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Linfócitos • Células responsáveis pelas respostas imunes adaptativas e pela defesa do corpo. Identificação de linfócito com base em sua morfologia: • Células pequenas, redondas, 7 a 15 um de diâmetro, núcleo grande e arredondado que se cora intensamente por hematoxilina, circundado por uma fina camada de citoplasma. • Alguns linfócitos possuem superfície lisa enquanto outros estão cobertos por pequenas projeções – NK. • Células NK são geralmente maiores do que as T e B e podem conter grânulos citoplasmáticos de fácil visualização. Diferenças entre células T, células B e células NK: • Células T: 60% a 80% dos linfócitos do sangue; sofrem maturação no timo, e chegam aos órgãos linfoides secundários já maduros. Regulam a imunidade adaptativa e são responsáveis pelas respostas mediadas por células. • Células B: 10% a 40% dos linfócitos do sangue; iniciam seu processo de maturação na medula óssea, mas terminam nos órgãos linfoides secundários. Responsáveis pela produção de anticorpos. • Células NK: 5% a 10% dos linfócitos do sangue; população de células linfoides inatas; não passam pelo processamento tímico. Papel na imunidade inata. Como as populações de linfócitos podem ser caracterizadas com base nas moléculas de superfície celular? • Apesar de sua aparência uniforme, são uma mistura diversificada de populações distintas. • Podem ser identificadas pelas moléculas de superfície celular e pelo comportamento. • O padrão de moléculas de superfície celular expresso por uma célula é chamado de fenótipo. Analisando os fenótipos, é possível distinguir as diferentes populações. Reconhecer que as moléculas de superfície celular são classificadas pelo sistema grupamento de diferenciação – CD: • Conforme cada molécula é caracterizada, em geral ela ganha um nome funcional ou químico, e recebe uma designação pelo sistema CD (grupamento de diferenciação). • Uma vez que os números arbitrários são difíceis de memorizar, o princípio básico é que, se o nome comum da molécula é bem aceito ou descreve sua função, esse será o nome utilizado. • As moléculas CD nos mamíferos domésticos caem em duas categorias. • A maioria é expressa também em células humanas e murinas (homólogos), portanto, recebem o mesmo número CD. • Existem moléculas de superfície celular em mamíferos domésticos que não possuem homólogos, elas recebem uma abreviação da espécie e o prefixo WC. Complexo receptor de antígeno: • Estruturas mais importantes são os receptores que irão reconhecer os antígenos – podem ser TCRs (célula T) e BCRs (célula B). • Receptores são estruturas complexas, com muitas cadeias diferentes de proteínas, algumas ligam moléculas de antígeno e outras são usadas para a transdução do sinal. • BCRs se diferenciam dos TCRs pois são secretados em grandes quantidades no fluido tissular e no sangue – ANTICORPOS – são simplesmente BCRs solúveis. • Células linfoides inatas não tem receptores variáveis de antígeno – expressam receptores codificados na linhagem germinativa que conseguem se ligar a moléculas em uma célula normal, mas não em uma célula anormal. • CD3 – conjunto de proteínas transdutoras de sinal do TCR. • CD4 – encontrado apenas em células T auxiliares, são receptores para o MHC classe II nas células apresentadoras de antígeno. • Cerca de 10% da superfície da célula T é recoberta por moléculas de CD45. Características das células T: • Regulam a imunidade adaptativa e são responsáveis pelas respostas mediadas por células. • Receptores TCR: α, β, γ, δ. • Sofrem maturação no timo e chegam aos órgãos linfoides secundários já maduros. • Moléculas acessórias: CD4 e CD8. • Utilizam um pouco de memória para fazer a diferenciação do antígeno no momento. • Células T auxiliares; Células T