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Inflamação

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Reação do organismo que ocorre quando há 
infecção ou lesão do tecido; 
 Função: eliminar microrganismos e reparar o dano; 
 Tipos de inflamação: 
o Não infecciosa: causada por dano no tecido ➝ 
queimaduras e pancadas; 
o Infecciosa: causada por microrganismos; 
 A inflamação é uma resposta protetora que envolve 
células do hospedeiro, vasos sanguíneos, proteínas 
e outros mediadores ➝ objetiva eliminar a causa da 
lesão celular, bem como as células e tecidos 
necróticos que resultam da lesão original; 
 Componentes da reação inflamatória que destroem 
e eliminam micróbios e tecidos mortos também são 
capazes de lesar tecidos normais ➝ a lesão pode 
coexistir com as reações inflamatórias benéficas; 
 Mediadores inflamatórios: produzidos a partir de 
proteínas plasmáticas que reagem com 
microrganismos ou tecidos lesados; 
o Agem nos vasos sanguíneos nas vizinhanças e 
promovem a saída do plasma e o recrutamento 
dos leucócitos circulantes para o local onde o 
agente lesivo está; 
 Sinais cardinais/Sinais flogísticos da inflamação: 
calor (aquecimento), rubor (vermelhidão), tumor 
(inchaço), dor (dolor) e perda de função; 
o São consequência das alterações vasculares e do 
recrutamento e ativação dos leucócitos; 
 Normalmente é controlada e autolimitada; 
 Células e mediadores são ativados apenas em 
resposta à lesão e, como têm vida curta, são 
degradados ou tornam-se inativos quando o agente 
agressor é eliminado; 
 
 O objetivo da reação inflamatória é trazer moléculas 
e células de defesa do hospedeiro que normalmente 
circulam no sangue, para o local da infecção ou da 
lesão tecidual; 
 Células residentes das paredes vasculares e células 
e proteínas da matriz extracelular (MEC) também 
estão envolvidas na inflamação e no reparo; 
 Função protetora: dilui, destrói ou neutraliza os 
agentes nocivos (micróbios e toxinas); 
 Na ausência de inflamação, as infecções 
prosseguiriam sem controle e não ocorria o 
processo de cicatrização; 
 A reação inflamatória e o processo subsequente de 
reparo podem causar danos; 
 
 
 De início rápido; 
 Curta duração (poucos minutos a poucos dias); 
 Características: exsudação de líquido e proteínas 
plasmáticas, e acúmulo de leucócitos (neutrófilos); 
 Estímulos de iniciação: 
o Infecções (bactérias, vírus, fungos e 
parasitas); 
o Trauma (corte e penetração) e agentes 
químicos e físicos (lesão térmica - 
queimaduras ou frio profundo; irradiação; 
toxicidade de algumas substâncias químicas 
ambientais); 
o Necrose tecidual - isquemia (infarto do 
miocárdio) e lesão química ou física.; 
o Corpos estranhos (farpas, poeira, suturas e 
depósitos de cristais); 
o Reações imunológicas (reações de 
hipersensibilidade); 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Aumento do fluxo sanguíneo resultante da 
vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular ➝ intuito de levar células sanguíneas e 
proteínas para os sítios de infecção ou lesão; 
 Alterações nos vasos sanguíneos iniciam-se 
rapidamente após lesão ou infecção; 
 Após vasoconstrição transitória (dura segundos), 
ocorre vasodilatação das arteríolas ➝ resulta em 
aumento do fluxo sanguíneo e abertura dos leitos 
capilares 
 A expansão vascular causa vermelhidão (eritema) e 
calor; 
 A microcirculação torna-se mais permeável ➝ 
perda de líquido rico em proteínas para os tecidos 
extravasculares ➝ as hemácias ficam mais 
concentradas, aumentando a viscosidade do sangue 
e diminuindo a velocidade da circulação; 
 Microscopia: presença de numerosos pequenos 
vasos dilatados com hemácias ➝ estase; 
 Estase ➝ faz com que leucócitos (neutrófilos) se 
acumulem na superfície endotelial vascular ➝ 
marginação; 
 Acarreta a saída de líquido rico em proteínas e 
células sanguíneas para tecidos extravasculares; 
o Provoca aumento da pressão osmótica do líquido 
intersticial, levando a maior efluxo de água do 
sangue para os tecidos; 
o Exsudato: acúmulo do líquido rico em 
proteínas; típicos da inflamação; 
 Se distinguem dos transudatos ➝ são 
acúmulos de líquido intersticial, causados 
pelo aumento da pressão hidrostática como 
consequência da redução do retorno 
 venoso; contêm baixas concentrações 
de proteína e pouca ou nenhuma célula 
sanguínea; se acumulam em várias 
condições não inflamatórias; 
 Edema: acúmulo de líquido nos espaços 
extravasculares - o líquido pode ser transudato ou 
exsudato; 
 Causas: 
o Contração de célula endotelial ➝ forma 
lacunas intercelulares nas vênulas pós-capilares; 
ocorre rapidamente após a ligação da histamina, 
bradicinina, leucotrienos e outros mediadores 
químicos aos receptores específicos; curta 
duração (15-30 minutos); 
 Retração mais lenta e prolongada das 
células endoteliais, resultante de alterações 
do citoesqueleto, pode ser induzida por 
citocinas (TNF e IL-1) - pode perdurar por 
24 horas ou mais); 
o Lesão endotelial ➝ resultando em 
extravasamento vascular ➝ necrose e 
desprendimento da célula endotelial; 
 Vista em lesões graves (queimaduras e 
algumas infecções); 
 O extravasamento começa imediatamente 
após a lesão e persiste por várias horas (ou 
dias) até que os vasos danificados sejam 
trombosados ou reparados; 
 Células endoteliais podem ser lesadas em 
consequência do acúmulo de leucócitos na 
parede do vaso ➝ leucócitos ativados 
liberam mediadores tóxicos que podem 
causar lesão ou desprendimento endotelial; 
o Aumento da transcitose de proteínas através 
de canais formados pela fusão de vesículas 
intracelulares aumenta a permeabilidade das 
vênulas devido a exposição a mediadores - fator 
de crescimento endotelial vascular (VEGF). 
o Extravasamento de novos vasos sanguíneos 
➝ reparo do tecido envolve a formação de novos 
vasos (angiogênese); 
 O fluxo da linfa é aumentado e auxilia a drenagem 
do fluido do edema, dos leucócitos e restos celulares 
do espaço extravascular; 
 Reações inflamatórias mais severas ➝ vasos 
linfáticos podem transportar o agente lesivo; 
 Vasos linfáticos podem inflamar secundariamente 
(linfangite), bem como os linfonodos de drenagem 
(linfadenite); 
 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Os leucócitos são recrutados da luz vascular 
(sangue) para o espaço extravascular; 
 Sequência de eventos: 
1. Marginação e rolagem ao longo da parede do 
vaso; 
2. Aderência firme ao endotélio; 
3. Transmigração entre as células endoteliais; 
4. Migração para os tecidos intersticiais, em 
direção a um estímulo quimiotático 
 Rolagem, aderência e transmigração: mediadas 
pela interação das moléculas de adesão nas 
superfícies dos leucócitos e do endotélio; 
 Marginação e Rolamento: 
o Sangue flui dos capilares para as vênulas pós-
capilares ➝ células circulantes são deslizadas 
pelo fluxo laminar contra a parede do vaso; 
o Eritrócitos menores tendem a se mover mais 
rápido do que grandes leucócitos ➝ leucócitos 
são empurrados para fora da coluna axial ➝ 
interação com células endoteliais de 
revestimento, especialmente quando ocorre a 
estase; 
o Marginação: acúmulo de leucócitos na 
periferia dos vasos; 
o Células endoteliais expressam moléculas de 
adesão às quais os leucócitos aderem; 
o Rolamento: leucócitos destacam-se e rolam na 
superfície endotelial, aderindo 
transitoriamente; 
 Adesões rápidas e transitórias envolvidas 
na rolagem são mediadas pelas moléculas 
de adesão da família das selectinas ➝ 
receptores expressos nos leucócitos e no 
endotélio contendo um domínio 
extracelular que se liga a açúcares; 
 E-selectina (CD62E): expressa nas 
células endoteliais; 
 P-selectina (CD62P): presente no 
endotélio e nas plaquetas; 
 L-selectina (CD62L): superfície da 
maioria dos leucócitos; 
 
