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MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE ANATOMIA HUMANA PROFa. Dra. BÁRBARA BORGES 2014 FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA – FASI COORDENAÇÃO DO CURSO DE NUTRIÇÃO APRESENTAÇÃO 1 Estes roteiros foram elaborados visando auxiliar o estudante durante as aulas práticas de Anatomia. Os mesmos servem como guia de estudo e em cada prática e devem ser utilizados para acompanhamento e anotações. O aprendizado depende muito da capacidade do aluno em observar, raciocinar, comparar, discutir e deduzir. 2 DO ESTUDO E DO USO DO LABORATÓRIO DE ANATOMIA RECOMENDAÇÕES GERAIS 1 a) De Ordem Pessoal Manuseie a peça anatômica com cuidado e atenção; Não brinque ou faça brincadeiras com as peças; tenha respeito, ética e seriedade; Use jaleco, luva e máscara (se necessários) enquanto permanecer dentro do laboratório. Nunca manuseie a peça sem luva; Não fume, coma ou beba dentro do laboratório; Trabalhe com seriedade, evitando brincadeiras; Jamais esqueça que o laboratório é um ambiente de trabalho submetido a riscos de acidentes; O trabalho em laboratório exige concentração e bom desempenho; Siga as recomendações e instruções fornecidas pelos professores; Mantenha o mínimo de ruído possível; Proibido o uso de celulares; Não deixe materiais estranhos ao trabalho sobre as bancadas; Cadernos, bolsas e agasalhos devem ficar fora das bancadas; Em caso de acidente use o lava-olhos, o chuveiro de emergência se necessário e um extintor de pó químico pressurizado (localizados no corredor) devendo ser usados por pessoas treinadas. 1 b) Referentes ao Laboratório 2 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho; Jogue papéis usados e materiais inservíveis no lixo somente quando não apresentar riscos de contato com produtos químicos oxidantes; Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação; Evitar descartar produtos químicos nas pias de laboratório. Em caso de derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, tomar as seguintes precauções: parar o trabalho, isolando na medida do possível a área; advertir pessoas próximas sobre o ocorrido; só efetuar a limpeza após consultar a ficha de emergência do produto; alertar a chefia; verificar e corrigir a causa do problema; no caso do envolvimento de pessoas, lavar o local atingido com água corrente e procurar o serviço médico. USO DE EQUIPAMENTOS E APARELHAGEM EM GERAL 3 Planeje as operações com novos equipamentos; Leia previamente as instruções sobre o equipamento a ser utilizado; Saiba de antemão o que fazer em uma situação de emergência. RESÍDUOS Definição Toda substância, não desejável, resultante de um processo químico no qual ocorre transformação. Cuidados Não jogue fora nenhum tipo de resíduo sem antes verificar o local adequado para fazê-lo; Para cada tipo de resíduo existe uma precaução quanto a sua eliminação, em função da sua composição química e/ou biológica. Ex.: não jogue produtos corrosivos concentrados na pia, eles só podem ser descartados depois de diluídos ou neutralizados; não descarte líquidos inflamáveis no esgoto; descarte os materiais biológicos em local adequado (DESCARTEX). RECOMENDAÇÕES FINAIS Tenha este Guia sempre à mão no laboratório e releia-o periodicamente. O risco de acidente é maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo. A segurança de um laboratório está apoiada na determinação de cada um de seus elementos: VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL “A Anatomia é a base de todas as ciências médicas, teóricas e práticas.” Claude Bernard INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 4 A Anatomia é antiquíssima. Ela se iniciou com a simples inspeção da forma externa de pessoas e animais, mortos ou vivos, de várias idades. Depois, movido pela curiosidade, o homem praticou incisões e secções em cadáveres para conhecer a constituição interna e seu arranjo ou aspecto arquitetural. Na seqüência foram observadas as transformações irreversíveis relacionadas com o desenvolvimento e os aspectos funcionais das formações anatômicas já então conhecidas. Para a prática das ciências da saúde ela continua a ser o “...fundamento sólido..., a preliminar essencial”, no dizer de Vesalius. Para a produção científica seu campo de pesquisa tem sido ampliado muitas vezes, abrangendo áreas cada vez mais especializadas, mas que, no final das contas, são ramos da própria Anatomia. A Anatomia estuda a forma, a constituição,a arquitetura e a configuração do corpo A Anatomia Humana tem sido definida como a ciência que estuda a forma, a estrutura e o desenvolvimento do corpo humano. Entretanto, essa definição pertence mais à Morfologia, cujo estudo é mais abrangente. Sob a óptica educativa, a Anatomia do Desenvolvimento é estudada na disciplina de Embriologia e a Anatomia Estrutural ou Microscópica é conteúdo das disciplinas de Histologia, Citologia ou Biologia Celular. Esta é uma razão para o uso dos termos formação, corpo, parte, porção ou elemento anatômico (macroscópico*), comumente utilizados na Anatomia, no lugar de estrutura, que significa disposição e ordenação de células, genes, tecidos, portanto em nível celular ou subcelular. Forma significa aparência, feitio, contorno ou limites exteriores, aspecto físico. Constituição é o complexo de elementos formadores, o conjunto das características corporais de um ser, as partes que compõem o conjunto das características hereditárias; corresponde ao genótipo de um indivíduo. Arquitetura deve ser entendida como a disposição organizada das partes ou dos elementos. Configuração é o somatório de tudo, o aspecto físico final, o arranjo do todo por dentro e por fora, o fenótipo. Portanto, formações anatômicas são estudadas em Anatomia quanto ao seu contorno, às partes formadoras e às relações entre essas partes, para se chegar ao entendimento da configuração macroscópica final. A forma não é estática, mas dinâmica porque o organismo se transforma sempre, ainda que lentamente, para se adaptar com novas formas às necessidades funcionais em um determinado momento. Um osso sofre contínua e progressiva remodelação*. Um músculo experimenta processos de hipertrofia e de hipotrofia, segundo os exercícios que realiza ou deixa de realizar. Uma articulação, uma víscera*, um dente se altera com o uso, com a idade, com a doença etc. Desse modo, nenhum corpo humano é igual a outro nem o mesmo é sempre igual em todas as suas partes em momentos diferentes. A forma é dependente de fatores gerais e individuais de variação Tem-se de considerar os grandes fatores de variação* (gerais) que apresentam características anatômicas comuns. São eles a idade, o sexo, o biótipo, o grupo étnico e o estado de nutrição. As diferenças anatômicas determinadas por esses fatores são mais ou menos óbvias; entretanto, parece-nos que o biótipo precisa de alguma abordagem. A Biotipologia refere-se aos tipos morfológicos constitucionais longilíneo, brevilíneo e mediolíneo, que ocorrem em ambos os sexos e em várias faixas etárias e grupos étnicos, aumentando assim a diversidade, já que cada um tem caracteres anatômicos próprios. 