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patologia - inflamação

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Patologia – Inflamação 
CONCEITO 
• Inflamação é uma reação dos tecidos a um agente agressor, caracterizada 
morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. 
• Como a resposta imunitária, a inflamação é um processo regulado: algumas 
moléculas induzem mediadores pró-inflamatórios, enquanto outras estimulam 
mediadores responsáveis por limitar e terminar o processo. 
• Quando ocorre a agressão, há o reconhecimento dela e a liberação de mediadores 
inflamatórios. 
• Agentes inflamatórios: endógenos, exógenos, a própria resposta inflamatória. 
• Sinais cardinais da inflamação: dor, calor, rubor e tumor. 
• A resposta inflamatória atua intimamente com o processo de reparo do organismo, 
pois apresenta um fenômeno ao mesmo tempo defensivo e reparador. 
RECONHECIMENTO DE AGRESSÕES 
O primeiro evento na montagem de uma resposta inflamatória é o reconhecimento da 
agressão; 
• PAMP – moléculas existentes em patógenos que podem ser reconhecidas pelo 
organismo – padrões moleculares associados a patógenos; 
• DAMP – moléculas resultantes de alterações morfológicas ou relacionadas ao 
estresse metabólico – padrões moleculares associados a lesões; 
• Conjunto de PAMPS e DAMPS – alarminas, moléculas de alarme ou moléculas 
sinalizadoras da agressão – são reconhecidas por receptores celulares; 
HMBGi – proteína nuclear não histona que se liga ao sulco menor do DNA, exercendo 
aparente papel na manutenção da espiralização da molécula – presente no núcleo de 
várias células e no citoplasma de neurônios e músculo liso; 
- Após morte celular por necrose, a HMBGi é liberada no interstício. 
- Ela liga-se aos receptores: RAGE, TLR 2 e 4, IL-1. 
- A mensagem transduzida por esses receptores ativa o NFkB – fator de transcrição 
de genes pró-inflamatórios, incluindo os de TNF-a, IL-1, IL-6 e IL-8. 
- A HMBGi também tem efeito quimiotático sobre monócitos, células dendríticas e 
células musculares lisas, além de orientar o crescimento de prolongamentos 
dendríticos em neurônios. 
Defensinas e Catelicidinas: são proteínas com baixo peso molecular (alfa, beta e teta) 
e ação microbicida (bactérias, vírus, fungos e alguns parasitos). 
- Constitutivas (neutrófilos, células de paneth e epitélio de revestimento) ou induzidas 
e secretadas. 
- Defensinas tem efeito quimiotático sobre neutrófilos, monócitos, células dendríticas 
e linfócitos T virgens, CD4+ e CD8+. 
- Catelicidinas usam receptores FPRL, semelhantes aos que reconhecem peptídeos 
pequenos, liberados por microrganismos. 
- Ambas atuam, também, em mastócitos – estimulam a liberação de histamina e a 
síntese de prostaglandinas e de algumas quimiocinas (CXCL2, CXCL8, CXCL9) e 
inibem a produção de IL-10. 
Proteases: serinoproteases (trombina, plasmina, triptases), podem ser liberadas durante 
a agressão e atuar em receptores PAR. 
- Receptores PAR tranduz ao citoplasma e ativa a liberação de mediadores pró-
inflamatórios. 
- Eles atuam em terminações nervosas eferentes e ativam mecanismos de dor. 
Proteínas s100: família de 20 proteínas ligadoras de cálcio; 
- S100-8, S100-9 e S100-12 são liberadas por macrófagos no sítio de agressão. 
- Em células endoteliais, aumentam a permeabilidade vascular e ativam o sistema de 
coagulação. 
- Algumas proteínas S100 se ligam a receptores RAGE e outras a TLRs. 
HDGF: proteína expressa em neurônios, é secretada e liberada após a morte por 
necrose e tem efeito neutrotófico, ativando a regeneração de prolongamentos neuronais. 
Proteínas de choque térmico (HSP): divididas em cinco famílias ((HSP100, HSP90, 
HSP70, HSP60 e HSP de baixo peso molecular), podem ser constitutivas ou induzíveis. 
- HSP70 e HSP27: proteínas do estresse, com efeito antiapoptótico, estabilizam o 
citoesqueleto e favorecem a ativação de NFkB por induzirem a degradação do IkB 
(inibidor de NFkB). 
- Além de atuarem dentro das células, as HSP podem ser secretadas, se prender a 
membrana celular ou agir em receptores RAGE ou TLR, induzindo a ativação de 
rotas de sobrevivência e pró-inflamatórias. 
Anexina 1: responsável pela ação inibidora de glicocorticoides sobre a fosfolipase A2 e, 
consequentemente, sobre a síntese de prostaglandinas e leucotrienos. 
- Pertence a uma família de inibidores de fosfolipases. 
- É expressa em macrófagos e na micróglia. 
- Tem efeitos anti-inflamatórios pois impede a saída de monócitos e neutrófilos dos 
vasos. 
• Agressão aos tecidos também pode gerar produtos de quebra ou despolimerização de 
macromoléculas da matriz ou liberar mediadores associados a macromoléculas da matriz. 
Produtos de despolimerização de macromoléculas da matriz: fragmentos de ácido 
hialurônico, sulfato de dermatano, sulfato de heparano, fibronectina, fibrinogênio, 
biglicano – se ligam aos receptores TLR4 e iniciam respostas inflamatórias. 
