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CAPACITAÇÃO ONLINE 
USO DA GLIRICÍDIA NA 
ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES 
Samuel Figueirêdo de Souza 
Médico Veterinário, DSc. - Produção Animal 
MÓDULO I 
IMPLANTAÇÃO E MANEJO 
EM ÁREAS ADENSADAS E 
CULTIVOS CONSORCIADOS 
MÓDULO I 
“GLIRICÍDIA” 
• O QUE É? 
• DE ONDE VEIO? 
• PARA QUE SERVE? 
GLIRICÍDIA (Gliricídia sepium sp.) 
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MÓDULO I 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Originária da América Central 
• Difundida por Honduras, Costa Rica, México, Guatemala e Brasil 
• Leguminosa arbórea de porte pequeno a médio 
• Atinge até 15 m de altura e caule com 40 cm de diâmetro 
• Vegeta em locais com precipitações de 500 mm a 1500 mm anuais 
• Tolera grande variedade de solos com média a baixa fertilidade 
MÓDULO I 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Capacidade de produzir até 70 kg de matéria verde/planta/ano 
• Produz até 40 toneladas de MV e 10 toneladas de MS/ha (40 mil 
plantas/ha) 
• Apresenta elevados teores de proteína (23,0%) e cálcio (1,7%) 
• Múltiplas funções: 
✔ Produção de forragem 
✔ Fixação de N 
✔ Sombreamento 
✔ Cerca Viva 
✔ Tutor vivo 
✔ Descompactação solo 
✔ Reposição de MO no solo 
MÓDULO I 
PROPAGAÇÃO 
• Sementes 
• Mudas 
• Estacotes 
• Estacas 
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MÓDULO I 
PROPAGAÇÃO 
Sementes 
✔ Utilização 
✔ Vantagens 
✔ Desvantagens 
✔ Custo x Benefício x Disponibilidade 
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MÓDULO I 
PROPAGAÇÃO 
Mudas 
✔ Utilização 
✔ Vantagens 
✔ Desvantagens 
✔ Custo x Benefício 
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MÓDULO I 
PROPAGAÇÃO 
Estacotes 
✔ Aplicações 
✔ Vantagens 
✔ Desvantagens 
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MÓDULO I 
PROPAGAÇÃO 
Estacas 
✔ Aplicações 
✔ Vantagens 
✔ Cuidados 
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COMO PRODUZIR MUDAS DE GLIRICÍDIA 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yv8HUagtV_w 
Fonte: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1116675/1/gliricidiacompleta.pdf 
Cartilha e-Rural 
Produção de Sementes 
❖ As plantas produzem sementes entre os 2 
e 3 anos de idade, deixando-as se 
desenvolverem sem a realização de 
podas, permitindo assim a floração e 
produção das vargens com as sementes. 
 
❖ Observa-se que em algumas regiões, 
essa floração não ocorre ou ocorre sem a 
produção das vargens. Esse fenômeno 
tem sido atribuído a fatores como 
ausência de agentes polinizadores ou 
mesmo a variações/mutações genéticas. 
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Produção de Sementes 
❖ As vargens devem ser colhidas no início do seu 
amarelecimento, evitando que amadureçam e se 
abram, lançando as sementes e inviabilizando as 
coletas. 
❖ Uma técnica bem simples é o armazenamento 
das sementes em sacos de ráfia (permitindo 
respiração e evitando umidade), enquanto 
realizam-se as colheitas. 
❖ Em seguida, espalha-se as vargens sobre uma 
lona com exposição ao sol, provocando a 
abertura natural das vargens, liberando as 
sementes para posterior colheita manual. Fot
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Produção de Sementes 
❖ Em caso de grandes volumes, sugere-se a 
mecanização do processo de separação das 
sementes, utilizando-se uma debulhadora de 
feijão que pode ser mecânica ou elétrica. 
❖ Esse equipamento realiza a separação sem 
danificar as sementes, gerando como 
coproduto as vargens trituradas que podem ser 
utilizadas como insumo para adubação 
orgânica. 
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Viabilidade das Sementes 
❖ A viabilidade das sementes dependerá, 
principalmente, da idade e das condições 
de armazenamento que deve ser realizado 
em recipiente que não permita o contato 
das sementes com ar, umidade e luz. 
 
