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Sistemas 
Agroflorestais 
(SAFs): conceitos 
e práticas para 
implantação no 
bioma amazônico
Coleção SENAR 199
199 | Coleção SEN
A
R •
Sistem
as A
grofl
orestais (SA
Fs): conceitos e práticas para im
plantação no biom
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azônico
Presidente do Conselho Deliberativo
João Martins da Silva Junior
Entidades Integrantes do Conselho Deliberativo
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
Confederação dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
Ministério da Educação - MEC
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB
Confederação Nacional da Indústria - CNI
Diretor Geral
Daniel Klüppel Carrara
Diretora de Educação Profissional e Promoção Social
Andréa Barbosa Alves
Coleção SENAR
Sistemas Agrofl orestais (SAFs): 
conceitos e práticas 
para implantação 
no bioma amazônico
SENAR – Brasília, 2017
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
199
© 2017, SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR
Todos os direitos de imagens reservados. É permitida a reprodução do 
conteúdo de texto desde que citada a fonte.
A menção ou aparição de empresas ao longo dessa cartilha, não implica que 
sejam endossadas ou recomendadas por essa instituição em preferência a 
outras não mencionadas.
Coleção SENAR - 199
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bio-
ma amazônico
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS INSTRUCIONAIS
Bruno Henrique B. Araújo
EQUIPE TÉCNICA
José Luiz Rocha Andrade / Marcelo de Sousa Nunes / Valéria Gedanken 
FOTOGRAFIA
Wenderson Araújo
ILUSTRAÇÃO
Maycon Sadala 
AGRADECIMENTOS
À Cooperativa Agrícola Mista de Tome-Açu – CAMTA, Embrapa Amazônia Orien-
tal - Belém /PA, Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento 
Benedito Alves Bandeira – Acará/PA e ao Instituto de Desenvolvimento Florestal 
e da Biodiversidade do Estado do Pará – Ideflor-bio por disponibilizarem o local e 
pessoal para produção fotográfica.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
 Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implanta-
ção no bioma amazônico/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). 
— 1. ed. Brasília: SENAR, 2017.
 140 p. il.
 ISBN 978-85-7664-175-9
1.Sistema agroflorestal. 2. Sistema agroflorestal, bioma amazônico. II. Título.
 CDU 634.0.23
Sumário
Apresentação ................................................................................................5
Introdução .....................................................................................................7
I Entender o bioma..................................................................................8
1. Saiba o que é bioma .............................................................................8
2. Conheça o bioma Amazônia ...............................................................9
II Entender os sistemas agroflorestais (SAFs) ....................................12
1. Saiba o que são os SAFs.....................................................................12
2. Conheça as vantagens e exigências dos SAFs ................................13
3. Conheça a classificação dos SAFs .....................................................14
III Implantar os SAFs ...............................................................................22
1. Planeje os SAFs ....................................................................................22
2. Escolha o local para implantação dos SAFs ....................................26
3. Defina o modelo dos SAFs.................................................................28
4. Escolha os componentes dos SAFs .................................................31
5. Defina as combinações ......................................................................43
6. Prepare a base para o plantio dos SAFs ..........................................46
7. Adquira as mudas ...............................................................................56
8. Controle as pragas ..............................................................................57
IV Realizar o plantio em covas ..................................................................72
1. Reúna o material .................................................................................72
2. Faça o alinhamento das linhas de plantio ......................................73
3. Abra as covas .......................................................................................75
4. Adube as covas ...................................................................................77
5. Faça o plantio das mudas das árvores ............................................81
6. Faça o replantio das mudas ..............................................................85
V Fazer o plantio em sulcos .................................................................86
1. Faça o teste de germinação das sementes .....................................86
2. Calcule a quantidade de sementes por hectare ............................88
3. Defina a quantidade de adubo por metro linear de sulco ...........91
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4. Faça a semeadura manual das espécies produtoras de grãos ...92
VI Manejar o sistema ..............................................................................94
1. Faça o controle de plantas daninhas ...............................................94
2. Faça a adubação .............................................................................. 103
3. Faça o controle de pragas e doenças ........................................... 107
4. Conheça os tipos de poda .............................................................. 108
5. Realize os desbastes ....................................................................... 111
VII Realizar a colheita ............................................................................ 112
1. Conheça os fatores que influenciam a colheita .......................... 112
VIII Beneficiar a produção ..................................................................... 124
IX Armazenar a produção ................................................................... 127
X Monitorar o SAFs .............................................................................. 128
1. Faça o monitoramento do solo ..................................................... 128
2. Faça o monitoramento do comportamento dos componentes 128
XI Comercializar os produtos agroflorestais .................................... 131
1. Conheça a venda direta ao consumidor ...................................... 132
2. Conheça a venda para o setor de distribuição e varejo .......... 132
3. Conheça a venda para os mercados institucionais .................... 133
Considerações finais ............................................................................... 134
Referências ............................................................................................... 135
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
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Apresentação
O elevado nível de sofisticação das operações agropecuárias definiu 
um novo mundo do trabalho, composto por carreiras e oportunida-
des profissionais inéditas, em todas as cadeias produtivas.
Do laboratório de pesquisa até o ponto de venda no supermercado, 
na feira ou no porto, há pessoas que precisam apresentar competên-
cias que as tornem ágeis, proativas e ambientalmente conscientes.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) é a escola que 
dissemina os avanços da ciência e as novas tecnologias, capacitando 
homens e mulheresem cursos de Formação Profissional Rural e Pro-
moção Social, por todo o país. Nesses cursos, são distribuídas cartilhas, 
material didático de extrema relevância por auxiliar na construção do 
conhecimento e constituir fonte futura de consulta e referência.
Conquistar melhorias e avançar socialmente e economicamente é o 
sonho de cada um de nós. A presente cartilha faz parte de uma série 
de títulos de interesse nacional que compõem a coleção SENAR. Ela 
representa o comprometimento da instituição com a qualidade do 
serviço educacional oferecido aos brasileiros do campo e pretende 
contribuir para aumentar as chances de alcance das conquistas a 
que cada um tem direito.
Um excelente aprendizado!
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
www.senar.org.br
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
6
Esta cartilha possui o recurso QR Code, por meio do qual 
o participante do treinamento poderá acessar, utilizando a 
câmera fotográfi ca do celular, informações complementares 
que irão auxiliar no aprendizado.
Acesse pelo seu celular
Introdução
Os sistemas agrofl orestais são excelentes alternativas para o uso do 
solo. Com eles, os produtores rurais podem produzir respeitando o 
meio ambiente, ao mesmo tempo em que diversifi cam a sua renda. 
Para os pequenos produtores ou agricultores familiares da Amazô-
nia, os sistemas agrofl orestais constituem uma tecnologia funda-
mental, pois, nesses casos, possibilitam, além da geração de renda 
no decorrer do ano, a depender das espécies cultivadas, a segurança 
alimentar das famílias dos agricultores, bem como a valorização do 
trabalho do jovem e da mulher.
