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1 SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO PARNAÍBA LTDA - SESMEP FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA – FAMEP INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO COMENIUS – ISEC BACHARELADO EM ENFERMAGEM MARIA GRAZIELA DOS SANTOS SILVA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO TERESINA (PI) 2020 2 MARIA GRAZIELA DOS SANTOS SILVA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade do Médio Parnaíba - FAMEP, como requisito para conclusão do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Orientador (a) Profª. Ellane Patrícia da Silva Franco. TERESINA (PI) 2020 3 MARIA GRAZIELA DOS SANTOS SILVA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade do Médio Parnaíba - FAMEP, como requisito para conclusão do Curso Bacharelado em Enfermagem. Orientador (a): Profª. Ellane Patrícia da Silva Franco Monografia Apresentada em: ______/_______/_______ BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________ Profº. Orientadora Ellane Patrícia da Silva Franco ______________________________________________________ Profº (a) 1º Examinador ______________________________________________________ Profº (a) 2º Examinador 4 Dedico esta pesquisa a Deus, fonte de vida e inspiração e pela oportunidade de realização deste sonho: minha formação superior. Aos meus professores, pais e demais familiares pela dedicação, amor e carinho a mim concedidos, ensinando-me sempre a persistir em realizar meus sonhos. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, por ter me dado a capacidade da realização de mais uma conquista em minha vida; A minha Mãe, aos meus irmãos e ao meu Padrinho Leal; Aos demais familiares, pelo amor, carinho, paciência e incentivo nessa realização de minha formação superior; Aos amigos pessoais, de curso e demais colegas, por estamos sempre compartilhando saberes; O meu muito obrigado, aos professores da FAMEP, em especial aos que ministraram aulas em nosso Curso, pela compreensão, paciência, disponibilidade de tempo dado a minha pessoa. 6 A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes! FLORENCE NIGHTINGALE 7 RESUMO INTRODUÇÃO: O momento do nascimento é muito especial na vida de uma mulher, algo tão singelo, particular compartilhado com seus familiares e companheiro. OBJETIVOS: Explanar as contribuições acerca do da definição do conceito de Parto Humanizado Compreender a importância da Assitência prestada pela Enfermagem ao parto humanizado; Descrever a história da Ginecologia e Obstétrica no Brasil e Mostrar as diretrizes aplicadas ao Parto humanizado. Em relação aos METODOLOGIA: foi realizado uma revisão de literatura com base qualitativa, composta de 24 artigos pesquisados nas bases de dados, sendo eles: (Lilacs, Bireme, ) Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, (BDENF) Bases de Dados em Enfermagem, Scielo, e ainda autores como Almeida (2008), Lima e Mioto (2007) e Boff (2005), onde utilizou-se as palavras-chave: gestantes, enfermagem e parto humanizado. Os critérios de inclusão foram publicações entre os anos de 2010 a 2020; de acesso gratuito, escritos na língua portuguesa e completos. Os critérios de exclusão foram artigos que não se relacionaram e não alcançaram os objetivos do estudo. RESULTADOS: Dos doze artigos pesquisados, cinco foram provenientes do LILACS, mais quatro do SCIELO, e dois da Rev. Bras. Saúde Matern. Infant e um de congressos e duas Dissertações de Mestrado. onde os estudos até aqui vistos descrevem como a enfermagem pode atuar apontando quais as principais dificuldades na compreensão do conceito assistência de enfermagem no parto humanizado. CONCLUSÃO: Buscou-se através da construção dessa pesquisa a compreensão de que o enfermeiro possui os conhecimentos técnicos necessários para proceder do acompanhamento de todo o processo de parto, principalmente em situações em que o médico não se encontra presente ou não pode acompanhar todo o nascimento, em função do tempo que muitas vezes é necessário para isso esses progressos dependem antes de tudo dos profissionais de saúde, e obviamente da ajuda de ações governamentais que promovam capacitações para os profissionais, e disponibilizem recursos para que as ações de humanização possam ser realizadas de forma sólida. PALAVRAS CHAVE: Gestantes. Enfermagem. Parto Humanizado. 8 ABSTRACT INTRODUCTION: The moment of birth is very special in a woman's life, something so simple, particularly shared with her family and partner. OBJECTIVES: Explain the contributions about the definition of the concept of Humanized Childbirth Understand the importance of Assistance provided by Nursing to humanized childbirth; Describe the history of Gynecology and Obstetrics in Brazil and Show the guidelines applied to humanized childbirth. Regarding METHODOLOGY: a qualitative based literature review was carried out, consisting of 24 articles searched in the databases, which are: (Lilacs, Bireme,) Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences, (BDENF) Bases of Nursing data, Scielo, and authors such as Almeida (2008), Lima and Mioto (2007) and Boff (2005), where the keywords were used: pregnant women, nursing and humanized delivery. The inclusion criteria were published between the years 2010 to 2020; free access, written in Portuguese and complete. The exclusion criteria were articles that were not related and did not reach the objectives of the study. RESULTS: Of the twelve articles surveyed, five came from LILACS, four more from SCIELO, and two from Rev. Bras. Maternal Health. Infant and one of congresses and two Master's Dissertations. where the studies seen so far describe how nursing can act pointing out the main difficulties in understanding the concept of nursing care in humanized childbirth. CONCLUSION: The construction of this research sought to understand that the nurse has the necessary technical knowledge to proceed with the monitoring of the entire delivery process, especially in situations where the doctor is not present or cannot accompany the entire birth. , depending on the time that is often necessary for this, these progress depend above all on health professionals, and obviously on the help of government actions that promote training for professionals, and provide resources so that humanization actions can be carried out in a timely manner. solid shape. KEYWORDS: Pregnant Women. Nursing. Humanized Delivery. 