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Introdução à Geologia - Resumo slides

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Introdução à Geologia
Estudo da Terra:
Geologia Física: 
estuda os materiais da Terra (minerais, rochas) e os processos que operam no seu interior e na superfície
	
Geologia Histórica: examina a origem e a evolução da Terra (continentes, oceanos, atmosfera e vida)
Aplicações da Geologia
· Localização de recursos minerais e energéticos;
· Material de construção;
· Matéria prima para vidros, metais, cerâmicas, condutores, tintas,pigmentos, drogas, cosméticos, tecnologia,medicina; 
· Decoração;
· joalheria;
· Petróleo, carvão, energia geotérmica;
· Auxílio na resolução de problemas ambientais (recuperação de áreas degradadas, minimização de impactos);
· Busca de água subterrânea;
· Identificação de áreas seguras para barragens, disposição de resíduos, projetos de construções resistentes a
terremotos;
· Entendimento dos eventos naturais do
planeta;
Como a Geologia afeta
o nosso dia-a-dia?
Fenômenos naturais:
Erupções vulcânicas, terremotos, deslizamentos de terra, tsunamis, inundações e secas
 Maioria não pode ser impedidos, mas podem ser previstos controlando a sua gravidade
Economia e política:
Recursos minerais e de energia
 Guerra do Golfo e no Iraque – interesse em petróleo
Nosso papel como tomadores de decisão:
· Membro de conselho de planejamento;
· Dono de uma propriedade com direitos minerais;
· Impacto no ambiente – desenvolvimento de
atividades exploratórias;
· Consumidores e cidadãos:
Recursos de energia não renováveis; 
· Disposição de RSU, poluição;
· Construção civil, mecânica, rodovias, ferrovias, etc.
ESTRUTURA DO PLANETA TERRA E TECTÔNICA DE PLACAS
SUBSISTEMAS DA TERRA
INTERAÇÕES ENTRE OS SUBSISTEMAS
ORIGEM DO SISTEMA SOLAR E A FORMAÇÃO DA TERRA PRIMITIVA
Camadas constituintes da Terra Divisão resultam das diferentes densidades entre as camadas causadas pelas variações na composição, temperatura e pressão. 
BASE DA DIVISÃO: ondas sísmicas P e S e seções geológicas na superfície da terra 
ONDAS P (PRIMÁRIAS): comprimem e expandem o material na direção de sua propagação. 
ONDAS S(SECUNDÁRIAS): movem o material na perpendicular à trajetória de propagação. 
 
NÚCLEO
10 a 13 g/cm³
≈ 16% volume
Parte interna pequena e sólida
Parte externa maior e aparentemente líquida
Constituídas principalmente de ferro e pequena quantidade de níquel
MANTO
3,3 a 5,7 g/cm³
≈ 83% volume
Composto principalmente de peridotito
(rocha ígnea escura com muito Fe e Mg)
Divisão do manto: 
Manto inferior: sólido e ocupa o maior volume 
Astenosfera: mesma composição do manto inferior mas se comporta plasticamente e pode fluir lentamente. - Fusão parcial dentro da astenosfera magma, que pode subir para a superfície devido à sua menor densidade. 
Manto superior: envolve parte da astenosfera e rocha mantélica consolidada até a base da crosta.
CROSTA
Camada mais exterior da Terra
1- Crosta continental
20 a 90 km de espessura
2,7 g/cm³
Grande quantidade de silício e alumínio
Composição média das rochas similar ao granito
1- Crosta oceânica
5 a 10 km de espessura
3,0 g/cm3
Constituída essencialmente por basalto (rocha ígnea escura)
sólida do manto superior + crosta 
LITOSFERA Formada por numerosas peças individuais chamadas placas, que se movem pelas correntes de convecção.
 
CORRENTES DE CONVECÇÃO
TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS
“Litosfera – dividida em placas que se movem sobre a astenosfera”. 
Zonas de atividade vulcânica, terremotos, ou ambos, marcam a maioria das margens de placa.
TIPOS DE LIMITES DE PLACAS
LIMITES DIVERGENTES DE PLACAS: 
 - Criadas pela ascensão do magma da astenosfera rompendo uma placa preexistente; 
 - Na crosta oceânica: marcadas pelas cadeias meso-oceânicas (ex. Cadeia Mesoatlântica) 
· Na crosta continental: reconhecidas pelos vales em fendas lineares – riftes (ex. Leste Africano)
LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS - placas se movem uma em direção à outra até uma submergir (zona de subducção) e ser incorporada na astenosfera; 
· Placa que desce – favorece a fusão do manto gerando o magma; 
· Magma – surgir na superfície – cadeia de vulcões (ex. Cordilheira dos Andes) 
· 
LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS CARACTERIZADOS: 
· Deformação;
· Vulcanismo;
· Formação de montanha;
· Metamorfismo;
· Terremoto;
· Importantes depósitos minerais
LIMITE OCEÂNICO-OCEÂNICO:
LIMITE OCEÂNICO-CONTINENTAL: 
* crosta oceânica mais densa é subductada sob a crosta continental 
LIMITE CONTINENTAL-CONTINENTAL: 
* a litosfera continental não é subductada na astenosfera
LIMITES TRANSFORMANTES 
· placas deslizam lateralmente, uma ao lado da outra; 
· litosfera não é criada e nem destruída ao longo deste limite;
· movimento resulta numa zona de rocha estilhaçada e sujeita a terremotos; 
· (ex. Falha de San Andreas, Califórnia)
RESUMO – LIMITES DE PLACA
TECTÔNICA E RECURSOS NATURAIS
MOVIMENTO DE PLACAS: 
- Responsável pelas principais características da crosta da Terra; 
- Influencia a distribuição e a evolução da biota (fauna e flora) mundial; 
- Afeta a formação e a distribuição dos recursos naturais; 
- Concentrações de petróleo; 
- Depósitos de minerais metálicos (cobre, ouro, chumbo, prata, estanho, zinco)
MODELOS DE CORRENTES DE CONVECÇÃO
O CICLO DAS ROCHAS
CICLO DAS ROCHAS E A TECTÔNICA DE PLACAS 
 
MINERALOGIA
APLICAÇÕES DOS MINERAIS 
VESTUÁRIO: fibras naturais crescidas com fertilizantes, corantes 
ALIMENTAÇÃO: sal, fertilizantes, máquinas de processamento, embalagens de metal e vidro, louça de cerâmica e vidro, panelas de metal, vidro e cerâmica 
COSMÉTICOS: sais, corantes, excipientes
CONSTRUÇÃO: areia, cascalho, brita, pedra, argila, cimento, aço, alumínio, asfalto, vidro, gesso 
ENCANAMENTO E ELETRICIDADE: ferro, cobre, latão, chumbo, amianto, vidro 
TINTAS: pigmentos, encorpantes de talco e amianto 
MOBÍLIA: ferro e aço, lixas de granada e rutilo
MINERAIS