Mediadores associados as moléculas matriz: citocinas (TNF-b) se ligam aos 
componentes da matriz e formam moléculas pró-inflamatórias. 
Derivados lipídicos: provenientes do metabolismo de ácidos-graxos poli-insaturados 
nas células agredidas. 
- 1: Fator ativador de plaquetas (PAF): ativa leucócitos e favorece a sua adesão e 
quimiotaxia. 
- 2: Prostaglandinas e leucotrienos: promovem a vasodilatação e aumento da 
permeabilidade vascular. 
- 3: Lipoxinas e resolvinas: atuam na resolução ou no término da resposta imediata 
(moléculas anti-inflamatórias). 
 
MECANISMOS DE DEFESA 
 
• Barreira da pele; 
• Resposta inata e resposta adquirida. 
• Vias de reconhecimento -> via PAMP ou DAMP, via moléculas próprias (receptores 
abundantes em células do sistema imune). 
Receptores de membrana: 
TLR: família de 10 membros que reconhecem uma gama variada de PAMPS e DAMPS; 
existem em todas as células da resposta inata. Recrutam proteínas que ativam fatores de 
transcrição (NFkB = genes pró-inflamatórios; INF 3 e 7 = genes INF alfa e beta). 
- Membrana Citoplasmática: TLRs 1, 2, 4, 6 e 10; 
- Vesículas Instracitoplasmáticas: TLRs 3, 5, 7, 8 e 9. 
CLR: receptores importantes no reconhecimento de PAMPS nas células dendríticas. 
- Muitos vírus são reconhecidos por esses receptores pois eles facilitam a adesão deles e 
sua ingestão por células dendríticas. 
FPR: reconhecem N-formil peptídeo de origem bacteriana e proteólise tecidual. Ativam o 
reconhecimento de fagócitos e a explosão respiratória. 
Receptores de membrana que reconhecem moléculas endógenas: 
Receptores purinérgicos: reconhecem nucleotídeos (ATP, ADP) e nuclesídeos 
(adenosina); são expressos em leucócitos e podem ativar genes pró-inflamatórios ou 
genes anti-inflamatórios. 
PAR (receptores ativáveis por proteases): reconhecem proteases liberadas por células 
lesadas ou não, e proteases originadas da ativação do sistema proteolítico de contato; 
ativam fatores de transcrição que ativam genes pró ou anti-inflamatórios. 
Receptores RAGE: se ligam a vários agonistas e outras alarminas endógenas; transduz 
sinal que ativa NFkB, induzindo genes pró-inflamatórios. 
Receptores de remoção (SR): proteínas transmembranosas que formam uma grande 
família, com membros que reconhecem uma gama variada de moléculas: hemoglobina, 
haptoglobina, macroglobulina alfa 2, fofatidilserina e LDL oxidada. 
Receptores de Células Citotóxicas 
• KIR: permitem as células NK reconhecer MHC I; quando ocorre o reconhecimento as 
células NK não exercem seu efeito citotóxico. 
Receptores para o Complemento 
• Importantes nos mecanismos inatos de defesa; regulam a endocitose de partículas 
opsonizadas por C3b e a modulação da resposta de linfócitos T e B. 
Receptores intracelulares 
• RLR: reconhecem RNA e DNA de vírus, ativam uma proteína da membrana 
mitocondrial, a partir de onde são acionados fatores de transcrição (NFkB ou IRF 3 e 
7) ou ativam caspases pró-apoptóticas. 
• NLR: 20 representantes capazes de montar plataformas no citosol associados a 
outras moléculas para formar os inflamossomos -> responsáveis por ativar a caspase1, que cliva a pró-IL-Ib e a pró-IL-18, originando as formas ativas dessas citocinas; 
COMPONENTES HUMORAIS DA RESPOSTA IMUNITÁRIA INATA 
Representados por moléculas que circulam no plasma ou por moléculas que, produzidas 
em células, passam para a matriz extracelular. 
• 1 – Sensores que reconhecem alarminas e induzem a liberação de mediadores da 
resposta efetuadora. 
• 2 – Mediadores inflamatórios. 
O plasma contém sistemas proteolíticos que, uma vez ativados, reagem em cascata e 
produzem efeitos específicos ou geram peptídeos que atuam em células fagocitárias ou 
na regulação da homeostase, especialmente na microcirculação. 
Coagulação sanguínea e fibrinólise 
Na coagulação, uma cascata de ativação sequencial de pré-proteases induz a 
polimerização de fibrinogênio, formando uma proteína fibrilar e insolúvel, a fribrina, que 
forma uma rede molecular que aprisiona os elementos figurados do sangue, resultando na 
formação do coágulo. 
A coagulação se faz pelo arranjo de complexos moleculares que incluem zimógenos (pré-
proteases), cofatores e substratos, reunidos em uma superfície sólida que sustenta o 
arranjo. 
A regulação precisa do fenômeno é essencial para que a coagulação sanguínea seja feita 
nos estreitos limites da homeostase: falta de coagulação predispõe a hemorragias; 
• Coagulação aumentada resulta em trombose. 
A polimerização do fibrinogênio em fibrina é feita pela trombina – geração por duas vias; 
• Via extrínseca – inicia-se após a lesão vascular; 
• Via intrínseca – é desencadeada pela formação do complexo ativável pelo contato, o 
que acontece após o contato do sangue com uma superfície alterada ou diferente. 
