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Informações voltadas para o contexto da Biblioteconomia e da Ciência da Informação - “Organização e disponibilização das informações"
Autora: Gislaine Ribeiro de Carvalho¹
Nome do orientador: GERALDO JOSÉ SILVEIRA²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Biblioteconomia (FLC8980BBL/6) – Estágio Curricular Obrigatório I
27/11/2021
RESUMO
Este trabalho consiste em uma revisão bibliográfica acerca das diversas linguagens documentárias dentro do processo de documentação. Ele demostra que o tempo e seu consequente desenvolvimento são capazes de refinar e evoluir todo tipo de linguagem, inclusive a linguagem documentária. O método aqui utilizado consistiu na pesquisa bibliográfica e eletrônica, de forma a enfatizar a importância das informações documentárias e seu alto potencial de conhecimento. A partir das leituras e revisão trabalhou-se a conceptualização da linguagem documentária, sua importância e, ainda, como sua utilização se faz determinante no sucesso de um sistema de recuperação de informações. 
Palavras-chave: Linguagem Documentária. Documentação. Informação.
1. INTRODUÇÃO
O curso superior de biblioteconomia objetiva a formação suficientemente boa de profissionais tem por função formar profissionais ativos, dinâmicos, críticos e flexíveis, de forma que demonstrem capacidades para além da simples organização da informação. Segundo a Prof.ª Fernanda de Sales (2019, p.55) “organizar informação significa analisar, reconhecer, selecionar, descrever e representar itens dos acervos de unidade de informação [...] para que sejam encontrados rapidamente pelo bibliotecário e o usuário”. 
_____________________
¹ Acadêmica do Curso de BIBLIOTECONOMIA; E-mail: gicarvalho2013@hotmail.com – TURMA: FLC8980BBL/6 DISCIPLINA – Estágio Obrigatório I
² Tutor Externo do Curso de BIBLIOTECONOMIA em GERALDO JOSÉ SILVEIRA – Polo Itajubá; E-mail: gerajanauba@hotmail.com. DATA: 27/11/2021
Os profissionais bibliotecários se utilizam de certas ferramentas capazes de tornar rápida e precisa a informação, tais ferramentas são denominadas de linguagens documentárias e podem ser utilizadas em qualquer acervo, com conteúdos das mais variadas áreas do conhecimento. As linguagens documentárias, por exemplo, podem ser empregadas para construir bibliografias, catálogos e índices de artigos de periódicos, de forma a descrever quais os assuntos tratados em cada documento. Estas linguagens também podem levar a denominação de linguagem descritora, linguagem documentária, linguagem e indexação ou linguagem de informação. 
O ato de organizar e disponibilizar informações - voltadas para o universo amplo da biblioteconomia e da ciência da informação - demanda a obediência de um padrão e de um controle das terminologias utilizadas, com vistas a aumentar cada vez mais a facilidade na recuperação de dados e informações por diferentes pessoas e profissionais em qualquer unidade de informação que se trabalhe. Deste modo, o presente trabalho de revisão bibliográfica tem por objetivo a demonstração do emprego da Linguagem Documentária (LD) e seu valor na recuperação de informações contidas em acervos documentais.
Metodologicamente fez-se uso de pesquisa bibliográfica e eletrônica, por meio de leituras, fichamentos e resumos. Além da pesquisa realizada em estágio remoto da biblioteca virtual chamada “Biblioteca Nacional Digital (BNDigital)”.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Boiask et al. (2009) diz: 
“A Ciência da Informação preocupa-se com a organização e recuperação da informação e, para isso, propõe metodologias e instrumentos, como os vocabulários controlados que, com o tempo, se sofisticaram na forma de Linguagens documentárias para aperfeiçoar a indexação e a busca da informação”.
Por meio da realização de pesquisa bibliográfica pode-se concluir que as Linguagens Documentárias (LD) constituem-se de sistemas simbólicos que objetivam a representação sintetizada dos conteúdos documentais. Elas são empregadas dentro dos sistemas documentários com vistas ao armazenamento, a indexação e a recuperação das informações de maneira veloz e precisa. 
