Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DE CASCAVEL – PR PROCESSO: 0001234-28.2020.8.16.0021 AUTOR (ES): FULADO DE TAL RÉU (S): CICLANO DE TAL LAUDO PERICIAL PERITO AMANDA DEPARIS ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 070796/D PERITO AMANDA MATTJE RIBEIRO ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 150895/D PERITO JOCEELYN CARLA DOS SANTOS ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 170720/D PERITO NATÁLIA THAIS KLIEMANN ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 160754/D PERITO RENATA FABRIS ROCHA ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 140720/D CASCAVEL – PR 2020 Página 4 de 19 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização do objeto da perícia 4 Figura 2 - Localização do objeto da perícia 4 Figura 3 - Localização do objeto da perícia 10 Figura 4 - Localização do objeto da perícia 10 Figura 5 - Indicando dimensões mínimas de verga e contra verga 10 Figura 6 - Eflorescência viga baldrame na garagem 11 Figura 7 - Eflorescência viga baldrame na garagem 11 Figura 8 - Descolamento por pulverulência 12 Figura 9 - Descolamento por pulverulência 12 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Matriz GUT 9 Quadro 2 - Correlação entre Método GUT e Criticidade do Grau de Risco 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 1.1 H ISTÓRICO 5 1.2 OBJETIVO DOS TRABALHOS PERICIAIS 5 1.3 DESCRICAÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA 5 1.4 INFORMAÇÕES GERAIS 7 2. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS PERICIAIS 7 2.1 METODOLOGIA 7 2.1.1 Nível de inspeção 8 2.1.2 Critérios de risco 8 2.1.3 Equipamentos utilizados 10 2.2 TRABALHOS PERICIAIS 10 2.1.1 Mapeamento dos problemas identificados 10 2.1.2 Fissura 10 2.1.3 Infiltração 12 2.1.3 Descolamento por pulverulência 13 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 3.1 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO JUIZ 14 3.2 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO AUTOR 15 3.3 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO RÉU 15 3.4 CONCLUSÃO 16 4 ENCERRAMENTO 17 5 REFERÊNCIAS 18 6 ANEXOS 19 1. INTRODUÇÃO 1.1 HISTÓRICO De acordo com os autos do processo 0001234-28.2020.8.16.0021 a Autora relata que em fevereiro do ano de 2018 contratou a empresa Ré para realizar a execução do projeto da sua residência, a obra teve duração de 6 meses. Após 2 anos da conclusão da obra a mesma vem apresentando problemas patológicos, tais como, fissuras, infiltrações e descolamentos com pulverulência. A Autora alega que esses problemas patológicos interferem na estética, desvalorizam a residência deixando a mesma com valor inferior ao do mercado, e influencia também na segurança dos que residem na mesma, ocasionando preocupações da autora quanto a estabilidade da edificação. Logo ao verificar essas ocorrências a Autora ainda alega que entrou em contato com a empresa Ré porém não obteve resposta. Não havendo conciliação entre as partes foram nomeados os Peritos para elaboração do laudo pericial e auxílio na elucidação da causa. 1.2 OBJETIVOS DOS TRABALHOS PERICIAIS O objetivo do presente laudo é a constatação e análise de manifestações patológicas existentes no imóvel, realizadas através de averiguações, descrevendo as manifestações patológicas detectadas na edificação laudada, provenientes de erros de execução, vício construtivo e a ausência e um profissional responsável realizando a fiscalização. Com o propósito de esclarecer ao juiz a real situação em que se encontra o imóvel, auxiliando-o na tomada de sua decisão, bem como respondendo os quesitos formulados. As análises, opiniões e conclusões expressas no presente são baseadas em dados, diligências, pesquisas e levantamentos verificados in loco. 1.3 DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA Imovél residencial, localizado na Rua Cabral esquina com a Rua Paraíba nº320, bairro Centro, Quadra 07, Lote nº 01/A, na cidade de Marechal Candido Rondon-PR. Podemos observar na Figura 1 o terreno onde se localiza a presente edificação, conforme mapa da área urbana de Marechal Candido Rondon-PR. Figura 1: Localização do objeto da perícia Fonte: Google Maps (2020) A edificação está localizada em uma zona que tem características residenciais, a via tem pavimentação