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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNINTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO SOBRAL – CE 2018 ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário (UNINTA) como requisito parcial para aprovação na disciplina de Seminário de Monografia I, sob a orientação da Prof.ª. Me. Keila Maria Carvalho Martins SOBRAL – CE 2018 ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário (UNINTA) como requisito parcial para aprovação na disciplina de Seminário de Monografia I. BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________________ Orientadora: Prof.ª. Me. Keila Maria Carvalho Martins ___________________________________________________________________ 1ª Examinadora: Prof.ª Me Raíla Souto Pinto Menezes ___________________________________________________________________ 2º Examinador: Prof.º Me Francisco Meykel Amâncio Gomes – Coordenador (a) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 04 2 OBJETIVOS 07 2.1 Objetivo Geral 07 2.2 Objetivos Específicos 07 3 REVISÃO DE LITERATURA 08 3.1 O Parto 08 3.2 Tipos de Partos 11 3.3 Escolha da Via de Parto 12 4 METODOLOGIA 15 4.1 Tipo de Estudo 15 4.2 Local e Período da Pesquisa 15 4.3 Fonte de coleta de dados 16 4.4 Analise de Dados 16 4.5 Aspectos Éticos 16 CRONOGRAMA 18 ORÇAMENTO 19 REFERÊNCIAS 20 APÊNDICE A Instrumento de coletas de informações 23 APÊNDICE B Carta de Apresentação 24 APÊNDICE C Termo de Ciência Sobre Pesquisa Científica na Unidade Hospitalar 25 APÊNDICE D Declaração de Ciência do Pesquisador/Orientador 26 APÊNDICE E Solicitação De Autorização Para Pesquisa Científica 28 4 1 INTRODUÇÃO A gravidez é um dos determinantes do estado de saúde da mulher, sendo em algumas situações o único momento de contato que a mulher em idade reprodutiva terá com os serviços de saúde, tratando-se de oportunidade ímpar para uma assistência direcionada à promoção da saúde da mulher, orientação e rastreamento de enfermidades (COSTA, 2013). A gestação significa um período diferente e especial, sendo configurado por incertezas, dúvidas e inseguranças, principalmente para as primigestas, visto que nunca passaram pela experiência. Em muitos casos, a gestante não participa da discussão acerca da escolha da via de parto, sendo informada apenas sobre a decisão médica final. O Brasil apresenta altas taxas de incidência de parto cesáreo (36,4%) quando comparado a vários países do mundo como os EUA (24,7%), Canadá (19,5%), Dinamarca (13,1%) e Austrália (7,5%) (TEDESCO, 2017). A decisão acerca da via de parto é influenciada por diversos fatores como os riscos e benefícios, possíveis complicações e repercussões futuras. Portanto, as mulheres devem receber informações precisas para que possam fazer valer um dos elementos do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento: o direito de livre escolha da via de parto, que deverá ser respeitado, especialmente, quando estas forem devidamente orientadas e acompanhadas durante todo o processo de gestação e parto (BRASIL, 2013). A expectativa das mulheres a respeito da escolha do tipo de parto tem relação com o conhecimento das mesmas sobre o assunto e as informações que são tratadas pelos profissionais da área de saúde. Portanto, torna-se importante a troca de conhecimentos durante a realização do pré-natal, não somente com o intuito de informar às gestantes, mas também como meio de interação entre o profissional e a cliente, possibilitando o esclarecimento de dúvidas, reduzindo assim a ansiedade das mulheres em relação ao momento do parto e ao período gestacional (OLIVEIRA, 2013). Sabe-se que é fundamental para a decisão da via de parto pela gestante uma maior aproximação dela com o profissional, garantindo uma atenção integral e de qualidade à mulher, esclarecendo suas dúvidas e anseios no que se diz respeito aos aspectos da gestação, parto e puerpério. A responsabilidade e o papel do profissional na promoção da saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal, na educação em 5 saúde e na assistência ao processo parir/nascer é uma necessidade que urge por mudanças (BRASIL, 2013). Sendo assim, torna-se relevante entender quais os fatores que realmente influenciam as