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------ 10 2 OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 13 2.1 Geral ----------------------------------------------------------------------------------------------- 13 2.2 Específicos --------------------------------------------------------------------------------------- 13 2.3 Justificativa --------------------------------------------------------------------------------------- 13 3 REFERÊNCIAL TEÓRICO --------------------------------------------------------------------- 14 3.1 Definição de PartoHumanizado ------------------------------------------------------------ 14 3.2 Papel do enfermeiro no parto humanizado ---------------------------------------------- 16 4 METODOLOGIA ---------------------------------------------------------------------------------- 18 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ------------------------------------------------------------- 19 5.1 Categorias ---------------------------------------------------------------------------------------- 22 5.1.1 Contribuições acerca da assistência de enfermagem no Parto Humanizado 22 5.1.2 Assistência de enfermagem durante o parto humanizado ------------------------ 24 6 CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 27 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ----------------------------------------------------------- 28 10 1 INTRODUÇÃO O Processo de Parto Humanizado (PH), consiste em ter a garantia de uma gestação acompanhada por uma equipe multidisciplinar, que está atenta a todos os detalhes que podem contribuir para o bem-estar físico e emocional da mãe durante o processo e que permita que ela tenha acesso a todas as informações sobre esta modalidade de parto, contudo os cuidados da enfermagem obstetra que auxilia no primeiro contato mãe e bebê, que acontece logo após o nascimento, antes mesmo de cortar o cordão umbilical ou fazer qualquer limpeza (CASTRO e CLAPIS, 2016). É um momento único, em que a mãe pode receber da equipe de enfermagem ajuda para a primeira amamentação. Desta forma O enfermeiro traz como benefícios para o parto humanizado, a inserção de boas práticas, como a diminuição das dores com métodos não farmacológicos, proporciona segurança, autonomia e a participação ativa da mulher durante todo o processo de parto (GOLDMAN, 2017). Historicamente as gestantes eram assistidas durante o trabalho de parto e parto por parteira ou “aparadeiras”, no conforto de seus lares e sobre os olhos de seus familiares. Estas mulheres eram de extrema confiança da gestante e de seus entes, e também faziam orientações acerca do cuidado com o recém-nascido e o pós-parto. Tinham um conhecimento empírico e na maioria das vezes pertenciam a classes populares já no período moderno da obstetrícia, conforme (FRANCISCO, 2015): Inicia-se com a obra de Henrique Deventer, o Novum Lumen Obstetricantibus, publicada em 1701, e com a utilização do fórcipe, por Pedro Chamberlen, em 1677. Esse período iniciou-se sob a tutela da cirurgia e desenvolveu-se sob a óptica que valoriza os aspectos fisiopatológicos da assistência ao parto, em detrimento das dimensões psíquica e cultural que envolvem o nascimento. Como consequência, modificou-se o atendimento ao ato de parir, e a gestação e parto, que são fenômenos naturais e fisiológicos, foram transformados em um processo patológico e medicalizada, alterando sua essência original de evento existencial para mãe e filho em acontecimento social. No Brasil, as parturientes têm o direito à presença de um acompanhante durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede própria ou conveniada (Brasil. Lei nº 11.108/2005). Este direito foi estimulado por diversos acontecimentos, entre eles a Conferência sobre Tecnologia Apropriada para o Nascimento e Parto, na qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o livre acesso de um acompanhante, escolhido 11 pela parturiente, no parto e puerpério. Essa recomendação, entre outras, foi baseada na revisão do conhecimento sobre o uso de tecnologia de nascimento que indica a contribuição dessa prática para o bem-estar da parturiente (VIEIRA, 2012). Segundo Domingos (2104), cita alguns fatores que levam ao alto número de cesáreas, como o pouco tempo que os médicos obstetras dedicam a acompanhar o trabalho de parto, em decorrência de outros trabalhos que desempenham concomitante ao acompanhamento da gestante, a desinformação das gestantes em relação ao parto normal, o pouco preparo médico, a falta de enfermeiros obstetras para assistir ao parto, a realização da laqueadura tubárea durante a realização da cesárea e a analgesia no parto. Todos estes fatores contribuem para o alto número de cesáreas realizadas nas maternidades brasileiras (CAUS, 2012). A escolha do tipo de parto é um evento que acompanha todo o processo de gestação e puerpério, uma vez que ele já é antecipado na gravidez sob a forma de expectativas, e continua sendo referido após sua conclusão, na forma de lembranças e sentimentos que acompanham a mãe, fazendo parte de sua história (FERREIRA, 2013). No início da gestação, o parto costuma ser vivido como realidade distante, porém torna-se mais próximo e concreto na medida em que a gravidez se aproxima do final. O parto, por sua natureza, tem força para mobilizar grandes níveis de ansiedade, medo, excitação e expectativas, podendo até mesmo reformular uma mulher, fazendo-a nascer como mãe (FRANK et al PELLOSO, 2013). A experiência de inserção de alguns programas voltados a saúde da mulher, como Parto Humanizado, Rede Cegonha, Programa Estadual de Proteção a Gestante (PEPG), Atenção Materno Infantil, estes que são alguns serviços de saúde no Brasil voltado a saúde da Mulher Puérpera, e o que se tem verificado como um processo contínuo e, por vezes, difícil, tanto não a implantação e sim a execução (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2011). As intervenções múltiplas e efetivas são importantes, como melhoria da qualidade no pré-natal, incentivo das gestantes para o parto normal, apresentação de protocolos clínicos atuais, manutenção da educação em saúde sobre a qualidade da assistência ao parto e puerpério nos centros de saúde e capacitações dos profissionais (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2011). As taxas de morbimortalidade materna e perinatal no durante o período de 2010 a 2020 no Brasil são consideradas excessivas pela Organização Mundial de Saúde, 12 uma vez que sendo associadas, na maioria das vezes, a intercorrências obstétricas potencialmente evitáveis (BRASIL, 2011). Para tanto, a mortalidade neonatal é responsável por quase 70% das mortes no primeiro ano de vida, e o cuidado adequado ao Recém-Nascido (RN) tem sido um dos desafios para reduzir os índices de mortalidade infantil em nosso país. No mundo, os agravos relacionados à gestação, ao parto e pós-parto são responsáveis por mais de meio milhão de mortes de mulheres por ano, o que levou a redução das taxas de mortalidade materna a se tornar um dos objetivos do milênio, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ocorrem aproximadamente 99% dessas mortes (BRASIL, 2011). A atenção obstétrica e neonatal deve ter como características essenciais a qualidade e a humanização no atendimento na sala de parto e no pós-parto imediato. A atenção com qualidade humanizada depende da provisão dos recursos obstétricos necessários, a caracterização do perfil epidemiológico da puérpera e de seu RN constitui um instrumento para a obtenção de dados que possam auxiliar no planejamento de ações para proporcionar melhorias na qualidade da atenção destinada a esse grupo (OLIVEIRA, 2016). Diante das inúmeras variáveis que interferem no processo saúde-doença, o entendimento da epidemiologia nas parturientes e em seus recém nascidos a serem estudados, a principal questão a ser resolvida é: Qual o papel da Enfermagem junto ao parto humanizado? Desta forma, este estudo tem o objetivo de identificar na literatura e explanar as contribuições acerca da assistência de enfermagem no Parto Humanizado, assim como também compreender a importância da assistência prestada pela enfermagem durante o parto humanizado. Assim, justifica-se este trabalho como uma tentativa de apontar quais as principais dificuldades na compreensão do conceito assistência de enfermagem no parto humanizado, com isso busca-se esclarecimentos acerca dos problemas enfrentadospelas equipes de saúde que lutam nesta área do conhecimento. 13 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Contribuir para uma melhor definição do conceito de Parto Humanizado. 2.2 Específicos ✓ Compreender a importância da Assitência prestada pela Enfermagem ao parto humanizado; ✓ Descrever a história da Ginecologia e Obstétrica no Brasil; ✓ Mostrar as diretrizes aplicadas ao Parto humanizado; 2.3 Justificativa O presente tema foi escolhido como uma tentativa de apontar quais as principais dificuldades na compreensão do conceito assistência de enfermagem no parto humanizado, com isso busca-se esclarecimentos acerca dos problemas enfrentados pelas equipes de saúde que lutam nesta área do conhecimento. Dada às inovações e regulamentações conforme a (GONÇALVES, 2011), este que por sua vez enumera que parto humanizado se define como um conjunto de práticas e procedimentos que buscam readequar o processo de parto dentro de uma perspectiva menos medicalizada e hospitalar, entendendo tanto a mulher quanto o bebê numa visão que, segundo seus defensores, seria mais humana e acolhedora, por oposição ao modelo tradicional, seja natural ou via cesariana. O problema é que esse interesse aumentou quando percebemos a necessidade da adesão da enfermeira obstetra atuando diretamente no atendimento à parturiente no pré-parto e sala de parto, com a finalidade de garantir partos e nascimentos humanizados. Dessa forma, o tema escolhido se reveste de elevado alcance social, pois, nessa perspectiva, o parto deve ser visto como um processo fisiológico, natural e feminino e o profissional que acompanha a gestante deve oferecer meios para que ela se torne protagonista desse evento, garantindo a criação de laços familiares e uma transição com boas qualidades físicas e emocionais para o bebê. Nesse contexto, a participação da enfermeira obstétrica torna-se fundamental e vem crescendo o número de hospitais que optam pela inclusão dessa profissional como a principal referência para um atendimento humanizado e acolhedor (BRASIL, 2011). 14 3 REFERÊNCIAL TEÓRICO 3.1 Definição de Parto Humanizado Parto humanizado é um conceito usado no Brasil para designar um nascimento que ocorre de acordo com os preceitos da humanização do parto. Um parto humanizado requer a criação um ambiente acolhedor e a inclusão de procedimentos hospitalares que rompam com o tradicional isolamento imposto à mulher que vai ter um filho. Por isso, o órgão considera que, para haver uma assistência humanizada, é necessária uma atitude ética e solidária por parte dos profissionais de saúde. Antigamente, os partos eram feitos pelas parteiras, comadres ou curandeiras graças ao respeito e a consideração que as pessoas depositavam no trabalho feito por elas. As parteiras tinham um vínculo de amizade com as pessoas da comunidade, fazia a programação do parto, também a promoção da saúde, orientava sobre a alimentação, aleitamento e davam suporte emocional tanto para as mulheres quanto para seus familiares (CAUS et al., 2012). No parto natural o bebê nasce por via vaginal, sem intervenções analgésicas e estimulantes artificias. Esse método tem como foco respeitar a necessidade e escolha da mulher. O Parto normal é feito via vaginal, sendo inicialmente espontâneo, mas em alguns casos se faz necessário uma episiotomia, que é uma incisão cirúrgica feita no períneo, além da realização da massagem de conforto, musicoterapia, o banho morno, a deambulação que contribuem para o desenvolvimento do trabalho de parto ou outras intervenções que visem ajudar no processo do nascimento (SODRE et al., 2010). O mecanismo