asfáltica, com serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto. Podemos observar na Figura 2 a fachada frontal da edificação laudada. Figura 2: Localização do objeto da perícia O objeto da perícia trata-se de edificação que teve ínicio da sua construção em fevereiro de 2018 e término em agosto de 2018, possuindo 2 anos de uso até então. Trata-se de um imóvel residencial, sobre um lote com área de 400 m², com térreo de 103,11 m² e pavimento superior com 62,15m². O método construtivo da edificação se enquadra na alvenaria convencional compõem-se por vigas, pilares e lajes de concreto armado. Estes elementos fazem parte da estrutura para sustentação da edificação e a alvenaria de blocos cerâmicos, que tem a função de vedar e separar ambientes. A residência se divide no térreo em garagem para 2 carros com 34,99 m², área de lazer com 9,14 m², varanda de 4,25 m², uma lavanderia com 5,55 m², um banheiro social com 3,57 m², uma cozinha com 16,46 m², uma sala de estar com 12,41 m². No piso superior tem uma suíte com 17,94 m², com sacada 4,56 m², um banheiro social com 4,72 m² e dois quartos, um com 11,84 m² e outro com 8,87 m². 1.4 INFORMAÇÕES GERAIS A vistoria na edificação foi realizada pelos Peritos e Engenheiras Civis Amanda Deparis, Amanda Mattje Ribeiro, Joceelyn Carla dos Santos, Natália Thais Kliemann e Renata Fabris Rocha no endereço Rua Cabral esquina com a Rua Paraíba nº320, bairro Centro, Quadra 07, Lote nº 01/A, na cidade de Marechal Candido Rondon-PR, no dia 17/08/2020, com ínicio às 13:30 h e término às 15:30 h, na qual foram analisadas e registradas as anomalias existentes. 2. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS PERICIAIS 2.1 METODOLOGIA Foi realizada a constatação de manifestações patológicas existentes no imóvel através de vistoria in loco na edificação, visando descrever as manifestações patológicas na edificação laudada, estando a mesma voltada para o enfoque da segurança e manutenção predial, de acordo com as diretrizes da Norma de Inspeção Predial do IBAPE – 2012 e da Norma de Manutenção em Edificações NBR 5674:1999, identificando possíveis a erros de execução e a ausência de fiscalização por parte do profissional responsável. A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e falhas de manutenção que interferem e prejudicam o estado de utilização do prédio e suas instalações, tendo como objetivo verificar os aspectos de desempenho, vida útil, utilização e segurança que tenham interface direta com os usuários. 2.1.1 Nível de inspeção Classificação da inspeção predial quanto a sua complexidade e elaboração de laudo, consideradas as características técnicas da edificação, manutenção e operação existentes e necessidade de formação de equipe multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis de inspeção predial podem ser classificados em nível 1, nível 2 e nível 3. A inspeção foi classificada como inspeção de nível 1, inspeção predial realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos. Normalmente empregada em edificações com planos de manutenção muito simples ou inexistentes. A inspeção predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma especialidade. representada por análise expedita dos fatos e sistemas construtivos vistoriados, com a identificação de suas anomalias e falhas aparentes. Elaborada por cinco profissionais habilitados, contando com orientação técnica pertinente. 2.1.2 Critérios de risco A elaboração desse laudo de inspeção predial baseia-se na análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, diante das condições técnicas, de uso, operação e manutenção da edificação, bem como da natureza da exposição ambiental. A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes de uma edificação, quanto ao seu grau de risco relacionadocom fatores de manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de vida útil e perda de desempenho. Segundo Rocha (2016), para a determinação da gravidade, leva-se em conta a intensidade do dano, classificado de 1 (um) a 5 (cinco), em que o menor número condiz a uma manifestação patológica sem gravidade e o maior a uma manifestação patológica de gravidade extrema. Com relação ao grau de urgência, 1 (um) não representa rapidez e 5 (cinco) requer ação imediata. Para tendência, 1 (um) significa que não vai piorar e 5 (cinco) vai piorar rapidamente. O valor resultante da operação G x U x T é utilizado para eleger o problema que necessita ser analisado primeiro. No Quadro 1, pode-se observar as considerações para a definição da gravidade, urgência e tendência. Quadro 1: Matriz GUT MATRIZ GUT Pontos G U T GxUxT Gravidade Consequência se nada for feito. Urgência Prazo para tomada de decisão. Tendência Proporção do problema no futuro. 