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Sistema Respiratório

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Sistema respiratório:
Inicialmente deve-se investigar a presença de 
alterações: corrimento nasal, tosse, sangue, 
espirros, dispneia, cansaço, local de criação, 
gemidos e queda de rendimento. 
A clínica possui um tripé: histórico, ambiente e 
animal. Em animais de produção deve-se levar 
em consideração o número de animais afetados 
(morbidade), se há condições de estresse, 
condições de alojamento, número de animais, 
promiscuidade de faixa etária, umidade. 
O trato respiratório é dividido em trato 
respiratório superior (narinas, seios, laringe, terço 
médio da traqueia) e trato respiratório inferior 
(terço inferior da traqueia, brônquio, 
bronquíolos, alvéolos e pleuras). Os cílios 
presentes no trato respiratório superior, vão 
bater contrário ao ar expirado, na superfície dos 
cílios tem as partículas que fazem com que os 
micro-organismos fiquem aprisionados que 
podem ser deglutidos ou expectorados, a partir 
do momento que esse micro-organismo adentra 
o sistema respiratório, o próximo mecanismo de 
defesa é a tosse (afecções de laringe, início de 
traqueia), pode ser produtiva ou não, que leva a 
expectoração (secreção), ou deglute o conteúdo. 
Adentrando mais, atinge bronquíolos e alvéolos 
onde começa a agir as células de defesa. 
*Observar o manejo, condições de estresse, 
deprime o sistema respiratório. 
*Há bactérias que são comensais do trato 
respiratório superior, às vezes esperam o sistema 
imunológico do animal diminuir para adentrar, ou 
infecção viral, se multiplicam e atinge sistema 
respiratório inferior. 
* Complexo respiratório bovino: associação de 
bactérias e vírus. 
O exame geral, deve-se levar em consideração os 
sistemas que podem ter alguma relação com o 
sistema respiratório, como a insuficiência 
cardíaca. A tosse de origem cardíaca ocorre 
principalmente no final da tarde. 
O exame físico vai seguir o fluxo do ar, o ar 
expirado, avaliar temperatura, corrente, 
distribuição entre as narinas, distúrbios (pode ser 
através de sondagens). Para sentir o odor, deve-
se desviar o ar expirado. O ar fisiológico não tem 
odor, ou tem odor levemente adocicado 
específico da espécie. O ar patológico possui 
odores inespecíficos, purulento, repugnantes ou 
pútridos (decomposição do ar expirado), deve-se 
investigar origem nariz, boca ou faringe, parte 
caudais dos sistemas respiratório ou digestivo, 
como metabólicas-halitose. 
Narinas: 
Em bovinos é chamado de muflas e é como se 
fosse a impressão digital. As narinas são úmidas e 
brilhantes, não possuem úlceras ou quaisquer 
outras lesões. 
Pode apresentar alterações uni ou bilateral, como 
hiperplasia, feridas, lacerações, neoplasias, 
formação de úlceras. Os animais domésticos, 
exceto o equino conseguem fazer respiração 
bucal; em equinos deve-se fazer uma 
traqueotomia emergencial. 
Secreção transparente na narina (uma lagrima- 
secreção nasolacrimal), é normal. Pode-se ter 
alteração na coloração e volume, o que torna 
patológico, pode apresentar aspecto mucoso, 
aerada, purulento, crostas ressecadas ao redor 
das narinas. 
Seios nasais: 
Nasais, paranasais, frontais, cornuais- neste faz a 
percussão com a superfície rumba do plexímetro, 
o som deve estar claro; o som submaciço é 
comum nas sinusites); som de “panela rachada” 
nas fraturas (sensibilidade)). 
O procedimento para percussão, o animal deve 
estar com a cabeça na sua posição normal, e bate 
com o martelo (em forma de pêndulo) 
comparando o lado esquerdo com direito, das 
regiões nasal para o frontal. 
*Em equinos não é recomendado a percussão, 
visto que podem se assustar. 
Faringe e laringe: 
A avaliação da faringe é feita pela palpação 
externa, inspeção, pode ser feita por endoscópio. 
Na inspeção externa dá para observar graves 
alterações anatomopatológicas (pequenas ou 
assimetrias). Na inspeção interna têm-se o auxílio 
de endoscópio fixo ou flexível, laringoscópio, 
espéculo tubular e radiografia. 
Traqueia: 
Normalmente faz-se a inspeção indireta com o 
auxílio de endoscopia e externa onde observa-se 
área de aumento de volume, áreas de enfisema, 
visto que pode apresentar rompimento de anéis 
traqueais. A palpação externa é possível na região 
cervical da traqueia estimulando a tosse, sente-se 
os anéis traqueais cartilaginosos enfileirados 
como um tubo, é mais fácil palpar em animais 
não muito musculosos. 
Observar tumoração ou aumento de volume, 
mobilidade do órgão adjacentes (pele, músculos 
cervicais, esôfago), estreitamento em casos de 
colapso traqueal, e sensibilidade à pressão do 
estritor-vibração (relacionada a traqueite- 
traqueia vibrando devido a diminuição do lúmen 
traqueal associada a presença de líquido 
inflamatório). 
Tosse: 
É uma expiração brusca quase sempre de 
natureza de natureza reflexa, provocada por 
excitação nas áreas onde há ramos sensitivos do 
nervo vago. 
