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PROJETO DE MONOGRAFIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNINTA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM 
UM HOSPITAL TERCIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2018 
 
 
ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM 
UM HOSPITAL TERCIÁRIO 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro 
Universitário (UNINTA) como requisito parcial para 
aprovação na disciplina de Seminário de 
Monografia I, sob a orientação da Prof.ª. Me. Keila 
Maria Carvalho Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2018 
 
 
ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA DE PARTO EM 
UM HOSPITAL TERCIÁRIO 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro 
Universitário (UNINTA) como requisito parcial para 
aprovação na disciplina de Seminário de 
Monografia I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
__________________________________________________________________ 
Orientadora: Prof.ª. Me. Keila Maria Carvalho Martins 
 
 
 
___________________________________________________________________ 
1ª Examinadora: Prof.ª Me Raíla Souto Pinto Menezes 
 
 
 
 
___________________________________________________________________ 
2º Examinador: Prof.º Me Francisco Meykel Amâncio Gomes – Coordenador (a) 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 04 
2 OBJETIVOS 07 
2.1 Objetivo Geral 07 
2.2 Objetivos Específicos 07 
3 REVISÃO DE LITERATURA 08 
3.1 O Parto 08 
3.2 Tipos de Partos 11 
3.3 Escolha da Via de Parto 12 
4 METODOLOGIA 15 
4.1 Tipo de Estudo 15 
4.2 Local e Período da Pesquisa 15 
4.3 Fonte de coleta de dados 16 
4.4 Analise de Dados 16 
4.5 Aspectos Éticos 16 
 CRONOGRAMA 18 
 ORÇAMENTO 19 
 REFERÊNCIAS 20 
 APÊNDICE A Instrumento de coletas de informações 23 
 APÊNDICE B Carta de Apresentação 24 
 APÊNDICE C Termo de Ciência Sobre Pesquisa Científica na 
Unidade Hospitalar 
25 
 APÊNDICE D Declaração de Ciência do Pesquisador/Orientador 26 
 APÊNDICE E Solicitação De Autorização Para Pesquisa Científica 28 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
A gravidez é um dos determinantes do estado de saúde da mulher, sendo em 
algumas situações o único momento de contato que a mulher em idade reprodutiva 
terá com os serviços de saúde, tratando-se de oportunidade ímpar para uma 
assistência direcionada à promoção da saúde da mulher, orientação e rastreamento 
de enfermidades (COSTA, 2013). 
 A gestação significa um período diferente e especial, sendo configurado por 
incertezas, dúvidas e inseguranças, principalmente para as primigestas, visto que 
nunca passaram pela experiência. Em muitos casos, a gestante não participa da 
discussão acerca da escolha da via de parto, sendo informada apenas sobre a decisão 
médica final. O Brasil apresenta altas taxas de incidência de parto cesáreo (36,4%) 
quando comparado a vários países do mundo como os EUA (24,7%), Canadá 
(19,5%), Dinamarca (13,1%) e Austrália (7,5%) (TEDESCO, 2017). 
A decisão acerca da via de parto é influenciada por diversos fatores como os 
riscos e benefícios, possíveis complicações e repercussões futuras. Portanto, as 
mulheres devem receber informações precisas para que possam fazer valer um dos 
elementos do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento: o direito de livre 
escolha da via de parto, que deverá ser respeitado, especialmente, quando estas 
forem devidamente orientadas e acompanhadas durante todo o processo de gestação 
e parto (BRASIL, 2013). 
 A expectativa das mulheres a respeito da escolha do tipo de parto tem relação 
com o conhecimento das mesmas sobre o assunto e as informações que são tratadas 
pelos profissionais da área de saúde. Portanto, torna-se importante a troca de 
conhecimentos durante a realização do pré-natal, não somente com o intuito de 
informar às gestantes, mas também como meio de interação entre o profissional e a 
cliente, possibilitando o esclarecimento de dúvidas, reduzindo assim a ansiedade das 
mulheres em relação ao momento do parto e ao período gestacional (OLIVEIRA, 
2013). 
 Sabe-se que é fundamental para a decisão da via de parto pela gestante uma 
maior aproximação dela com o profissional, garantindo uma atenção integral e de 
qualidade à mulher, esclarecendo suas dúvidas e anseios no que se diz respeito aos 
aspectos da gestação, parto e puerpério. A responsabilidade e o papel do profissional 
na promoção da saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal, na educação em 
5 
 