5 Para se ter uma idéia das diferenças anatômicas entre os éctipos (tipos extremos), apontamos no longilíneo algumas características completamente opostas às dos brevilíneos: 1. alto e magro; 2. membros inferior e superior bastante longos em relação ao tórax; 3. o tórax predomina sobre o abdome; 4. as costelas e a linha cérvico-escapular são oblíquas (no brevilíneo são horizontais); 5. pele delgada e tela subcutânea escassa; 6. dolicocrânio; 7. coluna vertebral com curvas discretas e espaços intercostais amplos; 8. coração e estômago alongados verticalmente; 9. Dentição precoce e dentes apertados;10. músculos delgados e longos. O mediolíneo apresenta características atenuadas de ambos os éctipos, ora mais ora menos acentuadas.A cabeça, tomada isoladamente, pode ser classificada em quatro tipos fundamentais conforme as dimensões de seus três segmentos faciais: o superior ou cerebral, o médio ou respiratório e o inferior ou digestório. Os tipos cefálicos são os seguintes: respiratório, quando o segmento médio é mais desenvolvido que os demais; o digestório, quando o segmento inferior é o predominante; o cerebral, quando o predominante é o segmento superior; e o quarto tipo é o muscular, quando os três segmentos se equivalem. Ao se relacionar os tipos cefálicos com os biótipos, nota-se uma correspondência entre o respiratório e o longilíneo, entre o digestório e o brevilíneo e entre o muscular e o mediolíneo. Os pequenos fatores de variação (individuais) são próprios do indivíduo. Variações anatômicas individuais da forma (contorno incomum ou tamanho exagerado de um órgão*, duplicação de um ducto*, ausência de uma veia, trajeto incomum de uma artéria, raiz dental supranumerária) são extremamente comuns e a Anatomia lida tranqüilamente com isso. Observe que a variação anatômica não causa prejuízo funcional. Se a variação anatômica é grande a ponto de interferir com o bom funcionamento ou mesmo com a estética (fissura lábio- palatina, dedo supranumerário, anodontia, espinha bífida), já não é mais variação e sim uma anomalia. Se a anomalia é exagerada e de alta gravidade, a ponto de ser incompatível com a vida, passa a se chamar monstruosidade, estudada pela Teratologia. Assim, a Anatomia estuda o aspecto normal*, ou seja, as formas mais comuns, mais freqüentes, típicas. Porém, incorpora pequenos desvios do normal, como as variações, e até mesmo prevê seu aparecimento. A forma tida como anormal ou alterada é objeto de estudo da Patologia. A melhor anatomia é a que nos revela o ser vivente Embora seja, no estudo anatômico, imprescindível a utilização de cadáveres e de modelos industrializados, é importante ter em mente que ele visa mesmo ao conhecimento do corpo vivo. Sempre que possível o estudo deverá ser feito no próprio estudante ou em seu par, com inspeção visual e manual. A palpabilidade do crânio, de vários músculos, da laringe, de algumas articulações é não apenas possível, mas necessária. O exame da boca no vivo tem a vantagem de se fugir das modificações de consistência, elasticidade, forma, cor, odor, secreções e sensibilidade decretadas pela morte e pelos meios de conservação do cadáver. Examinar a boca do ser vivente é lidar com uma anatomia “real” dessa parte do corpo. Os conhecimentos em Anatomia podem ser obtidos por meio do estudo dos sistemas* do corpo (esquelético, digestório, nervoso etc.) ou aparelhos* (gênito-urinário, cárdio-respiratório), com todas as suas ramificações, não importando em que região possam estar. Constitui a Anatomia Sistêmica. Se o estudo for feito obedecendo às regiões do corpo (dividido convencionalmente em regiões topográficas), constituirá a Anatomia Topográfica. Nesse caso, em cada região será estudada parte de cada sistema orgânico que compõe essa região. 6 O corpo humano, em posição ortostática, se for circunscrito em um paralelepípedo, será limitado por quatro planos longitudinais e dois horizontais A noção dos imaginários planos de delimitação (anterior, posterior, lateral direito, lateral esquerdo, superior e inferior) é fundamental para a compreensão dos termos de posição e direção usados na descrição do corpo. Há também termos que definem planos de secção, o que na prática realmente acontece ao se reduzir cadáveres nos laboratórios de anatomia ou nos institutos médico-legais ou ao se realizar cirurgias. Portanto, estes não são planos imaginários. São eles: sagital, sagital mediano, frontal, frontal médio, transversal, oblíquo, horizontal, longitudinal. O plano sagital mediano pode ser praticado em um cadáver, de tal modo que este fique separado ao meio. As duas metades resultantes, direita e esquerda, são os antímeros. A construção corpórea obedece a alguns princípios, entre eles o da simetria bilateral denominado antimeria. Outro princípio que o estudante logo perceberá se traduz na disposição das estruturas em camadas ou estratos, da superfície para a profundidade, em todas as partes do corpo. É o princípio da estratificação do corpo humano ao ser embriologicamente formado. A metameria (segmentação crânio-caudal em unidades ou metâmeros, como por exemplo, vértebras, costelas, nervos espinais, etc.) e a paquimeria (divisão pelo plano frontal médio em paquímeros ventral, com a grande cavidade que contém as vísceras, e dorsal com a cavidade que contém o neuroeixo) são os demais princípios ou planos gerais de construção do corpo humano. Nomenclatura anatômica Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem pró pria. Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi- la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria axial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 7 Posição de descrição anatômica Todos estes planos de delimitação e de secção, e também os termos de posição ou localização das estruturas anatômicas, são utilizados com o corpo em uma posição padronizada. Por exemplo, imaginemos ter de descrever a posição relativa de uma lesão na pele da face, que se encontre entre o nariz e a orelha. Caso o paciente se encontre em decúbito dorsal (deitado com a face para cima), a lesão será descrita como localizada “superiormente” à orelha. Já se o paciente estiver em decúbito ventral (deitado com a face para baixo), a lesão seria descrita como localizada “inferiormente” à orelha. Para se evitar esse tipo de confusão, foi adotada uma posição fixa, universalmente aceita. Nessa posição, denominada posição de descrição anatômica, o corpofica na vertical (posição ortostática), com a cabeça “olhando” para frente e para o horizonte, pés unidos, membros superiores estendidos ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para frente, de forma que o polegar fique “apontando” para fora. Assim, voltando ao nosso exemplo inicial, a lesão deverá ser corretamente descrita como localizada “anteriormente” à orelha. As descrições feitas ao longo deste livro fundamentam-se nessa posição. Ao estudar o crânio, por exemplo, ele poderá ser posicionado da forma mais conveniente para visualizar este ou aquele acidente anatômico, mas a descrição no texto sempre será feita levando-se em consideração a posição de descrição anatômica. Divisão do corpo humano O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros. 1. Cabeça A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária passando pelo topo das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas regiões. O crânio contém o encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. As lesões crânioencefálicas são as causas mais freqüentes de óbito nas vitimas de trauma. A face é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e paladar. Abriga as aberturas externas do aparelho respiratório e digestivo. As lesões da face podem ameaçar a vida devido ao sangramento e obstrução das vias aéreas. 