No sistema respiratório a tosse pode ter origem 
na traqueia, laringe e brônquios- é um 
importante mecanismo de defesa. Em sistemas 
fora do sistema respiratório pode envolver 
esôfago e faringe. 
A tosse pode ser frequente, espontânea ou 
persistente em casos distúrbios respiratórios 
como nas broncopneumonias, bronquite ou 
laringite, e são raras em casos de enfisemas. 
A qualidade da expectoração pode ser seca ou 
úmida (produtiva- exemplo- pleuropneumonia 
contagiosa caprina, o tratamento é com tilosina) 
Vias Respiratórias posteriores: 
A semiologia tem como objetivo examinar os 
movimentos respiratórios (observar o animal em 
diagonal, para observar os movimentos torácicos 
e abdominais). A importância é observar indícios 
sobre a existência de afecções no Sistema 
Respiratório e avaliar a intensidade respiratória 
pela extensão do movimento respiratório. A 
respiração fisiológica é levemente profunda, 
enquanto o patológico pode ser profunda com 
dificuldade respiratória (dispneia), ou superficial 
relacionadas com dificuldades nervosas, ou com o 
paciente em coma. 
A respiração pode ter participação do tórax e/ou 
parede abdominal, pode ser classificada como: 
➔ Costoabdmonial: normal, participação do 
tórax e do abdome concomitante 
(eupneia- respiração normal ou dispneia 
mista) 
➔ Predominantemente costal: quando tem 
algum processo doloroso ou compressivo 
no abdômen, como peritonite, hepatite, 
gestação (o útero gravítico empurra o 
rumem que comprime o diafragma) e na 
dispneia inspiratória 
➔ Predominantemente abdominal: quando 
tem alterações volumosas ou dolorosas 
dentro da cavidade torácica, como 
pleurite, pericardite e na dispneia 
expiratória. O animal vai ter um 
arqueamento do dorso, andar cuidadoso, 
em grandes animais arqueamento do 
cotovelo. 
A frequência respiratória- MPM- movimentos 
respiratórios por minuto- é obtida pela 
auscultação, corresponde a uma inspiração e uma 
expiração (1 movimento). 
Para percussão é importante saber da topografia 
pulmonar, faz-se no espaço intercostal, pode ser 
digito-digital ou martelo-plexímetro. O som deve 
ser claro. O aumento do campo pulmonar caudal 
pode indicar enfisema pulmonar, pneumotórax. E 
a diminuição do campo pulmonar pode indicar 
gestação acidentada, sobrecarga dos pré-
estômagos e deslocamento do abomaso para a 
direita, torção gástrica em cães ou 
hepatomegalia. 
Em ruminantes o campo torácico é relativamente 
pequeno, reduzido o número de costelas, 
posicionamento do diafragma e grande parte 
desse pulmão não é acessado por estar abaixo da 
escápula. O som patológico pode ser submaciço 
em casos de congestão e edema; hipersonoro em 
casos de enfisema pulmonar; macicez na região 
ventral em casos de acúmulo de líquido seroso-
hidrotórax ou de exsudato inflamatório como na 
pleurite. 
A percussão dolorosa é feita com martelo de 
borracha (não é feito mais), em casos de 
sensibilidade pode estar em quadro de pleurite 
grave, enfisema pulmonar e fratura de costela.Na auscultação há ruídos respiratórios que são 
passagem do ar pelas vias áreas. Pode ser feita na 
traqueia nas porções ventrais e anteriores e/ou 
dorsais e posteriores. Os ruídos podem ser: 
➔ Laringotraqueal: porção ventral da região 
traqueal 
➔ Traqueobrônquica: porção ventral e 
anteriores do pulmão 
➔ Broncobronquiolar: porção dorsal e 
posterior do pulmão 
Dentre os ruídos respiratórios patológicos podem 
apresentar ausência total (silêncio pulmonar) em 
áreas pulmonares grandes consolidadas (não há 
mais arejadas) e em outras alterações volumosas 
como pericardite, hidrotorax, piotorax; 
crepitações (estertores úmidos, estertores secos) 
com passagens de ar através de 
secreções/exsudato, quando é na parte ventral 
apresenta um grau maior de gravidade devido a 
áreas de consolidação; sibilos em casos de 
estreitamento patológicas das vias respiratórias. 
A frequência respiratória em animais mais velhos 
e mais pesados é menor. 
• Taquipneia: em casos de redução da 
superfície alveolar respiratória, 
insuficiência circulatória, anemia 
(diminuição da oxigenação) 
• Bradpneia: animais em coma 
• Respiração entre cortada: em casos de 
estresse, miodistrofia, butolismo 
• Eupneia: todos achados normais 
• Dispneia: alguns ou todos achados 
patológicos. Pode ser inspiratória 
(inspiração difícil), apresenta a frequência 
e intensidade respiratória aumentada, 
com o tipo respiratório costal, como em 
casos de estenose das vias aéreas superior 
e broncopneumonia. Pode ser expiratória 
(empurrar o ar é dificultado), apresenta 
um aumento da intensidade respiratória 
com o tipo de respiração abdominal, 
como em casos de bronquite. E ainda 
pode ser mista em que a inspiração e 
expiração é dificultada, apresenta a 
frequência e intensidade respiratória 
aumentada, com tipo respiratório costo 
abdominal, como ocorre em casos de 
transtornos circulatórios, estenose das 
válvulas cardíacas, anemias, pericardite, 
broncopneumonia complicada por 
enfisema e intoxicações.

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