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Benzodiazepínicos: Mecanismo de Ação e Uso Terapêutico

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Atualmente temos 20 compostos no mercado. 
efeito é de classe, todos tem o mecanismo de ação. O 
que varia entre eles é o tempo de ação; 
Curta ação: Usado para sedar rapidamente, anestesiar. 
Ex: Midazolan 
Ação intermediária: Alprazolam, Bromazepam 
Ação longa: Clonazepam (Rivotril). 
Mecanismo de todos os benzos é a ligação ao receptor 
GABA. 
São receptores inibitórios no SNC que inibem a 
transmissão neuronal, desligando os nossos neurônios. 
Quando são estimulados, permitem a entrada de íon 
negativo, hiperpolarizando os neurônios, permitindo 
entrada de cloreto. Vão ligar aos receptores gaba 
ativando neurônios GABAergicos de maneira inibitória. 
 Agem potencializando a resposta ao GABA, 
facilitando a abertura dos canais de cloreto ativados pelo 
GABA. Ligam-se a um sítio regulador no receptor, 
distinto do sítio de ligação do GABA: quando os dois se 
ligam ao mesmo tempo, ocorre uma potencialização da 
ativação do neurônio, isso gera entrada maior de íons 
cloreto no neurônio. 
 O sítio do Benzodiazepínico no receptor 
GABA, não é o mesmo sítio onde se liga o GABA. 
Neurônio abre canal de cloreto quando GABA está 
ligado. Quando o Benzodiazepínico se liga junto com o 
gaba o canal se abre muito mais permitindo mais 
entrada de cloreto. O GABA sozinho abre pouco o 
canal, permitindo pouca entrada de íon cloreto. 
Neurônio fica hiperpolarizado quando temos GABA + 
benzo. 
OBS: benzodiazepínico se ligar ao receptor sozinho, 
sem o GABA ele não promove ação nenhuma. 
 
Usamos os benzos como ansiolíticos, sedativo, 
anticonvulsivante, relaxante muscular. 
Basicamente são efeitos inibitórios sob a 
neurotransmissão. Desliga o neurônio. 
Assim, há redução da ansiedade e agressividade, 
ansiólise. Logo eles são primariamente ansiolíticos. 
Além disso promovem Sedação e indução do sono. 
Também chamado de hipnose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Redução do tônus muscular e da coordenação. Podem 
ser usados como relaxante muscular para tétano, por 
exemplo. 
Anticonvulsivante. 
Via oral e intravenosa. Existe retal, mas não é muito 
usada. 
O uso intramuscular é contraditório, pois tem absorção 
lenta e errática. 
São bem absorvidos por via oral, em geral com 
concentração máxima em torno de 1 hora. 
Ligam-se fortemente às proteínas plasmáticas. 
Acumulam-se gradualmente na gordura corporal. 
Paciente muito obeso que faz anestesia geral pode 
cursar com depressão respiratória algumas horas depois 
de ter passado o efeito do benzodiazepínico, pois o 
fármaco pode se acumular na gordura e fazer 
fenômeno de redistribuição. 
São metabolizados no fígado e excretados conjugados 
a glicuronídeo, na urina; os metabólitos são ativos. 
 Exceção do Lorazepam que não tem metabolismo 
hepático. 
Vários são metabolizados em nordazepam (N-
desmetildiazepam) - meia-vida de 60 horas (efeito 
cumulativo). Os pacientes podem ficar meio 
ressaqueados. 
 