gestantes na decisão da via de parto. A partir desse conhecimento pode-se direcionar a atenção e o cuidado dos profissionais de saúde durante o esclarecimento de dúvidas das futuras mães, fazendo com que estas decidam com confiança a via de parto pela qual seus filhos nascerão. Atualmente, com a proposição da humanização do parto, é importante destacar que os profissionais que acompanham o pré-natal, em especial os enfermeiros, possuem importante papel, permitindo que as mudanças efetivamente ocorram. Para tal, é necessário agregar ao cuidado ações educativas e humanizadoras visando a um parto saudável, desconstruindo mitos e correntes que interferem neste momento (VELASQUE, 2014). Muitas mulheres ainda sentem medo de parirem por via vaginal, principalmente por temerem as consequências que podem advir desta via de parto, como o desencadeamento de incontinência urinária e fecal, distopias genitais e até lacerações perineais importantes. Este anseio pode ser multiplicado pelo desconhecimento ou mesma ausência de diálogo com os profissionais de saúde que as acompanham no pré-natal, pelo não esclarecimento das dúvidas em relação ao momento e ao tipo de parto, tornando-se necessária uma maior aproximação entre o profissional e a paciente no intuito de fornecer informações que diminuam a ansiedade e insegurança das mesmas (GAMA, 2015). Diante dessa realidade, estabeleceu-se como questão de pesquisa: quais os determinantes para escolha da via de parto na maternidade de um hospital da região norte do estado do Ceará? Em razão do exposto, o estudo objetivou conhecer os fatores que influenciam na decisão da via de parto de gestantes atendidas em uma Unidade de saúde na região norte. O trabalho visa contribuir no atendimento à gestante, demonstrando aos profissionais de saúde e às próprias a importância das orientações do pré-natal acerca dos tipos de parto, possibilitando que as informações recebidas cooperem para uma tomada de decisão de forma crítica e segura sobre a via de parto. Justifica-se esta pesquisa, ao constatar uma quantidade limitada de estudos relacionados, embora seja um tema relevante e atual. Urge que novos estudos sejam realizados e que a discussão seja ampliada, na tentativa de melhorar o atendimento 6 e as condições que levam uma mulher a escolher conscientemente a via de nascimento de seu filho A relevância deste estudo é de cunho profissional e científico, traz a possibilidade de conhecer mais acerca da temática e ter como base à literatura para possíveis casos futuros. O desenvolvimento de pesquisas na área permite discutir o assunto em estudo e a apreensão desse conhecimento leva a fortalecer a comunicação efetiva de evidências científicas, experiências e recomendações destinadas a garantir a qualidade assistencial para as mulheres. 7 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Avaliar determinantes da escolha da via de parto de gestantes atendidas em um hospital terciário da Região Norte do Ceará 2.2 Objetivos Específicos:-Caracterizar o perfil sócio demográfico das gestantes atendidas nesta unidade; -Identificar o conhecimento das gestantes relacionado ao tema; -Descrever a escolha dessas gestantes para escolha da via de parto. 8 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 O Parto A gravidez e o parto tornam-se passagens que marca a vida das mulheres. Mesmo de seu corpo ter planejamento para reproduzir, desde o começo dos tempos, os métodos e costumes que acabam abarcando o parto têm se alterado. Ainda hoje, as práticas relacionadas ao parto possuem variância em distintos países e nas variadas culturas. Vale fazer destaque que, em todas as culturas, as mulheres durante seu trabalho de parto, todavia foram assistidas por um ou mais indivíduos, que geralmente tinham representação pelo sexo feminino, e de forma posterior, em ambiente hospitalar, através de um obstetra com formação médica, enfermeiras e técnicas de enfermagem (HELMAN, 2013). Até o século XVII, o parto tinha consideração como uma temática das mulheres, tinha resolução de forma caseira, existia a presença de uma parteira experiente, e normalmente, da mão da parturiente. A medicina não tinha um grande conhecimento relacionado ao parto, sendo que, as