 Adesão: 
o Leucócitos em rolagem são capazes de sentir 
as mudanças no endotélio que iniciam a 
próxima etapa na reação ➝ firmeadesão; 
o Mediada pelas integrinas - expressas nas 
membranas plasmáticas dos leucócitos, em 
estado de baixa afinidade, e não aderem a seus 
ligantes apropriados até que os leucócitos 
sejam ativados pelas quimiocinas; 
o Quando os leucócitos aderentes encontram as 
quimiocinas, as células são ativadas e suas 
integrinas sofrem mudanças conformacionais, 
agrupam-se e convertem-se a um estado de alta 
afinidade; 
o Outras citocinas (TNF e a IL-1) ativam as 
células endoteliais para aumentar sua 
expressão de ligantes para integrinas; 
 Ligantes: 
 ICAM-1 (molécula 1 de adesão 
intercelular): se liga às integrinas 
LFA-1 (CD11a/ CD18) e antígeno 
macrófago 1 (Mac-1 CD11b/CD18); 
 VCAM-1 (molécula 1 de adesão 
vascular): se liga à integrina VLA-4; 
 Alterações do citoesqueleto dos 
leucócitos: regulam a firme adesão às 
células endoteliais nos locais da 
inflamação; 
 Transmigração: 
o Diapedese: após a aderência, os leucócitos 
migram pela parede do vaso, espremendo-se 
entre as células ao nível das junções 
intercelulares ➝ ocorre principalmente nas 
vênulas da circulação sistêmica. 
o A migração dos leucócitos é orientada pelas 
quimiocinas ➝ estimulam a movimentação 
dos leucócitos em direção a seus gradientes ; 
o PECAM-1 (molécula de aderência 
plaquetária): também chamada CD31 ➝ 
molécula de adesão celular expressa em 
leucócitos e células endoteliais - medeia os 
eventos de ligação necessários para os 
leucócitos atravessarem o endotélio; 
o Após a passagem pelo endotélio, os leucócitos 
secretam colagenases que degradam 
focalmente a membrana basal dos vasos, 
atravessando-a; 
 Quimiotaxia: 
o Quimiotaxia: os leucócitos migram em 
direção ao local da lesão ou infecção, ao longo 
de um gradiente químico; 
o Substâncias exógenas e endógenas que atuam 
como fatores quimiotáticos para os leucócitos: 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Produtos bacterianos, particularmente os 
peptídeos com terminal N-formil-
metionil; 
 Citocinas, especialmente as pertencentes 
à família das quimiocinas; 
 Componentes do sistema complemento, 
em particular o C5; 
 Produtos da via da lipoxigenase do 
metabolismo do ácido araquidônico (AA), 
particularmente o leucotrieno B4 (LTB4); 
o As moléculas quimiotáticas se ligam a 
receptores específicos na superfície celular ➝ 
início da montagem dos elementos contráteis 
do citoesqueleto - necessários para a 
movimentação; 
o Leucócitos se movem projetando pseudópodes 
➝ ancoragem na MEC ➝ puxam a célula na 
direção da projeção ➝ leucócitos se movem 
para os sítios; 
o Neutrófilos predominam no infiltrado 
inflamatório nas primeiras 6-24 horas (são 
abundantes no sangue e respondem 
rapidamente às quimiocinas) ➝ substituição 
por monócitos em 24-48 horas (após a entrada 
nos tecidos, os neutrófilos sofrem apoptose 
rapidamente); 
 Exceções: 
 Infecções por Pseudomonas: o 
infiltrado celular se dá pelo 
recrutamento contínuo de neutrófilos, 
por vários dias; 
 Infecções virais: linfócitos são as 
primeiras células a chegarem; 
 Algumas reações de 
hipersensibilidade: eosinófilos 
podem predominar; 
 
