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WBA0323_v1.0
INSPEÇÃO PREDIAL 
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas
Leitura crítica: Gisele Vitor de Oliveira Martin
Olá, aluno!
Nesta disciplina, você é convidado a aprender sobre as principais 
metodologias de elaboração de uma inspeção em edificações. 
Para tal, é necessário conhecer algumas informações cruciais. 
Primeiramente, vamos estudar sobre os aspectos básicos da 
engenharia diagnóstica, entendendo sobre as inspeções prediais 
e suas metodologias. Ainda, veremos que dentro dela existem 
diversas ferramentas, como consultoria, perícia, auditoria, 
inspeção, vistoria e avaliação, cada qual com objetivos e 
metodologias específicos.
Em seguida, veremos os principais elementos de uma edificação, 
começando pelos estruturais, com suas características aparentes 
e ocultas. Discutiremos também sobre os elementos de vedação, 
suas características e funcionalidades. Além disso, estudaremos 
sobre os revestimentos e as fachadas, seus componentes e suas 
características, e sobre os sistemas de impermeabilização e sua 
importância na estanqueidade das edificações. Por fim, falaremos 
dos sistemas hidráulicos, estruturais e elétricos.
3
Em todos esses aspectos, discutiremos suas principais 
manifestações patológicas, suas identificações, bem como suas 
possíveis correções. Assim, garantiremos o entendimento dos 
elementos necessários para a realização de uma inspeção predial 
e, ainda, prepararemos você para as disciplinas complementares 
do curso.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Metodologia da Inspeção Predial 
______________________________________________________________
Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas
Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin
5
DIRETO AO PONTO
Antes mesmo de iniciarmos o principal conteúdo de nossos 
estudos, precisamos entender qual o verdadeiro significado de 
uma inspeção predial. Muitos leigos acreditam que inspeção 
predial é sinônimo de perícia, consultoria, auditoria, vistoria, entre 
outros termos equívocos. No entanto, você verá que cada termo 
destacado anteriormente tem significado e finalidade ímpares e 
distintos uns dos outros.
No campo da Engenharia Diagnóstica, existem seis principais 
ferramentas que se diferem quanto a suas finalidades, as quais 
devem respeitar suas limitações perante as legislações e as 
normas técnicas. Elas estão destacadas na Figura 1.
Figura 1 – Ferramentas da Engenharia Diagnóstica
Fonte: elaborada pelo autor.
Especificando cada componente da imagem, temos o seguinte:
6
• Consultoria: trata-se da prescrição técnica sobre 
determinado fato ou condição relacionado a uma edificação.
• Perícia: busca apurar as causas de determinado fato, 
anomalia, incidente, patologia ou irregularidade.
• Auditoria: busca verificar o atendimento a critérios pré-
determinados em procedimentos, normativas, técnicas 
construtivas, legislações, entre outros.
• Inspeção: busca a avaliação técnica da edificação. Devemos 
dar atenção para este tópico, pois possui finalidade distinta 
da vistoria e da perícia.
• Vistoria: tem como objetivo constatar e descrever 
determinado fato ou fator, incidente ou anomalia e até 
mesmo uma irregularidade identificada na edificação.
• Avaliação: tem como finalidade estimar o valor de mercado 
das edificações e dos bens moveis e imóveis.
Para melhor entendimento dessas ferramentas, é fundamental 
que aprofundemos, de maneira individual, cada uma delas, a fim 
de exemplificarmos situações em que se aplicam, descrever suas 
individualidades e detalhar seus objetivos, meios e resultados 
esperados. Vale adiantar, que cada ferramenta possui uma 
extensão de suas aplicabilidades. Por exemplo, dentro da 
ferramenta de vistoria, existe uma gama de diversidades, como 
é o caso da Vistoria de Vizinhança, Vistoria de Estágio de obra, 
Conclusão de obra, entre outras. 
Para tanto, temos de ter em mente que a metodologia aplicada à 
engenharia diagnóstica consiste em estudos lógicos e sequenciais, 
ou seja, existe uma ordem para ser seguida. Isso ocorre por meio 
7
da utilização das ferramentas vistas anteriormente, buscando um 
objetivo, seja ele técnico ou jurídico.
PARA SABER MAIS
Vamos supor a seguinte situação: um morador enfrenta 
problemas com trincas e rachaduras em uma casa que comprou 
há um ano. Ele alega que já buscou contato com o vendedor 
e construtor da casa, mas este desapareceu ou não quer dar 
satisfação sobre reparos e garantias da obra. Então, irritado e 
sentindo-se enganado, liga para um engenheiro e solicita uma 
“perícia”.
É muito comum leigos acreditarem que a perícia é o procedimento 
metodológico a ser executado nessa etapa, quando a ferramenta 
correta a ser utilizada seria uma Vistoria ou uma Inspeção. Muitos 
engenheiros realizam essa Inspeção ou Vistoria denominando-as 
de Laudo Pericial, e, às vezes, cobram do cliente o valor indevido, 
por conta das diferenças de complexidade entre os serviços 
prestados. 
