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resumo texto A EUROPA DE 1815 AOS NOSSOS DIA CAP. 4 Duroselle

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FICHAMENTO – A EUROPA DE 1815 AOS NOSSOS DIA – CAP. 4 
IDENTIFICAÇÃO 
Nome: Thaís Lysakowski Ness 
Semestre: 2º 
Curso: Relações Internacionais 
REFERÊNCIA DA OBRA: 
DUROSELLE, J.B. A Diplomacia Bismarckiana (1871-1890). In: A Europa de 1815 aos nossos dias: 
vida política e relações internacionais. São Paulo: Pioneira, 1985, p. 37-48. 
Palavras-chave relacionadas ao tema: Bismarck, sistema bismarckiano, diplomacia, alianças 
INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR: 
Jean Baptiste Duroselle (1917-1994) foi um historiador francês e professor de história moderna, tendo 
lecionado na renomada universidade francesa Sorbonne. Desenvolveu estudos no campo das Relações 
Internacionais, baseando-se em arquivos diplomáticos como material de estudo. Foi ganhador do 1982 
Balzan Prize for Social Sciences. Entre suas obras publicadas, destacam-se “França e a Ameaça Nazista: 
Colapso da Diplomacia Francesa 1932-1939”, publicada em 1985 e “Europa: História dos seus Povos”, 
publicada em 1990. 
TEMA GERAL E 
ESTRUTURA DO 
TEXTO: 
O capítulo 4 do livro de Duroselle, intitulado “A Diplomacia 
Bismarckiana (1871-1890)”, fala sobre o trabalho de Bismark como 
chanceler do Império Alemão após sua unificação. O autor discorre sobre 
as relações entre os países europeus, conflitos e alianças, aprofundando-
se na diplomacia bismarckiana e em sua influência nessas relações. O 
capítulo é dividido em três partes: 
*A primeira parte, “O conservantismo bismarckiano”, trata sobre os três 
sistemas bismarckianos, de 1871 até 1887, ou seja, os tratados e acordos 
feitos com outros países europeus; 
*A segunda parte, “A grande expansão colonial dos anos 1880”, foca na 
colonização efetiva dos países europeus em regiões do África e do sudeste 
asiático, e como essa colonização influenciou na diplomacia europeia. 
Nesta parte, o autor relata sobre como Bismarck desenvolveu seus 
sistemas em proveito dos conflitos gerados pelas expansões territoriais 
dadas pelas colônias; 
*A terceira e última parte do capítulo, “Grandezas e fraquezas da Europa 
Bismarckiana”, enfatiza os feitos de Bismarck, e sintetiza os motivos de 
seu sistema ter decaído. 
SÍNTESE DE 
CONTEÚDO: 
Neste capítulo, o autor busca mostrar a trajetória de Bismarck como 
chanceler do Império Alemão, desde sua unificação. Com o sistema 
bismarckiano, as relações internacionais da Europa foram, durante quase 
20 anos, moldadas pelo Chanceler alemão, de forma a deixar a França – 
sua maior ameaça – isolada, enquanto entrava em acordos com diversos 
outros países do continente. Esse sistema nada mais era do que uma forma 
de se aliar a diversos países, mesmo que esses países não fossem aliados 
entre si, de forma a manter a si e a Europa em segurança, evitando maiores 
conflitos, como as guerras que ocorreram anteriormente. O primeiro 
sistema bismarckiano é de 1873, quando são assinados acordos com 
Rússia, Alemanha e Áustria-Hungria, sendo com os dois primeiros uma 
aliança militar e com o último uma promessa de neutralidade em caso de 
guerra, ou seja, não se aliar à França. Esse sistema cai quando Rússia e 
Áustria-Hungria entram em conflito sobre a região dos Balcãs, e a 
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Alemanha – mesmo com a contrariedade do Imperador, que optou por 
aceitar essa decisão de Bismarck – toma o partido da Áustria-Hungria, em 
razão de seu território mais seguro e melhor situado. Por isso, Alemanha 
e Áustria-Hungria assinam uma aliança secreta contra a Rússia. Mesmo 
assim, Bismarck ainda consegue um acordo de neutralidade com o último. 