 Estímulos para a ativação: microrganismos, 
produtos das células necróticas e mediadores; 
 Receptores presentes nas superfícies dos leucócitos 
induzem respostas que são parte das suas funções 
normais de defesa ➝ ativação leucocitária; 
 Efeitos da ativação leucocitária: 
o Fagocitose de partículas; 
o Destruição intracelular de micróbios e células 
mortas fagocitados, por substâncias produzidas 
nos fagossomos; 
o Liberação de substâncias ➝ destruição de 
micróbios extracelulares e células mortas; 
o Produção de mediadores - citocinas e 
metabólitos do ácido araquidônico ➝ 
amplificam a reação inflamatória por 
recrutamento e ativação de mais leucócitos; 
 Etapas: 
o Distintas, mas inter-relacionadas; 
1. Reconhecimento e fixação da partícula ao 
linfócito fagocítico; 
2. Engolfamento e formação do vacúolo 
fagocítico; 
3. Destruição e degradação do material ingerido; 
 Leucócitos se ligam e ingerem os microrganismos e 
células mortas através de receptores de superfície 
específicos ➝ reconhecimento de opsoninas que 
revestem os micróbios e os tornam alvos para a 
fagocitose – opsonização; 
 Principais opsoninas: 
o Anticorpos da classe IgG - se ligam às 
superfícies do antígeno microbiano; 
o Produtos de degradação da proteína C3 do 
complemento; 
o Colectinas (lectinas de ligação a carboidratos) - 
se ligam aos grupamentos de açúcares da parede 
celular dos microrganismos; 
o Estão presentes no sangue, prontas para revestir 
os micróbios, ou são produzidas em resposta aos 
micróbios; 
 Principais receptores de opsoninas (nos 
leucócitos): receptor Fc para IgG (FcgRI); 
receptores para os fragmentos 1 e 3 do 
complemento (CR1 e CR3); e receptores de C1q 
para as colectinas; 
 
A ligação de partículas opsonizadas desencadeia o 
engolfamento e induz a ativação celular que aumenta a 
degradação dos micróbios ingeridos; 
 
No engolfamento, os pseudópodes se estendem em 
torno do objeto, formando um vacúolo fagocítico; 
A membrana do vacúolo se funde com a membrana de 
um grânulo lisossômico 
 
Liberação do conteúdo do grânulo dentro do 
fagolisossoma. 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
Destruição e degradação dos microrganismos 
fagocitados: 
 Finalização da fagocitose: destruição e 
degradação das partículas ingeridas; 
 Ocorre produção de substâncias microbicidas 
dentro dos lisossomas e fusão dos lisossomas com 
os fagossomas; 
 Principais substâncias microbicidas: espécies 
reativas do oxigênio (ERO) e enzimas lisossômicas 
 Etapas da produção de ERO: 
o Fagocitose e engajamento de receptores 
celulares ➝ surto oxidativo/burst respiratório 
➝ súbito aumento do consumo de oxigênio, do 
catabolismo do glicogênio (glicogenólise), do 
aumento da oxidação de glicose e da produção 
de ERRO; 
o Geração de metabólitos do oxigênio ➝ resulta 
da rápida ativação de uma NADPH-oxidase de 
leucócito (oxidase de fagócito) ➝ oxida o 
NADPH (fosfato de dinucleotídeo de 
nicotinamida-adenina reduzido) e converte o 
oxigênio em íon superóxido (O2-); 
o Superóxido é convertido em peróxido de 
hidrogênio (O2- + 2H+ → H2O2); 
o Atuam como radicais livres e destroem os 
micróbios; 
o As quantidades produzidas de H2O2 são 
geralmente insuficientes para destruir a maioria 
das bactérias ➝ os lisossomas dos neutrófilos 
(grânulos azurófilos) contêm a enzima 
mieloperoxidase (MPO), que, na presença de um 
haloide como o Cl−, converte H2O2 em HOCl- 
(radical hipocloroso); 
o HOCl-: oxidante e agente antimicrobiano que 
destrói bactérias por halogenação ou por 
oxidação de proteínas e lipídios; 
o Os produtos finais reativos são gerados, 
principalmente, no interior das vesículas, não 
danificando o próprio fagócito; 
o O H2O2 é degradado pela catalase em água e O2; 
outras ERO também são degradadas; 
o Espécies reativas do nitrogênio atuam do mesmo 
modo que as espécies reativas do oxigênio; 
 Microrganismos mortos são então degradados pela 
ação de hidrolases ácidas lisossômicas 
o Elastase: enzima lisossômica mais importante; 
 Componentes dos grânulos dos leucócitos são 
capazes de destruir patógenos infecciosos; 
o Proteína bactericida - aumenta a permeabilidade 
(causando ativação da fosfolipase e degradação 
dos fosfolipídios da membrana); 
o Lisozima - causa degradação do revestimento de 
oligossacarídeos das bactérias; 
o Proteína básica principal - grânulo do eosinófilo; 
citotóxica para os parasitas; 
o Defensinas - peptídeos que destroem micróbios 
criando poros em suas membranas; 
 