Calicreína ativa o fator de Hageman – ativa o fator XI – ativa o fator IX. O fator IXa com o 
fator VIIIa ativam o fator X. 
Via comum de ativação: o fator Xa, junto com o fator Va (complexo protrombinase), atua 
sobre a protrombina, transformando-a em trombina – atua sobre o fibrinogênio, 
promovendo sua polimerização e formação de fibrina. 
A ativação da coagulação sanguínea é um processo rápido e explosivo que precisa ser 
limitado no local que a lesão ocorreu, por isso deve ser bem controlado por: 
• 1 – Diluição de pró-coagulantes no fluxo sanguíneo; 
• 2 – Remoção dos fatores pró-coagulantes pelo sistema fagocitário mononuclear; 
• 3 – Mecanismos anticoagulantes naturais. 
Em condições fisiológicas, o coágulo formado deve ser eliminado tão logo cumpra sua 
função, o que é feito pela digestão da fibrina pela plasmina (sistema fibrinolítico), esta 
formada a partir do plasminogênio; 
• A plasmina cliva a fibrina em fibrinopeptídeos. 
Sistema gerador de cininas 
Está intimamente associado ao sistema de coagulação por o fator de Hageman ativado 
ativa a pré-calicreína em calicreína, que atua sobre o cininógeno e gera bradicinina. Esta 
provoca vasodilatação arteriolar e aumenta a permeabilidade vascular, tendo papel 
mediador inflamatório. 
A calicreína é capaz ainda de clivar o fator Hageman em um fragmento que ativa a pré-
calicreína associada ao cininógeno de alto peso molecular, amplificando o sistema. 
Sistema complemento 
É um conjunto de proteínas (proenzimas) que se ativam em cascata, formando sobre a 
célula onde o sistema foi ativado um complexo macromolecular anfipático que se 
aprofunda na membrana e cria um poro hidrofílico através do qual a célula perde 
eletrólitos e morre. 
Durante sua ativação, são gerados outros produtos que atuam em mastócitos, atraem e 
ativam fagócitos e têm atividade opsonizadora. 
Para controle do sistema, ao lado de proteínas que se ativam em cadeia, existem outras 
proteínas inativadoras, circulantes ou presas as células, que impedem a ação 
indiscriminada do complemento sobre as células e controlam a ativação espontânea do 
processo. 
O complemento pode ser ativado de três maneiras: (1) via clássica, ativada por complexos 
Ag-Ac; (2) via alternativa, desencadeada por ativação do C3 na superfície de patógenos; 
(3) via de lectinas. 
Independentemente da via, a ativação do complemento resulta em: (1) lise da célula sobre 
o qual foi ativado; (2) liberação de produtos com ações biológicas variadas, inclusive nos 
mecanismos de defesa, pois aumentam a permeabilidade vascular, atraem e ativam 
leucócitos para o local em que o complemento é ativado e estimulam a fagocitose (ação 
pró-inflamatória). 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS 
O sistema imunitário reconhece as agressões por meio de alarminas – PAMP ou DAMP. 
Citocinas e quimiocinas 
• Citocinas são proteínas que regulam a resposta imunitária; 
• Podem ser produzidas por qualquer célula em resposta a uma agressão; 
• São secretadas por um período curto e em quantidade limitada; 
• Muitas delas tem efeito pleiotrópico; 
• Muitas vezes uma citocina influencia a síntese de outra, inibindo-a ou estimulando-a; 
• Podem ter ação sinérgica ou antagônica; 
• Seus efeitos manifestam-se geralmente após indução gênica, com síntese de mRNA; 
• Tem citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias; 
• Uma citocina pode agir no receptor de outra, desde que os receptores apresentem 
certo grau de homologia; 
• Receptores solúveis no interstício ou na circulação apresentam uma forma importante 
de regulação da atividade biológica das citocinas, podendo ser utilizada na inibição ou 
no reforço de seus efeitos; 
- Quimiocinas são peptídeos de baixo peso molecular que exercem efeitos no tráfego, na 
ativação e na diferenciação de células nas quais encontram receptores; 
- Funcionalmente podem ser induzíveis (inflamatórias) ou constitutivas (homeostáticas). 
- Quimiocinas induzíveis, secretadas após agressões, são responsáveis pela regulação do 
tráfego, ativação e diferenciação de leucócitos em inflamações; 
- Quimiocinas de um grupo raramente podem ser reconhecidas em um receptor de outro 
grupo, geralmente exercendo nesses casos efeito antagonista; 
- Quimiocinas homeostáticas, produzidas constitutivamente, são responsáveis pela 
migração de células nos órgãos imunitários; 
- Elas atuam são só em leucócitos como na embriogênese, carcinogênese e angiogênese. 