Diazepam é metabolizado em Nordazepam e depois 
em Oxazepam e então é eliminado conjugado com o 
Glicuronídeo. 
Lorazepam sofre apenas a fase 2 do metabolismo que 
é a conjugação com ácido glicurônico para ser 
eliminado na urina, o que faz ele ser o Benzodiazepínico 
de escolha para os pacientes com disfunção hepática. 
Exemplo de encefalopatia hepática. 
Triazolam não é mais utilizado, possui efeito paradoxal, 
ao invés de acalmar, agita. 
Nomes comerciais 
Clonazepam: Rivotril 
Midazolam: dormonid (anestésico e para sedação 
associada à ventilação devido sua baixa meia-vida) 
Alprazolam: Frontal. 
Diazepam: Valium. 
Bromazepam: Lexotan 
 
Clonazepam é de longa ação. Dura até 60h e é muito 
usado como anticonvulsivante de manutenção, NÃO DE 
FASE AGUDA. A fase aguda é Diazepam. 
outros fármacos são de ação intermediária e muito 
usados como ansiolíticos. 
Midazolan é o de ação mais curta. Cirurgia geral, 
anestesia geral, vent mecânica, endoscopia, 
procedimentos rápidos. 
Zolpidem não é um Benzodiazepínico, ele não tem 
efeito ansiolítico, é indutor do sono, hipnótico, possui 
uma vantagem de não causar dependência. 
OBS: cloxazolam e Triazolam saíram do mercado. 
• Transtornos de ansiedade.: Normalmente, utiliza-se 
benzodiazepínico para transtornos, associado a 
inibidor de recaptação de serotonina (fluoxetina, 
paroxetina, citalopram, venlafaxina), pois o inibidor 
de recaptação de serotonina leva tempo (mais de 
2 semanas) para fazer efeito e, no início do 
tratamento, é necessário que haja um controle 
imediato. Depois, pode tirar o benzodiazepínico, 
para não causar dependência. 
• Agorafobia: Medo de locais abertos. 
• Síndrome de abstinência. 
• Pré medicação anestésica. 
• Anestésico geral: O Benzodiazepínico não pode ser 
usado como anestésico sozinho. Ele tem capacidade 
sedativa, promove amnésia, porém não tira a dor, o 
paciente inconsciente é capaz de sentir a dor. 
Geralmente ele é combinado a 2 agentes: Opióides 
+ relaxante muscular. 
• Distúrbios convulsivos. Preferencial o uso de 
Benzodiazepínico de longa duração, como 
Clonazepam. Diazepam é utilizado para fase aguda 
e o Clonazepam é utilizado para fase de 
manutenção. 
• Epilepsia. 
• Transtorno do movimento (tremor fino). 
• Relaxamento muscular esquelético. E em casos mais 
graves como tétano. 
• Insônia 
 
Midazolam de ação curta: pré-anestésico e anestesia 
geral geralmente venoso; 
Alprazolam e lorazepam são usados para ansiedade e 
fobias; 
Clonazepam usamos mt para ansiolise, mas sua principal 
utilização é para convulsões de manutenção; 
Diazepam usamos para tudo. Transtorno de ansiedade, 
mal epilético, relaxamento muscular, anestésico geral e 
abstinência alcoólica. 
 