regulatórias; Células T efetoras; Células T de memória. Características das células B: • Responsáveis pela produção de anticorpos por plasmócitos. • Receptores BCR. • Iniciam seu processo de maturação na medula óssea, mas terminam nos órgãos linfoides secundários. • Não expressam CD4 e CD8. • CD79 – soltos – se soltam após a transdução do antígeno pelo receptor. • BCR transdução – mostra por linfócitos T através do TCR – COMUNICAÇÃO = CD145. Fenótipos celulares: • Linfócitos não expressam o mesmo fenótipo em todos os estágios de seu ciclo de vida. • O fenótipo de uma célula depende de sua maturidade e grau de ativação. • Ganho e perda de moléculas ao longo do amadurecimento. Receptores de citocina expressos por linfócitos: • CD25 (IL-2). • CD118 (IFN). • CD120 (TNF). • CD210 (IL-10). Receptores de anticorpos: • Uma vez que tais receptores ligam a porção Fc das moléculas de anticorpo, eles são chamados de receptores de Fc – FcR. • Para imunoglobulina G: FcyR – ligam a cadeia Y da IgG. • • • • • • • • • Para imunoglobulina A: FcaR. • Para imunoglobulina E: FceR.- papel importante nas alergias. • Bois e ovelhas: possuem um FcR único – Fcy2R; expresso em células mieloides e se liga apenas a IgG2; importante na promoção da fagocitose de bactérias opsonizadas por anticorpos. • PlgR e FcRn: receptores Fc envolvidos no transporte de imunoglobulina através das superfícies epiteliais. • FcyRI (CD64). Todos são glicoproteínas com várias cadeias. • FcyRII (CD32). Uma cadeia geralmente se liga ao anticorpo, • FCyRIII (CD16). enquanto as outras são usadas para a trans- • FcyRIV. dução do sinal. CD32 – possui afinidade moderada a IgG, por isso se liga apenas a imunocomplexos; a, b e c. - CD32a – atua como um receptor de ativação. Promove fagocitose e estimula a liberação de citocinas. - CD32b – encontrado em células B. receptor inibitório e regula a produção de anticorpos. CD16 – liga a IgG com baixa afinidade, se liga apenas a imunocomplexos. Não é encontrado em células B. A sinalização através do CD16 pode desencadear a ativação das células NK. Moléculas de adesão: • Algumas moléculas de superfície aderem uma célula a outra. Regulam a rede de transmissão entre as células do sistema imune e controlam os movimentos dos leucócitos nos tecidos. • Integrinas: formadas por cadeias alfa e beta. Elas ligam as células as proteínas da matriz extracelular como fibronectina, laminina e colágeno. Controlam a adesão dos leucócitos ao endotélio vascular e a aderência das células T as células apresentadoras de antígenos. Alfa – CD49; Beta1 – CD29; Beta2- CD18. • Selectinas: regula a migração dos linfócitos da corrente sanguínea para os tecidos. P-selectina (CD62P); L-selectina (CD62L); E-selectina (CD62E). • Superfamília da imunoglobulina: ICAM-1 (CD54) liga-se a integrina CD11a/CD18. A inflamação induz a expressão de ICAM-1 pelo endotélio vascular, permitindo a aderência das células fagocíticas e sua migração para os tecidos inflamados; também é responsável pela migração de células T para as áreas de inflamação. Diferenças entre as espécies: • Cavalos: EqWC1 – 70% das células T equinas, 30% das células B e 50% dos granulócitos pode ser um homólogo do CD90; EqWC2 é encontrado em granulócitos e na maioria das células T. • Bois: BoWC1 até BoWC15. Em bois adultos – 10% a 15% das células T circulantes possui TCR gama/delta e o restante TCR alfa/beta. Uma mistura de citocinas sugere uma contribuição dessas células para a inflamação e para o perfil Th1 nas respostas imunes bovinas – ligação entre os sistemas imunes inato e adaptativo. • Ovelhas: OvWC1 (T19). • Porcos: SWC1 a SWC9. • Cães e gatos: em cães, o CD4 é expresso em neutrófilos e macrófagos, mas não em monócitos; nos gatos, ele é encontrado apenas em um subgrupodas células T e seus precursores.