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WBA0323_v1.0 INSPEÇÃO PREDIAL APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas Leitura crítica: Gisele Vitor de Oliveira Martin Olá, aluno! Nesta disciplina, você é convidado a aprender sobre as principais metodologias de elaboração de uma inspeção em edificações. Para tal, é necessário conhecer algumas informações cruciais. Primeiramente, vamos estudar sobre os aspectos básicos da engenharia diagnóstica, entendendo sobre as inspeções prediais e suas metodologias. Ainda, veremos que dentro dela existem diversas ferramentas, como consultoria, perícia, auditoria, inspeção, vistoria e avaliação, cada qual com objetivos e metodologias específicos. Em seguida, veremos os principais elementos de uma edificação, começando pelos estruturais, com suas características aparentes e ocultas. Discutiremos também sobre os elementos de vedação, suas características e funcionalidades. Além disso, estudaremos sobre os revestimentos e as fachadas, seus componentes e suas características, e sobre os sistemas de impermeabilização e sua importância na estanqueidade das edificações. Por fim, falaremos dos sistemas hidráulicos, estruturais e elétricos. 3 Em todos esses aspectos, discutiremos suas principais manifestações patológicas, suas identificações, bem como suas possíveis correções. Assim, garantiremos o entendimento dos elementos necessários para a realização de uma inspeção predial e, ainda, prepararemos você para as disciplinas complementares do curso. Bons estudos! INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Metodologia da Inspeção Predial ______________________________________________________________ Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin 5 DIRETO AO PONTO Antes mesmo de iniciarmos o principal conteúdo de nossos estudos, precisamos entender qual o verdadeiro significado de uma inspeção predial. Muitos leigos acreditam que inspeção predial é sinônimo de perícia, consultoria, auditoria, vistoria, entre outros termos equívocos. No entanto, você verá que cada termo destacado anteriormente tem significado e finalidade ímpares e distintos uns dos outros. No campo da Engenharia Diagnóstica, existem seis principais ferramentas que se diferem quanto a suas finalidades, as quais devem respeitar suas limitações perante as legislações e as normas técnicas. Elas estão destacadas na Figura 1. Figura 1 – Ferramentas da Engenharia Diagnóstica Fonte: elaborada pelo autor. Especificando cada componente da imagem, temos o seguinte: 6 • Consultoria: trata-se da prescrição técnica sobre determinado fato ou condição relacionado a uma edificação. • Perícia: busca apurar as causas de determinado fato, anomalia, incidente, patologia ou irregularidade. • Auditoria: busca verificar o atendimento a critérios pré- determinados em procedimentos, normativas, técnicas construtivas, legislações, entre outros. • Inspeção: busca a avaliação técnica da edificação. Devemos dar atenção para este tópico, pois possui finalidade distinta da vistoria e da perícia. • Vistoria: tem como objetivo constatar e descrever determinado fato ou fator, incidente ou anomalia e até mesmo uma irregularidade identificada na edificação. • Avaliação: tem como finalidade estimar o valor de mercado das edificações e dos bens moveis e imóveis. Para melhor entendimento dessas ferramentas, é fundamental que aprofundemos, de maneira individual, cada uma delas, a fim de exemplificarmos situações em que se aplicam, descrever suas individualidades e detalhar seus objetivos, meios e resultados esperados. Vale adiantar, que cada ferramenta possui uma extensão de suas aplicabilidades. Por exemplo, dentro da ferramenta de vistoria, existe uma gama de diversidades, como é o caso da Vistoria de Vizinhança, Vistoria de Estágio de obra, Conclusão de obra, entre outras. Para tanto, temos de ter em mente que a metodologia aplicada à engenharia diagnóstica consiste em estudos lógicos e sequenciais, ou seja, existe uma ordem para ser seguida. Isso ocorre por meio 7 da utilização das ferramentas vistas anteriormente, buscando um objetivo, seja ele técnico ou jurídico. PARA SABER MAIS Vamos supor a seguinte situação: um morador enfrenta problemas com trincas e rachaduras em uma casa que comprou há um ano. Ele alega que já buscou contato com o vendedor e construtor da casa, mas este desapareceu ou não quer dar satisfação sobre reparos e garantias da obra. Então, irritado e sentindo-se enganado, liga para um engenheiro e solicita uma “perícia”. É muito comum leigos acreditarem que a perícia é o procedimento metodológico a ser executado nessa etapa, quando a ferramenta correta a ser utilizada seria uma Vistoria ou uma Inspeção. Muitos engenheiros realizam essa Inspeção ou Vistoria denominando-as de Laudo Pericial, e, às vezes, cobram do cliente o valor indevido, por conta das diferenças de complexidade entre os serviços prestados. No entanto, em alguns casos, quando esse suposto “Laudo Pericial” chega às mãos de um Juiz, acaba