Flumazenil. Se liga no sítio de ação no receptor 
gabaergicos, desligando o Benzodiazepínico do 
receptor. “Angiogênico” – gera medo e ansiedade e é 
pró-convulsivante. 
Mecanismo de ação 
 Liga-se com alta afinidade a locais específicos no 
receptor GABA. Antagoniza competitivamente e 
reversivelmente a ligação e os efeitos dos 
benzodiazepínicos e de outros ligantes. 
É administrado por via venosa. 
Seu tempo de ação é mais curto (2h) do que o do 
benzodiazepínico, logo, pode ser que o paciente volte a 
ter efeitos do benzodiazepínico, tendo que fazer 
Flumazenil novamente. 
 Uso clínico 
Usado para rever efeito pós-operatório de benzo, ou 
tratar intoxicação. 
Atua rápido, mas como só dura 2 horas, retorno da 
sonolência é comum. 
Tratamento de pacientes comatosos com suspeita de 
superdosagem de BZD, mesmo sem confirmação. 
Pode gerar convulsão, já que como antagonizam a 
ação do BZD, mantém o canal de cloreto fechado, 
diminuindo a ação inibitória sobre o sistema nervoso. 
Toxicidade aguda.: Usualmente, a superdosagem é 
menos perigosa do que com outros agentes 
ansiolíticos/hipnóticos. 
 São frequentemente utilizados em tentativas de 
suicídio (vantagem dos benzodiazepínicos é que são 
mais seguros). 
Causam sono prolongado sem depressão grave da 
função respiratória ou cardiovascular. 
 Associado a outros depressores do SNC, como o 
álcool, podem ser fatais. 
 Há um antagonista eficaz - Flumazenil - que pode 
neutralizar os efeitos de uma superdosagem. 
Efeitos colaterais durante o uso: 
 Sonolência; Confusão; amnésia; Comprometimento da 
coordenação; Interação e potencialização com álcool; 
Duração prolongada de muitos benzodiazepínicos.; 
Comprometimento do desempenho no trabalho e da 
capacidade de dirigir. Pois são depressoras do SNC. 
Causa Tolerância e dependência Aumento gradual da 
dose necessária para produzir o efeito desejado e 
dependência - ocorre com todos os benzodiazepínicos, 
sendo sua principal desvantagem. 
A tolerância e a dependência são menores do que 
com outros sedativos mais antigos, como os 
barbitúricos. 
Parece ocorrer por alteração na conformação do 
receptor. 
Interrupção de tratamento deve ser com redução 
progressiva da dose, ou o paciente pode fazer 
síndrome de abstinência. 
Dependência “psicológica” considerável: os efeitos de 
abstinência são muito mais comuns em humanos do 
que em animais. O BZD leva a umamudança 
progressiva na conformação do receptor GABA, isso 
faz com que o paciente precise cada vez de maior 
quantidade de droga para fazer o efeito e se o 
paciente não tiver a droga, acaba tendo síndrome de 
abstinência 
Paciente toma o Benzo, mas ao invés dele acalmar, 
gera agitação. 
Raro. Menos de 1%. 
Reações de desinibição ou descontrole. 
Pesadelos, ansiedade, irritabilidade, taquicardia, sudorese, 
euforia, inquietação, sonambulismo, alucinações, ideação 
suicida. 
Mais comum com Triazolam - retirado do mercado. 
Pertence à classe das Imidazopiridinas. 
Sedativo-hipnótico não benzodiazepínico, apesar de se 
ligar ao mesmo sítio do BZD. 
Possui uma grande vantagem por ser um grande 
indutor do sono e não causar dependência, como causa 
o benzodiazepínico. 
São agonistas sobre receptores GABA. 
Tem ações sedativas fortes; 
Ação anticonvulsivante fraca e sem ação ansiolítica. 
Não produz tolerância ou dependência (1%). Faz ser 
uma droga segura. 
Diminui a latência do sono e prolonga o tempo de sono. 
ÚNICA INDICAÇÃO. Tempo de latência do sono vai do 
momento em que se deita até o momento do sono 
propriamente, logo, devido seu início de ação curta, 
deve ser tomado na cama. 
Baixa incidência de sedação diurna (“ressaca”) ou 
residual e de outros efeitos colaterais. 
Overdose de Zolpidem não produz depressão 
respiratória. 
Desvantagem: preço, mais caro que o Rivotril, Diazepam 
é dado pelo SUS. 
Pode ser oral ou sublingual; 
Prontamente absorvido pelo TGI, e tem metabolismo 
de 1ª passagem. 
Biodisponibilidade de 70%, mas diminuiu na presença de 
alimentos. 
Já o sublingual não sofre interferência de alimentos já 
que não sofre metabolismo de primeira passagem. 
É convertido em prod. inativo no fígado e tem meia 
vida de 2 hrs. 
 OBS: Serve como indutor do sono, para insônia inicial; 
não faz efeito para pacientes que têm insônia terminal 
(despertar precoce) 
 Stilnox CR: Zolpidem de liberação prolongada para 
insônia terminal

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