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Introdução à Imunologia

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IMUNOLOGIA – Prof°: Jeane 
13/03/19 
INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA 
 O sistema imunitário, sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos 
que protegem o organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar 
uma imensa variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do próprio corpo. 
 A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra microrganismos infecciosos. Entretanto, mesmo substâncias 
estranhas não infecciosas podem elicitar respostas imunes. 
 IMMUNIS – livre taxas/ônus 
o Mecanismos utilizados pelo organismo como proteção aos agentes do ambiente, estranhos ao corpo, 
alimentos, substâncias químicas, drogas, pólen ou pêlos e escamas de animais, microrganismos, etc. 
 PODE SER: 
o Temporária (ex: gripe) 
o Duradoura (ex: sarampo) 
 Descoberto antes do conceito da medicina moderna – variolação 
 Edward Jenner (1789) – induziu a imunidade à varíola 
IMUNIDADE INATA X ADAPTATIVA 
 A defesa contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas tardias da 
imunidade adaptativa 
 
 
Imunidade inata e adaptativa. 
Os mecanismos da imunidade inata fornecem a 
defesa inicial contra infecções. As respostas imunes 
adaptativas se desenvolvem mais tarde e necessitam 
de ativação de linfócitos. A cinética das respostas 
imunes inata e adaptativa são aproximações e 
podem variar em diferentes infecções. 
 
 IMUNIDADE INATA – indivíduo nasce: estão sempre disponíveis para defendê-lo frente aos agentes estranhos; fornece a 
primeira linha de defesa contra micro-organismos. Consiste em meios de defesas celulares e bioquímicos que estão em vigor 
mesmo antes da infecção e são preparados para responder rapidamente a infecções. 
o Integridade da pele e mucosas 
o Influencias químicas como pH, ácidos graxos 
o Febre, interferons, proteínas séricas como lisozimas, poliaminas, quininas, beta-lisina 
o Células fagocíticas como macrófagos, granulócitos e as células microgliais do SNC; 
 Células de defesa – dependendo do seu conteúdo tem uma determinada função 
o Para que células do sistema imune inato reconheçam os microorganismos é necessário que as suas 
membranas contenham receptores capazes de diferenciar os padrões moleculares das células próprias 
(hospedeiro) dos padrões moleculares do microrganismo. 
 Há três tipos de receptores característicos da resposta imune inata por não apresentarem especificidade, são eles: 
o Receptores Semelhantes a Toll (TLR): esses recenhecem Padrões Moleculares Associados a Patógenos 
(PAMPs) 
o Receptores Semelhantes a Nod (NLR): reconhecem PAMPs e Padrões Moleculares Associados a Danos 
(DAMPs) 
o Receptores Semelhantes a Rig* (RLR): são sensores de RNA viral, induzindo a produção de interferons 
antivirais do tipo I, que informam o sistema imune que a célula está contaminada (*retinoic acid-inducible 
gene-I-like receptors) 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo de células da imunologia: 
o Os macrófagos em geral derivam dos monócitos do sangue. Distribuem-se em grande parte dos órgãos e 
constituem o sistema fagocitário mononuclear. São células que vivem por muito tempo e podem sobreviver 
por meses no tecido. Célula do Neurônio – micróglia 
o Mastócitos 
o Eosinófilos 
o Células Natural Killer 
 Os principais componentes da imunidade inata são: 
1. Barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; 
2. Células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK, do inglês natural 
killer) e outras células linfoides; 
3. Proteínas sanguíneas, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação. 
RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA 
 Mais especializada e suplementa a imunidade inata 
 Evoluiu tardiamente, presente somente em vertebrados 
 Mais tardia, porém mais eficiente. Maior complexidade, especificidade e memória 
 Apresenta a habilidade de distinguir entre diferentes substâncias, chamada especificidade, e a habilidade de responder 
mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo, conhecida como memória. 
 Os componentes exclusivos da imunidade adaptativa são células denominadas linfócitos e seus produtos secretados, 
tais como anticorpos. 
 Reconhecimento do próprio e do não próprio: clones auto-reativos são destruídos 
 As citocinas constituem um grande grupo de proteínas secretadas com diversas estruturas e funções, que regulam e 
coordenam muitas atividades das células da imunidade inata e adaptativa. Algumas das funções das citocinas são o 
crescimento e diferenciação de todas as células imunes, a ativação de funções efetoras dos linfócitos e fagócitos e o 
movimento direcionado de células imunes do sangue para os tecidos e dentro dos tecidos 
 
- LINHAGEM LINFOIDE – únicas células que dão imunidade específica 
Células progenitoras  cel. tronco pluripotencial  progenitor linfoide  Linf. B; Linf. T; Células NK (não é específica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
**Anticorpos são proteínas solúveis que estão no sangue – participam da resposta humoral 
** Linfócitos B – imunidade específica humoral; Linfócitos T – imunidade especifica celular 
 A resposta imunitária do indivíduo depende: 
o Hospedeiro 
 Idade, Fatores genéticos, Fisiológicos, Ambientais – álcool 
o Antígeno 
 Estrutura molecular, dose, via de administração, capacidade de ser degradado. 
 
 
 
 
 
TIPOS DE RESPOSTAS IMUNES ADPTATIVAS 
 Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, 
denominadas imunidade humoral e imunidade 
mediada por célula, que são mediadas por diferentes 
componentes do sistema imune e atuam para eliminar 
diferentes tipos de microrganismos 
- Imunidade humoral: 
 Mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas, 
denominadas anticorpos, que são produzidos pelos 
linfócitos B 
 É o principal mecanismo de defesa contra microrganismos 
extracelulares e suas toxinas, porque os anticorpos 
secretados podem se ligar a esses microrganismos e 
toxinas e auxiliar na sua eliminação 
- Imunidade celular (mediada por célula) 
 É mediada pelos linfócitos T 
 Os microrganismos intracelulares, tais como vírus e 
algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro 
dos fagócitos e outras células do hospedeiro. A defesa contra essas infecções é uma função da imunidade mediada por 
células, que promove a destruição de microrganismos que residem nos fagócitos ou a morte das células infectadas 
para eliminar reservatórios de infecção. 
IMUNIDADE ATIVA X PASSIVA 
 A forma de imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno estranho é chamada de imunidade ativa, porque o 
indivíduo imunizado tem papel ativo na resposta ao antígeno. 
 A imunidade também pode ser conferida a um indivíduo pela transferência de soro ou linfócitos de um indivíduo 
especificamente imunizado em situações experimentais, um processo conhecido como transferência adaptativa  
imunidade passiva. EX: transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto 
Principais Características das Respostas Imunes Adaptativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Principais funções do Sistema Imunitário: 
- Defesa (através dos mecanismos de reconhecimento e eliminação de patógenos). 
- Homeostasia (eliminação de células mortas provenientes do catabolismo). 
- Imunovigilância (reconhecendo e eliminando células tumorais). 
 Os linfócitos B são as únicas células capazes de produzir anticorpos. Eles reconhecem antígenos extracelulares solúveis 
e na superfície celular e diferenciam em plasmócitos secretores de anticorpos, funcionando, assim, como mediadores 
da imunidade humoral. 
 Os linfócitos T, as células da imunidade mediada por célula, reconhecem os antígenos dos microrganismos 
intracelulares e as células T ou auxiliam os fagócitos a destruir esses microrganismos ou matam as células infectadas. Ascélulas T não produzem moléculas de anticorpo. 
 Os linfócitos T têm uma especificidade restrita para antígenos; eles reconhecem peptídios derivados das proteínas 
estranhas que estão ligadas às proteínas do hospedeiro e são denominadas moléculas do complexo maior de 
histocompatibilidade (MHC), expressas nas superfícies de outras células. Como resultado, essas células T reconhecem e 
respondem aos antígenos associados à superfície celular, mas não aos antígenos solúveis 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
 As células que servem a papéis especializados nas respostas imunes inata e adaptativa incluem fagócitos, células 
dendríticas, linfócitos específicos para antígeno e vários outros leucócitos que agem para eliminar os antígenos. 
 Embora a maioria destas células seja encontrada no sangue, suas respostas aos microrganismos normalmente ocorrem 
nos tecidos linfoides e outros tecidos e, assim, podem não ser refletidas por alterações em seus números na circulação. 
 