sendo inviabilizado, pois trata-se de uma simples Vistoria e/ou Inspeção. Por essas razões, deve-se tomar muito cuidado no uso da ferramenta correta conforme os objetivos do cliente, seja para fins judiciais ou extrajudiciais. Agora, fugindo da metodologia diagnóstica convencional (que sugere que as manifestações patológicas das edificações em análise sigam a lógica de execução, iniciando por uma Vistoria até a elaboração final da Consultoria, quando ocorrerá a prescrição 8 da solução para o problema encontrado), na grande maioria das vezes, a solução pode ser realizada com a aplicação de apenas uma dessas ferramentas, e, assim, o profissional não precisa executar todas elas. Porém, reforçando, para isso, é preciso entender a necessidade e os objetivos do cliente. A Tabela 1 apresenta um modelo sugestivo de necessidade com relação à ferramenta a ser empregada. Tabela 1 – Necessidade e ferramenta a ser aplicada Necessidade Auditoria Avaliação Inspeção Vistoria Perícia Recebimento de Obra X X Solução de patologias X Identificação de anomalias ou manutenção da construção X X Check-up preventivo do objeto de estudo X Registro de cautela antecedendo a construção de obras ou reformas X Indenização por perdas e danos materiais X X Fonte: elaborada pelo autor. A tabela apresenta termos genéricos, ficando claro que, para cada situação e para cada cliente, pode haver mudanças na estrutura sugerida e nas ferramentas a serem aplicada. 9 TEORIA EM PRÁTICA Você recebeu a ligação de um cliente: Cliente: Boa tarde, estou precisando de um orçamento para uma perícia em minha residência. Você: Claro, o que está acontecendo? Cliente: Eu comprei a casa faz um ano direto do rapaz que construiu e sou o primeiro morador. Porém, com a chuva da semana passada, a casa rachou inteira, está com trinca por todo lado. Você: Certo. Cliente: Agora contratei um advogado e vou entrar na justiça contra o construtor. Para isso, preciso de um Laudo para indicar a situação da casa e pedir ressarcimento com o construtor. Aqui é importante reparar nos termos utilizados pelo cliente. Podemos perceber a confusão com termos técnicos, como trincas, fissuras e rachaduras. Ainda, ele está pedindo um Laudo, uma Perícia, para entrar na justiça, o que é uma ocorrência muito comum para Peritos da Engenharia. Nessa situação, como você se comportaria? Lembre-se de que precisamos agir de maneira ética, responsável, honesta e correta com o consumidor. Sendo assim, continue a conversa com o cliente e explique como proceder e quais serviços você pretende prestar para auxiliá-lo. Agora é com você!10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Com base no exposto, podemos observar a importância de conhecer os termos e as características de uma inspeção predial. Sendo assim, é de extrema importância ampliarmos nosso conhecimento sobre engenharia diagnóstica. Para tal, recomendamos a leitura do Capítulo 1 do livro indicado. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e procure pelo título da obra. FUNK, W. B. Patologia das estruturas. São Paulo: Sagah Educação, 2018. cap. 1. Indicação 2 Para um melhor desenvolvimento do trabalho de perito em engenharia, recomenda-se o conhecimento das legislações que orientam os questionamentos técnicos realizados pelo contratante, a fim de que seja realizado um laudo com propriedade e embasado em normas e legislações. Esses documentos precisam seguir uma metodologia de execução, a qual pode ser encontrada no artigo indicado. Indicações de leitura 11 Para realizar a leitura, procure pelo título do artigo na internet. LIMA, Alexandro Rezende et al. Metodologia para Realização de Perícias em Edificações Residenciais com Patologias e Elaboração de Estatísticas. CONFERÊNCIA SOBRE PATOLOGIA E REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIO, 6., 2018, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: PATORREB, 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Um morador comprou seu imóvel em 2005 e, após alguns anos, construiu uma área de lazer aos fundos do terreno, bem como colocou uma cobertura na área da garagem, que antes era descoberta. Na área de lazer foi inserido um pergolado com mesas e churrasqueiras. No entanto, este ano, ele teve alguns problemas com empréstimos bancários e precisou hipotecar a casa. Para isso, o banco em que você trabalha solicitou que você realizasse um(a): 12 a. Laudo Pericial. b. Auditoria. c. Inspeção externa. d. Avaliação. e. Consultoria. 