Por consequência da elaboração das linguagens documentárias ser voltada para um campo específico de conhecimento e referir-se apenas às suas áreas de especialidade, as linguagens documentárias acabam por se tornarem intelectualmente inacessíveis para a população leiga, visto que esta população, em sua maioria, conta com um vocabulário menos especializado (MAIMONE;TÁLAMO, 2014). A síntese e a precisão não são qualidades suficientes, pois é de fundamental importância que a linguagem documentária também transforme a recuperação de informações algo acessível à maior parcela da população possível, seja ela leiga ou especializada. Porém é também necessário que não se abra mão da padronização vocabular. 
De tal modo, torna-se possível “reduzir o cerceamento representativo [...] por meio de uma ampliação vocabular, pela integração de novos termos equivalentes, genéricos, específicos e associativos. Tal ampliação deve ser realizada por intermédio de fontes que amparem pesquisas de termos" (MAIMONE; TÁLAMO, 2014). O procedimento de seleção da terminologia adequada para a indexação, utiliza-se dos tesauros.
O objetivo principal do tesauro é dar assistência ao usuário (pesquisador ou indexador), de maneira que ele consiga encontrar o termo que represente um determinado significado para o que se procura, ou seja, com ajuda do tesauro, o usuário no momento da busca poderá identificar termos alternativos, o que permitirá descrever a informação contida no documento de forma mais adequada (JESUS, 2002, p. 16).
Segundo Currás (1995, p. 88) “tesauro é uma linguagem especializada, normalizada, pós-coordenada, usada com fins documentários, onde os elementos linguísticos que o compõem – termos simples ou compostos – encontram-se relacionados entre si sintática e semanticamente”.
Ao passo que a função social estabelecida para as Linguagens Documentárias (LD) é alcançada, elas tornam-se indispensáveis ao conduzir a informação até seus usuários, podendo, portanto, desempenhar as transformações através do conhecimento adquirido (LIMA, 2004). Segundo Tálamo (2007), uma linguagem documentária é “simultaneamente, um modo de organização e uma forma de comunicação da informação”.
 As chamadas linguagens documentárias consistem em ferramentas empregadas na disposição da informação, de forma a operar em procedimentos alusivos à descrição formal de itens informacionais, tanto do ponto de vista de seus aspectos físicos, como de aspectos temáticos (classificar e indexar), derivando na representação da informação e com o papel de recuperação da informação. Hoje em dia, na biblioteconomia, utilizam-se dois sistemas principais voltados para a representação temática da informação, são eles a “classificação decimal de Dewey” (CDD) e a “classificação decimal universal” (CDU). Tais sistemas são difundidos pelo mundo de forma ampla.
 Os sistemas denominados CDD e CDU possuem diferenças fundamentais, a começar na notação que promove a localização dos temas nas tabelas de classificação. A CDD tem uma notação pura, ou seja, essa classificação faz uso única e exclusivamente de números arábicos, nela o ponto serve tão-somente para facilitar a leitura. Ao passo que na CDU tem-se uma notação mista, ou seja, ela se utiliza de sinais, de símbolos, de números decimais, de sinais gráficos e de letras. Ainda se faz válido ressaltar outra diferença fundamental entre as duas classificações: na sua estrutura física, a CDD conta com quatro volumes e um guia prático, enquanto a CDU possui apenas dois volumes, sendo que um deles é o índice sistemático. 
Porém, a despeito de a CDU ter menos volumes, muitos bibliotecários a avaliam como a melhor escolha para as bibliotecas especializadas, uma vez que ela explicita melhor as matérias e cobre uma quantidade abundante de idiomas, sendo ainda vista como mais simples na classificação de documentos. Já quanto a CDD, ela não é recomendada para a classificação de documentos oficiais de instituiçõesque possuam documentos em crescimento, pois ela é uma classificação ortodoxa e com números bastante complicados, sendo assim mais sugerida para documentação de assuntos gerais. 
Por fim, ressalta-se que tanto a AACR2 (Código de Catalogação Anglo-Americano), quanto a CDD (Classificação Decimal de Dewey) e a CDU (Classificação Decimal Universal) enquanto linguagens documentárias são ferramentas utilizadas pelos bibliotecários no método de catalogar e indexar arquivos.
3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
A realização do estágio foi de suma importância para a ampliação dos meus conhecimentos acerca dos conteúdos da biblioteconomia. O estágio é um período de contato direto com o campo de estudo que permite ao aluno conhecer melhor seu futuro ambiente de trabalho e entrar em contato com a realidade da profissão que ele escolheu. 