Esta cartilha foi idealizada e estruturada com a intenção de ser um 
guia prático e simples para compreender os sistemas agrofl orestais 
(SAFs) no bioma Amazônico, tanto as suas técnicas, manejo e demais 
operações, como o planejamento da produção, colheita e comerciali-
zação de seus produtos. Vale ressaltar, também, que não há preten-
são de esgotar o assunto ou dar receitas para implantar e manejar os 
SAFs. Cada produtor deve entender a sua própria realidade, observar 
com atenção o seu entorno e colocar em prática o que foi aprendido.
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Sistemas Agrofl orestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
I Entender o bioma
1. Saiba o que é bioma
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), 
um bioma “é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo 
agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem ser 
identifi cados em nível regional, com condições de geologia e clima 
semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos 
de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de fl ora 
e fauna própria”. 
No Brasil, são seis os biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Ca-
atinga, Pampa e Pantanal cujas áreas estão descritas na Tabela 1 e 
esquematizadas na Figura 1.
Tabela 1 - Áreas dos biomas brasileiros
Biomas Area (Km2) % em área Brasil
Amazônia 4.196.943 49,29
Cerrado 2.036.448 23,92
Mata Atlântica 1.110.182 13,04
Caatinga 844.453 9,92
Pampa 176.496 2,07
Pantanal 150.355 1,76
Totais 8.514.877 100,00
Fonte: IBGE, 2016.
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Figura 1. Mapa dos biomas brasileiros
Amazônia
Legenda:
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Cerrado
Mata Atlântica
Pampa
Pantanal
Amazônia
Caatinga
Mata 
Atlântica
Cerrado
Pampa
Pantanal
2. Conheça o bioma Amazônia
É o maior de todos os biomas, com aproximadamente 419,6 milhões 
de hectares. Ocupa quase a metade do território nacional (49,29%) e 
se espalha por nove estados do Brasil, formando a chamada Amazô-
nia legal. Além da totalidade de cinco estados (Acre, Amapá, Amazo-
nas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da me-
tade de Mato Grosso (54%), além do Maranhão (34%) e de Tocantins 
(9%), como apresentado na Figura 2.
Entender o bioma
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Sistemas Agrofl orestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
Figura 2. Abrangência do bioma Amazônia
AM
RR
PA
AP
MTRO
AC
Na Amazônia, são encontradas aproximadamente 50% das espécies 
vegetais e 80% das espécies animais existentes no país.
A riqueza da biodiversidade, ou seja, a variedade das formas de vida 
em determinada região, aliada ao grande valor econômico das suas 
fontes naturais, torna-se meio de sobrevivência para as populações 
nativas, além de servir de base essencial de recursos para outros 
segmentos produtivos e atividades econômicas, como, os setores de 
medicamentos e de cosméticos. 
Com o seu delicado equilíbrio ecológico, a Amazônia tem exigido, 
cada vez mais, a busca de alternativas sustentáveis de produção e 
Amazônia
Legenda:
Caatinga
Cerrado
Mata Atlântica
Pampa
Pantanal
Amazônia
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Atlântica
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
de convivência, a exemplo da necessidade atual de uso de áreas de 
pastagens degradadas e daquelas com capoeira, que podem ser re-
cuperadas e aproveitadas por meio de SAFs.
Área de pastagem degradada no estado do Pará
A economia da região amazônica está baseada, principalmente, em:
• Lavouras brancas ou temporárias (mandioca, soja, milho, arroz, 
cana-de-açúcar, melancia, feijão, algodão herbáceo, tomate, en-
tre outros); 
• Lavouras permanentes (banana, cacau, pimenta-do-reino, café, 
dendê, laranja, coco-da-baía, maracujá, mamão, limão, guaraná, 
entre outros); 
• Extrativismo (madeira, açaí, castanha-do-brasil, palmito e outros 
produtos de menor expressão como a borracha, a piaçava, o 
jaborandi, a copaíba, o pequi, o tucum e a pesca, por exemplo). 
Vale destacar que a silvicultura, isto é, o aproveitamento e o uso 
racional das florestas, ainda não representa uma atividade signifi-
cativa na região.
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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II Entender os sistemas agrofl orestais (SAFs)
1. Saiba o que são os SAFs
Formas de uso e manejo do solo em que árvores ou arbustos são 
combinados, de maneira intencional e planejada, a cultivos agríco-
las e/ou animais em uma mesma área, ao mesmo tempo (associa-
ção simultânea) ou em uma sequência de tempo (associação tem-
poral), para diversifi car a produção, ocupar a mão de obra, gerar 
renda, proteger o solo e a água, além de promover o envolvimento 
da população local. 
Seus principais objetivos são:
• Formar sistemas produtivos ecológicos mais sustentáveis, com 
menor uso de insumos externos;
• Diversifi car o cultivo da terra, com a inclusão de plantas de ciclos 
curto, médio e longo, além da utilização de animais;
• Diminuir os riscos de mercado para o agricultor, por meio de 
uma maior variedade de culturas e de espécies animais com va-
lor econômico e de fácil comercialização;
• Elevar a qualidade de vida do produtor; e
• Melhorar e diversifi car a produção de alimentos e a oferta de 
serviços ambientais (polinização, ciclagem de água e nutrientes, 
além de fertilidade do solo, entre outros).
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2. Conheça as vantagens e exigências 
dos SAFs
2.1 Saiba das vantagens dos SAFs
• Devolver ao solo, com a queda de folhas, ramos e galhos, parte 
dos nutrientes retirados pelas raízes;
• Aproveitar a energia do sol pelos diferentes estratos (camadas) 
das espécies vegetais; 
• Aumentar a matéria orgânica, contribuindo para melhorar as 
condições físicas e químicas do solo e, por consequência, a sua 
capacidade de retenção de água;
• Proteger o solo contra a erosão; 
• Contribuir para regular o ciclo da água no local;
• Tornar os sistemas de produção mais resistentes às variações 
climáticas, proporcionando, desse modo, sombra e proteção 
contra a ação do vento;
• Gerar receitas nocurto e médio prazo com cultivos agrícolas ou 
atividades pecuárias, favorecendo a implantação de árvores na 
mesma área, cuja renda virá em longo prazo;
• Reduzir a ocorrência de pragas e doenças, diminuindo a necessi-
dade de uso de insumos químicos, exigindo menor investimento;
• Promover a melhor utilização da mão de obra ao longo do ano; e
• Conciliar a produção fl orestal com a produção de alimentos. 
2.2 Saiba das exigências dos SAFs
Os SAFs demandam maior atenção quando comparados aos cultivos 
solteiros (monocultivos), considerando que:
• Exigem técnicas apropriadas, em geral não utilizadas pelos pro-
dutores, como limpezas seletivas, podas, desbastes, técnicas es-
pecífi cas de colheita e armazenamento;
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Sistemas Agrofl orestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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• Necessitam de uma estratégia de comercialização, por causa da 
variedade e menor escala de produção por produto; e
• Exigem cuidados especiais na exploração de árvores para madei-
ra, com o objetivo de evitar danos às outras culturas associadas. 