do parto passou fundamentar a importância da autonomia da mulher para escolher e participar do parto. As mulheres passaram a sentir-se com medo, inseguras para escolher e fazer acontecer seus anseios e vontades perante os procedimentos realizados pelos profissionais atuantes no processo do parto. Dessa maneira, é essencial a prestação da assistência com respeito a particularidade e individualidade de cada mulher (JAMAS et al., 2013). O Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) foi inserido no ano 2000 objetivando garantir a qualidade da assistência prestada iniciada desde as consultas pré-natal até o puerpério. A humanização do parto envolve a participação de toda equipe multidisciplinar munida de conhecimento técnico-científico, ética profissional, responsabilidade e respeito à mulher assistida ofertando um processo de https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/32879-parto-humanizado https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/32879-parto-humanizado 15 parto e nascimento saudável e digno (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011; OLIVEIRA e SOUZA, 2013). Desta forma, o parto humanizado deve preencher alguns requisitos, dentre eles os seguintes direitos: da parturiente passar por no mínimo seis consultas de pré-natal, a ter seu acompanhante e de garantir sua vaga em um hospital no momento do parto. Dessa maneira, o parto humanizado está voltado para garantir a autonomia da mulher sobre a escolha do seu tipo de parto de acordo com o que ela julgar mais adequado e confortável para o nascimento do seu filho (VELHO et al., 2012). Assim como também, o PHPN comprovou que a capacitação da equipe de saúde é de extrema importância para garantia da adesão da humanização durante assistência prestada as mulheres, além de estabelecer a relação de profissional- paciente onde facilitará o processo de educação em saúde para promoção, prevenção e recuperação da saúde e garantir a independência da mulher sobre seu corpo e procedimentos a ser submetidas (VELHO et al., 2012). A humanização do parto é um tema muito discutido pois é grande importância para garantir uma boa prática assistencial com respeito aos princípios da integralidade e acolhendo a mulher de forma global e permitindo que o momento do parto uma experiência positiva na vida da mesma sem intervenções desnecessárias que podem trazer um trauma por resto da vida (GONÇALVES et al., 2011). Com o aparecimento da humanização que vem buscando a independência da mulher durante o momento do parto e assegurando seus direitos. Os órgãos de saúde por meio das portarias e decretos possibilitar a utilização da humanização na prática assistencial (WINCK e BRUGGEMANNI, 2010). Outro ponto importante na humanização do parto é a presença de um acompanhante que é de grande importância, a parturiente tem o direito de escolher a pessoa que deseja está ao seu lado nesse momento tão marcante da sua vida direito previsto em lei. O processo de humanização do parto traz um grande benefício para o desenvolvimento desse momento, ajudando a parturiente ser mais participativa nas condutas que estão sendo feitas, portanto, auxiliará os profissionais de saúde realizarem os procedimentos durante o parto de forma mais tranquila (PRATA et al., 2013). Toda via, o programa de parto humanizado no pré-natal ao nascimento, foi instituído no Brasil no âmbito do SUS, pela portaria nº 569/GM, do Ministério da saúde, levando em consideração os seguintes objetivos: proporcionar a gestante ao recém- 16 nascido um atendimento digno e de qualidade; reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna, perinatal e neonatal; melhorar o acesso, a cobertura e a qualidade do acompanhamento pré-natal, assistência ao parto e puerpério e assistência neonatal; aprimorar a assistência à saúde da gestante nos níveis ambulatorial, básico e especializado; integrar todos os níveis de assistência à gestante, ao parto e ao recém-nascido; implantar cetros de regulação obstétrica e neonatal nos níveis estadual, regional e municipal, com atendimento rápido e qualificado, de acordo com a demanda da população especifica, ou seja, a gestante e o recém-nascido. 3.2 Papel do enfermeiro no parto humanizado Durante o atendimento prestado a mulheré essencial a realização do acolhimento com empatia, uma abordagem humana com intuito de proporcionar segurança, conforto, com escuta ativa das suas possíveis queixas, preocupações, angustias e visando o esclarecimento dessas dúvidas, garantindo a responsabilidade na atuação profissional, empenho na solução dos problemas e na evolução da assistência prestada (FRELLO et al., 2012). O atendimento à gestante no momento do parto deve ocorrer em hospital compatível com a situação clínica da gestante e do feto (centro de parto normal, maternidade de risco habitual ou maternidade de alto risco). Ocorrendo necessidade de transferência do Recém Nascido para Unidade de Cuidados Intensivo e ou Unidade de Tratamento Intensivo é responsabilidade da unidade hospitalar solicitar à a transferência, informando as condições clínicas e se responsabilizando pela estabilização desta criança até o momento da transferência, que será realizada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, acionado pelo serviço tão logo a vaga seja confirmada. Preferencialmente o Recém Nascido deve ser acompanhado de sua mãe e relatório clínico detalhado (TORNIQUIST, 2013). Diante desse perspectiva, a mulher perdeu a sua privacidade e autonomia para tomar decisão sobre o seu próprio corpo, foi separada da família e foi oferecida para a mulher e seu bebê, uma assistência com aparente segurança (VELHO, 2012). Levando em consideração esse processo, o parto passou a ser vivenciado como um momento de intenso sofrimento físico e moral. O medo a tensão e a dor da parturiente, nesse modelo de assistência impedem o processo fisiológico do parto 17 normal, o que pode favorecer as práticas intervencionistas, como o parto cesariano, que na maioria das vezes pode ser evitada (PELOSO, 2013). A equipe de enfermagem tem contato direto com a mulher durante o trabalho de parto e pode contribuir significativamente