Fo
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Viabilidade das Sementes 
 
❖ Se possível, armazenar em câmara fria ou geladeira (cerca de 6ºC), fazendo com que 
haja uma desaceleração do metabolismo, prolongando, assim, a sua vida útil e 
preservando as taxas de germinação dessas sementes. 
1 a 3 meses 4 a 6 meses 7 a 9 meses 10 a 12 meses 
* Envelhecimento da semente ao longo do tempo (armazenamento inadequado) 
Fo
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Rendimento das Sementes 
❖ Recomenda-se colocar duas (02) sementes 
para produção de mudas, o que garante, 
praticamente, 100% de chances de termos uma 
planta se desenvolvendo por recipiente, sem 
haver a necessidade de replantio. 
❖ Caso a disponibilidade de sementes seja baixa 
ou o custo seja muito elevado, recomenda-se 
colocar apenas uma (01) semente por 
recipiente para a produção das mudas. Nesse 
caso, provavelmente haverá a necessidade de 
replantio, o que dependerá da taxa de 
germinação das sementes utilizadas. 
1,0 kg de 
sementes 
= 10.000 sementes 
10.000 sementes 
= 5.000 mudas 
Rendimento das Sementes 
✔ Definir o objetivo/finalidade da gliricídia na propriedade 
✔ Decidir o sistema de produção (adensado/consorciado) 
✔ Escolher e medir a área para implantação 
✔ Calcular a quantidade necessária de mudas para a área 
✔ Providenciar os insumos necessários (sementes, 
recipientes, substratos) 
É muito importante fazer um bom planejamento antes da 
implantação, determinando alguns fatores essenciais para 
melhor execução do processo: 
10.000 mudas 
* Exemplos: 
1,0 hectare (adensado 1,0 m x 1,0 m) 
1,0 hectare (adensado 1,0 m x 0,5 m) 20.000 mudas 
1,0 hectare (consorciado 1,0 m x 1,0 m x 10 m) 1.800 mudas 
1,0 hectare (consorciado 1,0 m x 0,5 m x 10 m) 3.600 mudas 
1,0 hectare (consorciado 5,0 m x 0,5 m x 10 m) 7.200 mudas 
Rendimento das Sementes 
Terra Preta Esterco Argila 
Produção das Mudas 
✔ SUBSTRATO: Para 100 kg de substrato, misture 50 kg de 
terra preta, 25 kg de esterco de curral curtido e 25 kg de 
argila. 
* Obs.: essa quantidade é suficiente para produção de 250 
mudas, utilizando copos de 500 ml como recipiente. 
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Produção das Mudas 
✔ É importante misturar bem os componentes do substrato e, em 
seguida, peneirar o material para retirar “corpos estranhos” antes de 
encher os recipientes. No enchimento dos copos, deve-se evitar 
compactação para não prejudicar a germinação das sementes. 
* Obs.: pode-se adicionar super simples na proporção de 2 kg de 
SS, para cada 100 kg de substrato, acelerando o crescimento das 
mudas e prevenindo carências nutricionais. 
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Produção das Mudas 
✔ RECIPIENTES: Sugere-se utilizar copos plásticos de 
500 ml, pelo baixo custo, facilidade de uso e possível 
reutilização. Fazer um furo no fundo dos copos com 
auxílio de furadeira comum. 
* Obs.: tubetes e sacos 
plásticos também podem 
ser utilizados, mas podem 
implicar em maior custo, 
dificuldade de aquisição e 
poluição ambiental. 
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Produção das Mudas 
✔ PREPARO: Recomenda-se colocar duas (02) sementes por 
recipiente e posterior seleção de plantas sem pragas ou 
sinais de doenças para plantio. 
* Obs.: as sementes devem 
ser enterradas com 2 cm de 
profundidade e, em seguida, 
cobertas por terra sem 
compactação. Maiores 
profundidades e/ou 
compactação podem 
prejudicar a germinação. 
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Produção das Mudas 
✔ CUIDADOS: Preparar local com sombra (artificial ou natural) pouco 
densa, em terreno de baixa declividade e com fácil acesso à fonte 
de água para realizar a irrigação, seguindo as seguintes etapas: 
✔ Colocar os copos ou sacos em local sombreado e manter úmido 
✔ Após a germinação, molhar as mudas diariamente (não encharcar) 
✔ Realizar limpeza/retirada de plantas invasoras semanalmente 
✔ Fazer o transplante para o local definitivo com cerca de 30-45 dias 
Sombra Natural (Cajueiro) Sombra Artificial (Estufa) 
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Produção das Mudas 