2. Você irá realizar uma obra de grande porte em uma avenida: o assentamento de uma tubulação de concreto armado de DN 1000. Ao pensar no enorme movimento de terra, escavação e equipamentos de içamento para as grandes peças, você se preocupa que possa haver futuros problemas estruturais em residências vizinhas. Sendo assim, qual seria a melhor escolha a se fazer antes do início das obras? I. Escrever um termo de ciência e passar nas residências que podem ser prejudicadas, a fim de que sua empresa faça uma auditoria nelas antes da obra. II. Caso os moradores recusem a aplicação da ferramenta preventiva, você pode pedir para que assinem o termo de ciência, alegando que não permitiram sua entrada nas residências. III. Escrever um termo de ciência e passar nas residências que podem ser prejudicadas, a fim de que sua empresa faça uma vistoria nelas antes da obra. IV. Para os moradores que permitirem a entrada e a aplicação da ferramenta preventiva em suas casas, o relatório fotográfico e o parecer final devem ser assinados por eles como conformidade. Marque a alternativa correta: 13 a. Estão corretas apenas I e III. b. Estão corretas apenas I, III e IV. c. Estão corretas apenas II, III e IV d. Estão corretas apenas II e IV. e. Estão corretas apenas III e IV. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: A resposta correta é AVALIAÇÃO, uma vez que, para a hipoteca, o banco precisa estimar o valor do imóvel. Sendo assim, é solicitado que um profissional faça a estimativa do valor da construção com base em uma avaliação do bem, a qual tem como finalidade estimar o valor de mercado das edificações e dos bens moveis e imóveis. Questão 2 - Resposta C Resolução: Nessas situações, deve ser elaborada uma vistoria na edificação, prevenindo que futuramente algum morador se aproveite de uma situação não decorrente de sua obra para corrigir alguma manifestação patológica em sua residência. Dessa maneira, é recomendada a elaboração de um termo solicitando a vistoria nas residências que possam ser afetadas, para aqueles que permitirem a entrada, e, posteriormente, o laudo de vistoria deve ser apresentado e assinado conforme os relatórios descritos. Para os que negarem a entrada, um termo de negação deve ser assinado, resguardando, assim, sua empresa de futuros contratempos. TEMA 2 Elementos estruturais e sistemas de vedação ______________________________________________________________ Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin 15 DIRETO AO PONTO Toda edificação precisa sustentar uma determinada carga, mesmo que seja seu peso próprio, e, para isso, precisa estar em equilíbrio, mantendo-se, assim, estável e/ou estabilizada. Os componentes que performam esses conceitos são denominados de sistema estrutural. Um sistema estrutural é caracterizado por ser, de maneira generalizada, a parte mais resistente de uma edificação, sendo responsável por estabilizar, por meio de diversos componentes em sintonia, todos os demais elementos e usuários de um objeto edificado. Esses sistemas absorvem os impactos e os esforços e os transmitem para o solo ou para outro ponto de solidificação e estabilização. Portanto, uma estrutura é formada por elementos estruturais, que, juntos, formam o sistema estrutural. São elementos estruturais os objetos de cálculo que suportam e distribuem suas cargas para o restante do sistema estrutural. Tomando um edifício como exemplo, podemos destacar que o sistema estrutural é o edifício como um todo, e os elementos estruturais são as lajes, as vigas, os pilares, as vigas baldrames e as fundações. Para facilitar o entendimento, podemos fazer uma analogia com o corpo humano, que é um interessante parâmetro que pode ser empregado em muitos conceitos. Por exemplo, podemos dizer que o esqueleto humano é um sistema estrutural, composto pelos elementos estruturais, como os ossos (tíbia, fêmur, costelas, quadris etc.), os tendões (como sendo o aço que auxilia na ligação entre as estruturas de concreto) e os músculos. 16 Ainda, complementar a esse conjunto, podemos destacar os elementos de vedação, como as alvenarias de vedação, que são responsáveis por vedar a edificação. Aplicando a analogia ao corpo humano, podemos compará-las aos músculos, que vedam a estrutura óssea do corpo. Ainda, além da estrutura muscular, podemos considerar a pele como sendo o acabamento das edificações (reboco, pinturas, revestimentos etc.), e as veias e artérias como sendo as tubulações hidráulicas. Podemos observar essas condições na Figura 1. Figura 1 – Comparação da estrutura do corpo humano com uma edificação Fonte: elaborada pelo autor. 17 Em algumas situações, os elementos de vedação e os estruturais podem estar ocultos ao olhar do engenheiro que está realizando a diagnose, como a viga baldrame e as fundações. Em alguns casos, estes podem estar sob a edificação, o que impossibilita uma inspeção visual, sendo o acesso apenas com a inspeção destrutiva/ invasiva. Por isso, eles podem ser divididos em elementos ocultos e aparentes. PARA SABER MAIS Com relação aos elementos estruturais, podemos classificá-los por meio de algumas características: • Elementos superficiais: temos como exemplo as lajes e as placas, em que a altura é relativamente pequena diante das demais dimensões. Nesse caso, esses elementos podem variar quanto a sua profundidade e largura, enquantosua altura é utilizada como medida de referência para suas dimensões. • Elementos lineares: são aqueles cujo comprimento longitudinal supera em, no mínimo, três vezes a maior dimensão da seção transversal da peça. Ex.: vigas, vigas baldrames e pilares. • Elementos volumétricos: são aqueles que, de certa forma, apresentam dimensões numericamente iguais, podendo ser classificados como elementos especiais. Ex.: sapatas e blocos. Com relação aos elementos de vedação, estes podem ser compostos de diversos tipos de materiais, como madeira, cerâmica, metálicos, vidros, entre outros. 