No entanto, em alguns casos, quando esse suposto “Laudo 
Pericial” chega às mãos de um Juiz, acaba sendo inviabilizado, 
pois trata-se de uma simples Vistoria e/ou Inspeção. Por essas 
razões, deve-se tomar muito cuidado no uso da ferramenta 
correta conforme os objetivos do cliente, seja para fins judiciais ou 
extrajudiciais.
Agora, fugindo da metodologia diagnóstica convencional (que 
sugere que as manifestações patológicas das edificações em 
análise sigam a lógica de execução, iniciando por uma Vistoria até 
a elaboração final da Consultoria, quando ocorrerá a prescrição 
8
da solução para o problema encontrado), na grande maioria das 
vezes, a solução pode ser realizada com a aplicação de apenas 
uma dessas ferramentas, e, assim, o profissional não precisa 
executar todas elas. Porém, reforçando, para isso, é preciso 
entender a necessidade e os objetivos do cliente.
A Tabela 1 apresenta um modelo sugestivo de necessidade com 
relação à ferramenta a ser empregada.
Tabela 1 – Necessidade e ferramenta a ser aplicada 
Necessidade Auditoria Avaliação Inspeção Vistoria Perícia
Recebimento 
de Obra
X X
Solução de 
patologias
X
Identificação 
de anomalias 
ou 
manutenção 
da construção
X X
Check-up 
preventivo 
do objeto de 
estudo
X
Registro 
de cautela 
antecedendo 
a construção 
de obras ou 
reformas
X
Indenização 
por perdas 
e danos 
materiais
X X
Fonte: elaborada pelo autor.
A tabela apresenta termos genéricos, ficando claro que, para cada 
situação e para cada cliente, pode haver mudanças na estrutura 
sugerida e nas ferramentas a serem aplicada.
9
TEORIA EM PRÁTICA
Você recebeu a ligação de um cliente:
Cliente: Boa tarde, estou precisando de um orçamento para uma 
perícia em minha residência. 
Você: Claro, o que está acontecendo?
Cliente: Eu comprei a casa faz um ano direto do rapaz que 
construiu e sou o primeiro morador. Porém, com a chuva da 
semana passada, a casa rachou inteira, está com trinca por todo 
lado. 
Você: Certo.
Cliente: Agora contratei um advogado e vou entrar na justiça 
contra o construtor. Para isso, preciso de um Laudo para indicar a 
situação da casa e pedir ressarcimento com o construtor.
Aqui é importante reparar nos termos utilizados pelo cliente. 
Podemos perceber a confusão com termos técnicos, como trincas, 
fissuras e rachaduras. Ainda, ele está pedindo um Laudo, uma 
Perícia, para entrar na justiça, o que é uma ocorrência muito 
comum para Peritos da Engenharia.
Nessa situação, como você se comportaria? Lembre-se de que 
precisamos agir de maneira ética, responsável, honesta e correta 
com o consumidor. Sendo assim, continue a conversa com o 
cliente e explique como proceder e quais serviços você pretende 
prestar para auxiliá-lo.
Agora é com você!10
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Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Com base no exposto, podemos observar a importância de 
conhecer os termos e as características de uma inspeção 
predial. Sendo assim, é de extrema importância ampliarmos 
nosso conhecimento sobre engenharia diagnóstica. Para tal, 
recomendamos a leitura do Capítulo 1 do livro indicado. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e procure pelo título da obra.
FUNK, W. B. Patologia das estruturas. São Paulo: Sagah 
Educação, 2018. cap. 1.
Indicação 2
Para um melhor desenvolvimento do trabalho de perito em 
engenharia, recomenda-se o conhecimento das legislações 
que orientam os questionamentos técnicos realizados pelo 
contratante, a fim de que seja realizado um laudo com 
propriedade e embasado em normas e legislações. Esses 
documentos precisam seguir uma metodologia de execução, a 
qual pode ser encontrada no artigo indicado.
Indicações de leitura
11
Para realizar a leitura, procure pelo título do artigo na internet.
LIMA, Alexandro Rezende et al. Metodologia para Realização de 
Perícias em Edificações Residenciais com Patologias e Elaboração 
de Estatísticas. CONFERÊNCIA SOBRE PATOLOGIA E REABILITAÇÃO 
DE EDIFÍCIO, 6., 2018, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: 
PATORREB, 2018. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Um morador comprou seu imóvel em 2005 e, após alguns 
anos, construiu uma área de lazer aos fundos do terreno, bem 
como colocou uma cobertura na área da garagem, que antes 
era descoberta. Na área de lazer foi inserido um pergolado 
com mesas e churrasqueiras. No entanto, este ano, ele teve 
alguns problemas com empréstimos bancários e precisou 
hipotecar a casa. Para isso, o banco em que você trabalha 
solicitou que você realizasse um(a): 
12
a. Laudo Pericial.
b. Auditoria.
c. Inspeção externa. 
d. Avaliação.
e. Consultoria. 
2. Você irá realizar uma obra de grande porte em uma 
avenida: o assentamento de uma tubulação de concreto 
armado de DN 1000. Ao pensar no enorme movimento 
de terra, escavação e equipamentos de içamento para as 
grandes peças, você se preocupa que possa haver futuros 
problemas estruturais em residências vizinhas. Sendo 
assim, qual seria a melhor escolha a se fazer antes do 
início das obras?