 Os mecanismos microbicidas dos fagócitos estão 
contidos no interior dos fagolisossomas para 
proteger os leucócitos de danos a si próprios; 
 Leucócitos secretam ativamente componentes 
granulares; 
 Mecanismos de secreção dos leucócitos: Vacúolo fagocítico pode permanecer 
transitoriamente aberto antes do fechamento 
completo do fagolisossoma (regurgitação durante o 
engolfamento); 
 Se as células encontrarem materiais que não possam 
ser facilmente ingeridos, a fagocitose é frustrada e 
ocorro ativação leucocitária e liberação de enzimas 
lisossômicas no espaço extracelular; 
 
 Redes fibrilares extracelulares, produzidas pelos 
neutrófilos em resposta a patógenos infecciosos 
(principalmente bactérias e fungos) e mediadores 
inflamatórios (quimiocinas, citocinas, proteínas do 
complemento e ERO); 
 Armadilhas fornecem substâncias antimicrobicidas 
nos locais da infecção e impedem a disseminação 
dos micróbios prendendo-os nas fibrilas; 
 No processo, os núcleos dos neutrófilos são 
perdidos, levando à morte; 
 NETs estão presentes em neutrófilos sanguíneos 
durante sepse; 
 A cromatina nuclear nas NETs (histonas e DNA 
associado) é fonte de antígenos nucleares nas 
doenças sistêmicas autoimunes (lúpus); 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Resolução completa: as reações inflamatórias, 
uma vez que tenham sucesso na neutralização e 
eliminação do estímulo injuriante, devem terminar 
com a restauração do local da inflamação ao 
normal; 
o É o resultado quando a injúria é eliminada ou de 
curta duração ou quando houve pouca destruição 
tecidual e as células parenquimatosas 
danificadas podem se regenerar; 
o Envolve a remoção dos restos celulares e 
micróbios pelos macrófagos e a reabsorção do 
fluido de edema pelos linfáticos; 
 Cura pela substituição do tecido conjuntivo 
(fibrose): ocorre após destruição do tecido, quando 
a injúria inflamatória envolve tecidos incapazes de 
regeneração ou quando existe exsudação abundante 
de fibrina no tecido e cavidades serosas (pleura, 
peritônio) que não podem ser adequadamente 
limpas; 
o O tecido conjuntivo cresce para dentro de áreas 
de dano ou exsudato, convertendo-se em uma 
massa de tecido fibroso – organização; 
 Progressão da resposta para inflamação crônica: 
pode se seguir à inflamação aguda, ou a resposta 
pode ser crônica desde o início; 
o A transição aguda para crônica ocorre quando a 
resposta inflamatória aguda não pode ser 
resolvida, como resultado de persistência do 
agente injuriante ou de alguma interferência com 
o processo normal de cura; 
o Exemplo: pneumonia (inflamação aguda) → 
abscesso pulmonar crônico (inflamação 
crônica); 
 Aminas vasoativas: Histamina e Serotonina 
 Têm importantes ações nos vasos sanguíneos; 
 São armazenadas como moléculas pré-formadas 
nas células e estão entre os primeiros mediadores a 
serem liberados durante a inflamação; 
 Mastócitos: fontes ricas de histamina; presentes 
no tecido conjuntivo adjacente aos vasos 
sanguíneos; 
o Histamina também é encontrada nos basófilos 
do sangue e nas plaquetas; 
 A desgranulação (liberação da histamina dos 
grânulos dos mastócitos) é estimulada por: injúria 
física (trauma), frio ou calor; ligação de anticorpos 
aos mastócitos, (reações alérgicas); fatores do 
complemento chamados de anafilatoxinas (C3a e 
C5a); proteínas liberadoras de histamina derivadas 
de leucócitos; neuropeptídeos (substância P) e 
citocinas (IL-1, IL-8); 
 Histamina: causa dilatação das arteríolas e 
aumenta a permeabilidade das vênulas; 
o Principal mediador da fase transitória imediata 
do aumento na permeabilidade vascular; 
o Efeitos vasoativos são mediados pela ligação a 
receptores H1 nas células endoteliais 
microvasculares; 
 Serotonina (5-hidroxitriptamina): mediador 
vasoativo pré-formado com ações similares às da 
histamina; 
o Presente nas plaquetas e em certas células 
neuroendócrinas do trato gastrointestinal 
(células enterocromafins); 
o Sua liberação é estimulada quando as plaquetas 
se agregam após o contato com colágeno, 
trombina, difosfato de adenosina e complexos 
antígeno-anticorpo; 
o A reação de liberação das plaquetas, que é o 
componente-chave da coagulação, também 
resulta em permeabilidade vascular aumentada; 
 
