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– “ “ As falhas nos equipamentos raramente tem uma única causa fundamental. Pelo contrario, as falhas são geralmente causadas pela interação de varias causas fundamentais menores. Por isso, a investigação das causas fundamentais devem ser bastante abrangentes e levar em consideração vários aspectos diferentes. Por exemplo, muitas causas de falhas estão relacionadas com aspectos materiais e podem ser encontradas nas atitudes e nas habilidades das pessoas – quando não são cumpridos os procedimentos padrão de manutenção e operação - processo. Podemos então dizer que existem falhas induzidas pelas pessoas. Então podemos introduzir aqui o conceito de confiabilidade humana – human reliability., quando o homem de manutenção e operador afetam o resultado de segurança e funcional da maquina. Algumas categorias de causas fundamentais de falhas que são encontradas num grande numero de empresas. No entanto todas as pessoas que trabalham com a manutenção de equipamento devem desenvolver sua capacidade de investigar as causas fundamentais em suas varias dimensões. Essa capacidade pode ser exercitada por meio de observação no local da ocorrência da falha, bem como através da analise funcional do equipamento dentro do processo. Dentro das categorias temos: • Lubrificação – inadequada; • Fixação - incorreta; • Alinhamento e nivelamento – incorreto; • Folgas - fora do padrão; • Limpeza – sem. O conceito de falha potencial leva em conta de que muitas falhas não acontecem repentinamente, mas se desenvolvem ao longo do tempo. Podemos identificar dois períodos de tempo distintos na ocorrência de uma falha: período entre uma condição normal ate o aparecimento da falha simplesmente e o outro que se estende desde o instante do aparecimento do sinal da falha ate a ocorrência propriamente dita. Um falha estrutural em uma ponte rolante, onde a verificou-se trincas na sua estrutura. Onde sobre esforços contínuos, essa trinca irá propagar gerando uma ruptura da estrutura. 1 O acoplamento do eixo de transmissão do troley da ponte rolante apresenta afrouxamentos nos parafusos de fixação. No entanto em função da sua continua operação, os parafusos caíram e o eixo não transmitiu a tração 2 Na pratica, as anomalias nos equipamentos podem ser entendidas como todas as ocorrências que não resultam na parada dos equipamentos – seja de forma voluntária, seja forçada, as falhas são todas os eventos que implicam a parada do equipamentos – perda funcional. A exemplo, temos uma trinca em equipamento que não compromete o seu funcionamento durante um certo tempo. Mas se esta trinca estiver localizada em uma área critica, cuja condição tem grande risco, pode ser necessário parar o equipamento – risco e gravidade. Da mesma forma, um pequeno vazamento de óleo pode não prejudicar a operação normal do equipamento, mas no caso de um combustível, pode haver risco de incêndio, e o equipamento tem que ser parado imediatamente – elevado risco e elevada gravidade. Assim em uma linha de produção continua, as falhas e as anomalias estão associadas as paradas de produção, o que pode dentro da analise dos registros da manutenção, efetuar a inserção de filtros para diferenciar as falhas das anomalias em função das paradas de produção e/ou dos problemas de qualidade do processo que envolvam diretamente a manutenção. Falha Causa Fundamental Causa Fundamental Causa Fundamental Ação corretiva Somente para remoção do sintoma Causa fundamentais da falha não são investigadas Não são tomadas ações para bloquear as causas fundamentais da falha Falha Reincidente Mesmas causas fundamentais atuam novamente Fonte: XENOS, Harilus G., 2015, p.85 TRATAMENTO DA FALHA Princípio do 3 Gen: Genba, Genbutsu e Gensho – ir ao local (Genba); observar o equipamento (Genbutsu); o fenômeno (Gensho). Fonte: XENOS, Harilus G., 2015, p.88 TRATAMENTO DA FALHA – METODOLOGIA COERENTE – Vamos pensar Vazamento de 42 toneladas do gás metil isocianato (MIC) em uma planta do pesticida Sevin (1-naftol-N-metilcarbamato) da empresa norte-americana Union Carbide, matando pelo menos 4000 pessoas nas primeiras semanas e causando milhares de mortes e doenças subsequentes. FALHA POR MANUTENÇÃO BHOPAL 1984 FALHA POR MANUTENÇÃO – A lama liberada após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho destruiu várias casas, além da área administrativa da Vale, que continha vários funcionários, e uma pousada, que possuía na data da tragédia 35 pessoas hospedadas. Várias pessoas, portanto, foram afetadas. Até a tarde do dia 1º de fevereiro de 2019, sete dias após o rompimento da barragem, já haviam sido confirmadas 110 mortes e 238 pessoas desaparecidas. Dos 110 mortos, apenas 71 haviam sido identificados. A primeira vítima identificada foi a médica Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos. Vamos pensar O rompimento da barragem da Vale (mineradora multinacional brasileira) em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, no início da tarde do dia 25 de janeiro de 2019 FALHA POR MANUTENÇÃO ❖ ______ NBR 5462. Confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro, 1994. ❖ Helman, Horacio et al. Analise de Falhas (Aplicação dos Métodos de FMEA e FTA). Belo Horizonte, MG. Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1995. ❖ Rooney, J. J.; Vanden HeuveL, L. N. Root Cause Analysis ForBeginners. Quality Progress, v.37, n.7, p. 45-53,2004. ❖ Scapin, Carlos Alberto. Analise Sistêmica de Falha. 2ºed. Nova Lima, MG. Falconi editora, 2013. ❖ Xenos, Halilaus Georgius D’Philippos. Gerenciamento a Manutenção Produtiva. 2ºed. Nova Lima, MG. Falconi editora, 2014. ❖ Kardec, Alan et al. Gestão de Ativos. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2014. ❖ Pereira, Mario Jorge da Silva. Técnicas Avançadas de Manutenção. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2010. ❖ Xavier, Julio Nascif. Indicadores de Manutenção.
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