 “Sólidos cristalinos inorgânicos que ocorrem na natureza, com uma composição química bem definida e com propriedades físicas características” 
CRISTALINO: significa que os minerais tem um arranjo interno ordenado de átomos (estrutura regular e tridimensional)
FORMAÇÃO DOS MINERAIS: 
· Resfriamento do magma (material rochoso fundido) ou da lava (na superfície); 
· Cristalização de soluções hidrotermais; 
· Evaporação da água do mar ou de lagos (raramente); 
( halita (NaCl); gipsita (CaSO42H2O) );
· Processos de intemperismo químico; (Minerais argilosos originados de mudanças de composição e estrutura de feldspatos (principalte))
· Metamorfismo
 
MINERAIS
· Elementos nativos Constituídos de átomos ligados de um único elemento (oxigênio gasoso, ouro, prata, grafita, diamante); 
· Compostos: Ligações de átomos de dois ou mais elementos (quartzo – SiO2 : silício + oxigênio)
MULTIPLICIDADE DOS MINERAIS 
· Identificados e descritos mais de 3500 minerais, mas poucos são mais comuns (≈20); 
· Apenas oito elementos químicos formam a maior parte da crosta terrestre. Silício + oxigênio = 74% em peso e 84% de átomos da crosta
ABUNDÂNCIA DOS ELEMENTOS NA TERRA
GRUPOS DE MINERAIS
· SILICATOS:
· Minerais que contém sílica – combinação
de silício e oxigênio
· Incluem cerca de 1/3 dos minerais
conhecidos e formam ≈ 95% da crosta
Quartzo = pura sílica (SiO2)
· Maioria tem um ou mais elementos adicionais
Ortoclásio: KAlSi3O8
Olivina: (Mg,Fe)2SiO4
TETRAEDRO DE SÍLICA: estrutura básica de todos os minerais silicáticos 
Combina-se com íons positivamente carregados (ex. Fe, Mg) ou compartilha seus átomos de oxigênio com outro tetraedro. 
ARRANJOS ESTRUTURAIS DOS TETRAEDROS DE SÍLICA
Silicatos de estrutura planar também possuem carga elétrica negativa – compensada por íons positivos entre os planos característica: das micas (biotita e muscovita) dos minerais argilosos
PRINCIPAIS SUBGRUPOS DE SILICATOS: 
· Ferromagnesianos: contém Fe, Mg ou ambos; 
· Normalmente escurose mais densos; 
· olivinas, piroxênios, anfibólitos e a biotita
Não-ferromagnesianos: tem falta de Fe e Mg Cor 
geralmente clara e menos densos 
MAIS COMUNS NA CROSTA: 
· Feldspatos: feldspatos potássicos – ortoclásio KAlSi3O8 
· plagioclásios: ricos em sódio – albita NaAlSi3O8 ricos em cálcio – anordita 
· CaAl2Si2O8 Quartzo Muscovita (grupo das micas)
CARBONATOS: 
· Contém radical carbonato carregado negativamente (CO3 ) -2 Calcita (CaCO3 )
· – principal constituinte do calcário (rocha sedimentar); Dolomita - CaMg(CO3 )2
Minerais mais comuns podem ser identificados considerando as propriedades físicas – determinadas pela sua estrutura interna e composição química; 
Técnicas mais avançadas: microscópio petrográfico, difração de raios X, microscópio eletrônico de varredura, 
Identificação dos minerais 
COR: Resulta da absorção seletiva de comprimento de ondas de luz visível; 
Silicatos ferromagnesianos são normalmente pretos, marrons ou verde escuros (olivina – verde oliva) 
Silicatos não-ferromagnesianos: variam consideravelmente na cor, mas raramente são somente escuros 
Metais: bastante consistentes na cor
MINERAIS IDIOCROMÁTICOS: apresentam cor constante
MINERAIS ALOCROMÁTICOS: apresentam cores variadas
BRILHO Observado pela qualidade da luz refletida Determina se tem aparência de um metal ou não Brilho metálico Brilho não metálico: vítreo, gorduroso, ceroso, adamantino, fosco e terroso.
Brilhos não metálicos: adamantino: minerais transparentes a translúcidos de alto índice de refração. 
Ex: diamante, zircão, rutilo resinoso: semelhante a certas resinas.
 Ex: enxofre nativo gorduroso ou graxo: halita, nefelina, quartzo leitoso ceroso: semelhante a cera de vela. 
 Ex: calcedônia, opala terroso: caulinita, talco nacarado: Ex: talco, gipsita sedoso: semelhante a seda. Ex: asbestos, gipsita fibrosa vítreo: Semelhante ao vidro. Ex: quartzo, topázio, turmalina
COR DO TRAÇO :cor do pó do mineral quando riscado numa placa de porcelana fosca ou ladrilho de cerâmica não vitrificado
FORMAS DO CRISTAL (HÁBITO) Identificação quando apresentam cristais bem formados 
 Muitos se formam sob condições que impedem a geração de cristais perfeitos
CLIVAGEM Tendência de grande parte dos minerais se quebrarem ou se dividirem ao longo de um plano liso, ou planos de fragilidade, determinado pelas ligações dentro dos cristais individuais.
Caracterizada em termos de qualidade (perfeita, boa e ruim), direção e ângulo de interseção dos planos
FRATURA : Ruptura do mineral ao longo de superfícies irregulares; Indica que não ocorrem planos de fraqueza. 
 Fratura irregular: muitos minerais apresentam, não sendo uma propriedade diagnóstica (turmalina) 
 Fratura conchoidal: consiste em superfícies lisas e côncavas, semelhantes ao interior de uma concha. (quartzo, opala, calcedônia, obsidiana) 
 Fratura denteada ou serrilhada: metais nativos (ouro, prata, cobre)
DUREZA
Resistência do mineral
à abrasão (ao risco);
Capacidade de um mineral riscar ou ser riscado
por outro;
Aumenta com a densidade de empacotamento
dos íons e com a diminuição do tamanho dos íons
 controlada pela estrutura interna
Grafita (1 ou 2) Diamante (10)
Escala de dureza de Mohs
PESO ESPECÍFICO: Depende da composição e estrutura Silicatos ferromagnesianos: 2,7 a 4,3 Silicatos não-ferromagnesianos: 2,6 a 2,9 Minerais metálicos: galena (PbS)- 7,58 hematita (Fe2O3 )- 5,26 ouro puro (Ag)- 19,3 Influência da estrutura Grafita 2,09 a 2,33 Diamante 3,5
Outras propriedades minerais úteis: 
Talco – sensação ao tato como sabonete; 
Halita – salgada; 
Magnetita – magnética; 
Calcita – reage com ácido clorídrico e libera CO2 (borbulhas e efervecência) 
Dolomita – não reage com HCl, a menos que pulverizada
MINERAIS FORMADORES DAS ROCHAS
Rochas mais comuns são compostas de silicatos 
Basalto (ígnea) – composto na maior parte de silicatos ferromagnesianos (grupos dos piroxênios e olivinas) e, subordinariamente, por plagioclásio (silicato não-ferromagnesiano)
 
Granito (ígnea) – consiste principalmente em silicatos não ferromagnesianos de potássio, cálcio, sódio e quartzo.
