Capital
Fixa Aumenta a renda
Flutuante Sem efeito
 Revisão do contexto IS/LM/BP com livre (ou perfeita) mobilidade de capital
 Clique no botão acima.
Análise inicial: o modelo Mundell-Fleming
O modelo de Mundell-Fleming diz respeito a todo um conjunto de apresentações grá�cas relacionadasà macroeconomia aberta
com concepção keynesiana. Este conjunto grá�co ajuda a entender o passo a passo das situações possíveis que se referem aos
diferentes graus de mobilidade (perfeita, nula e imperfeita), com dois regimes cambiais, isto é, regime de câmbio �xo e regime de
câmbio �exível, e com dois instrumentos de política econômica, ou seja, a política monetária e a política �scal. Ao mesmo tempo,
este modelo apresenta toda uma comparação de situações abstratas de desequilíbrio e de equilíbrio entre o mercado interno e
externo. Além disso, consideramos como parâmetros de discussão que:
O balanço de pagamento BP = 0, isto é, o saldo de transações correntes, ou o saldo da balança comercial (e da balança de
serviços), é igual ao movimento da conta capital e �nanceira; e
Os capitais autônomos são atraídos pelo diferencial entre a taxa de juros doméstica e a taxa de juros do exterior (r – rext),
assim:
se r > rext: Capitais autônomos ingressam no país em busca de maior remuneração;
se r < rext: Capitais autônomos se retiram do país em busca de maior remuneração no exterior.
Desta forma, percebe-se que o �uxo de capitais autônomos é uma função crescente da diferença entre a taxa de juros interna e a
taxa de juros do exterior.
Mobilidade de capital
O resultado do balanço de pagamentos é igual ao resultado da balança comercial (e de serviços) em um contexto em que a
economia funciona sem mobilidade de capital. Quando a economia se encontra em perfeita mobilidade de capital, o resultado da
balança comercial (e de serviços) é desnecessário, pois, neste contexto, o diferencial entre a taxa de juros doméstica com a taxa
de juros externa acaba sendo a variável relevante. Em contrapartida, em circunstâncias em que a economia apresenta imperfeita
mobilidade de capital, vimos que, simultaneamente, a renda e a taxa de juros são variáveis que in�uenciam o equilíbrio entre o
mercado interno e externo.
A condição da livre (ou perfeita) mobilidade de capital
Esta condição retrata que a taxa de juros interna é igual a externa, sendo que tal igualdade é percebida quando a curva BP = 0 é
in�nitamente elástica (ou totalmente horizontal). Neste contexto, em qualquer quantidade e sem custos de transação, os agentes
investidores compram ativos. A compra destes ativos demonstra que tais investidores buscam sempre os ativos de maior
rentabilidade possível.
Em função das considerações acima, e supondo uma política monetária expansionista por meio da maior oferta monetária:
a. Com um regime de câmbio �xo: A curva LM se desloca para a direita e para baixo. No ponto de interseção de encontro de IS1
com LM2, o balanço de pagamentos (BP=0) encontra-se de�citário. Como o câmbio é �xo, a taxa de juros doméstica não
pode variar, isto é, deve-se manter a igualdade r = rext. Portanto, o deslocamento da LM1 para LM2 acaba sendo nulo e, com
isso, retorna-se ao ponto de equilíbrio original, segundo a ilustração a seguir.
b. Com um regime de câmbio �utuante: A curva LM se desloca para a direita e para baixo, de LM1 para LM2. No novo ponto de
equilíbrio com IS1 e LM2, o balanço de pagamentos (BP=0) acha-se de�citário. Em função do câmbio ser �utuante, o dé�cit
do BP =0 resulta em um aumento da taxa de câmbio (ou uma desvalorização da moeda nacional), deslocando a IS para a
direita, levando ao novo ponto de equilíbrio IS2, com LM2 e BP, conforme a ilustração a seguir.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
Em função das informações anteriores, e, agora, supondo uma política �scal expansionista por meio do aumento dos gastos
públicos:
a. Com um regime de câmbio �xo: A curva IS se desloca para a direita e para cima. Por meio deste deslocamento, há a
formação de um novo ponto de equilíbrio entre a IS2 e a LM1. Dado este novo equilíbrio, observa-se que o balanço de
pagamentos (BP=0) está superavitário. Sabendo-se que o regime de câmbio é �xo, a taxa de juros doméstica, acima da taxa
de juros do exterior, irá provocar uma entrada de capitais. Ao mesmo tempo, o Banco Central irá acomodar o a mudança da
curva IS. A partir daí, a curva LM se desloca até o novo ponto de equilíbrio entre a IS2, LM2 e a BP = 0, de acordo com a
ilustração a seguir.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
b. Com um regime de câmbio �utuante: A curva IS se desloca para a direita e para cima, e o encontro IS2 com LM resulta em
um balanço de pagamentos superavitário. Sabendo-se que o regime da taxa de câmbio é �utuante, o superávit em BP=0 fará
com que a taxa de câmbio tenha uma queda, isto é, haverá uma apreciação desta taxa, e, consequentemente a isso, a IS2
retorne para IS1, conforme podemos veri�car pelo grá�co abaixo.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
 Fonte: Autor.
 Revisão dos contextos IS/LM/BP sem (ou nula) mobilidade de capital e de imperfeita mobilidade de capital
 Clique no botão acima.