I. Escrever um termo de ciência e passar nas residências que 
podem ser prejudicadas, a fim de que sua empresa faça 
uma auditoria nelas antes da obra.
II. Caso os moradores recusem a aplicação da ferramenta 
preventiva, você pode pedir para que assinem o termo 
de ciência, alegando que não permitiram sua entrada nas 
residências.
III. Escrever um termo de ciência e passar nas residências que 
podem ser prejudicadas, a fim de que sua empresa faça 
uma vistoria nelas antes da obra.
IV. Para os moradores que permitirem a entrada e a aplicação 
da ferramenta preventiva em suas casas, o relatório 
fotográfico e o parecer final devem ser assinados por eles 
como conformidade. 
 
Marque a alternativa correta:
13
a. Estão corretas apenas I e III.
b. Estão corretas apenas I, III e IV.
c. Estão corretas apenas II, III e IV
d. Estão corretas apenas II e IV.
e. Estão corretas apenas III e IV. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: A resposta correta é AVALIAÇÃO, uma vez 
que, para a hipoteca, o banco precisa estimar o valor do 
imóvel. Sendo assim, é solicitado que um profissional faça 
a estimativa do valor da construção com base em uma 
avaliação do bem, a qual tem como finalidade estimar o valor 
de mercado das edificações e dos bens moveis e imóveis. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: Nessas situações, deve ser elaborada uma 
vistoria na edificação, prevenindo que futuramente algum 
morador se aproveite de uma situação não decorrente de sua 
obra para corrigir alguma manifestação patológica em sua 
residência. Dessa maneira, é recomendada a elaboração de 
um termo solicitando a vistoria nas residências que possam 
ser afetadas, para aqueles que permitirem a entrada, e, 
posteriormente, o laudo de vistoria deve ser apresentado 
e assinado conforme os relatórios descritos. Para os que 
negarem a entrada, um termo de negação deve ser assinado, 
resguardando, assim, sua empresa de futuros contratempos. 
TEMA 2
Elementos estruturais e sistemas 
de vedação 
______________________________________________________________
Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas
Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin
15
DIRETO AO PONTO
Toda edificação precisa sustentar uma determinada carga, mesmo 
que seja seu peso próprio, e, para isso, precisa estar em equilíbrio, 
mantendo-se, assim, estável e/ou estabilizada. Os componentes 
que performam esses conceitos são denominados de sistema 
estrutural.
Um sistema estrutural é caracterizado por ser, de maneira 
generalizada, a parte mais resistente de uma edificação, sendo 
responsável por estabilizar, por meio de diversos componentes 
em sintonia, todos os demais elementos e usuários de um objeto 
edificado. Esses sistemas absorvem os impactos e os esforços e 
os transmitem para o solo ou para outro ponto de solidificação e 
estabilização. Portanto, uma estrutura é formada por elementos 
estruturais, que, juntos, formam o sistema estrutural.
São elementos estruturais os objetos de cálculo que suportam 
e distribuem suas cargas para o restante do sistema estrutural. 
Tomando um edifício como exemplo, podemos destacar que o 
sistema estrutural é o edifício como um todo, e os elementos 
estruturais são as lajes, as vigas, os pilares, as vigas baldrames e 
as fundações.
Para facilitar o entendimento, podemos fazer uma analogia com 
o corpo humano, que é um interessante parâmetro que pode ser 
empregado em muitos conceitos. Por exemplo, podemos dizer 
que o esqueleto humano é um sistema estrutural, composto 
pelos elementos estruturais, como os ossos (tíbia, fêmur, costelas, 
quadris etc.), os tendões (como sendo o aço que auxilia na ligação 
entre as estruturas de concreto) e os músculos.
16
Ainda, complementar a esse conjunto, podemos destacar os 
elementos de vedação, como as alvenarias de vedação, que são 
responsáveis por vedar a edificação. Aplicando a analogia ao 
corpo humano, podemos compará-las aos músculos, que vedam 
a estrutura óssea do corpo. Ainda, além da estrutura muscular, 
podemos considerar a pele como sendo o acabamento das 
edificações (reboco, pinturas, revestimentos etc.), e as veias e 
artérias como sendo as tubulações hidráulicas. Podemos observar 
essas condições na Figura 1.
Figura 1 – Comparação da estrutura do corpo humano com 
uma edificação
Fonte: elaborada pelo autor.
17
Em algumas situações, os elementos de vedação e os estruturais 
podem estar ocultos ao olhar do engenheiro que está realizando 
a diagnose, como a viga baldrame e as fundações. Em alguns 
casos, estes podem estar sob a edificação, o que impossibilita uma 
inspeção visual, sendo o acesso apenas com a inspeção destrutiva/
invasiva. Por isso, eles podem ser divididos em elementos ocultos 
e aparentes.
PARA SABER MAIS
Com relação aos elementos estruturais, podemos classificá-los por 
meio de algumas características:
• Elementos superficiais: temos como exemplo as lajes e as 
placas, em que a altura é relativamente pequena diante das 
demais dimensões. Nesse caso, esses elementos podem 
variar quanto a sua profundidade e largura, enquantosua 
altura é utilizada como medida de referência para suas 
dimensões.