parteiras tinham representação do que havia de melhor no conhecimento e na assistência do parto. Geralmente, os médicos acabavam sendo convocados somente de forma ocasional, nos casos dos partos difíceis, mas ainda assim, nesse tempo, o poder de decisão continuava sendo da mulher (STORTI, 2014). A alteração da concepção iniciou quando passou ter existência o fórceps, instrumento com criação para a extração dos bebês nos casos dos partos difíceis que poderiam ser resultantes em mortalidade materna e perinatal. Com isso, no meio do século XVI, pouco a pouco, as parteiras perderam lugar com o surgimento da figura do cirurgião na assistência ao parto, e as mulheres tiveram desapropriação de seus saberes, da sua função como parteiras e dos domínios na área de parturição. É POSSÍVEL pontuar que, o fórceps acabou salvando diversos bebês e mães, em um tempo ONDE a cessaria era resultante de um enorme número de mortalidade (MALDONADO, 2013). Junto com a cesariana, tem surgimento a medicalização do parto como a utilização da anestesia. Tempos depois, a cesariana não era representante de tanto perito de óbito materno, passando a ter enfatização para os nascimentos no país. Vale fazer destaque que, um dos fatores que fez contribuições para desgastar o papel da parteira e o aceleramento da legitimação do médico com formação foi o período das 9 caças às bruxas, onde as partes causavam incômodos e afrontavam às autoridades por possuírem uma assistência intervencionista, sendo que, eram dados conselhos e era amenizada a dor do parto em um tempo onde era acreditado que a mulher deveria sobre a expiação do pecado original (SPINK, 2013). Spink, (2013) Ainda afirma que com a institucionalização do parto existiu o afastamento familiar e da rede social no procedimento de nascimento, sendo que, a estrutura física e dos hábitos hospitalares não tiveram planejamento para assistir as parturientes, mas para as necessidades dos profissionais da área de saúde. Assim, a maior parte das mulheres acabou passando a permanecer em internação em quartos coletivos, sem possuir privacidade. O momento do parto passou a ser repleto de normas comportamentais que possuíam definição pelo hospital. Assim, é possível perceber que, o parto pouco a pouco teve sua retirada do lar, passando a ter realização no hospital. O parto no hospital desistiu a mulher de seus direitos, de privacidade, do poder de decisão perante como e onde terá realização o parto e quem faz o acompanhamento durante este processo (TORNQUIST, 2014). No século XX, com a institucionalização da assistência e o predomínio do parto hospitalar, o cuidado à mulher e à família acabou sofrendo diversas alterações. A apropriação do saber médico, nessa área, acabou culminando em estabelecer a medicalização do corpo da mulher. Assim, foi ganhado muito na questão da tecnologia, mas foi perdido o relacionamento ao ambiente de acolhimento que tinha ocorrência no domicílio (STORTI, 2014). No começo da década de 60, existiu a invenção da técnica que acabava possibilitando a mulher fazer o controle de sua dor, isto é, foi introduzido o parto sem dor pela facilitação da anestesia peridural. A medicalização do nascimento acabou fazendo que, existisse um maior distanciamento perante as culturas leigas e obstétricas do nascimento. Os rituais médicos e a tecnologia médica são representantes de uma maneira de domesticar o incontrolável e de torna-lo mais ‘cultural’. Com isso, o parto em ambiente hospitalar, em diversos casos, faz crescer o fator estressante na mulher, por ser um local desconhecido, em diversos casos, faz crescer o fator estressante na mulher, por ser um local desconhecido, onde tem seu cuidado por indivíduos que também são desconhecidos, perdendo a ligação com o espaço familiar num momento que tem grande exclusividade e é especial em sua vida (RAMALHO, 2017). 