18 É importante salientar que, quando abordamos os elementos estruturais e os sistemas de vedação, normalmente nos deparamos com a imagem de uma edificação residencial ou comercial; entretanto, estes também podem ser aplicados em outras diversas áreas da engenharia. Por exemplo, é possível empregá-los na construção de pontes e viadutos, nos quais alguns elementos estruturais fogem do convencional da engenharia de edificações; podendo o sistema de vedação ser verificado nas juntas de dilatação entre os vãos das lajes e entre as barreiras New Jersey. Também podemos aplicar o conceito discutido em obras de saneamento, estações de tratamento de água ou esgoto e sistemas de adutoras; estradas e rodovias, na confecção de pavimentos; barragens; portos e vias navegáveis; entre outras áreas da engenharia. TEORIA EM PRÁTICA Considere que você é engenheiro e trabalha com inspeção predial. Ao longo de uma inspeção predial de residência, foram identificadas algumas anomalias. Durante a vistoria, a moradora levou você até os fundos do terreno, onde havia sido construída uma edícula, com uma viga de madeira apoiada sobre um pilar, conforma a Figura 2. 19 Figura 2 – Viga apoiada no pilar de concreto, telhado ainda sem cobertura Fonte: elaborada pelo autor. Essa estrutura ainda receberia as telhas de cobertura e algumas placas para um sistema de energia fotovoltaica e aquecimento solar. Preocupada, a moradora questionou o fato de a viga estar apoiada diretamente no pilar de concreto. Com base na imagem e em todos os elementos que podem ser observados nela, quais são os elementos estruturais presentes e qual o comportamento deles diante da situação? Lembre-se de justificar tecnicamente sua resposta. Ao elaborar sua resposta, procure ser o mais claro possível. Imagine que irá explicar isso para um advogado ou para um morador leigo na área da engenharia. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 20 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O estudo do concreto armado e de suas patologias deve ser levado em consideração, quando estudamos sobre sistemas estruturais, sendo de grande importância ampliarmos nosso conhecimento na engenharia diagnóstica com relação a ele. Assim, recomendamos a leitura do Capítulo 10 do livro indicado. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. RIBEIRO, D. Corrosão e Degradação em Estruturas de Concreto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. Indicação 2 Para complementar o conhecimento sobre as alvenarias de vedação e sua metodologia construtiva, sugerimos a leitura do Capítulo 5 do livro indicado. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. BOURSCHEID, J. A. Introdução à Tecnologia das Edificações. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Indicações de leitura 21 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Com base em seus conhecimentos sobre os elementos estruturais, verifique a seguinte descrição: “A laje de uma edificação é um elemento estrutural cuja menor dimensão é a altura. Em certos casos, quando é necessário realizar uma verificação ou alteração de cálculo desses elementos com relação à carga solicitada, altera-se a altura da laje, uma vez que o comprimento e a profundidade podem influenciar nos demais elementos estruturais.” O texto descreve qual tipo de elemento estrutural? Marque a alternativa correta. a. Elemento linear. b. Elemento superficial. c. Elemento industrial. d. Elemento volumétrico. e. Elemento de concreto. 22 2. Sabe-se que as estruturas podem ser correlacionadas com o corpo humano, e um exemplo disso é a analogia entre as veias e as artérias com as redes hidráulicas em uma edificação. Ainda, podemos comparar os ossos com os elementos estruturais e os músculos com as vedações. Sendo assim, analise: I. Os sistemas estruturais podem ser divididos em três grandes grupos, superficiais, lineares e volumétricos. II. Um bom exemplo de um sistema estrutural linear são as vigas, que possuem sua maior dimensão na direção longitudinal. III. Os elementos de vedação, como a alvenaria de cerâmica, têm função estrutural nas edificações. Marque a alternativa correta: a. Estão corretas apenas I e III. b. Estão corretas apenas I e II. c. Estão corretas apenas II e III. d. Está correta apenas II. e. Está correta apenas III. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: Elementos superficiais: são aqueles elementos estruturais que têm como principal dimensão a sua altura, ou seja, usualmente expressa-se sua altura como a dimensão mais importante. Como exemplo, podemos citar as lajes e 23 as placas, em que altura é relativamente pequena diante das demais dimensões. Questão 2 - Resposta B Resolução: I. Verdadeira: os sistemas estruturais são divididos em três grupos, lineares (como vigas), superficiais (como lajes) e volumétricos (como blocos de fundação). II. Verdadeira: são aqueles elementos cujo comprimento longitudinal supera em, no mínimo, três vezes a maior dimensão da seção transversal da peça. Ex.: vigas, vigas baldrames e pilares III. Falsa: os elementos de vedação, como alvenaria de cerâmica, NÃO têm função estrutural nas edificações, apenas de vedação, como o próprio nome já diz. TEMA 3 Revestimentos e sistemas de impermeabilização ______________________________________________________________ Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin 25 DIRETO AO PONTO Complementando nosso conhecimento sobre as patologias das construções e os sistemas das edificações, não podemos deixar de lado os revestimentos e o sistema de impermeabilização. Estes, quando mal executados ou quando empregados materiais de baixa qualidade, podem acabar gerando diversas anomalias na construção, estando, de maneira generalizada, relacionados com a presença de umidade. Dessa forma, precisamos discutir esses dois assuntos (revestimento e impermeabilização), em um primeiro momento, de maneira isolada, para, em seguida, unirmos os dois conhecimentos a fim de identificar diversas anomalias das edificações. Os revestimentos podem ser divididos em dois grupos, os internos e os externos. Como o próprio nome já diz, os internos são utilizados em áreas internas, enquanto os externos são empregados nas áreas externas. Essa distinção acontece devido aos intemperes que cada classe de revestimento irá enfrentar em seu local de instalação. Dentro desse grupo, podemos classificá- los como não argamassados (cerâmicos, porcelanatos, de pedras) e argamassados. A função dos revestimentos pode ser estética ou de proteção. Eles são os elementos da camada externa que realizam o cobrimento da alvenaria de vedação, pisos e/ou tetos. Temos como exemplo azulejos, porcelanatos, cerâmicas, pedras, pastilhas,entre outros. Seu objetivo é proteger a edificação dos intemperes da natureza, principalmente da umidade, mas, em algumas situações, podem ter aspectos apenas estéticos. 26 Os revestimentos argamassados representam a parcela tradicional das construções, em que é aplicada uma argamassa inorgânica sobre as alvenarias e as estruturas com o intuito de regularizar e deixar a superfície uniforme, atuando na correção de irregularidades, prumos e alinhamentos. Quando externos ou em áreas molhadas, atuam na proteção contra a umidade e os agentes externos. Geralmente, são constituídos por três camadas principais de cobrimento: chapisco, emboço e reboco, as quais podem ser observadas na Figura 1. Figura 1 – Diferentes camadas dos revestimentos argamassados Fonte: elaborada pelo autor. O chapisco é uma argamassa de aderência que fornecerá as condições de fixação para outros elementos que serão empregados nas estruturas. Já o emboço é uma argamassa de regularização, ou seja, servirá para regularizar imperfeições e superfícies, prumos, alinhamentos, entre outros; sua função também está relacionada à proteção contra a chuva. Por fim, o reboco é uma camada fina que pode ser finalizada com acabamento liso, sem o recebimento de pinturas, ou com pintura. 27 PARA SABER MAIS Diferentemente dos revestimentos argamassados, constituídos de chapisco, emboço e reboco, os não argamassados possuem uma diferença em sua estrutura. Em geral, são assentados sobre uma superfície (ou substrato), seja um piso ou uma alvenaria, e, para possibilitar sua aderência, é utilizada uma camada de fixação. Essa camada de fixação pode ser feita de argamassa ou até mesmo de outros materiais que possibilitem a correta fixação do material de revestimento sem prejudicar suas funcionalidades, sejam elas estéticas ou de proteção. A Figura 2 apresenta esses elementos. Figura 2 – Diferentes camadas dos revestimentos não argamassados Fonte: elaborada pelo autor. É importante ressaltar que, quando a camada de fixação for argamassada, esta não pode ser lisa, ou seja, precisa haver superfícies com cordão de argamassa (ranhuras). Ele possibilita o preenchimento dos espaços, por meio do esmagamento, 28 no momento de assentamento do revestimento, além de proporcionar o atrito entre as superfícies, possibilitando a melhor aderência do substrato (camada de regularização) e do revestimento. A camada de regularização é importante, pois permite que as superfícies fiquem no prumo, sejam elas planas ou ainda com o desnível necessário para o caimento do piso. A camada de fixação, quando argamassada, não pode ser muito espessa, uma vez que sua função é de aderência entre superfície e revestimento, ou seja, se ela for espessa, consequentemente terá seu peso maior, ocorrendo o sobrepeso do componente e o desprendimento desta da superfície de contato, quando em superfícies verticais. TEORIA EM PRÁTICA Um de seus clientes está com problemas de infiltração em sua residência e solicitou seus serviços para solucionar o caso. Ele reside em um sobrado e na parte térrea há um ponto comercial alugado. O forro do comercial é em gesso, e eventualmente, quando chove, em cima do balcão de atendimento, forma uma mancha de umidade e no centro uma goteira. No pavimento superior, na mesma direção do ponto de vazamento, é a sacada externa da residência. Ou seja, a laje de cobertura do térreo é o piso da área externa da edificação. O proprietário, há um ano, por conta do mesmo problema, fez a remoção do piso, passou um impermeabilizante líquido em todo o pavimento externo, aumentou os ralos para ter uma vazão maior da água, evitando o empoçamento, e assentou um novo revestimento no local. 