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RESUMO DE REVISÃO PARA A V2

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DIREITO DAS SOCIEDADES EMPRESARIAIS – RESUMO DE REVISÃO PARA A V2 – PROF. LAURO
1. CC. Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.  
2. Conceito de sociedade (simples ou empresária):
Relação jurídica decorrente da conjugação de esforços de duas ou mais pessoas para, mediante exploração de uma mesma atividade econômica, simples ou empresarial, alcançar o resultado lucrativo que será ulteriormente distribuído entre os envolvidos, sócios ou acionistas. (Giulliano Rodrigo Gonçalves e Silva).
3. Classificação das sociedades empresárias.
Diversas são as classificações, resultantes de diferentes critérios:
a) pela responsabilidade dos sócios:
· sociedades de responsabilidade limitada,
· sociedades de responsabilidade ilimitada.
· sociedades de responsabilidade mista (Comandita simples e Comandita por ações).
b) pela personificação:
· sociedades personificadas
· sociedades não-personificadas
c) pela forma do capital:
· fixo (regra geral)
· variável (exceção à regra) 
d) pela natureza do ato constitutivo:
· sociedade contratual,
· sociedade institucional.
e) pela composição ou estrutura econômica:
· sociedades de pessoas,
· sociedades de capital
f) pelo volume da receita bruta:
· microempresas,
· empresas de pequeno porte,
· médias empresas,
· grandes empresas.
4. São características comuns a todos os tipos de sociedade empresárias:
a) A personalidade jurídica de direito privado. 
b) O exercício de atividade lícita como objeto social. 
c) O lucro como objetivo social. 
5. Características da Sociedade em comum – CC, 986 a 990.
· É sociedade não personificada,
· Indícios de personificação,
· Patrimônio,
· Administração,
· Responsabilidade.
6. Características da Sociedade em conta de participação – CC, 991 a 996.
· Não é pessoa jurídica,
· Existe apenas nas relações entre os sócios,
· Existência de sócio (ou sócios) ostensivo e sócios mandatários (ocultos),
· Não tem sede ou domicílio próprio,
· Não possui legalmente patrimônio próprio,
· Não está sujeita a registro,
· Eventual publicidade de sua existência não a torna pessoa jurídica,
· Sócio mandatário que eventualmente aja com poderes especiais não perde o caráter de oculto.
· Não tem legitimidade processual passiva ou ativamente, cabendo tal mister ao sócio ostensivo.
· Não pode incorrer em falência.
· A sociedade pode ser dissolvida pela simples prestação de contas do sócio ostensivo, amigável ou judicialmente.
· A sociedade resume-se em um simples contrato de participação ou de investimento comum.
· Exemplos:
· incorporação imobiliária informal, 
· parcerias para compra de mercadorias ou insumos, transporte, locação temporária de espaços em eventos, produção conjunta de bens a serem ofertados em locais diferentes (livros, apostolas), grupo para retirada de cópias, consórcio entre amigos, redes de varejo (às cria-se uma EIRELI), construção civil e incorporação imobiliária.
· É um tipo de sociedade com grande utilidade e flexibilidade na sua aplicação.
7. Disciplina jurídica da Sociedade simples – CC, 997 a 1.038).
a) Origem: Código Civil italiano de 1.942, substituiu a antiga Sociedade Civil do nosso Código Civil de 1.916.
b) Importância:
· É uma opção para pequenos negócios, com organização mais simples que a limitada;
· Na verdade, utilizada para as atividades não empresariais: atividades rurais, ao exercício de profissão de natureza intelectual, artística ou literária e a empreendimentos destituídos de qualquer estrutura organizacional, conforme parágrafo único do art. 966. 
c) Atos constitutivos: CC
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais; e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
d) Sócios:
· Podem ser pessoas naturais ou pessoas jurídicas;
· Pode haver sócio que ingresse apenas com seu trabalho (como na antiga Sociedade de Capital e Indústria);
e) Objeto social:
Qualquer atividade que se enquadre no conceito de pequeno negócio, a ser definido em lei, e ainda atividades rurais, ao exercício de profissão de natureza intelectual, artística ou literária - parágrafo único do artigo 966:
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa
f) Denominação: 
· tem nome, mas é vedada a adoção de firma – CC, art. 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
· Embora não seja imposição legal, é recomendável acrescentar ao nome a abreviatura S/S;
· O nome deve manter correlação com o objeto da sociedade.