ROCHAS
”Agregados naturais e multigranulares formados por um ou mais minerais”; 
· Mármores – formado apenas por cristais de calcita; 
 Granitos – várias espécies minerais 
 quartzo e feldspatos (principais) 
 mica, hornblenda, zircão (acessórios)
IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS NA ENGENHARIA
Suporte (fundações) para obras de grande porte;
 (barragens, usinas, pontes, ...)
Meio físico que abriga construções no seu interior;
 (túneis e reservatórios subterrâneos)
Escavações e estabilidade de taludes de mineração e estradas/ferrovias;
Material de construção (ex. rocha britada);
 Concretos, argamassas, enrocamento, pavimentação, …
TIPOS DE ROCHAS CONFORME A ORIGEM
· Ígneas ou magmáticas 
· Sedimentares 
· Metamórficas
PROPORÇÃO NA CROSTA
O CICLO DAS ROCHAS
Fig 1.9 o ciclo das rochas mostrando as inter-relações entre os processos internos e externos da terra e como cada um dos três maiores grupos de rochas é relacionado com os demais 
Rochas Ígneas
Formadas pelo resfriamento e cristalização de material rochoso fundido conhecido como magma. 
 Magma: rocha fundida sob a superfície; 
 Lava: mesmo material na superfície 
 Magma é menos denso do que a rocha da qual foi derivado – se movimentam em direção à superfície 
Alguns magmas atingem a superfície como fluxos de lava ou são expelidos como materiais piroclásticos (ex. cinzas vulcânicas)
ROCHAS VULCÂNICAS OU ÍGNEAS EXTRUSIVAS
 Resultam do resfriamento de fluxos de lava e da consolidação de materiais piroclásticos; 
 ROCHAS PLUTÔNICAS OU ÍGNEAS INTRUSIVAS 
 Magma se resfria e se cristaliza sob a superfície;
FORMAÇÃO DO MAGMA
PROPRIEDADES DO MAGMA
 Temperatura: geralmente entre 700 a 1200°C (1300°C);
COMPOSIÇÃO: 
Fusão de rochas da crosta produz magmas ricos em sílica –> 
 magma ácido 
 Fusão de rochas do manto superior contém menos sílica e mais ferro e magnésio –> magma básico
VisVISCOSIDADE (RESISTÊNCIA AO FLUXO): 
 Influenciada principalmente pela composição química (teor de sílica), grau de cristalinidade, teor de gases dissolvidos e temperatura em que se encontra; 
 Com o aumento do teor de sílica numerosas estruturas de tetraedros de sílica se formam e retardam o fluxo; 
 Velocidade (5-16 km/h) 
 CARACTERÍSTICAS DAS ROCHAS ÍGNEAS 
 COR: Expressa pela % de minerais escuros presentes na rocha: 
· Leucocráticas (clara): até 30% de minerais escuros. 
· Mesocráticas (intermediária): de 30 a 60% de minerais escuros. 
· Melanocráticas (escura): mais de 60% de minerais escuros. 
 CARACTERÍSTICAS DAS ROCHAS ÍGNEAS 
 TEXTURA: Refere-se ao tamanho dos grãos minerais que compõem as rochas; Relacionada com a história de resfriamento do magma ou lava (indica se é intrusiva ou extrusiva) 
· Afanítica 
· Fanerítica 
· Porfirítica 
 
TEXTURA: Resfriamento extremamente rápido – a rocha resultante pode ser constituída parcial ou totalmente por material não cristalino, denominado vidro vulcânico (obsidiana); 
Os constituintes atômicos não conseguem se arranjar na configuração ordenada tridimensional típica dos minerais;
A) TEXTURA AFANÍTICA: 
 Minerais são pequenos demais para 
serem vistos a olho nu; 
Resultam do resfriamento rápido
indicando uma origem extrusiva;
B) TEXTURA FANERÍTICA: 
Minerais claramente visíveis a olho nu; 
Resfriamento lento e, na maioria, são intrusivas;
C) TEXTURA PORFIRÍTICA: Quando minerais de tamanhos marcadamente diferentes estão presentes na mesma rocha; 
Os maiores e bem formados são os fenocristais e os menores constituem a “matriz da rocha”, a qual pode ser afanítica ou fanerítica;ESTRUTURAS: 
A) VESÍCULAS: cavidades formadas pela retenção de gases durante o processo de solidificação da lava – rochas vesiculares;
B) AMÍGDALAS: vesículas preenchidas por minerais secundários;
C) FRATURAS: estruturas que compartimentam o maciço rochoso, as quais podem se apresentar diferentemente espaçadas e preenchidas ou não por material secundário; 
 Fraturamento natural do basalto é produzido pela retração causada pelo resfriamento da lava
TIPOS PRINCIPAIS DE ROCHAS ÍGNEAS 
A) VULCÂNICAS OU EXTRUSIVAS BASALTO 
Rocha extrusiva que aparece com mais frequência; 
Cor: naturalmente preta (grande proporção de silicatos ferromagnesianos); 
Quando alterado apresenta a cor castanha ou cinza, com perda de brilho dos minerais; 
Formado predominantemente de plagioclásio rico em cálcio e piroxênio (augita), com menor quantidade de olivina e anfibólio. 
No Brasil, a região da Bacia do Paraná possui um gigantesco derrame de basalto que cobre a maior parte da Região Sul e estende-se pelo Paraguai, Argentina e Uruguai; 
Região de intensa atividade agrícola em função das terras férteis (terra roxa) decorrentes da alteração intempérica do basalto. 