✔ IMPORTANTE: Iniciar o preparo das mudas cerca de 60 dias 
antes do início da estação chuvosa, para que o plantio coincida 
com a estação chuvosa. Esse tempo também permitirá que mudas 
replantadas estejam suficientemente desenvolvidas. 
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Preparo da Área 
✔ ARAÇÃO: A aração é feita para movimentar o solo, facilitando a 
germinação das sementes e o crescimento das raízes das planta. 
Além disso, a aração também auxilia na redução das plantas 
daninhas, no controle de pragas e prevenção de doenças do solo. 
* Obs.: regular o arado para a profundidade de 20cm e, em seguida, passar em 
toda a área onde será realizado o plantio. 
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Preparo da Área 
✔ GRADAGEM: A técnica de gradagem costuma ser realizada 
depois da aração e subsolagem. Serve para quebrar os torrões 
deixando a terra mais uniforme e a superfície plana. 
* Obs.: a gradagem deve ser realizada uma única vez para a implantação da 
gliricídia na área, pois a sua utilização anualmente prejudica os solo. 
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Preparo da Área 
✔ SULCAMENTO: Abrir sulcos rasos com uma distância de um 
metro, o que pode ser feito com um sulcador do tipo “bico de pato”. 
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Preparo da Área 
✔ SULCAMENTO: A gliricídia também pode ser plantada sem 
preparo do solo, realizando apenas uma limpeza da área 
seguida do sulcamento para o plantio. 
* Obs.: deve-se conferir a distância 
dos sulcos na primeira passada da 
máquina para realização de 
regulagem, caso seja necessário. 
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Preparo da Área 
✔ CAVAÇÃO: Na ausência de sulcador, o plantio também pode 
ser realizado em covas, por meio de procedimento manual 
(cavador boca de jegue) ou mecânico (perfuratriz para cerca). 
Em ambos, deve-se realizar a limpeza da área. 
* Obs.: deve-se levar 
em consideração o 
tipo de solo, pois 
podem ser inviáveis 
em locais muito 
compactados ou com 
afloramento de rochas. 
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Para cada 100 kg de adubo: 
• 78 kg de esterco de curral 
• 16 kg de superfosfato simples 
• 06 kg de cloreto de potássio 
Preparo da Área 
⮚ ADUBAÇÃO: O adubo a ser colocado na área será de acordo 
com o resultado da análise da fertilidade do solo, mas caso não 
seja possível realizar uma análise, recomendamos uma mistura 
padrão. 
Distribuir a mistura no fundo dos 
sulcos na quantidade de 1,5 kg para 
cada 10 m de sulco. 
* Obs.: NÃO realizar adubação nitrogenada, pois a gliricídia é capaz de fixar nitrogênio 
captado do ar. Corre-se o risco de inibir essa habilidade se tal suplementação for realizada. 
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Plantio na Área 
⮚ O plantio direto da semente direto na 
área deve ser realizado utilizando 
duas ou três sementes por cova. As 
sementes devem ser enterradas com 2 
centímetros de profundidade e, em 
seguida, cobertas por terra sem 
compactação. Maiores profundidades 
e/ou compactação podem prejudicar a 
germinação. 
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Plantio na Área 
✔ O transplante da muda para a área definitiva deve ser realizado 
com 30 a 45 dias após o plantio. Importante verificar se o caule 
encontra-se resistente e o enraizamento bem desenvolvido. 
✔ Deve-se retirar a muda do copo com cuidado para não desfazer o 
“torrão” e não danificar o enraizamento (recipiente facilita bastante). 
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Plantio na Área 
✔ Ao colocar na cova, deve-se cobrir todo o torrão de terra da 
muda e comprimir para garantir uma melhor fixação no solo, 
evitando “tombamento” após o transplante. 
* É importante realizar o transplante no início da estação chuvosa, aumentando 
as chances de desenvolvimento da planta (exceto em áreas irrigadas). 
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Sistemas de Produção 
✔ Os sistemas de produção utilizando a 
gliricídia são determinados, basicamente, 
pelo espaçamento e combinações com 
outras culturas, que serão definidos de 
acordo com o objetivo/necessidade de cada 
propriedade. 
 