g) Capital:
Como dito, pode haver sócio que entre apenas com seu trabalho, caso em que participará dos lucros na proporção da média das quotas dos demais, na época de seu ingresso, se outra forma não dispuser o contrato.
h) Responsabilidade social:
· Constante no contrato responsabilidade subsidiária dos sócios (ou se omisso a respeito), torna-se uma sociedade de responsabilidade ilimitada, proporcionalmente ao quinhão de cada um;
· Recusada expressamente a subsidiariedade, caracteriza-se uma sociedade simples de responsabilidade limitada;
· Se não expressa, não ocorre a solidariedade, cada um responde na proporção em participe das perdas sociais:
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
· O alcance dos bens dos sócios, ocorrerá somente após execução dos bens sociais, proporcionalmente e com observância do benefício de ordem – CC, art. 1.024.
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
· Se não expressa, não ocorre a solidariedade, cada um responde na proporção em participe das perdas sociais:
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
· O alcance dos bens dos sócios, ocorrerá somente após execução dos bens sociais, proporcionalmente e com observância do benefício de ordem – CC, art. 1.024.
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
i) Sócio de serviço:
· Não tem direito a voto, exceto previsão do art. 
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997 (item c acima), dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime.
Parágrafo único. Qualquer modificação do contratosocial será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.
· Na ausência de previsão contratual, sua dedicação deve ser exclusiva.
j) Alterações contratuais:
· Matérias constantes do art. 997, só com consentimento unânime, inclusive dos sócios de serviço.
· As demais, se não exigido no contrato, podem ser por maioria absoluta, excluídos os sócios de serviço.
k) Deliberações sociais:
· Sobre negócios ou interesses da sociedade, as decisões serão tomadas pelos votos em função do capital, excluídos os de serviço;
· No caso de empate, considera-se a proposta com maioria de votantes;
· Persistindo o empate, busca-se solução judicial.
l) Administração social:
Por pessoa natural, sócio ou terceiro estranho ao corpo social, admitida a atuação de mandatário nos termos do art. 1.038:
Art. 1.038. Se não estiver designado no contrato social, o liquidante será eleito por deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa estranha à sociedade.
§ 1o O liquidante pode ser destituído, a todo tempo:
I - se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberação dos sócios;
II - em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais sócios, ocorrendo justa causa.
§ 2o A liquidação da sociedade se processa de conformidade com o disposto no Capítulo IX, deste Subtítulo.
· Teoria ultra vires (além das forças) – 
· segundo essa teoria, a sociedade está exonerada da responsabilidade pelos atos praticados pelos administradores, alheios ao objeto da sociedade.
· Interessante observar o disposto no art. 1.015:
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;
II - provando-se que era conhecida do terceiro;
III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
· Exercício da administração –
· De acordo com o art. 1.013, sendo silente o contrato social, a administração poderá ser exercida separadamente por cada um dos sócios;
· O ideal é que o contrato disponha claramente quem administre cada área, por ex. administrativa, financeira, pessoal, etc.
· Nomeação do administrador – Pode ser nomeado sócio ou não-sócio, no próprio contrato ou por ato em separado ou, ainda, por alteração contratual.
m) Cessão de quotas:
· Por ato inter vivos – depende da anuência de todos, prévia alteração contratual;
· Geralmente há previsão contratual de preferência dos demais sócios;
· Se negada a cessão, o sócio que deseja se retirar deve comunicar com antecedência mínima de sessenta dias.
· Suas cotas serão liquidadas e apurados seus direitos.