2. Tronco O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve. 2.1. Pescoço Contém varias estruturas importantes. É suportado pela coluna cervical que abriga no seu interior a porção cervical da medula espinhal. As porções superiores do trato respiratório e digestivo passam pelo pescoço em direção ao tórax e abdome. Contém também vasos sangüíneos calibrosos responsáveis pela irrigação da cabeça. As lesões do pescoço de maior gravidade são as fraturas da coluna cervical com ou sem lesão medular, as lesões do trato respiratório e as lesões de grandes vasos com hemorragia severa. 2.2. Tórax Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte inferior do trato respiratório (vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos sangüíneos que chegam ou saem do coração. É sustentado por uma estrutura óssea da qual fazem parte a coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a escápula. As lesões do tórax são a segunda causa mais freqüente de morte nas vítimas de trauma. 8 Planos de delimitação e secção do corpo humano Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: dois planos verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou posterior. Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por serem paralelos à “fronte”; dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – planos laterais direito e esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente à cabeça – plano cranial ou superior – e outro à planta dos pés – plano podálico – (de podos = pé) ou inferior. O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vértice do cóccix, ou seja, o osso que no homem é o vestígio da cauda de outros animais. Por esta razão, este plano é denominado caudal. Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de secção: o plano que divide o corpo humano em metades direita e esquerda é denominado mediano. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os planos de secção são também chamados sagitais; os planos de secção que são paralelos aos planos ventral e dorsal são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte frontal); os planos de secção que são paralelos aos planos cranial, podálico e caudal são horizontais. A secção é denominada transversal. Termos de posição A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de delimitação e secção. Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal serão chamadas de medial e lateral conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do plano mediano do corpo. Duas estruturas localizadas em um plano sagital serão chamadas de anterior (ou ventral) e posterior (ou dorsal) conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do plano anterior. Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superior (ou cranial) para a mais próxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante deste plano. Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros emprega-se, comumente, os termos proximal e distal referindo-se às estruturas respectivamente mais próxima e mais distante da raiz do membro. Para o tubo digestivo emprega-se os termos oral e aboral, referindo-se às estruturas respectivamente mais próxima e mais distante da boca. Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de intermédia. Nos outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra posterior, ou entre uma superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal ou ainda uma oral e outra aboral) é denominada de média. Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, sendo este um conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre mediana, enquanto os outros termos de posição e direção são relativos, pois baseiam-se na comparação da posição de uma estrutura em relação a posição de outra. 9 Métodos de estudo na anatomia 1. inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou internos (endoscopia); 2. palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas; 3. percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou sólidos); 4. ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino); 5. mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias; 6. dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor visualização; 7. métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada. Planos anatômicos O corpo humano é dividido por três eixos imaginários: 1. o eixo vertical ou longitudinal, que une a cabeça aos pés. 2. o eixo de profundidade ou ântero-posterior, que une o ventre ao dorso. 3. o eixo de largura ou transversal, que une o lado direito ao lado esquerdo. No momento em que projetamos um eixo sobre outro temos um plano. Existem quatro planos principais: 1. o plano sagital, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo longitudinal; 2. o plano sagital mediano, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo longitudinal na linha mediana, dividindo o corpo em duas metades aparentemente simétricas, denominadas antímeros; 3. o plano transversal ou horizontal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em segmentos denominados metâmeros; 4. o plano frontal ou coronal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo longitudinal, dividindo o corpo em porções chamadasde paquímeros. Termos anatômicos Inferior ou caudal: mais próximo dos pés; Superior ou cranial: mais próximo da cabeça; Anterior ou ventral: mais próximo do ventre; Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso; Proximal: mais próximo do ponto de origem; Distal: mais afastado do ponto de origem; Medial:mais próximo do plano sagital mediano; Lateral: mais afastado do plano sagital mediano; Superficial: mais próximo da pele; Profundo: mais afastado da pele; Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo; Contra-lateral: do lado oposto do corpo 10 EXERCÍCIOS: TERMOS DE POSIÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): 1ª) Identifique os planos de secção das figuras abaixo. 1 a) _________________________________ 1 b) _________________________________ 1 c) _________________________________ 2ª) Complete as lacunas abaixo com os termos anatômicos corretos: 1 a) O dedo mínimo em relação ao polegar tem uma posição_____________________ 2 b) O dedo indicador em relação ao polegar e ao mínimo tem uma posição___________ 3 c) O dedo polegar em relação ao mínimo tem uma posição_____________________ 4 d) O nariz em relação à boca tem uma posição___________________________ 5 e) O nariz em relação à boca e aos olhos tem uma posição____________________ 6 f) O antebraço em relação ao braço tem uma posição ______________________ 7 g) O antebraço em relação ao braço e a mão tem uma posição__________________ 8 h) O osso esterno em relação ao coração tem uma posição__________________ 9 i) A coluna vertebral em relação ao coração tem uma posição_______________ 3ª) Complete as lacunas com os significados das abreviaturas: a. ___________________________ v. __________________________________ m. __________________________ n. __________________________________ lig. __________________________ gl. _________________________________ aa.__________________________ mm._________________________________ 4ª) Descreva posição anatômica: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 11 5ª) Defina os seguintes termos: Anatomia ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Variação Anatômica ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Anomalia ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Monstruosidade ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 6º) Identifique os termos que são utilizados para descrever os planos indicados nas figuras abaixo. 12 SISTEMA ESQUELÉTICO – GENERALIDADES 01 – Examine um esqueleto articulado, e veja que ele é constituído por partes ligadas entre si. Essas partes são os ossos. 