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O que foi o protocolo de Kyoto e quais as suas principais definições para proteção ambiental: O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional assinado por muitos países no ano de 1997 na cidade de Kyoto, no Japão; com a finalidade de alertar para o aumento do efeito estufa e do aquecimento global caracterizado, em grande parte, pelo volume de gases lançados na atmosfera, sendo o principal deles o dióxido de carbono (CO2). Assim, o acordo possui diretrizes e propostas para amenizar o impacto dos problemas ambientais, por exemplo, das mudanças climáticas do planeta terra. Dessa maneira, os países que assinaram tal documento se comprometeram a reduzir a emissão de gases em aproximadamente 5%. Vale lembrar que o Protocolo de Kyoto somente entrou em vigor no ano de 2005 (com adesão da Rússia) e no tocante aos países signatários são divididas nas categorias: · Países que assinaram e ratificaram o Protocolo: Brasil, Argentina, Peru, Tanzânia, Austrália, alguns países da União Europeia, etc. · Países que assinaram e não ratificaram o Protocolo: Estados Unidos, Croácia, Cazaquistão, etc. · Países que não assinaram e não ratificaram o Protocolo: Vaticano, Andorra, Afeganistão, Taiwan, Timor-Leste, etc. · Países que não assumiram nenhuma posição no Protocolo: Mauritânia, Somália, etc. Metas para os países O Protocolo de Kyoto previa metas distintas para os países desenvolvidos e para os países em desenvolvimento. · Países industrializados ou desenvolvidos: Os países industrializados deveriam reduzir, em 5,2%, suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono, baseados nos níveis de emissão registrados em 1990. Para o Japão e a União Europeia, ficaram estabelecidas reduções de 7% a 8%, respectivamente. · Países em desenvolvimento: Os países em desenvolvimento, como China, Brasil e Índia, não receberam metas e obrigações para reduzir suas emissões. Sendo assim, os esforços são medidos "voluntárias" de cada país. O Protocolo propõe algumas ações, especialmente aos países desenvolvidos, a fim de que os objetivos sejam alcançados. São elas: · Reforma do setor energético e do setor de transporte; · Uso de fontes renováveis de energia; · Redução das emissões de metano; · Combate ao desmatamento; · Proteção das florestas. · Promoção de formas sustentáveis de agricultura; · Cooperação entre os países em relação ao compartilhamento de informações sobre novas tecnologias. Créditos de Carbono A partir do Protocolo de Kyoto, criou-se o que ficou conhecido como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O MDL é uma flexibilização dentro do protocolo que prevê as reduções das emissões de gases de efeito estufa de forma certificada. O que isso quer dizer? O Protocolo de Kyoto permitiu que os países tenham algumas alternativas para atingir as metas de redução de emissões, podendo então ser feitas por meio de negociações. O Crédito de Carbono, ou a Redução Certificada de Emissões, é adquirido por países que alcançam metas de redução, obtendo então o direito de comercializá-los com os demais países que ainda não cumpriram suas metas. O Crédito de Carbono é gerado a cada tonelada de carbono não liberado à atmosfera. Países que ultrapassem as emissões e não alcancem as metas podem estabelecer projetos que proporcionem benefícios reais e a longo prazo a respeito da redução das emissões em países em desenvolvimento. Assim, esses países, apesar de não terem atingido suas metas, acabam conseguindo reduzir a emissão de gases auxiliando os demais países. Essa redução então é convertida em Créditos de Carbono. Protocolo de Kyoto e Acordo de Paris O Acordo de Paris entrou em vigor vinte anos após a criação do Protocolo de Kyoto. e se tornou seu substituto. Esse acordo também prevê metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, assim, diminuir os problemas climáticos agravados por essas emissões. Muitos especialistas e até mesmo os próprios governos de alguns países não acreditavam na eficiência do Protocolo de Kyoto, visto que ele previa metas apenas aos países desenvolvidos, não obrigando países em desenvolvimento a reduzir as emissões de gás carbônico. O Acordo de Paris traz uma proposta diferente, impondo metas a todas as nações com um rigor muito maior que o imposto pelo protocolo. Brasil e o Protocolo de Kyoto Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil não recebeu obrigações sobre compromissos e prazos relacionados às emissões de gases de efeito estufa. Acredita-se que países em desenvolvimento, como Brasil, China e México, possuem prioridades nos setores sociais, além de não serem os maiores responsáveis, separadamente, pelas emissões. A redução do desmatamento é uma das maiores prioridades do Brasil dentro do Protocolo de Kyoto, mesmo que não haja obrigações perante as reduções de emissões. O país possui 16% das florestas mundiais, e promover práticas de manejo florestal sustentáveis, bem como protegê-las, contribui significativamente para o ciclo do carbono e para o controle do efeito estufa. Outra meta desejada para o país, conhecida com Contribuição Nacionalmente Determinada, prevê que o Brasil reduza, em até 37%, as emissões de gases de efeito estufa até 2025. Até 2030, a meta desejada é reduzir tais emissões em até 43%.
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