10 A obstetrícia modernista acabou fazendo com que, os partos com dificuldades e que culminavam na morte da parturiente ou de seu bebê viesse a passar a ter mais seguridade, quando tem realização nos hospitais e com equipes especializadas nas situações de risco no nascimento, entretanto, a recomendação para que todos os partos tivessem hospitalização e medicados, acarreta em um distanciamento da parturiente de sua família. Entretanto, recentemente, é possível contar com a presença do pai da criança no momento do parto (SPINK, 2014). No decorrer dos tempos, as práticas com relação ao parto possuem grande variância em distintos países e variadas culturas. Sempre, algo que mantém-se em estabilidade em todas as culturas é o fato de que, durante o trabalho de parto as mulheres todavia foram assistidas por uma ou mais pessoas, que a princípios eram do sexo feminino (HELMAN, 2013). Partido do meio da década passada iniciou-se a distribuição pelo país um modelo de assistência obstétrica com recomendação através da Organização Mundial de Saúde (OMS), que altera o olhar do profissional da área da saúde perante a parturiente e sua família, se tratando dos Centros de Parto Normal. Estes centros fazem atendimento as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria nº 985/99 GM. São unidades de acolhimento ao parto normal, com fixação fora do centro cirúrgico obstétrico, que fazem aplicação de práticas recomendas, mas que possuem diferenciação dos serviços tradicionalistas de obstetrícia. É possuinte como intuito o resgate do direito à privacidade e à dignidade da mulher para dar à luz em um local parecido com seu ambiente familiar, o que permite um trabalho de parto ativo e participativo, e ainda, na garantia e oferta de recursos de tecnologia apropriados. Estes locais ainda acabam permitindo a parturiente receber seus acompanhantes. Entretanto, vale fazer destaque que, mesmo com comprovação de sua eficiência, este modelo de Centros de Parto Normal ainda gera oposições perante os profissionais da área da saúde, que não fazem admissão que a assistência obstétrica tem apresentação nestas unidades, seja coesa com a proposição de atenção integralista à mulher em processo de trabalho de parto (MACHADO E PRACA, 2016). 11 3.2 Tipos de Parto O estágio final da gestação é o parto. Segundo Reis e colaboradores (2009) é a expulsão do feto para o mundo exterior, através da via vaginal ou a retirada do bebê por via transabdominal, na operação cesariana. O momento do parto é importante para a mulher, um momento único que é idealizado e vivido por cada mulher de uma forma. Porém, estudos científicos e avanços tecnológicos na assistência ao parto,proporcionaram muitos benefícios no caso de partos caracterizados como de alto risco e resultaram na diminuição dos índices de morbimortalidade materna e neonatal (VELHO et al, 2012). Para decidir a via de parto é necessário analisar diversos fatores como os riscos e benefícios, possíveis complicações e repercussões futuras para a gestante e criança. Desta forma, as mulheres devem receber informações precisas para que possam fazer valer e respeitar um dos elementos do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento: o direito de livre escolha da via de parto (COSTA e SILVA et al, 2014). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2015) as cesáreas vêm se tornando cada vez mais frequentes tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento podendo acarretar riscos imediatos e a longo prazo tanto para a mãe quanto para o bebê, assim como, comprometer futuras gestações, principalmente em mulheres com acesso limitado a cuidados obstétricos. A assistência ao parto teve início quando as mulheres começaram a se ajudar, através do auxílio de seus familiares e/ou de parteiras, que com o decorrer do tempo foram acumulando e passando experiências de geração para geração (VIANA et al., 2014). O início da institucionalização do parto se deu após a Segunda Guerra Mundial, através da incorporação de novos conhecimentos e habilidades adquiridas pelos médicos nos campos de batalha. Foram aprendidas formas de realizar assepsia, cirurgia, anestesia, hemoterapia e antibioticoterapia, diminuindo significativamente a morbimortalidade materna e infantil. Porém, embora a institucionalização do parto e os avanços tecnológicos tenham proporcionado melhor controle dos riscos materno- fetais, ocorreu uma incorporação de grande número de intervenções desnecessárias, que culminaram, inclusive, com um aumento progressivo no número de cesarianas desnecessárias (MORAES et al., 2006). O parto natural é aquele