• Elementos lineares: são aqueles cujo comprimento 
longitudinal supera em, no mínimo, três vezes a maior 
dimensão da seção transversal da peça. Ex.: vigas, vigas 
baldrames e pilares.
• Elementos volumétricos: são aqueles que, de certa forma, 
apresentam dimensões numericamente iguais, podendo 
ser classificados como elementos especiais. Ex.: sapatas e 
blocos.
Com relação aos elementos de vedação, estes podem ser 
compostos de diversos tipos de materiais, como madeira, 
cerâmica, metálicos, vidros, entre outros.
18
É importante salientar que, quando abordamos os elementos 
estruturais e os sistemas de vedação, normalmente nos 
deparamos com a imagem de uma edificação residencial ou 
comercial; entretanto, estes também podem ser aplicados em 
outras diversas áreas da engenharia. Por exemplo, é possível 
empregá-los na construção de pontes e viadutos, nos quais alguns 
elementos estruturais fogem do convencional da engenharia de 
edificações; podendo o sistema de vedação ser verificado nas 
juntas de dilatação entre os vãos das lajes e entre as barreiras 
New Jersey.
Também podemos aplicar o conceito discutido em obras de 
saneamento, estações de tratamento de água ou esgoto e 
sistemas de adutoras; estradas e rodovias, na confecção de 
pavimentos; barragens; portos e vias navegáveis; entre outras 
áreas da engenharia.
TEORIA EM PRÁTICA
Considere que você é engenheiro e trabalha com inspeção 
predial. Ao longo de uma inspeção predial de residência, foram 
identificadas algumas anomalias. Durante a vistoria, a moradora 
levou você até os fundos do terreno, onde havia sido construída 
uma edícula, com uma viga de madeira apoiada sobre um pilar, 
conforma a Figura 2.
19
Figura 2 – Viga apoiada no pilar de concreto, telhado ainda 
sem cobertura
Fonte: elaborada pelo autor.
Essa estrutura ainda receberia as telhas de cobertura e algumas 
placas para um sistema de energia fotovoltaica e aquecimento 
solar. Preocupada, a moradora questionou o fato de a viga estar 
apoiada diretamente no pilar de concreto.
Com base na imagem e em todos os elementos que podem ser 
observados nela, quais são os elementos estruturais presentes e 
qual o comportamento deles diante da situação? Lembre-se de 
justificar tecnicamente sua resposta. 
Ao elaborar sua resposta, procure ser o mais claro possível. 
Imagine que irá explicar isso para um advogado ou para um 
morador leigo na área da engenharia.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
20
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O estudo do concreto armado e de suas patologias deve ser 
levado em consideração, quando estudamos sobre sistemas 
estruturais, sendo de grande importância ampliarmos nosso 
conhecimento na engenharia diagnóstica com relação a ele. Assim, 
recomendamos a leitura do Capítulo 10 do livro indicado.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
RIBEIRO, D. Corrosão e Degradação em Estruturas de Concreto. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
Indicação 2
Para complementar o conhecimento sobre as alvenarias de 
vedação e sua metodologia construtiva, sugerimos a leitura do 
Capítulo 5 do livro indicado. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
BOURSCHEID, J. A. Introdução à Tecnologia das Edificações. Rio 
de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
Indicações de leitura
21
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Com base em seus conhecimentos sobre os elementos 
estruturais, verifique a seguinte descrição: 
 
“A laje de uma edificação é um elemento estrutural cuja menor 
dimensão é a altura. Em certos casos, quando é necessário 
realizar uma verificação ou alteração de cálculo desses 
elementos com relação à carga solicitada, altera-se a altura da 
laje, uma vez que o comprimento e a profundidade podem 
influenciar nos demais elementos estruturais.” 
 
O texto descreve qual tipo de elemento estrutural? Marque a 
alternativa correta. 
a. Elemento linear.
b. Elemento superficial.
c. Elemento industrial.
d. Elemento volumétrico.
e. Elemento de concreto. 
22
2. Sabe-se que as estruturas podem ser correlacionadas 
com o corpo humano, e um exemplo disso é a analogia 
entre as veias e as artérias com as redes hidráulicas em 
uma edificação. Ainda, podemos comparar os ossos com 
os elementos estruturais e os músculos com as vedações.
Sendo assim, analise:
I. Os sistemas estruturais podem ser divididos em três 
grandes grupos, superficiais, lineares e volumétricos.
II. Um bom exemplo de um sistema estrutural linear são 
as vigas, que possuem sua maior dimensão na direção 
longitudinal.
III. Os elementos de vedação, como a alvenaria de cerâmica, 
têm função estrutural nas edificações. 
 
Marque a alternativa correta:
a. Estão corretas apenas I e III.
b. Estão corretas apenas I e II.
c. Estão corretas apenas II e III. 
d. Está correta apenas II.
e. Está correta apenas III. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Elementos superficiais: são aqueles elementos 
estruturais que têm como principal dimensão a sua altura, 
ou seja, usualmente expressa-se sua altura como a dimensão 
mais importante. Como exemplo, podemos citar as lajes e 
23
as placas, em que altura é relativamente pequena diante das 
demais dimensões. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: 
I. Verdadeira: os sistemas estruturais são divididos em três 
grupos, lineares (como vigas), superficiais (como lajes) e 
volumétricos (como blocos de fundação). 