 
 
FAGÓCITOS 
 Os fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, são as células cuja função primária é ingerir e destruir 
microrganismos e se livrar dos tecidos danificados. 
 As respostas funcionais dos fagócitos na defesa do hospedeiro consistem em passos sequenciais: 
1. Recrutamento das células para locais de infecção, 
2. Reconhecimento e ativação pelos microrganismos, 
3. Ingestão dos microrganismos por processo de fagocitose 
4. Destruição dos microrganismos ingeridos. 
 Além disso, pelo contato direto e pela secreção de citocinas, os fagócitos se comunicam com outras células de modo a 
promover ou regular as respostas imunes. 
 Essas funções são importantes na imunidade inata e também na fase efetora de algumas respostas imune adaptativas 
- NEUTRÓFILO 
 Os neutrófilos, também chamados de leucócitos polimorfonucleares, constituem a população mais abundante de 
células brancas sanguíneas circulantes e medeiam as fases iniciais das reações inflamatórias. 
 Os neutrófilos são produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também dão origem a fagócitos 
mononucleares. 
 Os neutrófilos podem migrar rapidamente para locais de infecção após a entrada de microrganismos. Após a entrada 
nos tecidos, os neutrófilos funcionam por somente 1 a 2 dias e, então, morrem. 
- FAGÓCITOS MONONUCLEARES 
 O sistema fagócito mononuclear inclui as células circulantes denominadas monócitos e células residentes teciduais 
denominadas macrófagos. 
 Macrófago tem papel central na imunidade inata e adaptativa 
 O macrófago é uma importante célula do sistema imunológico que participa na imunidade inata e condiciona a 
adaptativa, através da fagocitose de partículas estranhas ao hospedeiro, da sua função de apresentação de antígenos, 
da sua ação microbicida e da sua capacidade de produzir mediadores que interferem na função imunológica 
 Tecidos povoados com macrófagos residentes: 
o Fígado  células de Kupffer 
o Pulmões  Macrófagos alveolares 
o Rins  Células Mesenquiais 
o Sistema Nervoso  Células Microgliais 
o Tecido conjuntivo  Histiócitos 
o Pele  células de Langerhans 
 Surgimento: células precursoras na medula óssea  monócitos (sangue)  macrófagos (tecidos) 
 A principal função dos macrófagos no organismo é ingerir e matar microrganismos. Além disso, também ingerem 
células mortas no hospedeiro fazendo o processo de limpeza após infecção ou lesão tecidual e, também, ingerem 
células apoptóticas. Também, secretam citocinas para recrutamento de mais monócitos e leucócitos. E, servem como 
APCs que apresentam antígenos e ativam os linfócitos T. 
MASTÓCITOS 
 Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos 
citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores. 
 Os mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para um tipo de anticorpo denominado 
IgE e, geralmente, são recobertos com esses anticorpos. 
 Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao antígeno, eventos de sinalização são induzidos e levam à 
liberação dos conteúdos dos grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular. A liberação do conteúdo do 
grânulo, incluindo histamina, promove mudanças nos vasos sanguíneos que causam inflamação. 
BASÓFILOS 
 Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais e funcionais com os mastócitos. 
 Derivado de progenitores da medula óssea, amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. 
 Normalmente não estão presentes nos tecidos, mas podem ser recrutados para alguns locais de inflamatórios 
 Expressam receptores para IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno ligado à IgE. 
EOSINÓFILOS 
 Os eosinófilos são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas 
às paredes celulares de parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. 
 Derivado da medula óssea 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS 
 As células apresentadoras de antígenos (APCs) capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos 
linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos. 
 Por convenção, APC normalmente se refere a célula que apresenta o antígeno aos linfócitos T. 
 Principal tipo de APC  célula dendrítica. Os macrófagos e células B apresentam os antígenos aos linfócitos T nas 
 Respostas imunes mediadas por células e humorais, respectivamente. 
 
- CÉLULA DENDRÍTICAS 
 As células dendríticas são as APCs mais importantes para a ativação das células T imaturas e têm papel principal nas 
respostas inatas às infecções e na ligação das respostas imunes inata e adaptativa. 
- OUTRAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS 
 Macrófagos e linfócitos B são importantes células apresentadoras de antígenos para as células T auxiliares CD4+ 
 Macrófagos apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares nos locais de infecção, o que leva à ativação da célula T 
auxiliar e produção de moléculas que ativarão os macrófagos. 
 As células B apresentam antígenos às células T auxiliares, o que é um passo importante na cooperação das células T 
auxiliares com as células B para as respostas de anticorpos aos antígenos proteicos. 
 Os linfócitos T citotóxicos (CTLs) são células T CD8+ efetoras que podem reconhecer antígenos de qualquer tipo de 
célula nucleada e se tornar ativados para matar a célula. Dessa maneira, todas as células nucleadas são potencialmente 
APCs para CTLs. 
LINFÓCITOS 
 Únicas células da imunidade adaptativa 
 São as células exclusivas no corpo que expressam receptores de antígenos clonalmente expressos, cada um específico 
para um determinante antigênico diferente. 
 Cada clone de linfócitos T e B expressa receptores de antígenos com uma única especificidade, que é diferente das 
especificidades dos receptores em outros clones. 
 Mediadores da imunidade humoral e celular 
- LINFÓCITOS B 
 Células que produzem anticorpos 
 Estágios iniciais da maturação ocorre na medula 
 Responsáveis pela resposta imune humoral 
- LINFÓCITOS T 
 Mediadores da imunidade celular 
 Surgem na medula óssea e migram para amadurecerem no timo 
 Os dois subgrupos principais de célula T são os linfócitos T auxiliares CD4+ e os CTLs CD8+, que expressam receptores 
para antígenos denominados receptores αβ de célula T (TCRs) e agem como mediadores da imunidade celular. 
DESENVOLVIMENTO DE LINFÓCITOS 
 É o processo pelo qual os progenitores dos linfócitos no timo 
e na medula óssea se diferenciam em linfócitos maduros 
localizados em tecidos linfoides periféricos é denominado 
desenvolvimento de linfócitos ou maturação de linfócitos 
 A maturação é iniciada por sinais de receptores de superfície 
 celular que têm duas funções principais: eles promovem a 
proliferação de progenitores e iniciam o rearranjo dos 
genes dos receptores de antígenos específicos. 
 ETAPAS: 
o Comprometimento de células progenitoras coma 
Linhagem linfoide B ou T 
o Proliferação de progenitoras e células imaturas 
o Rearranjo sequencial e ordenado dos genes dos receptores de antígenos e a expressão de proteínas dos 
receptores de antígenos 
o Eventos de seleção que preservam as células que produziram proteínas receptoras de antígeno funcionais e 
eliminam células potencialmente perigosas que reconhecem fortemente antígenos próprios. 
o Diferenciação das células B e T em subpopulações funcionalmente e fenotipicamente distintas. 
 A maturação das células B a partir dos progenitores comprometidos com essa linhagem ocorre principalmente na 
medula óssea e, antes do nascimento, no fígado fetal. As células-tronco derivadas do fígado fetal originam 
principalmente um tipo de célula B denominada célula B-1, enquanto as CTH derivadas da medula óssea originam a 
maioria das células B circulantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O processo de desenvolvimento de linfócitos contém 
numerosas etapas intrínsecas, denominadas pontos 
de controle, nas quais as células em desenvolvimento 
são testadas e somente continuam a amadurecer se a 
etapa anterior do processo tiver sido concluída de 
maneira eficaz. 
 O requisito para cruzar esses pontos de controle 
garante que apenas os linfócitos que tenham 
concluído de modo eficaz os processos de rearranjo 
do gene do receptor de antígeno, ou seja, os que 
tendem a ser funcionais, sejam selecionados para 
amadurecer. 
 Neste estágio imaturo, as células potencialmente 
nocivas que reconhecem fortemente estruturas 
próprias podem ser eliminadas ou induzidas a alterar 
os seus receptores de antígenos, e as células que 
expressam receptores de antígenos úteis podem ser preservadas. O processo denominado seleção positiva facilita a 
sobrevivência dos linfócitos potencialmente úteis e este evento de desenvolvimento está ligado ao comprometimento 
à linhagem, processo pelo qual os subgrupos de linfócitos são gerados. 
 Na linhagem de células T, a seleção positiva garante a maturação das células T cujos receptores reconhecem moléculas 
de MHC próprias. Além disso, a expressão do correceptor adequado em uma célula T (CD8 ou CD4) é combinada com o 
reconhecimento do tipo adequado de molécula de MHC (MHC classe I ou MHC classe II, respectivamente). 
 Na linhagem de células B, a seleção positiva preserva as células que expressam receptores e está associada à geração 
de diferentes subgrupos 
 A seleção negativa é o processo que elimina ou altera os linfócitos em desenvolvimento cujos receptores de antígenos 
ligam-se fortemente a antígenos próprios presentes nos órgãos linfoides geradores. 
 As células T em desenvolvimento com uma alta afinidade por antígenos próprios são eliminadas por apoptose, um 
fenômeno conhecido como deleção clonal. 
 Células B imaturas altamente autorreativas podem ser induzidas a realizar mais rearranjos no gene das Ig e, assim, 
evitar a autorreatividade. Este fenômeno é denominado edição do receptor. Se a edição falha, as células B 
autorreativas morrem, processo também denominado deleção clonal. 
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DO LINFÓCITO B 
 Durante sua maturação, as células da linhagem de linfócitos B passam por estágios distintos, cada qual caracterizado 
por diferentes marcadores de superfície celular e um padrão específico de expressão do gene de Ig 
 Cada estágio de desenvolvimento é definido por rearranjos de genes de cadeias de IgH, IgL, expressão de Ig de 
superfície, expressão de moléculas de adesão e receptores de citocina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Os Estágios Pró-B e Pré-B de Desenvolvimento da Célula B 
 A primeira célula da medula óssea comprometida com a linhagem de células B é chamada de célula pró-B. As células 
pró-B não produzem Ig, mas podem ser distinguidas de outras células imaturas pela expressão de moléculas de 
superfície restritas à linhagem B, como CD19 e CD10. 
 