saúde e na assistência ao processo parir/nascer é uma necessidade que urge por 
mudanças (BRASIL, 2013). 
Sendo assim, torna-se relevante entender quais os fatores que realmente 
influenciam as gestantes na decisão da via de parto. A partir desse conhecimento 
pode-se direcionar a atenção e o cuidado dos profissionais de saúde durante o 
esclarecimento de dúvidas das futuras mães, fazendo com que estas decidam com 
confiança a via de parto pela qual seus filhos nascerão. 
Atualmente, com a proposição da humanização do parto, é importante destacar 
que os profissionais que acompanham o pré-natal, em especial os enfermeiros, 
possuem importante papel, permitindo que as mudanças efetivamente ocorram. Para 
tal, é necessário agregar ao cuidado ações educativas e humanizadoras visando a um 
parto saudável, desconstruindo mitos e correntes que interferem neste momento 
(VELASQUE, 2014). 
Muitas mulheres ainda sentem medo de parirem por via vaginal, principalmente 
por temerem as consequências que podem advir desta via de parto, como o 
desencadeamento de incontinência urinária e fecal, distopias genitais e até lacerações 
perineais importantes. Este anseio pode ser multiplicado pelo desconhecimento ou 
mesma ausência de diálogo com os profissionais de saúde que as acompanham no 
pré-natal, pelo não esclarecimento das dúvidas em relação ao momento e ao tipo de 
parto, tornando-se necessária uma maior aproximação entre o profissional e a 
paciente no intuito de fornecer informações que diminuam a ansiedade e insegurança 
das mesmas (GAMA, 2015). 
 Diante dessa realidade, estabeleceu-se como questão de pesquisa: quais os 
determinantes para escolha da via de parto na maternidade de um hospital da região 
norte do estado do Ceará? 
Em razão do exposto, o estudo objetivou conhecer os fatores que influenciam 
na decisão da via de parto de gestantes atendidas em uma Unidade de saúde na 
região norte. O trabalho visa contribuir no atendimento à gestante, demonstrando aos 
profissionais de saúde e às próprias a importância das orientações do pré-natal acerca 
dos tipos de parto, possibilitando que as informações recebidas cooperem para uma 
tomada de decisão de forma crítica e segura sobre a via de parto. 
Justifica-se esta pesquisa, ao constatar uma quantidade limitada de estudos 
relacionados, embora seja um tema relevante e atual. Urge que novos estudos sejam 
realizados e que a discussão seja ampliada, na tentativa de melhorar o atendimento 
6 
 
e as condições que levam uma mulher a escolher conscientemente a via de 
nascimento de seu filho 
A relevância deste estudo é de cunho profissional e científico, traz a 
possibilidade de conhecer mais acerca da temática e ter como base à literatura para 
possíveis casos futuros. O desenvolvimento de pesquisas na área permite discutir o 
assunto em estudo e a apreensão desse conhecimento leva a fortalecer a 
comunicação efetiva de evidências científicas, experiências e recomendações 
destinadas a garantir a qualidade assistencial para as mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral: 
Avaliar determinantes da escolha da via de parto de gestantes atendidas em 
um hospital terciário da Região Norte do Ceará 
2.2 Objetivos Específicos:-Caracterizar o perfil sócio demográfico das gestantes atendidas nesta unidade; 
-Identificar o conhecimento das gestantes relacionado ao tema; 
-Descrever a escolha dessas gestantes para escolha da via de parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
3.1 O Parto 
A gravidez e o parto tornam-se passagens que marca a vida das mulheres. 
Mesmo de seu corpo ter planejamento para reproduzir, desde o começo dos tempos, 
os métodos e costumes que acabam abarcando o parto têm se alterado. Ainda hoje, 
as práticas relacionadas ao parto possuem variância em distintos países e nas 
variadas culturas. Vale fazer destaque que, em todas as culturas, as mulheres durante 
seu trabalho de parto, todavia foram assistidas por um ou mais indivíduos, que 
geralmente tinham representação pelo sexo feminino, e de forma posterior, em 
ambiente hospitalar, através de um obstetra com formação médica, enfermeiras e 
técnicas de enfermagem (HELMAN, 2013). 
Até o século XVII, o parto tinha consideração como uma temática das mulheres, 
tinha resolução de forma caseira, existia a presença de uma parteira experiente, e 
normalmente, da mão da parturiente. A medicina não tinha um grande conhecimento 
relacionado ao parto, sendo que, as parteiras tinham representação do que havia de 
melhor no conhecimento e na assistência do parto. Geralmente, os médicos 
acabavam sendo convocados somente de forma ocasional, nos casos dos partos 
difíceis, mas ainda assim, nesse tempo, o poder de decisão continuava sendo da 
mulher (STORTI, 2014). 
A alteração da concepção iniciou quando passou ter existência o fórceps, 
instrumento com criação para a extração dos bebês nos casos dos partos difíceis que 
poderiam ser resultantes em mortalidade materna e perinatal. Com isso, no meio do 
século XVI, pouco a pouco, as parteiras perderam lugar com o surgimento da figura 
do cirurgião na assistência ao parto, e as mulheres tiveram desapropriação de seus 
saberes, da sua função como parteiras e dos domínios na área de parturição. É 
POSSÍVEL pontuar que, o fórceps acabou salvando diversos bebês e mães, em um 
tempo ONDE a cessaria era resultante de um enorme número de mortalidade 
(MALDONADO, 2013). 
Junto com a cesariana, tem surgimento a medicalização do parto como a 
utilização da anestesia. Tempos depois, a cesariana não era representante de tanto 
perito de óbito materno, passando a ter enfatização para os nascimentos no país. Vale 
fazer destaque que, um dos fatores que fez contribuições para desgastar o papel da 
parteira e o aceleramento da legitimação do médico com formação foi o período das 
9 
 