 Metabólitos do Ácido Araquidônico (AA): 
Prostaglandinas, Leucotrienos e Lipoxinas 
 Também chamados de eicosanoides; 
 Quando as células são ativadas pelos estímulos, tais 
como produtos microbianos e vários mediadores da 
inflamação, o AA da membrana é rapidamente 
convertido pelas ações de enzimas para produzir 
prostaglandinas e leucotrienos; 
 Servem como sinais intra ou extracelulares para 
uma variedade de processos biológicos - inflamação 
e hemostasia. 
 Estímulos mecânicos, químicos e físicos ou outros 
mediadores (C5a) liberam AA da membrana 
fosfolipídica através da ação de fosfolipases 
celulares (fosfolipase A2); 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 Sinais bioquímicos para ativação da fosfolipase 
A2: aumento no Ca2+ citoplasmático e ativação de 
cinases em resposta a estímulos externos; 
 São sintetizados por duas classes principais de 
enzimas: ciclo-oxigenases (geram as 
prostaglandinas) e lipoxigenases (produzem os 
leucotrienos e lipoxinas); 
 Se ligam aos receptores acoplados à proteína G em 
vários tipos celulares e podem mediar virtualmente 
cada passo da inflamação; 
 Prostaglandinas (PGs): são produzidas pelos 
mastócitos, macrófagos, células endoteliais e outros 
tipos celulares; 
o Envolvidas em reações vasculares e sistêmicas 
da inflamação; 
o Produção: pela ação das ciclooxigenases - 
constitutivamente expressa COX-1 e enzima 
induzida COX-2; 
o São divididas em séries baseadas em 
características estruturais codificadas por uma 
letra (PGI, PGE, PGF, PGG e PGH) e por um 
número subscrito (indica o número de duplas 
ligações no composto); 
o Principais na inflamação: PGE2, PGD2, 
PGF2α, PGI2 (prostaciclina) e o TXA2 
(tromboxano); 
o TXA2 (tromboxano): agente agregante 
plaquetário e vasoconstritor; é instável e 
rapidamente convertido à sua forma inativa 
TxB2; 
o Prostaciclina (PGI2): vasodilatadora; inibidor 
da agregação plaquetária; 
o Desequilíbrio tromboxano-prostaciclina → 
evento inicial na formação do trombo nos vasos 
sanguíneos coronários e cerebrais; 
o PGD2: principal prostaglandina produzida pelos 
mastócitos; 
 Quimioatraente para neutrófilos; 
 PGD2 + PGE2 → causa vasodilatação e 
aumenta a permeabilidade das vênulas pós-
capilares → formação de edema; 
o PGF2α: estimula a contração do músculo liso 
uterino e brônquico e de pequenas arteríolas; 
o Prostaglandinas estão envolvidas na patogenia 
da dor e febre na inflamação 
o PGE2: é hiperalgésica - torna a pele 
hipersensível ao estímulo doloroso; 
 Envolvida na febre induzida por citocina nas 
infecções; 
 Leucotrienos: secretados principalmente pelos 
leucócitos; 
 5-lipoxigenase: lipoxigenase predominante nos 
neutrófilos; 
o Converte o AA a ácido 5-
hidroxieicosatetraenoico, que é quimiotático 
para neutrófilos e é o precursor dos leucotrienos; 
 LTB4: agente quimiotático e ativador de 
neutrófilos, causando agregação e adesão das 
células ao endotélio vascular, geração de ERO e 
liberação de enzimas lisossômicas; 
 Leucotrienos C4, D4 e E4 (LTC4, LTD4, LTE4) 
que contêm cisteinil, causam vasoconstrição, 
broncoespasmo (importante na asma) e 
permeabilidade vascular aumentada; 
o Extravasamento vascular → restrito às vênulas; 
 Leucotrienos são mais potentes que a histamina em 
aumentar a permeabilidade vascular e causam 
broncoespasmo; 
 Lipoxinas: também são geradas a partir do AA pela 
via da lipoxigenase, mas, ao contrário das 
prostaglandinas e leucotrienos, as lipoxinas são 
inibidores da inflamação; 
o Ações: inibem o recrutamento dos leucócitos e 
os componentes celulares da inflamação; inibem 
a quimiotaxia e a adesão dos neutrófilos ao 
endotélio; 
 Relação inversa entre a produção de lipoxina e 
leucotrienos → as lipoxinas podem ser reguladores 
negativos endógenos dos leucotrienos e podem ter 
um papel na resolução dainflamação; 
 
 Fator Ativador de Plaquetas (PAF) 
 Mediador derivado de fosfolipídio; 
 Fator que causa agregação plaquetária; 
 Vários tipos celulares podem elaborar o PAF em 
suas duas formas (secretada e ligada à célula) - 
plaquetas, basófilos, mastócitos, neutrófilos, 
macrófagos e células endoteliais; 
 Causa vasoconstrição e broncoconstrição; 
 Em concentrações extremamente baixas, induz 
vasodilatação e aumento na permeabilidade 
venular; 
 Causa aumento na adesão dos leucócitos ao 
endotélio, quimiotaxia, desgranulação e explosão 
oxidativa; 
 Ou seja, pode provocar a maioria das reações 
vasculares e celulares da inflamação; 
 Auxilia na síntese de outros mediadores; 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
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 Espécies Reativas de Oxigênio 
 Podem ser liberados extracelularmente dos 
leucócitos após a exposição a micróbios, 
quimiocinas e imunocomplexos ou em seguida ao 
estímulo fagocítico; 
 Sua produção é dependente da ativação do sistema 
NADPH oxidase; 
 Sua liberação extracelular em baixos níveis pode 
aumentar a expressão de quimiocinas (IL-8), 
citocinas e moléculas de adesão de leucócito 
endoteliais, amplificando a resposta inflamatória; 
 A função fisiológica desses ERO nos leucócitos é 
de destruir os micróbios fagocitados, mas a 
liberação desses potentes mediadores pode ser 
danosa ao hospedeiro 
 Implicados nas seguintes respostas na inflamação: 
o Dano celular endotelial, com aumento na 
permeabilidade vascular → neutrófilos 
aderentes ativados produzem suas próprias 
espécies tóxicas e estimulam a produção de ERO 
nas células endoteliais; 
o Injúria a outras células (células 
parenquimatosas, hemácias); 
o Inativação de antiproteases → leva à atividade 
da protease não bloqueada, com destruição 
aumentada da matriz extracelular; 
 Nos pulmões, essa inibição contribui para a 
destruição dos tecidos elásticos – enfisema; 
 Soro, fluidos teciduais e células do hospedeiro 
possuem mecanismos antioxidantes que protegem 
contra estes radicais derivados do oxigênio 
potencialmente perigosos; 
o Antioxidantes: enzima superóxido dismutase; 
enzima catalase (destoxifica o H2O2); glutationa 
peroxidase (destoxificante de H2O2); proteína 
sérica contendo cobre ceruloplasmina; e fração 
livre de ferro do soro, transferrina; 
 A influência dos ERO nas reações inflamatórias, 
depende do balanço entre a produção e a inativação 
desses metabólitos pelas células e tecidos; 
 