 A primeira recombinação de genes da Ig ocorre no lócus 
da cadeia pesada. Esta recombinação aproxima um 
segmento gênico D e um J, com deleção do DNA 
intercalado entre eles (Fig. 8-13, A). Os segmentos D que 
estão a 5’ do segmento D rearranjado e os segmentos J 
que estão a 3’ do segmento J rearranjado são eliminados 
por esta recombinação (p. ex., D1 e J2 a J6 na Fig. 8-13, A). 
 Após o evento de recombinação D-J, um dos vários 
genes V a 5’ une-se à unidade DJ, dando origem ao éxon 
VDJ rearranjado. Nesta etapa, todos os segmentos V e D 
entre os genes V e D reorganizados também sofrem 
deleção. A recombinação V-a-DJ no lócus da cadeia 
pesada H da Ig ocorre apenas em precursores dos 
linfócitos B comprometidos e é um evento crítico na 
expressão da Ig, porque somente o gene V rearranjado 
é subsequentemente transcrito. 
 Durante a maturação, um programa altamente regulado de 
expressão gênica sequencial leva a mudanças nos fenótipos das 
células em desenvolvimento (repertório variado, competência 
funcional e eventos de seleção). 
ANTICORPOGÊNESE 
 
- O Receptor da Célula Pré-B 
 Complexos da cadeia pesada μ, cadeias leves substitutas e proteínas de transdução de sinais, denominadas Igα e Igβ, 
formam o receptor pré-antígeno na linhagem B, conhecido como receptor da célula pré-B (pré-BCR). 
 A expressão do pré-BCR é o primeiro ponto de controle na maturação de células B. 
- Células B Imaturas 
 Após o estágio de células pré-B, cada célula B em desenvolvimento rearranja, inicialmente, um gene da cadeia leve κ. 
 Célula B que expressa IgM é denominada célula B imatura. 
Seleção do Repertório de Células B Maduras 
 O repertório de células B maduras é selecionado positivamente a partir do grupo das células B imaturas. 
 Apenas as células B que expressam moléculas de Ig de membrana funcionais recebem sinais derivados do BCR 
constitutivos (tônicos), os quais, conforme descrito anteriormente, são necessários para manter as células B imaturas 
vivas. 
 As células B imaturas que reconhecem antígenos próprios com alta afinidade podem ser induzidas a alterar suas 
especificidades por um processo denominado edição de receptor. 
 Se a edição do receptor falhar, as células B imaturas que expressam receptores de alta afinidade para antígenos 
próprios e que encontram estes antígenos na medula óssea ou no baço podem morrer por apoptose. Este processo 
também é denominado seleção negativa. 
 Quando a transição ao estágio de célula B madura IgM+ IgD+ é realizada, o reconhecimento do antígeno leva à 
proliferação e à diferenciação, e não à edição do receptor ou à apoptose. Como resultado, as células B maduras que 
reconhecem antígenos com alta afinidade em tecidos linfoides periféricos são ativadas, e este processo leva às 
respostas imunes humorais. 
 Células B maduras podem formar Lys B de memória ou plasmócitos após contato com Ag 
o plasmócito: sintetiza e secreta Ig, mas não as expressa na membrana 
o linfócito B de memória: ativadas pelos centros germinativos dos linfonodos; expressão de Igs, exceto IgD; 
Maturação da afinidade dos anticorpos: 
 Início: O antígeno interage com Lys de baixa e alta afinidade  anticorpos heterogêneos 
 No curso da imunização: quantidades maiores de Acs são produzidas que se ligam ao Ag, diminuindo sua 
concentração com pouco Ag, os Lys B com maior grau de afinidade serão preferencialmente ativados. 
 
RESPOSTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 
 
RESUMO: 
 Os Lys B originam-se de um precursor comum derivado da medula óssea. 
 A maturação dos Lys B ocorre na medula óssea e a proliferação inicial é induzida por citocinas (IL-7). 
 A maturação das células B envolve a recombinação somática de segmentos de genes de receptores de antígenos (Ig de 
superfície). Esta só ocorre nos Lys B, pois é comandada por enzimas que somente se expressam nestas células. 
 No estágio de pró-B, os genes da Ig estão na configuração da linhagem germinativa. 
 No estágio de pré-B, ocorre recombinação VDJ no loco da cadeia H da Ig, e uma cadeia pesada é expressa. 
 No estágio de célula B imatura,ocorrem recombinações VJ nos locos K e λ , e proteínas de cadeia leve são expressas. 
Então, uma IgM de membrana é expressa. 
 No estágio de célula B madura, ocorre o processamento dos transcritos das cadeias pesadas primárias µ e δ, e a IgM e 
IgD são expressas na membrana do Ly B. 
 Durante a maturação dos Lys B, os processos de seleção eliminam ou inativam os precursores das células B capazes de 
reconhecer Ags próprios: 
o Lys imaturos na medula – Ags próprios  seleção negativa (morte por apoptose). 
 As células B maduras saem então da medula óssea para os tecidos linfóides periféricos: 
o Lys maduros – Ags estranhos  Resposta Imune Específica. FIM 
DESENVOLVIMENTO DO LINFÓCITO T 
 O desenvolvimento dos linfócitos T maduros a partir de progenitores comprometidos envolve o rearranjo sequencial e 
a expressão de genes do TCR, a proliferação celular, a seleção induzida por antígeno e o comprometimento com 
subgrupos fenotipicamente e funcionalmente distintos 
 
- Papel do timo na maturação: 
 O timo é o principal local de maturação 
das células T. 
 Sindrome DiGeorge (ausência congênita do 
timo)  baixos números de células T maduras 
na circulação e nos tecidos linfoides periféricos 
e deficiências graves da imunidade mediada 
por células T. 
- Etapas de maturação: 
 Comprometimento com a linhagem celular 
o Contato célula-célula 
- Sinais → fatores de transcrição → 
comprometimento de linhagem 
-Alterações epigenéticas → tornam os 
genes dos receptores acessíveis 
o Citocinas (IL-7) 
- Proliferação 
 Rearranjo gênico 
o Evento chave para o processo de maturação 
o Permite diversidade sem necessidade de muitos genes 
 Expressão dos receptores 
 Seleção das células competentes 
 
 Os linfócitos T originam-se de precursores que surgem no fígado fetal e na medula óssea adulta e se alojam no timo. 
 As células T em desenvolvimento no timo são denominadas timócitos. Os timócitos mais imaturos são encontrados no 
seio subcapsular e na região cortical exterior do timo. 
 É no córtex que os timócitos expressam inicialmente os TCRs γδ e αβ. As células T αβ amadurecem em células T CD4+ 
restritas ao MHC de classe II ou CD8+ restritas ao MHC de classe I à medida que saem do córtex e entram na medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Durante a maturação das células T, há uma ordem precisa pela qual os genes do TCR são rearranjados e pela qual o TCR 
e os correceptores CD4 e CD8 são expressos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Timócitos Duplo-Positivos 
 Na próxima fase da maturação das células T, os timócitos expressam tanto CD4 e CD8 e são denominados timócitos 
duplo-positivos. 
Timócitos Duplo-Negativos (célula pró-T) 
 Os timócitos corticais mais imaturos, recém-chegados da medula óssea, contêm genes de TCR na sua configuração de 
linhagem germinativa e não expressam TCR, CD3, cadeias ζ, CD4 ou CD8; estas células são denominadas timócitos 
duplo-negativos. 
Seleção positiva 
 Depende do reconhecimento do complexo MHC-peptídeo 
 Assegura que o TCR seja restrito ao MHC próprio 
 Promove o comprometimento com a linhagem simples positiva 
 Define as subpopulações CD4 e CD8 de acordo com o reconhecimento do TCR para MHC II ou I. 
 Na linhagem de células T, a seleção positiva garante o desenvolvimento de células T cujos receptores apresentam uma 
ligação de baixa afinidade com o MHC do hospedeiro 
 As células T maduras (precursores foram positivamente selecionados no timo) são capazes de reconhecer antígenos 
estranhos apresentados pelas mesmas moléculas do MHC do hospedeiro nos ACPs nos tecidos periféricos 
AÇÃO DOS LINFÓCITOS 
 Populações de Linfócitos Diferenciados pela História de Exposição ao Antígeno 
o Os linfócitos imaturos que emergem da medula óssea ou do timo migram para os órgãos linfoides periféricos, 
onde são ativados pelos antígenos para proliferar e se diferenciar em células efetoras e de memória, algumas 
das quais então migram para os tecidos 
o As células imaturas passam então a proliferar, resultando em tamanho aumentado dos clones específicos para 
o antígeno, um processo chamado de expansão clonal 
o Em paralelo com a expansão clonal, os linfócitos estimulados por antígeno se diferenciam em células efetoras 
cujas funções são eliminar o antígeno. 
o Outra progênie dos linfócitos B e T estimulados por antígeno se diferencia em células de memória de vida 
longa, cuja função é mediar respostas rápidas e aumentadas a subsequentes exposições aos antígenos. 
LINFÓCITOS IMATUROS 
 Células imunologicamente inexperientes porque elas nunca encontraram um antígeno. 
 Linfócitos imaturos e de memória são ambos chamados de linfócitos em repouso porque eles não estão ativamente em 
divisão, nem realizam funções efetoras. 
 A sobrevivência deles depende de sinais gerados pelos receptores de antígenos e de citocinas. 
LINFÓCITOS EFETORES 
 Após os linfócitos imaturos serem ativados, eles se tornam maiores e começam a proliferar. Algumas destas células se 
diferenciam em linfócitos efetores que têm a habilidade de produzir moléculas capazes de eliminar antígenos 
estranhos. 
 Os linfócitos T efetores incluem as células auxiliares e os CTLs, e os linfócitos B são células secretoras de anticorpos, 
incluindo plasmócitos. 
LINFÓCITOS DE MEMÓRIA 
 As células de memória podem sobreviver em um estado funcionalmente quiescente ou com ciclo lento por meses ou 
anos, sem a necessidade de estimulação pelo antígeno e presumivelmente após o antígeno ser eliminado. 
HISTOLOGIA E HISTOGÊNESE DO SISTEMA IMUNE 
ORGÃOS LINFOIDES 
ORGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS: 
 Timo 
 Bolsa de Fabrícius (descobertas nas aves-função de formar as células B) 
 Medula óssea (mamíferos) 
ORGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS: Os tecidos linfoides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, 
seja ela humoral ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que 
migraram pela circulação e atingiram o tecido. 
 Folículos linfoides 
 Linfonodos 
 Baço 
 Sistema linfoide das mucosas: 
o Amigdalas; apêndice vermiforme; folículos linfoides do trato respiratório; placas de Peyer; linfócitos 
intraepiteliais 
 Sistema imune cutâneo: 
o Linfócitos intraepidérmicos; células de Langerhans 
TIMO 
 Córtex  ricos em linfócitos T 
 Todo o timo  cél epiteliais não linfoides, céls. dendríticas 
 Órgão onde ocorre a diferenciação de células precursoras (timócitos) em linfócitos T 
 No ambiente lobular, pelo contato com células do epitélio tímico, macrófagos e células dendríticas interdigitantes, 
precursores dos linfócitos T oriundos da medula óssea (denominados timócitos) são submetidos aos processos de 
maturação, seleção e diferenciação. 
 Durante o processo de maturação, os timocitos passam a expressar receptores específicos de antígenos (TCR, do inglês, 
T cell receptor) e outras moléculas, denominadas co-estimuladoras (CD3, CD4 e CD8), importantes nos mecanismos de 
ativação dessas células. 
 Surge a partir da sétima semana de gestação (vida fetal) 
 Hormônio – TIMOSINA  ativa os timócitos para se maturarem em linfócitos T 
 Apoptose  muitas das células que recebem o estímulo da timosina acabam não indo para corrente sanguínea. 
 Vasos eferentes  saída para as células formadas no timo. 
 Córtex: é composto por um grande numero de linfócitos T (timócitos) que migram da medula óssea para a periferia do 
córtex, onde proliferam-se intensamente e tornam-se imunocompetentes. Além disso, o córtex possui macrófagos e 
células reticulares epiteliais. 
 Medula: caracteriza-se pela presença dos corpúsculos de Hassall (tímicos), que consiste no conjunto de células 
dendríticas e epiteliais dispostas de forma espiral. Todos os timócitos da medula são células T imunocompetentes. A 
função dos corpúsculos tímicos pode ser associada ao local de morte dos linfócitos T da medula. Encontram-se, 
também, nessa região, vasos linfáticos e sanguíneos. 
 A partir do momentoem que os timócitos expressam os receptores de antígenos na membrana, esses são selecionados 
de acordo com a afinidade e o tipo de moléculas que reconhecem. Durante o processo de seleção, os timócitos passam 
pelo processo de diferenciação e se tornam LT auxiliares (LTh) ou LT citotóxico (LTc). 
OBS1: O linfócito T imaturo é marcado com CD44+. É por meio desse marcador que o mesmo é reconhecido para entrar 
no timo. Vale ressaltar também que todo LT, quando maduro, apresenta o CD3, ou seja, quando ele é citotóxico, 
apresenta CD3 e CD8, e quando ele é auxiliar, CD3 e CD4. 
 