II. Verdadeira: são aqueles elementos cujo comprimento 
longitudinal supera em, no mínimo, três vezes a maior 
dimensão da seção transversal da peça. Ex.: vigas, vigas 
baldrames e pilares 
III. Falsa: os elementos de vedação, como alvenaria de 
cerâmica, NÃO têm função estrutural nas edificações, 
apenas de vedação, como o próprio nome já diz.
TEMA 3
Revestimentos e sistemas de 
impermeabilização
______________________________________________________________
Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas
Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin
25
DIRETO AO PONTO
Complementando nosso conhecimento sobre as patologias das 
construções e os sistemas das edificações, não podemos deixar 
de lado os revestimentos e o sistema de impermeabilização. Estes, 
quando mal executados ou quando empregados materiais de 
baixa qualidade, podem acabar gerando diversas anomalias na 
construção, estando, de maneira generalizada, relacionados com a 
presença de umidade.
Dessa forma, precisamos discutir esses dois assuntos 
(revestimento e impermeabilização), em um primeiro momento, 
de maneira isolada, para, em seguida, unirmos os dois 
conhecimentos a fim de identificar diversas anomalias das 
edificações.
Os revestimentos podem ser divididos em dois grupos, os 
internos e os externos. Como o próprio nome já diz, os internos 
são utilizados em áreas internas, enquanto os externos são 
empregados nas áreas externas. Essa distinção acontece devido 
aos intemperes que cada classe de revestimento irá enfrentar em 
seu local de instalação. Dentro desse grupo, podemos classificá-
los como não argamassados (cerâmicos, porcelanatos, de pedras) 
e argamassados.
A função dos revestimentos pode ser estética ou de proteção. Eles 
são os elementos da camada externa que realizam o cobrimento 
da alvenaria de vedação, pisos e/ou tetos. Temos como exemplo 
azulejos, porcelanatos, cerâmicas, pedras, pastilhas,entre outros. 
Seu objetivo é proteger a edificação dos intemperes da natureza, 
principalmente da umidade, mas, em algumas situações, podem 
ter aspectos apenas estéticos.
26
Os revestimentos argamassados representam a parcela 
tradicional das construções, em que é aplicada uma argamassa 
inorgânica sobre as alvenarias e as estruturas com o intuito de 
regularizar e deixar a superfície uniforme, atuando na correção 
de irregularidades, prumos e alinhamentos. Quando externos ou 
em áreas molhadas, atuam na proteção contra a umidade e os 
agentes externos. Geralmente, são constituídos por três camadas 
principais de cobrimento: chapisco, emboço e reboco, as quais 
podem ser observadas na Figura 1.
Figura 1 – Diferentes camadas dos revestimentos 
argamassados
Fonte: elaborada pelo autor.
O chapisco é uma argamassa de aderência que fornecerá 
as condições de fixação para outros elementos que serão 
empregados nas estruturas. Já o emboço é uma argamassa de 
regularização, ou seja, servirá para regularizar imperfeições e 
superfícies, prumos, alinhamentos, entre outros; sua função 
também está relacionada à proteção contra a chuva. Por fim, 
o reboco é uma camada fina que pode ser finalizada com 
acabamento liso, sem o recebimento de pinturas, ou com pintura. 
27
PARA SABER MAIS
Diferentemente dos revestimentos argamassados, constituídos de 
chapisco, emboço e reboco, os não argamassados possuem uma 
diferença em sua estrutura. Em geral, são assentados sobre uma 
superfície (ou substrato), seja um piso ou uma alvenaria, e, para 
possibilitar sua aderência, é utilizada uma camada de fixação.
Essa camada de fixação pode ser feita de argamassa ou até 
mesmo de outros materiais que possibilitem a correta fixação do 
material de revestimento sem prejudicar suas funcionalidades, 
sejam elas estéticas ou de proteção. A Figura 2 apresenta esses 
elementos.
Figura 2 – Diferentes camadas dos revestimentos não 
argamassados
Fonte: elaborada pelo autor.
É importante ressaltar que, quando a camada de fixação for 
argamassada, esta não pode ser lisa, ou seja, precisa haver 
superfícies com cordão de argamassa (ranhuras). Ele possibilita 
o preenchimento dos espaços, por meio do esmagamento, 
28
no momento de assentamento do revestimento, além de 
proporcionar o atrito entre as superfícies, possibilitando a 
melhor aderência do substrato (camada de regularização) e do 
revestimento.
A camada de regularização é importante, pois permite que as 
superfícies fiquem no prumo, sejam elas planas ou ainda com o 
desnível necessário para o caimento do piso. A camada de fixação, 
quando argamassada, não pode ser muito espessa, uma vez que 
sua função é de aderência entre superfície e revestimento, ou 
seja, se ela for espessa, consequentemente terá seu peso maior, 
ocorrendo o sobrepeso do componente e o desprendimento desta 
da superfície de contato, quando em superfícies verticais.
TEORIA EM PRÁTICA
Um de seus clientes está com problemas de infiltração em sua 
residência e solicitou seus serviços para solucionar o caso. Ele 
reside em um sobrado e na parte térrea há um ponto comercial 
alugado. O forro do comercial é em gesso, e eventualmente, 
quando chove, em cima do balcão de atendimento, forma uma 
mancha de umidade e no centro uma goteira.