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Sistemas de Produção 
✔ O uso da gliricídia como componente na 
dieta dos animais destacou-se dentre os 
sistemas implantados, sendo imprescindível 
em áreas onde há escassez em volume ou 
qualidade de alimentos para ruminantes. 
Nesses casos, recomenda-se sua produção 
de maneira adensada sob as formas de 
banco de proteína e sua conservação 
mediante ensilagem e/ou fenação. 
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Sistemas de Produção 
✔ A gliricídia também vem sendo 
amplamente utilizada em consórcio com 
outras culturas, realizando, principalmente, 
fixação biológica de nitrogênio, mas 
também, produzindo biomassa para 
adubação verde, fornecimento de 
sombreamento e alimento para animais a 
pasto, melhorando a qualidade química 
dos solos e recuperando áreas 
degradadas. 
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Sistema Adensado 
✔ Consiste no plantio exclusivo da 
gliricídia em uma determinada 
área com o máximo de 
aproveitamento desse espaço 
para produção de biomassa que, 
prioritariamente, será utilizado 
para alimentação de ruminantes. 
Gliricídia Adensada: Período chuvoso 
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Gliricídia Adensada: período de estiagem 
Sistema Adensado 
✔ A gliricídia possui boa capacidade 
adaptativa em regiões com baixa 
pluviosidade, pois possui sistema 
radicular profundo que proporciona 
reciclagem dos nutrientes presentes 
no subsolo, assim como é capaz de 
absorver água das camadas mais 
profundas. 
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Sistema Adensado 
✔ A gliricídia utilizada em banco de proteína pode 
produzir de 3,0 toneladas a 4,5 toneladas de 
matéria seca por hectare a cada três meses, e 
pode suplementar de 20 a 30 Unidades Animal 
(450 kg de peso vivo), pelo período de 30 dias. 
 Densidades testadas: 
• 10.000 plantas/ha – 1,0 m x 1,0 m 
• 20.000 plantas/ha – 1,0 m x 0,5 m 
• 30.000 plantas/ha – 1,0 m x 0,33 m 
• 40.000 plantas/ha – 1,0 m x 0,25 m 
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 Plantas/ha VERDE t/ha 
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10.000 17,2 b 4,17 b 21,8 41,8 29,2 
20.000 21,4 a 5,04 a 22,2 42,4 29,0 
30.000 21,2 a 4,93 a 21,8 42,1 29,9 
40.000 19,4 a 4,63 a 21,8 41,8 29,4 
Sistema Adensado 
Tabela 1. Produtividade de massa verde e seca e 
composição químico-bromatológica da gliricídia. 
* Obs. 1: deve-se levar em consideração o custo de produção e de implantação da área 
(maiores densidades = mais mudas = mais mão-de-obra = maiores custos! 
* Obs. 2: é importante compreender a pluviosidade da região para que maiores 
adensamentos não provoque redução na produtividade por competição hídrica. 
Consórcio: Gliricídia x Palma Forrageira 
Sistema Consorciado 
✔ Consiste no plantio da gliricídia em 
consórcio com uma ou mais culturas 
simultaneamente, promovendo a 
ciclagem de nutrientes, buscando 
redução dos custos de produção, 
melhoria na produtividade da(s) 
cultura(a) consorciada(s) e agregando 
valores biológicos/ecológicos ao 
Sistema. 
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Sistema Consorciado 
✔ O consórcio deve ser realizado de acordo com o objetivo de cada 
propriedade, levando-se em consideração recomendações técnicas 
para exploração de cada cultura. 
 