caças às bruxas, onde as partes causavam incômodos e afrontavam às autoridades 
por possuírem uma assistência intervencionista, sendo que, eram dados conselhos e 
era amenizada a dor do parto em um tempo onde era acreditado que a mulher deveria 
sobre a expiação do pecado original (SPINK, 2013). 
Spink, (2013) Ainda afirma que com a institucionalização do parto existiu o 
afastamento familiar e da rede social no procedimento de nascimento, sendo que, a 
estrutura física e dos hábitos hospitalares não tiveram planejamento para assistir as 
parturientes, mas para as necessidades dos profissionais da área de saúde. Assim, a 
maior parte das mulheres acabou passando a permanecer em internação em quartos 
coletivos, sem possuir privacidade. O momento do parto passou a ser repleto de 
normas comportamentais que possuíam definição pelo hospital. 
Assim, é possível perceber que, o parto pouco a pouco teve sua retirada do lar, 
passando a ter realização no hospital. O parto no hospital desistiu a mulher de seus 
direitos, de privacidade, do poder de decisão perante como e onde terá realização o 
parto e quem faz o acompanhamento durante este processo (TORNQUIST, 2014). 
No século XX, com a institucionalização da assistência e o predomínio do parto 
hospitalar, o cuidado à mulher e à família acabou sofrendo diversas alterações. A 
apropriação do saber médico, nessa área, acabou culminando em estabelecer a 
medicalização do corpo da mulher. Assim, foi ganhado muito na questão da 
tecnologia, mas foi perdido o relacionamento ao ambiente de acolhimento que tinha 
ocorrência no domicílio (STORTI, 2014). 
No começo da década de 60, existiu a invenção da técnica que acabava 
possibilitando a mulher fazer o controle de sua dor, isto é, foi introduzido o parto sem 
dor pela facilitação da anestesia peridural. A medicalização do nascimento acabou 
fazendo que, existisse um maior distanciamento perante as culturas leigas e 
obstétricas do nascimento. Os rituais médicos e a tecnologia médica são 
representantes de uma maneira de domesticar o incontrolável e de torna-lo mais 
‘cultural’. Com isso, o parto em ambiente hospitalar, em diversos casos, faz crescer o 
fator estressante na mulher, por ser um local desconhecido, em diversos casos, faz 
crescer o fator estressante na mulher, por ser um local desconhecido, onde tem seu 
cuidado por indivíduos que também são desconhecidos, perdendo a ligação com o 
espaço familiar num momento que tem grande exclusividade e é especial em sua vida 
(RAMALHO, 2017). 
10 
 