No pavimento superior, na mesma direção do ponto de 
vazamento, é a sacada externa da residência. Ou seja, a laje de 
cobertura do térreo é o piso da área externa da edificação.
O proprietário, há um ano, por conta do mesmo problema, fez a 
remoção do piso, passou um impermeabilizante líquido em todo 
o pavimento externo, aumentou os ralos para ter uma vazão 
maior da água, evitando o empoçamento, e assentou um novo 
revestimento no local.
29
Como o problema continua, ele solicitou sua ajuda. Quais seriam 
as possíveis causas dessa infiltração?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Aderir é o fator de maior impacto nos sistemas de revestimentos 
cerâmicos, e, por essa razão a resistência de aderência em 
revestimentos é uma das maiores dificuldades para a engenharia. 
Como diversos fatores podem influenciar, para entendermos 
melhor sobre eles, indicamos a leitura do artigo Avaliação dos 
mecanismos de aderência entre argamassa colante e substrato não 
poroso. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
PEREIRA, Eduardo et al. Avaliação dos mecanismos de aderência 
entre argamassa colante e substrato não poroso. Ambiente 
Construído, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 139-149, jun. 2013.
Indicação 2
O artigo indicado apresenta uma metodologia que pode ser 
aplicada para a inspeção de fachadas em edifícios. Ela classifica 
Indicações de leitura
30
de maneira qualitativa as anomalias nos revestimentos, o que 
possibilita um resultado quantitativo dos dados analisados, 
podendo mensurar as respostas a elas. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
Pacheco, C. P. et al. Análise quantitativa e qualitativa da 
degradação das fachadas com revestimento cerâmico. Cerâmica, 
São Paulo, v. 63, n. 368, p. 432-445, dez. 2017. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Existem diferentes tipos de revestimentos, os quais podem ser 
divididos em dois grandes grupos. Entre eles, encontramos os 
revestimentos não argamassados, sendo exemplos: 
a. Pisos cerâmicos, pedras e chapisco.
b. Pisos cerâmicos, pedras e reboco.
c. Pedras, chapisco e reboco. 
d. Cerâmicas, chapisco e pedra.
31
e. Pedras, cerâmicas e madeiras. 
2. Os revestimentos possuem diversas funcionalidades e 
seus objetivos na edificação são vários. Entre as inúmeras 
opções no mercado, podemos encontrar uma amplitude 
de preços e qualidades. Sobre os revestimentos, faça a 
leitura das afirmativas a seguir:
I. Os revestimentos argamassados não possuem valor 
estético, apenas servem de proteção contra chuvas.
II. Os revestimentos cerâmicos, quando em superfícies 
verticais, necessitam de uma superfície de aderência para 
melhorar a adesão.
III. Os revestimentos do tipo metálico possuem apenas 
finalidades estéticas, não sendo eficientes contra a 
umidade. 
 
Marque a alternativa correta:
a. Estão corretas apenas I e III.
b. Estão corretas apenas I e II.
c. Estão corretas apenas II e III 
d. Está correta apenas II.
e. Está correta apenas I. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: O chapisco, o reboco e o emboço são elementos 
dos revestimentos argamassados, enquanto os elementos 
32
não argamassados são pedras, cerâmicas, madeiras, entre 
outros. 
Questão 2 - Resposta D
 Resolução: 
I. Falsa: o revestimento argamassado pode receber pinturas e 
texturas, também tendo uma finalidade estética.
II. Verdadeira: a camada de aderência ou superfície de 
aderência possibilita a união do revestimento à parede ou à 
superfície de instalação.
III. Falsa: os elementos de revestimento metálico podem, além 
da finalidade estética, ser utilizados como proteção contra 
umidade e chuvas. Essa proteção pode ocorrer por conta 
do tipo de material utilizado ou por meio de pinturas que 
protejam o material. 
TEMA 4
Sistemas hidráulicos, estruturais 
e elétricos das edificações 
______________________________________________________________
Autoria: Arthur Ribeiro Torrecilhas
Leitura crítica: Gisele V. de Oliveira Martin
34
DIRETO AO PONTO
Ao longo de nossa disciplina,observamos uma série de fatores 
que contribuem para a qualidade e a saúde das edificações. 
Discutimos sobre as metodologias da inspeção predial, os 
sistemas estruturais e suas características, bem como suas 
manifestações patológicas. Também falamos sobre os elementos 
de vedação e os sistemas de impermeabilização, os revestimentos 
argamassados e os não argamassados. Agora, para concluirmos 
nossos estudos sobre as inspeções prediais, é fundamental 
discutirmos sobre os sistemas hidráulicos e elétricos e sobre os 
aspectos estruturais relacionados a eles nas edificações, além 
de destacarmos suas principais e recorrentes manifestações 
patológicas.
As edificações, em sua grande maioria, dependendo de sua 
função, necessitam de instalações hidráulicas e elétricas, e o 
conjunto dessas instalações forma o sistema hidráulico e o 
sistema elétrico. Podemos subdividir esses dois sistemas em 
diferentes grupos, conforme Tabela 1.