 
 
- Seleção clonal 
 
 DELEÇÃO  SELEÇÃO  EXPANSÃO 
- Auto-atígenos são reconhecidos pelas células como próprios do corpo e, então, os anticorpos que reconhecem isso são 
‘deletados’. Aquele que reconhece um antígeno estranho passa pelo processo de expansão; 
 Seleção positiva: à medida que os timócitos entram em contato com células epiteliais do córtex tímico (que sintetizam 
moléculas do MHC próprias associadas com peptídeos próprios oriundos das membranas celulares ou dos líquidos 
corporais), eles são selecionados com a avidez dos seus TCRs pelos complexos MHC-peptídeo. Os timócitos que 
apresentam TCR com um limite mínimo de avidez por esses peptídeos próprios são selecionados positivamente, ou 
seja, sobrevivem. Os que apresentam uma avidez alta morrem por apoptose para que, ao chegarem ao sistema, não 
ataquem células do próprio organismo. Durante a seleção positiva, os LT CD3+ CD4+ CD8+ cujos TCR reconhecem o 
complexo MHC classe I-peptídeo passam a expressar CD8 porque essa molécula adere à molécula de classe I e um sinal 
é emitido nos sentidos do CD4 deixar de ser expresso e essas células tornam-se linfócitos T citotóxicos (CD3+CD8+). Da 
mesma forma, nos LT cujos TCRs reconhecem MHC classe II-peptídeo, a molécula CD4 adere à molécula de classe II e 
um sinal é emitido para que a CD8 deixa de ser expressa, e essas células tornam-se linfócitos T auxiliares (CD3+CD4+). 
 Seleção Negativa: os linfócitos que sobrevivem na fase de seleção positiva passam pela seleção negativa. Esse tipo de 
seleção pode ocorrer pelo contato dos TCRs dos timócitos com peptídeos apresentados tanto pelas células epiteliais 
tímicas quanto pelos macrófagos e células dendríticas interdigitantes. Nessa seleção, os TCRs que reconhecem com alta 
afinidade os complexos MHC classe I ou II e peptídeos morrem por apoptose; os que reconhecem com média afinidade, 
sobrevivem. Portanto, os timócitos CD4+CD8+ selecionados apresentam TCR que reconhece com média afinidade 
complexos formados pelas proteínas MHC classe I ou II associadas com peptídeos. Após o processo seletivo, essas 
células migram, pelos vasos sanguíneos e linfáticos presentes na região medular, para os órgãos linfoides secundários 
onde ocuparão regiões especificas de linfócitos T, denominadas regiões timo dependentes ou T-dependentes. 
- No timo, portanto, há também um ensinamento ao linfócito T quanto à composição de peptídeos estranhos e próprios do 
organismo, de modo que o LT, ao sair do timo, seja treinado a diferenciar proteínas estranhas das produzidas pelo próprio 
organismo. 
MEDULA ÓSSEA 
 A medula óssea, popularmente conhecida como "tutano", é um tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de 
vários ossos e fabrica os elementos figurados do sangue periférico como: hemácias, leucócitos e plaquetas. 
 A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o 
organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos (Eritrócitos), glóbulos brancos 
(Leucócitos) e plaquetas (Trombócitos). 
 No início da gestação, a hematopoiese é função do saco vitelínico. Semanas depois, o processo de geração das células 
do sangue passa a ser função do baço e fígado, para só depois, assumir a medula óssea repleta de steam cells. Ao 
nascer, a hematopoise acontece principalmente em nível da medula óssea. 
 Os linfócitos B e T originam-se na medula óssea, mas apenas os linfócitos B amadurecem na medula. Os linfócitos T 
precursores migram para o timo, do qual receberam o nome, e lá amadurecem. 
 IL-7 (fator de crescimento: induz proliferação celular) 
 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
 As células brancas do sangue são produzidas a partir de uma única célula precursora, a célula-tronco hematopoiética 
pluripotente (hematopoiese) 
 Os granulócitos (65%), eosinófilos, neutrófilos e basófilos circulam no sangue e estão envolvidos nas respostas 
inflamatórias 
 Os monócitos (5-10%) migram rapidamente no sangue para originar a forma tissular, chamado macrófago. Macrófagos 
especiais existem em diferentes tecidos, como, por exemplo, as células de Kupffer no fígado 
 As células dendríticas, derivadas da medula óssea, ativam e dão os estímulos iniciais aos linfócitos 
 Os linfócitos (25-35%) dividem-se em dois principais subtipos: B e T (1:5) 
 Linfócitos B: reconhecimento do antígeno. Como células plasmáticas nos tecidos, eles secretam anticorpos 
 Linfócitos T: células-chave na resposta imune distinguindo entre o “próprio”, os tecidos estranhos e os agentes 
infecciosos. 
 