3. Conheça a classificação dos SAFs
Os SAFs podem ser classificados segundo os aspectos ecológicos, 
econômicos e funcionais e ainda de acordo com o arranjo dos com-
ponentes e a sua estrutura.
3.1 Conheça a classificação quanto aos aspectos 
ecológicos, econômicos e funcionais
• Aspectos ecológicos
Essa classificação leva em consideração a localização geográfica, a situa-
ção topográfica (terra firme, de várzea e de locais montanhosos) e a com-
plexidade biológica (convívio, na mesma área, de animais e vegetais). 
• Aspectos econômicos
Os SAFs podem ser definidos como comerciais, de subsistência e in-
termediários.
• Aspectos funcionais
 - SAFs de produção
São aqueles que têm como principal função a produção de alimentos 
ou de fibras para atender ao consumo.
 - SAFs de proteção
São aqueles que têm como função principal a proteção dos elemen-
tos naturais, como os mananciais, por exemplo.
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3.2 Conheça a classificação com base no arranjo 
dos componentes
3.2.1 Conheça o arranjo no espaço
O arranjo no espaço considera a forma como são dispostas as es-
pécies no campo. Podem ser sistemas contínuos, zonais ou mistos.
• Sistemas contínuos
São aqueles em que há uma espécie principal, plantada de forma 
contínua, e outra espalhada pela área, com a função de prestar servi-
ços, como sombreamento, adubação e fonte complementar de ren-
da. Exemplo: plantio de cacau de forma contínua, no espaçamento 
de 3 x 3 m, associado a bananeiras.
• Sistemas zonais
São zonas de plantio de algumas fileiras de um determinado compo-
nente do sistema, alternadas com fileiras de outro. Por exemplo, dez 
fileiras de cacaueiros, no espaçamento de 3 x 2,5 m, alternadas com 
três fileiras de pupunheiras, no espaçamento de 2 x 1,5 m. 
• Sistemas mistos
São aqueles em que há uma mistura de componentes dispostos na 
área, como no caso dos pomares caseiros, quintais agroflorestais e 
sistemas agroflorestais sucessionais, ou seja, sistemas de sucessão 
de culturas, que mantêm o solo com vegetação o ano todo, aprovei-
tando o espaço horizontal e vertical da área de plantio e adensando 
o número de espécies, de modo a explorar os diferentes níveis que 
formam a floresta.
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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3.2.2 Conheça o arranjo no tempo
Trata-se do arranjo de espécies na área de plantio, considerando o 
tempo em que os componentes se combinam, podendo ser sequen-
cial, simultâneo ou complementar.
• Sistemas sequenciais
Nessa categoria estão incluídos os sistemas de agricultura migratória, 
com intervenção e manejo de capoeiras; os sistemas silviagrícolas ro-
tativos (capoeiras melhoradas com espécies arbóreas de rápido cres-
cimento); e o sistema Taungya (cultivos anuais consorciados tempo-
rariamente com árvores durante os primeiros anos de implantação).
• Sistemas simultâneos ou complementares
Nesse caso, há uma integração simultânea e contínua de cultivos 
anuais e perenes e pecuária, como árvores e animais ou pomares 
caseiros e lavouras temporárias, entre outros.
3.3 Conheça a classificação com base na estrutura
Essa classificação engloba os sistemas silviagrícolas (espécies flores-
tais e agrícolas), silvipastoris (espécies florestais e atividades de pe-
cuária) e agrossilvipastoris (espécies agrícolas, florestais e atividades 
de pecuária).
3.3.1 Conheça os sistemas silviagrícolas
Compostos por espécies florestais e agrícolas, ou seja, a combinação 
de árvores e palmeiras, nativas ou introduzidas com cultivos agríco-
las, para: 
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• Produção de madeira (acácia, eucalipto, freijó, paricá, pinus, 
teca, entre outras); 
• Produtos não madeireiros, como frutos (abiu, castanha-do-bra-
sil, jambo, uxi, entre outros); produtos medicinais (andiroba, co-
paíba, entre outros); e
• Componentes agrícolas herbáceos (arroz, feijão, melancia, mi-
lho, entre outras) ou arbustivos e subarbustivos (açaí, cacau, 
café, cupuaçu, ingá, maracujá, pimenta-do-reino, urucum, entre 
outras); e trepadeiras (maracujá, entre outras).
Os sistemas silviagrícolas podem ser divididos em baixa, média e alta 
complexidade biológica. 
Os sistemas silviagrícolas de baixa complexidade são os quebra-
ventos, Taungya, cultivos em aleias (fileiras), cercas vivas e outros.
 
Quebra-ventos Taungya
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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Cultivo em aleias
Os sistemas silviagrícolas de média e alta complexidade incluem os 
quintais agroflorestais, os sistemas multiestratificados, sucessionais, 
entre outros.
Quintal agroflorestal
Sistema multiestratificado sucessional ou agroflorestal
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3.3.2 Conheça os sistemas silvipastoris
Formados por componentes florestais e atividades de pecuária, ou 
seja, a combinação de árvores, arbustos ou palmeiras com plantas 
forrageiras herbáceas (ervas e capins) e animais. Merecem destaque 
aqueles em que o plantio das árvores se dá na pastagem (arborização). 
Podem ser na forma de renques com uma ou mais linhas de plantio, 
de pequenos bosques com árvores dispersas na pastagem, de cercas 
vivas, ou por meio da condução de árvores da regeneração natural. 
Arborização em linhas simples
 
Arborização em linhas duplas Arborização em linhas triplas
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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Árvores em cerca viva 
Arborização pelacondução de árvores de regeneração natural 
3.3.3 Conheça os sistemas agrossilvipastoris
Formados por elementos agrícolas, florestais e atividades de pecu-
ária. Na maioria das vezes, a implantação do sistema é realizada a 
partir do plantio de árvores na pastagem durante ou após o cultivo 
agrícola. Para isso, são utilizados renques de uma ou mais linhas de 
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plantio ou, em alguns casos, pomares caseiros, onde são criados pe-
quenos animais, como porcos e galinhas, associados às árvores de 
usos múltiplos e cultivos agrícolas diversos.
Sistema agrossilvipastoril com árvores plantadas em renque 
 
 
 Sistema agrossilvipastoril na forma de quintais agrossilvipastoris 
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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III Implantar os SAFs
1. Planeje os SAFs
O sucesso do sistema depende, em grande parte, das decisões toma-
das antes da sua implantação no campo. Por isso, o planejamento é 
fundamental para os SAFs, ao envolver possibilidades de arranjo de 
produção e combinação de culturas, condições edafoclimáticas (re-
lação planta, solo e clima), manejo e comercialização dos produtos.
Para minimizar riscos e incertezas em relação à comercialização 
dos produtos (alimentos, carnes, madeira, lenha, carvão, estaca 
para cerca, entre outros), deve ser realizado o estudo de mercado 
e insumos.