 
Mediadores lipídicos 
Lipídeos de membranas são fontes importantes de mediadores extracelulares ou de 
mensageiros intracelulares gerados pela ativação de receptores de membrana, sendo os 
fosfolipídeos e a esfingomielina as principais fontes desses mediadores; 
As enzimas-chave para a liberação desses mediadores são fosfolipases e 
esfingomielinases; 
• Fosfolipases: hidrolisam fosfolipídeos da membrana e liberam ácido araquidônico, que 
origina: prostaglandinas, leucotrienos, lipoxinas, percursores do fator ativador de 
plaquetas; 
• Esfongomielinases liberam ceramida e fosforilcolina; 
Por ação de ciclo-oxigenases (COX) no citosol, o ácido araquidônico origina uma série de 
prostaglandinas (PG), das quais as mais importantes são as que tem dupla ligação (PG²); 
as principais são: PGD², PGI² (prostaciclina), PGE², PGF², e TXA, PGE², PGF², e TXA² 
(tromboxano): 
• PGI²: secretada no endotélio, é antiagregadora plaquetária e vasodilatadora; 
• TXA²: produzido em plaquetas, é agregante plaquetário e potente vasoconstritor; 
• PGE²: sintetizada em muitas células e especialmente em macrófagos, é 
vasodilatadora, controla a atividade de linfócitos (efeito imunossupressor), tem efeito 
citoprotetor e é algigênica; 
• PFG²a: é vasoconstritora e aumenta a permeabilidade vascular; 
• Ciclopentenonas: possuem efeito anti-inflamatório e cuja síntese de faz por 
desidratação de PGD²; isoprostanos – formam-se por ação de radicais livre sobre o 
ácido araquidônico e tem efeitos anti-inflamatórios e citoprotetores; 
Existem duas isoformas de COX: uma constitutiva (Cox-1) e outra induzível (Cox-2); COX-
1 e COX-2 são inibidas pelos chamados anti-inflamatórios não esteroidais; 
Leucotrienos: originam-se da ação da lipo-oxigenase (LO) sobre o ácido araquidônico; 
• Leucotrienos são quimiotáticos potentes, aumentam a permeabilidadevascular, 
causam vasodilatação e contraem a musculatura lisa do intestino e dos brônquios; 
Lipoxinas: são produzidas pela associação de duas células (síntese transcelular); 
• Elas tem efeito anti-inflamatório e são potentes inibidoras da síntese de leucotrienos e 
PAF em fagócitos, inibindo também a aderência e a migração de leucócitos; 
• A síntese de lipoxinas é influenciada por citocinas: IL-4 e IL-3, com ação anti-
inflamatória; 
• Lipoxinas atuam em receptores de sete voltas na membrana que ativam uma proteína 
G inibidora da adenilatociclase; 
Ácidos graxos ômega-3: ácido eicosapentaenoico (EPA) e o docosahexaenoico (DHEA), 
podem sofrer ação de ciclo e de lipo-oxigenases e gerar mediadores que influenciam a 
resposta inflamatória; 
• Por ação de COX e LOX, o EPA forma PG³ e LT5 de pequeno efeito pró-inflamatório e 
pró-coagulante; 
• Pode gerar potentes anti-inflamatórios – resolvinas; 
Fator ativador de plaquetas (PAF): origina-se de uma lisolecitina; é produzido em 
plaquetas, neutrófilos, macrófagos, mastócitos, células mesangiais e endoteliais; pode ficar 
na própria célula que o gerou ou ser excretado e atuar em outras células, especialmente 
na parede vascular; 
• PAF é potente vasodilatador arteriolar, aumenta a permeabilidade vascular e induz 
contração da musculatura lisa do intestino e dos brônquios; 
Esfingomielina: fonte de mensageiros intracelulares para alguns receptores celulares; 
• A esfingomielinase atua sobre a enfingomielina, quebrando-a em ceramida e 
fosforilcolina; 
• Ceramida: atua como mensageiro intracelular que: inibe a proliferação celular e 
estimula a diferenciação das células e induz proteases, apoptose e necrose; 
Aminas vasoativas 
Histamina e serotonina são as principais aminas com papel na reação inflamatória; 
A liberação de histamina em mastócitos se dá por agentes físicos, pela ligação de 
anticorpos na superfície celular, por estimulação de componentes do complemento e por 
estímulos de neuropeptídeos ou de certas citocinas; 
• Histamina causa dilatação arterial e aumenta a permeabilidade vascular, sendo o 
principal mediador da resposta inflamatória imediata; 
• Serotonina, que também causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, 
é encontrada principalmente em plaquetas e em algumas células neuroendócrinas do 
trato digestivo; 
• Agregação plaquetária, que ocorre após contato de plaquetas com colágeno, trombina 
ou endotélio lesado, resulta na liberação de serotonina e de histamina. 
Cininas 
A calicreína gerada pelo fator hageman sobre a pré-calicreína atua no cininógeno de baixo 
peso molecular e origina bradicinina; 
Calicreínas teciduais atuam sobre o cininógeno de baixa peso molecular e geram 
lisilbradicinina ou calidina; 
Bradicinina e calidina são vasodilatadores de arteríolas e aumentam a permeabilidade 
vascular, além de serem mediadores da dor (efeito angiogênico); 
A bradicinina ativa a fosfolipase C, induzindo a síntese e a liberação de prostaglandinas, 
principalmente em fagócitos e células endoteliais; 
A alfa²-macroglobulina e a alfa¹-antitripsina são inibidores naturais da geração de cininas; 
inibidores inespecíficos de proteases, como o citosol, são também inibidores de cininas. 