02 – Veja que o esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana, formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, chamada de esqueleto axial; outra apensa a esta, formada pelos membros superiores e inferiores, denominada esqueleto apendicular. Identifique essas porções com seus respectivos ossos. 03 – Observe que a união entre essas duas porções se faz por meio de cinturas ou cíngulos. Localize as cinturas escapular e pélvica e identifique os ossos que delas fazem parte. 04 – Estude um pouco de Anatomia de Superfície. Observe os relevos que aparecem no seu corpo e de seus colegas ao nível do ombro, cotovelo, punho e mão. Tente identificar no esqueleto quais ossos fazem estes relevos. Observe também o relevo da clavícula, esterno e costelas. Examine esses ossos no esqueleto. 05 – Ainda sobre Anatomia de Superfície, observe a coluna vertebral. Que parte das vértebras pode ser palpada na coluna vertebral? Palpe os ossos da pelve, principalmente a crista ilíaca. Observe também os relevos produzidos ao nível do joelho, tornozelo e pé. Procure identificar no esqueleto quais ossos produzem estes relevos. 06 – Há várias maneiras de classificar os ossos. A classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a predominância de uma das três dimensões (comprimento, largura e espessura). Assim, reconhecem-se: 6.1 – Ossos longos: são aqueles que apresentam um comprimento consideravelmente maior que a largura e espessura. Observe o esqueleto e localize: fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna, falanges. 6.1.1 – Ossos alongados: Observe o esqueleto e localize: 6.2 – Ossos laminares: também chamados de ossos planos ou chatos, apresentam comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Observe o esqueleto e localize: Alguns ossos do crânio, a escápula, o esterno... 6.3 – Ossos curtos: são aqueles que apresentam as três dimensões equivalentes. Observe o esqueleto e localize: Ossos carpais e alguns ossos tarsais. 13 6.4 – Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Observe o esqueleto e localize: as vértebras. Todos os ossos da face e alguns do crânio (etmoide, esfenoide, temporal, etc.). Adjetivando, essas quatro classificações principais, existem outras duas: 6.5 – Ossos pneumáticos: São ossos que contêm cavidades cheias de ar. São encontrados apenas no Crânio e na face. Esses ossos apresentam uma ou mais cavidades, denominadas de seios. Observe o esqueleto da cabeça e localize: Frontal - Osso plano e pneumático. Maxila, Etmoide, Temporal, Esfenoide - Ossos irregulares e pneumáticos. Osso sesamoide: São ossos que se formam entre articulações, como os ossos suturais do crânio e entre tendões e ligamentos como a patela, cuja principal função é proteger a articulação do joelho. A patela é o maior osso sesamoide do corpo humano. É considerado um osso curto e sesamoide. Atenção!: As costelas, apesar de longos se classificam como ossos planos. Em todo osso longo, o corpo, geralmente cilíndrico, recebe o nome de diáfise, e as extremidades, recebem o nome de epífises. A diáfise é oca. E seu interior, chamado de canal medular, é ocupado pela medula óssea. A medula óssea é Vermelha nas crianças e jovens. E com o passar dos anos, vai sendo substituída por tecido adiposo, sendo chamada então de Medula Óssea Amarela. Também na epífise, há um grande número de cavidades, formadas pelo entrecruzamento das trabéculas ósseas. Essas cavidades também contem a medula vermelha. Formadora de células sanguíneas. 6.6 – Ossos extranumerários: são ossos além do número normal, mas que são freqüentemente encontrados. Podem ser de dois tipos: 1 Ossos Suturais: quando se interpõem nas linhas articulares dos ossos do crânio. 1 Ossos Sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos tendões ou na cápsula fibrosa que envolvem certas articulações.Os primeiros são denominados INTRATENDÍNEOS e os segundos são denominados PERIARTICULARES. 14 O ESQUELETO HUMANO Oficialmente, o esqueleto humano é formado por 206 ossos, que podem ser classificados quanto à localização em: Esqueleto Axial e Esqueleto Apendicular. O ESQUELETO AXIAL, é formado por: Ossos do Crânio (Neurocrânio e Viscerocrânio), Ossos da coluna vertebral, composta pelas vértebras, sacro e cóccix. Costelas e osso Esterno. O Neurocrânio, é formado por quatro ossos medianos. E dois ossos bilaterais. São ossos medianos: Osso frontal. Osso Etmoide. Osso Esfenoide. Osso Occipital. São ossos bilaterais: Ossos Parietais. Ossos Temporais. Totalizando, assim, oito grandes ossos!!! Além desses oito ossos, há três ossículos da audição, bilaterais, alojados na orelha média: Martelo, Bigorna e Estribo. E também alguns ossos extranumerários. Que no caso do crânio, são chamados de ossos suturais. Pois, formam-se entre as suturas, que são articulações fibrosas entre os ossos do crânio. O Viscerocrânio é formado por seis ossos bilaterais e três ossos medianos. - São bilaterais, os ossos: Maxila, Zigomático, Nasal, Lacrimal, Concha nasal inferior e Palatino. - São medianos, os ossos: Vômer, Mandíbula e Hióide Anexo entre as vértebras cervicais e a mandíbula está o osso hioide (pertence ao Viscerocrânio), o osso da deglutição. Único osso que não se articula com o esqueleto. Está fixado apenas por músculos e ligamentos. É comum esse osso ser esquecido por mestres e 15 doutores no estudo do sistema esquelético, às vezes nem é contabilizado. Portanto no CRÂNIO temos: 14 ossos do Neurocrânio 15 ossos do Viscerocrânio. Em continuação ao crânio está a coluna vertebral que é formada pelas vértebras cervicais, torácicas, lombares e pelos ossos Sacro e cóccix. As vértebras são uma série de anéis sobrepostos, sobretudo de maneira que o orifício central de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior. De tal maneira que no centro da coluna vertebral existe um canal. no qual está a medula espinal, órgão nervoso de fundamental importância. As articulações que se interpõem entre uma vértebra e a vértebra seguinte permitem a mobilidade de toda a coluna vertebral, garantindo a esta, a máxima resistência aos traumas. Entre uma vértebra e outra existem os discos intervertebrais, elementos das Articulações Intercorpovertebrais que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos de eventuais pressões. As vértebras são em número de 24* e não são todas iguais. 7 são cervicais. A primeira se chama Atlas. A segunda se chama Áxis. E a sétima é denominada Vértebra proeminente. Sendo estas 3, as únicas vértebras com nomes próprios. Em continuação das cervicais estão 12 vértebras torácicas. Que se articulam com as costelas e se unem ao osso esterno mediante as cartilagens costais, fechando a caixa torácica e protegendo os órgãos contidos no tórax. A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares que têm maior tamanho porque devem ser mais resistentes para realizar a sustentação do tronco. O osso Sacro e o Osso Cóccix. *A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por último, as 3 ou 4 vértebras rudimentares, quase sempre soldadas entre si, que compõe o osso cóccix. Obs.: Alguns autores contabilizam também as vértebras do sacro e do cóccix, situação em que teremos, então, 33 vértebras na coluna vertebral. (esta é uma prática válida somente para estudo dos nervos espinais, pois confunde muitos estudantes iniciantes). A partir do momento que estas vértebras (sacrais e coccígeas) se fundem não devem mais ser catalogadas como vértebras e sim como ossos. 