Atenção
1.1 Defi na os objetivos da implantação dos SAFs
Os objetivos deverão ser defi nidos para o atendimento das neces-
sidades existentes na propriedade familiar ou em empresas rurais, 
podendo ser:
• Comerciais - produção de carne, farinha de mandioca, fi bras, 
forragem, frutos, grãos, lenha, madeira serrada, entre outros;
• Segurança alimentar - plantar alimentos para consumo da pró-
pria família, como mandioca, milho, feijão, arroz, entre outros; e
• Serviços ambientais - possibilitar sombra, adubação verde, 
controle de erosão, restauração de áreas degradadas, fi xação de 
carbono, entre outros.
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1.2 Conheça os ambientes da propriedade rural
Conhecer o ambiente interno e externo permite ao produtor identi-
fi car os pontos fracos, que devem ser melhorados para não compro-
meter o negócio.
1.2.1 Conheça o ambiente interno
O ambiente interno da propriedade ou da empresa precisa ser leva-
do em conta na análise que envolve a implantação dos SAFs. É neces-
sário conhecer o solo, a forma de uso da terra, a disponibilidade de 
água e outros recursos naturais, os custos, a oferta de mão de obra, 
as benfeitorias, as máquinas disponíveis, entre outros.
• Conheça as características do solo
O produtor deve ter uma noção exata a respeito da qualidade dos 
solos disponíveis para plantio. Isso pode ser feito a partir da análi-
se do solo, para conhecer as suas características físicas e químicas. 
Também é importante considerar a topografi a da área, para defi nir 
as práticas de conservação a serem adotadas.
Para fazer a análise do solo e obter a sua interpretação, consulte 
um agente da assistência técnica que atue na região.
Atenção
• Defi na os custos da implantação dos SAFs
É importante saber os custos para a aquisição de mudas, a pre-
paração de área, a compra de insumos, entre outros. Caso o pro-
dutor não disponha dos recursos necessários, poderá adequar o 
projeto ou buscar linhas de crédito disponíveis junto às institui-
ções fi nanceiras. 
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• Conheça a oferta de mão de obra
O uso de mão de obra na implantação e manejo dos SAFs varia de 
acordo com o modelo a ser implantado. É importante identificar e 
caracterizar a mão de obra fixa, levando em conta a idade, o nível 
educacional e a experiência nas atividades agropecuária e florestal. 
Deve ser considerada, também, a possibilidade da utilização de mão 
de obra temporária.
• Conheça as benfeitorias existentes
 É o momento de conhecer o estado e a possibilidade de uso de açu-
des, agroindústrias, cercas, currais, estradas, locais para armazena-
mento, entre outros.
• Identifique as máquinas e os equipamentos
É necessário fazer o levantamento das máquinas e dos equipamen-
tos na propriedade para as atividades de produção.
1.2.2 Conheça o ambiente externo
O conhecimento do ambiente externo permite que o produtor rural 
identifique tanto as oportunidades, como as ameaças, no sentido de 
resistir ou mesmo superar esses riscos. 
Devem ser avaliados os espaços de comercialização dos produtos na 
região, bem como o mercado de insumos e a infraestrutura disponí-
vel, a exemplo de armazéns, estradas para escoamento da produção, 
entre outros.
1.2.3  Defina a disponibilidade de recursos financeiros
• Conheça o mercado dos produtos
É necessário um estudo que considere informações de mercados lo-
cais, regionais, nacionais e institucionais do governo.
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É importante conhecer, também, as políticas de subvenção (subsí-
dios e incentivos) para os produtos do extrativismo, como açaí, bor-
racha, óleos, entre outros. 
• Conheça o mercado de insumos para a produção
É necessário identificar os locais para aquisição de insumos.
• Identifique a infraestrutura e os serviços existentes na região
 - Estradas, vias de acesso e condições apropriadas para tráfego;
 - Formas e locais de armazenamento;
 - Serviços de assistência técnica e extensão rural;
 - Disponibilidade e acesso à tecnologia;
 - Disponibilidade e acesso ao crédito rural, preços mínimos e 
subvenção; e
 - Agroindústrias, cooperativas, associações, entre outras organi-
zações que possam auxiliar no processamento e escoamento da 
produção.
• Defina o processo de comercialização 
 - Comercialização de produtos in natura (tipos de produtos e ca-
nais de comercialização como feiras, por exemplo);
 - Comercialização de produtos industrializados;
 - Grau de perecibilidade dos produtos;
 - Embalagem e armazenamento de produtos;
 - Comercialização coletiva de produtos (cooperativas);
 - Proximidade de mercado local;
 - Facilidade de escoamento nas estradas; e
 - Existência de meio de transporte.
Para criar escala e atender à dinâmica do mercado atacadista e 
varejista, uma opção é a organização dos produtores em formas 
coletivas (cooperativas e associações).
Atenção
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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2. Escolha o local para implantação dos SAFs
Para definir as espécies e o modelo do sistema, é preciso considerar 
a fertilidade do solo, a sua cobertura vegetal (floresta nativa, capoei-
ra, área ocupada com agricultura ou aquela em processo de degra-
dação ou já degradada) e a pesquisa de mercado, identificando, por 
exemplo, os produtos promissores para a região. 
Para fazer a análise do solo e obter a sua interpretação, consulte 
um agente da assistência técnica que atue na região.
Atenção
Para selecionar o lo-
cal, o produtor deve 
basear-se no Cadas-
tro Ambiental Rural 
(CAR), já realizado 
para a sua proprie-
dade. Os locais mais 
adequados são:
• Áreas de reserva 
legal (dependendo 
do tipo de sistema 
a ser implantado, segundo resolução CONAMA No 369); 
• Áreas de capoeiras, principalmente as mais jovens;
• Áreas já trabalhadas ou ocupadas com cultivos e que estejam em 
algum nível de degradação como pastagens e extensões com cul-
tivos anuais com baixa rentabilidade, entre outras; e
Pastagem em degradação Área agrícola em degradação• Áreas já alteradas e que tenham sido abandonadas por algum 
motivo.
Área agrícola degradada e abandonada
Evite implantar os SAFs em locais com tendência ao encharcamento 
do solo.
Atenção
RESOLUÇÃO CONAMA nº 369, 
de 28 de março de 2006
Acesse pelo seu celular
Capoeira jovem
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• Áreas já trabalhadas ou ocupadas com cultivos e que estejam em 
algum nível de degradação como pastagens e extensões com cul-
tivos anuais com baixa rentabilidade, entre outras; e
Pastagem em degradação Área agrícola em degradação
• Áreas já alteradas e que tenham sido abandonadas por algum 
motivo.
Área agrícola degradada e abandonada
Evite implantar os SAFs em locais com tendência ao encharcamento 
do solo.
Atenção
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
3. Defina o modelo dos SAFs
O modelo dos SAFs (silviagrícolas, silvipastoris ou agrossilvipastoris) 
deve ser definido a partir das informações levantadas nos ambientes 
interno e externo da propriedade, como: 
• Objetivos do produtor;
• Características do local (solo, clima, condição topográfica, histó-
rico de uso);
• Disponibilidade de mão de obra; 
• Disponibilidade de recursos financeiros;
• Características de componentes (árvores, cultivos e criações) 
mais adequados para a região; e
• Mercados que serão atendidos, entre outros.