O segundo sistema bismarckiano data de 1882, sendo ele uma Tríplice 
Aliança entre Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, que foi constituído 
aproveitando-se de um momento em que a Itália perde territórios para a 
França. O terceiro e último sistema bismarckiano se deu em 1887, quando 
Bismarck assina com a Rússia um tratado ultrassecreto que garante que a 
Alemanha não se aliaria à Áustria caso ela atacasse a Rússia, o que 
poderia acontecer visto que, no momento, um austríaco ocupava o trono 
búlgaro. 
O autor evidencia que, por vezes, o chanceler fazia um “jogo duplo”, ou 
seja, se aliava em segredo a dois países inimigos, de forma que um não 
soubesse da aliança com o outro. A diplomacia de Bismarck mantém a 
Europa em paz até nos momentos em que a colonização era o centro das 
atenções, época essa em que alguns conflitos surgiam em decorrência das 
expansões geradas pelas colônias. O autor frisa que Bismarck foi um 
grande homem de Estado, e que nunca se deixou levar por suas ambições, 
priorizando sempre a paz entre os Estados e a segurança do Império 
Alemão. Porém, a forma como ele entendia o nacionalismo – e também 
como o desdenhava – o levou a ter certas instabilidades, enfraquecendo 
seu sistema. 
Ademais, a linha de raciocínio do texto é muito clara, iniciando o texto 
pela explicação do sistema bismarckiano, em seguida ressaltando como 
esse sistema garantiu a paz em uma década de possíveis conflitos sobre a 
colonização, e finalizando com a fragilização do sistema. 
DESTAQUE DE 
CITAÇÕES 
RELEVANTES: 
“A preocupação dominante do chanceler será a de isolar a França. Daí, a 
série de “sistemas” que ele vai elaborar para fazer gravitar em torno de si 
as outras grandes potências europeias” (p. 38) 
“Bismarck, para unir num mesmo sistema países que não se apreciavam 
utiliza o argumento – no qual ele absolutamente não crê – de uma 
“solidariedade monárquica” contra os fermentos revolucionários que se 
incubavam na França” (p. 38-39) 
“Alexandre III estava muito indeciso. Bismarck lhe oferece a neutralidade 
alemã no caso de haver um ataque austríaco [...] Giers, ministro russo dos 
Negócios Estrangeiros, adere a essa ideia. [...] A 18 de junho de 1887 é 
assinado o tratado ultrassecreto de “contra-segurança”, obra prima da 
engenhosidade bismarckiana, mas de frágil e perigoso manejo: o que 
aconteceria com a Dúplice se a Áustria viesse a saber de sua existência?” 
(p. 42-43) 
“Bismarck não era, como ele dizia, um “homem colonial”. 
Verdadeiramente, só lhe interessavam os negócios europeus.” (p. 44) 
“Mas a expansão colonial teve sobre a diplomacia europeia uma outra 
categoria de efeitos, que Bismarck pressentiu e conscientemente avivou. 
Essa expansão criou hostilidades novas ou reanimou rivalidades antigas.” 
(p. 45) 
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 “Bismarck podia jogar com tais rivalidades porque suas ambições 
coloniais eram muito reduzidas, e porque, em seu espírito, elas não 
deveriam provocar nenhum conflito sério.” (p. 46) 
“O fato de ter, durante vinte anos, mantido o isolamento da França 
agrupando ao redor de si Estados as vezes violentamente opostos um ao 
outro, é o produto de uma energia pouco comum, de uma flexibilidade 
praticamente única e, mais ainda, de uma imaginação extraordinária, 
permitindo-lhe descobrir as soluções mais novas e mais originais.” (p. 46) 
“Esse grande homem de Estado tinha, entretanto, suas fraquezas, e essas 
explicam porque seu sistema o derrubou. A principal foi, sem dúvida, a 
sua incapacidade de compreender verdadeiramente a força do sentimento 
nacional.” (p. 47) 
“A Europa de Bismarck repousava, em sua totalidade, mais na prudência 
e na habilidade de um homem do que sobre uma sólida estrutura.” (p. 48) 
 
 
FICHAMENTO – A EUROPA DE 1815 AOS NOSSOS DIA – CAP. 6 
IDENTIFICAÇÃO 
Nome completo do autor da ficha de leitura: Thaís Lysakowski Ness 
Número do semestre do curso: 2º 
Curso: Relações Internacionais 
REFERÊNCIA DA OBRA: 
DUROSELLE, J.B. A Democratização dos Estados (1871-1914). In: A Europa de 1815 aos nossos dias: 
vida política e relações internacionais. São Paulo: Pioneira, 1985, p. 61-69. 