· Quem se retira permanece vinculado às obrigações anteriores por até 2 anos – art. 1.032:
Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. 
n) Sócio remisso:
· O sócio remisso quanto à integralização do capital social, reponde por perdas e danos daí decorrente;
· A critério dos demais sócios poderá ter sua participação reduzida ao montante integralizado – art. 1.004:
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.
o) Exclusão de sócio:
O sócio pode ser excluído no caso acima descrito ou, a pedido dos demais, face a justa causa, judicialmente.
p) Redução do quadro social a um único sócio:
Fora os casos legais de sociedade unipessoal originárias (ASociedade Subsidiária Integral, e Empresas Pública), a unipessoal derivada por morte, incapacidade, retirada, expulsão, etc, só é permitida por período de no máximo de 180 dias (sociedades em geral) e de 1 ano no caso de S/A.
q) Dissolução da sociedade:
· Ao final do prazo, se pré-determinado;
· Consenso unânime dos sócios;
· A deliberação de sócios que representem a maioria absoluta do capital nas sociedades por prazo indeterminado;
· No caso de unipessoalidade incidental, não completada a pluralidade no prazo legal.
· Extinção da autorização para funcionar, quando for o caso (consórcio, banco, cooperativa, etc);
· Dissolução judicial;
· Liquidação judicial.
8. Sociedade em nome coletivo – CC, 1.039 a 1.044.
a) Origem: Origem: surgiu na Itália no período medieval. Firmou-se na França e em Portugal, de onde passou para o Código Civil brasileiro de 1.916.
b) Conceito e características: entidade mercantil contratual constituída por duas ou mais pessoas naturais, em que todos os sócios, em tese, podem ser administradores e fazer uso da firma social, assumindo todos eles responsabilidade solidária e ilimitada, pelas obrigações sociais, embora de forma subsidiária.
c) Generalidades: 
· Apenas os sócios com poderes de administradores podem fazer uso da firma e praticar os atos para os quais tem poderes;
· A reunião de sócios ou assembleia decide sobre atos de administração extraordinária que fujam à rotina dos administradores, devendo ser unânime a decisão de mudar o objeto social;
· A cessão de quotas depende da concordância dos demais sócios;
· No caso da morte de um sócio, silente o contrato, liquidam-se as quotas do falecido, com reembolso aos herdeiros;
· Podem os sócios decidirem pela entrada na sociedade de um herdeiro ou que represente os herdeiros;
· À sociedade em nome coletivo, como às demais, aplicam-se as subsidiariamente as normas da Sociedade Simples.
· A firma é constituída com o nome de todos os sócios, ou de um ou de alguns, seguido da expressão e Companhia, ou abreviadamente e Cia.
9. Sociedade em comandita simples – CC, 1.045 a 1.051.
a) Origem: 
· é a modalidade mais antiga de sociedades que entrou para o nosso direito;
· surgiu na Itália, ainda na Idade Média, do contrato de “comenda” em que capitalistas forneciam recursos a capitães de navios para comerciar partilha dos resultados;
· inicialmente no comércio marítimo e posteriormente também para o comércio terrestre.
b) Conceito: é aquela em que duas ou mais pessoas se associam para fins empresariais, obrigando-se umas como sócios solidários ilimitadamente responsáveis (comanditados), e outras como simples investidores ou sócios comanditários (responsabilidade litada às suas contribuições para formação do capital social.
c) Características:
· Os sócios comanditados devem ser pessoas naturais (físicas), já os comanditários podem ser pessoas naturais ou jurídicas;
· Silente o contrato social, todos os sócios comanditados podem administradores e fazer uso da firma social;
· O nome da firma pode ser constituído pelos nomes dos sócios comanditados acrescido da expressão e Cia;
· A administração compete exclusivamente aos comanditados;
· Os comanditários não podem ser gestores nem ter seus nomes na constituição da firma, pena de responsabilidade como dos comanditados;
· Aos comanditários é permitidaa participação nas deliberações, fiscalizar as operações, e atuar como procurador para determinado negócio, mantida a responsabilidade limitada, exceto se exorbitar nos poderes recebidos.
d) Transmissão das cotas sociais:
· Causa mortis: 
· Morte de sócio comanditário (capitalista) – salvo disposição contratual diferente, a sociedade continua com representante dos sucessores;
· Morte de sócio comanditado (administrador) – quotas liquidadas e reembolso dos herdeiros.