para a humanização nesse processo importante na vida da parturiente. Nesse sentido o enfermeiro tem sido reconhecido pelo Ministério da Saúde e outros instituições não governamentais, como o profissional que possui formação holística e procura atuar de forma humanizada e proporciona uma assistência de enfermagem que oferece conforto e segurança no cuidado a parturiente (PRATA, 2013). Sabe-se que a humanização faz parte de uma assistência de enfermagem de qualidade. E tem grande importância no momento em que a mulher se encontra fragilizada, sensível e ansiosa (ARAUJO, 2010). Deste modo, a humanização favorece o progresso fisiológico do parto, além de evitar traumas emocionais a parturiente e o enfermeiro é um profissional capacitado para desenvolver a humanização em partos. Assim, como objetivo do presente estudo, investigar na literatura nacional qual o papel do enfermeiro na humanização do parto (BATISTA., 2013). De acordo com a Organização Mundial e Saúde a gestação de baixo risco pode ser também acompanhado por um enfermeiro obstétrico e que a sua participação no trabalho de parto, oferece satisfação a parturiente e sua família e também ao profissional. Estudos desenvolvido por Caus (2012), revelaram que a humanização, acima de tudo, requer do enfermeiro uma visão humanística e a necessidade de compreender o outro. Além disso, a profissão tem como compromisso, a arte de cuidar, tornando-se a base para o bem-estar humano, e para que isso aconteça de forma completa, é necessário, que ocorra a troca de informações e de sentimentos entre essas pessoas, de maneira empática (MOURA, 2020). A enfermagem busca atuar proporcionando a mulher durante o parto maior segurança, conforto e redução da ansiedade das gestantes, sempre com escuta ativa e atenciosa (CASSIANO, 2014). A criação do vínculo com a paciente é primordial para perceber as suas necessidades e então saber quais as ações a serem realizadas. Os profissionais da enfermagem e alunos, devem superar medos e temores, para contribuir para a humanização de maneira plena, o que irá aflorar o sentimento de solidariedade e empatia, fazendo com que o atendimento da enfermagem seja algo indispensável para os pacientes e familiares (CASTRO, 2016). 18 Sendo assim, a enfermagem vem construindo casa vez mais experiência, capacidade, habilidade e auto confiança, pois o profissional enfermeiro reconhece que precisa prestar uma assistência adequada e de qualidade por isso procura sempre estar acolhendo a mulher. 4 METODOLOGIA Para obter dados sobre o tema, realizou-se uma revisão bibliográfica tendo como enfoque, explanação das contribuições acerca do da definição do conceito de Parto Humanizado a compreensão da importância da Assistência prestada pela Enfermagem ao parto humanizado. O Método utilizado para construção do presente trabalho foi uma revisão de literatura nas bases em saúde de dados disponíveis online. A revisão de literatura é muito importante para artigos disponíveis para se obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas lacunas e contribuição para a investigação do desenvolvimento do conhecimento (LIMA, 2015). Levando em conta essa pesquisa a qual foi realizada, norteada pela seguinte indagação: Qual o papel da Enfermagem junto ao parto humanizado? Para responder a essa pergunta, utilizou-se do método de levantamento bibliográfico qualitativo, nos sites especializados como LILACS BIREME e Scielo, em data compreendida entre os anos de 2010 a 2020, com recortes, falas e suportes conforme as fontes escolhidas e utilizadas para esta pesquisa. Esta pesquisa foi construída com as fontes acima descritas e estas foram escolhidas levando em contas as palavras chaves que seguem: Gestantes. Enfermagem. Parto Humanizado. Dessa forma, partiu-se para os critérios de, inclusão e exclusão, para isso, sendo que para os critérios de inclusão foram utilizadas as leituras de arquivos conforme os dados em arquivos com as datas que compreenderam as publicações entre 2010 até 2020 em um total de 12 arquivos, idioma de leituras em língua portuguesa que englobem as palavras chave citadas anteriormente: Gestantes. Enfermagem. Parto Humanizado. Da mesma forma, só que para esse critério, desconsiderou-se as leituras que não cumpriam os critérios de não ser em português e que não citem as palavras chaves referentes desta pesquisa. Desta forma para a Seleção de Artigos como foi dito acima, foi citado somente artigos dentro da data compreendido entre 2010 e 2020 19 no total de 12 arquivos, que foram escritos na língua portuguesa e ciavam as palavras chaves: Gestantes. Enfermagem. Parto Humanizado. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Mediante a análise dos Doze artigos e considerando e o objetivo deste estudo, observa-se que, se faz necessário a compreensão da importância da Assitência prestada pela Enfermagem ao parto humanizado e ainda a descrição da história da Ginecologia e Obstétrica no Brasil e ainda mostrar as diretrizes aplicadas ao Parto humanizado. Desta forma no quadro abaixo observaremos as referências das características metodológicas dos estudos encontrados, caracterizando cada artigo através de seus autores, títulos, abordagem e instrumento de pesquisa. Quadro 1: Características metodológica dos estudos sobre o Parto Humanizado e Assistência da Enfermagem. Autores∕ 2010-2020 Título Tipo de pesquisa Abordagem Instrumento SOUZA, Larissa Velasquez de (2010) Fontes para a história da ginecologia e obstetrícia no Brasil Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura Brasil. Ministério da Saúde. Manual de humanização . Brasília: (2010) Parto humanizado: influências no segmento saúde Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Humanização do parto. Nasce o respeito : informações práticas sobresseus direitos Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura Busanello J (2011) O discurso e a prática do parto humanizado de Adolescentes Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura MARTINS, APV (2014) A obstetrícia e a ginecologia no Brasil Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura 20 NAGAHAMA EEI, Santiago SM. (2011) Parto humanizado e