5 Os prejuízos ou dificuldades são extremamente graves É necessária uma ação imediata. Se nada for feito, o agravamento da situação será imediato. 4 Muitos Graves Com alguma urgência. Vai piorar em curto prazo. 3 Graves O mais cedo possível. Vai piorar em médio prazo. 2 Pouco Graves Pode esperar um pouco. Vai piorar em longo prazo. 1 Sem Gravidade Não tem pressa. Não vai piorar ou pode até melhorar. Fonte: Rocha (2016) – adaptado Para a definição do risco que o problema representa para os usuários da edificação será considerada a correção com a gravidade do método GUT. Sendo assim, será considerado a metodologia proposta por Rocha (2016), conforme pode se observar no Quadro 2. Quadro 2: Correlação entre Método GUT e Criticidade do Grau de Risco RISCO (CMB) GRAVIDADE (GUT) Crítico 5 4 Médio 3 Baixo 2 1 Fonte: Rocha (2016) Este critério será utilizado para definir o grau de risco oferecido pelas anomalias e falhas ao usuário da edificação e seu entorno. 2.1.3 Equipamentos utilizados Os dados obtidos para a elaboração do laudo foram colhidos através de visita técnica a edificação em questão, onde foi realizado um quantitativo das anomalias encontradas, bem como o grau de intensidade apresentado. Os mesmos foram registrados através de anotações manuais, e registros fotográficos. Como se tratava de uma inspeção sem grande complexidade técnica e não havendo a necessidade de teste de laboratório, os equipamentos utilizados para coleta dos dados foram relativamente simples, basicamente compostos por: · Prancheta acrílica; · Caneta historiográfica, azul e vermelha; · Celular com câmera de alta resolução; · Trena; · Folha sulfite para anotações. 2.2 TRABALHOS PERICIAIS 2.1.1 Mapeamento dos problemas identificados 2.1.2 Fissuras Caso as vergas sejam executadas em desacordo com a NBR 8545:1984 ou não sejam executadas, surge a fissura que acompanha o canto da janela ou porta partindo do vértice, como pode ser observado no destaque da Figuras 3 e 4 na parte inferior da janela. Figura 3 e 4: Localização do objeto da perícia Após análise, classificação e conclusão das possíveis causas, as características desta patologia indicam um grau de risco médio pelo método GUT, as fissuras não apresentam risco da estrutura, porém, podem causar desconforto aos usuários, além de propiciar o surgimento de novas manifestações patológicas, como infiltrações. De acordo com a NBR 8545:1984 – “Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos, as vergas devem exceder a largura do vão de pelo menos 20 cm de cada lado e devem ter a altura mínima de 10 cm”, conforme podemos observar na Figura 5. Figura 5: Indicando dimensões mínimas de verga e contra verga Fonte: Autora (2020). Na Figura 5, tem-se o modelo da correta execução dos elementos verga e contra verga, ficando bem característica a ausência ou desconformidade dos elementos na edificação laudada. 2.1.3 Infiltração Foram identificados pontos de destacamento da pintura e eflorescência conforme Figuras 6 e 7, decorrentes da ausência ou aplicação incorreta de impermeabilização na viga baldrame. Figura 6 e 7: Eflorescência viga baldrame na garagem Após análise, classificação e conclusão das possíveis causas, as características desta patologia indicam um grau de risco baixo pelo método GUT. Segundo a NBR 9575:2010 – Impermeabilização - Seleção e Projeto, a impermeabilização deve ser projetada cumprindo algumas aplicações. Uma delas é a impermeabilização da forma correta na viga baldrame. A ausência ou aplicação incorreta de impermeabilização na viga baldrame pode acarretar diversos problemas, como manchas de bolor, fungos e mofo na parede à uma altura normalmente de 50 cm, e como pode-se observar nas Figuras 6 e 7 o descascamento da pintura. Uma solução para esse tipo de problema frequente é apontada por Ripper (1995) e