Diversos modelos de SAFs já foram desenvolvidos e implantados na 
Amazônia em função das necessidades e condições particulares de 
cada local. Por isso, é necessário conhecer experiências consolidadas 
na sua região. 
SAFs com pimenta-do-reino
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SAFs com cacau
SAFs com cupuaçu
SAFs com seringueira
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SAFs com dendê
SAFs com coco 
SAFs com açaí
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SAFs com pupunha
SAFs com banana
4. Escolha os componentes dos SAFs
Para a escolha dos componentes dos SAFs, é necessário levar em 
conta a importância das culturas em relação ao valor de produção 
nos principais estados amazônicos.
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
O Quadro 4 apresenta as características das principais espécies uti-
lizadas para compor os SAFs no bioma Amazônia, inclusive as espé-
cies florestais arbóreas mais significativas utilizadas nesses sistemas. 
A partir dessas informações, o produtor precisa escolher os integran-
tes dos SAFs, garantindo que: 
• Possam satisfazer as necessidades básicas de alimentação e nu-
trição familiar;
• Estejam adaptados às condições socioculturais e ecológicas da 
região;
• Possuam ciclos de vida diferenciados (espécies arbóreas e culti-
vos agrícolas de ciclo curto);
• Possuam períodos de safra (produção) diferenciados;
• Sejam, de preferência, de uso conhecido pelos agricultores;
• Possuam mercado (demanda de pelo menos um componente 
na região);
• Atendam à necessidade de consumo de lenha, carvão, entre ou-
tros, pelo estabelecimento rural; e
• Tenham condições de escoamento da produção.
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
1. Se a propriedade for próxima aos mercados consumidores, a 
recomendação é escolher espécies cujos produtos sejam mais 
perecíveis. Se for distante e de difícil acesso, a sugestão é optar 
por cultivos de maior durabilidade.
2. Defina como componente principal (carro-chefe) dos SAFs uma 
cultura que tenha mercado promissor e técnicas de produção 
bem conhecidas. 
Atenção
4.1 Escolha as lavouras temporárias
Na escolha desses componentes, considere:
• A tradição e a experiência com o cultivo agrícola;
• O potencial econômico local e de valor alimentício;
• Os efeitos de competição com as árvores plantadas por nutrien-
tes, água e luz;
• A tolerância à sombra;
• Plantas que não sejam trepadeiras;
• A característica de não ser hospedeiro de pragas e doenças;
• As espécies que não causem danos físicos às árvores; e
• A possibilidade de safra diferenciada, de forma a garantir o uso 
de mão de obra e a geração de renda em várias épocas do ano.
4.2 Escolha as espécies arbóreas e lavouras perenes
Na escolha desses componente, devem ser considerados:
• Conhecimento local da espécie florestal escolhida;
• Valor comercial ou de aproveitamento local;
• Efeitos de competição com os cultivos associados;
• Uso múltiplo da espécie (produção de alimentos, de madeira, le-
nha, frutos, fornecimento de serviços ambientais, como controle 
da erosão, fixação de carbono, entre outros);
42
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
• Tamanho e projeção de copa da árvore adulta;
• Crescimento rápido;
• Capacidade de rebrota; 
• Sistema radicular (raízes) não superficial;
• Baixa exigência nutricional;
• Baixa resistência ao ataque de pragas e doenças;
• Possibilidade de safra diferenciada, de forma a garantir o uso 
de mão de obra, a geração de renda em várias épocas do ano; e
• Tolerância às podas.
5. Defina as combinações
Depois de definida a área de instalação dos SAFs e levantadas as 
espécies, é necessário realizar o planejamento paraa formação de 
combinações temporais (distribuição a partir do tempo) ou com-
binações espaciais (distribuição em estratos de forma horizontal 
ou vertical).
Combinações de componentes de SAFs em 3 estratos 
43
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
5.1 Planeje as combinações temporais
No planejamento de combinações temporais, é preciso agrupar, de 
forma ordenada, os componentes (árvores e cultivos agrícolas) de 
acordo com a disposição e os ciclos de produção, levando-se em conta:
• Os diferentes ciclos de crescimento das espécies (árvores e cul-
tivos);
• O tempo de duração da combinação entre os componentes (me-
ses ou anos);
• O espaçamento entre árvores e cultivos, para o adequado ma-
nejo; e
• O manejo dos componentes quanto às podas, controle de mato, 
adubação, entre outros.
Adequação das datas de implantação dos componentes e as combi-
nações podem dar origem aos seguintes tipos de SAFs:
• SAFs simultâneos: implantação no mesmo período de tempo;
• SAFs sequenciais: implantação de acordo com uma sequência no 
tempo de plantio entre os componentes.
O componente arbóreo deve ser implantado sempre no início 
dos SAFs.
Atenção
5.2 Planeje a distribuição espacial dos 
componentes
No planejamento da distribuição espacial entre os componentes é 
necessário levar em conta:
44
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
• A distância entre as plantas escolhidas (espaçamento indicado 
para cada cultura); 
• A distribuição das plantas na área (misturadas com outros com-
ponentes, plantadas em fileiras estreitas ou faixas distantes 
umas das outras);
• A altura de cada componente (plantas crescendo lado a lado de-
vem ocupar alturas diferentes);
• A forma do sistema radicular (raízes) de cada espécie;
• Os hábitos de crescimento;
• A luz necessária para o desenvolvimento e produção de cada 
planta;
• Os tratamentos culturais previstos;
• A colheita da produção de cada componente; e
• O comportamento da cultura no tipo de clima e de solo local.
1. Sempre que possível, adote os espaçamentos indicados para 
cada cultura.
2. O êxito do modelo dos SAFs escolhidos depende da 
correta combinação de seus componentes, com base nas 
condições edafoclimáticas (relação solo, planta e clima) e nas 
oportunidades de mercado.
3. A definição dos SAFs deve prever a distribuição dos seus 
componentes, em distância e densidade adequadas, respeitando 
a tolerância à sombra das culturas escolhidas, o que é 
fundamental para as intervenções de manejo, como capina, 
poda e outros.
Atenção
45
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
6. Prepare a base para o plantio dos SAFs
A forma de implantação dos SAFs vai depender do estado da área 
selecionada, que pode ser uma gleba totalmente disponível ou outra 
onde alguma atividade está sendo desenvolvida. Para isso:
• Introduza todos componentes em áreas sem uso atual;
• Introduza componentes arbóreos em áreas agrícolas já estabe-
lecidas;
• Introduza componentes arbóreos e agrícolas em áreas já modifi-
cadas ou abandonadas (capoeiras);
• Caso as áreas estejam em uso, pode ou desbaste espécies para 
privilegiar aquelas de maior interesse; e
• Enriqueça o sistema com espécies adaptadas à região.