A obstetrícia modernista acabou fazendo com que, os partos com dificuldades 
e que culminavam na morte da parturiente ou de seu bebê viesse a passar a ter mais 
seguridade, quando tem realização nos hospitais e com equipes especializadas nas 
situações de risco no nascimento, entretanto, a recomendação para que todos os 
partos tivessem hospitalização e medicados, acarreta em um distanciamento da 
parturiente de sua família. Entretanto, recentemente, é possível contar com a 
presença do pai da criança no momento do parto (SPINK, 2014). 
No decorrer dos tempos, as práticas com relação ao parto possuem grande 
variância em distintos países e variadas culturas. Sempre, algo que mantém-se em 
estabilidade em todas as culturas é o fato de que, durante o trabalho de parto as 
mulheres todavia foram assistidas por uma ou mais pessoas, que a princípios eram 
do sexo feminino (HELMAN, 2013). 
Partido do meio da década passada iniciou-se a distribuição pelo país um 
modelo de assistência obstétrica com recomendação através da Organização Mundial 
de Saúde (OMS), que altera o olhar do profissional da área da saúde perante a 
parturiente e sua família, se tratando dos Centros de Parto Normal. Estes centros 
fazem atendimento as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com 
a Portaria nº 985/99 GM. São unidades de acolhimento ao parto normal, com fixação 
fora do centro cirúrgico obstétrico, que fazem aplicação de práticas recomendas, mas 
que possuem diferenciação dos serviços tradicionalistas de obstetrícia. É possuinte 
como intuito o resgate do direito à privacidade e à dignidade da mulher para dar à luz 
em um local parecido com seu ambiente familiar, o que permite um trabalho de parto 
ativo e participativo, e ainda, na garantia e oferta de recursos de tecnologia 
apropriados. Estes locais ainda acabam permitindo a parturiente receber seus 
acompanhantes. Entretanto, vale fazer destaque que, mesmo com comprovação de 
sua eficiência, este modelo de Centros de Parto Normal ainda gera oposições perante 
os profissionais da área da saúde, que não fazem admissão que a assistência 
obstétrica tem apresentação nestas unidades, seja coesa com a proposição de 
atenção integralista à mulher em processo de trabalho de parto (MACHADO E 
PRACA, 2016). 
 
 
 
 
11 
 
3.2 Tipos de Parto 
O estágio final da gestação é o parto. Segundo Reis e colaboradores (2009) é 
a expulsão do feto para o mundo exterior, através da via vaginal ou a retirada do bebê 
por via transabdominal, na operação cesariana. O momento do parto é importante 
para a mulher, um momento único que é idealizado e vivido por cada mulher de uma 
forma. Porém, estudos científicos e avanços tecnológicos na assistência ao parto,proporcionaram muitos benefícios no caso de partos caracterizados como de alto risco 
e resultaram na diminuição dos índices de morbimortalidade materna e neonatal 
(VELHO et al, 2012). Para decidir a via de parto é necessário analisar diversos fatores 
como os riscos e benefícios, possíveis complicações e repercussões futuras para a 
gestante e criança. Desta forma, as mulheres devem receber informações precisas 
para que possam fazer valer e respeitar um dos elementos do Programa de 
Humanização no Pré-natal e Nascimento: o direito de livre escolha da via de parto 
(COSTA e SILVA et al, 2014). 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2015) as cesáreas vêm se 
tornando cada vez mais frequentes tanto nos países desenvolvidos como naqueles 
em desenvolvimento podendo acarretar riscos imediatos e a longo prazo tanto para a 
mãe quanto para o bebê, assim como, comprometer futuras gestações, principalmente 
em mulheres com acesso limitado a cuidados obstétricos. A assistência ao parto teve 
início quando as mulheres começaram a se ajudar, através do auxílio de seus 
familiares e/ou de parteiras, que com o decorrer do tempo foram acumulando e 
passando experiências de geração para geração (VIANA et al., 2014). 
O início da institucionalização do parto se deu após a Segunda Guerra Mundial, 
através da incorporação de novos conhecimentos e habilidades adquiridas pelos 
médicos nos campos de batalha. Foram aprendidas formas de realizar assepsia, 
cirurgia, anestesia, hemoterapia e antibioticoterapia, diminuindo significativamente a 
morbimortalidade materna e infantil. Porém, embora a institucionalização do parto e 
os avanços tecnológicos tenham proporcionado melhor controle dos riscos materno-
fetais, ocorreu uma incorporação de grande número de intervenções desnecessárias, 
que culminaram, inclusive, com um aumento progressivo no número de cesarianas 
desnecessárias (MORAES et al., 2006). 
O parto natural é aquele com o atendimento centralizado na mulher e realizado 
sem intervenções como anestesias, episiotomia e indução durante o período do 
trabalho de parto, 17 no parto ou no pós-parto. O tempo da mãe e do bebê são 
12 
 
respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo 
lhe pede. Constata-se também que a recuperação da mulher é mais rápida. No caso 
do parto normal ou tradicional, este também ocorre via vaginal, porém, podem ser 
utilizados alguns procedimentos como corte vaginal, colocação do soro na veia, 
raspagem dos pêlos, lavagem intestinal, suspensão da alimentação, repouso na cama 
hospitalar, proibição da presença de um acompanhante, entre outras ações As 
vantagens dos partos natural e normal são inúmeras, entre elas pode-se citar a 
recuperação mais rápida da mulher, menor riscos a aquisição de infecções e auxílio 
na liberação dos pulmões do bebê. Já no parto cirúrgico, ou na cesariana, a 
recuperação da mulher é mais lenta. A duração do parto cesariano é menor, porém, 
pode haver mais complicações como riscos de infecções e dores posteriores ao 
procedimento. Na cesariana é necessário anestesia e o bebê pode posteriormente ter 
dificuldades respiratórias. Além disso, cada novo parto será mais complicado do que 
o anterior (PASTORAL DA CRIANÇA, 2015). 
 
3.3 Escolha da via de parto 
São muitos os fatores que influenciam o comportamento materno em relação à 
preferência por determinada via de parto, tais como: suas crenças, suas expectativas 
particulares, o processo de informações que chegam até as gestantes, a postura do 
profissional em tendenciar à parturiente, o desrespeito à sua autonomia e o próprio 
sistema de saúde (FREITAS; SAKAE; JACOMINO, 2013). 
Na escolha da via de parto as informações provenientes de amigos, familiares 
e profissionais podem interferir de modo favorável ou não, dependendo da qualidade 
da orientação ou influência exercida. Ainda atual é a discussão sobre a via de parto, 
ou mais especificamente, sobre o parto cesáreo tendo em vista o desenvolvimento da 
tecnologia voltada para o nascimento. As vantagens, desvantagens, indicações, 
custos e fatores relacionados ao aumento da incidência da cesariana têm gerado 
inúmeras discussões, tanto no meio científico quanto âmbito popular (MIRANDA et al., 
2016). 
Com o avanço tecnológico a medicina tornou-se um modelo tecnicista e 
intervencionista, deixando de lado a humanização do atendimento e primando pela 
racionalidade objetiva. A partir da década de 80 vem se intensificando a humanização 
da assistência ao parto em decorrência da atuação de grupos de mulheres que assim 
o reivindicam. A humanização, desse modo, se estabelece como política de 
13 
 
reivindicação e defesa dos direitos das mulheres na assistência ao nascimento em 
prol do parto seguro e pelo direito de conhecer e decidir sobre os procedimentos no 
parto sem complicações (KNOBEL et al., 2014). 
Apesar dos progressos que ocorreram nas técnicas cirúrgicas levando a um 
relativo aumento da segurança do procedimento da cesárea seus riscos persistem. O 
tipo de parto apresenta uma série de implicações em termos de necessidade e 
indicação, riscos e benefícios, dependendo de cada situação, tempo de realização, 
complicações e repercussões futuras (MANDARINO et al., 2012). 
O risco relativo de morte materna é ainda mais elevado na cesariana que no 
parto normal. Principalmente a ocorrência de hemorragia, infecção, embolia pulmonar 
e os acidentes anestésicos no caso específico da cesárea contribuem como causa de 
óbito materno. Outras complicações também relacionadas ao procedimento incluem 
o tromboembolismo, a infecção urinária e, especificamente no caso das cesáreas de 
repetição, o acretismo placentário e suas consequências. Nos últimos tempos, a 
necessidade de transfusões sanguíneas e de hemoderivados associada à realização 
de cesáreas ampliou mais ainda, os riscos associados ao procedimento, 
principalmente o da transmissão do vírus da hepatite e da imunodeficiência humana 
(BRASIL, 2015). 
Em contrapartida os médicos apontaram a cesárea como via de parto desejada 
pelas mulheres, relatando que entre os fatores que as levaram a essa escolha 
estavam: o medo do parto vaginal, consequências de um parto demorado, possível 
efeito sobre a vida sexual, dor do parto, possibilidade de realização da laqueadura 
tubária (FAUNDES, 2014). 
Diante disto, Tedescoet al. (2017) concluem em sua pesquisa que são 
necessárias ações especiais realizadas por médicos, enfermeiros e outros 
profissionais de saúde no acompanhamento do pré-natal, ampliando orientações e 
informações com o objetivo de minimizar a insegurança a ansiedade, proporcionando 
uma maior relação interpessoal entre profissional de saúde e paciente. Os autores 
ressaltam que é de suma importância a criação de atividades educativas em grupo e 
participação das mulheres nos programas de preparo ao parto nos serviços de 
atendimento básico, com vistas a ampliar os conhecimentos desta população. 
Nesta mesma temática de acordo com Miranda et al. (2016) é muito importante 
a busca por novas estratégias, a fim de esclarecer melhor as mulheres acerca do 
processo gestacional, com mais informações sobre a fisiologia do parto, visto que, a 
14 
 