 
 Sequência de eventos na resposta imune in vivo 
LINFONODOS 
 Estruturas ovoides pequenas (menos de 1 cm de diâmetro) 
 Eles “filtram” a linfa que chega até eles, e removem bactérias, 
vírus, restos celulares, etc. 
 Eficientes como armadilhas para substâncias estranhas e 
na produção de anticorpos e indução de Lys T Ag-específicos 
 O parênquima do linfonodo é constituído pelas regiões cortical 
(concentrado de LB) e medular (concentrado de LT). A região 
cortical é subdividida em córtex superficial, onde estão os 
folículos linfoides, constituídos de LB e de células dendríticas 
foliculares, e em córtex profundo ou paracórtex 
(linfócitos T e células dendríticas interdigitantes). 
 Na região medular estão presentes macrófagos, linfócitos, 
células dendríticas e, quando o linfonodo foi recentemente 
ativado, são encontrados os plasmócitos, linfócitos B 
secretores de anticorpos. 
BAÇO 
 Eficiente como armadilha para substâncias estranhas 
presentes na circulação sanguínea e na concentração destas 
 Diferentemente dos linfonodos (que captam antígenos da linfa), 
o baço capta antígenos do próprio sangue. 
 A maior parte do parênquima é composta por cordões 
esplênicos celulares e uma rede de sinusoides/seios vasculares, 
preenchidos de sangue. Essa região é denominada de polpa vermelha. 
 A outra parte do parênquima, que corresponde a 5-20% de massa esplênica, e está presente ao redor das artérias e 
arteríolas centrais, é a porção linfoide denominada de polpa branca. 
 A polpa branca está disposta ao redor das arteríolas formando o que se chama de bainha periarteriolar (PALS), 
composta de linfócitos T e células dendríticas interdigitantes; entre os LT estão presentes os folículos linfoides 
primários e secundários, compostos, como já mencionado, de LB e células dendríticas foliculares. 
 Entre a polpa vermelha e a polpa branca, encontra-se uma região denominada zona marginal, onde estão os 
macrófagos e os linfócitos. Os macrófagos presentes na zona marginal são importantes na resposta a antígenos T-
independentes, que são na sua maioria polissacarídeos complexos. 
 Principal produtor de anticorpos: 
o 50% das células – Lys B 
o 30-40% - Lys T 
TECIDOS LINFOIDE ASSOCIADOS A MUCOSA (MALT) 
São constituídos por infiltrações de linfócitos e nódulos linfáticos do trato 
gastrointestinal, respiratório e urinário. 
- GALT: tecido linfoide associado ao intestino 
 Linfócitos e Folículos linfoides 
 Folículos linfóides agrupados: Placas de Peyer (intestino delgado) 
 Macrófagos, monócitos, Lys B produtores de IgA 
 Células M: células epiteliais especializadas que internalizam Ags da 
luz intestinal para o interstício (macrófagos ou células 
dentríticas)  ativaçãode Lys no folículo linfoide 
- BALT: tecido linfoide associado aos brônquios 
 Linfócitos e Folículos linfoides 
 Ao longo dos brônquios principais 
SISTEMA IMUNE CUTÂNEO 
ANTÍGENO 
 Substancias entranhas: estrutura molecular, dose, via de administração, capacidade de ser degradada. Essas 
substâncias estranhas variam conforme sua estrutura molecular podendo ser mais simples ou mais complexas a dose 
recebida pelo indivíduo – doses muito baixas estimulam pouco o sistema imune, ou então nem chegam a estimulá-lo; 
quanto a via de administração o antígeno pode ter como ‘porta de entrada’ a via respiratória, inoculação intravenosa, 
intradérmica; capacidade de ser degradado – se o antígeno não for degradado ele não pode ser apresentado aos 
linfócitos (principalmente ao linf T) – quando maior e mais complexo for o antígeno, melhor ele será apresentado ao 
sistema imune adaptativo. 
 É qualquer substância que pode ser especificamente conectada por um anticorpo ou por um receptor de antígenos da 
célula T. 
 Antígeno: “antigenicidade”. Qualquer agente capaz de se ligar aos componentes da RI específica: anticorpos e 
linfócitos; É a Capacidade de se ligar aos componentes da resposta imune 
 Imunógeno: “imunogenicidade” agente com capacidade de induzir uma resposta imune. Todo imunógeno primeiro é 
um antígeno. Porém, nem todo antígeno é um imunógeno. Pois, todos os antígenos são reconhecidos por linfócitos 
específicos ou por anticorpo, mas apenas alguns são capazes de ativar linfócitos. 
 HAPTENO: é um exemplo de antígeno que, por ser muito pequeno (baixo peso molecular) e muito simples (não-
proteico), não ativa o sistema imune (não tem imunogenicidade) sozinho. Alguns haptenos têm a capacidade de se ligar 
a proteínas próprias do organismo, formando um complexo haptênico, que é capaz de ativar o sistema imune 
(complexo hapteno-carreador = imunógeno; por isso algumas pessoas são alérgicas a penicilina, pois essa pode se ligar 
a uma proteína própria do organismo e ser reconhecida por este como estranha e ativar o sistema imune) 
o Por esse motivo muitos medicamentos que entram em nosso organismo são metabolizados e eliminados sem 
maiores problemas 
o Pequenas substâncias químicas, como o dinitrofenol (DNP), podem se ligar aos anticorpos, e, por isso, são 
antígenos, mas por si só não conseguem estimular as céll. B (não são imunogênicas). 
o Ao se ligarem à albumina, formam um complexo hapteno-carreador, que, então, é imunógeno. 
 Vírus: apresentam substâncias tanto fora quanto dentro. Pode ser utilizador inteiro ou partes para a produção de 
vacinas 
 Bactéria: também possuem inúmeros antígenos (internos e externos) – o que está mais externo ativará melhor a 
resposta imune. 
DETERMINANTES ANTIGÊNICOS OU EPÍTOPOS  porção do Ag diretamente envolvida na interação Ag-receptor. Esta fina 
especificidade existe porque os linfócitos individuais expressam receptores de membrana que podem distinguir sutis diferenças 
na estrutura entre epítopos distintos. É a porção exata do antígeno que é reconhecida pelo anticorpo ou pelo receptor de célula 
T. 
- Macromoléculas, tais como proteínas, polissacarídios e ácidos nucleicos, normalmente são muito maiores do que a região de 
ligação do antígeno de uma molécula de anticorpo. Dessa maneira, qualquer anticorpo se liga a somente uma porção da 
macromolécula, que é chamada de determinante ou um epítopo. 
- Presença de múltiplos determinantes idênticos em um antígeno é referida como polivalência ou multivalência 
 
CLASSE DOS PRINCIPAIS Ag: 
a) Carboidratos (polissacarídeos): em geral bons imunógenos: membranas de bactérias, grupos sanguíneos ABO 
b) Lipídios: em geral, lipídeos são não-imunógenos, embora eles possam ser haptenos 
c) Ácidos nucleicos: pobremente imunogênicos, mas podem se tornar imunogênicos quando em fita simples ou quando 
complexados com proteínas 
d) Proteínas: usualmente muito bons imonógenos, epítopos lineares, epítopos conformacionais 
CONDIÇÕES PARA A IMUNOGENICIDADE 
a) Ser estranho, possuir antigenicidade 
b) Alto peso molecular 
c) Complexidade molecular 
d) Natureza química 
e) Acessibilidade antigênica 
f) Dosagem e formas de administração do antígeno 
g) Constituição genética (bons e maus respondedores) – relacionado com o indivíduo que irá receber 
h) Outros (idade, estado de saúde, álcool) 
 Tamanho da molécula em geral, quanto maior a sustância imunogênica, maior será o número de epítopos 
apresentados, portanto mais intensa deve ser a resposta imunológica 
 Complexidade química – quanto maior a complexidade, geralmente maior é o número de epítopos e mais variados eles 
são, podendo conduzir a imunogenicidade 
 Natureza química – pode ser responsável pelo tipo de resposta imune 
 Dosagem: a dose na qual o Ag encontra-se no organismo influencia a magnitude da resposta imune 
o Doses muito pequenas não iduzem a ativação do sistema imune, o que se denomina  tolerância de zona 
baixa. 
o Acima de certa dose limítrofe a resposta imune é proporcional à concentração antigênica 
o Doses excessivas podem estabelecer estado de ausência de resposta específica chamado de  tolerância de 
zona alta. A tolerância induzida por doses elevadas pode explicar a falta de resposta às proteínas próprias do 
organismo, como as proteínas plasmáticas. 
ANTÍGENOS DE REAÇÃO CRUZADA: 
- Ag homólogo: aquele que deu origem ao Ac, à resposta imune 
- Ag heterólogo: aquele que interage por reação cruzada 
 EX: bactéria que causa faringite e quando é pelo estreotococos beta hemolítico tem problema porque ele tem alguns 
determinantes antigênicos em comum com do tecido cardíaco. O tecido cardíaco seria um antígeno heterólogo devido 
as suas moléculas em comuns com a bactéria que poderia fazer o anticorpo interagir com ele 
 EX: toxoide tetânico e toxina tetânica 
o Ag homólogo  toxóide tetânico 
o Ag heterólogo  toxina tetânica 
o Esse é o princípio utilizado na vacina contra o tétano 
o Uma mudança é feita na toxina tetânica, criando-se assim o toxóide tetânico. Quando o toxóide entra no 
organismo desencadeia uma resposta imune, de modo que são produzidos anticorpos contra o toxóide e 
também contra a própria toxina tetânica que uma vez que os 2 são muito semelhantes. 
 Reação cruzada  uma reação cruzada é definida como a capacidade de anticorpos reagirem com antígenos diferentes 
daquele que os induzirem. Anticorpos formados contra um Ag reagem fortemente com este (Ag homólogo) e poderão, 
ainda, reagir cruzadamente com outros Ag de estrutura semelhante (Ag heterólogo) 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTÍGENOS 
 Exógeno 
 Endógeno – antígenos presentes em nosso corpo, ex: sistema ABO 
o Auto-antígenos – do próprio indivíduo 
o Alo-antígenos – de indivíduos diferentes 
Ags T-INDEPENDENTES 
 Em um antígeno, o mesmo determinante antigênico repetido muitas vezes 
 Polissacarídeos bacterianos e fúngicos, lipopolissacarideos (LPS), unidades repetitivas dos flagelos. 
 São independentes dos linfócitos T 
 Têm a capacidade de estimular a produção de anticorpos na ausência de células TH 
 Antígenos polivalentes podem induzir reação cruzada interna com as imunoglobulinas da membrana das células B, 
resultando em uma resposta de grande magnitude sem a participação das células T 
 VANTAGEM: não depende de interações complexas, sendo rapidamente iniciada a resposta 
Ags T-DEPENDENTES 
 Antígenos T-dependentes são caracterizados por algumas cópias de muitos determinantes antigênicos diferentes 
 São aqueles que dependem dos Lys T para induzir resposta imune humoral; 
 A interação das células T com as células B inicia-se com a ligação do Ag nativo às imunoglobulinas de membrana dos 
linfócitos B antígenos-específicos 
 O Ag é internalizado e processado pelo linfócito B, sendo a seguir às células TH, associados às moléculas do HLA de 
classe II na membrana celular 
 Após a apresentação do Ag, as células TH sofrem ativação 
 A seguir ocorre ativação dos linfócitos B mediada pelocontato da célula TH e pela ação de citocinas 
 Os linfócitos ativados, então, proliferam e se diferenciam em plasmócitos secretores de imunoglobulinas específicas 
para o Ag desencadeador da resposta 
SUPERANTÍGENOS 
 Quando o sistema imune encontra um antígeno T-dependente convencional, somente uma pequena fração da 
população de célula T é capaz de reconhecer o antígeno e se tornar respondedora monoclonal. Entretant, há alguns 
antígenos que ativam poclonalmente uma grande fração de células T. Esse antígenos são chamados de superantígenos. 
 As doenças associadas com a exposição a superantígenos são, em parte, devidas ..... 
DETERMINANTES RECONHECIDOS PELO SISTEMA IMUNE INATO 
 Componentes do sistema imune imato reconhecem padrões moleculares cariados encontrados em patógenos, mas 
nçao no hospedeiro. Dessa forma, eles são desprovidos do elevado grau de especificidade vista no sistema imune 
adaptativo. Esses padrões sçao chamados PAMPS e os receptores de PAMPS são chamados de PRRs 
ADJUVANTES 
 Substâncias que possuem a capacidade de aumentar a RI contra imunógenos, mas não confere imunogenocidade ao 
hapteno 
 Intensificam a atividade imune, um vez que facilitam a fagocitose e o processamento do antígeno ou APC e promovem 
a sua retenção prolongada. 
 EX: Alúmen (sulfato de potássio e alumínio): precipita Ag e este precipitado quando inoculado, induz resposta imune 
Características Relacionadas com o Reconhecimento do Antígeno 
 Os anticorpos são capazes de reconhecer especificamente uma grande variedade de antígenos com afinidades variadas. 
Todas as características do reconhecimento do antígeno refletem as propriedades das regiões V do anticorpo. 
1. ESPECIFICIDADE  Os anticorpos podem ser notavelmente específicos para os antígenos, diferenciando entre 
pequenas distinções na estrutura química. 
2. DIVERSIDADE  A habilidade dos anticorpos em qualquer indivíduo de se ligar especificamente a um grande 
número de diferentes antígenos é um reflexo da diversidade do anticorpo 
3. MATURAÇÃO DE AFINIDADE  A habilidade dos anticorpos em neutralizar toxinas e microrganismos infecciosos é 
dependente da firme ligação dos anticorpos. O mecanismo para a geração de anticorpos de alta afinidade envolve 
sutis mudanças na estrutura das regiões V dos anticorpos durante as respostas imunes humorais dependentes de 
célula T aos antígenos proteicos. Este processo, chamado de maturação da afinidade, resulta em um aumento na 
afinidade média de ligação dos anticorpos para um antígeno à medida que a resposta imune evolui 
 