6.1 Defina os espaçamentos nos cultivos
Os espaçamentos devem ser considerados dentro e entre os cultivos, 
a depender do modelo escolhido dos SAFs, da arquitetura das árvores 
e da interação entre os seus componentes. Podem ser definidos com 
várias combinações diferentes entre as linhas e as mudas, recomen-
dando-se adotar, sempre que possível, os indicados para cada cultura. 
Configuração do espaçamento em SAFs
46
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
6.1.1 Defina o espaçamento entre as árvores
No caso de plantações de árvores madeiráveis, o objetivo é uma boa 
formação do fuste (parte do tronco que vai da base até o início da 
copa da árvore). Para isso, é preciso estabelecer um número maior 
de árvores com a intenção de realizar uma outra seleção das melho-
res por meio do desbaste. 
Nos SAFs, o desbaste das espécies perenes deve ser conduzido 
precocemente para atingir a densidade próxima da desejada ao final 
do ciclo do sistema, já que o crescimento inicial é mais rápido. 
Atenção
Espaçamento entre árvores no SAFs
47
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
6.1.2 Defi na o espaçamento para espécies agrícolas
As espécies agrícolas (culturas anuais e semiperenes) devem ser 
plantadas com o seu respectivo espaçamento, recomendado para 
plantio em monocultivos.
6.1.3 Faça o croqui (desenho) da área 
Com a defi nição do tipo de SAFs, das espécies a serem utilizadas e de 
seus espaçamentos, é necessário que o produtor faça um croqui do 
modelo a ser implantado.
Croqui de um SAF a ser implantado no campo
17 m
12 m
10 m
5 m
Pupunha Banana Essências fl orestais
Abacaxi Cupuaçu
48
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
O croqui pode ser feito a mão livre.
Atenção
6.2 Prepare o local de plantio
6.2.1 Faça a limpeza da área
Para a implantação de SAFs, não é recomendável a utilização de áreas 
novas, que necessitem de derrubada e queima da vegetação original. 
É importante que sejam utilizadas as áreas disponíveis de capoeiras 
jovens, usadas como pastagens ou para produção de cultivos anuais, 
e também aquelas abandonadas ou em pousio. 
• Áreas de capoeiras jovens
Nesse caso, deve ser feita a eliminação seletiva da vegetação, obje-
tivando o enriquecimento com as espécies previamente definidas 
para os SAFs.
Após as capinas da vegetação rasteira, se for o caso, o ideal é retirar 
parte da vegetação arbórea de menor porte ou não desejável, fican-
do apenas aquelas plantas selecionadas para o sombreamento das 
mudas a serem plantadas.
É fundamental consultar a legislação vigente sobre o manejo de 
capoeiras. 
Atenção
• Áreas recém usadas como pastagens ou para produção de 
cultivos anuais
Nesses casos, a limpeza da área vai depender da sua condição, poden-
do variar da simples roçagem até o manejo da vegetação secundária. 
49
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
É necessário fazer o controle de plantas que não sejam adequadas 
para o sistema.
• Áreas alteradas (abandonadas e degradadas)
6.2.2 Faça a análise do solo
a. Reúna o material 
• 2 baldes;
• Trado;
• Enxada;
• Pá de corte;
• Saquinhos plásticos; e
• Papel e caneta para anotação.
1. Para fazer a análise do solo e obter a sua interpretação, 
consulte um agente da assistência técnica que atue na região.
2. Cada balde deve ser identifi cado com a profundidade da 
amostra, de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm.
Atenção
b. Divida a área em parcelas/
glebas ou talhões
Cada tipo de solo tem suas 
particularidades, o que se 
identifi ca pela cor, vegetação, 
topografi a (alto, encosta e bai-
xada), textura (duro, barrento 
e arenoso), entre outros.
Exemplo divisão de área para coleta de 
amostras de solo
50
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
c. Escolha os pontos para amostragem
Os pontos de amostragem do terreno onde se implantará os SAFs 
devem ser escolhidos em áreas homogêneas. Para cada área, retire 
apenas uma amostra composta. 
Áreas maiores do que 20 hectares (ha) não são consideradas 
homogêneas.
Atenção
Para a composição de uma amostra composta, em áreas homogê-
neas, de até 4 ha, devem ser retiradas de 10 a 15 amostras sim-
ples. Já para áreas entre 4 e 20 ha, é preciso extrair de 20 a 25 
amostras simples.
Para representar bem a área amostrada, é necessário fazer esse pro-
cedimento em ziguezague. 
Não retire amostras embaixo de árvores, próximo a pocilgas, 
galinheiros, currais, formigueiros, cupinzeiros e em locais com 
fezes frescas ou secas de animais.
Atenção
d. Limpe o solo antes da coleta
Em cada um dos pontos de coleta, raspe o solo com a enxada, reti-
rando vegetação, folhas e pedras. 
51
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
Quandoa área for uma capoeira, mantenha os mesmos cuidados 
com a seleção dos pontos de amostragem, inclusive evitando a 
coleta embaixo de árvores.
Atenção
52
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
e. Faça a amostragem de 0 a 20 cm
Depois de introduzir o trado até 20 cm de profundidade, retire a 
amostra, colocando-a em um balde com identificação (0 - 20 cm).
f. Faça a amostragem de 20 a 40 cm
• Introduza o trado de 20 a 40 cm, retire a amostra e a coloque no 
balde identificado (20 – 40 cm); 
• Repita essa operação em cada ponto de amostragem.
A depender da espécie a ser implantada, a amostragem do solo 
pode ser estendida para a profundidade de 40 a 60 cm.
Atenção
53
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
g. Obtenha a amostra composta
• Uniformize as amostras 
simples 
Para formar as amostras com-
postas, faça a mistura (unifor-
mização) das amostras sim-
ples, que se encontram nos 
baldes. Envie essa amostra ao 
laboratório. 
A amostra composta deve ser formada para cada uma das 
profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40cm, obtendo-se, assim, 
2 amostras compostas por cada parcela/gleba ou talhão.
Atenção
h. Retire a amostra composta 
do balde
Retire do balde de 1 a 2 kg da 
amostra composta e a coloque 
num saco plástico bem limpo, 
amarrando-o. 
54
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
i. Identifique a amostra 
composta 
Em etiqueta própria, identifique 
a amostra composta com:
• Nome do produtor;
• Endereço; e
• Número da parcela/gleba 
ou talhão e a profundidade 
de coleta (0 – 20 cm ou 20 a 
40 cm).
j. Envie ao laboratório
1. Para a interpretação do resultado da análise de solo e 
recomendação das correções necessárias, consulte um agente 
de assistência técnica. 
2. Para as correções recomendadas, faça a amostragem pelo 
menos 2 meses antes do plantio.
Atenção
6.3 Faça a calagem
A calagem deverá ser feita com a aplicação de calcário dolomíti-
co, o qual, além de corrigir a acidez, eleva os teores de cálcio e 
magnésio no solo. 
55
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
1. Para a interpretação do resultado da análise de solo e 
recomendação das correções necessárias, consulte um agente 
de assistência técnica. 