16 As vértebras são geralmente referidas como: Cervicais: Da C1 até a C7. Sendo a C1 chamada de atlas. A C2 chamada de áxis. e a C7 chamada de vértebra proeminente. Torácicas. Da T1 até a T 12. Lombares. Da L1 até a L5. Sacrais. Da S1 até a S5. (Osso Sacro) Coccígeas. Da Co1 até a Co4. (Osso cóccix) As costelas, classificadas como ossos alongados, são ossos bilaterais, geralmente, em número de doze pares: - Sete pares são denominadas costelas verdadeiras e Cinco pares são costelas falsas. São chamadas de costelas falsas pelo fato de não se articularem, diretamente, com o osso esterno. - Três pares destas costelas (falsas) são unidas ao esterno através da cartilagem costal.e os Dois últimos pares são chamados de costelas flutuantes, pelo fato de terem uma extremidade livre (anterior ou ventral), sem ligação com o osso esterno ou com a cartilagem costal. ESQUELETO APENDICULAR Os ossos dos membros superiores começam com o ombro, formado pelo Cíngulo do membro superior, que é composto pela Escápula, osso de forma triangular, classificado como osso plano (devido à sua maior porção ser laminar) e pela Clavícula, osso longo e curvado, situado anteriormente à escápula. A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em quase todas as direções. Esta articulação junto com a do quadril é uma das mais móveis e importantes do corpo humano. O osso do braço é o Úmero, osso longo e robusto; O antebraço é formado pelos ossos longos. Rádio e Ulna. O Rádio tem a cabeça de forma circular, lembrando um botão redondo, como os dos aparelhos radiofônicos antigos. 17 A Ulna tem o formato de uma chave de boca ou, ainda, a forma da letra U em sua epífise proximal. A cabeça do rádio é proximal enquanto a da ulna é distal. Com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna), se articula na sua parte inferior a mão, que é formada proximalmente por Oito Ossos carpais. São os que formam o Carpo (punho): - Fileira proximal: Escafoide - Semilunar - Piramidal - Pisiforme. - Fileira distal: Trapézio - Trapezoide - Capitato - Hamato. Cinco ossos metacarpais na região conhecida como Metacarpo e que corresponde à superfície dorso-palmar da mão. E são denominados: I - (primeiro) metacarpal. II - (segundo) metacarpal. III - (terceiro) metacarpal. IV - (quarto) metacarpal. V - (quinto) metacarpal. E, finalmente, Catorze ossos formam os dedos da mão. São conhecidos como falanges: Proximais, médias e distais. ATENÇÂO! : O polegar tem apenas duas falanges: a proximal e a distal. Totalizando, assim, 27 ossos componentes da mão humana completa. Excluindo-se os ossos extranumerários, denominados sesamoides. Os membros inferiores estão unidos ao tronco por meio do Cíngulo do membro inferior. Formado pelos ossos do quadril, fixados pelo osso sacro. Antes dos vinte anos de idade, o osso do quadril é formado por três ossos: Ílio, Ísquio e Púbis. Após essa idade, os três ossos mencionados fundem-se formando o Osso do Quadril propriamente dito. O osso do quadril articula-se com o fêmur, osso da coxa, o mais longo e forte de todo o corpo. Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia e esta, à fíbula, que são os dois ossos da perna. Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual toma parte, também, o osso patela (curto e sesamoide). Por último, os ossos da perna se articulam com os do pé. O pé é formado pelos Ossos tarsais: Tálus, Calcâneo, Navicular, Cuboide e Cuneiformes (lateral, intermédio e medial). Além dos ossos metatarsais (ossos longos): I - (primeiro) metatarsal. II - (segundo) metatarsal. III - (terceiro) metatarsal. 18 IV - (quarto) metatarsal. V - (quinto) metatarsal. E das Falanges (ossos longos): Proximal, média e distal. Que formam os dedos do pé. Exceto no hálux, (o dedão do pé), onde há somente as falanges proximal e distal. Totalizando assim, 26 ossos que compõem o pé humano completo. Excluindo-se os ossos extranumerários, denominados sesamoides. Para não ter mais dúvidas... vamos exercitar !!! Observe os esquemas na próxima página e localize as estruturas apontadas pelas fechas. 19 20 ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA ASSUNTO: ARTROLOGIA GERAL ARTICULAÇÕES FIBROSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas entre si por um tecido conjuntivo fibroso. Podemos considerar três tipos: - Suturas - Sindesmoses - Gonfoses SUTURAS: Identificar suturas serrilhadas, planas e escamosas. Suturasserrilhadas: Ex.: *sutura coronal (entre os ossos frontal e parietais) *sutura sagital (entre os ossos parietais) *sutura lambdóide (entre os ossos occipital e parietais) Suturas planas: Ex.: *sutura internasal (localizada na linha mediana da face entre os ossos nasais) *sutura intermaxilar (localizada na linha mediana da face entre os ossos maxilares) *sutura palatina mediana (localizada na linha mediana da abóbada palatina) Sutura escamosa: Ex.: *sutura escamosa (entre os ossos parietal e temporal) SINDESMOSES: Ex.: * Sindesmose rádio-ulnar * Sindesmose tíbio-fibular GONFOSES: Ex.: * Articulação dentoalveolar ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas por cartilagem. Podemos considerar 2 tipos: - Sincondrose e Sínfise SINCONDROSE: A união entre peças ósseas se faz por meio de cartilagem hialina. Estas articulações são temporárias e tendem a desaparecer com o tempo, havendo a substituição da cartilagem por tecido ósseo. 21 Sincondrose intra-óssea: Articulação cartilagínea primária. Ex.: Cartilagem de crescimento que une as epífises à diáfise dos ossos longos (disco epifisal) Sincondrose Interóssea: São aquelas onde os dois ossos diferentes se unem por cartilagem hialina. Ex.: Sincondrose esfeno-occipital, situada na base do crânio. SÍNFISE OU ANFIARTROSE: (articulações semi-móveis) As peças ósseas se unem por meio de cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem. Ex.: articulações entre os corpos das vértebras (intercorpovertebral); Sínfise Púbica (articulação entre os corpos do púbis, na linha mediana). ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: (articulações por contigüidade) São articulações em que as peças ósseas estão justapostas, deixando entre si uma fenda (cavidade articular). Identificar as PRINCIPAIS ESTRUTURAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: Superfície Articular das peças ósseas Cartilagem Articular (cartilagem hialina que reveste as superfícies articulares). Cápsula Articular (membrana de natureza fibrosa que envolve a articulação, inserindo-se pelas extremidades aos segmentos ósseos. Importante para manter as peças articulares unidas entre si. Membrana Sinovial (membrana que reveste internamente a cápsula articular , a qual é responsável pela elaboração do líquido sinovial). Cavidade Articular (espaço entre as peças ósseas delimitado pela cápsula articular) Líquido Sinovial (líquido viscoso encontrado na cavidade articular - não se observa em peças fixadas em formol). Ligamentos (reforçam o meio de união entre as peças articulares): Ligamentos capsulares (aparecem como espessamento em algumas regiões da Cápsula Articular Ex.: Ligamento temporomandibular (ATM) Ligamentos extra-capsulares ou extra-articulares (são cordões fibrosos que se estendem de uma a outra peça articular). Ex.: Ligamento colateral fibular do joelho. Ligamentos intra-capsulares ou intra-articulares (são cordões fibrosos que unem internamento as peças articulares). Ex.: Ligamentos cruzado anterior e posterior do joelho. 