 Em certos pontos, como no RS, a soma da espessura das camadas atinge 1 km de espessura total; 
ANDESITO 
 Coloração cinza escura a cinza avermelhada; 
Composto predominantemente de plagioclásio e, subordinariamente, de minerais ferromagnesianos (como anfibólio ou biotita); 
Formado da lava expelida nos limites convergentes de placas 
 (ex. vulcões nos Andes, América do Sul, são em parte compostos por andesito)
RIOLITO 
Geralmente de cor clara devido a predominância de silicatos não ferromagnesianos; 
Finamente granulados – podendo conter fenocristais de feldspato potássico ou quartzo; 
Normalmente os fluxos de lava riolítica são espessos e altamente viscosos e se movem por curtas distâncias;
B) PLUTÔNICAS OU INTRUSIVAS
GABRO 
Normalmente na cor escura e com a mesma composição do basalto; 
Menos comum na crosta continental Compõe a parte inferior da crosta oceânica; 
DIORITO 
Mesma composição do andesito e, também, originado de magmas de composição intermediária (53 - 65 % de sílica); 
Corpos intrusivos de diorito são comuns na crosta continental 
GRANITO 
Como o riolito, cristaliza-se de magmas ácidos (> 65 % de sílica) –> rico em sílica e apresenta cor clara; 
Grosseiramente granulado sendo comum a ocorrência de granito porfirítico; 
Rocha intrusiva mais frequente na crosta – restrita aos continentes; 
No Brasil, formam várias serras (ex.: Serra do Mar, Serra da Mantiqueira) 
As variações de cor provém dos feldspatos que o compõem 
 ex.: rosado – ortoclásio (feldspato potássico)
FORMAS DAS INTRUSÕES DAS ROCHAS ÍGNEAS NA CROSTA 
 Só podem ser observados quando a ascensão e a erosão os expõem na superfície
BATÓLITO: > 100 km2 – plutônicas/profundas Stock: < 100 km2 – plutônicas/profundas 
DIQUE: discordante – sub-vulcânicas/rasas Maioria de 1 a 2 m de largura 
SILL OU SOLEIRA: concordante – sub-vulcânicas/rasas 
 Muitas possuem cerca de 1 m de espessura 
LACÓLITO: concordante, mas possuem geometria de cogumelo 
DERRAME: vulcânicas
ROCHAS SEDIMENTARES 
Rochas compostas de sedimentos, que incluem: 
 todas as partículas sólidas originadas do intemperismo físico e químico; 
 minerais precipitados de soluções por processos químicos; 
 ou minerais secretados por organismos para construir seus esqueletos.
Todo sedimento é originado dos processos de intemperismo, da erosão e transporte, e da deposição como agregado de partículas soltas numa bacia sedimentar.
Depósitos sedimentares:
 Areia e cascalho em leitos de córregos;
 Lama no assoalho oceânico;
GERAÇÃO DE SEDIMENTO A PARTIR DE ROCHAS PREEXISTENTES
TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO DOS SEDIMENTOS
ÁGUA: pode transportar desde cascalhos e areias até partículas do tamanho de silte e argila, além de íons em solução; 
ONDAS E CORRENTES MARINHAS: transportam sedimentos ao longo de costas litorâneas; 
VENTO: transporta apenas areia e sedimentos menores; 
GELEIRAS: podem carregar sedimentos de qualquer tamanho, uma vez que são sólidos em movimento; 
GRAVIDADE: partículas de vários tamanhos
Durante o transporte a abrasão reduz o tamanho das partículas, os cantos e arestas pontudas são desgastadas pelo processo de arredondamento; 
Transporte e os processos operativos no local de sedimentação resultam em seleção do tamanho das partículas no depósito sedimentar. 
· Sedimento bem selecionado;
· Sedimento mal selecionado;
Arredondamento e seleção implicam numa maior facilidade de movimento de fluídos entre
os sedimentos e auxiliam na identificação da história geológica do depósito;
 
· Ambientes de sedimentação:
· Continental;
· Transicional (ao longo da costa);
· Marinho;
AMBIENTES DEPOSICIONAIS
DIAGÊNESE (LITIFICAÇÃO)
Processo pelo qual os sedimentos são convertidos em rocha sedimentar;
Envolve a compactação e/ou cimentação;
 Depósitos de lama (silte e argila) – apenas a compactação é suficiente;
· Aumento do peso dos sedimentos sobrepostos;
· Porosidade diminui – reduzindo o volume do depósito;
Partículas maiores (cascalho e areia) – cimentação é
necessária -> rocha sedimentar;
CIMENTO: consiste em minerais quimicamente precipitados entre os poros e que unem as partículas. 
Mais comuns:
CLÁSTICAS (DETRÍTICAS) resultantes da acumulação e posterior diagênese dos detritos sólidos provenientes de outras rochas. 
QUÍMICAS e BIOQUÍMICAS: quando os minerais se formam como resultado de reações químicas inorgânicas ou atividades químicas de organismos vivos. 
ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS
Principal elemento descritivo na classificação dos sedimentos detríticos, e das rochas deles derivadas, é o tamanho dos grãos segundo intervalos granulométricos.
A) CONGLOMERADO E BRECHA: Composta de partículas do tamanho de cascalho; 
Diferença entre elas é o formato das partículas: 
· Conglomerado: possui cascalho arredondado (mais comum); 
· Brecha: possui cascalho anguloso (transporte por poucos kms)
· 
B) ARENITOS: 
 Contém mais de 50% de grãos com tamanho de 0,06 a 2 mm; 
Quartzo arenito (arenito de quartzo): 
· Mais abundante, constituído principalmente de grãos de quartzo; 
· Pode conter até 15% de matriz silto-argilosa; 
· Cimento quando presente é sílica, carbonatos e outros; 
· Cor branca ou avermelhada (óxidos ou hidróxidos de ferro recobrindo os grãos)
ARCÓSIO: 
· Deriva-se de rochas graníticas e contém, além do quartzo, mais de 25% de feldspatos entre os minerais clásticos; 
· Pode apresentar fragmentos de rocha, micas detríticas, matriz argilosa (< 15%) e cimento; 
· Cor avermelhada pela presença de óxidos de ferro.
GRAUVACA: 
· Contém abundante (15 - 75%) matriz argilosa constituída de clorita, sericita e grãos tamanho silte de quartzo e feldspatos; 
· Na fração areia, predominam os grãos de quartzo sobre os de plagioclásios e fragmentos de rocha de composição variada; 
· Cor cinza-escura a preta;
C) LUTITOS: 
· Compostos por partículas tamanho silte (0,004 a 0,06 mm) e argila (<0,004 mm). 
· Grupo mais abundante das rochas sedimentares, constituídos principalmente: 
· argilominerais (ilita, caulinita e, às vezes, montmorilonita); partículas de quartzo no tamanho silte. 
· Cor: cinza-escura a preta -> abundância de grafita avermelhada -> presença de óxidos de ferro 
· Podem fragmentam-se de modo lamelar em plaquetas – fissilidade. 
· Siltito: rocha sem fissilidade constituída de partículas tamanho silte;
· Folhelho síltico: rocha físsil constituída de partículas tamanho silte e argila; 
· Argilito: sem fissilidade e constituída principalmente de argilominerais; 
· Folhelho argiloso: com fissilidade e partículas tamanho argila;
· Ritmito: rocha com estratificação marcante, caracterizada pela alternância de finas lâminas de material síltico (cor cinza-clara) e argiloso (cor preta).