✔ Os espaçamentos entre a gliricídia e as culturas consorciadas devem 
levar em consideração o tamanho da área, mecanização utilizada e, 
principalmente, as práticas de manejo da cultura consorciada. 
Sistema Consorciado 
* Obs.: um consórcio mal planejado pode ser prejudicial ao Sistema, 
acarretando prejuízos e “depreciação da solução tecnológica”. 
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Sistema Consorciado 
✔ As linhas de gliricídia nos consórcios podem ser simples, duplas 
outriplas, mas tem-se utilizado linhas duplas na maioria dos 
sistemas pelos resultados obtidos associados à redução dos 
custos e facilidade nas práticas de manejo nas áreas. 
Linhas Simples Linhas Duplas 
Imagens: José Rangel 
Sistema Consorciado 
✔ Propriedades de Agricultura Familiar 
possuem por suas características 
vocação para integração de culturas 
por produzirem diferentes vegetais 
(grãos e raízes) e diferentes espécies 
de animais. Trata-se da busca pela 
sustentabilidade por meio da 
diversificação em pequenas áreas e 
com limitação de recursos para 
investimento e infraestrutura. 
Consórcio: Gliricídia x Milho x 
Girassol 
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Sistema Consorciado 
✔ Esses consórcios tornam-se mais 
eficientes após a introdução da 
gliricídia nos sistemas, pois permitem 
a integração da leguminosa com duas 
ou mais culturas, aumentando a 
eficiência de uso de pequenas áreas, 
elevando a produtividade e 
promovendo a redução dos custos 
com adubação nitrogenada e 
alimentação para os animais. 
Consórcio: Gliricídia x Mandioca 
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Sistema Consorciado 
✔ Dentre as combinações da gliricídia com diferentes 
culturas, destaca-se o consórcio com a palma 
forrageira que é imprescindível para produção de 
ruminantes em regiões de Semiárido, pela tolerância à 
baixa pluviosidade. 
 
✔ São ainda fontes de alimento que se complementam, 
do ponto de vista nutricional, onde a palma é fonte de 
energia, água e sais minerais, e a gliricídia por ser rica 
em proteína e fibras com boa digestibilidade. 
Consórcio: Gliricídia x Palma Forrageira 
Sistema Consorciado 
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Sistema Consorciado 
✔ Observou-se ainda haver uma importante simbiose, onde a 
gliricídia promove a cobertura e adubação do solo (serrapilheira) 
e fornece sombreamento e barreira de vento, protegendo a palma 
dos efeitos da incidência solar e dos ventos quentes, que juntos 
provocam a desidratação (palma murcha). 
Consórcio: Gliricídia x Palma Forrageira 
Serrapilheira: 
Folhas secas ricas em N 
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Sistema Consorciado 
✔ Sistema onde a gliricídia é explorada em 
consórcio com coco e bovinos de corte em 
pastejo rotacionado, recuperando-se ou formando 
pastagens com o método de plantio direto 
(plantando o milho + adubo + sementes capim). 
 