22 FORMAÇÕES NÃO ESSENCIAIS OU ACESSÓRIAS: são formações que aparecem em algumas articulações sinoviais. Disco Articular : São placas de fibrocartilagem em forma de disco, encontradas entre as peças que se articulam, dividindo a cavidade articular em dois compartimentos. Ex.: Articulação temporomandibular e Articulação esterno-clavicular. Menisco Articular : São anéis de fibrocartilagem que se interpõem as superfícies articulares, permitindo contado da superfície articulares somente pela sua porção central. Ex.: Articulação do joelho Orlas, labrum ou Bordaletes : encontram-se ao redor das superfícies articulares de algumas articulações, aumentando assim, a superfície de contato entre as peças ósseas. Ex.: Superfície articular na escápula, na articulação escápulo-umeral e na superfície articular do osso do quadril, na articulação coxo-femoral. 23 EXERCÍCIOS ARTROLOGIA CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): 1- Identifique no esquema abaixo do joelho, as estruturas indicadas. 2-Qual a definição de articulação? 3-Qual o critério utilizado para classificar as articulações? 24 4-Como são classificadas as articulações do corpo humano? 5-Quais são os tipos de articulações imóveis? Dê exemplos. 6-Quais são os tipos de articulações semi-móveis? Dê exemplos. 7-Quais são os tipos de articulações totalmente móveis? Dê exemplos. 8-Quais são as características fundamentais das articulações sinoviais? 9-As articulações móveis constituem importantes dispositivos anatômicos que possibilitam, juntamente com os ossos e os músculos estriados esqueléticos, a formação de um eficiente aparelho locomotor. Representa uma articulação sinovial, a (o): a) articulação sínfise púbica. b) articulação gonfose. c) articulação escápulo-umeral. d) sutura sagital. e) disco intervertebral. 25 10- Identifique , tipifique e classifique as articulações das imagens que se seguem : A) B) C) 26 D) E) F) 27 G) H) I) 28 ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA ASSUNTO: SISTEMA MUSCULAR Conceito de Músculos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. Funções dos Músculos: a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. 29 e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 3- Grupos Musculares: Em número de nove. São eles: a) Cabeça b) Pescoço c) Tórax d) Abdome e) Região posterior do tronco f) Membros superiores g) Membros inferiores h) Órgãos dos sentidos i) Períneo 2- Classifique os músculos : Quanto a Situação: 30 a)Superficiais ou Cutâneos: estão localizados logo abaixo da pele e apresentam, no mínimo, uma de suas inserções na camada profunda da derme. Exemplos: músculos da cabeça, do pescoço e da mão. Exemplo: Platisma. b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado. Quanto à Forma: a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial. c) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão. 31 b) Largos:Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma. Quanto à Disposição da Fibra: a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal. b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal. c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo. Quanto à Origem e Inserção: a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps. b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos. Quanto à Função: a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos. c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro. d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal. 32 Quanto à Nomenclatura: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Ação: Extensor dos dedos. b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado. c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos. d) Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta). e) Localização: Tibial anterior. f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial. Tipos de Músculos: a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sangüíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE. 33 Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados: a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). b) Tendão é um elemento de fibrocartilagem, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. Ocorrem em músculos profundos. c) Aponeurose é uma estrutura formada por fibrocartilagem. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. É um tendão de formato diferente. É branco e prende o músculo ao osso, mas ocorre em músculos superficiais para que não haja volume na pele. d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo- lhe um deslizamento fácil. e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular. 34 Tipos de Contrações: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa. c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°. Anatomia Microscópica da Fibra Muscular: O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina). Componentes Anatômicos dos Músculos: a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele. 35 b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo. c) Epimísio é a camada de tecido conjuntivo que reveste todo o músculo, prendendo-o no lugar para uni direcionar o movimento. d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu como estruturas brancas entre os fascículos. e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e reveste e separa cada fibra muscular de seus vizinhos. Podemos classificar os músculos ainda quanto ao número de : - cabeças - ventres - caudas Quanto ao nº de cabeça: 2 cabeças: bíceps 3 cabeças: tríceps 4 cabeças: quadríceps ( o número máximo de cabeças é 4) Quanto ao nº de ventres: 1 ventre: monogástrico 2 ventres: digástrico. 3 ou mais ventres: poligástrico Quanto ao nº de caudas: 1 cauda: monocaudado 2 ou mais caudas: policaudado Obs: Em caso de 5 caudas , o músculo será da mão ou do pé. 36 37 38 EXERCÍCIOS MIOLOGIA CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): Este roteiro foi desenvolvido para que o aluno possa identificar os diversos músculos. 1. Identificar os componentes musculares: a) Ventre muscular b) Tendões c) Aponeurose d) Fáscia Muscular 2. Faça uma tabela descrevendo a origem e inserção dos mm. Bíceps braquial, tríceps braquial, quadíceps femoral, peitoral maior, deitoide. Descreva suas principais funções. 3-O que é e por que sentimos fadiga muscular? 39 4-Defina endomísio, perimísio e epimísio. 5- O que é a hipertrofia muscular? 6- (UFV) Os músculos são responsáveis por diversos movimentos do corpo humano. Considerando que os músculos podem ser diferenciados quanto à função que exercem, assinale a alternativa incorreta: a) os músculos cardíacos se contraem a fim de bombear o sangue para o corpo. b) o diafragma é o principal músculo respiratório. c) o movimento peristáltico é produzido pelo músculo estriado. d) o músculo estriado esquelético tem controle voluntário. e) o músculo cardíaco tem controle involuntário. 7-(UFRGS) Os músculos envolvidos no deslocamento do corpo e nos movimentos do sistema digestivo são, respectivamente, dos tipos: a) estriado e liso. b) esquelético e estriado. c) liso e estriado. d) liso e esquelético. e) estriado cardíaco e liso. 40 8- Complete o esquema abaixo com os nomes dos músculos indicados. ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA 41 ASSUNTO: SISTEMA NERVOSO CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): O sistema nervosoé o que monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação dos órgãos, e constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano (ou outro animal). Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e desempenham papéis importantes na coordenação motora. Todas as partes do sistema nervoso de um animal são feitas de tecido nervoso e seus estímulos são dependentes do meio. O sistema nervoso deriva seu nome de nervos, que são pacotes cilíndricos de fibras que emanam do cérebro e da medula central, e se ramificam repetidamente para inervar todas as partes do corpo. Os nervos são grandes o suficiente para serem reconhecidos pelos antigos egípcios, gregos e romanos , mas sua estrutura interna não foi compreendida até que se tornasse possível examiná-los usando um microscópio. Um exame microscópico mostra que os nervos consistem principalmente de axônios de neurônios, juntamente com uma variedade de membranas que se envolvem em torno deles e os segrega em fascículos de nervos. Os neurônios que dão origem aos nervos não ficam inteiramente dentro dos próprios nervos - seus corpos celulares residem no cérebro, medula central, ou gânglios periféricos. O sistema nervoso humano é dividido em Sistema nervoso central (SNC) e Sistema nervoso periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula espinhal. O SNP consiste de todos os outros neurônios que não estão no SNC. A maioria do que comumente se denomina nervos (que são realmente os apêndices dos axônios de células nervosas) são considerados como constituintes do SNP. O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo: O sistema nervoso somático é o responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e também por receber estímulos externos. Este é o sistema que regula as atividades que estão sob controle consciente. 42 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_som%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_aut%C3%B4nomo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_som%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ax%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_perif%C3%A9rico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_perif%C3%A9rico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fasc%C3%ADculo_de_nervo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Ax%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervoso https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Ser_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Sentido https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia) https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo O sistema nervoso autónomo é dividido em sistema nervoso simpático, sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico. - O sistema nervoso simpático responde ao perigo iminente ou stress, e é responsável pelo incremento do batimento cardíaco e da pressão arterial, entre outras mudanças fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se sente devido ao incremento de adrenalina no sistema. - O sistema nervoso parassimpático, por outro lado, torna-se evidente quando a pessoa está descansando e sente-se relaxada, e é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e genitourinário. O papel do sistema nervoso entérico é gerenciar todos os aspectos da digestão, do esôfago ao estômago, intestino delgado e cólon. Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais O sistema central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do encéfalo e da medula estão envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo - as meninges. O encéfalo, principal centro de controle, é constituído por cérebro, cerebelo, tálamo, hipotálamo e bulbo. 43 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbo_raquidiano https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipot%C3%A1lamo https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1lamo_(anatomia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerebelo https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/Adrenalina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_arterial https://pt.wikipedia.org/wiki/Stress https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_ent%C3%A9rico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_parassimp%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_parassimp%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_simp%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_aut%C3%B3nomo O cérebro é o elemento principal, para o qual são dirigidos os impulsos recebidos pelo sistema nervoso. Seu peso médio, quando atingido o desenvolvimento máximo, é de aproximadamente 1.400g nos homens e 1.260g nas mulheres. Na morfologia cerebral distingue-se uma primeira separação em dois grandes hemisférios cortados por uma linha profunda, a fissura sagital. Na superfície de cada um desses hemisférios existem dois outros cortes, a fissura de Sylvius, ou sulco lateral, e o sulco central. Ficam assim delimitados cinco lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e lobo da insula. A cavidade interna do cérebro é irrigada pelo líquido cefalorraquidiano, que flui também na medula espinhal e constitui um elemento de extrema importância no diagnóstico de muitas doenças e alterações metabólicas. De dentro para fora, distinguem-se a substância branca, formada pelos axônios recobertos de mielina, material lipoprotéico que envolve as fibras e aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos; e a substância cinzenta, que forma o envoltório ou córtex cerebral, formada pelos corpos celulares. A massa cerebral é 44 https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_cinzenta https://pt.wikipedia.org/wiki/Mielina https://pt.wikipedia.org/wiki/Ax%C3%B3nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_branca https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_cefalorraquidiano recoberta por três membranas de proteção, as meninges, que separam o córtex dos ossos cranianos. São elas a pia-máter (mais interna), aracnoide (intermediária) e dura-máter (mais externa). Na região póstero-inferior do cérebro, situa-se o cerebelo, órgão responsável pela coordenação. A ponte, também denominada protuberância anular, liga o cérebro, o cerebelo e o bulbo, e está situada na parte inferior do encéfalo. Compõe-se de diferentes planos de fibras nervosas longitudinais e transversais. O bulbo faz a transição entre o encéfalo e a medula. Nele se entrecruzam as fibras nervosas que atingirão o cérebro, razão pela qual as funções reguladoras do lado direito do corpo são controladas pelo lobo cerebral esquerdo, e as correspondentes ao lado esquerdo, pelo lobo direito. Do bulbo nasce a medula espinhal ou raquidiana, cordão nervoso cilíndrico que se prolonga pelo interior da coluna vertebral até o extremo do osso sacro. O cordão medular consta de um núcleo central de substância cinzenta, com característica disposição em forma de X, envolto numa massa cilíndrica de substância branca. A substância cinzenta se ramifica a partir da medula para formar as raízes dos nervos raquidianos. Ao longo de toda a sua extensão, a medula raquidiana é protegida externamente, como o encéfalo, pelas três meninges e, em seu canal interno, por uma membrana denominada epêndima. 