com o atendimento centralizado na mulher e realizado sem intervenções como anestesias, episiotomia e indução durante o período do trabalho de parto, 17 no parto ou no pós-parto. O tempo da mãe e do bebê são 12 respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. Constata-se também que a recuperação da mulher é mais rápida. No caso do parto normal ou tradicional, este também ocorre via vaginal, porém, podem ser utilizados alguns procedimentos como corte vaginal, colocação do soro na veia, raspagem dos pêlos, lavagem intestinal, suspensão da alimentação, repouso na cama hospitalar, proibição da presença de um acompanhante, entre outras ações As vantagens dos partos natural e normal são inúmeras, entre elas pode-se citar a recuperação mais rápida da mulher, menor riscos a aquisição de infecções e auxílio na liberação dos pulmões do bebê. Já no parto cirúrgico, ou na cesariana, a recuperação da mulher é mais lenta. A duração do parto cesariano é menor, porém, pode haver mais complicações como riscos de infecções e dores posteriores ao procedimento. Na cesariana é necessário anestesia e o bebê pode posteriormente ter dificuldades respiratórias. Além disso, cada novo parto será mais complicado do que o anterior (PASTORAL DA CRIANÇA, 2015). 3.3 Escolha da via de parto São muitos os fatores que influenciam o comportamento materno em relação à preferência por determinada via de parto, tais como: suas crenças, suas expectativas particulares, o processo de informações que chegam até as gestantes, a postura do profissional em tendenciar à parturiente, o desrespeito à sua autonomia e o próprio sistema de saúde (FREITAS; SAKAE; JACOMINO, 2013). Na escolha da via de parto as informações provenientes de amigos, familiares e profissionais podem interferir de modo favorável ou não, dependendo da qualidade da orientação ou influência exercida. Ainda atual é a discussão sobre a via de parto, ou mais especificamente, sobre o parto cesáreo tendo em vista o desenvolvimento da tecnologia voltada para o nascimento. As vantagens, desvantagens, indicações, custos e fatores relacionados ao aumento da incidência da cesariana têm gerado inúmeras discussões, tanto no meio científico quanto âmbito popular (MIRANDA et al., 2016). Com o avanço tecnológico a medicina tornou-se um modelo tecnicista e intervencionista, deixando de lado a humanização do atendimento e primando pela racionalidade objetiva. A partir da década de 80 vem se intensificando a humanização da assistência ao parto em decorrência da atuação de grupos de mulheres que assim o reivindicam. A humanização, desse modo, se estabelece como política de 13 reivindicação e defesa dos direitos das mulheres na assistência ao nascimento em prol do parto seguro e pelo direito de conhecer e decidir sobre os procedimentos no parto sem complicações (KNOBEL et al., 2014). Apesar dos progressos que ocorreram nas técnicas cirúrgicas levando a um relativo aumento da segurança do procedimento da cesárea seus riscos persistem. O tipo de parto apresenta uma série de implicações em termos de necessidade e indicação, riscos e benefícios, dependendo de cada situação, tempo de realização, complicações e repercussões futuras (MANDARINO et al., 2012). O risco relativo de morte materna é ainda mais elevado na cesariana que no parto normal. Principalmente a ocorrência de hemorragia, infecção, embolia pulmonar e os acidentes anestésicos no caso específico da cesárea contribuem como causa de óbito materno. Outras complicações também relacionadas ao procedimento incluem o tromboembolismo, a infecção urinária e, especificamente no caso das cesáreas de repetição, o acretismo placentário e suas consequências. Nos últimos tempos, a necessidade de transfusões sanguíneas e de hemoderivados associada à realização de cesáreas ampliou mais ainda, os riscos associados ao procedimento, principalmente o da transmissão do vírus da hepatite e da imunodeficiência humana (BRASIL, 2015). Em contrapartida os médicos apontaram a cesárea como via de parto desejada pelas mulheres, relatando que entre os fatores que as levaram a essa escolha estavam: o medo do parto vaginal, consequências de um parto demorado, possível efeito sobre a vida sexual, dor do parto, possibilidade