29 Como o problema continua, ele solicitou sua ajuda. Quais seriam as possíveis causas dessa infiltração? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Aderir é o fator de maior impacto nos sistemas de revestimentos cerâmicos, e, por essa razão a resistência de aderência em revestimentos é uma das maiores dificuldades para a engenharia. Como diversos fatores podem influenciar, para entendermos melhor sobre eles, indicamos a leitura do artigo Avaliação dos mecanismos de aderência entre argamassa colante e substrato não poroso. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. PEREIRA, Eduardo et al. Avaliação dos mecanismos de aderência entre argamassa colante e substrato não poroso. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 139-149, jun. 2013. Indicação 2 O artigo indicado apresenta uma metodologia que pode ser aplicada para a inspeção de fachadas em edifícios. Ela classifica Indicações de leitura 30 de maneira qualitativa as anomalias nos revestimentos, o que possibilita um resultado quantitativo dos dados analisados, podendo mensurar as respostas a elas. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. Pacheco, C. P. et al. Análise quantitativa e qualitativa da degradação das fachadas com revestimento cerâmico. Cerâmica, São Paulo, v. 63, n. 368, p. 432-445, dez. 2017. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Existem diferentes tipos de revestimentos, os quais podem ser divididos em dois grandes grupos. Entre eles, encontramos os revestimentos não argamassados, sendo exemplos: a. Pisos cerâmicos, pedras e chapisco. b. Pisos cerâmicos, pedras e reboco. c. Pedras, chapisco e reboco. d. Cerâmicas, chapisco e pedra. 31 e. Pedras, cerâmicas e madeiras. 2. Os revestimentos possuem diversas funcionalidades e seus objetivos na edificação são vários. Entre as inúmeras opções no mercado, podemos encontrar uma amplitude de preços e qualidades. Sobre os revestimentos, faça a leitura das afirmativas a seguir: I. Os revestimentos argamassados não possuem valor estético, apenas servem de proteção contra chuvas. II. Os revestimentos cerâmicos, quando em superfícies verticais, necessitam de uma superfície de aderência para melhorar a adesão. III. Os revestimentos do tipo metálico possuem apenas finalidades estéticas, não sendo eficientes contra a umidade. Marque a alternativa correta: a. Estão corretas apenas I e III. b. Estão corretas apenas I e II. c. Estão corretas apenas II e III d. Está correta apenas II. e. Está correta apenas I. GABARITO Questão 1 - Resposta E Resolução: O chapisco, o reboco e o emboço são elementos dos revestimentos argamassados, enquanto os elementos 32 não argamassados são pedras, cerâmicas, madeiras, entre outros. Questão 2 - Resposta D Resolução: I. Falsa: o revestimento argamassado pode receber pinturas e texturas, também tendo uma finalidade estética. II. Verdadeira: a camada de aderência ou superfície de aderência possibilita a união do revestimento à parede ou à superfície de instalação. III. Falsa: os elementos de revestimento metálico podem, além da finalidade estética, ser utilizados como proteção contra umidade e chuvas. Essa proteção pode ocorrer por conta do tipo de material utilizado ou por meio de pinturas que protejam o material. TEMA 4 Sistemas hidráulicos, estruturais e elétricos das edificações ______________________________________________________________ Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin 34 DIRETO AO PONTO Ao longo de nossa disciplina,observamos uma série de fatores que contribuem para a qualidade e a saúde das edificações. Discutimos sobre as metodologias da inspeção predial, os sistemas estruturais e suas características, bem como suas manifestações patológicas. Também falamos sobre os elementos de vedação e os sistemas de impermeabilização, os revestimentos argamassados e os não argamassados. Agora, para concluirmos nossos estudos sobre as inspeções prediais, é fundamental discutirmos sobre os sistemas hidráulicos e elétricos e sobre os aspectos estruturais relacionados a eles nas edificações, além de destacarmos suas principais e recorrentes manifestações patológicas. As edificações, em sua grande maioria, dependendo de sua função, necessitam de instalações hidráulicas e elétricas, e o conjunto dessas instalações forma o sistema hidráulico e o sistema elétrico. Podemos subdividir esses dois sistemas em diferentes grupos, conforme Tabela 1. 