✔ Dessa forma, evita-se a degradação dos solos e 
permite uma renovação das pastagens com a 
implantação de espécies de gramíneas mais 
adaptadas, com maior valor nutritivo e mais 
indicadas para alimentação de bovinos de corte. 
Consórcio: 
Gliricídia x Coqueiro x Pastagem 
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Sistema Consorciado 
✔ É importante ressaltar que nesse sistema 
de integração os animais terá oferta de 
sombra dos coqueiros nas pastagens, 
promovendo o “bem-estar animal” e, 
consequentemente, aumento da 
conversão alimentar, permitindo maiores 
ganhos de peso dos animais na área. 
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Sistema Consorciado 
✔ Essas estratégias buscam maior sustentabilidade dos pontos de 
vista econômico, por reduzir os custos de produção, e ambiental por 
fazer uso da terra com cobertura e preservação dos solos e também 
reduzir a necessidade de insumos químicos e de controle de pragas 
por tratar-se de um sistema integrado com várias culturas em 
constante simbiose. 
Depois Antes 
Foto: Samuel Souza Foto: Samuel Souza 
Sistema Consorciado 
✔ Sistema que utiliza a gliricídia 
consorciada com o capim para oferta de 
forragem para bovinos e substitui o 
nitrogênio mineral na fertilização da 
pastagem. 
 
✔ Neste sistema, deve ser plantada em 
fileiras simples ou duplas, com 
espaçamento de 1,5 metro entre fileiras, 
formando alamedas de 5 e 8 metros. 
Consórcio: Gliricídia x Pastagem 
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Sistema Consorciado 
✔ Animais entram no segundo ano em 
pastejo rotacionado, devendo-se a partir 
desse momento ser decisão do produtor 
realizar ILPF completo (com milho), ou 
apenas com Pecuária-Floresta. 
 
✔ Animais apresentam maiores ganhos de 
peso e os custos de produção são 
reduzidos pela substituição da 
adubação nitrogenada das pastagens, 
havendo ainda a produção do milho 
custeando renovação das pastagens. Fot
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Práticas de Manejo 
✔ A gliricídia é uma cultura pouco 
exigente em manejo, sendo 
considerada bastante rústica e 
resistente às adversidades 
edafoclimáticas. 
✔ Seu manejo está limitado à realização 
de adubação anual e cortes/podas a 
serem realizadas de acordo com os 
objetivos da exploração. 
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Práticas de Manejo 
✔ A adubação é realizada uma única vez por ano, sempre no 
início da estação chuvosa, utilizando 400 kg/ha de 
superfosfato simples e 100 kg/ha de cloreto de potássio 
em cobertura, aplicando ao longo das filas de plantas. 
* Obs.: não deve-se utilizar 
adubos químicos nitrogenados, 
ou mesmo esterco de animais, 
pois esse elemento é 
sintetizado pela planta. 
Qualquer suplementação desse 
composto poderá inibir essa 
habilidade. Fot
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Práticas de Manejo 
✔ A primeira poda/colheita ocorre pelo menos um ano após o plantio, 
colhendo folhas e ramos tenros acima de 50 cm do solo. Os galhos 
mais grossos podem ser aproveitados como material propagativo ou 
são deixados na superfície do solo para reciclagem. 
* Obs.: a primeira produção apresenta menores volumes e pode parecer “passado do ponto 
ideal” para o corte. Isso ocorre, propositadamente, oportunizando um maior 
desenvolvimento das raízes das plantas, antes da sequência de podas. 
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Práticas de Manejo 
✔ Do segundo corte em diante, pode-se realizar a 
poda de acordo com o desenvolvimento da 
planta (1,50 m de altura) ou a cada 90 dias nas 
estações chuvosas ou 120 dias nas secas. 
 
✔ Se irrigada, a legumineira pode ser colhida na 
estação seca com a mesma frequência da 
estação chuvosa ou até com maior assiduidade, 
dependendo do seu desenvolvimento. 
 
✔ É importante ajustar essa prática de acordo com 
a disponibilidade de mão-de-obra na 
propriedade, pois o material deve ser processado 
e armazenado após a colheita. Fo
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Uso da Gliricídia 
✔ A utilização da gliricídia para alimentação 
animal pode ser realizada através do pastejo 
direto, fornecimento in natura, sob a forma de 
feno ou de silagem. 
 