de realização da laqueadura tubária (FAUNDES, 2014). Diante disto, Tedescoet al. (2017) concluem em sua pesquisa que são necessárias ações especiais realizadas por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde no acompanhamento do pré-natal, ampliando orientações e informações com o objetivo de minimizar a insegurança a ansiedade, proporcionando uma maior relação interpessoal entre profissional de saúde e paciente. Os autores ressaltam que é de suma importância a criação de atividades educativas em grupo e participação das mulheres nos programas de preparo ao parto nos serviços de atendimento básico, com vistas a ampliar os conhecimentos desta população. Nesta mesma temática de acordo com Miranda et al. (2016) é muito importante a busca por novas estratégias, a fim de esclarecer melhor as mulheres acerca do processo gestacional, com mais informações sobre a fisiologia do parto, visto que, a 14 atuação na área obstétrica fica marcada pelo desrespeito e pela desatenção às mulheres na condição de parturientes. 15 4 METODOLOGIA 4.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O estudo descritivo é definido quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem intervir neles. Com desígnio em descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, com o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, e análise sistemática. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordenam dados,sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador (PRODANOV; FREITAS, 2013). As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório, que estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre o tema, objeto ou conceito. Na pesquisa qualitativa tem aspecto subjetivo, na qual atingem motivações não conscientes que apresentam uma forma espontânea de se expressar (SILVA, 2011). 4.2 Local e Período da Pesquisa A pesquisa será realizada durante o período de Março a Abril de 2019. Será realizada no Hospital Regional Norte da cidade de Sobral - Ce, que fica situada na Região Norte do estado do Ceará. Localizado na Avenida John Sanford, 1500, bairro Junco, na qual atualmente estão distribuídos aproximadamente 201.756 habitantes. O Hospital Regional Norte (HRN) atende 1,5 milhões de habitantes dos municípios das cinco regiões de saúde de Acaraú, Camocim, Crateús, Tianguá e Sobral que formam a macrorregião Norte (IBGE, 2015). Informações contidas no sítio eletrônico do Governo do Estado do Ceará (2014), afirma que o HRN é o maior hospital do interior da região Nordeste, com 57.813,70 metros quadrados de área construída, 382 leitos e capacidade para realizar até 1.300 internações por mês. Construído pelo Governo do Estado em Sobral, o HRN abriu as portas no dia 28 de fevereiro de 2013. Como hospital de média e alta complexidade, o HRN recebe pacientes encaminhados e regulados dos 55 municípios. A estrutura de assistência é ampla com atendimento em diferentes especialidades, entre elas cirurgia geral, pediatria, radiologia e cuidados a pacientes críticos (ISGH, 2010). 16 O hospital referido consta com o setor de emergência obstétrica na qual é realizado o acolhimento e triagem das pacientes, vale ressaltar que a demanda para o serviço se dá de forma regulada, através do processo de regulação de leitos do Estado. O eixo obstétrico do referido hospital é composto por uma unidade de internação com 23 leitos, um Centro de Parto Normal com 5 leitos ativos e um Centro Cirúrgico Obstétrico com 3 salas operatórias. No ano de 2018 foram atendidas 2923 pacientes. Destas 1243 tiveram como desfecho o parto operatório e 466 partos vaginais. 4.3 Fonte de coleta de dados Será utilizada uma entrevista semiestruturada com oito perguntas abertas, onde as respostas serão gravadas em áudio e após o fim da pesquisa serem transcritas, sendo a técnica de entrevista empregada para a construção dos dados. 4.4 Análise de dados As entrevistas coletadas passarão, então, por um processo de análise do conteúdo seguido por análise temática, feito sequencialmente com: pré-análise (seleção dos documentos importantes para análise, sendo consideradas somente as entrevistas cujas respostas foram coerentemente justificadas pela participante); exploração do material; tratamento dos resultados, interferência e interpretação (identificação e nomeação dos temas para discussão) (BAUER, 2004). 