Devido à pandemia do novo Corona Vírus que trouxe mudanças na ordem mundial, tal estágio foi realizado de forma remota, o que não foi um grande empecilho, pois o ambiente virtual conta com inúmeras bibliotecas e acervos documentais. Dessa forma foi escolhida a Biblioteca Nacional Digital (BNDigital), a qual agrega todas as suas coleções de maneira digitalizada, posicionando-se na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso a obras e serviços via Internet.
A BNDigital conta com o sistema de classificação decimal de Dewey para a indexação uniforme do conteúdo intelectual dos seus documentos. Tal sistema de classificação está devidamente descrito na fundamentação teórica realizada a partir de revisão bibliográfica sobre o tema. Quanto ao vocabulário controlado adotado para a indexação, ele consiste na base terminológica utilizada pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Tal base terminológica segue a estrutura da lista de cabeçalhos de assuntos do Congresso dos Estados Unidos. Na BNDigital todos os conteúdos são representados de forma bilíngue: português e inglês. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho desenvolvido juntamente com a vivência do estágio cooperou grandemente para a minha formação acadêmica e profissional. Foi possível, a partir do conhecimento existente, reafirmar o imperativo de que indexador precisa desenvolver um vasto vocabulário para uso no processo de indexação, de forma que a recuperação das informações pelos usuários dos acervos seja ampliada e, principalmente, facilitada. Faz-se de suma importância dar ênfase no fato de que quando se escreve algo, se escreve para que o outro compreenda. Ou seja, para que uma informação seja transmitida de maneira adequada é fundamental que haja, ainda, uma padronização nos termos a serem utilizados, de forma a alcançar leigos e especialistas. De tal modo, as palavras de cunho exclusivamente técnico não são suficientes no processo de indexação, pois elas são abarcadas tão-somente por uma fração limitada de usuários. É essencial que se utilize de termos abrangentes capazes de fornecer o maior número possível de informações para a localização (recuperação) de obras em um acervo físico ou virtual. 
5. REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BOIASK, Daniela et al. Linguagens documentárias. In: Seminário do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 15., 2009, Natal: CCSA, 2009. p.1 - 17. Disponível em: <https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/1/6168>. Acesso em: 09 dez. 2019.
CINTRA, Anna Maria Marques et al. Para Entender as Linguagens Documentárias. 2. ed. São Paulo - SP: Editora Polis, 2002. 89 p. Disponível em: <http://abecin.org.br/e-books/colecao-palavra- chave/CINTRA_et_al_Para_entender_as_linguagens_documentarias_2_ed.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2019.
CURRÁS, Emília. Tesauros, Linguagens Terminológicas. Brasília: IBICT, 1995.
FRAINER, Juliana. Metodologia Científica. /Juliana Frainer. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
JESUS, Jerocir Botelho Marques de. Tesauro: um instrumento de representação do conhecimento em sistemas de recuperação da informação. Recife, 2002. Disponível em: <https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/481/1/Jesus%2c%20Jerocir-Tesauros-Evento-2002.pdf>. Acesso em: 10 de dez. de 2019.
LIMA, Vânia Mara Alves. Da classificação do conhecimento científico aos sistemas de recuperação de informação: enunciação de codificação e enunciação de decodificação da informação documentária. São Paulo, 2004.148 f. Tese (Doutorado em Ciência da Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2004. 
MAIMONE, Profª. Drª. Giovana Deliberali; TÁLAMO, Profª. Drª. Maria de Fátima Gonçalves Moreira. Organização da informação e do conhecimento de documentos artísticos à luz da terminologia. Revista Científica Vozes dos Vales, Diamantina - MG, nº 6, p.1-27, 2014. Disponível em: <http://site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2014/10/Organiza%C3%A7%C3%A3o-da-informa%C3%A7%C3%A3o-e-do-conhecimento-de-documentos-art%C3%ADsticos-%C3%A0-luz-da-terminologia.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2019.
SALES, Fernanda de. Indexação e Resumos. Indaial - SC: UNIASSELVI, 2019. 157 p.
TÁLAMO, M.F.G.M. Linguagem documentária. São Paulo: APB, 1997. (Ensaios APB, n.45).

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