 
Componentes do sistema complemento 
• C3a e C5a, conhecidos como anafilatoxinas, estimulam a liberação de histamina por 
mastócitos; 
• C5a é também quimiotático para neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos, aém 
de estimular a lipo-oxigenase de leucócitos a produzir leucotrienos; 
• C3a é também opsonizador de bactérias, favorecendo a fagocitose destas; 
Componentes do sistema de coagulação sanguínea e fibrinólise 
• O fator hageman ativa a pré-calicreína em calicreína, que atua no cininógeno de baixo 
peso molecular e gera bradicinina, que tem ação pró-inflamatória; 
• A trombina gerada no sistema estimula receptores celulares ativáveis por proteases 
(PAR); 
• Ativação de PAR resulta em aumento de: produção de selectinas, citocinas e 
quimiocinas; expressão de moléculas de adesão em células endoteliais; produção de 
prostaglandinas, por estimulação de COX-2; síntese de PAF e NO; 
• Produtos gerados pela degradação da fibrina pela plasmina (fibrinólise) aumentam a 
permeabilidade vascular e são pró-inflamatórios; 
• A plasmina é capaz também de ativar o fator hageman, amplificando as respostas; 
Neuropeptídeos 
• Substância P e CGRP são importantes mediadores inflamatórios; 
• A substância P tem ação pró-inflamatória (é vasodilatadora e aumenta a 
permeabilidade vascular); 
• A CGRP é anti-inflamatória, por inibir os efeitos vasculares da substância P e da 
histamina, além de induzir mastócitos a produzir IL-10. 
FENÔMENOS EXSUDATIVOS 
Consistem na saída de plasma e células do leito vascular para o insterstício; 
A exsudação de leucócito é o elemento morfológico mais característico das inflamações. 
Exsudação plasmática 
• A saída de plasma resulta da formação de poros interedonteliais por contração do 
citoesqueleto dessas células; 
• Em agressões pouco intensas, a exsudação ocorre principalmente por ação da 
histamina; 
• Em agressões mais graves, é provocada também por lesão direta no endotélio; 
• As proteínas plasmáticas exsudadas aumentam a pressão oncótica intersticial, 
favorecendo a retenção de água fora dos vasos; 
• Enzimas plasmáticas ativadas no interstício ou enzimas de células exsudadas atuam 
sobre a substância fundamental e quebram moléculas de proteoglicanos, aumentando 
a hidrofilia local; 
• Também após o início da inflamação há aumento na síntese de ácido hialurônico por 
células mesenquimais, o que torna o interstício mais hidrofílico; 
• A circulação linfática torna-se sobrecarregada, e seu vasos, comprimidos ou 
deformados pelo exsudato, perdem a eficiência de drenagem, agravando a retenção 
de água no interstício; 
• Tudo isso contribui para a formação do edema inflamatório; 
• Há a exsudação plasmática possibilita a saída de anticorpos e de complemento, que 
tem ações inibidora, lítica e opsonizadora sobre microrganismos; 
• O fibrinogênio exsudado polimeriza-se e forma um suporte sólido de fibrina que 
favorece a migração de leucócitos, além de representar uma barreira à invasão de 
microrganismos; 
• Permite a saída de proteínas com ação inibidora sobre proteases (antiproteases) e 
removedora de radicais livres, reduzindo o potencial lesivo da inflamação; 
• A saída de plasma independe da exsudação celular: há inflamações com grande 
edema (exsudação plasmática) e pouco exsudato celular, e vice-versa. 
Exsudação celular 
• O primeiro evento é a marginação leucocitária – os leucócitos deixam o centro da 
coluna sanguínea e passam a ocupar a periferia do vaso; 
• Em seguida eles são capturados e aderem frouxamente ao endotélio, deslocando-se 
sobre a superfície endotelial (fenômeno de captura e rolamento); 
• Depois disso, são ativados, aderem firmemente ao endotélio e sobre ele se espraiam 
(fenômeno de adesão e espraiamento); 
• Finalmente, migram através da parede de vênulas, passando entre as células 
endoteliais (migração ou diapedese); 
• Os leucócitos saem dos vasos por processo ativo, enquanto hemácias e plaquetas o 
fazem de modo passivo, especialmente em capilares; 
• A captura, o rolamento e a adesão de leucócitos são mediados por moléculas de 
adesão na superfície do endotélio e dos leucócitos – as moléculas do endotélio são 
membros da superfamília das imunoglobulinas, selectinas P e E e resíduos de 
carboidratos em glicoproteínas do glicocálice; 
• Os leucócitos possuem selectinas (L) e integrinas, além de glicoproteínas com 
resíduos de carboidratos (ESL-i, PSGL-i e CD24) que se ligam a selectinas; 
• No momento em que os leucócitos são capturados pela interação da selectina L do 
leucócito com os resíduos de carboidratos no endotélio e entre a selectina P e os 
resíduos de carboidratos do leucócito, há chance para que as quimiocinas e PAF 
localizadasno glicocálice de células endoteliais entrem em contato com receptores 
nos leucócitos, ativando-os; 
• Selectina P se liga aos resíduos de carboidratos de leucócitos, selectina L de 
leucócitos se liga a resíduos de carboidratos no endotélio; 
• O endotélio expõe na membrana citoplasmática PAF e quimiocinas que ativam os 
leucócitos que estão rolando sobre o endotélio, essa ativação promove: 
reposicionamento de integrinas, que se deslocam para o lado do leucócito em contato 
com o endotélio; com isso, o leucócito achata-se e espraia-se sobre o endotélio; 
ativação de integrinas, aumentando sua adesividade às ICAM e VECAM; reorientação 
do citoesqueleto do leucócito, que emite pseudópodes em direção à parede vascular, 
exatamente na face em que reconhece a quimiocina que o estimulou, iniciando a 
migração ou diapedese; 
• O leucócito atravessa o espeço intersticial aderido às células endoteliais por meio da 
ligação integrinas-CD3i de modo semelhante a uma cremalheira; quando termina de 
atravessar a barreira endotelial, as CD3i vão se unindo atrás como um zíper que se 
fecha logo após a passagem do leucócito; 
• No interstício, deslocam-se com facilidade porque aderem, por meio de integrinas, a 