· Inter vivos:
· Não permitida, exceto se alteração do contrato por decisão unânime de todos os sócios;
· Penhora de quotas por dívida particular de sócio: impenhorável se de sócio comanditado (administrador); se de sócio comanditário (investidor capitalista) provoca não a penhora, mas a liquidação forçada, com dissolução parcial da sociedade.
e) Dissolução:
· Por qualquer das causas citadas no art. 1.033, e se empresária, também pela decretação da falência;
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.   
10. Sociedade limitada – CC, .1052 a 1.087.
Tem-se uma sociedade por quotas com responsabilidade limitada quando duas ou mais pessoas se unem para criar uma empresa, formando uma sociedade empresária, por meio de um contrato social, onde constarão os atos constitutivos, forma de operação, as normas da empresa e o capital social.
Uma das características da Ltda é a divisão do capital social em cotas. A responsabilidade de cada sócio é limitada (daí o seu nome) à quantidade de cotas que cada um possui. Cota é a parcela de contribuição do sócio no que diz respeito ao capital social da empresa.
A Sociedade Limitada é, atualmente, o tipo societário mais comum no Brasil e o seu elemento fundamental o contrato social. Este tipo de sociedade surgiu em meio à complexidade das sociedades anônimas e as responsabilidades limitadas das sociedades familiares. No formato da Ltda, uma pessoa que não faz parte da sociedade poderá ser um dos administradores somente com o consentimento dos sócios. JUCEG.
a) Origem: Apesar de controvérsias doutrinárias, a maioria concorda que seus primeiros traços apareceram no direito costumeiro inglês e legalmente disciplinada no direito alemão em 1.892.
Em 1.901 no direito português. 
No Brasil em 1.919, com o nome de Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada.
b) Conceito: é pessoa jurídica constituída por sócios de responsabilidade limitada à integralização do capital, individualizada por nome empresarial que contém o adjuntivo Limitada, por extenso ou abreviadamente Ltda.
c) Características:
· A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (Fazzio).
· Aplicam-se lhe subsidiariamente as normas da Sociedade Simples.
· O contrato social pode optar pela aplicação supletiva as normas da S/A, no que couber.
· Possui natureza de contrato plurilateral, de colaboração e de organização.
· Deve-se sempre aditar à firma ou denominação (antiga razão social) a palavra Limitada, por extenso ou de forma abreviada Ltda.
· Deve ter ao menos 2 sócios, sendo seu capital dividido em quotas, que podem ser transferidas, mediante alteração do contrato social.
· Não há a figura do sócio de indústria, atualmente chamado de sócio de serviço, cuja contribuição consistiria em serviços.
· Pode a maioria livremente alterar o contrato social, cabendo ao sócio divergente retirar-se da sociedade nos trinta dias subsequentes à data da reunião/assembleia, mediante reembolso de suas quotas e demais direitos.
· No ato constitutivo da Sociedade Limitada deve constar claramente a quota com que cada sócio.
· A contribuição de cada sócio pode ser em dinheiro ou em bens, vedada a contribuição com serviço, com observância dos prazos fixados no contrato, pena de exclusão do remisso.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.(redução do capital social ou suprimento pelos demais).
· O capital social poderá ser reduzido ou aumentado, ante a superveniência de fato que o exija:
· Redução: fracasso da atividade, reembolso de sócio dissidente, exclusão de sócio, excesso de capital;
· Aumento: contribuição dos sócios, capitalização de reservas, incorporação de outra sociedade, recepção de novo sócio.
d) Nome empresarial: deverá ser composto com o nome de um ou mais sócios, finalizado com a palavra Limitada ou simplesmente Ltda.
· Firma social (antiga razão social) - nome de um ou mais sócios (pessoas naturais), finalizado com a palavra Limitada ou simplesmente Ltda. Ex. Ribeiro, Castro & Cia Ltda.