ROCHAS SEDIMENTARESQUÍMICAS E BIOQUÍMICAS
A) CALCÁRIO E DOLOMITO: 
 Rochas carbonáticas compostas por mais de 50% de minerais que contém o radical carbonato (CO3 ) -2 
 Calcário – constituído de calcita – CaCO3 
 Dolomito – formado de dolomita – CaMg(CO3 )2 
 Utilização: 
 Ambas são importantes matérias-primas para a indústria cimenteira, da cal, vidreira, de tintas, etc. 
 Dolomitos são usados como corretivo da acidez dos solos.
CALCÁRIOS: 
· Rochas formadas por processos químicos/bioquímicos em ambientes marinhos de águas rasas; 
· Maior parte dos calcários são provenientes de carapaças de conchas ou esqueletos de animais (recifes de coral);
Calcário argiloso com mais de 50% de partículas de tamanho argila – marga;
Travertino: variedade de rocha calcária, de cor bege e estrutura maciça, formada pela precipitação química a partir de águas superficiais, ou subsuperficiais, ao redor de fontes (especialmente termais)
Dolomitos: Rochas carbonáticas, de cor geralmente cinza-clara, e granulação fina, geradas a partir de calcários; 
O magnésio substitui algum cálcio da calcita e a transforma em dolomita.
B) EVAPORITOS: 
 
Rochas sedimentares químicas formadas pela precipitação de substâncias dissolvidas na água em evaporação, em ambientes salinos e em regiões áridas. 
· Halita (NaCl) – forma depósitos de sal-gema; 
· Gipsita (CaSO4 .2H2O) – origina os depósitos de gesso;
· 
C) CARVÃO: Rocha formada por processos bioquímicos, a partir de restos vegetais acumulados sob condições anaeróbias, que impediram a sua oxidação, tais como ambientes de acumulação de água estagnada (pântanos).
SÉRIE DO CARVÃO É FORMADA POR: 
Turfa: material de cor castanho-amarelada, com textura fibrosa bem preservada – ≈ 50% de carbono; 
Linhito: formado quando a turfa é enterrada, comprimida e aquecida. 
Cor: castanha e mais compacta que a turfa, cujos fragmentos de planta ainda podem ser reconhecidos – ≈ 70% de C; 
Carvão mineral: rocha de cor preta em que a matéria vegetal foi totalmente transformada em mineral – ≈ 80% de C; 
Antracito: rocha de cor preta, densa e brilhante, com até 98% de C;
D) FOLHELHO PIROBETUMINOSO: Rocha de cor castanho-escura a preta, com fissilidade e granulometria fina, constituída de silte, argila e matéria orgânica na forma de uma mistura de hidrocarbonetos de moléculas grandes (querogênio); 
Mistura de hidrocarbonetos pode ser extraída, por destilação, na forma de petróleo; 
 “Xisto betuminoso”;
ESTRUTURAS EM ROCHAS SEDIMENTARES
· Estratificação paralela 
· Estratificação gradacional 
· Estratificação cruzada 
· Marcas de onda 
· Gretas de contração
ESTRATIFICAÇÃO GRADACIONAL OS GRÃOS (PARTÍCULAS) MAIORES DEPOSITAM-SE PRIMEIRO: 
 seixos (conglomerados), areia (arenitos), silte (siltitos) e argila (argilitos).
ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA 
Alternância de camadas horizontais e inclinadas, devido a mudanças na direção do agente transportador dos sedimentos (água, vento).
MARCAS DE ONDAS
 GRETAS DE CONTRAÇÃO
Argilito com gretas de contração e pegadas de dinossauro
ROCHAS METAMÓRFICAS 
Rochas derivadas de outras rochas preexistentes que, no decorrer dos processos geológicos, sofreram mudanças mineralógicas, químicas e estruturais no estado sólido; 
Resultam de alterações das condições físicas (temperatura e pressão) e químicas impostas em profundidades abaixo das zonas superficiais de alteração e cimentação.
TIPO DE ROCHA FORMADA DEPENDE: 
· composição e textura originais da rocha; 
· agentes do metamorfismo; 
· tempo que a rocha parental (protolito) foi submetida aos efeitos do metamorfismo.
a) CALOR 
 Aumenta a velocidade das reações químicas que podem produzir minerais diferentes daqueles da rocha original. 
· Proveniente dos magmas intrusivos ou extrusivos; 
· Resultante de rochas enterradas profundamente na crosta (subducção).
b) PRESSÃO 
Quando as rochas são enterradas, elas ficam sujeitas à pressão que resulta do peso das rochas sobrepostas (litostática); 
Aumento da pressão -> recristalização dos minerais: 
· Minerais menores e mais densos; 
· Minerais maiores (porfiroblastos) a partir de grãos minerais isolados 
Também ocorrem nos processos de formação de montanhas.
c) ATIVIDADE DO FLUIDO 
presença de água e CO2 ao longo das fronteiras dos grãos minerais ou nos vazios da rocha, acelera o metamorfismo pelo aumento na velocidade das reações químicas; 
TIPOS DE METAMORFISMO
· a) Metamorfismo local (ou de contato) 
· Quando um corpo de magma (intrusão ígnea ou derrame espesso) modifica a rocha encaixante pela elevação da temperatura (até 900 °C), causando uma alteração termal; 
· Rochas geradas – maciças, não foliadas; 
· Resfriamento da intrusão – ocorre a liberação de fluidos aquosos e quentes que podem reagir com a rocha encaixante ajudando na formação de novos minerais;
· Fatores importantes no metamorfismo de contato: Temperatura inicial e tamanho da intrusão (dique, soleira, batólito); 
 Conteúdo do fluido magmático; 
 e/ou rocha encaixante;
AURÉOLAS METAMÓRFICAS
Metamorfismo de contato de fluxo de lava sobre camada de cinza vulcânica 
Metamorfismo Hidrotermal 
Também de caráter local e que se desenvolve pela ação de fluídos aquosos e quentes que percolam rochas próximas a intrusões magmáticas ou zonas de cisalhamento; 
Ex.: serpentinitos e esteatitos (pedra sabão)
B) METAMORFISMO DINÂMICO 
 Ocorre ao longo de zonas de
cisalhamento;
 Posições mais superficiais – cisalhamento é essencialmente rúptil, causando o fraturamento e a fragmentação da rocha; 
Aprofundamento na crosta – temperatura passa a atuar junto com a deformação – cisalhamento torna-se dúctil, modificando o arranjo estrutural das rochas preexistentes; 
 Ex.: cataclasitos, brechas de falha e milonitos
C) METAMORFISMO REGIONAL Ocorre sobre uma grande área e é normalmente causado pelas elevadas taxas de temperatura, pressão e deformação e alcança as porções mais profundas da crosta; 
 Ao longo de limites convergentes de placa – rochas são intensamente deformadas e recristalizadas durante a convergência e a subducção; 
 Áreas de limites divergentes – ocorrem em profundidade mais rasas devido ao alto gradiente geotermal associado a estes locais; 
METAMORFISMO REGIONAL
METAMORFISMO DE IMPACTO
ESTRUTURAS MAIS COMUNS
a) Maciça: Rocha com aspecto compacto, homogêneo e com ausência de minerais com orientação planar; 
b) Foliações: estruturas planares resultantes do achatamento dos constituintes minerais. 