moléculas de fibronectina e, por meio desta, à fibrina exsudada, que servem como 
verdadeiros trilhos de orientação; 
• Polimorfonucleares neutrófilos são as células predominantes no exsudato nas 
primeiras 24h – esses leucócitos tem grande capacidade de matar microrganismos por 
meio de microbicidas armazenados nos grânulos e de grande habilidade de produzir 
radicais livres; 
• Há grande número de monócitos inflamatórios – células predominantes após 48h; 
• O padrão do exsudato celular depende de dois fatores: moléculas de adesão; em 
leucócitos, de receptores para o agente quimiotático que o endotélio expõe; 
• Os leucócitos que exsudam dependem fundamentalmente das quimiocinas; 
• A migração de leucócitos depende de substanciais quimiotáticas, que orientam o 
movimento de células por meio de um gradiente de concentração; 
• O agente quimiotático é liberado no insterstício e difunde-se, criando um gradiente que 
diminui em direção ao vaso; 
• A medida que os leucócitos avançam, o gradiente de concentração do quimiotático 
aumenta; 
• Quando os leucócitos alcançam o local de liberação do agente quimiotático, a 
estimulação torna-se homogênea em toda a superfície celular, o que os leva a ficar 
imobilizados nesse ponto; 
• As substâncias quimiotáticas podem ser exógenas, trazidas pelo próprio agente 
inflamatório, ou endógenas, geradas no foco inflamatório. 
Células do exsudato inflamatório 
Fagócitos são células envolvidas ativamente nos processos defensivos do organismo, 
pois são capazes de matar agentes infecciosos diretamente e se processar e apresentar 
antígenos para a resposta imunitária adaptativa; 
• 1 – fagócitos polimorfonucleares – representados por neutrófilos e eosinófilos, 
originados de mieloblastos e medula óssea; 
• 2 – fagócitos mononucleares – macrófagos, originados de monócitos circulantes; 
Células dendríticas – os precursores originam-se na medula óssea e migram para os 
tecidos nas primeiras fases da inflamação, onde atuam em endocitose, processamento e 
apresentação de antígenos; 
• Durante a fagocitose, os fagócitos podem liberar hidrolases ácidas e neutras, entre as 
quais metaloproteases e glicosidases, que podem lesar fibras colágenas, elásticas e 
glicosaminoglicanos da matriz extracelular; 
• Além disso, radicais livres de O² gerados na explosão respiratória podem escapar para 
fora do fagócito e também lesar células vizinhas; 
Fenômenos alterativos 
Degenerações e necrose – são causados pela ação direta ou indireta do agente 
inflamatório e podem aparecer no início ou na evolução de uma inflamação; 
• A partir deles inicia-se a irritação, com liberação de alarminas e de mediadores dos 
fenômenos vasculares e exsudativos; 
• Degenerações e/ou necrose em inflamações, no entanto, resultam principalmente da 
atividade de produtos das células do exsudato, de trombose na microcirculação ou de 
fenômenos imunitários; 
Fenômenos resolutivos – mecanismos anti-inflamatórios naturais 
Não é somente a redução de mediadores que leva ao término da inflamação, durante a 
resposta inflamatória, entrame em ação mecanismos anti-inflamatórios locais que 
neutralizam o efeito dos fatores pró-inflamatórios; 
• Os fenômenos de resolução começam nas fases iniciais da inflamação e deles 
depende sua progressão, com cura ou cronificação; 
Uma inflamação crônica, principalmente de natureza infecciosa, não se cura porque: os 
mecanismos pró-inflamatórios estão parcialmente inibidos pelos mecanismos anti-
inflamatórios, diminuindo a eficácia na eliminação do agente, que mantém a inflamação; 
os mecanismos anti-inflamatórios estão ineficientes, permitindo ação exagerada dos 
mediadores pró-inflamatórios, o que favorece a eliminação do agressor, mas também 
aumenta a probabilidade de autoagressão imunitária; 
Mecanismos locais de resolução de inflamações 
Modificações em receptores nas células do exsudato e dos tecidos – nos leucócitos ocorre 
aumento de receptores que geram sinais intracelulares para reduzirem a síntese e a 
liberação de mediadores pró-inflamatórios e para inibirem a adesão e a quimiotaxia; 
neutrófilos e monócitos passam a expressar maior número de receptores adrenérgicos e 
colinérgicos, receptores purinérgicos P² para adenosina e receptores H² para histamina 
(todos indutores de respostas anti-inflamatórias quando ativados pelos seus agonistas); 
um mediador pró-inflamatório, como a histamina, passa a ter efeito anti-inflamatório ao 
atuar em receptores H² em leucócitos (inibe a migração) e em mastócitos (reduz a 
liberação de histamina); 
Geração de mediadores com efeito anti-inflamatório - – leucócitos atvados na fase inicial 
da inflamação dispõem de enzimas para a síntese de leucotrienos e prostaglandinas, mas 
progressivamente se armam com ferramentas necessárias para sintetizar lipoxinas e 
resolvinas; ao promover a síntese de PGE² e PGD², a COX-2 tem efeitos pró-inflamatórios 
mas também aumenta a síntese de mediadores anti-inflamatórios; 
Mudança no comportamento das células do exsudato, que tendem a apoptose ou, quando 
sobrevivem, passam a exercer função anti-inflamatória – macrófagos M2 tem papel anti-
inflamatório e removem corpos apoptóticos e restos de tecidos necróticos, favorecendo a 
reparação; no foco inflamatório, linfócitos T CD4+ diferenciam-se em linfócitos 
reguladores, os quais produzem TGF-b e IL-10; linfócitos reguladores também migram 
para a área inflamada e são importantes na resolução de inflamações agudas mais 
duradouras ou inflamações crônicas; 
Exsudação de células com função reguladora – os neutrófilos induzidos a sofrer apoptose 
expressam receptores incompletos CCR 1, 2 e 5 que capturam as quimiocinas, reduzindo 
a quantidade desses quimiotáticos; também liberam outras moléculas que atraem 
monócitos circulantes e, juntamente com lipoxinas e resolvinas, induzem neles o fenótipo 
de macrófagos M2. 