2. Para as correções de acidez, faça a amostragem pelo menos 2 
meses antes do plantio.
Atenção
 
Aplicação dos corretivos de forma Aplicação dos corretivos de 
manual, com auxílio de um dosador forma mecânica
7. Adquira as mudas
Ao adquirir as mudas, é necessário que o produtor se certifique de 
que são oriundas de matrizes de boa qualidade genética e que este-
jam sadias, robustas e aclimatadas, ou seja, adaptadas aos locais de 
plantio, sendo a pleno sol, meia sombra ou sombra total. 
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
1. As mudas devem ser encomendadas e/ou produzidas com 
antecedência.
2. Devem ser adquiridas de preferência, de locais próximos às 
áreas de plantio. Grandes distâncias encarecem o transporte e, 
frequentemente, prejudicam a qualidade das mudas.
5. As mudas devem ser adquiridas de viveiros credenciados no 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
6. As mudas devem ser adquiridas já “rustificadas” (aclimatadas), 
ou seja, em condições para imediato plantio em local definitivo.
7. Caso não seja possível plantá-las de imediato, devem ser 
irrigadas e mantidas em condições climáticas semelhantes às 
de campo.
Atenção
8. Controle as pragas
8.1 Faça o controle de formigas
Em SAFs, as formigas são as principais pragas, uma vez que atacam 
constantemente as plantas em qualquer fase de desenvolvimento, 
representando a maior parte dos custos com esse tipo de controle. 
As principais espécies de formigas cortadeiras, com ocorrência na 
Amazônia, são apresentadas no Quadro 5.
57
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
Quadro 5 - Principais espécies de formigas cortadeiras com 
ocorrência na Amazônia
Espécies Nome comum Ocorrência
Atta cephalotes Saúva da mata AM, AP, MA, PA, RO e RR
Atta laevigata Cabeça de vidro AM, MA, MT, PA e RR
Atta sexdens Saúva limão do norte AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO e RR
Acromyrmex laticeps Quenquém campeira AM, MA, MT, PA e RO
Acromyrmex octospinosus Quenquém da Amazônia AM, PA e RO
Acromyrmex rugosus Formiga mulatinha MA, MT e PA
Acromyrmex subterraneus 
subterraneus
Quenquém mineira AM e MT
Para evitar a ação das formigas cortadeiras, o produtor pode fazer 
uso dos seguintes métodos de controle: 
• Mecânico
Este método de controle pode ser feito de várias maneiras. Em formi-
gueiros jovens, de até quatro meses, é possível escavar procurando 
a rainha para matá-la ou usar a aração e gradagem. Também pode 
usar barreiras para evitar que as formigas subam nas plantas, com 
cones plásticos invertidos nos troncos das árvores, tiras plásticas co-
bertas com graxa ou vaselina ao redor do tronco ou gel adesivo. 
• Cultural 
Este método consiste no plantio de gergelim, capim braquiarão, ma-
mona ou batata-doce nas bordas da cultura a ser protegida. 
• Biológico 
Realizado por aves, durante a revoada; por tatus, que escavam for-
migueiros para se alimentarem das formigas e fungos; ou pelo uso 
de faixas de vegetação nativa entre as culturas, uma vez que, na ve-
getação nativa, ficam abrigados os inimigos naturais das formigas, 
inclusive as aves.
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
• Por resistência de plantas 
Existem evidências de que algumas espécies de um mesmo gênero 
são mais resistentes do que outras ao ataque de formigas – situação 
observada, principalmente, entre espécies de eucalipto. Importante 
verificar isso também entre as nativas.
• Químico
Para o controle químico, a recomendação é o uso de iscas, de ter-
monebulização ou aplicação de formicidas em forma de pó seco. Por 
ser mais prático, barato e seguro, a isca formicida é o método mais 
utilizado para o controle.
Isca formicida distribuída no campo
A quantidade de isca formicida a ser usada em cada formigueiro 
deve ser calculada, multiplicando-se a dosagem recomendada pelo 
fabricante do formicida (geralmente de 6 a 10g) pela área ocupada 
pela terra solta do formigueiro (em metros quadrados). 
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
8.1.1 Conheça os métodos de cálculo da área do formigueiro
São dois os métodos de cálculo da área do formigueiro: da área total 
de terra solta e da área estratificada. 
Para fazer o controle do formigueiro, recomenda-se consultar um 
agente da assistência técnica que atue na região.
Atenção
• Método da área total de terra solta
Esse método é mais prático por utilizar menos mão de obra, 
embora consuma mais isca.
Atenção
É executado multiplicando-se o maior comprimento do formigueiro 
(CD) pela maior largura (AB) da área ocupada pelos montículos de 
terra solta, conforme indicado na figura a seguir.
A
C D
B
Olheiros e montículos de terra solta
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
Exemplo de cálculo de quantidade de isca pelo método da área total 
de terra solta:
Área formigueiro (m2) = CD x AB
Área do formigueiro = 7 m de comprimento (CD) X 5m de largura (AB) = 35 m²
Total de isca = área do formigueiro x quantidade de isca
Total de isca para a área de 35 m² do formigueiro = 6 g (quantidade mínima 
de isca/m²) X 35 m² = 210 g de iscas.
Portanto, para um formigueiro de 35 m², serão utilizadas 210 g de iscas.
• Método da área estratificada
Existem diversas variações desse método. A mais empregada consi-
dera cada monte de terra solta como um formigueiro. 
A área total do formigueiro é a soma das áreas individuais de cada 
monte de terra solta. 
Olheiros e montículos de terra solta
Multiplicando-se a área total do formigueiro, obtida por qualquer um 
dos dois métodos, chega-se à quantidade total de isca a ser usada 
na área.
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1. A quantidade de isca deve ser dividida pelo número de olheiros(buracos) mais ativos e aplicada a 20 cm destes ou ao lado 
dos carreiros (trilhas) mais ativos. O objetivo é aumentar a 
velocidade de transporte e a eficiência do controle.
2. Nunca coloque a isca dentro do olheiro ou sobre o carreiro. 
Se isso for feito, as formigas podem devolver o produto para 
desobstruir o canal ou limpar a trilha.
Atenção
8.1.2 Saiba como fazer o combate com uso das iscas formicidas
a. Conheça as etapas de uso da isca
O controle do formigueiro com o uso de iscas formicidas deve ser 
realizado em três etapas: controle inicial, repasse e rondas, e pode 
ser realizado pelo combate localizado ou sistemático.
• Controle inicial
O primeiro controle de formigas deve ser feito 60 dias antes do plan-
tio, com o objetivo de facilitar a localização dos olheiros.
A dosagem da isca granulada dependerá do tamanho dos formiguei-
ros e das informações contidas na bula do fabricante.
1. Nunca coloque a isca dentro do olheiro ou sobre a trilha 
ou carreiro. Se isso for feito, as formigas podem devolver o 
produto para desobstruir o canal ou limpar a trilha.
2. Para um combate eficaz, o produtor deve estender o controle 
para até 100m além da borda da área a ser plantada.