45 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%AAndima https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerebelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Meninges Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistemanervoso periférico. Eles se originam nos dois componentes básicos do sistema nervoso central: o cérebro e a medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos são os seguintes : Par I: olfativo Par II: óptico Par III: óculo-motor Par IV: troclear Par V: trigêmeo Par VI: óculo-motor externo Par VII: facial Par VIII: vestíbulo-coclear Par IX: glossofaríngeo Par X: vago Par XI: acessório Par XII: hipoglosso 46 https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervos_cranianos Outros 31 pares formam o conjunto de nervos raquidianos, dos quais depende a recepção de impulsos periféricos, sua transmissão aos centros fundamentais do sistema nervoso e o envio de sinais aos músculos. A regulação das funções dos órgãos internos, de forma involuntária e autônoma, é executada pelo sistema nervoso vegetativo ou autônomo, unidade fisiológica integrada por dois sistemas diferenciados, o simpático e o parassimpático, com atividades opostas. A motilidade intestinal, por exemplo, é estimulada por um nervo do sistema simpático e inibida por outro do sistema parassimpático. As unidades funcionais do sistema vegetativo são as fibras e os gânglios. O sistema simpático é integrado por uma dupla cadeia de gânglios dispostos em ambos os lados da coluna vertebral. O segundo componente do sistema nervoso autônomo é o parassimpático, formado pelas fibras nervosas autônomas que emergem do sistema nervoso pelos nervos cranianos e pelos segmentos sacrais. Da medula espinhal, a partir da qual surgem os pares de nervos raquidianos que inervam os diferentes músculos, glândulas e vísceras. O sistema nervoso autônomo é uma unidade funcional complementar, constituída pelos sistemas simpático e parassimpático, dos quais depende o equilíbrio da vida orgânica. A função do sistema nervoso nos animais superiores é complementada pela ação do sistema endócrino, encarregado de regular à secreção hormonal. 47 EXERCÍCIOS DE SISTEMA NERVOSO CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): Identifique as estruturas destacadas: 48 1- Sobre a organização e o funcionamento do sistema nervoso, leia atentamente: I- O sistema nervoso é dividido em SNC ( sistema nervoso central) e SNP ( sistema nervoso periférico). II- O SNP é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal. III- O encéfalo é composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico IV- O cerebelo é responsável pelo automatismo da respiração e pela regulação dos batimentos cardíacos. Estão corretas: a) Somente as afirmações I e II. b) Somente as afirmações I e III. c) Somente as afirmações II e III. d) Somente as afirmações I e IV. e) Somente as afirmações II e IV. 2-Responsável pelo equilíbrio, pela coordenação, e pela precisão dois movimentos. O texto refere-se a uma importante região presente no encéfalo denominada: a) cérebro b) substância branca c) córtex d) cerebelo e) neurônios 3-Sistema nervoso autônomo é responsável pelo controle automático do corpo frente às modificações do ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com ar condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir, tentando impedir uma queda da temperatura normal. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismo possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do corpo: a homeostasia. Sobre o sistema nervoso autônomo , leia as seguintes ações atentamente: I- Olhos: a contrai a pupila II- Pulmões: contrai os brônquios III- Coração: acelera os batimentos cardíacos IV- Estômago: estimula a secreção gástrica O sistema nervoso autônomo simpático é responsável pelas ações que ocorrem: a) somente no item I b) somente no item II c) somente no item III d) somente nos itens II e III e) somente nos itens III e IV 4- Em relação ao S.N. parassimpático : a)faz parte do sistema nervoso somático. b) faz parte do sistema nervoso central. c) é o responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e também por receber estímulos externos. d) responde ao perigo iminente ou stress. e) é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e genitourinário. 49 https://pt.wikipedia.org/wiki/Stress ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA ASSUNTO: SISTEMA RESPIRATÓRIO A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas. NARIZ O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O 50 septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato. A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umidecido e aquecido. Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior, média e inferior. O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares. 51 A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior FARINGE A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe. A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral, sendo um local de passagem tanto para o ar como para o alimento. A laringofaringe estende-se para baixo, e conecta-secom o esôfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória. 52 LARINGE A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. A laringe tem três funções: - Atua como passagem para o ar durante a respiração; - Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); - Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago. TRAQUÉIA A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios 53 principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero- posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios. BRÔNQUIOS Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos. Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares. Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo- se a um segmento pulmonar. Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar. PULMÕES Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. 54 Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces. Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado). Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas. Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros. Faces: o pulmão apresenta três faces: • diafragmática: voltada para o diafragma. • costal: voltada para as costelas. • medial: voltada para o outro pulmão e onde se localiza o hilo pulmonar. Hilo pulmonar: local por onde penetram os brônquio principal, artéria pulmonar, veia pulmonar, nervos e vasos linfáticos Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão. PLEURA: É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. - A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal. - A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. 55 ROTEIRO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 1º semestre PROFESSOR: Bárbara Borges 2014DISCIPLINA: Anatomia ACADÊMICO (a): 1- Identifique as estruturas abaixo: A) 56 2- De que maneira o muco secretado pela nossa traquéia protege nosso aparelho respiratório? 3- Qual a via respiratória responsável pela umidade e aquecimento do ar exterior? a) Fossas nasais b) Traquéia c) Laringe d) Faringe e) Alvéolos 4-Qual a função básica do sistema respiratório? 5- Como pode ser dividida a faringe? 57 6- O que ocorreu com o pulmão esquerdo em decorrência da posição do coração? 7- A sequência das estruturas do sistema respiratório pulmonar é: a) fossas nasais -laringe -esôfago -brônquios -traquéia b) fossas nasais -faringe -laringe -traquéia -brônquios c) fossas nasais -laringe -faringe -traquéia -brônquios d) fossas nasais -faringe -esôfago -traquéia -brônquios e) fossas nasais -faringe -traquéia -laringe –brônquios 8- Como se designa a saída do ar dos pulmões? a) respiração b) inspiração c) ventilação d) expiração 9- Os pulmões possuem algumas diferenças anatômicas. Comparando-se o pulmão direito com o pulmão esquerdo, observamos a existência de um número diferente de lobos pulmonares. Esta diferença está indicada na seguinte alternativa: a) No lado esquerdo, o pulmão possui três lobos. b) O pulmão direito possui apenas dois lobos. c) O pulmão esquerdo possui um lobo superior e um lobo inferior. d) O pulmão direito possui dois lobos laterais e um lobo medial. e) O pulmão esquerdo é duas vezes maior do que o pulmão direito. ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA ASSUNTO: SISTEMA
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