Fenômenos reparativos 
• Uma inflamação pode provocar degenerações ou necrose, que devem ser reparadas 
por regeneração ou cicatrização; 
• Quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento orquestram os fenômenos de 
reparação, em paralelo com os fenômenos resolutivos; 
• A resolução e a reparação se processam de maneira simultânea e coordenada. 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA 
• A extensão de uma inflamação para todo o organismo deve-se a disseminação do 
próprio agente inflamatório ou de moléculas de alarme a partir do local agredido; 
• Também podem gerar grande quantidade de alarminas, as quais caem na circulação e 
ativam, de modo sistêmico, a síntese de mediadores da inflamação; 
• Essa resposta inflamatória tem os mesmos componentes gerais da inflamação, só que 
de forma simultânea em vários locais; 
• Há ativaçãode múltiplos sistemas capazes de produzir mediadores pró-inflamatporios, 
o que ocorre de forma sistêmica em todos os órgãos; 
• Em resposta, surge a ativação sistêmica de células endoteliais; 
• Surgem ainda vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e tendência a 
edema generalizado; 
• A vasodilatação arteriolar sistêmica reduz a perfusão tecisual e causa hipóxia, 
iniciando lesões degenerativas e necróticas em diversos órgãos, o que contribui 
progressivamente para sepse grave e choque; 
• Tais lesões são agravadas pela produção de radicais livres e pela liberação de 
enzimas por fagócitos aderidos ao endotélio, sobretudo nos pulmões, no fígado, nos 
rins e no SNC; 
• Em consequência, surgem acidose, oligúria e alterações no estado de consciência; 
• Há também ativação do sistema de coagulação sanguínea, o que pode levar a 
coagulação intravascular disseminada e coagulopatia de consumo; 
• São consideradas agudas as inflamações que duram até três meses e as crônicas que 
persistem por mais tempo. 
Modulação da reação inflamatória 
• Eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal; 
• Animais com esse sistema mais eficiente, mais facilmente estimulável, são menos 
suscetíveis a inflamações crônicas; ao contrário, animais que têm esse eixo mais lento 
nas suas respostas são mais predispostos a doenças inflamatórias crônicas, 
especialmente autoimunes; 
• Indivíduos com obesidade visceral são mais propensos a desenvolver inflamações por 
causa da maior produção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, TNF-a e IL-6 no 
tecido adiposo; 
• Estresse de qualquer natureza tem efeito anti-inflamatório, devido às respostas 
humorais (eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal) e autonômicas (via simpático e 
parassimpático); 
Inflamações agudas 
• Os sinais inflamatórios estão comumente presentes: eritema, edema e dor; 
• Inflamações serosas podem ocorrer em mucosas, sendo um bom exemplo a rinite 
serosa; 
• Inflamações catarrais ocorrem quando há exsudação líquida e de leucócitos na 
superfície de muscosas, com descamação do epitélio e secreção de muco, que juntos 
formam o catarro; 
• A inflamação pseudomembranosa geralmente é de origem bacteriana, na qual o 
agente produz toxinas que causam necrose do epitélio, iniciando fenômenos de 
exsudação de células e fibrina; 
• Inflamações necrosantes acompanham-se de necrose extensa da área inflamada; 
• Inflamações purulentas, agudas oi crônicas, podem ocorrer em qualquer órgão, tem 
como característica principal a formação de pus; 
• Pústula é uma inflamação purulenta aguda, circunscrita, da pele ou mucosas, em que 
o pus se acumula entre o epitélio e o conjuntivo subjacente, formando uma pequena 
elevação geralmente amarelada; 
• Abscesso é uma inflamação purulenta circunscrita, caracterizada por coleção de pus 
em uma cavidade neoformada, escavada nos tecidos pela própria inflamação e 
circundada por uma membrana ou cápsula de tecido inflamado (membrana piogênica), 
da qual o pus é gerado; 
• Furúnculo é um abscesso na derme e, ás vezes, no subcutâneo, causando geralmente 
por estafilococos que penetram nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas; 
• Fleimão é a inflamação purulenta difusa na qual o pus se infiltra no tecido conjuntivo, 
mas sem formar a membrana piogênica; 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
• Predominam os fenômenos tardios da resposta inflamatória; 
• Os sinais típicos da inflamação podem não ser aparentes; 
• Evolução da inflamação aguda: resolução, cicatrização, formação de abscesso, 
progressão para inflamação crônica; 
• Inflamação crônica é a soma das reações do organismo frente a um agente agressor 
que não foi eliminado pelos mecanismos da inflamação aguda; 
• No microscópio, a inflamação crônica caracteriza-se por áreas de atividade 
inflamatória, com exsudato celular (linfócitos e macrófagos) e fenômenos alterativos 
ao lado de áreas de regeneração e/ou reparação; 
• proliferação de vasos e proliferação de fibroblastos com deposição de colágeno; 
inflamações crônicas específicas 
• caracterizam-se por modificações nas células do exsudato, que se organizam e 
formam agregados circunscritos, denominados granulomas; 
• embora macrófagos representes o componente comum em todo granuloma, outras 
células fazem parte da sua formação; 
• conjunto organizado de células inflamatórias; 
• Granuloma epitelioide – é aquele em que os macrófagos agrupam-se e formam pregas 
interdigitantes entre si, unindo-os de modo semelhante a células epiteliais; 
• as células epiteloides tendem a organizar-se em camadas concêntricas em torno do 
agente inflamatório, com disposição em paliçada; 
• granulomas epiteloides são causados por agentes inflamatórios imunogênicos, 
particulados ou insolúveis; 
• eles são pouco vascularizados, especialmente na sua periferia; 
• os granulomas epitelioides evoluem para cura por fibrose; 
• Quando o agente for um corpo estranho inerte, ele será progressivamente circundado por 
linfócitos e macrófagos; estes fundem seus citoplasmas e se transformam em sincícios (células 
gigantes) que envolvem totalmente o corpo estranho. Segue-se proliferação de fibroblastos 
que depositam uma cápsula fibrosa; o conjunto isola o corpo estranho dos tecidos do 
hospedeiro. 