atuação na área obstétrica fica marcada pelo desrespeito e pela desatenção às 
mulheres na condição de parturientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 METODOLOGIA 
4.1 Tipo de estudo 
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. 
O estudo descritivo é definido quando o pesquisador apenas registra e 
descreve os fatos observados sem intervir neles. Com desígnio em descrever as 
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de 
relações entre variáveis, com o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, e 
análise sistemática. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordenam dados,sem 
manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador (PRODANOV; FREITAS, 
2013). 
As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório, que estimulam os 
entrevistados a pensar e falar livremente sobre o tema, objeto ou conceito. Na 
pesquisa qualitativa tem aspecto subjetivo, na qual atingem motivações não 
conscientes que apresentam uma forma espontânea de se expressar (SILVA, 2011). 
4.2 Local e Período da Pesquisa 
A pesquisa será realizada durante o período de Março a Abril de 2019. Será 
realizada no Hospital Regional Norte da cidade de Sobral - Ce, que fica situada na 
Região Norte do estado do Ceará. Localizado na Avenida John Sanford, 1500, bairro 
Junco, na qual atualmente estão distribuídos aproximadamente 201.756 habitantes. 
O Hospital Regional Norte (HRN) atende 1,5 milhões de habitantes dos municípios 
das cinco regiões de saúde de Acaraú, Camocim, Crateús, Tianguá e Sobral que 
formam a macrorregião Norte (IBGE, 2015). 
Informações contidas no sítio eletrônico do Governo do Estado do Ceará 
(2014), afirma que o HRN é o maior hospital do interior da região Nordeste, com 
57.813,70 metros quadrados de área construída, 382 leitos e capacidade para realizar 
até 1.300 internações por mês. Construído pelo Governo do Estado em Sobral, o HRN 
abriu as portas no dia 28 de fevereiro de 2013. Como hospital de média e alta 
complexidade, o HRN recebe pacientes encaminhados e regulados dos 55 
municípios. A estrutura de assistência é ampla com atendimento em diferentes 
especialidades, entre elas cirurgia geral, pediatria, radiologia e cuidados a pacientes 
críticos (ISGH, 2010). 
16 
 
O hospital referido consta com o setor de emergência obstétrica na qual é 
realizado o acolhimento e triagem das pacientes, vale ressaltar que a demanda para 
o serviço se dá de forma regulada, através do processo de regulação de leitos do 
Estado. O eixo obstétrico do referido hospital é composto por uma unidade de 
internação com 23 leitos, um Centro de Parto Normal com 5 leitos ativos e um Centro 
Cirúrgico Obstétrico com 3 salas operatórias. No ano de 2018 foram atendidas 2923 
pacientes. Destas 1243 tiveram como desfecho o parto operatório e 466 partos 
vaginais. 
4.3 Fonte de coleta de dados 
Será utilizada uma entrevista semiestruturada com oito perguntas abertas, 
onde as respostas serão gravadas em áudio e após o fim da pesquisa serem 
transcritas, sendo a técnica de entrevista empregada para a construção dos dados. 
4.4 Análise de dados 
As entrevistas coletadas passarão, então, por um processo de análise do 
conteúdo seguido por análise temática, feito sequencialmente com: pré-análise 
(seleção dos documentos importantes para análise, sendo consideradas somente as 
entrevistas cujas respostas foram coerentemente justificadas pela participante); 
exploração do material; tratamento dos resultados, interferência e interpretação 
(identificação e nomeação dos temas para discussão) (BAUER, 2004). 
4.5 Aspectos éticos 
Serão observados os princípios éticos da pesquisa, na ponderação entre riscos 
e benefícios. Prezaremos pela confidencialidade das informações, comprometendo-
se com o máximo de benefício e mínimos danos e riscos em expor o paciente e ou 
em causar extravios ou perda dos documentos. 
O trabalho será pautado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde 
considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devido aos 
participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. 
A presente Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, 
referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça 
e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito 
aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado (BRASIL, 2012a). 
17 
 
