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06/06/2022 18:32 Obesidade infantil https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html#/un1#top 1/5 Cuidado da Criança e do Adolescente com Sobrepeso e Obesidade na Atenção Primária à Saúde | ALESSANDRA SILVA DIAS DE OLIVEIRA | ALESSANDRA PINHEIRO DA ROCHA MULDER | | ANA CAROLINA FELDENHEIMER DA SILVA | ANA MARIA CAVALCANTE DE LIMA | | ARIENE SILVA DO CARMO | CRISTIANE MARQUES SEIXAS | | GABRIELA VASCONCELLOS DE BARROS VIANNA | PAULA DOS SANTOS LEFFA | Obesidade: magnitude, principais causas e repercussões em crianças e adolescentes UN1 Conteúdo INTRODUÇÃO DA UNIDADE PRINCIPAIS CAUSAS DA OBESIDADE REPERCUSSÕES DA OBESIDADE 06/06/2022 18:32 Obesidade infantil https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html#/un1#top 2/5 INTRODUÇÃO DA UNIDADE A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como condição crônica multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, acarretando prejuízos à saúde (WHO, 2020). A prevalência de obesidade tem aumentado de maneira epidêmica entre crianças e adolescentes nas últimas quatro décadas e, atualmente, representa um grande problema de saúde pública no mundo. A partir de dados de 2006, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde/2006 (BRASIL, 2009) mostrou uma prevalência de excesso de peso em menores de cinco anos igual a 7,3%. No grupo de crianças com idade entre 5 e 9 anos, a Pesquisa de Orçamentos Familiares/2008/2009 (IBGE, 2010) identificou que, aproximadamente, uma em cada três crianças apresentava excesso de peso. No Brasil, o excesso de peso também tem aumentado em todas as faixas etárias nas últimas décadas. Ao analisar a tendência temporal do excesso de peso entre os anos de 1989, 1996 e 2006, foi observado que houve um aumento de 160% na prevalência de crianças menores de 5 anos com excesso de peso, com um aumento médio de 9,4% ao ano (SILVEIRA et al, 2013). Essa pesquisa evidenciou que, entre 1974- 1975 e 2008-2009, houve incremento significativo das prevalências de obesidade de 2,9% para 16,6% entre meninos, e de 1,8% para 11,8% entre meninas de 5 a 9 anos de idade. Entre adolescentes, a prevalência de excesso de peso aumentou em seis vezes no sexo masculino (de 3,7% para 21,7%) e em quase três vezes no sexo feminino (de 7,6% para 19,4%). Considerando todas as crianças brasileiras menores de dez anos, estima-se que 6,4 milhões tinham excesso de peso e 3,1 milhões tinham obesidade. Ao considerar todos os adolescentes brasileiros, estimou-se que 11 milhões tinham excesso de peso e 4,1 milhões tinham obesidade. Principais causas da obesidade A obesidade entre crianças e adolescentes é resultado de uma série complexa de fatores. Acompanhe a seguir os principais fatores relacionados à obesidade nessa fase do curso da vida. Os genes apresentam papel relevante na obesidade, em especial na infância. Crianças com ambos os pais com obesidade, apresentam cerca de dez vezes mais chances de 06/06/2022 18:32 Obesidade infantil https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html#/un1#top 3/5 desenvolverem obesidade quando comparadas à crianças com pais que apresentam peso adequado (WHITAKER, 2010). A base genética dessa associação se refere a atuação do hipotálamo sobre o controle do apetite e o acúmulo de gordura. Os fatores genéticos podem levar a um aumento no risco do excesso de peso em crianças, por meio do que os pesquisadores e profissinais de saúde chamam de epigenética. Acompanhe no infográfico a seguir alguns fatores comportamentais e individuais relacionados à obesidade (DEAL et al.,2020). Dentre os fatores ambientais, chamamos de ambiente obesogênico aquele promotor ou facilitador de escolhas alimentares não saudáveis e de comportamentos sedentários, os quais dificultam a adoção e manutenção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física. Acompanhe uma informação importante sobre o aumento da prevalência da obesidade clicando no ícone O problema se associa às políticas sociais e econômicas nas áreas de agricultura, planejamento urbano, meio ambiente, processamento, transporte, distribuição e comercialização de alimentos e não apenas ao comportamento das crianças, de adolescentes e de seus pais e responsáveis. Para o cuidado da obesidade, além do apoio aos indivíduos por meio de abordagens educativas e comportamentais, é fundamental a adoção de políticas intersetoriais para reverter a natureza obesogênica dos locais onde as crianças e os adolescentes vivem (SWINBURN et al., 2019). Repercussões da obesidade A obesidade ocasiona agravos importantes à vida de crianças e adolescentes e sobrecarrega o SUS com altos custos relacionados ao tratamento de suas complicações. A obesidade infantil está associada a uma maior chance de morte prematura, manutenção da obesidade e incapacidade na idade adulta. Também está relacionada com dificuldades respiratórias, aumento de agravos ósteo articulares, HAS, marcadores precoces de doenças cardiovasculares, resistência à insulina, câncer e efeitos psicológicos, como baixa autoestima, transtornos alimentares, etc (WHO, 2020). Deste modo, as repercussões da obesidade acontecem em toda a fase de crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente e podem per-manecer a curto, médio e longo prazo. As principais consequências da obesidade em crianças e adolescentes ao longo da vida são de diversas ordens, englobando fatores psicológicos e biológicos. Conheça a seguir alguns destes fatores. 