• granuloma do tipo corpo estranho – é provocado por agentes particulados inertes, não 
imunogênicos, é um tipo de granuloma mais frouxo, em que as células epiteloides não 
formam paliçadas típicas; 
• eles curam-se por fibrose e o tecido cicatricial, geralmente formado com pouca 
neoformação vascular, tende a encarcerar o corpo estranho caso este não possa ser 
digerido; 
• quanto mais inerte é o corpo estranho, menor é a adsorção de proteínas e menor a 
indução de inflamação granulomatosa; 
• nos granulomas ocorre a formação de células gigantes multinucleadas, que resultam 
da fusão de macrófagos; 
• os granulomas podem sofrer necrose, a qual adquire características próprias segundo 
a sua etiologia; 
• Necrose caseosa deve-se, em grande parte, a apoptose de macrófagos epitelioides, 
além da ação de linfotoxinas (TNF-a) e de produtos excretados por macrófagos; 
• A necrose caseosa tem um componente de apoptose e um componente necrótico, 
com lise de células, o que leva a liquefação do material caseificado; 
• Se o agente inflamatório e a necrose não são completamente reabsorvidos, a fibrose 
de estabiliza, encapsulando-os; 
• Se ocorre reabsorção completa do agente indutor, a fibrose é removida por ação de 
colagenases e a cicatriz pode desaparecer; 
Inflamações crônicas inespecíficas 
• São inflamações crônicas que acompanham de acentuada neoformação 
conjuntivovascular (fenômeno reparativo cicatricial exagerado) ou de hiperplasia de 
componentes do parênquima do órgão; 
• Ocorrem sobretudo em mucosas, tornando mais espessas e salientes suas formações 
anatômicas normais; 
• Também podem ter aspecto esclerosante, em que a neoformação fibrosa excessiva e 
a sua retração subvertem profundamente a arquitetura do órgão e as suas funções, 
cusando outra doença (fibrose do órgão), independente da inflamação primária. 
• Carecteristicas: Proliferação de vasos que se dirigem à área lesada acompanhados de outras 
células (neutrófilos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos) e de fibroblastos. 
Neoformação vascular 
• É dependente da presença no foco inflamatório de fatores de crescimento. 
- Fator de crescimento epidérmico 
- Fator de crescimento derivado de plaquetas 
- Fator de crescimento de fibroblastos 
 
Tecido de granulação 
• Consequência dos estímulos à proliferação de vasos e fibroblastos. 
• Está presente tanto nas inflamações agudas, quanto nas crônicas, como também na 
organização dos infartos e dos trombos. 
Evolução do tecido de granulação 
• Fagócitos lisam os tecidos necróticos ou a fibrina. 
• Vasos proliferam em direção à lesão, trazendo o sangue de onde se originam os 
leucócitos exsudados. 
• Fibroblastos sintetizam colágeno.• A área lesada é substituída por cicatriz fibrosa. 
• Quando o agente persiste, ocorre equilíbrio entre a progressão da lesão e o tecido de 
granulação que tenta isolar o agente dos tecidos do hospedeiro formando uma 
barreira de tecido fibroso. 
Tipos de agentes 
• Agente inerte: Inúmeras substâncias inertes podem ser introduzidas nos tecidos, 
algumas em virtude de traumatismos e outras como fios de sutura, através de 
intervenções cirúrgicas. 
• Agentes piogênicos: Quando uma inflamação aguda supurativa se instala em órgão 
sólido como, por exemplo, o fígado, o material purulento não pode ser eliminado com 
facilidade. 
• Haverá a formação de uma cápsula constituída por vasos neoformados e colágeno 
constituindo um abscesso. 
• Agentes antigênicos: Inflamação crônica específica granulomatosa - Agentes de difícil 
digestão 
• Inflamação crônica inespecífica - Agentes de fácil digestão.

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