O projeto será encaminhado para a Comissão Interna de Ética em Pesquisa 
(CIP) do Hospital Regional Norte (HRN), após anuência será submetido à Plataforma 
Brasil para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde e 
Gestão Hospitalar- CEP/ISGH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
CRONOGRAMA 
 
ATIVIDADES Ago Set Out Nov Dez 
Revisão de literatura X X X X X 
2019 
ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 
Qualificação do Projeto X 
Apreciação da CIP X 
Cadastro na Plataforma Brasil X 
Apreciação CEP-ISGH X 
Coleta de informações X X 
Análise das informações X 
Elaboração dos resultados finais X 
Apresentação da monografia e 
entrega 
 X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
ORÇAMENTO 
 
Especificação Quantidade 
Valor unitário em 
Reais 
Valor total em 
Reais 
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20 
 
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http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reufsm/article/view/1991/1514
23 
 
APÊNDICE A 
 
INSTRUMENTO DE COLETA DAS INFORMAÇÕES 
Questionário Para Entrevista Livre 
1 Fale-me sobre o que você espera do seu parto. 
2 Em relação aos tipos de parto, normal e cesárea, você acredita que algum é 
melhor que o outro? Em que e por quê? 
3 Você já ouviu algum relato, opinião ou crença sobre parto normal ou cesárea? O 
que lhe foi falado e por quem? Como se sentiu perante o relato? 
4 Qual a sua maior fonte de informação a respeito de “gestação” e “parto”? 
Tv/revistas, médico, família, amigos? 
5 Como está sendo seu acompanhamento pré-natal? Está esclarecendo suas 
dúvidas, dando informações em relação à gestação e ao parto? 
6 Na sua visão, quais são as implicações para os bebês em caso de parto normal e 
de parto cesárea? O que você espera para seu bebê a partir do tipo de parto 
escolhido? 
7 Você já sabe qual o tipo de parto será realizado? A escolha do tipo de parto foi 
sua? Teve alguma influência de seu médico ou de alguma outra pessoa? 
8 Já passou por uma gestação anterior? Se sim, como foi a experiência? Qual foi o 
tipo de parto? Essa experiência anterior está lhe influenciando de alguma forma na 
atual? 
 
 
 
 
 
 
24 
 
APÊNDICE B 
CARTA DE APRESENTAÇÃO 
 
À Comissão Interna de Ética em Pesquisa – CIP, 
 
Prezado(a) Coordenador(a) da Comissão Interna de Ética em Pesquisa, encaminho o 
projeto intitulado “AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA VIA 
DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO” para apreciação desta comissão com o 
intuito de desenvolver pesquisa no Hospital Regional Norte gerido pelo Instituto de 
Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). 
 
Declaro que os pesquisadores que assinam este documento realizaram a 
leitura e estão cientes do conteúdo da resolução 466/12 do CNS. Ratifico que os itens 
citados abaixo são verdadeiros: 
1) Esta pesquisa ainda não foi iniciada; 
2) Comunicarei quaisquer eventos adversos ocorridos ao CEP e a Instituição 
onde a pesquisa será realizada; 
3) Apresentarei relatório no final desta pesquisa ao CEP e a unidade hospitalar 
onde a pesquisa será realizada. 
4) Encaminharei cópia do certificado de apresentação da pesquisa em eventos 
científicos, publicação de artigos e/ou outra forma reconhecida pelos órgãos 
competentes, para ciência da comissão de ensino e pesquisa do ISGH. 
Atenciosamente, 
Sobral, ___de____________ de 2018. 
 
 
_____________________________________ 
Antonio Gustavo Rodrigues de Lima 
 
 
 
25 
 
APÊNDICE C 
 
TERMO DE CIÊNCIA SOBRE PESQUISA CIENTÍFICA NA UNIDADE 
HOSPITALAR 
 
Eu, _______________________________________, conheço os objetivos do projeto 
de pesquisa intitulado: “AVALIAÇÃO DOS DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA 
VIA DE PARTO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO”, desenvolvido por ANTONIO 
GUSTAVO RODRIGUESDE LIMA, sob orientação de PROFª. ME. KEILA MARIA 
CARVALHO MARTINS. Conheço sua metodologia. Estando ciente que o pesquisador 
não interferirá no fluxo normal do Setor e conforme execução da pesquisa. 
 