 
ANTICORPOS 
 São proteínas produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. 
 São incrivelmente diversificados e específicos e constituem os principais moduladores da resposta humoral. 
 Anticorpos, moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) e receptores de antígeno da célula T são as 
três classes de moléculas usadas pelo sistema imune adaptativo para se ligar aos antígenos 
 Atua principalmente contra antígenos extracelulares 
 Resposta imunitária adquirida 
o Imunidade humoral 
 Anticorpos 
o Imunidade celular 
 Proteínas solúveis que circulam livremente e que apresentam capacidade de se ligarem ao antígeno 
 Contribuem especificamente para a imunidade e proteção contra substancias estranhas 
 Os anticorpos estão distribuídos pelos líquidos biológicos do corpo e são encontrados nas superfícies de um número 
limitado de tipos celulares. 
 Os linfócitos B são as únicas células que sintetizam anticorpos - essas células inicialmente expressam uma forma 
integrante da membrana da molécula de Ac na superfície celular, onde ela funciona como o receptor de Ag da cél B. 
Após a exposição ao Ag, a maior parte da resposta inicial dos Acs ocorre nos tecidos linfoides. 
 Formas secretadas dos Acs estão presentes no plasma, secreções mucosas, e no líquido intersticial. Eles geralmente se 
ligam à superfície de outras células imunológicas efetores, como os fagócitos mononucleares, céll NK, e mastócitos. 
 Ligados à membrana do linfócito B 
o Ativação do linfócito B 
 Livres 
o Neutralização de toxinas e patógenos 
o Eliminação de microrganismos 
 Antigamente chamavam-se os anticorpos de gamaglobulinas  hoje é chamado de imunoglobulinas 
 Os anticorpos são sintetizados somente pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: 
- anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos B funcionam como receptores de antígenos 
- anticorpos secretados neutralizam as toxinas, previnem a entrada e espalhamento dos patógenos e eliminam os 
microrganismos. 
 O reconhecimento do antígeno pelos anticorpos ligados à membrana nas células B imaturas ativa esses linfócitos a 
iniciarem uma resposta imune humoral. As células B ativadas se diferenciam em plasmócitos que secretam anticorpos 
de mesma especificidade do receptor do antígeno. 
 As formas secretadas dos anticorpos estão presentes no plasma (a porção fluida do sangue), nas secreções mucosas e 
no fluido intersticial dos tecidos. Na fase efetora da imunidade humoral, esses anticorpos secretados se ligam aos 
antígenos e disparam vários mecanismos efetores que eliminam os antígenos. 
 As funções efetoras mediadas por anticorpo incluem: 
o Neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos tóxicos; 
o Ativação do sistema complemento; 
o Opsonização dos patógenos para fagocitose aumentada; 
o Citotoxicidade mediada por célula e dependente de anticorpo, pela qual os anticorpos têm como alvo células 
infectadas para a lise pelas células do sistema imune inato; 
o Ativação de mastócito mediada por anticorpo para expelir vermes parasitas. 
 Quando o sangue ou plasma forma um coágulo, os anticorpos permanecem no fluido residual, o que é chamado de 
soro; O soro não possui os fatores da coagulação (que são consumidos durante a formação do coágulo), mas contém 
todas as outras proteínas encontradas no plasma. 
ESTRUTURA BÁSICA DE ANTICORPO 
 Proteínas plasmáticas ou séricas podem ser fisicamente separadas 
baseando-se nas características de solubilidade das albuminas e 
globulinas e podem ser separadas com mais precisão pela migração 
em um campo elétrico, um processo chamado de eletroforese. 
 A maioria dos anticorpos é encontrada no terceiro grupo mais rápido 
de migração das globulinas, chamado de globulinas gama 
 Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas 
características estruturais básicas, mas apresentam marcante 
variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. 
 Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica do núcleo 
composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas 
idênticas. 
 4 cadeias polipeptídicas 
 2 pesadas = H (high) 
 2 leves = L (light) 
 Domínios constantes e domínios variáveis 
 4 cadeias polipeptídicas (2 pesadas e 2 leves) 
 Domínios constantes (funções efetoras) + Domínios variáveis 
(forma o sítio de ligação com o Ag; distingue os 
Acs feitos por um clone de cél B dos Acs feitos por outros 
clones) 
 Os locais de ligação do antígeno são formados pela 
justaposição dos domínios VL e VH. 
 Cada molécula de Ac possui 2 locais de ligação de Ags. 
 Enzima papaína quebra a estrutura em Fab e Fc: 
o Fab = continua com a capacidade de se ligar com Ag 
porque carrega o sítio de ligação ao Ag – 
Antigen Biding; fragmento, ligação do antígeno 
o Fc = não tem mais função, cristaliza da centrifugação; Este pedaço da IgG tem a propensão de se autoassociar 
e de cristalizar em forma de treliça, sendo, assim, chamado de Fc (fragmento, cristalizável). 
 Regiões hipervariáveis 
 Sítio de ligação ao Ag 
 Também chamadas regiões determinantes de complementariedade(CDR) 
Características Estruturais das Regiões Variáveis do Anticorpo 
 A maioria das diferenças de sequência e variabilidade entre os diferentes anticorpos está confinada a três pequenos 
trechos na região V da cadeia pesada e atrês trechos na região V da cadeia leve. 
 Estes segmentos da maior diversidade são conhecidos como regiões hipervariáveis. 
 Na molécula de anticorpo, as três regiões hipervariáveis do domínio VL e as três regiões hipervariáveis do domínio VH 
são mantidas juntas para criar uma superfície de ligação ao antígeno. 
 Pelo fato de essas sequências formarem uma superfície que é complementar à forma tridimensional do antígeno 
ligado, as regiões hipervariáveis também são chamadas de regiões de determinação de complementariedade (CDRs). 
 A ligação do antígeno pelas moléculas de anticorpo é primariamente uma função das regiões hipervariáveis de VH e 
VL. 
Regiões constantes 
 As moléculas de Acs são flexíveis, permitindo sua ligação a diferentes formas de Ags 
 As moléculas de anticorpo podem ser divididas em classes e subclasses distintas com base nas diferenças na estrutura 
das regiões C da cadeia pesada. 
 As diferenças estruturais das regiões constantes dos Acs determina sua classificação 
 As classes de moléculas de anticorpo também são chamadas de isotipos 
o IgA, IgD, IgE, IgGe IgM 
o Sub-classes: IgA1 e IgA2; IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. 
o Funções efetoras 
o Distribuição tecidual 
 
 
 
 As moléculas de anticorpo são flexíveis, permitindo que elas se 
liguem a diferentes antígenos. 
 Esta flexibilidade é conferida, em grande parte, por uma região 
de dobradiça localizada entre CH1 e CH2 de certos isotipos. 
 Existem duas classes, ou isotipos, de cadeias leves, chamadas κ e l, 
que são diferenciadas por suas regiões constantes (C) 
carboxiterminais. 
 Os anticorpos de distintas espécies diferem uns dos outros nas regiões C e em partes da malha das regiões V. 
 Pequenas diferenças nas sequências estão presentes em anticorpos de indivíduos da mesma espécie, refletindo 
polimorfismos herdados nos genes que codificam as regiões C das cadeias pesadas e leves da Ig. Quando um variante 
polimórfico encontrado em alguns indivíduos de uma espécie pode ser reconhecido por um anticorpo, as variantes são 
referidas como alótipos e o anticorpo que reconhece um determinante alotípico é chamado de anticorpo antialotípico. 
As diferenças entre as regiões V do anticorpo estão concentradas nos CDRs e constituem os idiótipos dos anticorpos. 
Um anticorpo que reconhece algum aspecto dos CDRs de outro anticorpo é assim chamado de anticorpo anti-idiotípico. 
ALÓTIPOS 
 Baseiam-se em diferenças genéticas entre os indivíduos da mesma espécie. 
 Diferenças alotípicas, em locos normalmente conhecidos, implicam em mudanças de somente um ou dois aminoácidos 
na região constante de uma cadeia. 
 