06/06/2022 18:32 Obesidade infantil https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html#/un1#top 4/5 Considerando os múltiplos efeitos do excesso de peso em crianças e adolescentes, que podem se estender ao longo da vida, é fundamental que os profissionais de saúde identifiquem e abordem esse problema para que possam atuar na prevenção das suas consequências. O excesso de peso tem origem multifatorial e complexa, exigindo das equipes de saúde intervenções que disponham de uma abordagem multiprofissional e intersetorial. Além disso, é mediado por fatores distais, mediais e proximais. Acompanhe a seguir cada um deles. No conjunto de fatores proximais, no microssistema, são contemplados os aspectos genéticos e antecedentes perinatais, bem como o comportamento alimentar, a prática de atividade física e o comportamento sedentário, fatores relacionados à saúde mental e sono. O fomento da alimentação saudável e atividade física na escola, além da exposição à violência, seja ela presenciada ou sofrida no âmbito doméstico ou mesmo externa, como no caso do bullyng, também compõem esses fatores. Conheça os fatores proximais clicando no ícone a seguir. 06/06/2022 18:32 Obesidade infantil https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html#/un1#top 5/5 PROXIMAIS MICROSSISTEMA: Família/Moradia/Escola Nos fatores mediais, que pertencem ao mesossistema, estão incluídas as condições socioeconômicas da família, os aspectos culturais, a disponibilidade e acesso aos alimentos, os cuidados com a alimentação da infância desde o nascimento, a disponibilidade de serviços de atenção à saúde com ações voltadas para o excesso de peso, além da influência das mídias e ambiente em que vivem. Confira os fatores mediais clicando no ícone a seguir. MEDIAIS MESOSSISTEMA: Ambiente (Escola/Serviço de saúde, pares...) Dentre os fatores distais, situados no exossistema, destacam-se políticas, programas e ações públicas que tenham como objetivo promover ambientes saudáveis, por meio do incentivo à alimentação adequada e saudável e à prática de atividade física. Tais iniciativas estão relacionadas à regulação da publicidade abusiva, controle de agrotóxicos e demais aditivos alimentares e à venda de alimentos ultraprocessados, além das políticas sociais estruturantes e intersetoriais. Essas políticas envolvem ações relacionadas àeducação, lazer, abastecimento, transportes e a economia. Conheça detalhadamente cada um dos fatores distais, listados anteriormente, clicando no ícone a seguir. DISTAL EXOSSISTEMA: Político/Estrutural Diante da relevância do problema da obesidade infantil e seus impactos na saúde das crianças e adolescentes, o MS lançou a Campanha de Prevenção e Controle da Obesidade Infantil e firmou acordo com diversas instituições. Acompanhe um vídeo sobre esta campanha clicando no ícone Considerando a relevância e magnitude do sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, foi publicado o Instrutivo para o Cuidado da criança e do adolescente com sobrepeso e obesidade no âmbito da APS. Conheça o material na íntegra clicando no ícone O material é destinado a apoiar e qualificar o trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde na oferta do cuidado para crianças e adolescentes que foramdiagnosticados com sobrepeso e obesidade segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) por idade. Apresenta recomendações de cuidado para crianças e adolescentes baseadas em cinco grandes estratégias focadas na alimentação saudável, aliada a uma vida mais ativa à redução do tempo em atividades sedentárias, aos cuidados com o sono e à saúde mental. As recomendações aqui apresentadas podem beneficiar todas as crianças e os adolescentes que frequentam as unidades de saúde, assim como o monitoramento do crescimento e desenvolvimento, independentemente do estado nutricional. Agora que você já conheceu os principais aspectos sobre a magnitude, causas e repercussões do excesso de peso para a saúde das crianças e adolescentes, vamos estudar a seguir como deve ser feito o diagnóstico do excesso de peso nesta faixa etária. https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MjA1OA== https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1216709/mod_resource/content/29/Moodleface/sobre_o_curso.html https://unasus-quali.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1221401/mod_resource/content/3/build/index.html
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