 Óxido Nítrico (NO) 
 Fator liberado das células endoteliais que causa 
vasodilatação; 
 Fator de relaxamento derivado do endotélio; 
 Produzido por células endoteliais, macrófagos e 
alguns neurônios; 
 Age de maneira parácrina em células-alvo através 
da indução do monofosfato cíclico da guanosina, 
que inicia uma série de eventos intracelulares 
levando a uma resposta - relaxamento das células 
musculares lisas vasculares; 
 Meia vida do NO in vivo é somente de segundos → 
age somente em células muito próximas de onde ele 
é produzido; 
 Sintetizado a partir da L-arginina pela enzima óxido 
nítrico sintase (NOS); 
 Tipos diferentes de NOS: endotelial (eNOS), 
neuronal (nNOS) e induzida (iNOS); 
o eNOS e nNOS: expressas em baixos níveis; 
ativadas rapidamente por um aumento no Ca2+ 
citoplasmático; 
o iNOS: é induzida quando os macrófagos e 
outras células são ativados pelas citocinas (TNF, 
IFN-γ) ou produtos microbianos; 
 Dupla ação na inflamação: relaxa o músculo liso 
vascular e promove a vasodilatação, contribuindo 
então para a reação vascular, mas ele também pode 
ser um inibidor do componente celular das respostas 
inflamatória; 
 Reduz a agregação e adesão plaquetárias, inibe 
várias características da inflamação induzida pelos 
mastócitos e inibe o recrutamento de leucócitos; 
 Ações inibitórias → produção de NO é um 
mecanismo endógeno para o controle das respostas 
inflamatórias; 
 É um mediador da defesa do hospedeiro contra a 
infecção; 
 Sistemas da Coagulação e das Cininas: 
 A inflamação e a coagulação sanguínea 
frequentemente são interlaçadas, com cada uma 
promovendo a outra; 
 O sistema da coagulação é dividido em duas vias 
que convergem, culminando na ativação da 
trombina e na formação de fibrina; 
o Via intrínseca → série de proteínas plasmáticas 
que podem ser ativadas pelo fator de Hageman 
(fator XII) - proteína sintetizada pelo fígado que 
circula na forma inativa; 
o O fator XII é ativado no contato com superfícies 
carregadas negativamente - quando a 
permeabilidade vascular aumenta e as proteínas 
plasmáticas extravasam para o espaço 
extravascular e entram em contato com o 
colágeno ou quando ele entra em contato com as 
membranas basais expostas como resultado de 
dano endotelial; 
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o O fator XII sofre uma mudança conformacional, 
tornando-se o fator XIIa (ativo); 
 Inflamação: aumenta a produção de fatores da 
coagulação, torna a superfície endotelial pró-
trombogênica, e inibe os mecanismos de 
anticoagulação, promovendo a coagulação; 
 Trombina: produto da coagulação, promove 
inflamação pelo engajamento dos receptores 
ativados por proteases (PARs); 
 PARs: receptores acoplados à proteína G que são 
expressos nas plaquetas, células endoteliais e 
musculares lisas e outros tipos celulares; 
 O engajamento dos PAR-1 pelas proteases 
(trombina) dispara respostas que induzem a 
inflamação → mobilização de P-selectinas; 
produção de quimiocinas e outras citocinas; 
expressão de moléculas de adesão endotelial para 
integrinas dos leucócitos; indução da ciclo-
oxigenase-2 e produção de prostaglandinas; 
produção de PAF e NO, e mudanças no formato 
endotelial → recrutamento de leucócitos e reações 
da inflamação; 
 Cininas: peptídeos vasoativos derivados do 
cininogênio; 
o Fator XIIa: converte a pré-calicreína 
plasmática na forma proteolítica ativa (enzima 
calicreína), que quebra o cininogênio para 
produzir a bradicinina; 
o Bradicinina: aumenta a permeabilidade 
vascular e causa contração do músculo liso, 
dilatação dos vasos sanguíneos e dor (quando 
injetada na pele); 
o Ação da bradicinina é de curta duração → é 
rapidamente inativada pela cininase; 
o Qualquer cinina remanescente é inativa da 
durante a passagem do plasma através do 
pulmão pela enzima conversora de angiotensina; 
 Calicreína: ativador do fator de Hageman → 
amplificação autocatalítica do estímulo inicial; 
o Quimioatraente; 
o Converte diretamente o C5 ao produto 
quimioatraente C5a; 
 Ao mesmo tempo em que o fator XIIa induz a 
formação do coágulo de fibrina, ele ativa o sistema 
fibrinolítico → contrabalança a coagulação pela 
quebra da fibrina, solubilizando o coágulo; 
 Bradicinina, C3a e C5a (como mediadores da 
permeabilidade vascular aumentada); C5a (como 
mediador da quimiotaxia) e trombina (que tem 
efeitos nas células endoteliais e em muitos outros 
tipos celulares) são os mais importantes in vivo. 
 C3a e C5a podem ser gerados por: reações 
imunológicas envolvendo anticorpos e 
complemento (via clássica); ativação das vias 
alternativas e do complemento da lectina por 
micróbios, na ausência de anticorpos; agentes não 
diretamente relacionados às respostas imunes - 
plasmina, calicreína e serinas proteases encontradas 
nos tecidos normais. 
 Fator de Hageman ativado (fator XIIa) inicia quatro 
sistemas envolvidos na resposta inflamatória: 
sistema de cininas (produz cininas vasoativas); 
sistema da coagulação (induz a formação de 
trombina - propriedades inflamatórias); sistema 
fibrinolítico (produz plasmina e degrada fibrina 
para produzir fibrinopeptídeos, que induzem a 
inflamação); sistema complemento (produz 
anafilatoxinas e outros mediadores); 
 