consiste na substituição da impermeabilização, parcial ou completa, conforme a descrição a seguir: a) Executar cortes na alvenaria de 15 cm de altura (uma ou duas fiadas) ao longo de toda a base da alvenaria em trechos de 1 m de comprimento e espaçados em 80 cm um do outro; b) Retirar o material da impermeabilização deficiente, limpar e regularizar a superfície (alicerce ou viga baldrame); c) Aplicar duas camadas de feltro asfáltico, colados com asfalto oxidado a quente ou uma camada de butil ou similar em toda a extensão do rasgo; d) Aplicar uma camada de proteção de argamassa de cimento e areia de 1:4 e reconstruir a alvenaria encunhada em 80 cm do trecho de 1m deixando 10 cm para cada lado para o transpasse; e) Executar os rasgos nos trechos de 80 cm alternados e repetir os passos anteriores, inclusive sobre o transpasse; f) Retirar o revestimento úmido até 60 cm de altura, tanto internamente como externamente; g) Deixar secar a alvenaria, protegendo-a contra intempéries; h) Executar o revestimento interno com argamassa comum (emboço) e externamente com argamassa aditivada de impermeabilizante; i) Carbonatação completa. 2.1.4 Descolamento por pulverulência Foram identificados pontos de descolamento do revestimento conforme podemos observar nas Figuras 8 e 9. Figura 8 e 9: Descolamento por pulverulência Após análise, classificação e conclusão das possíveis causas, as características desta patologia indicam um grau de risco baixo pelo método GUT. Caracteriza uma argamassa fríavel, cujo sinal mais frequente de pulverulência é a desagregação da argamassa ao ser pressionada manualmente. Normalmente, segundo Barros et.al. (1997), a película de tinta destaca-se juntamente com a argamassa que se desagrega com facilidade. Um dos principais fatores é o excesso de cal. A má escolha de um produto e a má preparação da mistura, outro fator é a areia muito fina empregada na massa e o excesso de água. Fatores que quando misturados de forma inadequada e de maneira exagerada ou a falta de balanceamento do traço, resulta em uma falta de pasta aglomerante para envolver a mistura dos agregados, o que implica o descolamento do reboco. A solução é reparar a área do reboco pulverulento, aplicando uma nova camada com traço correto. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 3.1 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO JUIZ Quesito 1 – Quais são os danos presentes na edificação? Resposta: Na vistoria da edificação foi encontrada uma fissura, infiltração e descolamento da pintura, conforme as páginas 9, 10, 11 e 12. Quesito 2 – Os danos presentes na edificação aconteceram por qual motivo? Resposta: Os problemas são originados por falhas na execução, e provavelmente, por falta de um profissional responsável na execução da obra, conforme explicado nas páginas 9, 10, 11 e 12. Quesito 3 – Os problemas identificados tem relação com os materiais utilizados na obra? Resposta: Sim, conforme a página 12 e 13, o manuseamento incorreto dos materiais pode ter originado o descolamento da pintura na parede. Quesito 4 – A edificação é segura para utilização? Resposta: Conforme analisados e julgados e pela metolologia GUT, os danos são de baixoà médio risco, portanto, não interferem na segurança da edificação (páginas 10, 11 e 12). Quesito 5 – Os danos são passíveis de reparo? Resposta: São sugeridos reparos para a infiltração e o descolamento da pintura, conforme apresentado nas páginas 11 e 13. Pórém, para a correção da fissura escontrada por falta de contraverga, a solução é refazer a alvenaria de vedação de acordo com a norma, que especifica que as vergas devem exceder a largura do vão de pelo menos 20 cm de cada lado e devem ter a altura mínima de 10 cm. 3.2 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO AUTOR Quesito 1 – Teve o acompanhamento de um profissional responsável na execução da obra? Resposta: Possivelmente não. Quesito 2 – A edificação terá que ser desocupada para a realização dos reparos? Resposta: Não. Apenas o cômodo que há falta de contraverga terá que ser desocupado para os devidos reparos. Quesito 3 – Foram tomadas as medidas necessárias durante a execução da obra para que evitassem os problemas presentes da edificação? Resposta: Não. Conforme as páginas 10, 11 e 12 podemos