· Denominação (nome fantasia) – obrigatoriamente deve expressar o objeto da sociedade. Ex. Padaria e Confeitaria da Vovó.
· Na denominação pode figurar o nome de sócio pessoa natural e jurídica. Ex. Ribeiro, Castro & ABC Distribuidora de Bebidas Ltda. 
· O nome de sócio que sai não pode ser mantido na composição da firma social, mas na denominação sim, principalmente por questão de honra.
e) Exceções à limitação da responsabilidade dos sócios:
· Decorrente de ato contrário à lei ou ao contrato social;
· Fraude a credores, no caso de desconsideração da personalidade jurídica;
· Débitos da dívida ativa tributária e perante o INSS;
· Na ausência de declaração de que se trata de Sociedade Limitada;
· No caso de falência e o capital não esteja integralizado;
· No caso de supervalorização de bem aportado como contribuição ao capital social.
f) Características da cota social:
Cota ou quota é o montante, em moeda corrente, em dinheiro ou bens, com que cada sócio contribui ou se obriga a contribuir, para formação do capital social.
Diferentemente das ações das Companhias, as quotas não são títulos de crédito.
g) O quotista menor de idade: 
· o menor pode ser admitido (ato inter vivos ou causa mortis), desde que representado ou assistido.
· caso o capital não esteja totalmente integralizado, dependerá de autorização judicial.
h) Sociedade entre marido e esposa:
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
i) Administração social: a antiga figura do sócio-gerente foi substituída pelo administrador, sendo mais comum, a identificação de uma diretoria responsável pelos atos de gestão.
· Características –
· O gestor é pessoa natural (ou pessoas) nomeada no contrato social ou em ato separadopara essa função.
· Se atribuída a todos os sócios a administração não se estende de pleno direito a quem ingressar na sociedade depois.
· Se permitido no contrato pode haver nomeação de administrador não-sócio.
· Ao administrador com poderes específicos cabe o uso da firma ou denominação social.
· O administrador pratica atos de gestão de presentação social.
· O gestor não possui nenhuma responsabilidade pelas obrigações sociais, exceto por atos ilícito (desvio ou abuso de poder).
· A sociedade responde por todos os atos do gestor, mesmo se praticado com excesso, mantido o seu direito de regresso.
· Direito de retirada: as quotas podem ser transferidas por causa mortis ou pela saída do sócio por:
· Dissidência de alteração contratual – prazo 30 dias;
· Por resolução unilateral – prazo mínimo 60 dias;
· Sócio remisso – expulsão por iniciativa da maioria dos demais sócios;
· Sócio faltoso ou incapaz, assim declarado judicialmente;
· Sócio falido ou civilmente insolvente;
· Exclusão extrajudicial por justa causa, se prevista no contrato ou, judicialmente, se omisso o contrato.
11. São características da Sociedade Limitada:
1) Ser, atualmente, o tipo societário mais comum no Brasil. 
2) Formada por duas ou mais pessoas. 
3) Seu ato constitutivo é um contrato social. 
4) Seu capital dividido e quotas.
5) Deve ter ao menos 2 sócios, sendo seu capital dividido em quotas, que podem ser transferidas, mediante alteração do contrato social.
6) Pode a maioria livremente alterar o contrato social, cabendo ao sócio divergente retirar-se da sociedade nos trinta dias subsequentes à data da reunião/assembleia, mediante reembolso de suas quotas e demais direitos.
7) No ato constitutivo dessa espécie de Sociedade deve constar claramente a quantidade de quotas de cada sócio. 
8) Aplicam-se lhe subsidiariamente as normas da Sociedade Simples.
9) O contrato social pode optar pela aplicação supletiva das normas da S/A, no que couber.
10) Não há a figura do sócio de indústria, atualmente chamado de sócio de serviço, cuja contribuição consistiria em serviços.