tipo de parto: avaliação da assistência oferecida pelo SUS Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura QUEIROZ, M. V. O, et al. (2013) Cuidado de Enfermagem à puérpera em uma unidade de internação obstétrica: Perspectiva de humanização Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura SCHRAIBER, L. B. (2010) Violência contra a mulher entre usuárias de serviços básicos de saúde da rede pública da grande São Paulo Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura VERSIANE CC, et al. (2010) importância do parto humanizado: uma revisão bibliográfica Pesquisa bibliográfica Qualitativo Revisão de literatura WEI, C. Y. et al. (2010) A Importância da Humanização do Parto Realizada pelos Enfermeiros Obstetras para as Parturientes: Revisão Integrativa Pesquisa bibliográfica Qualitativa Revisão de literatura Fonte: Lilacs, Scielo, Ver. Brasil. De Saud. Mater. Infantil, Dissertação (2020). No quadro abaixo, buscou-se descrever acerca das produções e publicações científicas, com a caracterização das revistas, conclusão dos estudos e recomendações de acordo com os resultados e conclusões até aqui levantados. Quadro 2: Síntese dos estudos (2010-2020) Autores∕ 2010- 2020 Periódicos Conclusão Recomendações SOUZA, Larissa Velasquez de (2010) Revista de Ginecologia e de Obstetrícia, do Centro de Estudos da Associação Maternidade de São Paulo Foi destacado o papel da publicação científica especializada nas áreas de ginecologia e obstetrícia no Brasil Contribui-se para a divulgação do conjunto de fontes que possam vir a subsidiar a reflexão histórica acerca desses campos disciplinares Brasil. Ministério da Saúde. Manual de humanização. Brasília: (2010) Cadernos Humaniza SUS Viu-se aqui as formas de intervenção e aplicação das formas de parto humanizado Capacitação da equipe de enfermagem, como um todo 21 Busanello J (2011) Revista Gaúcha de Enfermagem Verificou-se neste trabalho a participação da mulher no processo decisório no ciclo gravídico-puerperal e a aceitação das práticas incisivas ao parto humanizado. Melhorar as equipes para as práticas do parto humanizado quando procurado pela própria puérpera. MARTINS, APV (2014) Editora Fiocruz Destaca-se neste trabalho as visões do Feminino: a medicina da mulher nos séculos XIX e XX, o quanto evoluiu os cuidados com a saúde da mulher. Uma melhor aplicação das políticas voltadas a saúde da mulher em seu período de maior fragilidade que é durante o parto. NAGAHAMA EEI, Santiago SM. (2011) Revista Acta Paul Conforme aqui, Humanização e igualdade na atenção ao parto nos hospitais municipais se dão melhor que nos da rede estadual. Buscar formar de tornar igual a realização dos partos humanizados em toda a rede publica. QUEIROZ, M. V. O, et al. (2013) REV. Baiana de Enfermagem Os resultados indicam, uma perspectiva de humanização e cuidados da Equipe de enfermagem à puérpera em e ao recém-nascido nas unidades de internação obstétrica. Motivar a participação conjunta da equipe de enfermagem com visitas e as discussões sobre a organização do trabalho no pós parto. SCHRAIBER, L. B. (2010) Revista de Saúde Publica Foi observado posturas inadequadas e a alta carga de trabalho para a equipe de enfermagem. Melhor adequação das condições, horários e quantidades de profissionais por equipe, para o bom desempenho do serviço. VERSIANE CC, et al. (2010) Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online Ressalta-se que as gestantes definiram que o parto humanizado deve ser pautado nas bases filosóficas da humanização do parto e nascimento. Aumentar o relacionamento interpessoal da equipe de assistência fazendo desta competente para execução do ato. WEI, C. Y. et al. (2010) Mundo Saúde Destaca-se aqui a percepção de puérperas oriundas da Atenção Primária sobre a Humanização da Assistência ao parto em um hospital de ensino. Com essa percepção mais aguçada por parte das mulheres, a equipe de enfermagem só melhora. 22 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Revista Saúde da Mulher Guia pratico de orientações de como se portar a mulher antes, durante e no pós parto Melhor divulgação, pois as mulheres que frequentam as UBS, são em sua grande maioria analfabetas e não tem a curiosidade, cabendo ai as palestras educativas pela equipe de enfermagem. Fonte: Lilacs, Scielo, Ver. Brasil. De Saud. Mater. Infantil, Dissertação (2020) 5.1 Categorias Foram encontrados 12 artigos: Lilacs, Scielo, Rev. Brasil. de Saud. Mater. Infantil, Dissertação, todos compreendidos com data entre (2010 e 2020), distribuímos as artigos pesquisados da seguinte forma do LILACS foram cinco, mais quatro do SCIELO, e dois da Rev. Bras. Saúde Matern. Infant, e um de Dissertação de Mestrado, onde os estudos até aqui vistos descrevem como a enfermagem pode atuar apontando quais as principais dificuldades na compreensão do conceito assistência de enfermagem no parto humanizado. Foram classificados quanto ao tipo de pesquisa, conforme explicitado pelos periódicos, assim especificados: como das 12 publicações para revisão onde somente 10 cumpriram de revisão bibliográfica, 4 da revista Brasileira de saúde catalogados como pesquisa bibliográfica. A partir da leitura e compreensão das abordagens direcionadas ao tema aqui estudado, se observou que os resultados como tem destaque para fundamento da análise de cada artigo estudado, assim como as recomendações sobre como os enfermeiros que atuam na assistência ao parto humanizado trazem inúmeros benefícios na assistência prestada à mulher, como a redução das complicações inerentes ao tempo de internamentos, a criação do vínculo com a parturiente e sua família, por meio da escuta ativa, a identificação das necessidades de cada gestante e possibilitar um ambiente acolhedor propício para desenvolvimento do trabalho de parto. 