✔ O pastejo direto pode ocorrer de duas formas: 
1) Área adensada (banco de proteína), onde 
os animais passam poucas horas, consumindo 
a gliricídia direto da planta; 
2) Área consorciada (Sistema de IPF - 
Integração Pecuária Floresta), onde os 
animais consomem a gliricídia em pastejo 
rotacionado. 
Ovinos em Banco de Proteína 
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Uso da Gliricídia 
FENAÇÃO: 
 
✔ O processo de fenação consiste na 
retirada de grande quantidade de água 
da planta, ficando com apenas 15% de 
umidade. 
 
✔ Para um feno de qualidade, deve-se 
utilizar forragem com elevado valor 
nutritivo e realizar a secagem de forma 
rápida, buscando o mínimo de perdas de 
nutrientes. 
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Uso da Gliricídia 
✔ FENAÇÃO: O material a ser conservado são as 
partes comestíveis da planta (folhas com ramos 
finos), podendo ou não serem triturados em 
máquina forrageira (partículas com 2 a 3 cm). 
 
✔ Uma característica importante para a obtenção 
de feno de alto valor nutritivo consiste na 
observação da proporção folha: colmo, devido a 
uma interação positiva entre a porcentagem de 
folha no feno com a digestibilidade e o seu 
consumo. 
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Uso da Gliricídia 
✔ O processo de fenação pode ser feito 
espalhando o material triturado sobre uma 
lona e deixando secar ao sol por 2 dias. 
Deve-se realizar em dias de sol forte e 
revirar o material de 3 a 4 vezes por dia, 
evitando acúmulo de umidade. 
 
✔ Durante a noite,deve-se cobrir o material 
com outra lona para evitar que o orvalho 
devolva umidade ao material em processo 
de secagem. 
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Uso da Gliricídia 
✔ O processo estará finalizado 
quando o material atingir o “ponto 
de crepitação”, ou seja, quando ao 
apertar com as mãos, o material 
fizer estalos e quebrar facilmente. 
Obs.: o sucesso da fenação está na 
desidratação correta e uniforme do 
material, além do armazenamento em 
local arejado e protegido de umidade. Fo
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Uso da Gliricídia 
ENSILAGEM: 
 
✔ Consiste no processo de 
conservação, onde a forrageira é 
submetida ao corte da planta no 
campo, trituração e compactação 
com o uso de tratores ou pessoas 
pisando. 
 
✔ No processo de ensilagem, a planta 
é transformada em silagem pela 
ação fermentativa de bactérias, 
dentro do silo. F
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Uso da Gliricídia 
ENSILAGEM: 
 
✔ Na ensilagem da gliricídia, as folhas e 
extremidades dos ramos são triturados e 
colocados sob pressão (compactação para 
retirada do ar), em tambores de 200 L e 
hermeticamente fechados após o 
enchimento. Silos do tipo trincheira ou de 
superfície, também, podem ser utilizados 
quando o volume de material for suficiente e 
o rebanho possua consumo diário elevado. 
* Observação: o sucesso da ensilagem está numa boa compactação para retirada do 
máximo possível de ar, mantendo uma boa vedação para impedir entrada de ar durante a 
fase de fermentação anaeróbica (por período mínimo de 30 dias). 
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Considerações Finais 
⮚ Diversidade de sistemas para diferentes finalidades e realidades de uso 
⮚ Informações e tecnologias validadas e disponíveis 
⮚ Resgate de potencialidades de arranjos produtivos locais 
⮚ Necessita desenvolvimento de equipamentos para plantio e colheita 
⮚ Carência de material propagativo validado para comercialização 
⮚ Diminuição da dependência de insumos externos 
⮚ Necessidade de avaliação do custo/benefício de cada caso 
PARABÉNS! 
VOCÊ CONCLUIU O 
MÓDULO I 
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