12. Configuram exceções à limitação da responsabilidade de cada sócio ao valor de suas quotas:
a) Decorrente de ato contrário à lei ou ao contrato social;
b) Fraude a credores, no caso de desconsideração da personalidade jurídica;
c) Débitos da dívida ativa tributária e perante o INSS;
d) Na ausência de declaração de que se trata de Sociedade Limitada;
e) No caso de falência e o capital não esteja integralizado;
13. Sociedade anônima – CC, 1.088 e 1.089 e Lei nº 6.404/76.
Sociedade anônima (normalmente abreviado por S.A., SA ou S/A) é uma forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.
Há duas espécies de sociedades anônimas:
· A aberta (também chamada de empresa de capital aberto), que capta recursos junto ao público e é fiscalizada, no Brasil, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
· A fechada (também chamada de empresa de capital fechado), que obtém seus recursos dos próprios acionistas. JUCEG.
a) Noções gerais: 
A S/A (por ações ou companhia) é a pessoa jurídica de direito privado, empresarial por lei, regida por um estatuto e identificada por uma denominação, criada com o objetivo de auferir lucros mediante o exercício da empresa, cujo capital é dividido em frações transmissíveis, composta por sócios de responsabilidade limitada ao pagamento das ações subscritas, ou adquiridas.
b) Características:
· Responsabilidade limitada – ao valor de suas ações;
· Divisão do capital em ações – representam frações do capital:
· De titularidade móvel;
· Pela irrelevância pessoal;
· Há apenas transferência de participação e não da sociedade;
· A ação é um título de crédito, o que facilita sua circulação (compra, venda, revenda).
· Personalidade jurídica, com existência e patrimônio distintos e autônomos em relação aos sócios -
· Exercício da atividade empresarial lícita como objeto social.
· Lucro como objetivo social.
· Empresarialidade legal.
· Identificação exclusiva por uma denominação:
iniciada por Companhia (ou Cia), ou finalizada por Sociedade Anônima (ou S/A);
vedado colocar a expressão Companhia (ou Cia) no final da denominação;
excepcionalmente, é facultado o uso do nome do fundador ou de qualquer pessoa que tenha contribuído para o êxito empresarial;
é obrigatória na denominação a indicação do objeto social. 
c) Orientação legislativa: LSA – Lei nº 6.404/76 com alterações posteriores e Lei nº 10.303/2001.
d) Espécies
· Quanto ao capital:
· Companhia fechada – seus títulos mobiliários não são negociados em bolsa ou fora dela.
· Companhia aberta – é aquela cujos valores mobiliários estejam admitidos no mercado mobiliário.
· Quanto à forma de aumento do capital:
· Autorizado – permissão estatutária para aumento do capital social independentemente de reforma do estatuto,
· Não autorizado – amento do capital social depende de alteração do estatuto. 
· Quanto ao acionista controlador:
· De Economia Mista – se for criada por lei e tiver por acionista controladora uma entidade pública ou outra sociedade de economia mista;
· Privada – todas as demais.
14. Sociedade em comandita por ações – CC, 1.090 a 1.092 e Lei nº 6.404/76.
a) Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
b) Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
c) § 1 o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.
d) § 2 o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social.
e) § 3 o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração.
f) Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias.
g) Restrições decorrentes da LSA à Comandita por ações:
15. Tipos de sociedades empresárias admitidas no direito brasileiro:
a) Sociedade em nome coletivo.
b) Sociedade em comandita simples.
c) Sociedade em comandita por ações.
d) Sociedade limitada.
e) Sociedade anônima.
16. O CC 2002 disciplina como tipos de sociedades não personificadas:
A sociedade em comum e a sociedade em conta de participação.
17. De acordo com o CC/2002, são tipos de sociedades personificadas as sociedades:
a) simples.
b) em nome coletivo.
c) em comandita simples 
d) em comandita por ações.
e) limitada. 
f) cooperativa.
g) anônima de capital aberto
h) anônima de capital fechado.
18. O princípio da autonomia patrimonial visa a:
1. proteger o patrimônio pessoal de cada sócio.
2. impedir que o patrimônio do sócio seja afetado em conseqüência de dívida da sociedade.
3. impedir que o patrimônio da sociedade seja afetado em conseqüência de dívida de sócio.

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