23 5.1.1 Contribuições acerca da assistência de enfermagem no Parto Humanizado Uma forma de alívio da dor e do sofrimento das mulheres durante o parto é a aplicação dos conceitos de humanização, por meio dos quais fica estabelecido que essas mulheres têm assegurados seus direitos sobre o próprio corpo, podendo optar pelo local, como na banheira, chuveiro, na cama, em pé, deitadas, de cócoras, entre outras (BRASIL, 2012). Além disso, essas mulheres têm direito a um acompanhante, visando aumentar a sensação de cuidado e eliminar a solidão vivida por muitas delas (BRASIL, 2012). Muitas mulheres ainda compreendem a dor de parto como sendo uma ocorrência que não pode ou não deve ser eliminada, pois é uma forma de provar que são maduras, fortes e estão prontas para assumir, da melhor forma, sua responsabilidade como mães, porém, apesar disso, muitas mães vêm tomando consciência de que é seu direito optar pela via de parto que melhor atende suas características e, no caso de parto normal, elas sabem que têm o direito de recorrer a medidas que tornem a dor menos acentuada e permitam que elas vivam melhor o momento do nascimento de seus filhos (DAVIM; TORRES; DANTAS, 2017). Apesar de haver leis que preconizam a humanização do atendimento no parto, a realidade de muitas instituições de saúde ainda não contempla as ferramentas e os conhecimentos adequados para que issoocorra, nem a preparação total e irrestrita dos enfermeiros para preconizar a humanização e, assim, o questionamento principal deste estudo é compreender qual o papel do enfermeiro obstétrico na humanização do parto, como forma de beneficiar mães, filhos e a própria equipe de saúde (GONÇALVES et. Al, 2014). Por parto normal, ou parto natural, destaca-se a via de parto que ocorre espontaneamente, sendo que o corpo da gestante atua no nascimento do bebê (COREN SP, 2010). Trata-se da via de parto mais indicada para mulheres de forma geral, ou seja, desde que não haja solicitação em contrário por parte do médico, devido a condições específicas da mãe (COREN SP, 2010). No parto normal ocorre a saída do bebê pelo canal vaginal, sem a realização de intervenção cirúrgica (COREN SP, 2010). Durante o trabalho de parto, o acompanhamento por profissionais de saúde preparados é essencial, visando mantê-la calma e confortável, já que o parto normal tende a apresentar dor e sofrimento para a mulher (COREN SP, 2010). O respeito e a atenção dos profissionais para com a mulher são fatores essenciais, já que ela 24 precisa de auxílio, encontra-se fora de seu ambiente e suas condições não são as melhores, diante do esforço e da dor que vivencia (COREN SP, 2010). É preciso destacar que, no presente, 84% dos partos ocorridos na rede privada são cesáreos, enquanto na rede pública eles correspondem a 40%. Diversos são os fatores que levam a esse fenômeno, destacando-se a demora no nascimento, que por meio do parto normal pode levar horas, o que faz com que muitos médicos induzam as mães a optar pelo parto cesáreo (BRASIL, 2015). Pode-se citar 3 estágios no trabalho de parto, a dilatação, a expulsão e a dequitação, sendo que a dilatação se trata do estágio inicial do trabalho de parto e envolve uma dor significativa, em função dos estímulos dolorosos que se propagam até os segmentos adjacentes devido à dilatação do colo do útero, períneo e isquemia das fibras do miométrio e muitas pacientes relatam a dor como difusa, sem um local específico (DAVIM; TORRES; DANTAS, 2017). No estágio da expulsão do bebê, a transmissão da dor se dá por meio das fibras de condução rápida, tornando-se localizada e específica, enquanto na fase de dequitação ocorre a expulsão total da criança pela vagina da parturiente, sendo necessários esclarecer que este estágio perdura até a total expulsão da placenta, com dor intensa, porém progressivamente diminuída (DAVIM; TORRES; DANTAS, 2017). Durante a dilatação ocorre a predominância da dor visceral, apresentando-se um estímulo doloroso (nociceptivo) advindo do mecanismo de distensão da parte inferior do útero e da dilatação cervical, quando da fase de expulsão, a dor assume uma característica somática, gerada pela distensão e tração das estruturas pélvicas ao redor da cúpula vaginal, bem como a distensão do assoalho pélvico e períneo (NILSEN; SABATINO; LOPES, 2011). 5.1.2 Assistência de enfermagem durante o parto humanizado Apesar do parto se constituir uma rotina nos hospitais e maternidades, cada mulher deve receber um atendimento diferenciado, pois a visão sobre o que é o parto e a maneira como ele é vivenciado é única,¹ portanto, o cuidado e o conforto devem ser proporcionados visando a singularidade de cada parturiente. Uma vez que o objetivo principal da assistência materna de qualidade é favorecer experiências positivas para a mulher e sua família, mantendo a sua saúde física e emocional, prevenindo complicações e respondendo às emergências (VELHO, 2012). Desta forma, uma discussão profunda e constante a respeito da reformulação do modelo de assistência ao parto e nascimento se faz necessária para reduzir o 25 cunho intervencionista que este processo assumiu. O debate deve ser baseado em evidências científicas, buscando valorizar as concepções e as práticas de acompanhamento e aconselhamento no parto e no nascimento. (SODRÉ, 2010) Nesta visão, deve-se elucidar a importância do resgate do parto como evento fisiológico e social, destacando a Enfermagem como uma profissão capaz de fazer parte deste contexto, pela sua história e formação. Sem esquecer, todavia, o papel da equipe multidisciplinar no processo do nascimento, percebendo-se como profissionais humanizados, e dando segurança à mulher para vivenciar este momento tão significativo de sua vida (FRANCISCO, 2015). Apesar do estabelecimento de vínculos entre as pessoas serem discutidos no âmbito das várias profissões de saúde, para a Enfermagem revela-se como condição fundamental no cuidado, uma vez que reflete o exercício do cuidado em si, e configura-se como objeto de trabalho. Para que o enfermeiro desenvolva um cuidado de enfermagem eficiente, legítimo e de qualidade, é indispensável considerar em suas ações aspectos essenciais, como o diálogo, o saber ouvir, o toque, a troca de ideias, a demonstração de preocupação e a expressão de afeto, além de outros aspectos holísticos do cuidado (FRELLO, 2012). Nesse contexto, é necessário que os profissionais de Enfermagem, além de possuir competência técnica, estejam envolvidos com os aspectos psicológicos e sejam capazes de compreendê-los, oferecendo