Atenção
62
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
Durante a aplicação do formicida, o operador deve usar os EPIs, 
como luvas de borracha, óculos de proteção, máscara, botas ou 
botinas com perneiras, boné árabe ou chapéu de aba larga, camisa 
e calça compridas.
Precaução
• Repasse
O repasse consiste na revisão do controle inicial e deve ser realizado 
45 dias antes do plantio da área.
• Rondas
A partir do repasse, é necessário que o produtor faça o monitora-
mento da área. Por diminuir os custos e incorporar benefícios am-
bientais, ao levar ao campo um menor uso de produtos químicos, 
trata-se de uma prática que vem se ampliando a cada dia.
Para a realização das rondas de monitoramento, é importante que 
o produtor divida a sua área de plantio de SAFs em blocos, também 
chamados de parcelas, talhões ou glebas.
As avaliações devem ser feitas por blocos. Para cada bloco são pro-
gramadas rondas em intervalos semanais no primeiro mês após o 
plantio, quinzenais nos dois meses seguintes, mensais por mais qua-
tro meses e anuais nos SAFs com mais de um ano. 
Para aplicação das iscas granuladas, consulte um agente da 
assistência técnica da região para a obtenção de receituário 
agronômico e das orientações necessárias.
Atenção
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Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no bioma amazônico
b. Conheça a forma do combate
• Combate localizado
Percorra toda a área, aplicando a isca ao lado dos carreiros.
Combate localizado
• Combate sistemático
Consiste na distribuição do formicida na área de plantio, indepen-
dentemente da localização dos formigueiros. Nesse método, a isca é 
distribuída em dosagem única por metro quadrado de área de plan-
tio (geralmente de 6 a 10 g). 
Apesar de ser um método prático, dependendo da situação, pode 
gastar mais iscas.
Atenção
64
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
8.2 Faça o controle de cupins
Os cupins são insetos mastigadores – daninhos tanto às plantações 
florestais quanto às agroflorestais. Em geral, atacam o colo, o caule 
e as raízes das plantas causando o murchamento e o secamento das 
folhas. Os danos obrigam o produtor a investir mais recursos com o 
replantio, o que gera um aumento no seu custo de produção. 
No Brasil, existem quatro famílias de cupins, constituídas em 
três grupos:
• Cupins que vivem no interior do tronco das árvores ou de ma-
deiras tratadas, não entrando, portanto, em contato com o solo;
• Cupins que constroem seus ninhos nos troncos das árvores ou 
em paus podres. Ao contrário do grupo anterior, se comunicam 
com o solo por meio de galerias (locais por onde saem em busca 
de alimento, voltando depois para o ninho); e
• Cupins que vivem em ninhos feitos no chão e que se alimentam 
de húmus.
8.2.1 Conheça os tipos e as principais espécies de cupins
• Cupins subterrâneos
 - Heterotermes tenuis e H. longiceps são os cupins que fazem ni-
nhos subterrâneos, provocando danos às raízes, ao colo e ao 
caule e prejudicando, assim, o desenvolvimento das plantas. 
Também atacam o cerne da planta, provocando perda de ma-
terial lenhoso; e
 - Synterms molestus, S. obtusus e S. insidians, espécies que, apesar 
de fazerem ninhos subterrâneos, exercem o forrageamento das 
folhas (seleção, corte e transporte de material) e o roletamento do 
caule na altura do coleto, prejudicando, desse modo, o desenvol-
vimento da planta.
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• Cupins de montículo
 - Cornitermes cumulans e C. bequaerti são aqueles que constroem 
ninhos em montículos, cuja altura varia entre 50 e 100 cm, dificul-
tando os tratos culturais e o manejo da área. Com relação ao con-
sumo de plantas, é um cupim de importância maior no início da 
implantação da cultura, podendo reduzir a área plantada. Quan-
do as plantas já estão bem desenvolvidas, causam pouco dano.
• Cupins de cerne
Os cupins de cerne Coptoterme testaceus constroem seus ninhos sub-
terrâneos, geralmente com uma conexão com a madeira. Trata-se de 
uma espécie que ataca árvores, instalando suas colônias no interior de 
seu cerne, causando perda do material lenhoso. Além disso, as plantas 
perdem sua resistência e se quebram com a ação de ventos fortes.
• Cupins de árvores
Muitas espécies de cupins constroem seus ninhos nas árvores. Mes-
mo em comunicação com o solo, é por meio de túneis que descem 
pelo tronco da árvore onde construíram sua morada. No Brasil, 
66
COLEÇÃO SENAR • Nº 199
algumas espécies de Nasutitermes têm a tendência de construir ni-
nhos em galhos de árvores, mourões ou postes. Não são muitas as 
informações a respeito do comportamento e biologia das espécies 
pertencentes a esse gênero.
8.2.2 Faça o monitoramento da infestação de 
• Cupins subterrâneos
Para o controle desses cupins, usa-se como ferramenta inicial o mo-
nitoramento da infestação, que deve ser feito por meio de amostra-
gem antes e depois do plantio.
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• Amostragem antes do plantio (pré-plantio)
a) Reúna o material; 
• Papelão ondulado (corrugado); e
• Papel e caneta.
b) Divida a área de plantio em parcelas de 50 x 50 m (2.500 m2) 
com, pelo menos, duas linhas de plantio contidas na parcela;
c) Enterre, no centro de cada parcela, pelo menos 30 dias antes 
do plantio, um rolo de papelão corrugado (term trap);
d) Realize, pouco antes do plantio, a contagem dos ninhos de 
cupim subterrâneo (montículos de terra solta) em cada parcela;
e) Desenterre o papelão e conte o número de cupins que fica-
ram aderidos;
f) Anote, no mapa de parcelas, nota 1 para aquelas que tive-
rem mais do que 1 ninho de cupim subterrâneo ou mais do 
que 10 cupins por papelão e nota 0 (zero) para as demais par-
celas; e
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COLEÇÃO SENAR • Nº 199
g) Trate as mudas a serem plantadas nas parcelas que recebe-
ram nota 1, com calda cupinicida. 
Para preparar a calda cupinicida consulte um agente da assistência 
técnica e obtenha o receituário agronômico.
Atenção
• Amostragem depois do plantio (pós-plantio)
Essa amostragem é realizada durante as rondas de monitoramento, 
depois do plantio:
a. Selecionar, ao acaso, 3% das linhas de plantio;
b. Contar, em cada linha, o número total de mudas e o número 
de mudas atacadas; e
c. Calcular a porcentagem de mudas atacadas. 
Conte o número de mudas atacadas, dividindo-o pelo total de mudas 
plantadas e multiplicando o resultado por 100.
Exemplo:
Calcular a porcentagem (%) de mudas atacadas, considerando: 
Total de mudas (TM) = 500
Número de mudas atacadas (NA) = 60
% de mudas atacadas = (NA ÷ TM) X 100 = 60 x 100 = 0,12 x 100 = 12
 500
A % de mudas atacadas é igual a 12%.
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d. Realizar

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