4.5 Aspectos éticos Serão observados os princípios éticos da pesquisa, na ponderação entre riscos e benefícios. Prezaremos pela confidencialidade das informações, comprometendo- se com o máximo de benefício e mínimos danos e riscos em expor o paciente e ou em causar extravios ou perda dos documentos. O trabalho será pautado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devido aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. A presente Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado (BRASIL, 2012a). 17 O projeto será encaminhado para a Comissão Interna de Ética em Pesquisa (CIP) do Hospital Regional Norte (HRN), após anuência será submetido à Plataforma Brasil para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar- CEP/ISGH 18 CRONOGRAMA ATIVIDADES Ago Set Out Nov Dez Revisão de literatura X X X X X 2019 ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL Qualificação do Projeto X Apreciação da CIP X Cadastro na Plataforma Brasil X Apreciação CEP-ISGH X Coleta de informações X X Análise das informações X Elaboração dos resultados finais X Apresentação da monografia e entrega X 19 ORÇAMENTO Especificação Quantidade Valor unitário em Reais Valor total em Reais Papel ofício A4 01 resma 18,00 18,00 Impressões 200 unidades 0,05 10,00 Canetas esferográficas 05 unidades 2,00 10,00 Internet 01 mês 84,50 84,50 Cartucho de tinta para impressão (preto) 01 unidade 90,00 90,00 Encadernação 08 2,00 16,00 Material Permanente Especificação Quantidade Valor unitário em Reais Valor total em Reais Notebook 01 unidade 2.350 2.350 TOTAL 3,178,00 OBS: Todo material será custeado pelo discente Antonio Gustavo Rodrigues de Lima 20 REFERÊNCIAS BAUER, M. 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Está esclarecendo suas dúvidas, dando informações em relação à gestação e ao parto? 6 Na sua visão, quais são as implicações para os bebês em caso de parto normal e de parto cesárea? O que você espera para seu bebê a partir do tipo de parto escolhido? 7 Você já sabe qual o tipo de parto será realizado? A escolha do tipo de parto foi sua? Teve alguma influência de seu médico ou de alguma outra pessoa? 8 Já passou por uma gestação anterior? Se sim, como foi a experiência? Qual foi o tipo de parto? Essa experiência anterior está lhe influenciando de alguma forma na atual? 24 APÊNDICE B CARTA DE APRESENTAÇÃO À Comissão Interna de Ética em Pesquisa – CIP, Prezado(a) Coordenador(a) da Comissão Interna de Ética em Pesquisa, encaminho o projeto intitulado “AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO” para apreciação desta comissão com o intuito de desenvolver pesquisa no Hospital Regional Norte gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). Declaro que os pesquisadores que assinam este documento realizaram a leitura e estão cientes do conteúdo da resolução 466/12 do CNS. Ratifico que os itens citados abaixo são verdadeiros: 1) Esta pesquisa ainda não foi iniciada; 2) Comunicarei quaisquer eventos adversos ocorridos ao CEP e a Instituição onde a pesquisa será realizada; 3) Apresentarei relatório no final desta pesquisa ao CEP e a unidade hospitalar onde a pesquisa será realizada. 4) Encaminharei cópia do certificado de apresentação da pesquisa em eventos científicos, publicação de artigos e/ou outra forma reconhecida pelos órgãos competentes, para ciência da comissão de ensino e pesquisa do ISGH. Atenciosamente, Sobral, ___de____________ de 2018. _____________________________________ Antonio Gustavo Rodrigues de Lima 25 APÊNDICE C TERMO DE CIÊNCIA SOBRE PESQUISA CIENTÍFICA NA UNIDADE HOSPITALAR Eu, _______________________________________, conheço os objetivos do projeto de pesquisa intitulado: “AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO”, desenvolvido por ANTONIO GUSTAVO RODRIGUESDE LIMA, sob orientação de PROFª. ME. KEILA MARIA CARVALHO MARTINS. Conheço sua metodologia. Estando ciente que o pesquisador não interferirá no fluxo normal do Setor e conforme execução da pesquisa. Sobral, ___ de ____________ de 20__. ______________________________________ NOME DO COORDENADOR DO SETOR 26 APÊNDICE D DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA DO PESQUISADOR/ORIENTADOR Ao Hospital Regional Norte, Eu, ___________________________________________________, brasileiro (a), RG ______________________, CPF_________________, profissão ___________________, declaro que estou ciente das cláusulas descritas abaixo que compõem o regimento interno do CEPEP: l) Seguindo o fluxo de autorização do projeto das unidades geridas pelo ISGH, mediante cumprimento das condições metodológicas, o pesquisador (a) responsável/orientador(a) deverá elaborar e encaminhar para o Centro de Estudos um relatório do resultado final da pesquisa no prazo máximo de seis meses contados a partir do término do estudo conforme cronograma do projeto. ll) O pesquisador (a) responsável/orientador (a) deverá informar ao Centro de Estudos de sua respectiva unidade hospitalar gerida pelo ISGH o destino dos dados, quaisquer que sejam a natureza de divulgação: apresentação em eventos científicos, publicação de artigos e/ou outra forma reconhecida pelos órgãos competentes, para ciência da comissão de ensino e pesquisa da Instituição. O não cumprimento de uma das cláusulas citadas acima ocasionará as seguintes consequências: lll) O pesquisador (a) responsável sendo professor (a)/orientador(a) de uma instituição de ensino superior estará impedido de desenvolver pesquisas nas unidades hospitalares geridas pelo ISGH no período de doze (12) meses após o prazo de tolerância de seis meses do término da pesquisa conforme cronograma especificado no projeto. lV) O pesquisador (a) responsável sendo colaborador/profissional de uma das unidades hospitalares geridas pelo ISGH, estará impedido de realizar pesquisas nas unidades mencionadas no período de doze (12) meses após o prazo de tolerância de seis meses do término da pesquisa, conforme o cronograma especificado no projeto. Será encaminhada a instrução ao Núcleo de Recursos 27 Humanos para suspensão de qualquer benefício de custeio de Educação Permanente a favor do colaborador/profissional durante o período de doze (12) meses contados a partir da data final de conclusão do projeto especificada no cronograma do projeto. No caso do projeto de pesquisa não acarretar a finalização do estudo, o pesquisador (a) responsável sendo professor(a)/orientador(a) ou colaborador/profissional encaminhará um relatório para o Centro de Estudos justificando o motivo de não finalização, ficando isento de qualquer implicação das cláusulas III e IV. Sobral, ___ de ___________________ de 2018. ____________________________________________ Pesquisador (a) responsável/orientador (a) da pesquisa 28 APÊNDICE E SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA CIENTÍFICA À direção do Hospital Regional Norte, solicito autorização para coletar informações dos PACIENTES OU PRONTUÁRIOS do bloco maternidade que integram os setores Centro de Parto Normal e Clínica Obstétrica para a realização do trabalho científico intitulado “ ” o qual se encontra cadastrado no Centro de Estudos e comprometo-me a seguir os seguintes procedimentos e regras: Ter responsabilidade pelo sigilo das informações coletadas; Garantir a privacidade, a confidencialidade, o anonimato e da não utilização das informações em prejuízo dos envolvidos ou de terceiros; Utilizar os dados somente para fins previstos nesta pesquisa; Não haver ônus financeiro para a instituição, sendo toda despesa de responsabilidade do pesquisador; Informar os resultados obtidos, que serão colocados à disposição das respectivas unidades hospitalares do ISGH para apreciação antes da publicação ou da apresentação externa. A coleta de dados somente será iniciada após parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa, cuja cópia deverá ser entregue ao Centro de Estudos. Cordialmente, Sobral, ___ de ____________ de 20__. _________________________________________________ Antonio Gustavo Rodrigues de Lima Pesquisador responsável Ciente, de acordo _________________________________________________ Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos Coordenadora do Centro de Estudos – HRN ________________________________________________ Daniel Hardy Melo Diretor Geral – HRN
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