Análise inicial
Em uma economia sem mobilidade de capital, não há �uxo de capitais. Desta forma, o saldo do balanço de pagamentos
corresponde ao saldo da balança comercial (e de serviços). Neste sentido, como não há �uxo de capitais, o equilíbrio no balanço
de pagamentos passa a ser independente da taxa de juros.
Já no caso da imperfeita mobilidade de capital, conforme já dito em linhas anteriores, tanto a taxa de juros quanto a renda são
variáveis determinantes no equilíbrio conjunto do mercado interno com o externo.
As condições dos contextos nulo de mobilidade de capital e de imperfeita
mobilidade de capital
O quadro a seguir faz análises que explicam, por meio de uma revisão, as condições destes contextos de mobilidades de capital
envolvendo os regimes de taxas de câmbio �xo e �utuante, utilizando-se as políticas monetária e �scal.
Vamos, portanto, ao quadro elaborado pelo próprio autor.
Mobilidade
de Capital
Regime
de
Câmbio
Monetária
Análise
Explicativa
Ilustração
Sem (ou
Nenhuma)
Fixo Suponha uma
condição de
equilíbrio 
inicial. Então,
partimos do
ponto (1). A
expansão
monetária
desloca a LM
para a 
direita. No
ponto (2), seria
o novo
equilíbrio. No
curto prazo e
teríamos um 
déficit do
balanço de
pagamentos.
Ao longo do
tempo, porém,
este déficit 
implicaria em
uma perda de
reservas e a
contração
monetária faria
com que 
voltássemos ao
equilíbrio inicial
no ponto (1). 
_________________________________
Flutuante Sob câmbio
flutuante, o
balaço de 
pagamentos
tem que estar
em equilíbrio. A
expansão
monetária
desloca a LM
para 
a direita. Com
câmbio
flutuante há
déficit em BP, o
que não pode
ser 
sustentado,
então o câmbio
deprecia o que
desloca a IS e a
BP para a
direita.
Imperfeita Fixo Conforme os
gráficos, ocorre
um
deslocamento
da LM para
direita e para
baixo (de LM1
para LM2). Isto
faz com 
que haja uma
queda de taxa
de juros. Os
juros caindo, o
investimento e
a renda 
aumentam,
assim como há
uma saída de
capital no país,
além disso, o
aumento da 
renda prejudica
o saldo da
conta corrente.
Como a saída
de capital do
país e o 
resultado da
conta corrente,
gera-se um
déficit no saldo
do balanço de 
pagamentos.
Considerando-
se um regime
de taxa de
câmbio fixa, o
Banco Central 
perde reservas
internacionais,
o que fará com
que haja a
contração da
oferta de 
moeda ao
longo do
tempo. Esta
contração fará
a LM voltar à
posição inicial, 
evidenciando a
ineficácia da
política
monetária, de
acordo com os
gráficos a 
seguir o
aumento da
renda prejudica
o saldo da cota
corrente.
Flutuante Conforme os
gráficos, ocorre
um 
deslocamento
da LM para
direita (de LM1
para LM2). Tal
deslocamento
faz com que 
haja uma nova
situação para a
Economia, ou
seja, haverá
uma queda da
taxa de 
juros, maior
nível de renda e
um déficit no
balanço de
pagamentos. O
déficit no 
balanço de
pagamentos
provocará uma
desvalorização
da moeda
nacional (ou
um 
aumento da
taxa de câmbio)
que fará com
que tanto a
curva IS como a
curva BP se 
desloquem
para a direita,
potencializando
o impacto
expansionista
da política 
monetária.
Verificando o aprendizado
1. Suponha uma BP com perfeita mobilidade de capital ecom câmbio �xo. Neste sentido, explique as consequências na medida em que
ocorre uma política �scal expansionista.
a) Haverá um deslocamento da curva LM para baixo, reduzindo a taxa de juros. Em função disso, ocorre uma saída de recursos e, dada
essa condição, uma contração monetária, fazendo com que a curva LM volte à posição inicial.
b) Haverá um deslocamento da curva IS para cima.
c) Irá ocorrer, primeiro, um deslocamento da curva IS para a direita. Tal deslocamento irá elevar a taxa de juros, ocasionando uma entrada
de recursos, gerando, desta forma, uma valorização da taxa de câmbio.
d) Irá ocorrer um deslocamento da curva LM para baixo, deslocando a taxa de juros para baixo.
2. Explique o modelo Mundell-Fleming, discutindo-o em um contexto sem nenhuma mobilidade de capital.
a)Resultado da balança comercial (e de serviços) em um contexto em que a economia funciona sem mobilidade de capital.
b) Em uma economia sem mobilidade de capital, não há fluxo de capitais. Desta forma, o saldo do balanço de pagamentos corresponde
ao saldo da balança comercial (e de serviços).
c) Retrata que a taxa de juros interna é igual a externa, sendo que tal igualdade é percebida quando a curva BP = 0 é infinitamente elástica
(ou totalmente horizontal).
d) Todo um conjunto de apresentações gráficas relacionadas à macroeconomia aberta com concepção keynesiana.
Considerações finais
O Modelo IS-LM é um padrão que sugere encontrar o equilíbrio macroeconômico entre o mercado de bens e serviços e o mercado
monetário.Referências
FROYEN, Richard T. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; LOPES, Luiz Martins. Manual de Macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo: Saraiva,
2018
GONÇALVES, Reinaldo (Org.). Economia Internacional. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2016; caps. 14 e 15.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; LOPES, Luiz Martins (Orgs.). Manual de Macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo:
Saraiva, 2018; caps. 5 e 6.
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