 Xistosidade: caso particular de foliação em que os planos de clivagem coincidem com a orientação dos minerais subparalelamente; 
 caracterizado pelo arranjo planar de minerais micáceos em xistos e filitos; 
c) Lineações: englobam qualquer estrutura linear na rocha que não se caracteriza como foliações. 
 Ex.: minerais alongados segundo as direções de cisalhamento
Principais rochas metamórficas
a) ARDÓSIA: 
Rocha de granulação muito fina composta de muscovita (sericita), clorita e quartzo; 
 Resulta do metamorfismo regional de baixo grau, principalmente de folhelhos; 
Apresenta orientação planar muito intensa – clivagem ardosiana. 
· Favorece a ocorrência de escorregamentos; 
· Facilita a exploração e a retirada de placas; 
 Utilizadas na cobertura de casas em países de clima frio e no revestimento de pisos
b) FILITO: 
Rocha muito foliada, caracterizada pela xistosidade finamente espaçada e pela granulação muito fina; 
ainda com minerais de difícil individualização, embora maiores que a ardósia; 
Composta essencialmente de sericita, clorita e quartzo; 
Nos planos de xistosidade, apresenta brilho sedoso característico.
c) XISTO: 
Rocha de granulação média a grossa, quase sempre visível a olho nu, com excelente arranjo planar; 
Composta de muscovita e/ou biotita, clorita, quartzo e acessórios (granada, cianita, ...); 
 Resultam do metamorfismo regional principalmente de rochas sedimentares ricas em argila;
d) GNAISSE: 
Rochas usualmentequartzo-feldspáticas de granulação média a grossa e com moderada a forte orientação planar (foliação gnaissica); 
Derivadas: 
 da total reorganização mineralógica e textural de rochas sedimentares ricas em argila sob condições metamórficas de alto grau; 
 da deformação de rochas graníticas submetidas a um metamorfismo dinâmico;
e) MIGMATITO: 
Rocha de composição e estruturas heterogêneas e de granulação média a grossa que ocorrem em zonas metamórficas de alto grau; 
Originam-se por fusão parcial de rochas preexistentes ou pela injeção de fundidos graníticos em rochas gnáissicas;
f) MÁRMORES: 
Rochas constituída por mais de 50% de minerais carbonáticos, formadas a partir do metamorfismo de rochas sedimentares calcíticas e/ou dolomíticas; 
 Apresentam estrutura maciça e granulação variada (fina a grossa); 
 Coloração clara: branca, rosada, cinzenta, esverdeada, …
g) QUARTZITOS: 
Rochas formadas de quartzo recristalizado em arranjo granoblástico, originada de sedimentos silicosos (quartzo arenitos) por metamorfismo de contato ou regional; 
Quartzito puro tem cor branca, a presença de ferro e outras impurezas confere uma cor avermelhada.
h) XISTOS VERDES: 
Rochas máficas (mágma básico) alteradas de cor verde escura, formadas em condições metamórficas de baixo para alto grau; 
 Constituída de clorita, epídoto e actinolita; 
Estrutura foliada;
j) HORNFELS: 
Rochas metamórfica finamente granulada e maciça, resultante do metamorfismo de contato; 
Composta de vários grãos minerais equidimensionais e formados sem orientação preferencial.
INTEMPERISMO
Noção intuitiva: deterioração e desintegração com o tempo de materiais parecidos com rochas (concreto, pavimentos, pontes, ...) 
“Quebra física e alteração química dos materiais da terra, na superfície ou perto dela”. 
 Material parental – desagrega-se para formar peças menores e alguns de seus minerais se alteram ou se dissolvem;
Parte fundamental do ciclo das rochas e se constitui um exemplo das interações da litosfera com a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera; 
Produto final – SOLO 
 Condição essencial para o desenvolvimento da vegetação sobre a Terra; 
 Na Engenharia: construção de aterros, barragens, materiais cerâmicos, apoio de edificações, etc.;
Embora os processos físicos e químicos, que alteram a rocha exposta ao tempo, atuem simultaneamente, um pode predominar sobre o outro dependendo das condições climáticas; 
 Dividido em: 
 Intemperismo físico (mecânico);
 Intemperismo químico; 
INTEMPERISMO FÍSICO
Ocorre quando forças físicas rompem os materiais da Terra em partes menores; 
Conservam a composição do material parental; 
· Expansão diferencial por alívio de tensão; 
· Ação do congelamento; Crescimento de cristais estranhos à rocha; 
· Expansão e contração térmica; 
· Ação de organismos;
A) EXPANSÃO DIFERENCIAL POR ALÍVIO DE TENSÃO 
 Durante a formação de rochas em grandes profundidades abaixo da superfície terrestre e no fundo dos oceanos – atuam pressões muito elevadas em relação as que ocorrem em superfície (rocha: estável sob essas condições); 
Elevação destas rochas por fenômenos geológicos e exposição pela erosão – reduz a pressão atuante, provocando seu fraturamento em blocos ou fragmentos de tamanhos variados;
Podem originar juntas (ou diaclases) que facilitarão outros processos intempéricos: 
 Penetração de água, ar e raízes de plantas.