 Mais insidiosa; 
 Duração longa (dias a anos); 
 Características: influxo de linfócitos e macrófagos 
com proliferação vascular associada e fibrose 
(cicatrização); Inflamação, injúria tecidual e tentativas de reparo 
coexistem em variadas combinações; 
 Decorrente de uma inflamação aguda ou pode 
iniciar insidiosamente, como uma resposta de baixo 
grau e latente; 
 Morfologia: infiltração com células mononucleares 
(induzem macrófagos, linfócitos e células 
plasmáticas); destruição tecidual; tentativas de cura 
pela substituição do tecido danificado por tecido 
conjuntivo; 
 Infecções persistentes por micro-organismos que 
são difíceis de erradicar → reação de 
hipersensibilidade; resposta inflamatória algumas 
vezes tem padrão específico reação 
granulomatosa;
 Doenças inflamatórias imunomediadas → 
reações imunes se desenvolvem contra os tecidos do 
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próprio indivíduo resultando em dano tecidual 
crônico e inflamação;
 Inflamação crônica como resultado de respostas 
imunes não reguladas contra micróbios → 
respostas imunes contra substâncias ambientais são 
a causa das doenças alérgicas;
 Exposição prolongada a agentes potencialmente 
tóxicos, exógenos ou endógenos → sílica quando 
inalada por um tempo prolongado resulta na 
silicose;
o Aterosclerose → processo inflamatório 
crônico induzido por componentes 
lipídicos endógenos e tóxicos do plasma;
 Sistema mononuclear fagocítico → células 
intimamente relacionadas com origem na medula 
óssea; 
 Podem ser ativados por vários estímulos → 
produtos microbianos que ocupam o TRLs e outros 
receptores celulares, citocinas secretadas pelos 
linfócitos T sensibilizados e por células assassinas 
naturais (NK) e outros mediadores químicos; 
 Produtos dos macrófagos ativados: eliminam o 
agente injuriante e iniciam o processo de reparo, e 
são responsáveis por parte da injúria tecidual na 
inflamação crônica; 
 Sua ativação resulta em níveis aumentados de 
enzimas lisossômicas e espécies reativas de 
oxigênio e nitrogênio e na produção de citocinas, 
fatores de crescimento e outros mediadores da 
inflamação; 
 A destruição tecidual pode ativar a cascata 
inflamatória → inflamações aguda e crônica podem 
coexistir em certas circunstâncias; 
 Na inflamação crônica, o acúmulo de macrófagos 
persiste como resultado do recrutamento contínuo a 
partir da circulação e proliferação local até o sítio 
da inflamação; 
 
 Estimulados por antígeno → usam pares de 
molécula de adesão (selectinas, integrinas e seus 
ligantes) e quimiocinas para migrar para os locais 
inflamatórios; 
 Macrófagos expõem antígenos a células T e 
produzem moléculas de membrana e citocinas que 
estimulam as respostas da célula T → macrófagos 
ativados produzem citocinas que recrutam e ativam 
macrófagos → via bidirecional; 
 
 Se desenvolvem a partir dos linfócitos B ativados; 
 Produzem anticorpos direcionados ou contra 
antígenos persistentes estranhos ou próprios no 
local inflamatório ou contra componentes teciduais 
alterados; 
 
 Abundantes nas reações imunes mediadas por 
IgE e em infecções parasitárias; 
 Possuem a proteína básica principal → tóxica 
para parasitos; pode causar lise de células epiteliais 
dos mamíferos; 
 Distribuídos nos tecidos conjuntivos e participam 
de ambas reações inflamatórias (aguda e crônica); 
 Reconhecem especificamente o antígeno e as 
células desgranulam-se e liberam mediadores -
histamina e prostaglandinas; 
 Secretam uma pletora de citocinas → nas 
inflamações crônicas promovem e limitam as 
reações inflamatórias em diferentes situações; 
 