Palavras-chaverelacionadas ao tema: Democracia, socialismo, marxismo 
INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR: 
Jean Baptiste Duroselle (1917-1994) foi um historiador francês e professor de história moderna, tendo 
lecionado na renomada universidade francesa Sorbonne. Desenvolveu estudos no campo das Relações 
Internacionais, baseando-se em arquivos diplomáticos como material de estudo. Foi ganhador do 1982 
Balzan Prize for Social Sciences. Entre suas obras publicadas, destacam-se “França e a Ameaça Nazista: 
Colapso da Diplomacia Francesa 1932-1939”, publicada em 1985 e “Europa: História dos seus Povos”, 
publicada em 1990. 
TEMA GERAL E 
ESTRUTURA DO 
TEXTO: 
O capítulo 6 do livro de Duroselle, intitulado “A democratização dos 
Estados (1871-1914)”, expõe, como o título sugere, o processo de 
democratização dos Estados, apresentando seus sistemas eleitorais, os 
partidos que os compunham e para quem governavam. Também, dentro 
deste processo democrático, atenta-se para a ascensão do socialismo, as 
influências do marxismo, e de grupos reformistas e revolucionários. O autor 
esclarece cada um desses pontos tendo em foco as potências da época, 
sendo elas Alemanha, Rússia, França e Inglaterra, lugares onde o 
socialismo teve maior destaque. 
Este capítulo é dividido em duas partes, além de conter uma introdução que 
apresenta um panorama da sociedade na época em questão, a qual já não 
via grandes revoluções ou guerras, e apresentava o surgimento de novas 
classes sociais. As duas partes que seguem à introdução são divididas em: 
*“As reformas democráticas e os progressos da esquerda”, que explica 
sobre os processos eleitorais, os partidos e as reformas de cada país citado 
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acima, demonstrando como os partidos de caráter socialista era aceitos 
pelos eleitores e pelos candidatos eleitos. 
*“O socialismo”, que dá enfoque à criação dos partidos socialistas, à 
difusão do marxismo pela Europa e também diferencia os tipos de 
socialismo existentes na época, no que acreditavam e como agiam. 
Também, aqui o autor põe em órbita o nacionalismo presente no 
socialismo. 
SÍNTESE DO 
CONTEÚDO: 
Neste capítulo, o autor inicia contextualizando as mudanças que ocorriam 
na Europa nas décadas de 1870 e 1880, onde pessoas de classes altas, como 
duques e nobres, perdiam espaço para as novas classes socias que surgiam. 
Além disso, a educação se tornou obrigatória, fazendo com que muita gente 
humilde, ao receber educação, começasse a entender melhor as condições 
em que viviam, principalmente em questões políticas, percebendo que 
quem estava no poder nem sempre favorecia aos de sua classe. Dessa 
forma, questões de justa distribuição de renda e melhorias para as classes 
mais baixas ganharam ainda mais importância, surgindo assim partidos 
socialistas dispostos a fazer reformas e revoluções nos países. 
É apresentado pelo autor como cada país da Europa possui um sistema 
político e como cada um deles funciona. A França, que possuía sufrágio 
universal, iniciava a década de 1870 temendo os republicanos, partido de 
esquerda, por entender que seus aspectos reformistas levariam a guerras, 
portanto elegiam uma maioria monarquista. Porém, esses monarquistas, 
levados pela ambição de reestabelecer a realeza, acabaram caindo, visto 
que os franceses recusavam voltar a um sistema monárquico. Então, em 
1876, já era uma maioria republicana que era eleita para representar o povo. 