 
 
 
 
Sobral, ___ de ____________ de 20__. 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________________ 
NOME DO COORDENADOR DO SETOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
APÊNDICE D 
DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA DO PESQUISADOR/ORIENTADOR 
 
Ao Hospital Regional Norte, 
 
Eu, ___________________________________________________, brasileiro 
(a), RG ______________________, CPF_________________, profissão 
___________________, declaro que estou ciente das cláusulas descritas abaixo que 
compõem o regimento interno do CEPEP: 
l) Seguindo o fluxo de autorização do projeto das unidades geridas pelo ISGH, 
mediante cumprimento das condições metodológicas, o pesquisador (a) 
responsável/orientador(a) deverá elaborar e encaminhar para o Centro de 
Estudos um relatório do resultado final da pesquisa no prazo máximo de seis 
meses contados a partir do término do estudo conforme cronograma do projeto. 
 
ll) O pesquisador (a) responsável/orientador (a) deverá informar ao Centro de Estudos 
de sua respectiva unidade hospitalar gerida pelo ISGH o destino dos dados, 
quaisquer que sejam a natureza de divulgação: apresentação em eventos 
científicos, publicação de artigos e/ou outra forma reconhecida pelos órgãos 
competentes, para ciência da comissão de ensino e pesquisa da Instituição. 
O não cumprimento de uma das cláusulas citadas acima ocasionará as 
seguintes consequências: 
lll) O pesquisador (a) responsável sendo professor (a)/orientador(a) de uma instituição 
de ensino superior estará impedido de desenvolver pesquisas nas unidades 
hospitalares geridas pelo ISGH no período de doze (12) meses após o prazo de 
tolerância de seis meses do término da pesquisa conforme cronograma 
especificado no projeto. 
 
lV) O pesquisador (a) responsável sendo colaborador/profissional de uma das 
unidades hospitalares geridas pelo ISGH, estará impedido de realizar pesquisas 
nas unidades mencionadas no período de doze (12) meses após o prazo de 
tolerância de seis meses do término da pesquisa, conforme o cronograma 
especificado no projeto. Será encaminhada a instrução ao Núcleo de Recursos 
27 
 
Humanos para suspensão de qualquer benefício de custeio de Educação 
Permanente a favor do colaborador/profissional durante o período de doze (12) 
meses contados a partir da data final de conclusão do projeto especificada no 
cronograma do projeto. 
No caso do projeto de pesquisa não acarretar a finalização do estudo, o 
pesquisador (a) responsável sendo professor(a)/orientador(a) ou 
colaborador/profissional encaminhará um relatório para o Centro de Estudos 
justificando o motivo de não finalização, ficando isento de qualquer implicação das 
cláusulas III e IV. 
 
Sobral, ___ de ___________________ de 2018. 
 
 
____________________________________________ 
Pesquisador (a) responsável/orientador (a) da pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
APÊNDICE E 
SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA CIENTÍFICA 
 
À direção do Hospital Regional Norte, solicito autorização para coletar 
informações dos PACIENTES OU PRONTUÁRIOS do bloco maternidade que 
integram os setores Centro de Parto Normal e Clínica Obstétrica para a realização 
do trabalho científico intitulado “ ” o qual se encontra cadastrado no Centro de Estudos 
e comprometo-me a seguir os seguintes procedimentos e regras: 
 Ter responsabilidade pelo sigilo das informações coletadas; 
 Garantir a privacidade, a confidencialidade, o anonimato e da não 
utilização das informações em prejuízo dos envolvidos ou de terceiros; 
 Utilizar os dados somente para fins previstos nesta pesquisa; 
 Não haver ônus financeiro para a instituição, sendo toda despesa 
de responsabilidade do pesquisador; 
 Informar os resultados obtidos, que serão colocados à disposição 
das respectivas unidades hospitalares do ISGH para apreciação antes da 
publicação ou da apresentação externa. 
A coleta de dados somente será iniciada após parecer favorável do Comitê de 
Ética em Pesquisa, cuja cópia deverá ser entregue ao Centro de Estudos. 
 
Cordialmente, 
Sobral, ___ de ____________ de 20__. 
 
_________________________________________________ 
Antonio Gustavo Rodrigues de Lima 
Pesquisador responsável 
 
 
Ciente, de acordo 
 
_________________________________________________ 
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos 
Coordenadora do Centro de Estudos – HRN 
 
________________________________________________ 
Daniel Hardy Melo 
Diretor Geral – HRN

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