35
Tabela 1 – Sistemas Hidráulicos e Elétricos e suas subdivisões
Sistemas hidráulicos Sistemas elétricos
Sistemas hidráulicos de água fria. Material empregado.
Sistemas hidráulicos de água quente. Modo como o serviço foi 
executado.
Sistemas hidráulicos de água pluvial. Capacidade dimensionada.
Sistemas hidráulicos de água residuais. Capacidade instalada.
Sistemas hidráulicos de reservatórios 
de água.
Fonte: elaborada pelo autor.
Entre esses sistemas, podemos encontrar diversas manifestações 
patológicas relacionadas às diferentes etapas da edificação: erro 
de localização em projeto, dimensionamento incorreto, falta 
de detalhamentos técnicos, incompatibilidade entre projetos, 
execução inadequada, utilização de peças de baixa qualidade, falta 
de manutenção, uso incorreto dos sistemas da edificação, entre 
outros.
Entre as patologias mais recorrentes em sistemas elétricos, 
podemos encontrar:
• Fuga de corrente: momentos em que a corrente elétrica 
encontra um caminho preferencial de resistência menor e é 
dissipada diretamente para o terra. Assim, ocorre o consumo 
de energia da edificação, bem como possíveis danos a seus 
usuários e à edificação na forma de incêndios e perda de 
equipamentos eletrônicos conectados à rede energizada. 
• Sobretensão: é ocasionada pela diferença de potencial 
anormal que surgem em um circuito.
• Curto-circuito: ocorre quando a corrente elétrica atinge 
uma intensidade relativamente alta por conta da baixa 
resistência em circuitos.
36
Por outro lado, a quantidade de manifestações patológicas 
referentes aos sistemas hidráulicos nos revela uma listagem 
expressiva de itens. Observe que dentro do sistema hidráulico 
temos de estudar os componentes de águas residuais, de água 
fria, quente, pluviais e reservatórios, cada qual com uma patologia 
distinta, como vemos a seguir:
• Problemas com pressão.
• Falta de água nas tubulações. 
• Problemas com o recalque. 
• Perda de carga.
• Vazamentos.
• Ruptura das conexões. 
• Ruídos e vibrações. 
• Entupimentos.
• Mau cheiro.
• Vedação inadequada.
• Ausência ou ventilação incorreta.
• Flechas excessivas.
• Corrosão de tubulações.
• Entre muitas outras.
37
Sendo assim, por conta da grande quantidade de possíveis falhas, 
podemos notar a grande importância do estudo desses sistemas 
para o correto desempenho da edificação. 
PARA SABER MAIS
Entre as diversas manifestações patológicas que uma edificação 
pode apresentar, estudos apontam que a reclamação de maior 
incidência é decorrente de sistemas hidráulicos, conforme 
apresentado na Figura 1.
Figura 1 – Estatísticas dos pontos de reclamação
Fonte: adaptada de Boscarriol (2013).
Esse estudo foi realizado pelo Sindicato de Habitações do Rio de 
Janeiro e nele podemos observar que os sistemas hidráulicos são 
os principais geradores de reclamações dos usuários, seguido 
por trincas provenientes de falhas dos elementos de concreto 
(em geral), sistemas de impermeabilizações, falhas elétricas, 
38
esquadrias e, por fim, revestimentos (BOSCARRIOL, 2013). Vale 
ressaltar que no quesito hidráulica temos os sistemas de águas 
residuais, pluviais, hidráulico e armazenamento de água.
Considerando que em grande parte das edificações são 
empregados os sistemas hidráulicos de águas residuais e de água 
fria, podemos ressaltar que as principais patologias apresentadas 
nestes são: funcionamento incorreto das válvulas de descargas; 
vazamento em tubulações; extravasamento de reservatórios; 
problemas com sistemas de recalque; entre outros. Enquanto 
naqueles temos: vazamentos; refluxo em vasos sanitários; forte 
odores; entupimento de tubulações; entre outros.
Muitas vezes essas patologias podem estar relacionadas 
ao uso incorreto ou à falta de manutenção das edificações. 
Entretanto, não podem ser descartadas as possibilidades de 
dimensionamento incorreto, uso de materiais de baixa qualidade 
e até mesmo a execução incorreta dos elementos do sistema 
hidráulico.
Referências bibliográficas
BOSCARRIOL, Roberto. Patologias em sistemas 
prediais: Hidráulica. 2013. Disponível em: http://www.
direcionalcondominios.com.br/sindicos/roberto-boscarriol-jr/
item/73-patologias-em-sistemas-prediais-hidraulica.html. Acesso 
em: 14 out. 2020.
39
TEORIA EM PRÁTICA
Há alguns meses você e sua equipe efetuaram a venda da última 
unidade de apartamento de seu empreendimento Gran Royalle 
Residence, edifício com 25 pavimentos, com seis apartamentos 
por andar. Entretanto um dos moradores telefonou para o setor 
de pós-vendas de sua empresa reclamando de alguns problemas 
que ele estava enfrentando em suas primeiras semanas no 
apartamento 1801. Disse que sempre que o seu vizinho do 1802 
lava a louça, a roupa ou realiza qualquer operação hidráulica na 
cozinha, ecoa um zumbido muito alto por seu apartamento. 