B) AÇÃO DO CONGELAMENTO 
Intemperismo provocado pelo congelamento e descongelamento da água nas fissuras ou poros nas rochas; 
Água congelada: 
a 0°C sofre expansão de 9% exercendo grandes pressões nas paredes de uma fissura (a -22°C = 2100 kgf/cm²); 
esforços - fragmentam a rocha e aumentam a rede de fraturas;
Ação do congelamento
C) CRESCIMENTO DE CRISTAIS ESTRANHOS À ROCHA 
 Evaporação de águas de infiltração com sais dissolvidos causa a sua precipitação nos poros ou nas fissuras das rochas; 
Cristalização de sais expansivos – provocar fenômenos de fragmentação devido a pressões muito elevadas sobre as paredes das rochas; 
Ex.: sais de CaSO4 .2H2O (gipsita; gesso cristalino – selenita) 
D) EXPANSÃO E CONTRAÇÃO TÉRMICA 
 Provocadas por variações de temperatura ao longo dos dias e estações do ano; 
Minerais apresentam diferentes coeficientes de dilatação térmica – tensões diferenciais durante o aquecimento e resfriamento – tendem a trincar e romper as rochas;
E) AÇÃO DE ORGANISMOS 
Crescimento de raízes em fraturas exercem consideráveis esforços contra as paredes das rochas (intemperismo físico-biológico);
INTEMPERISMO QUÍMICO
Agentes importantes: gases atmosféricos (especialmente oxigênio), água e ácidos;
 Superfície da Terra – muito diferente do ambiente de formação das rochas – pressões e temperaturas baixas e abundância de água e oxigênio; 
Quando as rochas afloram – seus minerais entram em desequilíbrio e, por uma série de reações químicas, formam-se outros minerais mais estáveis neste novo ambiente;
Mineral I + solução de alteração = mineral II + solução de lixiviação 
Solução de alteração: água da chuva carregada em elementos/substâncias dissolvidas; Solução de lixiviação: água da chuva modificada pelas reações do intemperismo;
Principais reações: 
Hidrólise 
Hidratação 
Oxidação 
Carbonatação
A) HIDRÓLISE 
Reação química entre os íons de hidrogênio (H+) e de hidroxila (OH– ) da água e os íons de um mineral; 
Íons de hidrogênio substituem os íons positivos nos minerais – que muda a composição dos mesmos pela liberação de substâncias solúveis e ferro (pode ser oxidado); 
Reação importante – mecanismo que leva a destruição da estrutura dos silicatos (compostos químicos mais abundantes na litosfera); 
 Ex: alteração química dos feldspatos que apresentam estrutura cristalina – quando alterados produzem: 
 minerais argilosos (como caulinita) – silicatos planares; 
 compostos em solução;
Intemperismo químico do feldspato potássico por hidrólise:
Grandemente auxiliada pelo ácido carbônico (formado a partir do CO2 ) o que aumenta a quantidade de H+ em solução;
B) HIDRATAÇÃO 
Combinação da água com outros compostos químicos; 
Mesma substância pode dar origem a diferentes minerais hidratados - dependendo do número de moléculas de água ligados a ela. 
 Hidratação da hematita (Fe2O3 ): 
 – goetita (Fe2O3 .H2O); 
 – limonita (Fe2O3 .nH2O) – responsável pela cor amarela aos horizontes pedológicos;
Hidratação da anidrita (CaSO4 ) gipsita (CaSO4.2H2O)
Alguns minerais podem se expandir e sofrer intenso fraturamento com a entrada da água – argilas montemoriloníticas;
C) OXIDAÇÃO 
Reação com oxigênio para formar um óxido (elementos metálicos com oxigênio) ou, se a água estiver presente, um hidróxido (elemento metálico ou radical combinado com OH);
Embora exista abundância de oxigênio na atmosfera – processo de oxidação é lento, a menos que a água esteja presente; 
Maioria é realizada por oxigênio dissolvido em água; 
Reação de oxidação de particular importância:
D) CARBONATAÇÃO 
Ocorre com a presença de ácido carbônico
Intemperismo mais acentuado em rochas calcárias
Dissolução da calcita em calcários e mármores pela água que se infiltra pelas fraturas – poderá originar pequenas cavidades a grandes cavernas; 
Problemas geotécnicos: 
 fuga de água em reservatórios;
 instabilidade de maciços e fundações; etc.
VELOCIDADE DO INTEMPERISMO QUÍMICO
Processos de intemperismo químico operam sobre a superfície das partículas – alterando as rochas e minerais de fora para dentro;
FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DO INTEMPERISMO: 
a) PRESENÇA DE FRATURAS 
Possibilitam a infiltração de fluidos provocando um intemperismo mais intenso ao longo destas superfícies; 
b) TAMANHO DAS PARTÍCULAS 
Rocha quebrada em blocos cada vez menores – aumenta a área da superfície – tornando o intemperismo mais efetivo; 
c) CLIMAinfluenciado principalmente pela temperatura e umidade;
Clima QUENTE E ÚMIDO de região equatorial: 
precipitações volumosas e temperaturas elevadas 
· – processos químicos são mais ativos;
· Reações químicas são mais rápidas e ocorre a remoção de muita sílica em solução; 
· Intemperismo profundo – até 100 m; 
· Produto final é a laterização: com a formação de horizontes ricos em óxidos e hidróxidos de ferro, bem como a concentração de óxido de alumínio (Al2O3 ); 
Clima QUENTE E SECO de áreas desérticas: 
· Maior evaporação do que infiltração de águas pluviais; 
· Sais dissolvidos na água são concentrados na superfície do terreno e a cristalização provoca o fraturamento das rochas expostas; 
· Atinge de alguns centímetros a poucos metros de profundidade; 
Clima TEMPERADO DE MÉDIAS latitudes: 
Estações do ano melhor definidas – ocorre uma combinação de vários tipos de intemperismo; Inverno: ação do gelo é dominante; Verão e estações menos frias: águas percolantes tem papel mais importante;
Clima FRIO DE ÁREAS ÁRTICAS E DE REGIÕES ELEVADAS: 
Congelamento da água do subsolo saturado provoca o fraturamento e desagregação dos maciços rochosos (expansão da água);
d) MATERIAL PARENTAL 
(de origem) Minerais que se formam por último (refriamento do magma) são quimicamente estáveis; 
Minerais que se formam no início são mais alterados pelos processos químicos;
e) TOPOGRAFIA 
Encosta íngreme: 
 mais intemperismo físico e mais erosão; 
Encosta suave: 
 mais intemperismo químico – boa infiltração das águas e drenagem interna eficiente;
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Solos:
 “Material natural consistindo de camadas ou horizontes de compostos minerais e/ou orgânicos com variadas espessuras, diferindo do material original por propriedades morfológica, física, química e mineralógica, e por características biológicas” (BIRKELAND, 1974).