 
IDIÓTIPOS 
 Os determinantes únicos de moléculas individuais de Acs são chamadas de idiótopos, e todas as moléculas de Acs que 
têm um idiótipo em comum são consideradas como pertencentes ao mesmo idiótipo 
 O local de ligação ao Ag de um Ac presente nas regiões variáveis das cadeias H e L pode levar à produção de anticorpos 
antiidiotípicos. 
 
Características da Ligação do Antígeno pelas Moléculas do Sistema Imune que Reconhecem o Antígeno 
 
REATIVIDADE CRUZADA 
 O anticorpo pode reagir com duas moléculas que compartilham os mesmos determinantes antigênicos, mas que são 
diferentes em outros aspectos: toxoide e toxina tetânica 
ANTICORPO MONOCLONAL (Ac monoclonal) 
 São anticorpos de uma única especificidade. 
 Aplicações 
o Identificação de marcadores celulares (CD). 
o Imunodiagnóstico 
o Detecção de tumores 
o Terapia 
o Pesquisa 
ORGANIZAÇÃO DOS GENES DA Ig HUMANA NA LINHAGEM GERMINATIVA 
 Três locus separados codificam as cadeias pesadas e leves da Ig: 
o Cromossomo 14  locus que formará cadeia pessada 
o Cromossomo 2  cadeia Kapa 
o Cromossomo 22  cadeia Lambda 
VARIANTES DE IMUNOGLOBULINAS 
- Classes de imunoglobulinas (isótipos) 
 Diferentes estruturas que existem dentro da mesma espécie animal, constituindo um padrão para esta espécie 
 HUMANOS: 5 classes de cadeias pesadas 
 Isótipos de cadeia pesada: definem mesmo a classe de anticorpos 
o IgM - µ 
o IgD - δ 
o IgG - γ 
o IgA - α 
o IgE - ε 
 Isótipos de cadeia leve: 
o Kappa - K 
o Lambda - λ 
Principais características das Imunoglobulinas 
IgM 
 Principal Ig na RI primária – Fase Aguda 
 Fixadora de Complemento 
 Auto-Ac 
 Confinada ao sistema circulatório 
 Membrana de LyB 
 Pentamérica; PM: 900.000d 
IgG 
 Subclasses: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4 
 Principal Ig sérica e RI secundária; Ig da memória imunológica 
 Fixa complemento 
 Atravessa a barreira placentária 
 Monomérica; PM: 150.000d 
IgA 
 Não fixa complemento VC; agregados de IgA fixam complemento VA; 
 Anti-viral 
 Monomérica 
IgAs 
 Secreções exócrinas- Imunidade local 
 Barreira contra vírus, micróbios e alérgenos 
 Amamentação- confere imunidade gastrintestinal 
 Dimérica 
IgE 
 Ligada a mastócitos e basófilos via fragmento Fc 
 Participa de fenômenos alérgicos e reações anafiláticas – hipersensibilidade tipo I 
 Cordão umbilical, mucosas e colostro; 
 Aumentada nas infecções parasitárias. 
 Monomérica 
IgD 
 Ligada aos LyB; 
 Baixa concentração no soro; 
 Lábil; 
 Pouco se sabe sobre sua função. 
 Monomérica 
IgG – subclasse 
 IgG1 (65%) - ativa complemento 
 IgG2 (20%) - ativa complemento 
 IgG3 (10%) - ativa complemento 
 IgG4 (5%) – não ativa complemento 
IgA – subclasse 
 IgA1 
 IgA2 
Qual o propósito da ligação do anticorpo com o antígeno?  ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO Ac 
 Neutralização de microrganismos ou de produtos microbianos tóxicos 
 Neutralização de toxina 
 Ativação do sistema complemento 
 Opsonização dos patógenos  Células fagocíticas têm receptores para Fc de IgG – aumentar a fagocitose 
 ADCC (citotoxicidade celular dependente de anticorpos) – mecanismo pelo qual anticorpos marcam os microrganismos 
para serem destruídos pelas células do sistema imune natural 
 Hipersensibilidade imediata  na qual os anticorpos desencadeiam a ativação de mastócitos 
SÍNTESE, MONTAGEM E EXPRESSÃO DAS MOLÉCULAS Ig 
 Cadeias pesadas e leves  sintetizadas em ribossomas ligados à membrana no retículo endoplasmático rugoso 
 A maturação das células B dos progenitores da medula óssea é acompanhada por alterações específicas na expressão 
do gene da Ig, resultando na produção de moléculas de Ig em diferentes formas 
 
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE CPH (MHC) 
CPH ou MHC 
 O Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH) ou Major Histocompatibility Complex (MHC) é um conjunto 
complexo de genes, altamente polimórficos, que codificam glicoproteínas de superfície celular. 
 No homem, a região HLA é formada por um subconjunto de genes do MHC. 
o HLA - Human Leucocyte Antigen (antígenos leucocitários humanos). É uma parte do MHC e só é encontrado 
em humanos. 
 Moléculas especializadas na apresentação de peptídeos antigênicos aos linfócitos T.  principal função 
 As moléculas do MHC são componentes integrais dos ligantes que 
a maioria das células T reconhece, pois os receptores de antígenos 
das células T são específicos para complexos peptídicos antigênicos 
e moléculas do MHC do hospedeiro; 
 Existem dois principais tipos de produtos dos genes do MHC, chamados 
de moléculas classe I e moléculas classe II 
Principais funções dos Lys T: 
1. Defesa contra microrganismos intracelulares 
2. Ativação de outras células: macrófagos e Lys B 
Lys T só reconhecem Ags apresentados por outras células 
 Todas essas funções requerem que haja interação entre os linfócitos T e as outras células (que podem ser células do 
hospedeiro que estejam infectadas, macrófagos, células dendríticas e linfócitos B) 
 Os receptores de antígenos das células T só podem reconhecer antígenos que são apresentados por outras células. A 
função de apresentar antígenos associados a células para serem reconhecido pelas células T é desempenhada por 
proteínas especializadas que são codificadas por genes em um locus chamado de complexo principal dehistocompatibilidade (MHC) 
 
 
 MHC) classe I e II: apresentação do Ag ao LyT 
 Os receptores de antígenos de células T CD4+ e CD8+ são específicos para antígenos peptídicos que são apresentados 
por moléculas do MHC. O reconhecimento do MHC também é necessário para a maturação de células T CD4+ e CD8+ e 
garante que todas as células T maduras sejam restritas apenas ao reconhecimento de moléculas do MHC com antígenos 
ligados. 
 Moléculas do MHC podem ligar-se e apresentar somente peptídios, e não outras estruturas químicas, e é por isso que a 
maioria das células T reconhece apenas peptídios. 
Diferentes tipos de células atuam como APCs para ativar as células T imaturas ou células T efetoras previamente 
diferenciadas 
 As células dendríticas são as APCs mais eficazes para a ativação de células T imaturas e, portanto, para iniciar as 
respostas de células T. Os macrófagos e os linfócitos B também atuam como APCs, mas principalmente para as células T 
auxiliares CD4+ previamente ativadas e não para células T imaturas. 
 As células dendríticas, macrófagos e linfócitos B expressam moléculas 
do MHC de classe II e de outras moléculas envolvidas na estimulação 
das células T e são, portanto, capazes de ativar os linfócitos T CD4+. 
 A função de apresentação de antígenos das APCs é aumentada pela 
exposição a produtos microbianos. Esse é o um dos motivos pelo qual o 
sistema imune responde melhor a microrganismos do que a substancias 
inofensivas, não microbianas. 
Descoberta do MHC 
 É creditado o descobrimento desse conjunto gênico a Jean Dausset – 1954 
o Dausset, Jean. "Complexo Principal de Histocompatibilidade". 1954 
 Loco genético cujos produtos eram responsáveis pela rejeição imediata de transplantes 
Principais alvos da Rejeição: 
 Genes de Histocompatibilidade 
 Moléculas do MHC humano são chamados de: antígeno leucocitário humano  HLA 
Papel fisiológico dos genes MHC 
 Genes que controlam a resposta imune a Ags proteicos 
 Reconhecimento de antígenos por lys T depende da participação de moléculas do MHC 
 Restrição do MHC: 
o MHC próprio apresenta o Ag estranho 
Propriedade dos genes MHC 
- Dois tipos de genes MHC polimórficos, ou seja, genes MHC classe I e classe II, codificam dois grupos de proteínas 
estruturalmente distintas, mas homólogas 
 