Esses republicanos faziam diversas reformas, como ensino gratuito e 
liberdade sindical. Na Inglaterra, as eleições contavam com dois partidos, 
os liberais e os conservadores. Os dois geralmente se revezavam no poder, 
propondo reformas que agradassem a população eleitora. Em 1906, os 
liberais do poder decidiram propor reformas mais radicais, como o aumento 
dos impostos de proprietários. Essas reformas de caráter progressista 
acabaram gerando certa indignação. A Alemanha, por sua vez, não era uma 
democracia, e eram eleitos pelo povo apenas representantes de assuntos 
federais, grupo chamado Reichstag, que determinam questões como as do 
exército. Nessa época, era o Imperador que escolhia o Chanceler e o 
Secretário de Estado. Bismarck, chanceler alemão até 1890, lutava contra 
os socialistas criando leis de caráter socialista, evitando assim que políticos 
dessa vertente chegassem ao poder. Por fim, a Rússia era liderada por um 
governo autocrático até 1905, quando uma abertura democrática se inicia. 
Havia censura à imprensa, livros e jornais externos, e os camponeses eram 
a classe mais afetada pela má administração, o que gerou grupos de 
resistência por todo o país. Em 1905, após uma revolta camponesa que 
acabou em diversas mortes, o czar outorgou uma constituição que garantia 
liberdades fundamentais, porém a democracia não se desenvolve 
plenamente no país. 
Após esses esclarecimentos sobre a política do final do século XIX, o autor 
se aprofunda na questão socialista, que ascende durante esse período. A 
Alemanha foi o primeiro país onde um partido socialista foi criado, e ele 
foi ganhando espaço ao longo dos anos. Por outro lado, a Grã-Bretanha 
apresentava dificuldade em potencializar um partido desse caráter, visto 
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que era tradição a existência de dois partidos – os já existentes liberais e 
conservadores. Mesmo assim, em 1906 já havia um grupo considerável de 
socialistas na câmara inglesa, porém esse grupo pendia para um lado mais 
reformista. Mas o socialismo se tornou forte de fato na Rússia, onde houve 
forte influência marxista, dando origem aos Bolcheviques, liderados por 
Lênin, que resultariam na Revolução Russa em 1917. Na França, o 
socialismo teve influência marxista, mas em menor grau que em países 
como Alemanha e Rússia. 
Um ponto importante ressaltado pelo autor é os dois tipos de socialismo 
que se expandem pela Europa: o reformista e o revolucionário. O 
socialismo reformista desejava chegar ao poder por métodos legais (ou seja, 
por eleição ou escolha de superiores), tendo como pretensão mudar a 
legislação de forma a melhorar a condição dos trabalhadores, portanto 
apoiava outros partidos que proponham leis socialistas; já o socialismo 
revolucionário era mais radical, visando tomar a totalidade do poder, 
independente dos meios usados para isso – mesmo que de forma violenta. 
Por isso, não apoiavam a outros partidos. Geralmente os revolucionários se 
aproximavam mais aos marxistas em relação aos reformistas. 
DESTAQUES DE 
CITAÇÕES 
RELEVANTES: 
“O progresso da instrução, que em muitos países se trona obrigatório, leva 
os humildes a descobrir que seus interesses forçosamente não coincidem 
com os dos grandes locais. Partidos radicais e socialistas se constituem, 
reclamando uma melhor distribuição de riqueza.” (p. 61) 
“Então se assiste, principalmente na França, a um duplo movimento, 
admiravelmente descrito por André Siegfried: enquanto lentamente os 
eleitores votam cada vez mais na “esquerda”, os partidos da “esquerda” 
deslizam para o centro ou mesmo para a direita.” (p. 61) 
“Entra-se então na era das reformas. Há nas câmaras sucessivas um vasto 
grupo de republicanos moderados “oportunistas” um grupo de radicais de 
extrema-esquerda, e, na direita, conservadores, herdeiros dos 
monarquistas.” (p. 63) 
“Todavia, as reformas não são, na Inglaterra, privilégio dos liberais. Como 
existem dois partidos, cada um deles, uma vez no poder, realiza reformas 
para satisfazer a massa de eleitores que flutuam de um para outro.” (p. 64) 
“Mais que o “socialismo cientifico”, o que mais contribuiu para mudar a 
própria natureza do fenômeno, é que, pela primeira vez, o socialismo deixa 
de ser assunto de teóricos para se encarnar na massa operária.” (p. 66) 
 
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