 Embora neutrófilos sejam característicos de 
inflamação agudas, muitas formas de inflamação 
crônica continuam a mostrar grande números de 
neutrófilos - induzidos por micróbios persistentes 
ou por mediadores produzidos pelos macrófagos e 
linfócitos T; 
 Padrão distinto de inflamação crônica; 
 Granuloma: esforço celular para conter um agente 
agressor que é difícil de erradicar → ativação dos 
linfócitos T → ativação de macrófagos → pode 
causar injuria aos tecidos normais; 
 Granulomas de corpo estranho: são incitados por 
corpos estranhos relativamente inertes; 
o Formam-se em torno de materiais (talco, suturas 
ou outras fibras) que sejam grandes o suficiente 
para impedir a fogocitose por um único 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
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macrófago e não incitarem nenhuma resposta 
inflamatória ou imune; 
 Granulomas imunes: causados por agentes 
capazes de induzir a resposta imune mediada por 
células; 
 Granulomas se formam: 
o Nas respostas persistentes de células T a 
certos microrganismos (Mycobacterium 
tuberculosis, T. pallidum ou fungos) → as 
citocinas derivadas de célula T são responsáveis 
pela ativação crônica do macrófago; 
 Tuberculose: doença granulomatosa 
causada por infecção; 
o Em doenças inflamatórias imunomediadas; 
 Doença de Crohn; 
o Na sarcoidose (doença de etiologia 
desconhecida); 
o Em resposta a corpos estranhos 
relativamente inertes (sutura ou farpa) → 
granulomas de corpos estranhos; 
 
 Resposta de fase aguda: mudanças sistêmicas 
associadas com a inflamação aguda; 
o Reação às citocinas estimulada por produtos - 
LPS e outros estímulos inflamatórios; 
 Elevação da temperatura corporal (1 a 4 graus); 
 Uma das manifestações mais proeminentes na 
resposta da fase aguda; 
 Produzida em resposta a pirogênios - atuam 
estimulando a síntese de prostaglandina nas células 
vasculares e perivasculares do hipotálamo; 
 Produtos bacterianos (LPS; chamado pirogênio 
exógeno) estimulam os leucócitos a liberarem 
citocinas, como IL-1 e TNF (chamados pirogênios 
endógenos), que aumentam os níveis de 
cicloxigenases que convertem o AA em 
prostaglandinas; 
 No hipotálamo, as prostaglandinas (PGE2), 
estimulam a produção de neurotransmissores que 
reajustam a temperatura em nível mais alto; 
 
 Proteínas plasmáticas são sintetizadas 
principalmente no fígado; 
 Na inflamação aguda, suas concentrações podem 
aumentar 100 vezes; 
 Proteína C reativa (CRP), fibrinogênio e 
proteína amiloide A sérica (SAA); 
 Síntese é estimulada por citocinas (IL-6); 
 CRP e SAA podem se ligar às paredes celulares 
microbianas e podem atuar como opsoninas e fixar 
o complemento → eliminação dos micróbios; 
 Fibrinogênio: se liga às hemácias e induz a 
formação de pilhas que sedimentam mais 
rapidamente na força da gravidade do que hemácias 
individuais → base da medida da velocidade de 
sedimentação de hemácias (VSH) como teste para a 
resposta inflamatória sistêmica; 
 
 Leucocitose: nº de leucócitos acima do normal; 
característica comum das reações inflamatórias - 
infecções bacterianas; 
o Contagem de leucócitos sobe para 15.000-
20.000 células/ml (normal é de 4.500-10.000); 
pode alcançar níveis de 40.000-100.000 
células/ml → leucemoides (semelhantes às 
contagens na leucemia); 
o Ocorre devido à liberação acelerada de células 
da medula óssea; 
o Está associada a elevação do número de 
neutrófilos imaturos no sangue (“desvio para a 
esquerda”); 
 Infecção prolongada: estimula a produção de 
fatores estimuladores de colônia (CSFs) → 
aumento da saída de leucócitos da medula óssea → 
mecanismo de compensação para a perda dessas 
células na reação inflamatória; 
 Neutrofilia: aumento da contagem de neutrófilos; 
 Linfocitose: aumento de linfócitos; 
o Infecções virais - mononucleose infecciosa, 
caxumba e sarampo; 
 Eosinofilia: aumento de eosinófilos; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
o Asma brônquica, febre do feno e infestações 
parasitárias; 
 
 Exceções: 
 Leucopenia: número reduzido de leucócitos 
circulantes - devido ao sequestro de linfócitos nos 
linfonodos, induzido por citocinas; 
o Febre tifoide e infecções causadas por alguns 
vírus, riquétsias e certos protozoários; 
 
 Aumento da frequência cardíaca e da pressão 
arterial; 
 Redução da sudorese - devida ao redirecionamento 
do fluxo sanguíneo para os leitos vasculares 
cutâneos profundos,a fim de diminuir a perda de 
calor através da pele; 
 Tremores, calafrios (percepção de frio porque o 
hipotálamo ajusta a temperatura); 
 Anorexia, sonolência e mal-estar - devido às ações 
das citocinas nas células cerebrais; 
 Em infecções bacterianas graves (sepse), a grande 
quantidade de produtos bacterianos no sangue ou no 
tecido extravascular estimula a produção de enorme 
quantidade de várias citocinas (TNF, IL-12 e IL-1) 
→ altos níveis de TNF causam coagulação 
intravascular disseminada (CID) e distúrbios 
metabólicos (acidose e choque hipotensivo); 
o Choque séptico: bradicardia, hipotensão, 
hipotermia; 
 
 ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e 
Molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
 ROBBINS & COTRAN: Patologia - Bases 
patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. 
 KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e 
Cotran. Patologia: Bases Patológicas das 
Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 CRID. Jovem Imunologista – Inflamação – 2ª 
Aula. Disponível em: 
<http://crid.fmrp.usp.br/site/2014/09/25/imunologi
a-nas-escolas-inflamacao-2a-aula/>.

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