 
CLASSE I: 
 Presente em todas as células nucleadas e plaquetas 
 Apresenta o peptídeo a células T CD8 (T citotóxico) 
 Principais alvos da rejeição de enxertos 
 As CTL CD8+ restritas à classe I matam células infectadas com microrganismos intracelulares, tais como vírus, e tumores 
que expressam antígenos tumorais, e qualquer célula nucleada pode abrigar um vírus ou evoluir para um câncer. Assim, 
a expressão de moléculas do MHC da classe I em células nucleadas fornece um essencial sistema de apresentação de 
antígenos virais e tumorais. 
CLASSE II: 
 Distribuição mais retrita, estão nas APCs: macrófagos, lys B, células dendríticas, Lys T ativados 
 Apresenta o peptídeo a células T CD4 (T helper) 
 Os linfócitos T auxiliares CD4+ restritos à classe II possuem um conjunto de funções que requer o reconhecimento de 
antígenos apresentados por um número mais reduzido de tipos celulares. As células T CD4+ virgens, particularmente, 
precisam reconhecer que os antígenos são capturados e apresentados por células dendríticas em órgãos linfoides. Os 
linfócitos T auxiliares CD4+ diferenciados atuam principalmente na ativação (ou no auxílio) de macrófagos para a 
eliminação dos microrganismos extracelulares que foram fagocitados, e no auxílio dos linfócitos B na produção de 
anticorpos que também eliminam microrganismos extracelulares. 
A expressão de moléculas do MHC é aumentada pelas citocinas produzidas durante 
as respostas imunes inata e adaptativa 
 
Propriedades gerais das moléculas do MHC 
 Cada molécula do MHC é constituída por uma fenda de ligação a 
peptídios extracelulares, seguida de domínios tipo imunoglobulina (Ig) e 
domínios transmembrana e citoplasmáticos. 
 Os resíduos de aminoácidos polimórficos de moléculas do MHC estão 
localizados no interior e nas adjacências da fenda de ligação do peptídio. 
 Os domínios tipo Ig não polimórficos das moléculas do MHC 
contêm locais de ligação para as moléculas CD4 e CD8 das células T. 
Polimorfismo MHC 
 Os genes do MHC são os genes mais polimórficos do genoma: 21.499 alelos HLA 
na população humana 
Os genes do MHC são expressos de forma codominante em cada indivíduo. 
 Ou seja, para um dado gene do MHC, cada pessoa expressa ambos os alelos 
que são herdados dos pais. Para o indivíduo isso maximiza o número de 
moléculas do MHC disponíveis para ligar peptídeos a fim de serem apresentados 
a células T  ALTA DIVERSIDADE 
Diversidade HLA no Indivíduo 
 Moléculas de HLA são codominantemente expressas 
 Duas moléculas de cada um dos 6 tipos de MHC são expressas em um indivíduo 
 Os genes MHC estão intimamente LIGADOS no cromossomo 6 e são 
normalmente herdados em blocos. A combinação dos alelos MHC num 
cromossomo é chamado de HAPLÓTIPO MHC. 
Qual a importância desta intensa variabilidade das moléculas de MHC? 
- Os linfócitos T só podem ser ativados pela interação entre o TCR e um peptídeo antigênico qualquer do patógeno apresentado 
pela molécula MHC. Sem a ativação do linfócito T não há resposta imune efetiva. 
- Sendo assim, há uma forte pressão seletiva sobre os patógenos para escapar da interação com as moléculas MHC 
* As moléculas de MCH desenvolvem duas estratégias para impedir o escape dos patógenos: 
 POLIGENIA  mais de um tipo de molécula MHC em cada indivíduo 
 POLIMORFISMO  alta variabilidade das molécula MHC entre diferentes indivíduos 
INTERAÇÕES MHC - peptídeo próprio 
 Existem moléculas MHC vazias na superfície celular? 
– NÃO!! As moléculas MHC vazias são instáveis e degradadas intracelularmente antes de serem expressas na membrana. 
 Os peptídeos expressos na superfície celular com as moléculas MHC são sempre não-próprios? 
– NÃO!! Nos MHC I, a maior parte são peptídeos próprios de proteínas intracelulares. 
-- Nos MHC II, são restos de proteínas extracelulares endocitadas. 
 Existe uma especificidade de ligação MHC-Ag? 
– Os sítios do MHC não interpretam próprio ou não-próprio. 
 Se os Ags próprios estão sempre presentes nas moléculas MHC como é que não desencadeiam resposta imune? 
– Na seleção tímica, ocorre a eliminação dos LT com capacidade para reconhecer MHC - peptídeo próprios. 
 
 
 
PROCESSAMENTO ANTIGÊNICO 
 
- Os antígenos de proteínas presentes no citosol (geralmente 
sintetizados na célula) dão origem a peptídios associados à classe I 
que são reconhecidos por células T CD8+; 
- Ao passo que os antígenos interiorizados do meio extracelular para 
as vesículas das APCs geralmente dão origem a peptídios 
apresentados pelas moléculas do MHC da classe II e reconhecidos 
pelas células T CD4+. 
- diferença fundamental entre as vias do MHC da classe I e do MHC da 
classe II reside principalmente no local da degradação do peptídio. As 
proteínas degradadas em proteassomas, muitas das quais provêm do 
citosol, fornecem principalmente peptídios para moléculas do MHC 
da classe I. 
- Somente as proteínas degradadas em endolisossomos fornecem 
peptídios para moléculas do MHC da classe II 
 
Via de Processamento e Apresentação de Proteínas Citossólicas do MHC da Classe I 
 Os peptídios associados ao MHC da classe I são produzidos pela degradação proteolítica em proteassomas 
principalmente das proteínas citossólicas, e os peptídios produzidos são transportados para o retículo endoplasmático 
(ER), onde se ligam a moléculas da classe I recém-sintetizadas. 
 A maioria dos antígenos de proteínas citossólicas é sintetizada 
dentro das células, alguns são injetados no citosol através 
mecanismos secretores bacterianos e outros são fagocitados 
e transportados de vesículas para o citosol. 
 Os antígenos exógenos no citosol podem ser produtos de vírus,bactérias ou outros microrganismos intracelulares que 
infectam essas células. 
 Também, podem ser originados de microrganismos que 
foram internalizados por fagossomas, mas escapam para o 
citosol. 
 O mecanismo principal para a produção de peptídios a partir de proteínas antigênicas citossólicas e nucleares é a 
proteólise pelo proteassoma. 
 Peptídios gerados em proteassomas são translocados por um transportador especializado para o RE, onde as moléculas 
do MHC da classe I recentemente sintetizadas estão disponíveis para ligar aos peptídios 
 Os peptídios translocados para o RE se associam a moléculas do MHC da classe I ligadas ao dímero TAP através da 
tapasina. 
 As moléculas do MHC da classe I ligadas a peptídios são estruturalmente estáveis e são expressas na superfície da 
célula. 
- ETAPAS: 
Captura Antígenos/ Patógenos já presentes dentro da célula 
Degradação  Antígenos sintetizados no citoplasma sofrem uma degradação proteolítica parcial 
Formação do Complexo MHC-Peptídio  Ligação de peptídios antigênicos nas moléculas MHC-I 
Apresentação  Transporte e expressão do complexo MHC-I – peptídio sobre a superfície celular para reconhecimento pelos 
LyTc 
 
Via de Processamento e Apresentação de Proteínas Vesiculares pelo MHC da Classe II 
 A geração de peptídios associados ao MHC da classe II a 
partir de antígenos endocitados envolve a degradação 
proteolítica das proteínas internalizadas em vesículas 
endocíticas e ligação de peptídios a moléculas do MHC da 
classe II nas vesículas. 
 A maioria dos peptídios associados ao MHC da classe II é 
derivada de proteínas antigênicas capturadas do meio 
extracelular e internalizadas em endossomas por APCs 
especializadas 
 Proteínas internalizadas são degradadas enzimaticamente 
em endossomos e lisossomos tardios para gerar peptídios 
capazes de se ligar às fendas de ligação do peptídio das 
moléculas do MHC da classe II. 
 As moléculas do MHC da classe II estão sintetizadas no RE e transportadas para os endossomas associadas a uma 
proteína, a cadeia invariante, que ocupa as fendas de ligação do peptídio das moléculas do MHC da classe II recém-
sintetizadas 
 No interior das vesículas endossomais, a cadeia invariante se dissocia das moléculas do MHC da classe II através da ação 
combinada entre as enzimas proteolíticas e a molécula do HLA-DM, e os peptídios antigênicos tornam-se, então, 
capazes de ligar-se às fendas de ligação do peptídio disponíveis nas moléculas da classe II  cadeia invariante bloqueia 
o acesso à fenda de ligação do peptídeo das moléculas do MHC classe II. 
 As moléculas do MHC da classe II são estabilizadas pelos peptídios ligados e os complexos peptídio-classe II estáveis são 
apresentados na superfície da APC, onde são apresentados para reconhecimento pelas células T CD4+. 
- ETAPAS: 
CAPTURA  Acesso do Ag “in natura” ou patógeno à via intracelular de degradação para produção de peptídios. 
DEGRADAÇÃO  Proteólise incompleta de Ags a peptídios. 
FORMAÇÃO DO COMPLEXO CPH-PEPTÍDIO  Ligação dos peptídios gerados às moléculas MHC-II. 
APRESENTAÇÃO ANTIGÊNICA  Transporte e expressão do complexo MHC-II - peptídio à superfície da célula para 
reconhecimento pelos LyTh. 
 
APRESENTAÇÃO DO PEPTÍDEO ANTIGÊNICO AO LINFÓCITO T 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
 LyT e LyB reconhecem o peptídeo antigênico de forma diferente. 
 O LyB reconhece o Ag livre ou na superfície de uma célula. 
 Os antígenos precisam ser processados para serem reconhecidos pelos LyT. 
 O processamento do Ag gera peptídios. 
 Processamento tanto de Ags endógenos qto exógenos envolve os seguintes passos: captura, degradação, formação de 
complexo MHC-peptídio e expressão do complexo na superfície celular.

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