Parte superior do manto de intemperismo – que se encontra suficientemente alterado e em condições de sustentar a vida das plantas – pela obtenção de nutrientes e água; 
Usualmente contém material orgânico (humus – carbono derivado pela desintegração bacteriana de matéria orgânica);
FATORES IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DOS SOLOS: 
Rocha de origem; 
Clima; 
Relevo; 
Atividade de organismos; 
Tempo adequado para alteração;
A) ROCHA DE ORIGEM 
Todas as rochas podem – por alteração – produzir solos; 
Algumas rochas depois de intemperizadas produzem solos férteis e outras solos pobres para a vegetação; 
Solo sobre basalto: 
 será rico em óxidos de ferro devido aos silicatos ferromagnesianos em abundância; 
 Arenito de quartzo puro: 
 desgaste não produzirá argila;
B) CLIMA 
Influencia na espessura, nos produtos e localização dos vários horizontes do solo; 
 Intenso intemperismo químico nos trópicos – produz solos espessos com a maioria dos minerais solúveis removidos pela lixiviação; 
 Climas árticos ou desérticos – solos delgados com quantidade significativa de minerais solúveis e de minerais derivados do intemperismo mecânico;
C) RELEVO 
Solos de regiões íngremes diferem dos encontrados em superfícies pouco inclinadas devido às diferenças de drenagem, velocidade de escoamento da água superficial e erosão; 
 Taludes muito íngremes: solo retirado mais facilmente que os processos de formação de solo podem operar; 
 Direção da encosta: recebe mais ou menos luz solar, que também pode alterar a temperatura interna do maciço; 
D) AÇÃO DE ORGANISMOS 
Presença de organismos vivos (minhocas, formigas, cupins, centopéias, fungos, algas, animais unicelulares, etc.) contribuem para a formação dos solos e fornecem húmus - quando morrem e são decompostos pela ação bacteriana; 
Organismos no solo – especialmente alguns tipos de bactérias – transformam nitrogênio em nitratos apropriados para o uso das plantas;
E) TEMPO 
Certas rochas são rapidamente transformadas em solo, devido a serem compostas por finos fragmentos, que devido à grande superfície exposta são facilmente atacados; 
 Rochas compostas por finas partículas de cinzas vulcânicas transformam-se em solo em poucas centenas de anos; 
 Rochas maciças – demoradas na produção de solo; 
Média de formação do solo: 2,5 cm/século – depende de todos os fatores combinados;
PERFIL DO SOLO RESIDUAL
Perfil de solo residual consiste de camadas distintas (horizontes de solo) – diferem umas das outras em textura, estrutura, composição e cor; 
Camada superior do solo é mais alterada em relação ao material parental que as camadas inferiores;
HORIZONTE O 
Com apenas alguns centímetros de espessura e grande quantidade de matéria orgânica; 
Parte superior com restos de plantas e inferior constituída de húmus; 
Em regiões áridas – muito fino ou ausente;
HORIZONTE A 
Consiste principalmente em argilas e minerais quimicamente estáveis (como quartzo); 
Água que infiltra neste horizonte – dissolve os minerais solúveis e os carrega para os níveis inferiores – processo de lixiviação;
HORIZONTE B 
Conhecido como zona de acumulação dos minerais lixiviados como massas irregulares (concreções); 
Contém menos organismos e matéria orgânica que o horizonte A – se for exposto as plantas não crescerão tão bem; 
Nos horizontes A e B a composição e a textura do material parental – foram completamente alteradas e o mesmo não é mais reconhecível;
HORIZONTE C (SAPROLITO) 
Camada mais profunda de solo; Consiste em material parental parcialmente alterado, transformando-se em direção ao interior para material inalterado; 
 Fragmentos de rocha e grãos minerais – mantém a identidade do material de origem; 
Contém pouca matéria orgânica;
SOLOS TRANSPORTADOS
Solos COLUVIAIS 
 Transportados por gravidade auxiliado pelas enxurradas; 
 Compostos por materiais pouco selecionados: argila até blocos (matacões) localizados ao pé de encostas; 
Solos GLACIAIS 
 Transportados pelas geleiras; 
 Composição: partículas de todos os tamanhos;
Solos ALUVIAIS 
 Transportados pela água corrente; 
 Composição: depende da energia de transporte – seleção granulométrica; 
Solos EÓLICOS 
 Transportados pelo vento – melhor seleção granulométrica;
 Composição: areias e siltes; Dunas em regiões litorâneas e desérticas; loess;
SOLOS ORGÂNICOS
Formados pela mistura de restos de organismos (animais ou vegetais) com sedimentos pré existentes; 
Ocorrem em áreas próximas aos rios, baixadas litorâneas e nas depressões continentais. 
 Turfa – solo fibroso, rico em matéria orgânica, baixa densidade e combustível quando seco;
Questões de Geologia de Engenharia I 
- Estrutura da Terra e Tectônica de Placas. 
1) Quais as camadas constituintes da Terra? Quais elementos químicos/materiais predominam em cada camada. 
2) O que são correntes de convecção, responsáveis pelo movimento das placas tectônicas? 
3) Quais são os tipos de limite de placas tectônicas? Qual o tipo de relevo associado a cada um? Cite exemplos. 
II - Mineralogia 
1) Como e quando se formam os minerais. 
2) Descreva o grupo mineral dos silicatos. 
3) Descreva as principais propriedades físicas utilizadas na identificação dos minerais. 
4) Quais são os principais minerais formadores das rochas? Relate sobre as suas características. 
III – Rochas Ígneas 
1) Por que as rochas intrusivas tem granulação grossa e as rochas extrusivas têm granulação fina? 
2) Quais são as principais estruturas encontradas nas rochas ígneas? Explique. 
3) Descreva a composição mineral das rochas ígneas. 
4) Descreva as formas de intrusões das rochas magmáticas na crosta. 
IV – Rochas Sedimentares1) Quais tipos de sedimentos são gerados pelo intemperismo das rochas preexistentes? Explique. 
2) Descreva os processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares. 
3) Como e com base em qual critério são subdivididas as rochas sedimentares clásticas. Cite exemplos. 
4) Descreva as principais estruturas encontradas nas rochas sedimentares. 
V – Rochas Metamórficas 
1) Como as rochas metamórficas se relacionam com os processos da tectônica de placas? 
2) Descreva os principais tipos de metamorfismo. 
3) Por que não há rochas metamórficas formadas sob condições naturais de pressão e temperatura muito baixas? 
4) Descreva uma rocha metamórfica de textura: a. Maciça; b. Foliada; c. Xistosa 
VI – Intemperismo e formação dos solos 
1) Como o intemperismo físico influencia no intemperismo químico? 
2) Quais minerais formadores de rochas encontrados em rochas ígneas alteram-se para argilominerais? 
3) Quais são os principais fatores que controlam a formação dos diferentes tipos de solo? Explique. 
4) Descreva os diversos horizontes que compõem um solo residual. 
VII – Estruturas dos maciços rochosos e Características das descontinuidades. 
1) Que tipos de forças atuam na formação das estruturas deformacionais apresentadas pelas rochas no campo? 
2) Como você identificaria uma falha no campo? Como você diria se seria uma falha normal, inversa ou direcional? 
3) Caso você encontre camadas de rochas inclinadas no campo, como diria se fazem parte de uma dobra anticlinal ou de uma sinclinal? 
4) Descreva como é medida a orientação espacial (também denominada de atitude) de uma descontinuidade encontrada em maciços rochosos.

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