perceber a falta de contraverga e de impermeabilização da edificação, assim como o manuseio incorreto dos materiais na obra. 3.3 RESPOSTAS AOS QUESITOS DO RÉU Quesito 1 – Foi constatado alguma reforma na edificação recentemente? Resposta: Não. Quesito 2 – Foram realizados testes/ensaios que atestam a origem dos problemas? Resposta: Não. Essas manifestações patológicas não requerem ensaios mais aprofundados para a detecção da origem dos fatores. Quesito 3 – Os danos poderiam ser causados pelo mau uso da estrutura? Resposta: Não. Pois todos os problemas presentes na edificação são de origem da execução da obra, conforme explicado nas páginas 10, 11 e 12, sendo que o mau uso não causaria essas manifestações patológicas. Quesito 4 – Os danos poderiam ser causados por falta de manutenção da estrutura? Resposta: Não. Pois todos os problemas presentes na edificação são de origem da execução da obra, conforme explicado nas páginas 10, 11 e 12, sendo que a manutenção não evitaria o aparecimento dos problemas. 3.4 CONCLUSÃO Conclui-se que, as manifestações presentes na edificação prejudicam diretamente a sua vida útil, a sua estética, e consequentemente, seu valor de mercado. Os problemas apresentados neste laudo são originados da execução da obra, não sendo possível identificá-los no ato da entrega do imóvel, pois geralmente se manifestam depois de alguns meses ao término da obra. No entanto, se adiados os reparos na edificação, os mesmos podem piorar ao longo do tempo e trazerem mais prejuízos ao proprietário. 4 ENCERRAMENTO Encerrando os trabalhos periciais este laudo contém 19 páginas incluindo os anexos. Sendo registrado sob responsabilidade técnica da ART número 123.456/D (ANEXO 4). Cascavel – PR, 20 de agosto de 2020. PERITO AMANDA DEPARIS ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 070796/D PERITO AMANDA MATTJE RIBEIRO ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 150895/D PERITO JOCEELYN CARLA DOS SANTOS ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 170720/D PERITO NATÁLIA THAIS KLIEMANN ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 160754/D PERITO RENATA FABRIS ROCHA ENGENHEIRA CIVIL, CREA-PR 140720/D 5 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8545 - Alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos – requisitos. Rio de Janeiro, 1984. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674/1999 - Manutenção de edifícios. Rio de Janeiro, 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: Impermeabilização: Seleção e Projeto de Impermeabilização. 2010. BARROS, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H. Tecnologia construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticiais. Notas de aula. São Paulo: USP,1997. IBAPE (Nacional. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) - Norma de Inspeção Predial, 2012. RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1995. 168p. ROCHA, M. S. Inspeção Predial e Auditoria Predial. Curso. Fortaleza: IBRAENG, 2016. 6 ANEXOS ANEXO 1 – Croqui da edificação ANEXO 2 – Relatório fotográfico ANEXO 3 – Mapeamento dos problemas ANEXO 4 - ART ANEXO 5 - Proposta de Honorários Página 10 de 14 ANEXO 1 - CROQUI DA EDIFICAÇÃO Página 13 de 15 ANEXO 2 – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ANEXO 3 – MAPEAMENTO DOS PROBLEMAS ANEXO 4 – ART ANEXO 5 – PROPOSTA DE HONORÁRIOS DEMONSTRAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS PROCESSO: 0000.2020.03.45-1996 ÓRGÃO: 1º VARA CÍVEL REQUERENTE: MARIA DE OLIVEIRA REQUERIDO: PL ENGENHARIA 1. HONORÁRIOS ESPECIFICAÇÃO Pedido de honorários e início perícia/carga/devolução/carga Análise dos Autos/Documentos e Relatórios Diligências Elaboração dos cálculos Reuniões com Representantes das Partes Elaboração do Laudo Revisão e entrega do Laudo TOTAL HORAS Estimadas Aplicadas R$/HORA 2,00 - 453,00 6,00 - 453,00 3,00 - 453,00 4,00 - 453,00 5,00 - 453,00 10,00 - 453,00 2,00 - 453,00 32,00 - - TOTAL R$ 906,00 2.718,00 1.359,00 1.812,00 2.265,00 4.530,00 906,00 14.496,00 2. MATERIAL ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE VALOR TOTAL Estimada Aplicada Unitário R$ Impressões 19,00 - 0,50 9,50 Encadernação 1,00 - - 5,00 TOTAL - - - 14,50 RESUMO Honorários 14.496,00 Material aplicado 14,50 Outros custos TOTAL 14.510,00
Compartilhar