Ele ainda alegou que, quando os ralos do banheiro ficam algum 
tempo sem receber água e depois recebem fluidos, acabam 
exalando um cheiro muito forte de esgoto. O mesmo ocorre 
quando molha o ralo da sacada com churrasqueira, um cheiro 
forte de tubulação é expelido. Entretanto, após um tempo esse 
cheiro passa e não é mais percebido.
Dessa maneira, você decide ir até o local para realizar a inspeção 
e solucionar os problemas apontados. Quais os primeiros passos 
a serem realizados? Quais ações devem ser tomadas? E quais as 
possíveis causas dessas anomalias?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
40
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Como os sistemas hidráulicos são a principal fonte de 
reclamação em edificações, torna-se extremamente necessário 
o conhecimento de suas patologias, maneiras de identificação e 
possíveis soluções. Sendo assim, para entendermos melhor sobre 
este assunto, faça a leitura da dissertação de mestrado indicada. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
ARAUJO, Leticia Santos Machado de. Avaliação durante operação 
dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários em edifícios 
escolares. 2004. 231 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia 
Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, 
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.
Indicação 2
Este livro é considerado como um dos principais manuais de 
consulta para dimensionamento de sistemas energizados de 
baixa tensão, para residências e comércios que atuam na baixa 
tensão. Dessa maneira, recomenda-se a leitura do Capítulo 13 
para entendermos melhor sobre as considerações durante a 
elaboração de um projeto. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Minha Biblioteca, na 
Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra.
Indicações de leitura
41
COTRIM, Ademar M. B. Instalações Elétricas. 5. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2009. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentesneste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Entre os sistemas existentes em uma edificação, temos o 
sistema elétrico, responsável pelo fornecimento da energia 
nas edificações. Entretanto, ele pode apresentar uma série 
de manifestações atípicas, o que ocorre quando é mal 
dimensionado, mal executado ou quando são empregados 
materiais de baixa qualidade. Levando em consideração a 
manifestação patológica relacionada à fuga de corrente, pode-
se afirmar que se trata de: 
a. Momentos em que a corrente é dissipada diretamente para 
o terra por meio de um caminho preferencial de resistência 
menor.
b. Momentos em que a corrente é dissipada diretamente para 
o terra por meio de um caminho preferencial de resistência 
maior.
42
c. Momentos em que a corrente é armazenada diretamente no 
terra por meio de um caminho preferencial de resistência 
menor.
d. Momentos em que a corrente é armazenada diretamente no 
terra por meio de um caminho preferencial de resistência 
maior.
e. Momentos em que ocorre, por meio da diferença 
de potencial anormal, a sobrecarga da rede elétrica, 
ocasionando a falha de um sistema. 
2. Uma das maiores reclamações de moradores nas 
edificações é referente aos sistemas hidráulicos. Em 
geral, eles são subdivididos em diferentes grupos; assim, 
com relação ao grupo pertencente à água fria, podemos 
afirmar que:
I. O mau cheiro é uma manifestação recorrente nesse tipo 
de tubulação.
II. É o sistema responsável pela captação e pelo reuso de 
águas de chuva.
III. Pode ser utilizado tanto para água fria quanto para água 
quente.
IV. Os vazamentos são manifestações corriqueiras nesse tipo 
de sistema. 
 
Marque a alternativa correta:
a. Estão corretas apenas I, III e IV.
b. Estão corretas apenas I, II.
c. Estão corretas apenas II e III 
d. Está correta apenas IV.
e. Está correta apenas III. 
43
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: Entre as patologias mais recorrentes em 
sistemas elétricos, podemos encontrar a Fuga de corrente, 
que são momentos em que a corrente elétrica encontra um 
caminho preferencial de resistência menor, sendo dissipada 
diretamente para o terra. Assim, ocorre o consumo de 
energia da edificação, bem como possíveis danos a seus 
usuários e à edificação na forma de incêndios e perda de 
equipamentos eletrônicos conectados à rede energizada. 
Além disso, ocorrem a sobretensão, ocasionada pela 
diferença de potencial anormal que surge em um circuito; 
e o curto-circuito, quando a corrente elétrica atinge uma 
intensidade relativamente alta por conta da baixa resistência 
em circuito. 
Questão 2 - Resposta D
Resolução: 
I. Falso: o mau cheiro é uma manifestação recorrente em 
tubulações de águas residuais.
II. Falso: as instalações de água fria são destinadas às 
águas de consumo humano ou provenientes da rede de 
abastecimento do município; já o sistema de coleta de água 
de chuva é chamado de sistema pluvial.
III. Falso: os sistemas de água fria não devem ser misturados 
com os de água quente, tendo em vista que cada sistema 
trabalha com materiais de características distintas, como é o 
caso do PVC em águas frias e o cobre em águas quentes.
IV. Verdadeiro: os vazamentos são manifestações corriqueiras 
nesse tipo de sistema. Ainda, existem vibrações e ruídos, 
44
os quais ocorrem devido à execução inadequada, ao uso de 
material de má qualidade e a erros de projeto. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
	Botão TEMA5: 
	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
	TEMA 5: 
	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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