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Sistema Locomotor: Pode ter afecções primárias, secundárias locais, generalizadas, difusas, focais. Engloba osso, articulações, músculos, tendões, ligamentos e outro tecidos moles. Durante a anamnese, deve-se observar as instalações (o piso ideal para criar cavalo é arenoso), manejo que o animal está sendo submetido, o tratamento, propriedade, higiene, idade (doenças crônicas, agudas, congênitas e degenerativas-animais mais velhos), raça (animais árabe e quarto de milha tem mais problemas tendíneos que os outros), utilização do animal. O objetivo é determinar se a lesão é óssea, articular, muscular ou outros tecidos moles. Deve-se levar em consideração a duração de sinais clínicos (quadro agudo, crônico, degenerativo, alterações no estojo córneo), se o animal trabalha e a claudicação altera a performance, se o início foi súbito ou insidioso, se houve modificações nos sinais desde o início ou se são os mesmos, presença de tumefações ou alterações na postura, dificuldade de erguer um ou mais membros, se em decúbito há dificuldade de se levantar. • Cavalo com hiperadrenocorticismo tem maiores chances de desenvolver laminite • Decúbito em animais de grande porte é sempre grave, relacionado a compressões nervosas A inspeção direta é feita ocorre no ambiente parado (se está ou não de decúbito) e em movimento (preferencialmente solo firme/duro). Inicialmente observar presença de inchaços, aumento de volume, feridas ou outras alterações de normalidade física, como problemas de aprumos ou atrofias musculares. Quando em movimento, observar se a coordenação dos movimentos, amplitude das diferentes fases, simetria e a presença de claudicação. Avaliar o animal ao trote e ao passo, em linha reta e em curva. • Claudicação é caracterizado pela sustentação anormal do peso, em um ou mais membros e em geral está associada a dor. Os sinais indicativos de distúrbios de musculo estriado esquelético são: anormalidades na marcha, relutância ou incapacidade de mover-se, postura anormal ou repouso, longos períodos em decúbito, tumefação local ou difusa e calor. No exame clínico, deve avaliar o animal parado- postura em estação e decúbito- e o animal em movimento-deitar, levantar, andar e trotar, não há necessidade de montar no cavalo. As claudicações podem ser de apoio com a diminuição do tempo de apoio, de elevação com a diminuição do tempo de elevação e mista quanto de apoio e elevação quanto intermediário com outras alterações. ➔ Grau 1: diagnosticada quando o animal está ao trote ➔ Grau 2: diagnosticada ao passo, mas não há movimento de cabeça ➔ Grau 3: ao passo e há movimento de cabeça ➔ Grau 4: animal não consegue apoiar o peso no membro. • Arrastado de membro é característico de doença neurológica Examinar o animal nos diferentes tipos de andamento, tanto em linha reta quanto em movimentos circulares, observar a distância do indo e voltando. A maioria das claudicações são notáveis no trote, observando que o animal fez “sim” para membro não afetado (levanta a cabeça e apoia o membro afetado no solo, a não ser que seja uma afecção bilateral) Exames dos membros requer inspeção de todos eles, não só no anormal, analisar o contralateral, observar tamanho (se há presença de luxação), soluções de continuidade, atrofia muscular e aumento de volume. A palpação normalmente realizada por digi-pressão, palpação e flexão forçada e temporária das articulações. Analisa consistência, temperatura, sensibilidade, tônus muscular e crepitações. Casco: Na inspeção observar a forma, achinelamento, desgaste da pinça, fissuras na parede, sola. A palpação direta testa-se sensibilidade, consistência. Na palpação indireta tem a avaliação das estruturas dos cascos através da utilização da pinça de casco; avaliar os pontos de fixação de cada cravo, caso o animal seja ferrado. O exame completo consta da avaliação comparativa do casco afetado com o do membro contralateral. A percussão pode ser realizada no casco com um pequeno martelo ou mesmo com a pinça de casco, avaliar a sensibilidade. O diagnóstico presuntivo da região afetada para requisição dos exames. Destaca-se a ultrassonografia, análise de líquido sinovial (é importante para distinção de problemas articulares sépticos e formas inespecíficas de doenças articulares), radiografia e bloqueio anestésico local ou regional (em muitos casos não é possível localizar a região afetada ao exame clínico ou podem existir causas múltiplas envolvidas. Muitas vezes é importante realizar o bloqueio anestésico tanto para confirmação diagnóstica como para localizar a região de origem do problema).
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