assim, necessário suporte emocional à mulher, respeitando sua autonomia, direito de um acompanhante de escolha e garantia de que serão informadas sobre todos os procedimentos a que serão submetidas (MOURA, 2020). Diante dessa perspectiva, o presente estudo tem por objeto investigar a assistência de enfermagem ao trabalho de parto e parto, através da percepção das parturientes, buscando, desse modo, contribuir para o aprimoramento do cuidado, uma vez que esse, para ser realizado, precisa da contribuição direta tanto do profissional, quanto do cliente (MOURA, 2020). Nota-se nos discursos, a ênfase positiva dada pelas puérperas ao ato dos profissionais de fazerem-se presentes durante o trabalho de parto e durante o parto. Caus et al, destacam a importância de se prestar cuidados à mulher, de maneira afetuosa, empática e segura. E afirmam ainda que a prática assistencial é voltada à valorização da mulher, para que essa valorização venha a fortalecê-las no processo de parir (GONÇALVES, 2011). 26 Deve-se reconhecer o valor do cuidado para as mulheres durante a atenção ao parto, ao mesmo tempo em que as práticas profissionais na assistência obstétrica devem ir ao encontro das necessidades individuais das mulheres, com respeito e sensibilidade (FRELLO, 2012). Andrade e Lima reforçam que, para a mulher, a gravidez e o nascimento em particular, são eventos únicos repletos de fortes sentimentos e emoções. A experiência vivida por ela nesses momentos ficará firmemente marcada em sua memória, e por isso, todos os envolvidos na sua assistência, devem lhe proporcionar um ambiente de carinho e humanismo (DOSSIÊ, 2020). As técnicas para alívio da dor, também são mencionadas no relato das mulheres como algo positivo na assistência, algo que trouxe conforto e satisfação no momento de parir. Caus et al, reforçam que a mulher deve ser tratada com carinho, e deve-se respeitar o seu tempo, proporcionando o alívio da dor através de exercícios, massagens, banhos, deambulação e até mesmo adoção de posições durante o trabalho de parto (BRASIL, 2015). Segundo o modelo de atenção humanizada à parturiente, os profissionais devem permanecer presentes durante todo o trabalho de parto, oferecendo às mulheres o apoio psicológico e emocional na parturição, além de técnicas de relaxamento e massagens, música ou quaisquer outras práticas alternativas que tragam alívio e conforto à gestante (BRASIL, 2011). O movimento de humanização do parto, luta pela diminuição das intervenções desnecessárias e pela promoção de cuidado ao processo de gravidez/parto/nascimento/amamentação, que são entendidos como processo singular, natural e fisiológicoe que requer o fortalecimento do papel da mulher como protagonista nesse processo (ARAUJO, 2013). No contexto da presente pesquisa, as mulheres referiram o episódio de enjoos durante o trabalho de parto, e relataram a administração de antiemético injetável para cessação dos sintomas. Além disso, a administração de indutores de parto foi relatada englobam essa prática nas intervenções que já foram cientificamente evidenciadas como inadequadamente utilizadas. Tendo em vista que a indução do parto só deve ser realizada em gestações acima de semanas, para diminuir o risco de parto cesariano e morbimortalidade perinatal (CASTRO, 2016). Gonçalves et al.15 (2014) esclarecem que para que ocorra uma mudança na cultura hospitalocêntrica e médica, deve haver sobretudo, uma transformação na 27 postura das equipes e profissionais para que a fisiologia do parto seja respeitada, destacam ainda que a gestante deve ser informada sobre todos os procedimentos a que será submetida, podendo inclusive apontar aqueles que não quer. Desta forma, a mulher deve ter acesso a todas as informações baseadas em evidências e serem incluídas no processo de tomada de decisões, sendo essencial que os profissionais estabeleçam um vínculo de confiança, sempre tornando-se ciente dos desejos e expectativas da parturiente (vargens, 2017). 6 CONCLUSÃO Conforme o que que se verificou, foi que os direitos conquistados referentes à assistência integral e humanizada precisam ser constantemente analisados com o objetivo de garantir a implementação dos mesmos. São inegáveis os benefícios do parto humanizado na vida das gestantes, que muitas vezes não tinham as devidas orientações sobre os procedimentos aos quais eram submetidas. Dessa forma os resultados até aqui pontuados citamos que estes podem contribuir como alerta no sentido de construir uma proposta de atenção ao parto humanizado transformando o local do estudo em um espaço focado em práticas que visem à promoção do parto e nascimento saudável, respeitando o processo fisiológico, a dinâmica de cada nascimento e devolvendo na mulher o papel de protagonista. Buscou-se através da construção dessa pesquisa a compreensão de que o enfermeiro possui os conhecimentos técnicos necessários para proceder do acompanhamento de todo o processo de parto, principalmente em situações em que o médico não se encontra presente ou não pode acompanhar todo o nascimento, em função do tempo que muitas vezes é necessário para isso. Nesses casos, tranquiliza a mãe ter o conhecimento de que pode contar com a atuação de um profissional preparado e cujo foco de trabalho, naquele momento, será voltado para ela e não para outras possíveis ocorrências. Desta forma concluiu-se que, as melhorias vêm sendo realizadas na assistência durante o processo de nascimento, no entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que esses avanços cheguem ao alvo final de uma assistência inteiramente humanizada, seguindo todos os padrões que são preconizados pelo Ministério da Saúde. Esses progressos dependem antes de tudo dos profissionais de saúde, e obviamente da ajuda de ações governamentais que 28 promovam capacitações para os profissionais, e disponibilizem recursos para que as ações de humanização possam ser realizadas de forma sólida. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ARAÚJO SM. A importância do pré-natal e assistência de Enfermagem. Rev. Elet de Ciênc, 2013; Jul-Dez, 3(2): 61-67. BRASIL. 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