35 Tabela 1 – Sistemas Hidráulicos e Elétricos e suas subdivisões Sistemas hidráulicos Sistemas elétricos Sistemas hidráulicos de água fria. Material empregado. Sistemas hidráulicos de água quente. Modo como o serviço foi executado. Sistemas hidráulicos de água pluvial. Capacidade dimensionada. Sistemas hidráulicos de água residuais. Capacidade instalada. Sistemas hidráulicos de reservatórios de água. Fonte: elaborada pelo autor. Entre esses sistemas, podemos encontrar diversas manifestações patológicas relacionadas às diferentes etapas da edificação: erro de localização em projeto, dimensionamento incorreto, falta de detalhamentos técnicos, incompatibilidade entre projetos, execução inadequada, utilização de peças de baixa qualidade, falta de manutenção, uso incorreto dos sistemas da edificação, entre outros. Entre as patologias mais recorrentes em sistemas elétricos, podemos encontrar: • Fuga de corrente: momentos em que a corrente elétrica encontra um caminho preferencial de resistência menor e é dissipada diretamente para o terra. Assim, ocorre o consumo de energia da edificação, bem como possíveis danos a seus usuários e à edificação na forma de incêndios e perda de equipamentos eletrônicos conectados à rede energizada. • Sobretensão: é ocasionada pela diferença de potencial anormal que surgem em um circuito. • Curto-circuito: ocorre quando a corrente elétrica atinge uma intensidade relativamente alta por conta da baixa resistência em circuitos. 36 Por outro lado, a quantidade de manifestações patológicas referentes aos sistemas hidráulicos nos revela uma listagem expressiva de itens. Observe que dentro do sistema hidráulico temos de estudar os componentes de águas residuais, de água fria, quente, pluviais e reservatórios, cada qual com uma patologia distinta, como vemos a seguir: • Problemas com pressão. • Falta de água nas tubulações. • Problemas com o recalque. • Perda de carga. • Vazamentos. • Ruptura das conexões. • Ruídos e vibrações. • Entupimentos. • Mau cheiro. • Vedação inadequada. • Ausência ou ventilação incorreta. • Flechas excessivas. • Corrosão de tubulações. • Entre muitas outras. 37 Sendo assim, por conta da grande quantidade de possíveis falhas, podemos notar a grande importância do estudo desses sistemas para o correto desempenho da edificação. PARA SABER MAIS Entre as diversas manifestações patológicas que uma edificação pode apresentar, estudos apontam que a reclamação de maior incidência é decorrente de sistemas hidráulicos, conforme apresentado na Figura 1. Figura 1 – Estatísticas dos pontos de reclamação Fonte: adaptada de Boscarriol (2013). Esse estudo foi realizado pelo Sindicato de Habitações do Rio de Janeiro e nele podemos observar que os sistemas hidráulicos são os principais geradores de reclamações dos usuários, seguido por trincas provenientes de falhas dos elementos de concreto (em geral), sistemas de impermeabilizações, falhas elétricas, 38 esquadrias e, por fim, revestimentos (BOSCARRIOL, 2013). Vale ressaltar que no quesito hidráulica temos os sistemas de águas residuais, pluviais, hidráulico e armazenamento de água. Considerando que em grande parte das edificações são empregados os sistemas hidráulicos de águas residuais e de água fria, podemos ressaltar que as principais patologias apresentadas nestes são: funcionamento incorreto das válvulas de descargas; vazamento em tubulações; extravasamento de reservatórios; problemas com sistemas de recalque; entre outros. Enquanto naqueles temos: vazamentos; refluxo em vasos sanitários; forte odores; entupimento de tubulações; entre outros. Muitas vezes essas patologias podem estar relacionadas ao uso incorreto ou à falta de manutenção das edificações. Entretanto, não podem ser descartadas as possibilidades de dimensionamento incorreto, uso de materiais de baixa qualidade e até mesmo a execução incorreta dos elementos do sistema hidráulico. Referências bibliográficas BOSCARRIOL, Roberto. Patologias em sistemas prediais: Hidráulica. 2013. Disponível em: http://www. direcionalcondominios.com.br/sindicos/roberto-boscarriol-jr/ item/73-patologias-em-sistemas-prediais-hidraulica.html. Acesso em: 14 out. 2020. 39 TEORIA EM PRÁTICA Há alguns meses você e sua equipe efetuaram a venda da última unidade de apartamento de seu empreendimento Gran Royalle Residence, edifício com 25 pavimentos, com seis apartamentos por andar. Entretanto um dos moradores telefonou para o setor de pós-vendas de sua empresa reclamando de alguns problemas que ele estava enfrentando em suas primeiras semanas no apartamento 1801. Disse que sempre que o seu vizinho do 1802 lava a louça, a roupa ou realiza qualquer operação hidráulica na cozinha, ecoa um zumbido muito alto por seu apartamento. Ele ainda alegou que, quando os ralos do banheiro ficam algum tempo sem receber água e depois recebem fluidos, acabam exalando um cheiro muito forte de esgoto. O mesmo ocorre quando molha o ralo da sacada com churrasqueira, um cheiro forte de tubulação é expelido. Entretanto, após um tempo esse cheiro passa e não é mais percebido. Dessa maneira, você decide ir até o local para realizar a inspeção e solucionar os problemas apontados. Quais os primeiros passos a serem realizados? Quais ações devem ser tomadas? E quais as possíveis causas dessas anomalias? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 40 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Como os sistemas hidráulicos são a principal fonte de reclamação em edificações, torna-se extremamente necessário o conhecimento de suas patologias, maneiras de identificação e possíveis soluções. Sendo assim, para entendermos melhor sobre este assunto, faça a leitura da dissertação de mestrado indicada. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. ARAUJO, Leticia Santos Machado de. Avaliação durante operação dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários em edifícios escolares. 2004. 231 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004. Indicação 2 Este livro é considerado como um dos principais manuais de consulta para dimensionamento de sistemas energizados de baixa tensão, para residências e comércios que atuam na baixa tensão. Dessa maneira, recomenda-se a leitura do Capítulo 13 para entendermos melhor sobre as considerações durante a elaboração de um projeto. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. Indicações de leitura 41 COTRIM, Ademar M. B. Instalações Elétricas. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentesneste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Entre os sistemas existentes em uma edificação, temos o sistema elétrico, responsável pelo fornecimento da energia nas edificações. Entretanto, ele pode apresentar uma série de manifestações atípicas, o que ocorre quando é mal dimensionado, mal executado ou quando são empregados materiais de baixa qualidade. Levando em consideração a manifestação patológica relacionada à fuga de corrente, pode- se afirmar que se trata de: a. Momentos em que a corrente é dissipada diretamente para o terra por meio de um caminho preferencial de resistência menor. b. Momentos em que a corrente é dissipada diretamente para o terra por meio de um caminho preferencial de resistência maior. 42 c. Momentos em que a corrente é armazenada diretamente no terra por meio de um caminho preferencial de resistência menor. d. Momentos em que a corrente é armazenada diretamente no terra por meio de um caminho preferencial de resistência maior. e. Momentos em que ocorre, por meio da diferença de potencial anormal, a sobrecarga da rede elétrica, ocasionando a falha de um sistema. 2. Uma das maiores reclamações de moradores nas edificações é referente aos sistemas hidráulicos. Em geral, eles são subdivididos em diferentes grupos; assim, com relação ao grupo pertencente à água fria, podemos afirmar que: I. O mau cheiro é uma manifestação recorrente nesse tipo de tubulação. II. É o sistema responsável pela captação e pelo reuso de águas de chuva. III. Pode ser utilizado tanto para água fria quanto para água quente. IV. Os vazamentos são manifestações corriqueiras nesse tipo de sistema. Marque a alternativa correta: a. Estão corretas apenas I, III e IV. b. Estão corretas apenas I, II. c. Estão corretas apenas II e III d. Está correta apenas IV. e. Está correta apenas III. 43 GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: Entre as patologias mais recorrentes em sistemas elétricos, podemos encontrar a Fuga de corrente, que são momentos em que a corrente elétrica encontra um caminho preferencial de resistência menor, sendo dissipada diretamente para o terra. Assim, ocorre o consumo de energia da edificação, bem como possíveis danos a seus usuários e à edificação na forma de incêndios e perda de equipamentos eletrônicos conectados à rede energizada. Além disso, ocorrem a sobretensão, ocasionada pela diferença de potencial anormal que surge em um circuito; e o curto-circuito, quando a corrente elétrica atinge uma intensidade relativamente alta por conta da baixa resistência em circuito. Questão 2 - Resposta D Resolução: I. Falso: o mau cheiro é uma manifestação recorrente em tubulações de águas residuais. II. Falso: as instalações de água fria são destinadas às águas de consumo humano ou provenientes da rede de abastecimento do município; já o sistema de coleta de água de chuva é chamado de sistema pluvial. III. Falso: os sistemas de água fria não devem ser misturados com os de água quente, tendo em vista que cada sistema trabalha com materiais de características distintas, como é o caso do PVC em águas frias e o cobre em águas quentes. IV. Verdadeiro: os vazamentos são manifestações corriqueiras nesse tipo de sistema. Ainda, existem vibrações e ruídos, 44 os quais ocorrem devido à execução inadequada, ao uso de material de má qualidade e a erros de projeto. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5:
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